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1 de agosto de 2011

Programa reinicia seu ciclo de palestras

O projeto “Colóquio Interdisciplinar da Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC” reinicia seu ciclo de palestras, trazendo o docente, Mario Sergio Cortella, para ministrar o colóquio, “Docência, Discência e Docência! E isso com a Ciência?”Col.

O evento será no dia 31 de agosto (quarta-feira), no auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, com início marcado para as 17 horas.

Coloquio-licenciatura

Sobre o programa

Uma vez por mês, todas às quartas-feiras, o “Colóquio Interdisciplinar da Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC” traz palestras, abordando os mais diferentes assuntos, em especial relacionados à educação.

Mesmo o público-alvo sendo, especialmente, professores, alunos do curso de licenciatura em Física e Ciências, em geral, toda comunidade é convidada a participar. A entrada é franca.

Para saber mais sobre o projeto, acesse http://www.coloquiolce.blogspot.com

Assessoria de Comunicação

1 de agosto de 2011

Premiação pode chegar até R$10mil

O prêmio “Mercosul de Ciência e Tecnologia” está com suas inscrições abertas até o dia 22 de agosto. Pesquisadores e estudantes do ensino médio e superior podem participar, mas devem estar vinculados ao Mercosul pela nacionalidade, naturalidade ou residência nos países membros- Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

O prêmio é uma iniciativa da Reunião Especializada em Ciência e Tecnologia (RECyT do Mercosul), com patrocínio da Sangari do Brasil e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e parceria da Unesco, do CNPq e do Movimento Brasil Competitivo (MBC).

Categorias e premiação:

– iniciação científica- estudantes e equipes do ensino médio, com, no máximo, 21 anos de idade (participação de professor/orientador opcional): R$2.000,00;

-estudante universitário- individual e sem limite de idade, no entanto, deve ser graduando (participação de professor/orientador opcional): R$3.500,00;

-jovem pesquisador- individual, para pesquisadores graduados, com, no máximo, 35 anos de idade: R$5.000,00;

-integração- equipes de pesquisadores graduados, sem limite de idade: Rid=”mce_marker”0.000,00.

Para ter acesso ao regulamento, na íntegra, e informações adicionais, acesse http://eventos.unesco.org.br/premiomercosul

Assessoria de Comunicação

 

1 de agosto de 2011

Encerramento da segunda edição contou, novamente, com presença de pais dos participantes

EFETec-11

Alegria somada a uma boa dose de satisfação. Com esse clima foi encerrada a 2ª edição da Escola de Física para Escolas Técnicas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) nesta última quinta-feira, 28 de julho.

Tendo como atividade final a apresentação de seminários por todos os participantes da Escola, tratando dos mais variados temas da Física, a atividade tomou toda manhã e foi responsável por lotar o anfiteatro azul do prédio de Laboratórios de Ensino de Física (LEF), no qual pais, alunos, professores e alguns curiosos prestigiaram tanto a apresentação dos seminários, quanto a premiação, ocorrida na sequência.

EFETec-12“Atividades como essa são muito importantes, pois dão chance a eles [participantes] desenvolverem ainda mais seus conhecimentos. Deveriam existir mais coisas como essa”, elogia Edna, mãe de Gabriel Martins do Santos, aluno da ETEC “João B. L. Figueiredo” (Mococa-SP).

Gabriel demonstra o mesmo entusiasmo. “Gostei muito das aulas de óptica. Nunca tínhamos visto algo assim!”, diz. Mesmo decidido a seguir carreira na engenharia mecatrônica, Gabriel conta que a Escola lhe trouxe uma nova visão sobre a ciência. “Eu achava que a física fosse algo bem pacato, mas é muito interessante, com muitas áreas de trabalho possíveis”.

A mesma opinião é compartilhada por Felipe Renan da Cruz Rocha, aluno da ETEC “Salles Gomes” (Tatuí). Embora sem ter definido sua carreira, admite que a Escola, certamente, terá influência sobre ela. “Tínhamos uma visão e, depois dessa experiência, essa visão ficou totalmente diferente, o que influencia muito”. Sobre a melhor parte da Escola, ele destaca a preparação dos seminários. “Apesar de ter sido muito corrido, é a hora que temos o apoio de todos os professores, monitores e parceiros de grupo. Essa relação foi muito legal para desenvolver um bom seminário”.

EFETec-13Os pais de Felipe, que também prestigiaram o encerramento da EFETec, ficaram tão surpresos e satisfeitos quanto o filho. “Estou encantado com esse projeto! Muito bonito e muito importante. Mostrou-nos que a educação oferecida aos alunos, aqui, é realmente tão boa como ouvimos falar. Felipe tem todo nosso apoio, caso escolha a física como carreira”, elogiou Airton, pai do aluno.

Depois da apresentação dos dez seminários, a comissão avaliadora, composta pelos docentes, Antonio Carlos Hernandes, Daniel Vanzella, Eduardo Azevêdo, Leonardo Maia e José Fabian Schneider, premiou grupos e alunos.

EFETec-10

 

Sobre a EFETec, Hernandes, docente e diretor do IFSC, e principal idealizador do projeto, quando questionado sobre as diferenças entre a segunda e primeira edição (realizada em março deste ano), afirma que ambas foram bem-sucedidas. “Houve uma mudança no nível dos alunos, pois na primeira edição adotamos um critério diferente de escolha, mas a maioria deles atendeu nossas expectativas e o mais importante é o amadurecimentos que verificamos nos participantes”. Sobre a influência exercida nos alunos para escolha da carreira, Hernandes esclarece: “Como a física é nossa carreira, ficamos muito felizes se os alunos também a escolhem. Mas, a ideia principal é permitir ao aluno que ele tenha uma boa qualificação para saber o que fazer na área de exatas. Ele passa a conhecer nossos cursos e ter uma ideia mais clara do que se faz em ciências exatas. Se ele fará física ou engenharia é uma opção que deixamos em aberto”, finaliza.

Assessoria de Comunicação

 

1 de agosto de 2011

IFSC sedia 3 dos 43 Núcleos de Apoio à Pesquisa aprovados pela reitoria

No início de julho, a Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) aprovou 43 novos Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAP), com o intuito primordial de integrar especialistas e pesquisadores, das mais diversas áreas de conhecimento da Universidade, em prol do desenvolvimento científico e tecnológico. O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) teve um projeto contemplado em cada uma das três diferentes categorias, algo muito positivo, não somente ao Instituto, mas para o campus e, sobretudo, para o próprio município de São Carlos

O mundo globalizado tem traçado novos paradigmas. Um deles, que ainda caminha a passos tímidos, mas promissórios, é a parceria entre empresas e universidades, especialmente nas áreas de Ciência e Tecnologia (C&T).

No caso da USP, esta, utilizando-se de recursos próprios para investir em Núcleos de Pesquisa, alterou seu investimento inicial de R$40 mi para R$70 mi, em razão da grande quantidade de propostas qualitativas enviadas por pesquisadores de todos os campi. No campus de São Carlos serão seis novos núcleos, três deles coordenados por docentes do IFSC.

Tão interdisciplinares quanto o próprio Instituto são os projetos aprovados por seus docentes. “A característica do IFSC é única, pois ser multidisciplinar está em sua origem. Hoje temos dentistas, engenheiros, bioquímicos, farmacêuticos, engenheiros e físicos contratados como professores. De 77 professores que somos, todos atuamos em diferentes áreas”, esclarece Antonio Carlos Hernandes, atual diretor do Instituto e coordenador de um dos NAPs aprovados.

A importância em abrigar tais núcleos no Instituto, e nas outras Unidades do campus, traz benefícios que ultrapassam os muros da universidade. “Mais de 100 propostas foram submetidas e 43 foram consideradas, pela comissão, de nível internacional”, comenta Hernandes. “O IFSC tem um grande diferencial, que é ter a pesquisa como carro-chefe. Esse reconhecimento tem aparecido sistematicamente. Ao longo dos últimos 11 anos, a característica do Instituto de sediar grandes projetos tem sido mantida e todos os docentes envolvidos trabalham integralmente para isso”.

