Notícias

14 de setembro de 2011

Inscrições prorrogadas para submissão de trabalhos

As inscrições para apresentação de trabalhos no Congresso dos Profissionais das Universidades Estaduais de São Paulo (CONPUESP) foram prorrogadas até 25 de setembro.

O evento, que será realizado nos dias 25 e 26 de outubro, no Memorial da América Latina (São Paulo, SP), foi idealizado para ser o espaço destinado à divulgação de trabalhos e troca de experiências entre os funcionários das instituições participantes.

Para mais informações a respeito do evento, submissão de trabalhos e programação, acesse www.conpuesp.com.br

Assessoria de Comunicação

14 de setembro de 2011

Ficção de Steven Spielberg será exibida

O “Arena de Debates em Ficção Científica” dá continuidade à programação em 15 Minority_Reportde setembro, com a exibição do longa-metragem “Minority Report- a nova lei”.

“Minority Report” passa-se no ano de 2054 onde uma divisão pré-crime da polícia é capaz de visualizar o futuro com a ajuda de paranormais, precogs, impedindo a conclusão de crimes. A polêmica gira em torno do seguinte: se alguém é preso antes de cometer o crime pode esta pessoa ser acusada de assassinato, já que aquilo que motivou sua prisão nunca aconteceu?

Lançada em 2002, a produção, protagonizada por Tom Cruise, tem 146 minutos de duração.

A sessão terá início às 19 horas e, após o termino do filme, como de costume, haverá um debate entre plateia e convidado que, nesta quinta-feira, será o professor do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC/USP), Eduardo do Valle Simões.

O evento é aberto a toda comunidade. A entrada é gratuita.

Assessoria de Comunicação

13 de setembro de 2011

USP oferece curso a distância para funcionários e docentes

A Universidade de São Paulo (USP), através do Superintendente de Tecnologia da Informação, encaminhou ofício que trata de curso à distância oferecido aos funcionários e docentes da referida Universidade.

O curso “Gestão da Política Municipal de Educação”, terá duração de dois meses e desenvolverá, nesse tempo, conteúdos relativos a um corpo de diretrizes relativas à política educacional, fornecendo uma ampla visão sobre o tema em questão.

As inscrições tiveram início em 8 de setembro e vão até 5 de outubro.

Para ter acesso ao programa, na íntegra, e informações referentes à duração, formulário de inscrição etc., clique aqui.

Assessoria de Comunicação

 

13 de setembro de 2011

“Café com Física”

Comunicamos que, por problemas particulares, o professor Alberto Saa não poderá comparecer ao “Café com Física”, marcado para 13 de setembro (terça-feira).

Por essa razão, o programa desta terça-feira será adiado.

Assessoria de Comunicação

12 de setembro de 2011

Este mês, excepcionalmente, com duas palestras

Essa semana, o programa “Ciência às 19 horas”, uma iniciativa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), vem em dose dupla.

Na terça-feira, 13 de setembro, haverá a palestra “Aquela doença: Câncer”, que será ministrada por Aurélio Julião de Castro Monteiro, do Instituto de Oncologia de Ribeirão Preto (INORP).

No dia seguinte, 14 de setembro (quarta-feira), nova palestra, intitulada “Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento do Brasil” será ministrada por Sérgio Rezende, professor do Departamento de Física da Universidade de São Paulo (IF/USP).

Ciencia

Os dois eventos têm início às 19 horas e serão realizados no auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”. A entrada é gratuita e toda comunidade está convidada a participar.

Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”- Avenida do Trabalhador são-carlense, 400

Parque Arnold Schimidt

Assessoria de Comunicação

12 de setembro de 2011

Pesquisa busca aproveitamento sustentável de micro-organismos

A pesquisadora da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Maria Antonia Souza, topou fazer o longo trajeto até São Carlos, para enriquecer sua pesquisa. Desde dezembro de 2010, conta com a colaboração do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Igor Polikarpov, para estudar a prospecção de cepas fúngicas da Amazônia, que produzem enzimas hidrolíticas.

Para entender o complicado tema da pesquisa, vai uma simples explicação: fungos e bactérias produzem tais enzimas que, por sua vez, podem ser utilizadas para biorremediação (aplicação de processos biodegradáveis no tratamento de resíduos para recuperação e regeneração de ambientes) e produção de bioetanol de segunda geração (menos poluente do que o de primeira geração).

Maria_AntoniaMaria Antonia que, na UEA, trabalha com genética humana e de micro-organismos, atualmente orienta alunos de pós-graduação da mesma universidade para utilização sustentável dos micro-organismos. “Eu e Igor já selecionamos cepas fúngicas, que produzem celuloses e outras enzimas de interesse, para produção do bioetanol e, no momento, estamos trabalhando no aprofundamento do trabalho, para elucidar as estruturas dessas enzimas”, conta a pesquisadora.

Maria Antonia revela que, desde o início de suas pesquisas relacionadas ao assunto descrito, o destaque vai para a construção de um protocolo, desenvolvido com vistas à produção de metabólicos secundários bioativos*, a partir de micro-organismos. “Esse protocolo foi construído a partir de minha dissertação de mestrado e, durante dois anos, foi o artigo mais consultado da América Latina, sobre o assunto”, conta.

