Notícias

16 de junho de 2011

Realização de provas para Professor temporário

Nos dias 20 e 21 de junho- segunda e terça-feira- será realizado processo seletivo para contratação de docente por prazo determinado, tendo em vista o atendimento de necessidades didáticas advindas do afastamento do Prof. Glaucius Oliva.

O processo seletivo refere-se à vaga de Professor Contratado III (Professor Doutor), junto ao Departamento de Física e Informática.

As provas serão realizadas na sala 13 (1º andar, Prédio da Administração) com início às 8 horas do primeiro dia.

Em caso de dúvidas, entrar em contato pelo telefone (16) 3373-8669

Assessoria de Comunicação

Data: 16 de junho

16 de junho de 2011

Nova plataforma trará mais interatividade aos usuários

Está em fase de finalização o novo site institucional do IFSC.

Com layout moderno, a plataforma irá oferecer novas funcionalidades e ferramentas, proporcionando mais informação, maior interatividade com os usuários, disseminando aos públicos, interno e externo, as mais diversas temáticas do foro acadêmico/científico, bem como- especialmente- a vida da comunidade do IFSC.

Os interessados poderão acessar detalhes sobre os grupos de pesquisa, cultura e extensão, serviços acadêmicos, avanços dos principais estudos realizados no IFSC, que serão disponibilizados periodicamente, de acordo com a necessidade dos principais usuários.

Assessoria de Comunicação

15 de junho de 2011

Programa recebe pesquisador internacional

Dando continuidade ao “Café com Física”, hoje, às 14 horas, o programa recebe o professor, Malte Henkel, da Nancy Université.

O seminário intitulado “Invariância da escala local logarítmica”, será realizado no Prédio da Administração (sala 14, 2º andar) e todos estão convidados a participar.

Sobre o programa

O “Café com Física” é um evento do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que visa promover discussões científicas entre pesquisadores das mais diversas áreas da Física, através de seminários de pesquisa.

Para saber mais, assim como ter acesso à grade de programação e resumo dos seminários, acesse http://www.ifsc.usp.br/cafecomfisica/

Assessoria de Comunicação

Data: 15 de junho

14 de junho de 2011

Ciência Web comemora Ano Internacional da Química com eventos mensais gratuitos

Em 2011, o Ciência Web – Agência Multimídia de Difusão Científica e Educacional – comemora o Ano Internacional da Química, uma iniciativa da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e da UIPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) que leva o tema “Química para um mundo melhor” e tem por objetivo promover, em âmbito mundial, o conhecimento e a educação química em favor dos maiores desafios globais.

O “Ciência Web no Ano Internacional da Química” apresentará uma série de eventos mensais gratuitos até novembro, no Centro de Difusão Científica e Cultural (CDCC) da USP.

Neste mês de junho, será realizada uma palestra no dia 15, às 16 horas. O tema será “Análise da qualidade dos alimentos pelos consumidores: uma nova aplicação da Ressonância Magnética”, que será discutido pelo Professor Doutor Luiz Alberto Colnago, da EMBRAPA Instrumentação de São Carlos.

As palestras serão acessíveis a toda a comunidade são carlense. Os interessados devem fazer as inscrições previamente pelo endereço virtualwww.cienciaweb.com.br

Assessoria de Comunicação

Data: 14 de junho

13 de junho de 2011

Recém-inaugurado Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) traz forte intercâmbio entre Unidades do campus

No dia 3 de junho, foi inaugurado o primeiro Núcleo de Apoio à Pesquisa em Bioenergia e Sustentabilidade (NAPBS). A cerimônia que oficializou a inauguração foi realizada na “Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)”, campus Piracicaba da Universidade de São Paulo (USP), simultaneamente à comemoração de 110 anos de fundação da mesma Escola.

O novo Núcleo é o primeiro a trazer energias limpas e sustentabilidade como principal foco de estudos. No entanto, o que chama atenção é o diverso número de pesquisadores, das mais diferentes áreas, envolvidos no novo projeto.

Somente no campus da USP/São Carlos, transitam na nova empreitada pesquisadores da Escola de Engenharia (EESC), do Instituto de Física (IFSC) e Instituto de Química (IQSC), cada um desenvolvendo um diferente papel, em suas respectivas áreas de atuação.

Marcelo Zaiat, professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da EESC, através do Grupo de Processos Anaeróbios, realiza pesquisas ligadas à geração de energia, a partir de águas residuárias. No NAP em questão, trabalha com resíduos do etanol de cana-de-açúcar e biodiesel. Em relação à multidisciplinaridade do NAPBS, que envolve biólogos, químicos, físicos, engenheiros etc., ele afirma: “Isso é fundamental! Os trabalhos que realizamos poderiam ser feitos isoladamente, mas sem esse intercâmbio, o ganho seria muito menor. A integração possibilita que se tenha a visão de todos, o que enriquece, significativamente, o estudo”.

Outro integrante do NAPBS, também da EESC, o docente da Engenharia Mecânica, Paulo Seleghim Júnior, além de pesquisador, atua, também, no Conselho Deliberativo do Núcleo. “Os problemas com os quais trabalhamos são multidisciplinares e nesse Núcleo há uma associação de pessoas, que possuem competências complementares”. O docente, que tem suas pesquisas relacionadas a processos industriais, diz que “a ideia do projeto é uma visão satélite, do qual participem, inclusive, economistas e sociólogos”.