Alguns números do Instituto

Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAP): 3

Centros de Pesquisa em Inovação e Difusão (CEPID): 2

Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT): 3

No caso dos NAPs, três categorias para enquadramento dos projetos foram definidas pela USP, nas quais o IFSC marcou presença em cada uma delas. Embora coordenados por docentes do Instituto, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) também é parceira nos projetos. “Quem ganha com isso é o Instituto, o campus e a cidade, porque você traz recursos, e parte deles, também, é investida no município”, afirma Hernandes.

Com capacidade intelectual significativa e uma multidisciplinaridade única, o Instituto, através de seus docentes, tem o suporte necessário para manter-se como protagonista em grandes projetos de pesquisa. “Tudo começa na ‘raíz’ do Instituto, isto é, temos três cursos de graduação, dos quais dois são cursos de interface, que é a Física Computacional e o de Ciências Físicas e Biomoleculares. Ou seja, os cursos de graduação já têm essa ‘cara’ multidisciplinar”, conta o diretor.

Os novos NAPs do Instituto

Centro de Tecnologia em Materiais Híbridos- coordenação: Antonio Carlos Hernandes

Centro de Instrumentação para Estudos Avançados de Materiais Nanoestruturados e Biossistemas- coordenação: Igor Polikarpov

Núcleo de Apoio à Pesquisa em Óptica e Fotônica- coordenação: Vanderlei Salvador Bagnato

O maior desafio dos NAPs é manter a atuação na fronteira do conhecimento, por longo tempo, o que exige dos participantes uma atualização contínua, trazendo sempre novos resultados e inovações. “Será preciso angariar alunos frequentemente, trazer pessoas para fazer pós-doutorado, pesquisadores internacionais etc. A USP deu o start, mas os núcleos deverão ter a capacidade para gerar recursos próprios”, esclarece Hernandes.

Parceria público-privada

No caso do NAP coordenado por Hernandes, ele conta que trabalha com o desenvolvimento de novas metodologias. “Ofereceremos potenciais projetos a serem desenvolvidos em parceria. Para isso, serão feitos convênios entre empresa e universidade, dentro das normas previstas pela USP. Outro apoio será o suporte a alguns ensaios dos quais a indústria precisa, o que também será feito através de convênios”.

Hernandes destaca um ponto relevante, sobre o assunto: São Carlos tem em torno de mil indústrias, sendo 20% delas de base tecnológica (conhecidas pelo termo spin off). Gerar novas empresas é um ponto importantíssimo para o desenvolvimento, e a solução para isso, de acordo com Hernandes, é, justamente, incentivar os alunos. “Ao longo do desenvolvimento dos NAPs, os alunos que tiverem mais aptidão montarão suas próprias empresas. Muito mais do que uma filosofia, essa é uma meta”.

Ficar atrás ou estar à frente do novo processo tecnológico globalizado depende não somente do esforço de pesquisadores em gerar conhecimento, mas também do próprio empresário, disposto a enxergar na pesquisa ponto fundamental para o desenvolvimento. “Temos uma cultura empresarial que não vê o investimento em pesquisas como um negócio rentável. Se a indústria deixar de ser coadjuvante para tornar-se protagonista, investindo em conhecimento, ela deve, necessariamente, aproximar-se da universidade. Temos grandes expectativas e ideias de convencer indústrias em financiar nossos estudos, o que irá gerar riquezas para os dois lados”, esclarece Hernandes.

Embora o retorno não seja imediato, ele é um fato. A visão da empresa é importante para informar à universidade sobre as demandas de mercado. Esta, por sua vez, desenvolverá pesquisas que atendam a essa demanda. “Se isso não acontece, acabamos desenvolvendo pesquisas que ficam paradas aqui, enquanto, no exterior aproveitam-se desse conhecimento, para produzir”, diz Hernandes. “Se uma empresa faz estudos de novas tecnologias, ela terá uma inserção maior no mercado global. As grandes empresas brasileiras, como a Petrobrás e Embraer, fazem muitos investimentos em tecnologia. Mas, essa não é uma cultura generalizada no Brasil e o país precisa dessa guinada”.

Embora lentamente, uma nova cultura tem sido firmada. Nesse aspecto, o Brasil tem progredido, e grandes empresas têm absorvido, cada vez mais, o potencial de pesquisas acadêmicas. “Já tivemos momentos em que as indústrias nem cogitavam passar perto da Universidade e tínhamos a esperança dessa melhora. Hoje, já somos capazes de gerar empresas de base tecnológica, ou seja, esse progresso já é um fato”, conclui Hernandes.

Assessoria de Comunicação

29 de julho de 2011

Estudo do cérebro de moscas para compreensão do cérebro humano

 

Moscas-1Rapidez, equilíbrio, robustez e extensa literatura. Esses são os principais motivos pelos quais a espécie Chrysomya megacephala, comumente encontrada, tornou-se principal objeto de estudos dos laboratórios de Física Computacional e Instrumentação Eletrônica, Neurofísica, Dipterlab e Neurodinâmica do IFSC. “A marinha americana adoraria fazer um F-16 com a capacidade performática de uma mosca”, brinca Lírio Onofre B. de Almeida, especialista em Laboratório do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do Instituto.

A pesquisa, já desenvolvida no IFSC há uma década, em princípio coordenada pelo docente, Roland Köberle, e atualmente pelo docente, Reynaldo Daniel Pinto, é pioneira na América do Sul e, no mundo todo, poucos laboratórios fazem pesquisas semelhantes. “No hemisfério sul do planeta, apenas na Austrália utilizam invertebrados, como gafanhotos e abelhas- que tem detecção de movimento mais lento do que as moscas para esse tipo de pesquisa”, conta Lírio.

Mas, como se tornou possível a análise de um inseto tão pequeno e, mais do que isso, a investigação de seu código neural, principal objetivo da pesquisa citada? Para compreender, é preciso começar do início da história.

As possibilidades

Foi o criador da química moderna, o francês Antoine Lavoisier, que tornou, mundialmente conhecida, a famosa “Lei da Conservação das Massas”, com o popular lema “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A natureza de encarregou de fazer jus ao postulado, criando mecanismos semelhantes a todos os seres vivos, inclusive entre moscas e humanos, com as devidas adaptações.

Moscas-2Mas, sejam os animais vertebrados ou invertebrados- incluindo-se, algumas vezes, plantas-, todas as informações e sensações ocorridas nos organismos são transmitidas da mesma maneira: neurônios com sinais elétricos e químicos. Analisar como elas se processam em estruturas mais simples, como moscas, pode auxiliar no entendimento de estruturas mais complexas. “Um único neurônio já pode ser considerado um sistema complexo. Partimos do pressuposto de que, uma vez compreendido mecanismos mais simples, pela similaridade entre organismos, poderemos decodificar como o processamento de informações ocorre no cérebro humano”, explica Lírio.

Mas, nessa pesquisa, embora o intuito primordial seja analisar como informações e sensações codificadas e processadas no sistema visual das moscas, as consequências desse resultado podem ir além do que se imagina, onde, até mesmo, a tecnologia será diretamente afetada, no futuro.

O caminho

São duas as maneiras como as informações são transmitidas pelo sistema nervoso em organismos: pulsos elétricos, que fazem isso de maneira muito rápida, e neurotransmissores, que o fazem de forma mais lenta. “A reação de uma mosca é extremamente rápida, por isso o interesse em estudá-la”.

Moscas-3O tempo de processamento do sistema visual da mosca é da ordem de 30 milissegundos (30×10-3s) e o neurônio desse sistema tem um tempo de recuperação (descanso entre um pulso e outro) da ordem de 2 milissegundos (2×10-3s). “Poucos pulsos são suficientes para se codificar e processar o estímulo visual apresentado para a mosca. Através de ferramentas matemáticas e computacionais estes dados são analisados”, explica Lírio.

Uma aplicação mais imediata seria fazer um paraplégico andar. Mas, para a Física é simplesmente compreender a codificação e decodificação das informações. “Estaríamos dando um passo muito grande, em termos de eficiência”, diz Lírio.

