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14 de novembro de 2013

Equipe do IFSC vence na categoria de Ciências Exatas

A equipe do IFSC, que participou recentemente na Olimpíada USP do Conhecimento, sagrou-se vencedora na categoria de Ciências Exatas, com o trabalho denominado Nova geração de tokens de segurança bancários.

O grupo do IFSC, constituído por docentes, alunos e técnicos, apresentou uma proposta que visa aumentar o nível de segurança das transações bancárias, unificando os conceitos de token e de cartão de débito/crédito, além de integrar parte da funcionalidade das famosas máquinas de cartão no próprio dispositivo, que fica em posse do usuário.

Agora, a equipe irá desenvolver um projeto considerando aspectos multidisciplinares, tais como segurança, ergonomia e eficiência. O resultado final será um dispositivo USB baseado em um microcontrolador de baixo custo, capaz de confirmar transações apresentadas ao usuário utilizando um mecanismo de chaves públicas de curva elíptica. Para permitir demonstrações práticas, o dispositivo será compatível com a moeda criptográfica Bitcoin, que pode ser utilizada em transações reais.

O foco da aposta da equipe do IFSC visa combater as fraudes bancárias pela Internet, que estão cada vez mais avançadas, sendo que os tokens, antes vistos por alguns como dispositivos de proteção infalíveis, mostram-se insuficientes. O projeto Nova geração de tokens de segurança bancários aborda, exatamente, esta questão.

A equipe do IFSC, composta por docentes, alunos e técnicos do Instituto, foi coordenada pelo Prof. Dr. Carlos Antonio Ruggiero, tendo como integrantes Alfredo Antonio Alencar Exposito de Queiroz, André de Freitas Smaira, Antenor Fabbri Petrilli Filho, Prof. Dr. Attilio Cucchieri, Daniel Marchini Haddad, Felipe Ferreira, Gabriel Camoese Salla, Heitor Pascoal de Bittencourt, José Teixeira da Silva Júnior, Krissia de Zawadzki, Lucas Eduardo Visolli Sala, Prof. Dr. Luiz Nunes de Oliveira, Paulo Matias, Thereza Cury Fortunato e Vinícius Henrique Auríchio.

GRUPO_FSICA

A Olimpíada

O grande propósito da Olimpíada USP do Conhecimento foi despertar a paixão pela ciência, lançando o desafio para apresentação de trabalhos envolvendo docentes, pesquisadores, servidores, alunos de graduação e pós-graduação , sendo que, segundo o Comitê de Avaliação do evento considerou que a grande maioria dos trabalhos apresentados trouxe importantes resultados e contribuições.

Para acessar informações complementares sobre este evento, clique AQUI e AQUI .

Assessoria de Comunicação

14 de novembro de 2013

Quase 200 participantes

No início da tarde de terça-feira, 12, teve início mais uma edição da Semana da Escrita Científica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

O evento, programado para os dias 12 e 13 de novembro, já está em sua 4ª edição e contará com palestrantes do Instituto e de outras universidades nacionais que focarão suas palestras no tema escolhido para este ano: a importância e os efeitos das métricas na qualidade das publicações científicas de alto impacto.

Semana_da_Escrita-_HernandesNa terça-feira, a abertura do evento contou com a participação do diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes, que fez uma breve retrospectiva sobre a implantação da Semana da Escrita, feita, oficialmente, quando teve início sua gestão. O diretor também falou sobre a importância em se escrever corretamente e com clareza os artigos científicos e de como um bom texto é importante para a compreensão das pesquisas científicas.

Na sequência, foi a vez do docente do IFSC e coordenador da Semana, Valtencir Zucolotto, reforçar os pontos elucidados por Hernandes em seu breve discurso, além de frisar a importância da temática escolhida para este ano pelos organizadores da Semana- ele próprio e os funcionários do Serviço de Biblioteca eSemana-_Zuco Informação do IFSC.

Depois dos discursos introdutórios, a diretora da biblioteca do IFSC, Ana Mara M. da Cunha Prado, abriu oficialmente o evento, e o primeiro palestrante da Semana, Carlos Frederico de Oliveira Graeff, posicionou-se no púlpito para ministrar a palestra “Panorama da Pós-Graduação e o Qualis da área de materiais”. Professor titular da Faculdade de Ciências da Unesp, coordenador da área de avaliação 47 (Materiais) na CAPES/MEC e diretor científico da SBPMat, Carlos falou sobre diversos tópicos relacionados a artigos científicos, incluindo tratamento da informação para fins de avaliação e instrumentos de avaliação.

Semana_da_Escrita-_CarlosEm seguida, foi a vez da bibliotecária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Letícia Strehl, com a palestra “Recuperação, visibilidade e qualidade da informação científica: conceitos, ferramentas e indicadores”, que fez uma abordagem genérica dos conceitos de recuperação, visibilidade e qualidade da informação científica de maneira a relacioná-los e distingui-los. Letícia dissertou sobre tópicos como as instâncias de avaliação da qualidade do trabalho e tocou em pontos como plágio, recuperação e visibilidade da informação e sobre os rankings em periódicos e noção geral de ferramentas de recuperação.

Finalmente, a chefe da seção técnica de atendimento ao usuário da biblioteca do IFSC, Maria Cristina Cavarette Dziabas, ministrou a última palestra do dia, com o título “EndNote Basic”, e falou sobre as pFotos-2rincipais funcionalidades dos gerenciadores de referência bibliográfica: coleta e armazenamento, e mostrou a exportação de referências para o editor de textos, Word, utilizando o plug in CWYW. Discutiu outros tópicos, como o compartilhamento e registro com colegas de grupos de pesquisa e a criação de bibliografias.

Durante todas as palestras, os participantes puderam interagir com os ministrantes através de perguntas.

Hoje, segundo e último dia da Semana, há palestras e atividades programadas para toda manhã e tarde, com início programado para 8h30 e término programado para 17 horas. Para conferir a programação na íntegra, acesse http://www.biblioteca.ifsc.usp.br/semanadaescrita/4/

Assessoria de Comunicação

13 de novembro de 2013

Uma nova interface entre alunos e professores

A empresa IFSC Jr. está com um projeto para que os alunos de graduação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) conheçam mais e melhor os grupos de pesquisa do Instituto e, consequentemente, tenham interesse em participar de um projeto de Iniciação Científica.

IFSC_JrMuitas empresas acham importante o processo de experiência prática nos laboratórios, portanto, a IFSC Jr. iniciou um projeto que visa facilitar o ingresso de alunos na Iniciação Científica e, em contrapartida, ajudar os professores a encontrar alunos com interesses e características apropriados para área de Iniciação Científica em questão.

Com o objetivo de facilitar a interface entre aluno e professor, a IFSC Jr. criou um formulário para o aluno que deseja ingressar em uma Iniciação Científica. Para visualizá-lo, acesse http://www.ifscjr.ifsc.usp.br/IC.html

Assessoria de Comunicação

13 de novembro de 2013

Plataforma Fotônica Integrada e suas Aplicações em Estudos de Processos Biológicos

O Dr. André Alexandre Thomaz, do INCT de Fotônica Aplicada à Biologia Celular (INFABIC), foi o palestrante convidado de mais um seminário promovido pelo Grupo de Óptica do IFSC, que decorreu no dia 13 de novembro.