Já a pesquisa de Antonio Aprígio da Silva Curvelo, docente do Departamento de Físico-Química do IQSC, é realizada em diversas etapas, que envolvem desde pré-tratamento, através da hidrólise ácida da cana- transformação da glicose- até separação de biomassa e aproveitamento de material não utilizado nos processos. Em relação ao Núcleo, ele garante que “existem diversas especialidades e ninguém é capaz de entender de todas elas. Cada grupo deve ter conhecimentos de processos anteriores e posteriores, pois esse é um processo que está em sequência”. Quanto à integração entre as Unidades que participam do novo projeto, ele afirma que as vantagens são diversas. “Temos dificuldades, como em qualquer trabalho em equipe. Por outro lado, através da união de várias pessoas, é possível conhecer melhor o que vem antes e depois, no processo. Até mesmo por uma questão política essa junção é importante, uma vez que tanto para a difusão do assunto quanto para o financiamento dos projetos, através de empresas, inclusive, um número maior de pesquisadores dá mais peso à proposta”, finaliza.

Finalmente, o docente do IFSC, Igor Polikarpov, do Grupo de Biotecnologia Molecular e vice-presidente do NAPBS, afirma que “o Núcleo é uma continuação natural da Rede USP de Bioenergia e Sustentabilidade. Julgamos que essa é uma organização supra-departamental e transdisciplinar, justamente o que a Rede USP já representava. Foi uma maneira de reunirmos os pesquisadores que já fazem parte dessa rede, de maneira mais organizada”, conclui.

Para saber mais sobre o NAPBS, acesse tambémhttp://www.ifsc.usp.br/eventos/exibe_eventos_noticias.php?evento=2953

Assessoria de Comunicação

Data: 13 de junho

10 de junho de 2011

Empreendedorismo na Universidade: o novo paradigma

Se há pouco tempo, tentar visualizar os resultados produzidos dentro de uma Universidade- especialmente as públicas- era pensarmos numa imensidão de livros, monografias e teses de mestrado e doutorado, agora isso é diferente.

No cenário atual, o empreendedorismo tem tornado-se essencial e tão importante quanto a pesquisa básica. Prova é o crescimento de oportunidades e competições que incitam a prática do conhecimento adquirido nas instituições e o interesse, cada vez maior, de empresas, em contratar pesquisadores, nas diversas áreas do conhecimento.

No que diz respeito à Universidade de São Paulo (USP), esta tem levado à sério o casamento entre teoria e prática, buscando uma integração cada vez maior entre empresa e pesquisador. De acordo com o recém-empossado coordenador da agência USP de Inovação, Vanderlei Bagnato, professor titular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), “inovação é algo que está conectado à capacidade de a Universidade transformar conhecimento em algo além, é fazer do conhecimento um benefício à sociedade, direto e indireto”.

Dentre diversos objetivos, a agência propõe-se a cumprir missões específicas. “Uma parte da responsabilidade, como cientistas, e que envolve, inclusive, nossos alunos e técnicos, é o fato de nossas atividades não serem apenas de formação de recursos humanos, como era no passado. Hoje a Universidade carrega o ônus de possuir profissionais capazes de tranformar ideias que resultem na geração de empregos”, esclarece Vanderlei.

Ainda nessa linha de pensamento, ele afirma ser necessário que a sociedade tenha acesso à capacidade científica de todos aqueles que realizam pesquisas no mundo acadêmico. “Muitas vezes não é o pesquisador que realiza diretamente uma atividade empreendedora, mas, através da procura de um terceiro elemento, como uma empresa ou um grupo de pessoas que pertença ao meio exteno, ele poderá utilizar seu conhecimento, induzido por esses outros, para gerar conhecimento de cunho tecnológico”.

A agência USP de Inovação

Vanderlei afirma que  a agência USP de Inovação está à disposição do estado de São Paulo, principalmente, e que o governo deste, por sua vez, também tem colaborado para com o novo espírito empreendedor, através de diversas iniciativas. “Queremos que o estado seja um palco, onde estejam localizadas as principais entidades de desenvolvimento, vinculadas a grandes corporações, como é o caso da Boeing, da Loreal, HP e todas as outras. Mas, isso só é possível a partir do momento em que a Universidade demonstra sua capacidade de gerar recursos humanos, escritórios de apoio. Essa é uma grande meta da agência”.

Tendo como lema a criatividade, ciência para o desenvolvimento de novas tecnologias, tudo isso aliado à sustentabilidade nas ações, a agência procura, segundo Vanderlei, persuadir seu corpo de pesquisadores para resolução de problemas relevantes. “Tenho trabalhado com o campus da USP- Zona Leste para dar atenção à inovação tecnológica relacionada a deficientes físicos. A USP-Zona Leste tem capacidade têxtil. Por que não aproveitá-la em benefício desse público, por exemplo? Essa é uma das ações que esperamos concretizar”, explica Vanderlei.

Uma nova cultura

Vanderlei diz que, embora a prática seja importante, não é possível deixar de fazer pesquisa. “Não pode-se diminuir a quantidade de estudos. Devemos, além disso, e não em vez disso, trabalhar com vistas à inovação tecnológica”.

Com tudo isso em mente, o Brasil, ainda com baixa expressividade no que diz respeito à cultura inovadora, pode estar prestes a ingressar em uma nova geração. Trabalhar essa nova modalidade, no entanto, não é tarefa simples, nem curta. “A inovação envolve o hábito de patentear, colaborar com o setor produtivo”, complementa o coordenador.

Sobre a olimpíada

Esse ano, a agência USP de Inovação promove a segunda edição da “Olimpíada USP de Inovação”. Alunos, docentes e, inclusive, funcionários, podem participar da competição, que está com inscrições abertas até o dia 16 de junho.

O evento é mais uma oportunidade de colocar em prática todo conhecimento adquirido pela comunidade uspiana e, sobre seu significado, Vanderlei diz que, “fazemos uma olimpíada de inovação tecnológica para tornar o tema conhecido, difundi-lo entre a comunidade e revelar talentos. Queremos mostrar o que é possível, que todos têm capacidade. Basta ter o incentivo e a preparação adequados”.