Por que as moscas tornaram-se objeto principal de estudos

Há quase cem anos, as partes neurológicas e anatômicas desses insetos já são estudadas por biólogos. Além da visão muito bem desenvolvida, seu sistema de voo é extremamente eficiente e habilidoso. “A mosca, em princípio, possuía quatro asas, mas, com a evolução, duas delas se transformaram em ‘giroscópios’, possibilitando um domínio, ainda maior, sobre o voo”, conta Lírio.

Moscas-4Além das razões citadas acima, a mosca oferece outra vantagem: “É sempre difícil realizar experiências com animais in vivo. Por ser um inseto muito robusto, a mosca é capaz de permanecer viva, durante uma microcirurgia, implante de microeletrodos e aquisição dos sinais enviados por seus neurônios, durante experimentos”, explica.

Resultados da pesquisa e projeções futuras

Moscas-5Diversos grupos uniram-se para desenvolver pesquisas semelhantes à citada. No caso do estudo do cérebro da mosca, no IFSC, além dos próprios físicos, grande parte dos pós-graduandos veio do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, mas engenheiros eletrônicos e físicos computacionais do Instituto também participam do projeto. “A precisão para geração dos estímulos e a aquisição de dados dos sinais neurológicos exige equipamentos especiais, não disponíveis no mercado. Métodos computacionais, nesse aspecto, são fundamentais para trazer essa exatidão”, conta Lírio.

Roland, por dois anos, realizou estudos no Centro de Pesquisas “NEC Worldwide”, em Princeton (EUA), junto a Rob de Ruyter van Steveninck, um dos grandes estudiosos do assunto, o que possibilitou novas perspectivas ao IFSC. O Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da Unesp-Rio Claro, através do docente, Guilherme Gomes, realizou diversos experimentos junto aos pesquisadores do IFSC, para coleta de dados pertinentes à pesquisa.

E, num esforço conjunto, os estudiosos, aos poucos, constroem equipamentos para desvendar a comunicação entre neurônios dos pequenos insetos. O resultado, certamente, será um grande passo para ciência.

Assessoria de Comunicação

 

29 de julho de 2011

Uma carreira em ascensão

 

FC-1Matemática, Física, Linguística, Neurociência e Computação. A união de todas essas diferentes áreas, num único curso, pode parecer, em princípio, impossível ou, ao menos, pouco provável.

Oferecido em poucas universidades brasileiras como graduação, o curso de física computacional propõe, justamente, a união das mais diversas áreas do conhecimento, e traz forte conteúdo em ciências exatas, especialmente em física, matemática e computação, concretizando uma ideia e uma multidisciplinaridade, em princípio, difícil de imaginar.

A principal dúvida dos interessados seria a seguinte: qual o diferencial entre um curso de computação e a física computacional. O esclarecimento, embora carregue uma dose de abstração, é simples: sendo a física prioridade e base do curso de física computacional, o raciocínio moldado no estudante é diferente, e abre um leque de possibilidades distinto daquele apresentado em cursos de computação. “O físico computacional tem mais ferramentas, além das de computação, e trabalha, principalmente, na resolução de modelos e problemas”, explica Guilherme Matos Sipahi, coordenador do curso de Física Computacional, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

No caso do IFSC/USP, o curso, anteriormente habilitação do bacharelado em Física, há seis anos foi transformado em curso de graduação, com uma grade curricular composta por disciplinas como física, cálculo, mecânica clássica e laboratório de física, mas também com grade específica e relacionada diretamente à computação, como arquitetura de computadores, microprocessadores e computação concorrente (computação paralela). “Nosso curso oferece conhecimentos em áreas de aplicação, matemática e programação, e a formação dos alunos é focada para construção de novos modelos a serem utilizados e a implementação de novos experimentos e medidas”, explica Sipahi.

Aplicações da Física Computacional

GuilhermeSe no princípio de tudo, físicos tinham, apenas, teoria e experimentos como base para investigação dos fatos, a criação de modelos computacionais é uma nova possibilidade para comprovação dos diversos fenômenos que nos rodeiam.

Mas, se não ficou claro entender o que faz o físico computacional, exemplifiquemos através da própria história.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas se comunicavam através de códigos criados por uma máquina chamada “Enigma”. A engenhoca alemã servia para a troca de mensagens encriptadas, dando aos nazistas grande vantagem sob os adversários. Até que, 20 anos após sua criação, o “enigma” foi, finalmente, desfeito por diversos pesquisadores dos EUA e Europa- entre eles físicos- que decodificaram as mensagens dos nazistas, resultando na derrota alemã na Guerra e num rumo completamente diferente para história da humanidade. O aparelho decodificador recebeu o nome de Colossus I.

Começava aí uma revolução científico-tecnológica. Através das novas máquinas, cálculos começaram a ser feitos muito mais rapidamente, imensos espaços para armazenamento de informações e dados foram criados, além do surgimento e gradual aprimoramento de uma máquina que faz trabalhos contínuos por períodos intensos. “Você pode deixar um computador trabalhando uma noite inteira. Diferente de um ser humano, ele nunca ficará cansado, nem terá seu desempenho reduzido”, explica Guilherme.

Do primeiro computador, criado em Princeton, em 1952- batizado “Máquina de von Neumann-, passando pelo Colossus I até os computadores atuais, novos softwares e hardwares foram sendo criados e aperfeiçoados com a colaboração de inúmeros físicos e seu modo de raciocínio peculiar. “O físico não é matemático, químico ou engenheiro, mas transita entre estas áreas distintas e pode servir de ponte entre elas”, conta Guilherme.

Outra exemplo de área em que a física computacional pode ser utilizada com sucessso é a meteorologia, que utiliza fenômenos físicos e computação de alto desempenho para a confecção de programas (softwares) que fazem a previsão do tempo.

O desenvolvimento de modelos computacionais pelo físico permite, também, a realização de experimentos inviáveis como, por exemplo, calcular a velocidade de espalhamento de uma forte epidemia em um país ou da temperatura terrestre para os próximos 20 anos. “Os experimentos controlados em física permitem descobrir ou confirmar fenômenos esperados, como o aquecimento global”, explica Guilherme.

Outras simulações como desdobramento de proteínas, túnel de vento e colisão de carros, movimento da terra em torno do sol etc. só são viáveis graças aos programas desenvolvidos, baseados na criação e interpretação de equações matemáticas e teorias físicas. Predições baseadas em modelos computacionais, hoje, estão presentes em qualquer atividade que necessite de alta tecnologia. “Por exemplo, estruturas das rochas do pré-sal podem ser simuladas por modelos computacionais desenvolvidos com esse intento”, afirma o docente.

Finalmente, outra área de atuação da física computacional é a instrumentação científica avançada, voltada para implementação de novas medidas experimentais e uso de novas tecnologias. “Aparelhos de instrumentação médica, por exemplo, têm que ser construídos, o que obriga o desenvolvimento de novas tecnologias”, explica Guilherme.

Oportunidades de trabalho

Embora indefinido, o Mercado de trabalho para o físico computacional é crescente, uma vez que o uso de computadores se estende, estando presente nas principais atividades do setor produtivo.

Indústrias de aeronáutica, automobilísticas e de telecomunicações têm empregado físicos computacionais, além de empresas financeiras, interessadas na modelagem estatísticas para análise do mercado financeiro. “Há três anos, executivos da Microsoft fizeram um recrutamento para empregar brasileiros na empresa. Dos 20 selecionados, 2 eram ex-alunos nossos”, relembra Guilherme.

No final da história, é claro que a pesquisa ainda faz o papel principal na vida do físico computacional. Mas, no mercado globalizado e informatizado, a quantidade de portas abertas para esse profissional tem aumentado a passos largos e, sobretudo, muito promissores.

Assessoria de Comunicação

21 de julho de 2011

Inscrições para representantes dos servidores técnicos administrativos no Conselho Universitário

Conforme portaria divulgada em quatro de julho de 2011, estão abertas as inscrições para a Eleição dos representantes titulares e suplentes dos servidores técnicos e administrativos junto ao Conselho Universitário. As inscrições podem ser feitas até as 17h do dia 10 de agosto de 2011 através de requerimento na Secretaria Geral da USP ou na Diretoria das Unidades, mediante declaração de que o candidato é servidor no exercício de suas funções.