Subordinada ao tema Plataforma Fotônica Integrada e suas Aplicações em Estudos de Processos Biológicos, a palestra de André Thomaz começou por acentuar a concordância da comunidade científica em relação às grandes hipóteses de que a próxima revolução tecnológica virá do controle dos processos biológicos.

Nesse sentido, o palestrante convidado referiu que são esperadas grandes mudanças nesse cenário, desde a forma como são produzidos alimentos, até aos meios utilizados no combate às doenças. Para o grupo de André Thomaz, está claro que, para se obter esses resultados,ANDRE300 é necessário entender a biologia na sua unidade mais básica: a célula. A partir do entendimento e domínio das reações químicas que acontecem dentro da célula é que se conseguirá atingir essas previsões e revolucionar a maneira como a humanidade vive hoje.

Com esse pensamento em mente o objetivo do referido está focado no desenvolvimento de uma plataforma fotônica integrada para estudos de processos celulares, sendo que as técnicas presentes são: fluorescência excitada por 1 ou 2 fótons, geração de segundo ou terceiro harmônico, pinças ópticas, imagem por tempo de vida da fluorescência e fluorescence correlation spectroscopy (FCS).

Neste seminário, o Dr. André Thomaz apresentou a forma como essa plataforma foi desenvolvida, tendo mostrado sua versatilidade através de resultados em várias áreas da biologia.

André A. de Thomaz possui Bacharelado (2004), Licenciatura (2004), Mestrado (2007) e Doutorado (2013) em Física, pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e desde 2003 trabalha com o desenvolvimento de uma plataforma fotônica integrada para estudo de processos celulares. Possui experiência na área de biofotônica, incluindo as técnicas de pinças ópticas, microscopia confocal multifóton, microscopia SHG/THG, microscopia FLIM, microscopia FRET e utilização de quantum dots como marcadores fluorescentes. Atualmente, realiza um pós-doutorado no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fotônica Aplicada à Biologia Celular (INFABIC).

Assessoria de Comunicação

13 de novembro de 2013

Por que é importante que seus pares o entendam

Numa entrevista concedida à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) em junho de 2012, o pesquisador e editor da World Aquaculture Magazine, Carl Webster, afirmou que “os brasileiros deixam de publicar muitos trabalhos científicos de alta qualidade em revistas de grande impacto por não redigir corretamente”. Ao fazer tal afirmação, Webster não se referiu somente à falta do domínio da língua inglesa por parte dos pesquisadores brasileiros, mas também sobre as dificuldades destes em ser concisos e claros ao escrever um paper.

Science-logoAs afirmações acima servem para fortalecer a importância que o gênero literário “escrita científica” tem assumido no contexto científico nacional e, claro, internacional, especialmente nos anos recentes. Obviamente, uma pesquisa que traga avanços e um grande impacto para sociedade é o item mais importante para o sucesso e reconhecimento de pesquisadores e cientistas. No entanto, se o autor não dispuser de uma boa gramática, clareza e concisão, ou seja, se não se fizer entender bem por seus pares, a divulgação de sua pesquisa será mais difícil e, obviamente, muito mais demorada. “Temos uma habilidade impressionante, e indesejada, de dar voltas ao redor da mensagem/ideia central, esse é o principal problema. Parece que, se não escrevermos muito, a audiência achará que não sabemos escrever”, declara o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e ministrante de cursos de escrita científica, Valtencir Zucolotto. “O ideal é sempre ser claro e conciso, ao menos para a maioria de nossas áreas de pesquisa, mas pode haver exceções”, complementa.

Zucolotto, que coordena a 4ª edição da Semana da Escrita Científica, que ocorre entre 12 e 13 de novembro, conta que, nos artigos científicos que já pôde analisar até hoje, observou, na maioria deles, o desconhecimento do gênero “escrita científica” por parte de seus autores. Já no que diz respeito ao envio de artigos científicos para publicações internacionais, Zucolotto afirma que a proficiência em inglês resolve parte do problema, mas não é o suficiente para que o artigo seja aceito, e reforça, novamente, que clareza e concisão são elementos essenciais.

4ª Semana da Escrita Científica– 12 e 13/11/2013, anfiteatro do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”

Para se inscrever, clique aqui .

Assessoria de Comunicação

13 de novembro de 2013

Cientistas internacionais abordam doenças negligenciadas

A vinda, ao Instituto de Física de São Carlos, de dois dos maiores nomes da ciência mundial, diretamente ligados à problemática das doenças negligenciadas – especialistas nas áreas de bioquímica de parasitas, biologia estrutural e planejamento com base em estruturas -, foi certamente um dos grandes destaques deste ano que está prestes a finalizar.

Convidados a participar, como palestrantes, no Workshop on Drug Design and Neglected Diseases, um evento que constituiu a primeira atividade do CIBFar – Centro de Inovação em Biodiversidade e Fármacos – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, sediados no IFSC -, os Profs. Paul Michels e Wim Hol concederam, gentilmente, uma entrevista exclusiva à Assessoria de Comunicação do nosso Instituto, cujo tema foi o panorama das doenças tropicais, com especial ênfase para as designadas doenças negligenciadas, que anualmente ainda provocam milhares de vítimas mortais no mundo.

Paul Michels é professor na Schhool of Biological Sciences, Universidade de Edinburgh, Escócia (GB) e possui mais de trinta anos de experiência na pesquisa do metabolismo de parasitas e mais de quarenta anos de ensino. Junto com diversos pesquisadores da área de biologia estrutural, o Prof. Michels alcançou grande sucesso na caracterização molecular e estrutural de diversos alvos moleculares importantes para o desenvolvimento de fármacos antiparasitários.

Quanto a Wim Hol, ele é professor de bioquímica e biologia estrutural na Universidade de Washington, Seattle (EUA), sendo que sua pesquisa é essencialmente dirigida à resolução de estruturas de proteínas importantes de patógenos que provocam doenças tropicais. Devido a essa pesquisa, Hol utiliza a informação estrutural para planejar novos inibidores, candidatos a fármacos para o combate de doenças parasitárias. Wim Hol trabalhou como diretor do Programa Genoma Estrutural de Protozoários Patogênicos, com o objetivo de determinar, em larga escala, a estrutura tridimensional do maior número de proteínas dos principais protozoários patogênicos – Leishmania major, Trypanosoma cruzi, Trypanosoma brucei e Plasmodium falciparum.

Paul Michels e Wim Hol formam uma dupla que é responsável pela publicação de mais de quinhentosmichels350 artigos científicos em revistas detentoras de uma política editorial seletiva, o que traduz a competência de seus trabalhos, pelo que a participação de ambos no workshop realizado pelo CIBFar foi considerada por Paul Michels como “excelente”, não só pelo fato de ter dado a oportunidade a um contato direto com os especialistas brasileiros nesta área, mas principalmente pela interação com os alunos: Depois de termos participado em eventos similares que aconteceram anteriormente na Venezuela, Índia e Tailândia, considero que este workshop superou muito tudo aquilo que eu esperava, em termos de produtividade. Principalmente na atitude dos estudantes, que se mostraram extraordinariamente atentos e interventivos, algo que contrastou com os anteriores eventos em que participei. Creio que no final deste evento, os alunos deste Instituto conseguirão obter mais bases de conhecimento através das matérias que foram abordadas, até porque a interatividade que aconteceu entre todos foi extraordinariamente interessante e as opiniões de nossos colegas brasileiros enriqueceram muito a perspectiva de nosso trabalho científico, comenta Michels.