Sobre o perfil dos participantes, Vanderlei afirma que a qualidade necessária é, justamente, a inovação. “É preciso querer transformar o conhecimento em algo além da pesquisa básica. Não é preciso ser um pesquisador conceituado para inventar algo, as pessoas tem ideias, baseadas em suas necessidade, simplesmente. Quando alguém pensa, ‘Por que não inventam tal coisa?’, ela já está, na realidade, inventando!”.

Para saber mais sobre a Olimpíada, acessehttp://www.inovacao.usp.br/olimpiada2011/

Assessoria de Comunicação

Data: 10 de junho

10 de junho de 2011

Novos multiplicadores

 

No mês de junho, o “Programa 5S”, através da comissão Gespública e Gestão da Qualidade e Produtividade do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), realizou uma palestra intitulada “Nós somos o que fazemos”, proferida pela psicóloga, Maria Luiza Abrantes, do Instituto Nacional de Produtividade e Qualidade.

A palestra, que abordou, especialmente, a revisão de conceitos e uso das ferramentas do Programa, trouxe um resultado positivo à iniciativa: 13 novas inclusões de funcionários para se iniciarem como multiplicadores.

Os interessados em tornarem-se multiplicadores do “Programa 5S” devem preencher o formulário de solicitação (clique aqui para acessá-lo). Em 27 de junho, a comissão irá reunir-se para apreciar as solicitações feitas, aprová-las ou não e, posteriormente, dar continuidade aos trabalhos.

Assessoria de Comunicação

Data: 10 de junho

10 de junho de 2011

Eleições no IFSC

No dia 28 de junho, será realizada a eleição para representante e respectivo suplente dos servidores técnico-administrativos, junto ao Conselho Técnico Administrativo (CTA).

Os interessados à candidatura devem dirigir-se à Assistência Técnica Acadêmica (ATAc) do IFSC, que fica no 2º piso do prédio da Admistração.

Assessoria de Comunicação

Data: 10 de junho

9 de junho de 2011

Docente do IFSC fala sobre nova tecnologia que tem revolucionado a medicina atual

Em sua totalidade, as pesquisas englobadas em nanomedicina visam cura para as mais diversas doenças, que fazem um grande número de vítimas. Tal problema poderá ser sanado através de estudos relacionados a diagnósticos precoces. Isso fará com que as doenças, e não mais os pacientes, possam estar com seus dias contados

O mundo (quase) invisível tem tomado contas de pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento. Mas o casamento entre física e medicina para o estudo do mundo “nano” pode ser surpresa para muitos e, em princípio, inconcebível.

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP), o docente Valtencir Zucolotto, responsável pelo Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicologia(LNN) tem suas principais pesquisas dedicadas à Nanomedicina, termo cunhado para definir a área que se utiliza de métodos microscópicos para fazer o diagnóstico e terapia de doenças graves, como câncer.“Nanomedicina é uma área da ciência aplicada, relativamente nova no mundo todo. Nosso foco é utilizar nanomateriais, como nanopartículas, nanotubos de carbono etc., na detecção e tratamento de doenças”, define o docente.

Menores chances de infartos

A troponina é uma proteína fabricada somente no coração. Quando há grande risco de enfarte, sua produção é elevada.

Com material doado pelo Incor, Zucolotto, junto a seus colaboradores, produz sensores para identificação da proteína. “Coleta-se, periodicamente, o sangue do coração de pacientes que estejam internados e faz-se o monitoramento dos níveis de troponina e, através dessa avaliação constante, é possível saber o risco de o paciente enfartar e, obviamente, evitar que isso ocorra”, explica.

O diagnóstico

Os nanomaterias, por sua vez, não se tratam de fármacos, embora possam atuar como tais. Um exemplo prático, para facilitar a compreensão: nanopartículas, funcionalizadas com biomoléculas, uma vez injetadas no corpo humano, podem se alojar próximas a locais que contenham tumores. “Depois desse procedimento, fica muito mais fácil, por tomografia ou ressonância magnética, identificar o tumor. Se esses materiais não estão ao redor do tumor, pode não haver contraste suficiente em imagens produzidas pelas técnicas tradicionais”, explica o docente.

Nos Laboratórios da Biofísica do IFSC, diversas experiências já foram realizadas para testar a eficiência dos nanomateriais. “Esses materiais ainda não são comercializados. A ideia principal é que, um dia, eles sejam, de fato, injetados no corpo humano e o grande desafio é que passem pelas células saudáveis e pelo sistema imunológico sem serem notados, atingindo somente as células doentes”, afirma o docente.

Medicina regenerativa

Um assunto notório na medicina atual é a famosa terapia celular, feita através de células-tronco. No entanto, ao injetar tais células no corpo, estas se espalham, sem controle, em quaisquer partes do organismo.

Com isso em mente, a criação de plataformas físicas, nas quais as células possam depositar-se, fazem parte do trabalho que o grupo de Zucolotto desenvolve. “Essas plataformas não irão espalhar-se pelo corpo do paciente. Uma vez depositadas nessa estrutura, as células entrarão somente nos locais específicos- e necessários- do corpo humano”

Os nanomaterias “desenhados” pelo grupo de pesquisa são direcionados a buscar tumores específicos. “O material identifica, especificamente, um tumor do colo do útero, de mama ou um tumor no fígado e assim por diante”, conta Zucolotto.

As principais matérias-primas e o caminho da cura

Para os menos informados, a nanotecnologia pode parecer distante, mas ela se encontra em nosso cotidiano, até mesmo nos protetores solares que, frequentemente, utilizamos. “O mundo todo já produz nanotecnologia, mas em nosso laboratório, além da produção, analisamos, também, a toxidade dos materiais produzidos, uma preocupação muito importante. Há 20 anos, ninguém tinha nanopartículas em seu cotidiano, hoje esse cenário já é diferente”, explica o docente.