Com um novo tópico em seus estudos, agora ela também trabalha com o metabolismo primário dos organismos, parte que envolve, inclusive, a produção de enzimas.

Sobre a conservação da Amazônia, no geral, e de micro-organismos que lá vivem e podem ser objeto de estudos para novas pesquisas, ela afirma que, embora muito já tenha sido devastado, alguns estados estão melhores do que outros. “O estado da Amazônia ainda tem a maior área de floresta natural reservada. Quando pensamos na salvação da natureza, não podemos deixar de pensar, também, na salvação do homem e preservação das pessoas que sobrevivem nessas regiões”, finaliza.

*Produto do metabolismo das mais diversas substâncias de organismos vivos. Os secundários são encontrados, somente, em grupos de organismos restritos, como plantas, micro-organismos e insetos

Assessoria de Comunicação

9 de setembro de 2011

USP ocupa 169º lugar em ranking de melhores universidades do mundo

A USP apresentou um grande avanço no seu posicionamento no ranking britânico QS World University das 300 melhores universidades do mundo. O ranking de 2011 aponta a USP em 169º lugar, subindo 84 posições em relação ao ano passado e marcando presença, pela primeira vez, entre as 200 melhores.

Pelo segundo ano consecutivo, a Universidade de Cambridge (Reino Unido) aparece em primeiro lugar no ranking, seguida das norte-americanas Harvard, Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT) e Yale e a britânica Oxford.

Segundo a empresa QS (Quacquarelli Symonds), que é especializada na produção de informações e estatísticas para o ensino superior, é possível verificar que entre as 500 melhores do mundo há 17 universidades latino-americanas, do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Uruguai. No mundo inteiro, cerca de duas mil universidades são consideradas e mais de 700 entram na avaliação para a listagem.

Para acessar o ranking das 300 melhores universidades do mundo na íntegra, clique aqui

Assessoria de Comunicação

9 de setembro de 2011

A ciência contra o crime

Esqueça (quase) tudo o que você viu em CSI ou Law and Order. Para entender a função exata de um perito, esclarecimentos podem reparar alguns equívocos apresentados nos famosos seriados investigativos. Mas, ainda mais curioso, é saber como uma ciência pura, especificamente a física, pode se tornar arma fundamental para resolver os mais diversos enigmas da esfera criminal

PolciaSe, na ficção científica, ele é destaque, na vida real poucos estão familiarizados com o cotidiano de um perito da polícia técnico-científica. Para se ter uma pequena ideia de sua importância, ele é o primeiro a ter acesso à intocada cena do crime e pode ser o primeiro, também, a solucionar ocorrências, dos mais diferentes níveis de gravidade e complexidade. “A polícia militar é a primeira a chegar ao local de um crime, mas sua função se limita, num primeiro momento, a preservá-lo intacto. Logo depois, vêm os peritos, para analisar a cena e buscar evidências objetivas, juntando o maior número de dados e provas. Dizemos que ‘o perito é o dono do local do crime’”, explica Fernando Crnkovic, mestre e doutor em Química pela Universidade de São Paulo (USP) e, atualmente, perito criminal oficial do Instituto de Criminalística da Superintendência da Polícia Técnico-Científica de São Paulo.

O que ainda menos pessoas sabem é que ciências básicas têm grande importância no trabalho desse profissional. Prova disso é que o saber nas áreas, exata e biológica, já se faz necessário antes mesmo da investidura no cargo. “A prova do concurso público para perito é cheia de questões de matemática, física e química, justamente pela importância que elas assumirão no cotidiano desse profissional”, conta Fernando.

Fernando e sua equipe, atualmente formada por oito peritos- físicos, químicos, farmacêuticos e engenheiros -atendem aos mais diversos delitos. Crimes contra pessoa ou patrimônio, ocultação de cadáver, mortes suspeitas, acidentes de trânsito e trabalho são algumas das ocorrências pelas quais os peritos são, frequentemente, acionados. “É a perícia que garante a perpetuação da cena do crime. Se há pessoas feridas no local, temos a obrigação de ajudá-las. Mas, se há mortos, impedimos a entrada de terceiros, para evitar que o local possa ser manipulado, atrapalhando nosso trabalho”.

E a física com isso?

Mas, seja qual for o delito, uma observação curiosa se faz presente em todos eles: ferramentas e conceitos de física são incorporados, frequentemente, para resolução das ocorrências e assumem papel fundamental e, sobretudo, catalisador na resolução dos casos.

Em julho de 2007, no acidente envolvendo o Air Bus da TAM, cálculo da velocidade de colisão, banda de rodagem do pneu e resgate de materiais biológicos por equipamentos de luz, infravermelho e ultravioleta, foram importantes conceitos e ferramentas utilizados pelos peritos do caso. “Força de atrito, desaceleração, energia etc., são conceitos populares, frequentemente aplicados em conjunto com outras ciências, como a química ou a biologia, nesses casos”, explica Daniel Augusto T. Vanzella, professor de Física Teórica, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Em acidentes de trânsito comuns, por exemplo, a física-mecânica assume grande importância. “Podemos calcular a velocidade de colisão de um carro nos utilizando de conceitos fornecidos por essa área específica”, conta Fernando. O perito afirma que, muitas vezes, o levantamento de dados materiais, utilizando-se de tais técnicas, pode ser conclusivo. “Ângulo, distância percorrida, marcas de frenagem, tudo isso é levado em conta”.