Quando abordamos a evolução científica ao longo dos últimos trinta anos, em relação às doenças tropicais e doenças negligenciadas, Michels referiu que o avanço foi enorme no conhecimento na área da biologia, metabolismos e composição dos parasitas que provocam essas doenças, um fator considerado importantíssimo para seu trabalho, já que acompanhou todas as fases dessa evolução: o cientista considera, ainda, que há trinta anos todos os pesquisadores eram de certa forma “inocentes” nessa matéria específica, já que possuíam pouca noção de quais eram as verdadeiras dimensões das doenças tropicais no mundo: Não só a ciência avançou muito rapidamente, como também se alterou a forma como o cientista começou a pensar sobre o desenvolvimento de novas fármacos para doenças negligenciadas, principalmente na academia, já que até determinado momento essas doenças eram desprezadas, pontua o pesquisador.

Quanto às perspectivas futuras para o desenvolvimento de novos fármacos para combater às doenças negligenciadas, o cenário não se apresenta tão negativo. Paul Michels afirma que num futuro próximo poderá haver novidades nesse capítulo, até porque a ciência evolui muito rápido; mas, adverte, que isso não quer dizer que surja um milagre que elimine essas doenças da face da Terra apenas com um piscar de olhos: Métodos mais eficazes serão lançados em breve, mas o que importa também é que, em simultâneo com a evolução científica, evoluam também as medidas de controle a essas doenças – vigilância sanitária, distribuição eficaz de medicamentos e, claro, a introdução de políticas de saúde pública – e me refiro especialmente ao continente africano – onde a Malária ainda dizima milhares de pessoas – e à América do Sul, onde a grande ameaça é a Doença de Chagas, sublinha Paul Michels. Para este cientista, outra medida que precisa ser incrementada é o controle de qualidade da matéria-prima utilizada para a fabricação dos medicamentos.

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(Mapa da incidência de doenças tropicais e negligenciadas no mundo – *CDC – Centers for Disease Control an Prevention – USA)

 

Mais incisivo do que Paul Michaels, o cientista Wim Hol considera que houve, ao longo dos anos, uma quantidade enorme de obstáculos e desafios relacionados com as doenças tropicais, principalmente originados e agravados pelas políticas adotadas por alguns países europeus, face aos seus protetorados e colônias, que, por vezes com alguma hostilidade, impediam que fosse feito algo benéfico junto das populações atingidas por essas doenças, principalmente na África e América do Sul, especialmente na área de cristalografia de proteínas, já que era necessário ter proteínas puras, o que estava fora de cogitação naquela época: Felizmente, comecei a ter contato com o Paul Michels – nessa época, eu estava na Holanda e ele desenvolvia seu trabalho em Bruxelas – Bélgica -, mas a distância física não impediu de começarmos a trabalhar, conjuntamente, com proteínas do parasita da Doença do Sono (Trypanosoma brucei), que eram implantadas em ratos de laboratório. Foi assim que começamos, recorda Hol.

O trabalho conjunto dos dois cientistas desenvolveu-se ao longo do tempo e entre os anos de 2000 e 2005 ambos se encontravam mergulhados em novos desafios, com o surgimento do genoma do Plasmodium falciparum (causador da Malária), do Trypanosoma cruzi (causador da Doença de Chagas), do Trypanosoma brucei (causador da Doença do Sono) e de algumas Leishmanias (causadoras da Leishmaniose), pelo que neste momento, segundo Hol, existe a necessidade de refletir muito calmamente sobre as melhores hipóteses de alcançar novos alvos, vacinas e diagnósticos relacionados com as doenças tropicais, até porque existe um grande aliado dos pesquisadores: Este esforço e dedicação foram feitos por alguns órgãos internacionais, mas eu quero destacar a TDR – Tropical Diseases Research – uma instituição pertencente à OMS – Organização Mundial de Saúde e apoiada pela UNICEF e pela UNDP – United Nations Development Programme -, que desde a década de 1970 vem desempenhando um papel fundamental no combate às doenças tropicais, motivando a dedicação de milhares de pesquisadores no mundo, principalmente da Europa, América do Norte, América do Sul, Ásia e África, num grande esforço global e sem grandes recursos, motivo pelo qual penso que essa organização é merecedora de um Prêmio Nobel, pontua o pesquisador holandês, que desenvolve sua pesquisa nos EUA.

Quanto ao futuro, Wim Hol afirma que os próximos passos vão ter que ser dados com cautela, porque o caminho a percorrer não será fácil, como também não foi fácil chegar até ao presente momento. Descobrir e desenvolver HOL350novos fármacos é, para Hol, uma tarefa complicada e demorada, pois não se pode simplesmente fazer experimentos a esmo no corpo humano, antes deles serem testados por outras vias: É um processo que leva tempo e é um desafio difícil de vencer, embora as ferramentas para se conseguirem compostos que atuem no organismo, ou que atinjam uma determinada proteína, estejam agora mais acessíveis, como observamos na visita que fizemos ao LNBio – Laboratório Nacional de Biociências, em Campinas, infraestruturas que também existem em outros grupos de pesquisa no Brasil. É verdadeiramente impressionante ver como tanta gente especializada trabalha nesse sentido, através da bioquímica, cristalografia, etc., rumo ao combate às doenças tropicais e às chamadas negligenciadas, sublinha o pesquisador.

Contudo, Wim Hol destaca que a maior dificuldade está na criação de novos fármacos, já que todo o processo envolve muitos recursos financeiros e uma política direcionada: Embora difícil, estou absolutamente convencido que o Brasil vai chegar a resultados impressionantes, pois existe muita gente fazendo pesquisa, existem investimentos do governo e, claro, existem políticas direcionadas para esse objetivo final, principalmente através do CNPq, atualmente dirigido por Glaucius Oliva, que também é docente deste Instituto de Física de São Carlos, uma pessoa excepcional nessa área e que tem uma visão alargada sobre os problemas e os caminhos para sua resolução.

Corroborando a opinião de seu colega – Paul Michels -, Wim Hol também considera que a implementação de políticas eficazes de saúde pública, principalmente na América Latina, poderá auxiliar globalmente no combate às doenças negligenciadas, destacando-se o saneamento básico, os suprimentos de água e o equilíbrio social: Tudo isso tem que ser equacionado de forma global, começando pela prevenção dessas doenças e isso é uma área política. É um desafio que se coloca em paralelo com o desafio científico. Se essas medidas forem implementadas, as despesas com a saúde pública baixarão drasticamente, não só em relação às doenças tropicais e negligenciadas, mas também a outras doenças, como, por exemplo, câncer, diabetes e doenças cardiovasculares. Por isso, esse workshop promovido pelo CIBFar foi extremamente importante para nós, pois passamos a ter uma visão mais abrangente dos problemas do país, do continente, finaliza Hol.

Complementando, Wim Hol afirmou que algumas doenças não se restringem ao Brasil e à América Latina, como erradamente se supõe, num primeiro olhar. Segundo o cientista, elas também existem – embora em proporções menores, mas não menos importantes – em determinados países da Europa e mesmo nos Estados Unidos. Por isso, o esforço tem que ser global, mundial.