Há três anos, Zucolotto já realiza esse tipo de pesquisa e hoje conta com diversos colaboradores: desde estudantes envolvidos com iniciação científica, até alunos de pós-doutorado. “Nosso laboratório é, inclusive, um dos pioneiros do país a atuar na área”, conta.

Em princípio focado no diagnóstico de doenças, o professor pesquisa uma forma de, por um único caminho, identificar moléstias no corpo humano e, ao mesmo tempo, curá-las. “Temos resultados demonstrando que os nanomateriais são muito mais eficientes para combater câncer de fígado e colo do útero, do que alguns antitumorais convencionais que temos no mercado”, esclarece.

Quanto antes, melhor

Zucolotto conta com a colaboração de dois alunos, que estudam a detecção de anomalias no DNA. “Há doenças que tem base genética, ou seja, já compõe o DNA dos pacientes. As principais são diabetes, câncer e hipertensão”.

Os alunos trabalham, também, com a produção de “genosensores”, produzidos através de nanopartículas. “Uma parte da pesquisa é voltada ao estudo da diabetes, outra à hipertensão. Nossa linha de estudo é focada na detecção precoce dessas doenças. Um diagnóstico feito em recém-nascidos, por exemplo, pode até mesmo evitar que ele venha a desenvolvê-la”, explica.

Entre uma infinidade de matérias-primas possíveis para produção de nanomateriais, o grupo de Zucolotto foca-se em algumas delas. Nanopartículas de metais- ouro, prata e platina-, nanopartículas de polímeros naturais- quitosana, poliácido lático-, nanotubos de carbono e grafeno- este último uma forma de carbono.

Finalmente, o destaque vai para o último material estudado, que são nanopartículas de óxido de ferro. Estas têm uma propriedade interessante, pois são superparamagnéticas e fornecem efeitos curiosos. De acordo com o docente, a partir do momento que se consegue que tais partículas alojem-se ao redor de um tumor, posteriormente aplica-se um campo externo oscilante. Isso irá gerar atrito e calor na nanopartícula que, uma vez aquecida, tem capacidade para destruir o tumor. “Essa técnica é chamada ‘hipertermia’, destruição do tumor pela elevação local da temperatura. Poucos graus Celsius já são suficientes para matar a célula doente. Isso não é novo e, em princípio, não tem nada a ver com nanotecnologia. A novidade é que esses materiais podem ajudar a concentrar o calor somente na região em que o tumor está alojado”, explica.

O método experimental

Estudos in vitroin vivo são realizados pelo docente. O primeiro se faz através do contato entre os nanomateriais- produzidos pelo grupo- e células tumorais ou células saudáveis retiradas de seres humanos. “São culturas celulares, ou de células tumorais do fígado, mama, colo do útero. Colocamos essas células em contato com os materiais produzidos e estudamos como elas sofrem a ação dos nanomateriais”, explica Zucolotto.

Sem estresse

Produzidas em laboratório, as chamadas “ftalocianinas” são compostos responsáveis por auxiliar na detecção da quantidade de dopamina- um dos neurotransmissores importantes, responsáveis pelas variações de humor em nosso organismo. É a quantidade de dopamina que regula, por exemplo, os estados depressivos de uma pessoa doente.

No laboratório de Zucolotto, são produzidos chips capazes de detectar a quantidade de dopamina. De acordo com o docente, há quatro anos seu laboratório pesquisa o assunto e, inclusive, já publicou vários artigos sobre o tema.

Já para as experiências in vivo, Zucolotto conta com a colaboração de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Faculdade de Medicina da USP, campus São Paulo. “Em São Paulo, eles possuem grandes biotérios, e fazem experiências utilizando-se até mesmo de animais de médio porte, como porcos”, conta.

Nova estrutura com o recém aprovado Núcleo da USP

No começo de 2011, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da USP aprovou verbas para a criação de Núcleos de Pesquisa Avançada em Inovação e, junto a pesquisadores do Instituto do Coração (InCor) e da Faculdade de Medicina da USP, Zucolotto e seus colaboradores tiveram aprovado um projeto, intitulado “Núcleo para Convergências das Ciências da Vida, Física e Engenharia para Inovação em Diagnósticos e Terapias.”.

A criação do novo núcleo é muito importante, pois permite que se aplique de maneira mais rápida os nanomateriais produzidos no LNN em testes in vivo. Possibilitará, inclusive, a realização de testes clínicos em pacientes, no futuro. “Isso abre ótimas perspectivas para que tudo o que vem sendo feito em laboratório seja, finalmente, aplicado”, comemora o docente.

Prof. Valtencir Zucolotto

e-mail: zuco@ifsc.usp.br ou (16) 3373-8656

Data: 9 de junho

9 de junho de 2011

Escola São Paulo de Ciência Avançada em Química recebe inscrições até 16 de junho

Inspirados no mote “Química – nossa vida, nosso futuro”, professores, cientistas e estudantes celebram em 2011 o Ano Internacional da Química, que apresenta muitas reuniões e eventos científicos importantes para a discussão e encaminhamento das pesquisas e tendências mais recentes da área, considerando a disciplina no contexto dos atuais desafios e necessidades mundiais. A FAPESP e a Sociedade Brasileira de Química, em parceria com a Unesp, a Unicamp, a USP e a UFSCar, integram essa comemoração, lançando a “São Paulo Advanced School on Chemistry: Natural Products, Medicinal Chemistry and Organic Synthesis Integrated Solutions for tomorrow’s world”, que será realizada entre os dias 14 e 18 de agosto na Unicamp.

As inscrições para a Escola estão abertas até o dia 16 de junho. Serão selecionados 200 estudantes para participar do evento, dos quais 100 terão suas despesas com transporte, alimentação e hospedagem pagas pela organização do evento. Podem se candidatar estudantes matriculados em cursos de graduação ou pós-graduação no Brasil ou exterior, que sejam candidatos potenciais aos cursos de doutorado ou pós-doutorado em instituições de ensino superior ou pesquisa no Estado de São Paulo. Também poderão ser aceitos para participar do evento alguns jovens doutores.