No caso de homicídios, o cadáver encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), sofrerá os chamados “exames invasivos” (abertura da calota craniana, região torácica e abdominal). “Esse exame, considerado o ‘beabá’ da necropsia, possibilitará a recuperação de projéteis”, elucida Fernando.

Nesse momento, a física poderá exercer importante papel. “Analisando-se o impacto de um projétil no corpo, pode ser possível calcular a distância de onde foi dado o tiro e saber se trata-se de um suicídio ou assassinato”, explica Daniel.

 

Até mesmo no roubo de aparelhos celulares, a física pode entrar como protagonista. “Celulares trocam informações através de antenas espalhadas. No caso do roubo desse equipamento, pela intensidade do sinal de recepção de cada uma das antenas, é possível determinar a localização ou distância que se encontra o aparelho”, exemplifica Daniel.

Instrumentos de análise

FernandoSe, em um primeiro momento, técnicas de física auxiliam os peritos na coleta de dados, alguns instrumentos tradicionais da área também têm importante papel. A microscopia eletrônica ou de força atômica trarão um diagnóstico detalhado e, muitas vezes, conclusivo para casos específicos. “Para um perito, como não há limite pela busca da verdade, já que devemos ser extremamente objetivos, algumas vezes é preciso recorrer às universidades e pesquisadores para nos auxiliar, emprestando-nos equipamentos e, inclusive, complementando nossas análises”, comenta Fernando.

Outra observação importante diz respeito aos princípios físicos, presentes em grande parte dos procedimentos e técnicas. A física, em conjunto com outras ciências, como a química ou a biologia, estará presente em quase 100% dos casos. “Nos seriados investigativos, é muito comum vermos os peritos se utilizarem de um aparelho que emite uma luz ultravioleta. Manchas de sangue, mesmo depois de lavadas, se tornam fluorescentes sob luz ultravioleta, depois de tratadas com uma substância química como o luminol. Isso nada mais é do que um fenômeno físico-químico”, explica Daniel.

Quando aspectos sociais entram no jogo

Em relação aos famosos e numerosos seriados e filmes que têm como enredo as mais diversas ocorrências policiais, Fernando afirma que “muito do que é retratado é real, mas um erro comum a quase todos é misturar a figura do investigador com a do perito. Trabalhamos, apenas, com provas objetivas e não levamos em consideração, por exemplo, se ‘fulano que morreu tinha rixa com o cicrano’. Esse tipo de informação só interessa ao investigador”, esclarece.

No que diz respeito à realidade desse profissional, ele conta que, há mais ou menos um mês, participou de um workshop ministrado por Joseph Blozis, investigador aposentado do Departamento de Polícia de Nova Iorque. “Joseph fez simulações e explicou, com detalhes, alguns procedimentos realizados na polícia de NI e vi que, em muitos casos, utilizamos métodos idênticos”, afirma.

Fernando conta que a principal diferença está relacionada à quantidade de profissionais disponível nos dois países. “Em São Paulo, para mais de 40 milhões de habitantes, somos em, mais ou menos, 1.200 peritos. Excluindo-se os cargos administrativos e burocráticos, restam, em média, 800 peritos para atender todo estado. O ideal, até de acordo com órgãos internacionais, seria em torno de 4.500, 5.000 peritos, para essa quantia da população”, conta Fernando. “Já nos EUA, só na cidade de Nova Iorque, já existem verbas disponíveis para contratar 400 peritos, apenas para trabalhar com análise de DNA”.

E a escassez não para por aí. Ainda em comparação aos peritos estadunidenses, as especialidades de cada um não se misturam. “Nos EUA, há especialistas para cada modalidade da polícia técnica: peritos em impressão digital, peritos para análise de DNA e assim por diante. Aqui, nós cuidamos de todas as modalidades, ao mesmo tempo”, conta.

Com tais informações em mente, não fica difícil concluir o caso: no Brasil, não é a tecnologia nem o profissional da polícia técnico-científica que deixam a desejar. Como quase tudo que diz respeito a aspectos sociais, a falta de recursos continua sendo o grande problema.

Porém, enquanto não se encontra solução para esse caso, é importante que fique muito bem esclarecido que, tanto na ficção quanto na realidade, a ciência, certamente, entra como grande aliada dos policiais, validando, mais do que nunca, o fato de que não existe crime perfeito.

Assessoria de Comunicação

8 de setembro de 2011

Como você pode ajudar a manter a excelência de nossa biblioteca

A biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), assim como todas as outras bibliotecas da Universidade de São Paulo (USP), é depositária de toda produção científica, cultural e artística, gerada na universidade. Sendo assim, ela responde pelo processamento, armazenamento e disponibilização dessa produção no Banco Bibliográfico DEDALUS.