O workshop promovido pelo CIBFar e coordenado pelo docente do IFSC, Prof. Dr. Rafael Guido, teve, além do lado científico, um aspecto social importante. Como não foi cobrada taxa de inscrição para o evento, os organizadores solicitaram aos inscritos que fizessem uma doação na forma de um pacote de fraldas geriátricas para serem doadas. No total, foram arrecadas aproximadamente mil fraldas, que foram doadas ao asilo Cantinho Fraterno Dona Maria Jacinta, localizado na Rua Sete de Setembro, nº 1.000, em São Carlos.

*Para acessar o site do CDC, clique AQUI .

Assessoria de Comunicação

13 de novembro de 2013

Docente do IFSC faz abertura de evento sobre Inovação

O Docente e pesquisador do IFSC, Prof. Dr.Vanderlei Bagnato, fez a abertura oficial e encerramento do primeiro dia de trabalhos do BIN@Brasil (Business Inovation Network), um evento que decorre em Ribeirão Preto entre os dias 12 e 14 de novembro.BUSINESS300

O evento, organizado pela Agência USP de Inovação, visou promover um rede sustentável de inovação através de uma parceria entre universidades, empresas, parques tecnológicos, investidores, incubadoras, consultores e agências de desenvolvimento econômico. Tais agentes uniram-se para dividir conhecimento e práticas adequadas, no conceito de open innovation. Este é um fórum de discussão interdisciplinar que integra vários setores de tecnologia, com o objetivo de criar colaboração e oportunidades de cooperação.

No encerramento do primeiro dia de trabalhos, o Prof. Bagnato falou sobre o tema Inovação com responsabilidade social, onde discorreu sobre os problemas nacionais nas áreas de saúde, segurança, agricultura, educação, dentre outras, tendo proposto soluções tecnológicas para as mesmas.

(Com a colaboração da Dra. Wilma Barrionuevo, coordenadora de Difusão Científica do Grupo de Óptica).

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2013

4ª Semana da Escrita Científica

A Importância e os Efeitos das Métricas na Qualidade das Publicações Científicas de Alto Impacto é o tema central da 4ª Semana da Escrita Científica, um evento que decorrerá no IFSC nos dias 12 e 13 de novembro.

Tendo como público-alvo, pesquisadores e alunos de pós-graduação empenhados na melhoria de seus textos científicos para publicação, a 4ª Semana da Escrita semana_escrita_cient-logoCientífica mantém o foco de suas anteriores edições, que se traduz na contínua promoção e desmistificação da escrita científica e na estruturação e linguagem de documentos científicos.

Com a participação de especialistas e de renomados editores científicos responsáveis pelas palestras que acontecerão neste evento, a estrutura programática desta edição sofre uma inovação em relação ao seu formato habitual, com a introdução de oficinas e cursos de redação científica subordinada ao processamento e escrita de artigos científicos de alto impacto.

No que diz respeito às palestras e cursos, a notoriedade e competência acadêmica dos palestrantes convidados são os grandes destaques deste evento, como se pode conferir abaixo.graeff

Prof. Carlos Graeff (Departamento de Física da Faculdade de Ciências da UNESP – Baurú) apresentará o tema Panorama da Pós-Graduação e o Qualis da área de Materiais, onde dissertará sobre o panorama geral da Pós-Graduação, com especial ênfase ao papel da CAPES no sistema nacional de pós graduação (SNPG), bem como a concepção do Qualis, seus objetivos e funções.

O Prof. Valtencir Zucolotto apresentará o Curso de Redação Científica 1, cujo objetivo é VALTENCIR_ZUCOLOTTOauxiliar pesquisadores e estudantes de pós-graduação na elaboração de artigos de maior relevância acadêmica. Zucolotto é docente e pesquisador do IFSC, Membro Afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e tem experiência nas áreas de Nanotecnologia e Desenvolvimento e Aplicação de Nanomateriais em Medicina. Desenvolveu e ministra anualmente o curso de Pós-Graduação em Técnicas de Escrita Científica em Inglês, bem como desenvolve e ministra vários minicursos sobre escrita científica e como escrever artigos científicos em várias universidades do Brasil e exterior, sendo um dos organizadores da Semana da Escrita Científica no IFSC.

O Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior será responsável pelo Curso de Redação Científica 2, cujo objetivo é auxiliar pesquisadores e estudantes de pós-graduaçãoIMG_0772 na elaboração de artigos de maior relevância acadêmica. Docente, pesquisador e vice-diretor do IFSC, Oliveira Junior é membro fundador do Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC), que desenvolveu o revisor gramatical ReGra, agraciado com 2 prêmios de inovação tecnológica e disponível mundialmente com o processador de texto Word for Windows. É membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e pertence ao comitê editorial de três revistas, sendo também editor associado da revista Journal of Nanoscience and Nanotechnology.

O Prof. Watson Loh será responsável pela apresentação da palestra intitulada Journal of Brazilian Chemical Society: o desafio de publicar uma revista científica no Brasil, lohonde desenvolverá um pouco da trajetória da publicação, apresentando diferentes estágios no funcionamento da revista, os obstáculos encontrados, como vem sendo contornados e quais os desafios identificados para continuar sua evolução. Loh é professor titular da UNICAMP, foi chefe do Departamento de Físico-Química e diretor do Instituto de Química da citada Universidade, é Editor do Journal of the Brazilian Chemical Society, desde 1999, e editor associado do Journal of Surfactants and Detergents.

Leandro Innocentini Lopes de Faria é Professor-Adjunto da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desde 2002, vinculado ao Departamento de Ciência da Informação e é Coordenador executivo do Núcleo de Informação Tecnológica em leandro2Materiais da UFSCar. Nesta 4ª Semana da Escrita Científica, o docente apresentará o tema Análise bibliométrica da produção científica: dos indicadores individuais aos rankings universitários, onde abordará o uso da bibliometria, técnica de análise baseada na quantificação da informação, para o estudo das publicações científicas em diversos níveis de interesse.

Letícia Strehl possui graduação em Biblioteconomia e mestrado em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e é bibliotecária nessa mesma instituição de ensino superior, tendo experiência gerencial e técnica em todos os letciasetores de atuação de uma biblioteca universitária. Como pesquisadora, desenvolve investigações teóricas sobre comunicação científica e estudos aplicados sobre a gestão de acervos para suporte ao ensino superior, motivo que a leva a apresentar o tema Recuperação, visibilidade e qualidade da informação científica: conceitos, ferramentas e indicadores, uma abordagem genérica dos conceitos de recuperação, visibilidade e qualidade da informação científica de modo a relacioná-los e distingui-los.

Finalmente, Maria Cristina Dziabas, Bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela Escola de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos – EBDSC, trabalha desde 2000 como Bibliotecária de Referencia no Serviço de Biblioteca e Informação do IFSC e é responsável pelo Serviço de Atendimento aos Usuários. Maria Cristina apresentará o tema dziabasEndNote Basic, cujo objetivo é explorar as principais funcionalidades dos gerenciadores de referências bibliográficas: coleta, armazenamento; Mostrar a exportação de referências para o processador de texto word®, utilizando o plug in CWYW; Compartilhar registros com colegas de grupos de pesquisa e mostrar a criação de bibliografias.

A organização deste evento está a cargo dos Profs. Drs. Antonio Carlos Hernandes (Diretor do IFSC-USP) e Valtencir Zucolotto (Laboratório de Nanomedicina e Grupo de Biofísica Molecular – IFSC-USP), e do Serviço de Biblioteca e Informação: todas as informações sobre este evento, bem como as datas e horários das palestras e cursos, poderão ser acessadas AQUI .