A eleição, pelo voto direto e secreto, dos três representantes dos servidores técnicos e administrativos e seus suplentes, será realiza em única fase, no âmbito do IFSC, no dia 24 de agosto de 2011, das 9h às 19h30.

Acesse aqui a portaria.

Assessoria de Comunicação

19 de julho de 2011

O Físico que foi para a Microsoft

Ser dono de uma vaga em grandes e globais empresas como Google, Facebook ou Microsoft é o sonho de muitos, sejam brasileiros, sejam europeus, sejam os próprios estadunidenses. Mas, para a grande maioria, a oportunidade de ocupar um cargo de destaque em organizações desse porte parece um sonho impossível de se concretizar, exceto quando ele se torna realidade

Andre-1

 

André Muezerie, hoje com 34 anos, quando criança não pensava em ser médico ou advogado, como a grande maioria, mas tinha uma certeza: “Queria algo na área de exatas. Eu gostava bastante de matemática, de montar e desmontar aqueles brinquedos, do tipo Lego, que te dão bastante liberdade para criar coisas”, relembra.

Mesmo passando perto de optar pela engenharia como carreira profissional, no cursinho, através de um de seus professores, André teve conhecimento do curso de Física, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com ênfase em Física Computacional, que trazia um conteúdo forte em exatas, além de uma grade disciplinar com teor direcionado à computação.

Depois de formado, André iniciou seu mestrado, emendou o doutorado, ambos no IFSC. “Até o início de meu doutorado, eu estava inclinado a seguir carreira acadêmica. Ao longo dos quatro anos de doutorado é que a ideia de trabalhar em empresas foi aparecendo”, conta.

Com o doutorado finalizado, ele passou a trabalhar na empresa “3WT”, uma startup*. Depois de algum tempo, um colega o informou sobre o recrutamento que a Microsoft estava fazendo, na época, para contratação de novos funcionários. “Enviei meu currículo e, depois de algum tempo, recebi e-mail do headhunter**, encarregado de contratações na América do Sul, que agendou uma entrevista, em inglês, por telefone”.

Depois de passar por análise de currículo, entrevista por telefone e entrevista presencial, em São Paulo, com executivos da Microsoft, André seria selecionado para ocupar a vaga no grupo Failover Clusters– um recurso do Windows Server. “Na entrevista presencial, cinco profissionais da Microsoft me entrevistaram, em inglês, e formação e habilidades técnicas foram questionadas”, relembra. “Foi muito bom ser aprovado, mas a notícia ruim é que eu teria, ainda, que esperar pelo visto de trabalho, que só foi conseguido depois de sete ou oito meses que eu tinha sido, oficialmente, contratado”.

Já nas terras do Tio Sam

Depois de quase um ano de espera entre a primeira entrevista com executivos da Microsoft e liberação do visto de trabalho da embaixada estadunidense no Brasil, em outubro de 2007, André, finalmente, desembarcou na cidade sede da Microsoft, Redmond (Washington-EUA), acompanhado de sua esposa.

Incumbido de trabalhar com o Windows Server– software voltado para corporações- um dos principais produtos da Microsoft, André afirma que o curso de Física Computacional foi- e é- muito importante para o desenvolvimento de seu trabalho. “O que aprendi na parte computacional, obviamente, me ajuda muito. Já meus conhecimentos de física e matemática obtidos no curso, auxiliam-me na resolução e análise de problemas”.

Já em relação ao salário, ele afirma que “o que eu ganho, mesmo sendo brasileiro, é exatamente o mesmo que um estadunidense, exercendo a mesma função, e é compatível com o salário de empresas do mesmo porte, como Google. Uma das diretrizes da Microsoft é não discriminar pessoas por sua origem, religião etc. As oportunidades que os brasileiros têm são as mesmas de indianos, chineses e estadunidenses que trabalham lá”.

Ele conta que outros brasileiros trabalham com ele, inclusive um colega da turma de Física Computacional, além de engenheiros elétricos, “alguns deles formados na EESC/USP***”.

Além do ótimo salário, a empresa oferece benefícios, como convênios médico e odontológico e cursos internos e externos. “Dentro da empresa, desenvolvemos produtos novos. O ano passado, submeti uma patente sobre um produto que desenvolvi”, diz André.

Física Computacional x Computação

Mas, no final das contas, qual a diferença entre os dois cursos?

A Ciência da Computação é focada no estudo de algoritmos, suas aplicações e implementações, na forma de software. Simplificando, é o conjunto de técnicas que possibilitam a criação de programas de informática.

A Física Computacional, por outro lado, além de oferecer uma ampla base sobre funcionamento, operação e programação de computadores, dá ênfase à modelagem de problemas físicos, para que possam ser resolvidos com o auxílio da computação. De acordo com Guilherme Matos Sipahi, professor e coordenador do curso de Física Computacional do IFSC/USP, “o jeito de pensar do físico, moldado por seus estudos em teorias físicas, oferece um raciocínio diferente do profissional formado em ciências da computação. O físico computacional tem mais ferramentas, além das de computação, e trabalha, principalmente, na resolução de modelos e problemas, propondo soluções criativas”.

André, da mesma forma, diz que a Física Computacional oferece uma base forte em computação, mas também conteúdo voltado à matemática e resolução de problemas físicos. “A Física Computacional desenvolve mais a mente da pessoa, para resolver problemas e equações”.

Aos futuros ingressantes no curso, ele afirma que oportunidades existem e o curso de Física Computacional oferece muitas. “Um dos questionamentos que eu ouvia das pessoas era o que eu faria depois de formado. Falavam que ser professor seria minha única alternativa, mas eu sempre disse que existiam outras, o que foi comprovado”.

Já em seu caso particular, quando questionado sobre voltar ou não ao Brasil, André é breve: “Essa é a eterna dúvida de todo brasileiro que trabalha aqui nos Estados Unidos”, finaliza.

* empresa iniciante, com modelo de negócios repetível e escalável

** contratado da empresa, com missão de buscar executivos e profissionais pré-definidos para um cargo

***Escola de Engenharia de São Carlos

Assessoria de Comunicação

 

 

 

 

19 de julho de 2011

Docente do IFSC comenta pesquisa que desenvolve em parceria com Petrobrás

 

Nelma-1O misterioso e desconhecido mundo subterrâneo sai dos roteiros de ficção científica para, hoje, ocupar espaço cada vez mais importante na vida real. Exemplo disso é a pesquisa da docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Nelma Regina Segnini Bossolan que, desde 2007, em parceria com a Petrobrás, tem feito a caracterização de comunidades microbianas, que vivem em plataformas aquáticas de petróleo- e próximas a elas. “Conhecer essas comunidades é importante, pois elas vivem num ambiente pouco acessível, com uma profundidade que alcança cerca de 1.000, 2.000 metros”, explica a pesquisadora.

De acordo com Nelma, o principal objetivo é descobrir o comportamento de tal comunidade e como esta pode influenciar o meio em que vive, inclusive na formação do valioso combustível. “Os organismos que vivem nas plataformas são, praticamente, bactérias, e podem ter influência, inclusive, na qualidade do petróleo que está sendo formado, motivo pelo qual torna-se de grande importância conhecê-las e saber como elas se comportam”, conta.

Dividido em duas fases, o projeto com a Petrobrás teve sua primeira etapa finalizada em 2010. “Eu já tinha um contato com o Centro de Pesquisas da Petrobrás desde meu doutorado e, em 2007, fui convidada pela bióloga, Dra. Antonia G. Torres Volpon, do Centro de Pesquisas da Petrobrás, para desenvolver uma parceria de estudos”, conta Nelma.

Desbravando o desconhecido

Principal responsável pela origem do projeto foi uma alternativa, encontrada por empresas mundiais de petróleo e já em ação em algumas partes dos oceanos, que consiste no uso de reservatórios “vazios” de petróleo para armazenamento do gás carbônico. “O CO2 já é utilizado na forma liquefeita em processos de retirada de petróleo das camadas profundas. Com a injeção de CO2, o óleo fica menos viscoso. Depois se injeta água e, com isso, arrasta-se, com mais facilidade, esses ‘restos’ do petróleo, que ficam retidos nos reservatórios”, esclarece Nelma.