BibliotecaPara manter sua produção atualizada e disponível, a biblioteca realiza as seguintes ações:

-Levantamento e coleta semanal da produção científica através da Base de Dados Web of Science – ISI;

-Levantamento diário em fontes impressas não indexadas na referida base de dados;

-Levantamento de trabalhos apresentados em congressos, seminários etc., através de pedidos de afastamentos de docentes, enviados à biblioteca, pelas secretárias de departamentos;

-Recebimento de cópias de trabalhos publicados pelos grupos de pesquisa, através das secretárias ou docentes;

-Levantamentos específicos em eventos de Sociedades, Academias e Associações relativas à área de Física e afins;

-Envio de arquivos, contendo a produção científica cadastrada no DEDALUS para conferência do docente, normalmente no mês de novembro, visando à atualização da produção para o relatório Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Apesar das ações acima, nem todos os artigos são recuperados pela Biblioteca, assim solicita-se a colaboração dos usuários para quando tiverem algum trabalho publicado, e não recuperável pelas fontes utilizadas pela Biblioteca, que envie uma cópia à mesma.

A biblioteca convida a todos para acompanhar o cadastramento da produção, através do sites do IFSC. Visite-a, também: ela é localizada no 1º andar do prédio da Administração do IFSC.

Assessoria de Comunicação

 

8 de setembro de 2011

Um novo formato cultural na universidade

A paixão pela arte e pela ciência resultou no projeto “Arena de Debates em Ficção Científica”, uma iniciativa do Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que tem como objetivo principal promover debates sobre produções científicas, envolvendo propostas de interação usuário-computador, manipulação genética, segurança de informações e outros temas relacionados a tecnologias de computação, previstas nos filmes de ficção.

O evento, coordenado pelo professor do Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC/USP), e aluno de pós-graduação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Mário Gazziro, tem atraído um grande número de estudantes de graduação ao auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” do IFSC, para assistir à exibição de clássicos do cinema, do gênero de ficção científica, como “2001: uma odisseia no espaço”, “Blade Runner, o caçador de androides”, assim como filmes mais recentes, com a mesma temática, como “Minority Report” e “Gattaca”.

“Desde que eu era estudante de graduação, mantínhamos a tradição de reunir em torno de 20 pessoas em alguma república, para assistir filmes e debatê-los, informalmente”, conta Mário. Depois dessa experiência bem-sucedida com os amigos, ele resolver oficializar a tradição e transformá-la num projeto que pudesse trazer cultura para universidade, assim como um contato mais próximo com a comunidade geral, já que o evento é gratuito e totalmente aberto ao público-externo. “No começo do ano, houve uma chamada da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, da USP, incentivando os novos docentes a criarem atividades de extensão. Li o edital e comecei a pensar em como eu poderia contribuir com a cultura e, com a ajuda do professor, Alberto Tannús, selecionei alguns filmes para exibir aos alunos”.

Para complementar a proposta, Mário, tendo em mente a grande quantidade de especialistas da USP, resolveu inseri-los no projeto, convidando-os a participar de debates sobre os filmes. “A ideia de convidar os especialistas foi para tornar o projeto mais rebuscado e atrativo, aumentando as chances de ele ser aprovado pela Pró-Reitoria”.

A primeira exibição foi realizada no dia 18, com o filme “Os substitutos”. O número de participantes superou as expectativas de Mário. No segundo encontro, ocorrido uma semana depois, esse número aumentou. “Ficamos impressionados com o resultado, pois acreditávamos que os alunos viriam para assistir aos filmes, e iriam embora à hora do debate, mas todos têm ficado e participado, ativamente”.

O projeto foi bem visto, inclusive, pelo Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP) que pretende, no próximo ano, tornar o programa- atualmente de caráter temporário- fixo no Centro. “No CDCC, eles já têm o Cineclube, mas nele não são realizados debates”, conta Mário.

Programação

arena

 

Até o dia 13 de outubro, todas as quintas-feiras, das 19 às 22 horas, serão realizadas sessões de filmes, seguidas por debates, que duram em torno de 45 minutos. A cada encontro, um especialista é convidado a participar da discussão.

A entrada para o evento é gratuita e toda comunidade são-carlense está convidada a participar. Para ter acesso à programação do “Arena”, acesse o link “eventos” do site do IFSC.

O auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” fica na Avenida do Trabalhador são-carlense, 400. Mais informações pelo telefone (16) 3373-9770.

Assessoria de Comunicação

6 de setembro de 2011

Revista internacional publica reportagem sobre a pesquisa no Brasil

A revista “Physics Today”, umas das mais notórias publicações mundiais sobre física, publicou matéria intitulada “Brazil aims for its science to have greater impact” (Brasil almeja que sua ciência tenha um maior impacto).

A reportagem, que discorre sobre o fato de o Brasil ter, nos últimos anos, investido mais na qualidade do que na quantidade de pesquisas, tem o professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Vanderlei Salvador Bagnato, como uma das fontes da matéria. Para lê-la, na íntegra, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

5 de setembro de 2011

Educadores dos ensinos fundamental e médio tiveram grande participação

Em 31 de agosto, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do “Colóquio da Licenciatura em Ciências Exatas”, recebeu o professor de filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Mário Sérgio Cortella, para proferir a palestra “Docência, Discência e Decência. E isso com a Ciência?”.