Publicação de artigos científicos em língua inglesa – dificuldades para o Brasil

Ainda sobre o tema que dá titulo a esta matéria e se recuarmos um pouco no tempo, a 3ª edição da Semana da Escrita Científica, referente ao ano 2012, deu um destaque especial à busca pela excelência no processo de publicação de artigos científicos no Brasil, principalmente no idioma inglês, onde, desde então e até agora – apesar dos esforços do Prof. Valtencir Zucolotto e de sua equipe -, ainda existem limitações, principalmente relacionadas à escassez de disciplinas e cursos específicos na área. A falta de publicação de trabalhos científicos em inglês e a pouca colaboração com o exterior provocam sérios obstáculos para o processo de internacionalização das revistas científicas brasileiras, que não conseguem decolar em face de outros países, como a China, Rússia ou Coreia do Sul.

Em notícia publicada recentemente pela Agência FAPESP, foi feita uma avaliação pelos participantes de um painel sobre medição da qualidade das pesquisas e dos periódicos internacionais, realizada no dia 24 de outubro, durante a conferência de comemoração dos quinze anos da Rede SciELO – Scientific Eletronic Library Online – um programa da FAPESP e do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme). A avaliação verteu sobre um estudo comparativo da visibilidade internacional de periódicos da China, Coreia do Sul, Brasil, Índia, Rússia e África do Sul, nos últimos anos, levando em consideração o número de artigos publicados citados internacionalmente. Os artigos publicados nas revistas da China e da Coreia do Sul têm maior impacto, em termos de citação internacional, do que os disponibilizados nos periódicos da Rússia, África do Sul, Índia e Brasil. A coleção de revistas científicas brasileiras ficou em quinto lugar, nesse quesito, entre os seis países emergentes analisados, à frente apenas WRITINGda África do Sul.

Quanto à colaboração internacional expressa nas revistas científicas brasileiras, ainda segundo a referida notícia, não existe um levantamento oficial do total de revistas científicas publicadas pelo Brasil, atualmente, mas estima-se que existam oito mil periódicos brasileiros em atividade – número considerado muito alto, o que, segundo analistas, poderá causar efeitos de dispersão e de nivelamento por baixo da qualidade dos artigos científicos publicados em periódicos brasileiros. Segundo Isabelle Reiss, gerente de contas da divisão de pesquisa científica da Thomson Reuters para a América do Sul, que esteve presente nesse encontro, outro fator que influencia a baixa visibilidade dos trabalhos publicados por pesquisadores brasileiros é a pouca colaboração com pesquisadores de outros continentes e da própria América Latina, sendo que esse fator pode estar relacionado ao fato de a ciência brasileira ainda ser muito jovem – em comparação com países da Europa ou os Estados Unidos.

No decurso do evento que comemorou os quinze anos da Rede SciELO, a divisão de propriedade intelectual e ciência da Thomson Reuters anunciou uma parceria com a SciELO para integrar o SciELO Citation Index (índice de citação da SciELO) na Web of Knowledge – plataforma que permite o acesso a várias bases de dados de referência bibliográfica, como a Web of Science, Current Contents Connect e Journal Citation Reports (JCR), tanto para busca como para geração de indicadores bibliométricos. Na avaliação das instituições, a iniciativa vai proporcionar maior visibilidade e melhor acesso à pesquisa dos quinze países ibero-americanos e da África do Sul, cujas coleções estão indexadas na base da Rede SciELO. O SciELO Citation Index incluirá, aproximadamente, seiscentos e cinquenta títulos e mais de quatro milhões de referências citadas de periódicos de acesso livre da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, México, Portugal, África do Sul, Espanha e Venezuela.

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2013

Visão de futuro

Está chegando ao fim mais um ano de intenso e produtivo trabalho no IFSC, quer nos âmbitos acadêmico e científico, quer ainda nas áreas de infraestrutura e operativa, isto só para resumir um conjunto lato de ações, com visão de futuro, que marcam o atual IMG_1271yes3mandato da diretoria do IFSC, cujo processo para a escolha do novo diretor da Unidade ocorrerá em fevereiro de 2014.

Além do visível conjunto de obras realizadas nos dois campi, algumas feitas de raiz – como é o caso da construção do novo edifício do IFSC, no Campus II -, outras decorreram – e decorrem ainda – visando a melhoria das atividades de ensino e pesquisa, praticidade e operacionalidade dos locais de trabalho para docentes, alunos e funcionários, proporcionando, simultaneamente, espaços acolhedores, práticos e funcionais para quem visita o nosso Instituto.

Contudo, mais do que as obras – que certamente são importantes -, a criação de programas e a implementação de medidas, visando uma maior interação do IFSC com a sociedade e o crescimento da inserção ao nível mundial, foram e continuarão sendo a força motriz indispensável para que o Instituto atinja, em todos os parâmetros, um nível de modernização similar àquele que baliza as mais avançadas instituições de educação superior e de pesquisa do mundo.

DSCN6776Na área da promoção da educação superior, o exemplo mais notório foi à instituição do programa “Universitário por um Dia”, ocorrida em 2011, cujo espectro, até esse ano, se limitava a atrair pouco mais do que 150 alunos, por ano, oriundos de escolas do ensino médio público e privado, com o intuito de entusiasmá-los a ingressar em cursos do IFSC. Com a institucionalização do programa, o “Universitário por um Dia” ganhou notoriedade entre alunos e professores, principalmente do Estado de São Paulo, e hoje são mais de cinco mil alunos que visitam o Instituto e a USP-São Carlos. Hoje, o “1Dia” – como popularmente é conhecido – é muito mais do que um programa que procura revelar a beleza da ciência, servindo, principalmente, para estimular os estudantes a serem parte do IFSC e da USP. Somente no Instituto, cerca de vinte e cinco alunos ingressaram nos últimos anos.

Já na área das relações com o exterior, o IFSC criou, no final de 2010, a CRInt – Comissão de Relações Internacionais, exatamente com o intuito de fortalecer as relações com os principais centros de referência mundial, divulgando sua imagem e produção IMG_1290científico-acadêmica, com um natural destaque para ações de intercâmbio internacional de seus discentes.

E, se as relações com o exterior são consideradas importantes para a notoriedade do nosso Instituto, as relações com a sociedade brasileira são fundamentais, até porque o IFSC está ao serviço dela, quer em termos acadêmicos, quer igualmente em termos científicos, proporcionando maior bem-estar e qualidade de vida. Assim, em 2010 foi criada a Assessoria de Comunicação, diretamente ligada à Diretoria do IFSC, com a missão de registrar e difundir todas as ações decorrentes da própria vida da comunidade de nosso Instituto – eventos acadêmicos e científicos, trabalhos de pesquisa de docentes e alunos, iniciativas de seus servidores. Além desta missão de divulgação para seus públicos interno e externo, neste último caso através da mídia, a Assessoria de Comunicação alargou seu espetro de ação, passando a ser responsável pela idealização de todo o material IMG_1606promocional do Instituto, fotorreportagens, protocolo e cerimonial, edição de textos, livros, brochuras, boletins e outro material similar, apoio direto a iniciativas de docentes, alunos e funcionários, além da habitual relação com a mídia. Já institucionalizada, a AC – Assessoria de Comunicação está diretamente subordinada à Diretoria do IFSC.