Atualmente, as companhias de petróleo já estudam possibilidades de utilizar reservatórios de petróleo esgotados de óleo e usá-los para armazenamento de CO2. Dessa forma, são dois problemas solucionados de uma única maneira: recuperação do petróleo retido nos reservatórios e emissão reduzida de um dos maiores inimigos da camada de ozônio, grande responsável pelo tão comentado aquecimento global. “Por já ser uma tecnologia utilizada, pensou-se em usar esses reservatórios para o armazenamento de CO2. Em vez de ser lançado na atmosfera, estoca-se nos reservatórios. E as empresas de petróleo, por contribuírem com a emissão do CO2, têm investido tempo e dinheiro nessas pesquisas, para reduzir esse impacto ambiental”, esclarece.

 

A pesquisa no IFSC

Para essa nova experiência, reservatórios terrestres têm servido de cobaia. No Brasil, um reservatório explorado pela Petrobrás na região nordeste é o principal candidato, por já estar quase esgotado. Cabe à pesquisadora fazer o controle e estudo da comunidade de bactérias que vivem nesse reservatório. “Se há escape de CO2 desses reservatórios, por exemplo, toda comunidade microbiana do solo e outros organismos podem sofrer alterações. É preciso pensar em todas essas etapas”.

Nelma-2

 

Além de estudar essas comunidades, Nelma também será responsável por fazer análises detalhadas das mesmas. “O ambiente no qual essas bactérias vivem é peculiar, pois é superaquecido, com alta salinidade e sem oxigênio. O organismo, para viver ali, precisa possuir condições muito especiais”, diz.

Através de muitas análises e estudos, benefícios podem ser conseguidos, A docente compara a a peculiaridade dessas bactérias à diversidade existente na Amazônia, no seguinte sentido: da mesma forma que se desconhece o potencial de muitos tipos de organismos e plantas que vivem na floresta, bactérias que vivem em reservatórios de petróleo podem carregar um valor que, no momento, é desconhecido, situação que pode ser alterada, através de estudos mais aprofundados. “Não conseguimos pensar, nesse momento, em aplicações para cura de doenças, mas a utilização dessas bactérias ou produtos gerados por elas, num futuro, para processos industriais e, até mesmo, recuperação do ambiente, é algo que não pode ser descartado”, afirma.

Experiências concretizadas

No laboratório de Biofísica Molecular “Sergio Mascarenhas”, localizado nas dependências do IFSC, Nelma cultiva bactérias em ambientes simulados, que carregam as mesmas características do habitat original dessas comunidades. “Fizemos o cultivo das bactérias em meio de cultura líquidos, num ambiente com maior quantidade de CO2 que o original e vimos que não houve alteração na diversidade, ou seja, as bactérias conseguiram sobreviver”.

Na próxima fase do projeto, a docente, com pesquisas teóricas e em campo, fará um acompanhamento para verificar se as primeiras bactérias analisadas permanecem ou não na nova amostra. “As mesmas bactérias que estão nos reservatórios, agora, são as mesmas que analisamos no passado? Esse exame será focado em tópicos, como eventual alteração na diversidade”, conta.

Nesse ambiente inóspito e único, as bactérias competem entre si para sobreviver. No entanto, as mais “fortes” podem causar alguns problemas no meio em questão, como degradação do petróleo e até mesmo corrosão das plataformas. Por isso, esse estudo prévio assume importância, uma vez que determinará se a injeção de CO2 deve, ou não, continuar. “Isso leva tempo, pois os reservatórios são muito extensos e os efeitos não são imediatos, especialmente no tocante ao meio ambiente. Chamamos isso de ‘estudo de impacto’. Já temos conhecimento do tipo de bactéria que vive lá. Nessa segunda etapa do projeto acompanharemos como fica a diversidade, depois da injeção do CO2, no reservatório”.

Perspectivas e benefícios a curto, médio e longo prazo

Nelma-3Mesmo sem muitos dados concretos, a docente acreditaque os impactos que tais bactérias podem vir a sofrer não são grandes, a ponto de impedir o uso da nova tecnologia de armazenamento do CO2. “É muito importante saber se esse armazenamento pode vir a prejudicar o meio ambiente e as comunidades que vivem nesse meio. Se a porcentagem de CO2 não for drasticamente alterada, as comunidades microbianas não serão prejudicadas”, afirma a docente.

Os benefícios ao meio ambiente e, consequentemente, à sociedade, são vários. Primeiramente, a quantidade de CO2 despejada será muito menor, o que contribuirá com a qualidade do ar que respiramos e diminuirá o aquecimento global. Nas plataformas, através da limpeza feita, mais petróleo poderá ser aproveitado e, finalmente, no que se refere à pesquisa de Nelma, especificamente, o conhecimento sobre a comunidade microbiana é de grande importância. “Depois de concluir alguns tópicos do estudo que me cabem, deixo dados disponíveis para comunidade industrial, por exemplo, que poderá se utilizar dessas informações para o desenvolvimento de produtos”, explica. “Isso é uma contribuição para a pesquisa básica e aplicada. Se a técnica para armazenamento de CO2 for vista como algo possível, isso será muito importante para indústria brasileira”.

No caso do pré-sal, Nelma explica que, em princípio, não há nenhuma relação direta de aplicação do sequestro de CO2, mas é de interesse da indústria de petróleo também caracterizar as comunidades microbianas que vivem nessas camadas. “O problema de corrosão das tubulações é muito sério e comum. O estudo das bactérias pode prevenir isso”, conta a docente.

Parcerias no projeto

Nelma-4Além da Petrobrás, graduandos e pós-graduandos que trabalham no laboratório de Biofísica, na primeira fase do projeto, Nelma contou com a colaboração da docente Maria Bernadete Varesche da Silva, do Laboratório de Processos Anaeróbios, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC)..

Sobre um destaque em sua pesquisa, Nelma elege a caracterização das bactérias feita até o momento. “Os dados a que chegamos batem com dados pré-existentes na literatura”, conta. “Conseguimos, também, padronizar uma metodologia de análise molecular, algo que não foi simples”. Além disso, ela destaca a relação da pesquisa básica com o conhecido problema da indústria petroleira: poluição do meio ambiente.

Dessa forma, com uma dinâmica constante em suas pesquisas, em colaboração com outros pesquisadores, Nelma afirma que, num futuro próximo, sociedade e indústrias petroleiras serão beneficiadas pelas descobertas e estudos aplicados, dando uma cara mais definida ao misterioso, porém complexo, mundo das águas.

Assessoria de Comunicação

12 de julho de 2011

Tutorial prestará auxílio a pesquisadores para importação de mercadorias


No dia 10 de julho, foi lançado em Goiânia (GO), o Tutorial Importação para Pesquisa (TIP), com o objetivo primordial de orientar pesquisadores, instituições e despachantes aduaneiros em importações no Regime Simplificado e Regime Normal.

Outro objetivo do TIP é facilitar o cumprimento da lei 8.010/90, que prevê isenção de impostos e taxas, além de ser uma importante ferramenta para promover a multiplicação de recursos disponíveis para área científica e acadêmica.

O novo projeto teve coordenação de Solange Rezende Oliveira, docente do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), através do Centro de Competência de Software Livre do ICMC, que desenvolve o tutorial, juntamente ao setor de Importação do CNPq e a empresa ICMC Jr.

Tal iniciativa foi introduzida pelo próprio CNPq, com o lançamento do “CNPq Expresso”, que teve duas vertentes: criar parcerias com Anvisa, Receita Federal e Vigiagro para liberações mais rápidas no aeroporto de Guarulhos (que concentra 60% das importações, atualmente) e o lançamento de um projeto que simulasse importações, objetivando que documentos fossem enviados corretamente.

Através do novo tutorial, será possível atender à demanda de treinamento para o selo CNPq Expresso- que visa facilitar as importações para pesquisa científica e tecnológicas, por instituições e pesquisadores credenciados pela entidade.