Citando John Locke, Francis Bacon, entre outros importantes nomes do mundo filosófico, assim como outros da esfera educacional, como Paulo Freire- por quem Cortella foi, inclusive, orientado em seu mestrado e doutorado- o professor falou para um público em torno de 150 pessoas, entre eles alunos e professores do Instituto, assim como grande quantidade de educadores, dos ensinos fundamental e médio.

Cortella

 

O mote principal girou em torno da discussão de como a ciência passou a ser privilégio, enquanto deveria ser partilha. “Quantas pessoas têm, não o acesso, mas, sobretudo, o interesse pela ciência, cultura, conhecimento?”, questionou o professor à plateia.

Além de discutir educação e cultura, no Brasil, Cortella levantou tópicos sobre a própria ciência, afirmando que a ideia que significativa parte da população tem dela é aquela passada pelos veículos de comunicação. “O conceito que se tem de ciência é aquele conectado à mídia, que sempre passa uma impressão de algo exótico ou bizarro”.

Sobre os métodos de ensino, nas escolas, ele afirma: “Nossos alunos são do século XXI, os docentes do século XX e os métodos de ensino do século XIX”.

A discussão durou, exatamente, uma hora. Depois disso, os participantes tiveram a oportunidade de fazer questionamentos ao palestrante, que defendeu, enfaticamente, novas formas para educar os alunos, especialmente aqueles do ensino fundamental. “A decência inclui o fato de fazermos as pessoas crescerem, e não as diminuirmos. Só será um bom ‘ensinante’ aquele que for um bom ‘aprendente’”, conclui Cortella.

Sobre o programa

O “Colóquio da Licenciatura em Ciências Exatas” é um ciclo de palestras que acontece uma vez ao mês, com dias e horários fixos: quartas-feiras, às 17 horas.

O público-alvo são, especialmente, professores e alunos de licenciatura em ciências. Porém, o evento é aberto ao público e todos são convidados a participar. A entrada é gratuita.

Para mais informações, acesse http://www.coloquiolce.blogspot.com/

Assessoria de Comunicação

5 de setembro de 2011

Aluno é premiado em evento internacional

O aluno de doutorado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Gregório Couto Faria, orientando do docente, Eduardo Ribeiro de Azevêdo, foi premiado no 14º International Symposium on Electrets (ISE), evento realizado em Montpellier (França), entre os dias 28 e 31 de agosto.

Na conferência, o aluno recebeu o prêmio “Dilip Das-Gupta”, pelo melhor trabalho oral, apresentado entre jovens cientistas (pesquisadores com menos de 35 anos de idade).

Gregorio

 

Sobre a conferência

O International Symposium on Electrets (ISE) é uma conferência promovida pela IEEE, maior associação profissional mundial dedicada ao avanço da tecnologia.

A IEEE e seus membros estão altamente envolvidos em programas técnicos de numerosos eventos, incluindo eventos comerciais, oficinas de capacitação, feiras de profissões etc.

Para mais informações à respeito da Instituição, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

30 de agosto de 2011

Prazo para cadastro se encerra em 31 de agosto

Funcionários, alunos e docentes tem até o dia 31 de agosto (quarta-feira) para cadastrar seus equipamentos de informática.

Aqueles que ainda não o fizeram, podem acessar o link http://www.ifsc.usp.br/sistemas/censo2/ e realizar o cadastro. Tal tarefa leva apenas alguns minutos e, em caso de dúvidas, basta entrar em contato com a Seção Técnica de Informática (ScInfor), através dos telefones 3373-8814/ 9759/ 9789/ 9790.

É importante lembrar que, a partir de 1º de setembro, só terão acesso à internet as máquinas com números de I.P. cujo cadastro tenha sido realizado.

Assessoria de Comunicação

30 de agosto de 2011

Novo sensor traz técnica menos invasiva para medir a pressão do crânio

SergioO professor e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Sérgio Mascarenhas, apresentou, na 26ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), um equipamento que mede a pressão dentro do crânio, sem a necessidade de perfurá-lo.

Para comercialização, Marcarenhas aguarda, primeiramente, a autorização do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já em relação ao preço, o pesquisador calcula o custo de R$350,00, muito abaixo daqueles já comercializados , que variam entre R$2,5mil e R$5mil.

 

Assessoria de Comunicação

30 de agosto de 2011

Docente comenta como pesquisas básicas podem auxiliar no desenvolvimento brasileiro

A popularidade do termo “nano” está em seu auge. Mas, muito antes do termo e da própria tecnologia tornar-se parte de nosso cotidiano, pesquisas básicas são desenvolvidas, para, continuamente, aprimorar o que já se tem e desenvolver o que ainda não existe.

Euclydes Marega Júnior, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e estudioso do assunto há 20 anos, diferencia a nanociência das outras ciências básicas. “Física atômica estuda os átomos, física dos materiais estuda os materiais macroscópicos, aqueles que conseguimos tocar, enxergar. No que se refere à grandeza e propriedades, os nanomateriais ficam entre o atômico e o macroscópico”, elucida.