Por outro lado e ao longo do tempo, muitas medidas foram desencadeadas no sentido de incrementar serviços e equipes, com a finalidade de aumentar a operacionalidade dos setores do IFSC, sempre com o intuito de agilizar, qualitativamente, as demandas internas e externas do Instituto, que crescem exponencialmente a cada ano que passa. Uma das mais recentes ações, operada em novembro do corrente ano, foi a reestruturação da ATFn – Assistência Técnica Financeira, onde nove áreas formais e informais se transformaram em IMG_1609cinco, uma medida que agilizará processos, desburocratizará ações e revitalizará procedimentos, reaproveitando competências. Tendo em vista um futuro estimado em cinco anos, congregando e aproveitando todas as competências técnicas e profissionais e remanejando seu pessoal, este equilíbrio operacional da ATFn irá fortalecer todos os setores internos da estrutura, até porque a captação de recursos aumentou e as diversas demandas junto ao IFSC cresceram o dobro, nestes últimos anos, principalmente devido à criação de novos NAPS e recursos de convênios integrados ao orçamento da USP, que tendem a crescer ainda mais. Assim, a ATFn reforçou a Área de Compras, que passa agora a contar com cinco servidores altamente qualificados, no sentido de dar resposta IMG_1615à alta demanda oriunda de docentes, alunos e funcionários. Por outro lado, a Área de Contabilidade/Pagamentos foi unificada, tendo em vista maior agilidade e rapidez. Por último, houve a junção de dois importantes setores – “Patrimônio e Almoxarifado” e “Importação e Convênios” -, uma medida que reunirá as competências profissionais de todo o pessoal envolvido, gerando maior rapidez nos processos. Recorde-se que, nos últimos seis anos, o número de docentes também duplicou, obrigando a este tipo de medidas que ocorrem e ocorrerão um pouco por todo o IFSC, ao longo do tempo.

No próximo mês de dezembro, o diretor do IFSC, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, terá a oportunidade de falar sobre este e outros assuntos, no decorrer de uma entrevista dedicada ao balanço deste ano de 2013, que será publicada no nosso site.

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2013

eScience: dos dados ao conhecimento

IMG_1621No âmbito do Programa Colloquium diei, decorreu no 8 de novembro, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, a palestra intitulada eScience: dos dados ao conhecimento, ministrada pelo Prof. Roberto M. Cesar Jr., do Instituto de Matemática e Estatística da USP.

Em sua apresentação, o docente abordou alguns conceitos ligados à eScience, que além de combinarem pesquisa avançada em computação e em modelagem matemática, a qual permite acelerar estudos em outras vertentes do conhecimento, como, por exemplo, nas áreas de ciências exatas, humanas e artes, envolve a chamada computação centrada em dados, que busca soluções para gerenciar grandes volumes de dados produzidos por experimentos científicos.

Antes de finalizar sua palestra, o professor também aproveitou para discutir algumas das pesquisas que estão em andamento no seu grupo – Núcleo de Pesquisa em Science da USP -, que integra aproximadamente vinte docentes das diversas unidades da Universidade, incluindo o IFSC.

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2013

Inscrições abertas para especialização em Educação em Ciências

O CDCC – Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo, sediado em São Carlos, está com inscrições abertas até 14 de novembro para o curso de especialização em Educação em Ciências.

O público – alvo são professores da educação básica que ministram conteúdos da área de Ciências Naturais e o objetivo é oferecer uma especialização na área, tendo em vista a construção de aprendizagens significativas dos alunos e melhor formação para o exercício da cidadania.

São oferecidas 33 vagas, sendo que três delas – conforme política de inserções – são destinadas a professores que não estão dando aulas e que buscam qualificação.

Os candidatos devem preencher a ficha de inscrição disponível no SITE DA INSTITUIÇÃO, anexar a documentação e entregar na secretaria do CDCC, situada na Rua Nove de Julho, 1227, em São Carlos, ou enviar pelo correio.

Após o deferimento das inscrições, os selecionados realizarão prova presencial que exigirá a elaboração de um texto baseado na interpretação de trechos de artigos da área de Educação em Ciências e uma justificativa de interesse no curso.

O curso tem carga horária de 400 horas e será realizado no período de janeiro de 2014 a julho de 2015.

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2013

Fórum UTokyo2013

A USP – Universidade de São Paulo recebe, nos dias 11 e 12 de novembro, o UTokyo Forum2013, promovido pela The University of Tokyo, com o objetivo de divulgar as pesquisas e contribuições acadêmicas daquela instituição nipônica: o tema desta nona edição é Global Emergence of Frontier Knowledge.

Tradicionalmente, a The University of Tokyo elege universidades com comprovada excelência acadêmica para abrigar o evento e a USP foi escolhida para sediar este fórum, que acontece pela primeira vez na América do Sul.

No decurso deste fórum será assinado um acordo geral e um convênio acadêmico, que prevê a mobilidade de alunos de graduação e pós-graduação das duas instituições.

A delegação que estará presente na USP é formada por cerca de noventa pesquisadores, incluindo o Reitor da The University of Tokyo, Junichi Hamada. Durante os dois dias, a comunidade universitária terá a oportunidade de interagir com pesquisadores renomados, bem como conhecer trabalhos inovadores nas áreas de Engenharia, Tecnologia, Ciências da Saúde e Humanidades.

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2013

Panorama da Óptica foi destaque em novembro

Numa iniciativa do IFSC – OSA Student Chapter, decorre nos dias 06 e 07 de novembro, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC) a iniciativa denominada Panorama da Óptica, um evento que reúne um seleto lote de palestrantes nacionais e estrangeiros, especialistas nas áreas de óptica e fotônica.

Coordenado pelo docente e pesquisador do IFSC, Prof. Dr. RENATO_MARTINSLino Misoguti, esta é mais uma importante iniciativa do IFSC – OSA Student Chapter, que contou com os apoios da FAPESP, IFSC, OSA, Pró-Reitoria de Pesquisa da USP e empresas patrocinadoras, principalmente para viabilizar a vinda de pesquisadores internacionais a este evento.

Coube a Renato Juliano Martins – presidente do IFSC – OSA Student Chapter – fazer a abertura do evento, tendo feito uma retrospectiva do IFSC-OSA, desde sua fundação, bem como das principais iniciativas que ocorrem ao longo do ano, principalmente junto a alunos do ensino médio e de graduação, com o objetivo de atrair mais estudantes para estas áreas do conhecimento.

Por sua vez, coube ao Prof. Dr. Lino Misoguti fazer os agradecimentos e dar as boas-vindas aos participantes. Quanto aos palestrantes convidados, a importância de seus trabalhos de pesquisa na área da óptica é bem visível e reconhecida internacionalmente, motivo pelo qual este evento teve características especiais.

DAVID_HAGANDavid Hagan é pesquisador e docente no CREOL – The College of Optics and Photonics – University of Central Florida – USA, tem doutorado em Física pela Universidade Heriot-Watt, de Edimburgo, na Escócia, em 1985, e é Diretor Associado de Programas Acadêmicos da Faculdade de Óptica e Fotônica na universidade onde presta serviço. Seus interesses de pesquisa incluem técnicas de caracterização óptica não-linear, limitação de potência óptica e de comutação, aprimoramento nanoestruturado de não-linearidades ópticas e espectroscopia óptica não-linear.

