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13 de novembro de 2013

Por que é importante que seus pares o entendam

Numa entrevista concedida à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) em junho de 2012, o pesquisador e editor da World Aquaculture Magazine, Carl Webster, afirmou que “os brasileiros deixam de publicar muitos trabalhos científicos de alta qualidade em revistas de grande impacto por não redigir corretamente”. Ao fazer tal afirmação, Webster não se referiu somente à falta do domínio da língua inglesa por parte dos pesquisadores brasileiros, mas também sobre as dificuldades destes em ser concisos e claros ao escrever um paper.

Science-logoAs afirmações acima servem para fortalecer a importância que o gênero literário “escrita científica” tem assumido no contexto científico nacional e, claro, internacional, especialmente nos anos recentes. Obviamente, uma pesquisa que traga avanços e um grande impacto para sociedade é o item mais importante para o sucesso e reconhecimento de pesquisadores e cientistas. No entanto, se o autor não dispuser de uma boa gramática, clareza e concisão, ou seja, se não se fizer entender bem por seus pares, a divulgação de sua pesquisa será mais difícil e, obviamente, muito mais demorada. “Temos uma habilidade impressionante, e indesejada, de dar voltas ao redor da mensagem/ideia central, esse é o principal problema. Parece que, se não escrevermos muito, a audiência achará que não sabemos escrever”, declara o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e ministrante de cursos de escrita científica, Valtencir Zucolotto. “O ideal é sempre ser claro e conciso, ao menos para a maioria de nossas áreas de pesquisa, mas pode haver exceções”, complementa.

Zucolotto, que coordena a 4ª edição da Semana da Escrita Científica, que ocorre entre 12 e 13 de novembro, conta que, nos artigos científicos que já pôde analisar até hoje, observou, na maioria deles, o desconhecimento do gênero “escrita científica” por parte de seus autores. Já no que diz respeito ao envio de artigos científicos para publicações internacionais, Zucolotto afirma que a proficiência em inglês resolve parte do problema, mas não é o suficiente para que o artigo seja aceito, e reforça, novamente, que clareza e concisão são elementos essenciais.

4ª Semana da Escrita Científica– 12 e 13/11/2013, anfiteatro do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”

Para se inscrever, clique aqui .

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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