Para tornar o entendimento mais palpável, algumas medidas podem ajudar: a escala atômica é da ordem de 10-10m, escala nanométrica 10-9m e a micrométrica, que se refere, também, a pequenos materiais, mas já com propriedades volumétricas, são da escala de 10-6m. “Todos eles possuem propriedades eletrônicas diferentes. A cor emitida por um grupo de átomos será diferente daquela emitida por um cristal”, explica o docente. “Assim, torna-se possível construir materiais que não existem na natureza”.

A produção de elementos artificiais inclui os nanomateriais, que podem carregar propriedades de semicondutores ou metálicos. Os semicondutores, extremamente úteis para a eletrônica, em razão de seu nível de condutividade, têm suas propriedades físicas afetadas pela variação de temperatura, exposição à luz e acréscimos de impurezas. Trazendo um exemplo prático, basta lembrar que o silício, um material semicondutor, é a matéria-prima de chips de computadores e atuais aparelhos de televisão. Um material semicondutor tem propriedades intermediárias entre condutores e isolantes com a vantagem de que suas propriedades de condução podem ser modificadas, tornando-o quase um metal ou mesmo um isolante. ”Logo que iniciei minhas pesquisas, existia uma corrente que argumentava que a tecnologia do silício estava chegando ao seu final e que novos materiais deveriam substituí-lo. A história não foi bem esta. A tecnologia de nanofabricação teve um papel fundamental e, hoje, quase que 100% dos equipamentos eletrônicos são baseados na tecnologia desse material. Na empresa ‘Optoeletrônica’, os semicondutores do grupo III-V, onde se incluem os LEDs brancos, estão se tornando a solução para a iluminação num futuro próximo”.

Euclydes-1O docente traz mais argumentos. “Um exemplo claro de como a nanofabricação mudou nossa forma de viver são os dispositivos portáteis, como celulares, tablets, vídeo-games etc. Hoje, qualquer pessoa pode ter um iPod com 64Gb de memória, que pesa 100 g. Há 30 anos, os computadores, com muito menos capacidade de processamento, pesavam da ordem de 1 tonelada e estavam restritos somente a pesquisadores em Universdades e Centros de Pesquisa”.

Os estudos de Euclydes estão relacionados, especialmente, às técnicas de fabricação de materiais nanométricos semicondutores. Um artigo científico, publicado pelo pesquisador em 1996, teve grande impacto na área, com 215 citações no “Institute for Scientific Information (ISI)”. “Este trabalho foi, sem dúvidas, um marco na área, sendo totalmente realizado no IFSC, desde a concepção e amostras até resultados e análises”.

No momento, seu grupo de pesquisa não faz estudos voltados para tecnologia, mas para pesquisa básica, que servem de alicerce aos físicos formados para desenvolvimento de novas tecnologias. “No mundo, as pesquisas tecnológicas para nanomateriais já são bem desenvolvidas, mas, no Brasil, infelizmente, ainda não temos indústrias que consigam transformar ciência em tecnologia”, conta. Ele dá o exemplo dos telefones celulares que, embora sejam montados no Brasil, têm todas as peças que os compõe importadas. “A pesquisa tecnológica consiste na busca pela produção de certos dispositivos, que agreguem propriedades dos materiais, úteis para alguma coisa. O LED é um exemplo”, esclarece. “Se conseguirmos formar bons estudantes em pesquisas básicas, eles poderão se inserir no ramo de microeletrônica e nanofabricação, caso indústrias desse tipo se estabeleçam no país, e produzir a tecnologia da qual necessitamos para não ter mais que importar peça de celular, computador e televisão”.

Embora não ganhem atenção devida, as pesquisas básicas podem solucionar dois problemas brasileiros: desenvolvimento de produtos e qualificação de mão-de-obra. “O principal problema, hoje, na área de nanoestruturas semicondutoras ou nanofabricação, no Brasil é, justamente, esse. A Foxconn, empresa chinesa que vem para o Brasil, para produção de tablets, em princípio, não poderá contar com a mão-de-obra brasileira”, exemplifica o docente.

Sobre o papel do IFSC e, nesse caso, especificamente, do grupo de Euclydes, para a solução dos problemas mencionados, ele aponta o estudo pioneiro de pontos quânticos semicondutores. “Muitos trabalhos que desenvolvemos aqui tem alto impacto na ciência, nessa área de pesquisa, e são reconhecidos internacionalmente”.

Sobre a aplicação dos estudos desenvolvidos, Euclydes afirma que, num primeiro momento, a intenção principal é formar pessoas capacitadas a trabalhar em grandes empresas de tecnologia. “No momento, o Brasil não tem a condições de montar uma grande empresa tecnológica. Portanto, o primeiro passo é formar pessoas qualificadas. Essas pessoas terão um papel fundamental para mercados tecnológicos que venham a surgir no Brasil”, finaliza.