Outra importante presença no Panorama da Óptica é a do Prof. Roberto Morandotti,ROBERTO_MORANDOTTI do INRS – Institut National de la Recherche Scientifique do Canadá, onde leciona e desenvolve suas pesquisas. Com vasta experiência em óptica não-linear, este pesquisador tem como foco o fabrico de micro e nano- estruturas fotônicas para a utilização de várias técnicas de caracterização em óptica.

A EMBRAPA – Instrumentação também esteve representada ao seu mais alto nível neste evento, com a participação do Prof. Daniel Souza Corrêa. Doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais (2009) pela Universidade de São Paulo (USP), e com pós-doutorado no Instituto de Física de São Carlos – USP (2010), atualmente é pesquisador Daniel_Souza_Corrada Embrapa Instrumentação, tendo vasta experiência na área de Ciência e Engenharia de Materiais, com ênfase em polímeros e materiais orgânicos e suas aplicações, atuando nos seguintes temas: microfabricação de materiais poliméricos com laser, propriedades ópticas de polímeros e moléculas orgânicas e desenvolvimento de sensores e novos materiais para agricultura.

Para elevar a qualidade deste evento, outros dois nomes contribuem para o sucesso organizativo do mesmo. Em primeiro lugar, através da participação do Prof. Wagner José Corradi Barbosa, docente do Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cujo um dos focos de seu trabalho incide na coordenação de vários projetos de pesquisa na linha de Física do Meio Interestelar WAGNER_BARBOSAe da Formação Estrelar, tendo concebido o maior catálogo de estrelas jovens de massa intermediária do Hemisfério Sul.

Por último, mas não menos importante, o Panorama da Óptica teve o privilégio de contar com a participação do Prof. Newton Cesario Frateschi, do Instituto de Física “Gleb Wataghin – Laboratório de Pesquisa em Dispositivos” – UNICAMP, docente que possui vasta experiência na área de Física e Engenharia Elétrica, com ênfase NEWTON_FRATESCHIem Materiais e Componentes Semicondutores, atuando, principalmente em áreas, como, laser de semicondutor, integração optoeletrônica, moduladores de eletroabsorção, amplificadores ópticos e laser de microcavidade com região ativa nanoestruturada, entre outras.

Para saber mais sobre o IFSC – OSA Student Chapter, ou sobre datas e horários da programação do Panorama da Óptica, clique AQUI .

Assessoria de Comunicação

7 de novembro de 2013

Nonperturbative BRST invariance and the Gribov problem

O docente e pesquisador do IFSC, Prof. Dr. Attilio Cucchieri, foi o palestrante convidado da edição do dia 07 de novembro do habitual programa Journal Club.

CUCCHIERI300Com o tema intitulado Nonperturbative BRST invariance and the Gribov problem, Cucchieri deu um panorama geral do caminho da quantização integrante em teorias de calibre, que envolve um fator de volume infinito (relacionada com o local de invariância de gauge), normalmente removido por fixação de um medidor e empregando o chamado método Faddeev – Popov.

Ao lançar a discussão sobre a quantização Faddeev – Popov, a simetria de BRST e as cópias de Gribov, o docente apresentou, ainda, o resultado paradoxal obtido por Neuberger, considerando a invariância BRST no nível não perturbativo.

Por último, Cucchieri discutiu algumas das possíveis soluções para o problema de Neuberger.

Assessoria de Comunicação

7 de novembro de 2013

Novo colaborador

Emanuel_HennA partir de 17 de outubro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) conta com novo colaborador: Emanuel Alves de Lima Henn, docente admitido junto ao Departamento de Física e Ciências dos Materiais (FCM) do Grupo de Óptica.

O IFSC dá boas-vindas ao novo servidor.

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

6 de novembro de 2013

Efeito das flutuações térmicas locais na cinética do processo de folding de proteínas

O Físico Antônio Caliri, docente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto – USP foi o convidado de mais uma edição do programa Café com Física, realizado no dia 06 de novembro.

Atuando em temas que vão do folding de proteínas, proteínas virais, processos difusivos em sistemas biológicos e simulação numérica (Dinâmica Molecular e Monte Carlo), o palestrante dissertou sobre Efeito das flutuações térmicas locais na cinética do processo de folding de proteínas.

No decurso de sua apresentação, Caliri começou por abordar o primeiro estágio do processo de folding de proteínas, que corresponde a uma varredura do espaço de configurações da cadeia protéica, etapa essa que é governada, principalmente, pelo efeito hidrofóbico. IMG_1573Devido ao tamanho típico das proteínas globulares (10-9 – 10-8 m), as cadeias protéicas sofrem ressaltos sistemáticos devido às flutuações térmicas locais, influenciando o processo de busca pela conformação nativa.

Algo que é considerado curioso é que o fator de Tsallis pode ser obtido por meio de uma média do fator de Boltzmann (em relação a uma suposta distribuição qui-quadrado do inverso da temperatura 1/T) e assim, na simulação da evolução configuracional, o peso de Boltzmann, tradicionalmente utilizado no algoritmo de Metropolis, é substituído pelo peso de Tsallis, o que introduz um novo parâmetro no sistema.

Contudo,o palestrante enfatizou que o presente problema, especificamente, o parâmetro não-extensivo varia ao longo da simulação, dependendo da estado conformacional da cadeia. O palestrante mostrou que a eficiência na busca pela estrutura nativa é surpreendentemente eficaz, através de um modelo em rede cúbica, sendo que o valor médio obtido ao longo da simulação reflete a complexidade da estrutura nativa.

Assessoria de Comunicação

6 de novembro de 2013

Optrônica e Microtecnologias Aplicadas

O Grupo de Óptica do IFSC organizou mais seminário temático, realizado no dia 06 de novembro, desta vez com a participação do Prof. Dr. Davies William de Lima Monteiro, docente do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que apresentou o tema Optrônica e Microtecnologias Aplicadas.

Na sua apresentação, Lima Monteiro abordou temas atuais de pesquisa e desenvolvimento que se encontram em curso no Laboratório para Optrônica e Microtecnologias Aplicadas, OptMA_lab, da Escola de Engenharia da UFMG – sensores micro e daviesoptoeletrônicos, óptica adaptativa, óptica oftálmica, circuitos integrados, sensores de imagem, microfabricação de componentes micro-ópticos, e sistemas fotovoltaicos auto-reconfiguráveis.

O palestrante possui graduação em Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (1994), mestrado em Física pela mesma universidade (1997) e doutorado em Microeletrônica/Óptica Adaptativa pela Delft University of Technology (2002). Atualmente, é professor associado do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Minas Gerais e docente do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da mesma Universidade. Atua na área de microeletrônica, e coordena o laboratório de Optrônica e Microtecnologias Aplicadas (OptMA_lab), com foco em temas como, óptica adaptativa e aplicada; sensores, circuitos integrados e processos em silício; MEMS/microtecnologia e células fotovoltaicas.

Assessoria de Comunicação

5 de novembro de 2013

Chega ao fim a SEMÓPTICA-2013

Chegou ao fim a SEMÓPTICA-2013 – XVIII Semana da Óptica -, um dos maiores eventos nacionais dedicados à difusão da Óptica e de suas várias tecnologias, promovido pelo CePOF – Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica, em parceria com o INOF – Instituto Nacional de Óptica e Fotônica, ambos alocados no Grupo de Óptica do IFSC-USP.CEPOF_-_LOGO250

Embora com uma programação majoritariamente académico-científica, cuja base é, anualmente, despertar o interesse científico em vários públicos-alvo, como, por exemplo, nos jovens estudantes do ensino médio e de graduação, bem como nos profissionais em geral, focalizando aspectos relacionados com novas tendências e aplicações na área da Óptica, o certo é que a SEMÓPTICA-2013 logrou atingir igualmente o cidadão comum, até para que ele pudesse entender como a ciência, tecnologia e inovação transformaram o seu próprio cotidiano, beneficiando-o diretamente em áreas tão importantes e decisivas para o seu bem-estar, como, por exemplo, a saúde.