Entenda a importância do TIP

Desde o lançamento da lei 8.010/90, importações para pesquisas científicas e tecnológicas podem ter isenção de impostos e taxas sobre quaisquer produtos importados, o que promoveu aumento de recursos disponíveis à pesquisa. No entanto, para usufruir de tais isenções, é necessário que pesquisadores e importadores gerais possuam uma licença para a isenção fiscal e demais licenças- referentes, inclusive, a inspeções de controle sanitário para liberação de cargas.

O TIP, on-line e interativo, prestará auxílio a diversos pesquisadores que, por falta de conhecimento e orientação em relação aos documentos necessários, acabam tendo suas mercadorias retidas.

Para informações adicionais acesse http://tip.cnpq.br ou escreva para tip@cnpq.br

Assessoria de Comunicação

12 de julho de 2011

Programa reinicia seu ciclo de palestras no próximo mês


Reinicia-se, em agosto, o “Ciências às 19 horas”, ciclo de palestras mensais de divulgação científica, dirigido ao público leigo.

A próxima palestra, marcada para o dia 23 de agosto, será proferida por Vivian Mary Barral Dodd Rumjanek, professora titular do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), intitulada “A Ciência vista pelo surdo”.

A palestra será realizada no auditório do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), “Prof. Sérgio Mascarenhas”, às 19 horas, e a entrada é gratuita, estando toda comunidade convidada a participar.

Sobre o “Ciência às 19 horas”

O programa, organizado desde agosto de 2004, pelo IFSC, tem como principal objetivo trazer o conhecimento científico à população, numa linguagem acessível a todos.

As palestras do programa são gravadas em DVD e disponibilizadas ao público através da Biblioteca do IFSC/USP, transmitidas pelo canal local da TV a cabo, NET e também no site do programa.

Para informações sobre o programa, programação e download das palestras já realizadas, acesse http://www.ifsc.usp.br/ciencia19h

Assessoria de Comunicação

12 de julho de 2011

IFSC traz novas edições das Escolas de Física

A indecisão na escolha da carreira a ser seguida é recorrente aos vestibulandos. Mas, para os que já têm certas aptidões desenvolvidas e afinidade com áreas específicas, algumas atividades podem ser fundamentais e ponto-chave para tal escolha.

Com essa filosofia em mente, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), oferece aos alunos do ensino médio a possibilidade de saber mais sobre Física e se, de fato, identificam-se com a carreira.

O IFSC, há sete anos, realiza a “Escola Contemporânea de Física”- em princípio chamada “Escola Avançada de Física”- e, desde 2011, por iniciativa da atual administração, foi inserida, também, a “Escola de Física para Escolas Técnicas”, com sua primeira edição realizada no começo deste ano.

Sobre o que é novo

Divida em duas modalidades, “Escola de Física Contemporânea (EFC)” e “Escola de Física para Escolas Técnicas (EFETec)”, embora com viés diferenciado, têm o mesmo propósito: trazer esclarecimento aos participantes e uma visão distinta daquela oferecida no ensino médio sobre o que é, de fato, Física.

A Física, por sua vez, encontra-se inserida e conectada a uma enorme gama de ciências, mas o conhecimento acerca desse fato quase inexiste. “Queremos mostrar que Física é muito mais rica e uma opção profissional real, e trazer essa visão aos participantes das Escolas”, afirma José Fabian Schneider, docente do IFSC e um dos coordenadores da EFETec. “Através de um levantamento, descobrimos que grande parte de nossos estudantes de graduação são de Escolas Técnicas, e o Centro Paula Souza é um grande ‘fornecedor’ de talentos em ciências exatas. Não tínhamos conhecimento disso! Então, por iniciativa do professor [Antonio Carlos] Hernandes- atual diretor do IFSC- resolvemos trazer uma nova Escola, para mostrar a esses alunos que a Física é muito mais ampla do que lhes é apresentado em sala de aula”, conta Schneider.

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No final de 2010, o IFSC firmou acordo com o Centro Paula Souza para a realização de, ao menos, duas escolas técnicas anuais. A primeira edição, realizada em março deste ano, teve adesão de alunos das mais diversas cidades da região. A segunda edição, marcada para 24 de julho, terá duração de cinco dias. “Uma coisa que fazemos questão é que os pais também participem. Na abertura da EFETec, temos uma programação específica, onde levamos os pais dos participantes até algumas dependências do Instituto, para conhecer sua infraestrura. Depois disso, eles têm uma conversa com o diretor, que irá lhes explicar um pouco mais sobre os cursos de graduação oferecidos no Instituto”, conta Eduardo Ribeiro de Azevêdo, professor do IFSC e também coordenador da EFETec. “Não temos intenção de convencer ninguém a fazer física, mas apenas mostrar as opções para que, no final, o aluno possa tomar sua decisão”.

O processo de seleção da EFETec leva em conta alguns critérios. “Os estudantes que participam são os de destaque que, geralmente, já foram premiados em Olimpíadas de Física, Matemática e Astronomia. A Escola tem foco nesses alunos”, conta Eduardo.

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Ainda sobre o processo seletivo, aqueles matriculados em cursos de cunho mais tecnológico, como mecatrônica, eletrônica, eletrotécnica etc. podem ser privilegiados. Outro critério é focar alunos de Escolas Técnicas próximas a São Carlos. “Através do levantamento realizado, também vimos que nossos alunos são, em sua maioria, de cidades da região”, conta Schneider.

A programação, montada pelos próprios coordenadores, dá ênfase à parte experimental- para mostrar algo diferente do que é visto na escola- mais direcionada à tecnologia. “Teremos palestras, por exemplo, sobre nanotecnologia e ciências do petróleo”, esclarece Eduardo.

Por se tratar de um público diferente daquele focado na EFC, a EFETec busca descobrir talentos escondidos. “Os alunos que selecionamos têm vocação e queremos resgatá-la. Nesses cinco dias em que participa da Escola, o aluno enfrenta desafios e os resultados são demonstrados, ainda, durante as atividades”, esclarece Schneider

Sobre o que já é tradicional

A EFC mantém sua programação similar à sua primeira edição- que já acontece há quase uma década- assim como o sucesso entre os participantes. Sendo realizada anualmente, este ano com data de início marcada para 17 de julho, um de seus objetivos é dar visibilidade à Física e ao próprio IFSC. “Nos Estados Unidos, por exemplo, várias universidades, com grande ambiente de pesquisa, estão localizadas em cidades pequenas. É mais fácil se concentrar num lugar com menos agitação. Então, se aqui você tem bons professores e laboratórios, como você teria no IFUSP ou na Unicamp, por exemplo, ter a possibilidade de morar em uma cidade mais tranquíla já é um diferencial”, explica Leonardo Paulo Maia, docente do IFSC e um dos coordenadores da EFC.

A Escola traz uma programação diversificada, também com mini-cursos e palestras. “Visitas aos laboratórios, como o de Óptica, ou a aula sobre relatividade fazem grande sucesso, pois mexem muito com o imaginário dos alunos”, explica Leonardo.

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Em relação ao público-alvo, os alunos focados são, principalmente, os que cursam o segundo ano do ensino médio. “Esses alunos ainda estão indecisos em sua escolha e a Escola pode ajudá-los a tomarem sua decisão”, afirma Daniel T. Vanzella, docente do IFSC e também coordenador da EFC. “Investimos em um formato com menos alunos, para dar mais atenção a todos. Preferimos alunos do segundo ano, pois eles têm mais maturidade para aproveitar a Escola e já estão, também, mais ou menos decididos sobre a carreira que irão seguir”.

Além de abordar diversos aspectos teóricos, a EFC procura chamar atenção dos participantes ao empreendedorismo, através de palestras ministradas por empresários do setor de alta tecnologia. Através da EFC, objetiva-se, também, que os alunos tenham acesso e conhecimento sobre a infraestrutura da Unidade, com visitas monitoradas aos laboratórios, biblioteca e oficinas do IFSC. Sobre esse assunto, Leonardo afirma que “nossos laboratórios não são inferiores aos de outros campi de universidades que oferecem o curso de física. Além disso, em São Carlos há todo um ambiente científico, pois temos duas universidades e grandes centros de pesquisa, como a Embrapa. Os alunos que vêm até aqui, pela Escola, tem a chance de ver que não devemos nada a qualquer outra escola de ensino superior”.