Assessoria de Comunicação

26 de agosto de 2011

Jornalista palestra sobre a importância da fotografia nas descobertas de Física

O IFSC viu sua agenda de eventos lotada nesta semana. Desde segunda-feira, palestras, colóquios, defesas de teses e seminários atraíram alunos de graduação, pós-graduação e docentes ao longo destes cinco dias.

pino01Na quinta-feira, o tradicional Journal Club, direcionado mais especificamente aos alunos de pós-graduação, agregou em um ambiente mais íntimo alguns mestrandos, doutorandos e docentes para discutir tópicos de Física da Matéria Condensada. Quem ministrou a “aula” foi o pesquisador Gerardo Martínez, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Muito experiente na área, ele expôs seu recente projeto de pesquisa intitulado “Estudos da magnetização de clusters bimetálicos finitos usando cálculos de primeiros princípios”, uma parceria internacional com o Chile, coordenada por ele, que tem como principal objetivo empreender cálculos de primeiros princípios usando DFT e pacotes dedicados, como VASP, de materiais magnéticos nanoestruturados, como nanoclusters de CoCu e cálculos teóricos de campo médio em sistemas eletrônicos fortemente correlacionados, aplicados a manganitas e férmions pesados.

Já na manhã desta sexta-feira (26), outro tradicional ciclo de palestras – o Colóquio IFSC – apresentou o pesquisador Cássio Leite Vieira, do Instituto Ciência Hoje, um portal online de divulgação científica. O experiente jornalista apresentou um tema relacionado à sua tese de doutorado, que é a fotografia enquanto um importante instrumento que possibilitou uma série de descobertas importantes na área da Física no século XX. Sob o tema “Os Físicos e a fotografia: uma história da Física no século XX”, sua fala circundou um uso específico da fotografia, ou seja, a fotografia como detector. Mais especificamente, sua apresentou teve como foco um tipo de detector utilizado desde o início do século, um detector muito pequeno – diferentemente dos detectores gigantescos que se pode ver hoje no polêmico LHC, por exemplo –, que se utiliza da emulsão nuclear para funcionar.

 

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Segundo Vieira, este tipo de detector oferece inúmeras vantagens, como uma melhor resolução, portabilidade, custo, tamanho (permitindo vários tipos de arranjos experimentais), sensibilidade contínua (acumula dados), poder de freamento de partículas, não necessita de equipamento eletrônico, possibilita trabalho em conjunto com outros detectores e pede por apenas dois equipamentos periféricos: um microscópio óptico e algum reagente químico. Talvez justamente por essa razão tenha sido este pequeno detector um mecanismo fundamental em muitas descobertas relevantes do século passado, como por exemplo, o Pi positivo, o Pi negativo, as ações radioativas da zirconita de Poços de Caldas, os primeiros híperons, o quark charmoso, entre inúmeras outras.

E este foi apenas o começo da história de Vieira. Por aproximadamente duas horas, ele contou para um público bastante heterogêneo sobre os tipos de detectores e sobre os principais usos desse equipamento nos dias de hoje.

Fique atento à programação da próxima semana.

Assessoria de Comunicação

26 de agosto de 2011

Uma tendência rumo ao interior

Quando ouvimos por aí que os tempos são outros, a frase, que carrega uma dose de abstração e subjetividade, pode ser inserida em diversos contextos. No misto de economia e ciência, se em outros tempos empresas de bases tecnológicas concentravam-se, exclusivamente, nas grandes capitais, a tendência que, hoje, se observa é de uma migração, cada vez mais significativa, de grandes empresas para cidades menores (tanto no aspecto geográfico, como no populacional).

Um destaque vai para cidade de São Carlos, no interior do estado de São Paulo que, de acordo com o jornal “Valor Econômico”, em reportagem publicada no dia 17 de agosto, define o município com “uma economia local que mescla grandes e pequenas indústrias de várias atividades e setor de serviços diversificado”. Mas, o diferencial vai além: com duas notórias universidades públicas (USP e UFSCar) e um amplo centro de pesquisa (Embrapa), São Carlos cresce a passos largos, com realizações que ultrapassam promessas e expectativas, elevando o município à categoria de capital da tecnologia.

Exemplos podem ser demonstrados e alguns pesquisadores são modelos de uma prática, que se tem tornado cada dia mais comum e necessária: transferência de conhecimento adquirido na academia para empresas globais, nacionais e, atualmente, locais.

A academia no mercado

JarbasJarbas Caiado de Castro Neto, professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP) desde 1976, ficou surpreso durante seu doutorado no Massachussetts Institute Of Technology (MIT), em 1981. “Enquanto no Brasil existia uma distância muito grande entre universidade e setor empresarial, percebi que nos EUA, ao contrário, existia uma enorme proximidade”, relembra o docente. “Mesmo na área de física, nos laboratórios em que trabalhei, eles [pesquisadores] não só faziam os trabalhos junto com empresas, como buscavam, fortemente, essa aproximação”, conta o Jarbas que cita a “Polaroid” como um dos resultados da interação, na época. “Depois do doutorado no MIT, continuei com minhas pesquisas em óptica não-linear, mas procurei uma maneira de interagir com o setor produtivo e com a sociedade”.