Tendo-se iniciado no dia 19 de outubro, a SEMÓPTICA-2013 comemorou, também, os Cem anos do átomo de Bohr, tendo sido uma homenagem ao cientista. Além disso, trouxe várias novidades na área de óptica, que incluíram robótica, diagnóstico e tratamento de câncer de pele, imagens tridimensionais, dentre outras atrações. O evento contou, ainda, com parcerias com outros departamentos e universidades. Na área de robótica, fez parcerias com a EESC-USP e com a Embrapa. No setor educativo, trouxe a exposição Itinerante “A USP vai a sua Escola”, fruto de uma parceria entre o Grupo de Óptica e o Centro de Estudos de Genoma Humano da USP de São Paulo. Além disso, trouxe o Ludo Educativo, coordenado pelo Prof. Elson Longo, do INCTMN, situado na UFSCar e UNESP, tendo contado, igualmente, com a participação do licenciado em Física, Claudio Bretas, que representou o Laboratório de Ensino do IFSC. Na área de Saúde, o Grupo de Óptica contou com a colaboração de pesquisadores da UFSCar, UNICAMP e de universidades brasileiras que fazem parte do CePOF.

Neste evento, foi lançado o livro intitulado “Cooperação em Inovações Tecnológicas entre Brasil e Itália”, de autoria dos Profs. Vanderlei Bagnato (Agência USP de Inovação/Grupo de Óptica, IFSC-USP), Elson Longo (INCTMN – UFSCar/ UNESP) e da Dra. Wilma Barrionuevo (Grupo de Óptica – IFSC – USP).

A SEMÓPTICA-2013 reservou os últimos dois dias de sua programação (01 e 02 de novembro) para realizar uma “Exibição de Tecnologia e Inovação”, com demonstrações públicas de equipamentos e métodos científicos especialmente dedicados ao público leigo, tendo como cenário o Shopping Iguatemi – São Carlos, uma mostra que expôs os mais recentes equipamentos desenvolvidos pelos cientistas do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, alguns deles dedicados ao diagnóstico e tratamento de doenças.

As imagens publicadas abaixo, disponibilizadas pela Dra. Wilma Barrionuevo, do Grupo de Óptica do IFSC, substituem quaisquer palavras que possam ser escritas sobre este contato com o público.

A exemplo do que aconteceu nas edições anteriores, a SEMÓPTICA-2013 foi coordenada pelo docente e pesquisador do IFSC e, simultaneamente, Coordenador do CePOF-INOF, Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato.

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Assessoria de Comunicação

5 de novembro de 2013

Pesquisadores produzem software que desenha microestruturas complexas

Durante uma temporada na Harvard University, em 2007, o docente do Grupo de Fotônica (GFO) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Cleber Renato Mendonça, teve a oportunidade de conhecer uma nova técnica para microfabricação através de efeitos produzidos por óptica não linear*, técnica já popular em outras universidades do mundo, mas nunca realizada no hemisfério Sul.

Prisma_pticoAlguns alunos de pós-graduação do IFSC, orientados por Cleber, resolveram entrar nessa empreitada e começaram a trabalhar na realização do mesmo experimento nos laboratórios do Instituto para aprender a técnica já estabelecida em Harvard. Começaram reproduzindo um sistema simples, utilizando-se de laser de alta potência, espelhos móveis e um estágio de translação, o que permitiu a produção de microestruturas poliméricas tridimensionais. “O que há de novo nesse experimento que temos realizado desde 2009 é a inserção de um software que foi desenvolvido, permitindo a fabricação de microestruturas com alto grau de complexidade, ou seja, em formatos diversos”, explica o doutorando do GFO, Adriano Otuka.

A ideia dos pesquisadores foi desenvolver um software que funcionasse para confecção de qualquer microestrutura, ou seja, um programa de computador capaz de desenhá-las em qualquer formato. “Partimos de uma imagem em três dimensões, dividimos essa imagem em uma série de camadas de duas dimensões e, posteriormente, realizamos a interface entre o programa [software] e o aparato experimental”, elucida o mestrando do GFO, Gustavo Foresto.

Para melhor entendimento sobre a técnica, o que os pesquisadores criaram foi, basicamente, um software para impressão de microestruturas em 3D. “Pensando-se numa impressora comum, simplificadamente, o processo para impressão de um documento funciona da seguinte forma: cria-se um arquivo num editor de textos, como por exemplo, o Word, conecta-se a impressora que, por sua vez, ‘interpretará’ aquele texto e fará sua impressão. Nosso trabalho faz algo análogo: o software ‘interpreta’ uma imagem 3D, comunica ao nosso sistema de fabricação para, ao final, realizar sua impressão”, explica Adriano.

A polimerização, ou seja, a confecção da microestrutura em três dimensões pode ser visualizada em tempo real, utilizando-se uma câmera. O software foi criado através do Labview, uma plataforma comercial, própria para criação de programas de computador. “Utilizamos essa plataforma para criar nosso software, que permitiu que desenvolvêssemos uma microimpressora 3D”, conta o pós-doutorando do GFO, Vinicius Tribuzi, também parte do time de pesquisadores que desenvolveu o programa.

Cristo_Redentor-1Sem o novo software, os pesquisadores já produziam microestruturas, mas somente de baixa complexidade, ou seja, em formatos simples, como cubos e pirâmides. Com o desenvolvimento do novo programa, estruturas diversificadas podem ser feitas. “Podemos desenhar basicamente figuras de qualquer formato”, acrescenta Vinicius .

Outras utilizações

De acordo com Adriano, atualmente, existem diversos grupos de pesquisa, inclusive o Grupo de Fotônica do IFSC, que trabalham na confecção de dispositivos microfabricados. O interessante dessa técnica de fabricação é que ela permite dopagens, ou seja, pode-se misturar outros materiais ao polímero como, por exemplo, corantes fluorescentes ou nanopartículas metálicas. O material dopado, por sua vez, adquire características especiais que podem vir a funcionar como dispositivos ópticos. “Há diversos projetos que visam à produção de diferentes microdispositivos e muitos deles são voltados à área da nanotecnologia”, diz Adriano. “Inclusive, grupos de pesquisa têm trabalhado na fabricação de microestruturas para criar os chamados ‘microambientes’, onde é possível avaliar o crescimento e desenvolvimento de células e bactérias”, conclui.

Para visualizar os papers e outros trabalhos do GFO, acesse http://www.fotonica.ifsc.usp.br/people/publications.php

Para saber mais sobre o trabalho em questão, clique aqui.

* Óptica linear- quando as propriedades ópticas dos materiais (índice de refração e absorção) são constantes para qualquer luz incidente de baixa intensidade.

Óptica não linear: quando as propriedades ópticas dos materiais dependem da intensidade de luz que incide sobre eles, o que gera uma série de efeitos novos e interessantes, como, por exemplo, um feixe de luz ser capaz de focalizar-se, mesmo que se propague em um material comum.

Assessoria de Comunicação

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