A visão de quem fez e faz parte

EFC-2Em 2007, o Colégio paulistano “Heitor Garcia”, através de divulgação feita pelo IFSC, teve conhecimento da EFC. O Colégio, por sua vez, levou o fato ao conhecimento de seus alunos, entre eles, na época, Leandro Silva Pimenta, estudante do terceiro colegial. “Eu tinha dúvidas entre fazer Física ou Engenharia e já tinha eliminado todas as outras opções. Depois de participar da Escola, eu não tive mais dúvidas e optei pela Física”, conta.

Leandro diz que, na época, teve o incentivo dos pais em sua escolha, mas não de outras pessoas. “Meu professor de Física do ensino médio era engenheiro e sempre dizia, ‘Você tem que escolher Engenharia, é o que dá mais dinheiro!’(risos)”, relembra o estudante.

Passados quatro anos, Leandro afirma que participar da Escola foi algo muito importante, pois através dela é que ele pôde conhecer o Instituto. “Os professores oferecem perspectivas do que pode ser feito depois de nos formarmos, visão que me faltava antes de participar da EFC. Todos me diziam que, se eu fizesse física, só poderia dar aulas e não é bem assim”, conta. Em seu último ano de graduação, Leandro afirma que já recebeu, até mesmo, proposta de emprego de uma empresa, para trabalhar em São Paulo.

Ainda sobre suas escolhas, ele afirma que a EFC foi decisiva para que ele optasse por estudar no IFSC. “Sou de São Paulo e poderia muito bem ter feito física lá [no IFUSP], por ser mais próximo e fácil para mim. Mas, conhecendo os dois Institutos, a estrutura do curso e a própria estrutura física, não tive dúvidas na hora da escolha”, afirma.

Finalmente, sobre o conteúdo e programação apresentados na Escola, Leandro destaca as palestras sobre mecânica quântica e relatividade, além daquelas com orientações para carreira profissional do físico. “Na EFC tive, de fato, uma visão do que poderia fazer depois de formado”, finaliza.

Para mais informações sobre as escolas, acesse:

Escola de Física para Escolas Técnicas (EFETec)- http://www.ifsc.usp.br/efetec/2011/

Escola de Física Contemporânea (EFC)- http://www.ifsc.usp.br/~efc/2011/

Assessoria de Comunicação

8 de julho de 2011

Novo Colaborador

A partir de 4 de julho, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) conta com novo colaborador: Márcio Roberto Silva, admitido junto ao Serviço de Oficina Mecânica (SvOfMec).

O IFSC dá boas-vindas ao funcionário!

Assessoria de Comunicação







Data: 8 de julho

7 de julho de 2011

Yvonne P. Mascarenhas

No dia 8 de julho- próxima sexta-feira- o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através da atual administração, docentes e funcionários do Instituto, prestará homenagem à professora, Yvonne Primerano Mascarenhas, em comemoração aos seus 80 anos de idade.

Professora titular e uma das fundadoras do IFSC, Yvonne será homenageada por amigos, familiares e colegas de profissão, na forma de depoimentos sobre a convivência com a professora.

Diversos convidados já confirmaram presença no evento, entre eles Oswaldo Baptista Duarte Filho (prefeito de São Carlos), Antonio Carlos Hernandes (diretor do IFSC), Edson Fermiano (presidente da Câmara Municipal de São Carlos), Glaucius Oliva (presidente do CNPq), Targino de Araújo Filho (reitor da Universidade Federal de São Carlos-UFSCar), Marco Antonio Zago (pró-reitor de Pesquisa da Universidade de São Paulo), César Ades (Coordenador do Instituto de Estudos Avançados /campus São Carlos da USP) e Sérgio Mascarenhas, também fundador do IFSC, em parceria à homenageada.

Além de depoimentos sobre a vida, profissional e pessoal da docente, a homenagem contará com apresentação do grupo “Madrigal InCanto” e o lançamento do blog “Além das facetas”, desenvolvido por iniciativa da diretoria do Instituto, que fala, com mais detalhes, sobre a vida acadêmica de Yvonne.

O evento será realizado no auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, com início programado para as 13h30. A entrada é gratuita e todos estão convidados a participar.

A homenagem será transmitida, ao vivo, através do site IPTV USP.

Assessoria de Comunicação

Data: 7 de julho

7 de julho de 2011

São Carlos sediará Mostra de Ciência e Tecnologia

A prefeitura de São Carlos, em parceria com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Associação de Universidades Grupo Montevidéu e Mercociudades, realizará a “4ª Mostra de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas”, de 25 a 29 de outubro, deste ano, com sede no “São Carlos Exposhow”*.

O objetivo principal do evento é divulgar experiências dos diversos municípios integrantes da Rede Mercociudades que, por meio de desenvolvimento em C&T, atuaram na solução de problemas municipais em diversas áreas e na geração de empresas, emprego e renda.

Simultaneamente à Mostra, ocorrerá a “8ª Feira Municipal do Conhecimento de São Carlos”, onde, nesse caso, o objetivo é mobilizar crianças e jovens- do ensino fundamental e médio- em torno de temas envolvidos com ciência e tecnologia, através da divulgação de trabalhos realizados nas escolas e pesquisas e atividades desenvolvidas nas Universidades e Instituições de Pesquisa, ligadas às diversas áreas do conhecimento.

Finalmente, ainda haverá apresentação de trabalhos dos seis finalistas do “Prêmio Mercocidades de Ciências e Tecnologia”, assim como a divulgação do trabalho vencedor.

Inscrições

Para inscrever-se na mostra, os participantes deverão preencher a ficha de inscrição e enviar ao e-mail moacir.junior@saocarlos.sp.gov.br até o dia 15 de julho.

Todos aqueles que tiverem experiências de cunho tecnológico e científico podem- e devem- participar.

A abertura do evento será no dia 25 de outubro, às 19horas, a entrada é gratuita e todos estão convidados a participar.

Para mais informações sobre a Mostra, assim como programação, ficha de inscrição e regras para participação, clique aqui.

*São Carlos Exposhow

Rua Coronel José Augusto de Oliveira Salles, Vila Isabel, CEP: 13570-820

Assessoria de Comunicação

Data: 7 de julho

6 de julho de 2011

IFSC recebe alunos do município de Bento de Abreu

Na próxima sexta-feira (8 de julho), o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) receberá a visita de 25 alunos da Escola Estadual, “Professor Olímpio Camargo”, localizada no município de Bento de Abreu.

A visita faz parte do “Universitário por Um Dia”, projeto inserido pela atual administração do Instituto, que tem como principal objetivo trazer ao conhecimento de alunos do ensino médio uma primeira experiência com o ambiente universitário, onde os estudantes são levados às principais dependências do Instituto, entre elas os Laboratórios de Ensino de Física (LEF), biblioteca, Laboratórios de Pesquisa etc., além de participarem de palestras e experimentos, relacionados à Física.

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De acordo com a prefeita de Bento de Abreu, Terezinha Salesse, “a visita técnica será muito importante na vida profissional dos alunos, pois eles poderão conhecer, de perto, como é o ambiente universitário e tirar dúvidas sobre o assunto”.

Sobre o programa

O “Universitário por Um Dia” é uma iniciativa do IFSC/USP, que busca proporcionar aos estudantes do ensino médio, da rede pública ou privada, a oportunidade de conhecer e vivenciar o ambiente universitário do campus da USP de São Carlos, em especial o IFSC.

O programa é uma excelente oportunidade para que os estudantes, que gostam de ciências exatas, saibam mais sobre a profissão de um físico, nas mais diversas especialidades.

Para mais detalhes e informações sobre o programa, acesse: http://www.lef.ifsc.usp.br/salaConhece 

Assessoria de Comunicação

  

Data: 6 de julho

6 de julho de 2011

Introdução à Nanoplasmônica

No segundo semestre de 2011, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC), em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), realizará o curso “Colóquios em: Introdução à Nanoplasmônica”, com início marcado para 9 de agosto.