Os selecionados terão a oportunidade de assistir aulas e apresentar, em sessões de pôsteres, os resultados de suas pesquisas, discutindo os progressos de seus resultados com renomados cientistas do Brasil e do exterior.

Inclusive, dentre os palestrantes convidados, estão quatro vencedores de Prêmio Nobel de Química: o japonês Ei-ichi Negishi (2010), a israelense Ada Yonath (2009), o norte-americano Richard Schrock (2005) e o suíço Kurt Wüthrich (2002).

Para se inscrever, acesse a página do evento emhttp://www.espcachemistry.iqm.unicamp.br/ESPCA/

Assessoria de Comunicação

Data: 9 de junho

8 de junho de 2011

Novo núcleo trará melhoras do posicionamento brasileiro na produção de biocombustíveis

Na última sexta-feira, 3 de junho, o reitor da Universidade de São Paulo (USP), João Grandino Rodas, em cerimônia realizada na “Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)”, lançou o “Núcleo de Apoio à Pesquisa em Bioenergia e Sustentabilidade”.

O novo núcleo é um dos diversos que tiveram sua verba aprovada pela Pró-Reitoria de Pesquisa, que desembolsou uma verba de R$70 milhões para a criação de diversos Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAP).

O professor do Instituto de Fisica de São Carlos (IFSC), Igor Polikarpov, como vice-coordenador da Rede USP de Bioenergia e Sustentabilidade, afirma que o novo Núcleo irá beneficiar diretamente as pesquisas desenvolvidas no Instituto. “Eu, juntamente ao coordenador da rede, Antonio Roque Dechen, lançamos, apoiamos e abraçamos a ideia do lançamento de Núcleos. Isso irá facilitar a interação entre diversos grupos da USP, situados em diversos campi que atuam em bioenergia e sustentabilidade”, explica.

De acordo com o professor, há uma estimativa de que 35 a 40 grupos trabalhem com pesquisas nessa área, cada um contribuindo com sua área de conhecimento. “O grande número de grupos se justifica pela extensão do assunto, em si. É preciso plantar a biomassa, conhecê-la; isso diz respeito à área de agricultura. Depois é necessário o conhecimento mais profundo sobre a planta: genética, genoma, paredes celulares. Em seguida, vem o estudo de hidrólize enzimática, polimerização, fermentação etc. Isso sem contar os grupos que estudam impactos sociais e ambientais da produção do etanol”, esclarece o docente.

No quesito sustentabilidade, o docente afirma que “o etanol tem um impacto ambiental muito positivo! Muito menos energia é usada para produzí-lo, além dele poluir bem menos do que a gasolina. A poluição em cidades como São Paulo diminuiu muito em razão do uso do etanol”. Mas, ele afirma que “estudos sempre continuarão sendo feitos para aprimorar o combustível, visando sempre a diminuição de seu impacto no meio ambiente”.

Entenda a importância da transformação de biomassa em bioenergia

Os chamados “biocombustíveis de primeira geração”, que tem como base etanol de sacarose e amido, tendem a ser seguidos pelos chamados “biocombustíveis de segunda geração”, estes, por sua vez, incluem diesel produzido por gás de síntese em processos termoquímicos e etanol a partir de materiais lignocelulósicos- o conhecido bioetanol.

O atual desafio mundial é o abastecimento a longo prazo aliado a preços mais baixos e ao desenvolvimento sustentável.

O Brasil tem grande destaque na produção de biocombustíveis, por diversos motivos, entre eles: elevada diversidade de matéria-prima, amplo potencial de expansão agrícola, amplo setor industrial de óleos vegetais e álcool, entre outros motivos.

Com a criação do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Bioenergia e Sustentabilidade, a transformação da biomassa- matéria-prima- em bioenergia- combustíveis- terá seu processo catalisado, através da experiência dos pesquisadores brasileiros da área e suas trocas de conhecimento, que já colocam o Brasil num patamar de destaque na produção de energia limpa.

O novo Núcleo e expectativas

Embora com destaque no cenário internacional na produção de biocombustíveis, Igor afirma que a competição brasileira com outros países é acirrada. “O Brasil tem uma posição de liderança e vantagens competitivas, mas precisamos de pesquisa de ponta para desenvolver essa nova tecnologia. Com esse novo Núcleo, queremos transformar o país num produtor de destaque, no mundo”.

Ele relembra de projetos aprovados em parceria com a União Europeia, que primam, justamente, pela excelência em pesquisas, colocando o Brasil ao alcance do desenvolvimento de melhores tecnologias para transformação de biomassa em biocombustíveis.

Embora a existência de Núcleos de Pesquisa não seja algo inédito, esse é o primeiro Núcleo fundado que atenta, especificamente, para a questão dos biocombustíveis e sustentabilidade.

Simultaneamente à inauguração do NAP em Bioenergia e Sustentabilidade, a Esalq comemorou seus 110 anos, o que tornou a ocasião simbólica. O evento contou com a presença de diversas autoridades do assunto, incluindo a presença do próprio reitor da USP. “O próximo passo é criar projetos horizontais nesse Núcleo, uma vez que vários pesquisadores estão unidos em torno do mesmo tema. A criação de interações reais serão facilitadas através do NAP, por existirem projetos em comum”, conclui Igor.

Assessoria de Comunicação

Data: 8 de junho

8 de junho de 2011

Seminarista discute infecção pulmonar

Na próxima sexta-feira, 10 de junho, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC), através do Grupo de Óptica, realizará o seminário da Biofotônica, intitulado “Modelos experimentais de infecções pulmonares por fungos e bactérias patogênicas”.

O título escolhido se deve, principalmente, ao número de mortes e doenças causadas pelas infecções do trato respiratório inferior- traqueia, pulmões, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.