De volta ao Brasil, Jarbas retornava não só com uma nova mentalidade, mas com uma ideia que resultou na fundação da empresa “Opto Eletrônica”, da qual é um dos fundadores e atual presidente. A empresa, no mercado há 25 anos, já é destaque internacional. “O ‘refletor odontológico’, produto desenvolvido por nós em 1990, teve grande sucesso no exterior, pois vendíamos por menos da metade do preço cobrado internacionalmente. Chegamos a ter mais de 50% do mercado mundial com esse produto”, conta Jarbas que, desde a fundação da empresa, já registrou mais de 40 patentes. “Nosso objetivo é registrar, ao menos, uma patente por mês e temos cumprido essa meta”.

Diversos alunos do IFSC são, inclusive, contratados na empresa. Jarbas destaca um diferencial no físico: “A partir do momento em que o país começa a se desenvolver, precisamos entender os fenômenos tecnológicos e o físico é muito importante para entender tais fenômenos, onde lhe cabe transformá-los em produtos”.

Da academia ao mercado

Vanderlei“Nossa preocupação principal é gerar conhecimento e investimos, muito, em projetos básicos, com vistas à aplicação”, conta Vanderlei Salvador Bagnato, que, atualmente, acumula as funções de vice-diretor do IFSC e coordenador da Agência USP de Inovação.

Docente do Instituto desde 1981, assim como Jarbas, fez seu doutorado em Física no MIT, o que auxiliou na formação da seguinte mentalidade: “O que gera riqueza, através da ciência, é a capacidade das pessoas usarem bons resultados científicos em prol da tecnologia e sua aplicação”. Tal filosofia é fortemente praticada em suas pesquisas. Prova disso é o registro de quase 50 patentes de produtos desenvolvidos pelo Grupo de Óptica do IFSC, do qual Vanderlei é coordenador, além de seu constante aconselhamento e auxílio prestado às diversas spin offs*, nascidas, inclusive, de projetos de pesquisa do Instituto. “A patente é algo importante, mas considero muito mais relevante as empresas que ajudamos a formar, pois elas estão gerando empregos, riqueza e soluções úteis à sociedade”, esclarece o pesquisador.

Seus estudos em óptica e fotônica, que objetivam o diagnóstico e tratamento de doenças, como alguns tipos de câncer, são reconhecidas mundialmente. Executivos da empresa japonesa, Nitto Denko Corporation, são os mais recentes interessados em firmar convênio com o IFSC, graças a essa pesquisa. “Vemos a relevância de nosso trabalho através da importância que as pessoas dão a ele”, diz Vanderlei.

O autêntico progresso da ciência

Para Jarbas, atualizar-se, constantemente, e buscar desenvolver novos produtos é de importância primordial. “Quando se trata de tecnologia, nunca devemos ‘deixar o burro na sombra’”. Na mesma linha de pensamento, Vanderlei defende que “nós, pesquisadores, temos a obrigação de levar o conhecimento para sociedade brasileira e não esconder ou guardar nosso potencial científico”.

Com essa mentalidade, eles e muitos outros pesquisadores dão uma contribuição significativa para tornar, cada vez mais, o município e, sobretudo, o próprio país, como referência tecnológica.

Porém, nos novos tempos, uma coisa é fato: o caminho promissório que se faz em direção a cidades interioranas trará muito crescimento e desenvolvimento a esses municípios. Mas, os frutos colhidos tendem a ir muito mais além, onde um número expressivo de pessoas, certamente, será beneficiado.

Assessoria de Comunicação

26 de agosto de 2011

Professores estrangeiros participam de banca de doutorado

Na manhã do dia 25 de agosto, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu dois pesquisadores internacionais, para fazerem parte da banca avaliadora da apresentação do projeto de doutorado, “Study of Excitations in a Bose-Einstein Condensate”, apresentado pelo aluno, Jorge Amin Seman Harutinian.

O trabalho, orientado pelo docente, Vanderlei Salvador Bagnato, foi escrito e apresentado, integralmente, em inglês, em virtude dos estrangeiros , Giacomo Roati (University of Florence, Itália) e John Weiner (University of Maryland, EUA) que fizeram parte da comissão avaliadora.

Jorge

Além dos convidados citados, também participaram os docentes Mahir Saleh Hussein, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e Philippe Wilhelm Courteille, do IFSC. “Quando meu orientador pediu que eu escrevesse e apresentasse minha tese, em inglês, fiquei um pouco assustado”, confessa Jorge. “Mas, tive pessoas que me ajudaram e, no final, consegui montar tese inteligível”.

Bem sucedida, a apresentação teve início às 9 horas, finalizada somente às 12h30. “O professor Weiner está, no momento, como visitante em nosso Grupo, e o professor Giacomo já desenvolve, há algum tempo, trabalhos conosco. Por esse motivo, meu orientador achou que eles seriam excelentes membros da banca, e essa foi minha motivação para escrever a tese, em inglês”, conclui Jorge que, até dezembro deste ano, estará fazendo pós-doutorado no IFSC para, no início do próximo ano, começar um novo pós-doutorado na University of Florence.

Assessoria de Comunicação

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