Com o objetivo de formar e ampliar a base de recursos humanos em Nanoplasmônica e promover seu uso em diversos campos, o público-alvo são alunos e profissionais de Física, Engenharia, Química e áreas afins, com interesse em Nanoplasmônica e suas possibilidades, no uso em suas atividades, como biofotônica, sensoriamento, instrumentação etc.

O curso será ministrado por Frederico Dias Nunes- professor do Departamento de Eletrônica e Sistemas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), professor visitante da EESC e membro do Instituto Nacional de Óptica e Fotônica (INOF)- e contará com a participação dos professores Ben Hur Viana Borges (EESC) e John Weiner (professor visitante IFSC).

O curso será realizado nas segundas e quartas-feiras, das 16 às 18 horas, na sala de Seminários do Grupo de Óptica e somará carga horária de 60 horas.

Em relação à metodologia, o curso será apresentado em mídia Power Point, contendo elementos teóricos para a compreensão dos fenômenos envolvidos em Nanoplasmônica, que permita o entendimento de suas aplicações e visualizações em novas possibilidades práticas.

Segue, abaixo, ementa do curso:

1- O que é Nanoplasmônica

2- Revisão de Eletromagnetismo

3- Interação Campo-Matéria

4- Interação Campo-Matéria

5- Ondas de Superfície: SPP

6- SPP em Estruturas Planares

7- SPP em Nanopartículas

8- SPP em Fendas

9- Circuitos equivalentes

10- Metamateriais 

Os interessados podem, também, inscrever-se como alunos normais, devendo respeitar os critérios de presença e média de notas, a fim de obterem os créditos da cadeira. Também poderão participar como ouvintes, quando não estiverem interessados na obtenção dos créditos do curso.   

Para mais informações: (16)3373-9810/ 8812 ou optica@ifsc.usp.br 

Assessoria de Comunicação

Data: 6 de julho

5 de julho de 2011

IFSC sediará três Núcleos de Apoio à Pesquisa

No início de julho, precisamente no dia 1º, a Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) fez a celebração oficial da aprovação de Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAP), órgãos de integração da USP, com o objetivo de reunir especialistas de uma ou mais Unidades da referida Universidade, em torno de programas de pesquisa de caráter interdisciplinar.

Do total de projetos aprovados (43), 3 deles são coordenados por docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), em diferentes categorias.

Os investimentos disponibilizados pelo reitor, João Grandino Rodas, foram de R$70 milhões, que serão divididos entre os NAPs. O principal intuito da criação dos Núcleos é a aproximação entre universidade, governo e indústria.

Para o diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes, “é de extrema importância e relevância, para o Instituto, abrigar três Núcleos de Apoio à Pesquisa, pois é mais uma demonstração da capacidade e competência dos pesquisadores da Unidade”.

Entre os membros da comissão avaliadora das propostas apresentadas, está Hugo Aguirre Armelin (presidente do Instituto Butantan), Gustavo Barbosa Cánova (Washington State University), José Rivas Rey (Universidade de Santiago de Compostela), entre outras importantes autoridades, nacionais e internacionais.

Segue, abaixo, relação dos projetos aprovados do IFSC e seus respectivos coordenadores:

Coordenador

Projeto

Antonio Carlos Hernandes

Centro de Tecnologia em Materiais Híbridos

Igor Polikarpov

Centro de Instrumentação para estudos avançados de materiais nanoestruturados e biossistemas

Vanderlei Salvador Bagnato

Núcleo de Apoio à Pesquisa em Óptica e Fotônica

 

Ainda sobre os NAPs, Hernandes afirma que “os Núcleos irão beneficiar a toda a comunidade do IFSC e diferentes grupos de pesquisa do campus USP São Carlos, estreitando ainda mais nossa relação acadêmica com as demais Unidades”.

Os NAPs integrarão o Centro Integrado de Apoio à Pesquisa (CIAP), cuja sede será construída no edifício do campus II da USP de São Carlos.

Para ter acesso aos NAPs aprovados- e coordenadores dos respectivos-, assim como aos nomes da comissão avaliadora das propostas, clique aqui.

Para saber mais sobre NAPs de outras Unidades do campus São Carlos, clique aqui.

Assessoria de Comunicação


Data: 5 de julho

5 de julho de 2011

Pesquisador do IFSC compara acidente no complexo nuclear do Japão com surto de bactéria na Alemanha

No início deste ano, o mundo presenciou uma crise histórica no Japão, que enfrentou problemas no complexo nuclear de Fukushima após um terremoto de 8.9 na escala Richter seguido de um tsunami ter devastado o país e causado um prejuízo de mais de US$ 300 bilhões. Esta crise deu ainda mais ênfase às já polêmicas discussões sobre a viabilidade da produção de energia nuclear, discussão que, neste aniversário de 25 anos do acidente ocorrido na usina nuclear de Chernobyl, constituiu pauta obrigatória em eventos acadêmicos e encontros políticos por todo o mundo. Os olhos do mundo estão voltados para a energia nuclear, especialmente por se tratar de um período de alta demanda por fontes alternativas de produção energética.

altO docente do IFSC José Martinho Hornos, especialista em energia nuclear, organizou e participou ativamente de muitas dessas discussões, contribuindo para importantes decisões tomadas acerca do futuro das usinas nucleares e dinamizando o ambiente acadêmico nacional. Recentemente, observando para além das questões pertinentes às mudanças necessárias à matriz energética mundial, o professor Hornos assinou um artigo que relaciona os problemas de Fukushima com o acidente ocorrido em unidades de produção de alimento orgânico na cidade alemã de Bienenbüttel. Neste último acidente, ocorreu grande reprodução da bactéria Escherichia coli O104:H4, que leva à doença chamada HUS (hemolytic-uremic syndrome, ou síndrome hemolítica urêmica) e já infectou mais de 2000 pessoas na Alemanha, levando 22 à mortes.

O interessante da relação entre os dois acidentes é que não há, apesar do que se diz na imprensa global, causando pânico na população, nenhuma catástrofe ou força da natureza que fuja do entendimento da Ciência e das autoridades. Segundo trecho do artigo do professor Hornos, “os princípios físicos envolvidos em processos nucleares e atômicos são por sua simplicidade aquilo que mais conhecemos na Natureza; da mesma forma, a bactéria E. Coli é o ser mais estudado e mais entendido no mundo biológico”. Inclusive, o termo “fissão nuclear”, referente ao processo ocorrido dentro dos reatores nucleares na obtenção da energia nuclear, originou-se a partir da fissão binária, processo que caracteriza a reprodução celular nas bactérias.

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Assim, o objetivo fundamental desta comparação é revelar que tanto a radiação quanto a bactéria E. coli – que se encontra naturalmente na flora intestinal dos mamíferos –, são parte integrante da vida na Terra, fundamental para o equilíbrio do planeta. “Sem os humanos, a vida na Terra continua normalmente, mas sem radiação não há vida e sem bactérias ela cessa ou retroage um bilhão de anos para um nível incrivelmente primitivo”, afirma Hornos. Assim, conclui o pesquisador, os ambientalistas e a imprensa omitem estes fatos óbvios, para fazer uma manutenção vigorosa nos interesses políticos e econômicos de potências mundiais que são alheios ao “mundo tropical” e às necessidades reais do planeta. A imagem que se tem feito, tanto de reatores nucleares quanto deste tipo de bactéria, como “inimigas” do ser humano, é de todo equivocada, e o controle da situação pode ser retomado facilmente nestes casos sem que haja uma grande epidemia, como se pensou no caso dos dois acidentes referidos.

O artigo ainda não foi publicado e ainda está em processo de revisão.

Para maiores informações sobre a produção de energia nuclear, visite o site da Eletronuclear: http://www.eletronuclear.gov.br

Para entender o surto de E. coli na Alemanha, acesse o recente artigo da New England Journal of Medicine: http://www2.hu.usp.br/e-coli-104h4  

Assessoria de Comunicação

Data: 5 de julho

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