O seminário será proferido pela bióloga. Alexandra Ivo de Medeiros, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Araraquara.

Segue, abaixo, resumo do seminário:

As infecções do trato respiratório inferior lideram entre as principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. O microambiente pulmonar é constituído por diferentes componentes da resposta imune inata, como as barreiras físicas e químicas, que constantemente impedem a entrada de patógenos e o estabelecimento da infecção.

Além destes componentes, macrófagos alveolares são os principais fagócitos responsáveis pela manutenção da esterilidade pulmonar, devido a sua eficiente capacidade fagocítica e microbicida contra agentes patogênicos.

Durante o processo infeccioso macrófagos alveolares fagocitam os microrganismos invasores promovendo a ativação destas células com liberação de citocinas pró-inflamatórias, mediadores lipídicos assim como a produção de fatores microbicidas, como reativos do oxigênio e nitrogênio. Dependendo da patogenicidade destes microganismos e do estado de competência imunológica do hospedeiro, a síntese destes fatores microbicidas por fagócitos, na grande maioria das vezes, permite a eliminação do patógeno sem a necessidade de induzir a ativação de células da resposta imune adaptativa, como linfócitos T e B.

Os modelos experimentais de infecções pulmonares utilizados por nosso grupo de pesquisa, tanto in vivo como in vitro, permitem avaliar os componentes do sistema imune envolvidos na eliminação de microrganismos assim como o mecanismo de ação de novas vacinas e fármacos promissores no tratamento de infecções do trato respiratório.

O seminário será realizado das 13 às 14 horas, na sala de Seminários do Grupo de Óptica (prédio dos laboratórios, 2º piso, sala 59). Todos estão convidados a comparecer!

Assessoria de Comunicação

Data: 8 de junho

7 de junho de 2011

Programa convida especialista para explorar a polêmica da energia nuclear

Aproveitando a ocasião em que a discussão sobre a viabilidade da energia nuclear ganha nova ênfase, devido aos 25 anos do acidente em Chernobyl e ao recente acidente na usina nuclear de Fukusima, o programa “Ciência às 19 horas” convida um especialista para explicar o processo desse tipo de produção energética, balancear seus prós e contras e avaliar seus possíveis impactos.

O palestrante é o Prof. Dr. Antonio Fernando Ribeiro de Toledo Piza, professor titular do Instituto de Física da USP, com ampla experiência em Física Nuclear Teórica e, mais especificamente, reações nucleares. O pesquisador tentará caracterizar, nesta ocasião, um “domínio nuclear”: uma possível fonte da qual se poderia extrair o recurso energético de que dependemos atualmente para funções como o uso do telefone celular ou de condicionadores de ar.

Essa provocante discussão será realizada no próximo dia 7 de junho, terça-feira, às 19h. Como de costume, o evento será realizado no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas do IFSC.

O IFSC é localizado no campus I da USP São Carlos, que fica Avenida Trabalhador São-carlense, nº 400, Arnold Schimidt, São Carlos.

O evento é gratuito e não exige inscrição prévia.

Assessoria de Comunicação

Data: 7 de junho

7 de junho de 2011

Palestra: “Nós somos o que fazemos” e o programa 5S

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC), através da Comissão Gespública de Gestão da Qualidade e Produtividade, recebeu no dia 6 de junho, pela manhã, a psicóloga e Diretora-presidente do Instituto Nacional de Produtividade e Qualidade (INPQ), Maria Luiza Abrantes, que proferiu a palestra “Nós somos o que fazemos”.

A palestra, que teve como público-alvo os próprios funcionários do IFSC, objetivou reflexões através de questionamentos sobre o modo de agir cotidiano e a eficiência e participação de cada um em relação ao programa 5S.

Seguem, abaixo, algumas fotos do evento.

Ainda sobre o “5S”, principal assunto discutido na palestra, a psicóloga, através de tópicos, fez alguns esclarecimentos sobre o programa, desde sua origem até as principais metas e resultados obtidos através do mesmo (para ter acesso à apresentação da palestrante, clique aqui).

No IFSC, o programa foi inserido em 2007, e tem conseguido resultados positivos. Para mais esclarecimentos relacionados ao programa, no IFSC,clique aqui.

Assessoria de Comunicação

Data: 7 de junho

 

7 de junho de 2011

Inscrições online de projetos para Programa de Estímulo ao Ensino de Graduação

Informamos que os alunos interessados em participar de projetos no âmbito do Programa de Estímulo ao Ensino de Graduação (PEEG) – 2º semestre de 2011, deverão fazer suas inscrições online, via Júpiter Web, no período de 08 a 26.06.2011, incluindo a “carta de motivação” no campo específico, com 500 caracteres no máximo (fase eliminatória).

Assessoria de Comunicação

Data: 7 de junho

6 de junho de 2011

Grupo do IFSC apresenta trabalho em evento nacional

Entre os dias 29 de maio e 1º de junho, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC), representado pelas docentes, Leila Maria Beltramini e Nelma R. S. Bossolan, participou do encontro, “Rede Nacional de Educação em Ciência:  Novos Talentos da Rede Pública”.

O Encontro, realizado em Paraty (RJ), teve como principal objetivo a análise das atividades realizadas por 29 grupos de diferentes universidades brasileiras e promover cursos experimentais em diversas áreas das ciências da natureza, dirigidos por professores e alunos de escolas públicas, além do estímulo ao desenvolvimento de novos materiais educacionais.

O grupo que representou o IFSC apresentou uma mídia interativa sobre a doença de Chagas, além de sua experiência no desenvolvimento de cursos de atualização de professores da rede pública estadual, relacionados à biologia estrutural e biotecnologia.

O evento contou, ainda, com palestras proferidas pelo ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e pelo presidente da CAPES, Jorge Guimarães.

Assessoria de Comunicação

Data: 6 de junho

6 de junho de 2011

Evento discute proteção ambiental e segurança na produção de energia nuclear

Durante os dias 2 e 3 de junho, o IFSC sediou a segunda edição do Encontro sobre Energia Nuclear e Proteção Ambiental, uma iniciativa fruto de acordo entre o IFUSP, o grupo de pesquisa de Métodos Matemáticos em Ciências Moleculares do IFSC e a empresa Eletronuclear.

A primeira edição, realizada em 2007, trouxe grandes individualidades para discutir o armazenamento do combustível nuclear já utilizado em repositórios geológicos definitivos como uma forma de reduzir os supostos danos provenientes desses resíduos, tanto ao meio ambiente quanto aos seres humanos. Esta foi uma medida proposta e adotada pelos norte-americanos, que passaram a depositar os resíduos nucleares a uma grande profundidade na Yucca Mountain, no estado de Nevada.

Porém, há um perigo real escondido nessa medida, que é a contaminação do solo e das fontes de água subterrâneas. Pesquisas passaram a focalizar, a partir daí, foi o reprocessamento do combustível nuclear. Hoje em dia, países como a França, a Rússia, a China e o Japão já reprocessam os rejeitos. O grupo de pesquisa do professor José Eduardo Martinho Hornos, do IFSC, coordenador do evento, juntamente com a Eletronuclear e a Comissão Nacional de Energia Nuclear, está envolvido em pesquisas sobre reprocessamento. A estratégia traçada foi fazer um armazenamento temporário, por um período de tempo controlável, de aproximadamente 50 anos, para que se recolha o resíduo quando técnicas eficazes de reprocessamento e reutilização tenham sido elaboradas.

Para discutir essas tendências e os novos rumos da produção de energia nuclear no país e no mundo, foram convidados para o evento o Almirante Orthon, presidente da Eletronuclear, Odair Gonçalves, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, profissionais do IPEN (Institutos de Pesquisas Energéticas e Nucleares), do CDTM (Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear), Almirante Bezerril e Almirante Luciano, encarregados da construção do primeiro submarino nuclear brasileiro. Além da técnica de reprocessamento como solução para o problema do lixo atômico, essas autoridades vieram discutir o possível armazenamento em médio prazo, e a polêmica da segurança em instalações nucleares, reacendida pelos 25 anos completados do desastre de Chernobyl e pelos problemas enfrentados pelas usinas japonesas.

Panorâmica das obras da usina Angra III, paralisadas em 1986 e retomadas em 2010

Já no primeiro dia do evento, a mesa de abertura do evento apresentou as principais idéias ao redor das quais o evento se organizava, em uma fala bastante interessante do Professor Hornos, que contou sobre os projetos de parceria com a Eletronuclear, sobre o projeto do Espaço Álvaro Alberto e sobre as viagens das equipes à Yucca. Tendo acabado de regressar da Ucrânia, onde passou alguns dias visitando Chernobyl e participando da Conferência Internacional de 25 anos do desastre em Kiev, ele expôs a dificuldade de relacionar cientificamente as mortes ocorridas na cidade na época à exposição à radiação, conforme constam em relatórios da ONU que não conseguem dizer exatamente quais os efeitos do Césio 137. Hoje em dia, segundo ele, a radiação ali é pouco presente, e o local transformou-se em um parque ecológico, já que livre dos impactos locais da explosão da usina e dos ambientais provocados pela presença do ser humano.

Ele também comentou o caso de Fukushima: “A usina era um lugar seguro antes do maremoto”, afirmou. “Aliás, a usina seria um lugar relativamente seguro para que as pessoas que morreram devido ao terremoto ou ao tsunami pudessem se refugiar”, completou. Todo o pânico causado por ambos os casos foram, segundo ele, fruto de desinformações graves sobre o uso de energia nuclear, provenientes do interesse político das disputas por reservas energéticas e pelo pseudo cientificismo da imprensa. Ele aproveitou para reiterar que todo tipo de energia do universo provém do núcleo dos átomos. “Toda energia vem do núcleo, um presente divino como o fogo trazido por Prometeu”, disse. Desta forma, ele deu ênfase à responsabilidade dos físicos na difusão da verdade, de modo a levá-la à população e oferecer maior proteção ao mundo.

Palestras

Dentre as atividades de destaque que foram realizadas nestes dias, a despeito da grande importância de cada discussão, houve a apresentação do Almirante Luciano Pagano Junior, Superintendente do Programa Nuclear. Ele falou sobre a construção e utilização de submarinos nucleares por parte da Marinha Brasileira, como estratégia de proteção das águas nacionais. Ele aproveitou para reiterar que este tipo de submarino não tem nada a ver com armamento nuclear, sendo assim denominado devido à utilização de energia de reator nuclear, por propulsão. Segundo ele, há imensas vantagens na utilização destes submarinos, como a elevada velocidade por tempos longuíssimos, cobrindo áreas geográficas consideráveis e possibilitando a defesa de grandes profundidades, devido ao alto poder de ocultação. As informações são de que o Brasil obtenha um submarino nuclear proveniente de um acordo com a França estabelecido no último ano de projeto e construção deste tipo de submarino.

Almirante Luciano Pagano Junior, Superintendente do Programa Nuclear, ministra palestra sobre submarinos nucleares

No dia 3, o Dr. Paulo Christiano R. Vieira, assessor da Presidência da Eletronuclear, apresentou um panorama da segurança em usinas nucleares nacionais, explicando porquê as usinas nucleares são uma das formas mais seguras de produção energética e contando que, em mais de 20 anos de funcionamento, nunca houve um acidente de qualquer tipo em Angra. O estabelecimento do programa de segurança de Angra contou com a consultoria da Agência Internacional de Energia Atômica e formulou um programa de cultura de segurança, difundido entre cada funcionário da usina. Segundo Vieira, colocar a segurança nuclear à frente da economia e da produtividade possibilidade que se tenha maior“garantia da qualidade, proteção do meio ambiente, segurança do trabalho, saúde ocupacional e proteção física”.

Resultados

A segunda edição do Encontro em Energia Nuclear e Proteção Ambiental pretende dar rumo a mudanças de paradigma no conceito que se faz da produção de energia nuclear e de reatores nucleares. Enquanto a área ganha cada vez mais forças, devido à crescente necessidade mundial por matrizes energéticas alternativas, e a política de criação de usinas, cresce também a necessidade de armazenamento cuidadoso dos rejeitos combustíveis e de uma cultura de proteção das fontes naturais. “A intenção do Encontro é formar recursos humanos para esta área, chamar a atenção do empresariado, e alertar a população e os ambientalistas com a seguinte mensagem: o uso da energia nuclear é inevitável para a humanidade”, afirma Hornos, o coordenador do evento.

Assessoria de Comunicação

Data: 6 de junho

3 de junho de 2011

Evento homenageou pesquisadores internacionais

Na última sexta-feira, 3 de junho, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC), por intermédio do Grupo de Óptica, recebeu dois pesquisadores internacionais de renome do mundo científico.

William D. Phillips, professor da University of Maryland e ganhador do prêmio Nobel de 1997 e Alain Aspect, bacharel da “École Normale Supérieure de Cachan” (França) e ganhador do prêmio Wolf de Física 2010 foram responsáveis por atrair um grande número de alunos, docentes e funcionários, que preencheram o espaço físico do auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” para assistir aos dois colóquios ministrados pelos cientistas.

Sobre o início de seu contato com os estudos desenvolvidos no Instituto, através do docente, Vanderlei Bagnato, Alain Aspect conta que “conheci o professor Bagnato por volta de 1985, no MIT [Massachussets Institute of Technology (USA)], quando ele coordenava estudos relacionados ao resfriamento de átomos por laser. Então, começamos a trabalhar em colaboração”.

O pesquisador afirma que mantém contatos regulares com Vanderlei e, em relação aos destaques nos estudos de Física, em sua área de atuação, Alain afirma que as técnicas de microscopia desenvolvidas nos últimos anos merecem relevo.

Já William Philips, em sua sexta visita ao Instituto, afirma que o Grupo de Óptica tem tido relevante colaboração em suas pesquisas. O pesquisador, que já mantém contato com o Grupo, também há mais de 25 anos,  foi o primeiro a pôr em prática a técnica de resfriamento de átomos por raios-laser e afirma que “ o estudo da desaceleração e parada de feixes atômicos contou com importantes contribuições vindas do grupo coordenado pelo professor Bagnato”.

A visita de pesquisadores internacionais tem se tornado frequente no Instituto. E tal prática se insere como uma das principais estratégias do IFSC, tanto para projetar o Brasil internacionalmente, no quesito científico, quanto para aprimorar a excelência acadêmica, já existente no Instituto. “O trabalho científico depende dessas colaborações, pois envolve um conhecimento especializado. Discutir ideias com outras pessoas e de outras pessoas sempre enriquece os trabalhos”, esclarece o docente do IFSC, Luiz Agostinho Ferreira que, durante os seminários, prestou homenagem aos pesquisadores, com a entrega de placas, pelas colaborações e parcerias que estes têm dado ao Instuituto, durante os últimos anos.

Os seminários, apresentados pela manhã e  tarde do dia 3, não encerraram a visita dos pesquisadores. No sábado, 4 de junho, às 10 horas, na sala de seminários do Grupo de Óptica, Alain Aspect apresentará um colóquio, intitulado “Hanbury-Brown and Twiss and other atom- atom from photons to atom quantum optics”. Todos estão convidados a participar.

Assessoria de Comunicação

Data: 3 de junho


3 de junho de 2011

IFSC recebe alunos de escolas estaduais

No mês de junho, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) receberá a visita de 30 alunos do ensino médio, de escolas públicas de São Carlos, o que abre mais uma possibilidade para que estudantes tenham um contato mais próximo com a Universidade.

A iniciativa, relacionada à disciplina “Prática de ensino de física”, ministrada pelo docente do IFSC, Marcelo Alves de Barros, tem como objetivo estimular o interesse científico dos alunos de escolas públicas, além da criatividade e habilidades comunicacionais.

A atividade é dividida em etapas:na primeira, alunos de graduação do IFSC vão até as escolas, ministrar mini-cursos, estes oferecidos em horários regulares ou em contraturno. “Nessa etapa, os alunos trabalham atividades mais didáticas e experimentais”, explica Marcelo. “Esse semestre, escolhemos trabalhar com o tema ‘Astronomia’, então os estudantes poderão ver maquetes e kits relacionados a esse assunto, como movimentos de rotação e translação da Terra, fases da Lua etc.”.

Na segunda parte,  programada para os dias 4 e 11 de junho, são os alunos que vêm ao Instituto para participar de uma oficina de Astronomia,  a ser desenvolvida no laboratório de informática. Lá eles terão acessos a simuladores, através de softwares específicos. “Durante a semana seguinte a essa primeira visita, os alunos deverão preparar uma apresentação em Data Show ou Power Point.  No dia 11, finalmente, organizaremos um workshop para que eles apresentem o resultado de seus trabalhos, na forma de comunicação oral”.

De acordo com o docente, essa é uma oportunidade para trabalhar no desenvolvimento de diversas habilidades. “Tentamos agregar um objetivo específico a vários outros secundários, ou seja, além de saber mais sobre física, eles aprenderão a lidar com ferramentas computacionais, desenvolver habilidades de argumentação e comunicação”.

Toda atividade conta com apoio da “Agência de Difusão Científica e Cultural”, coordenada pela professora titular do IFSC, Yvonne Mascarenhas.

Nesse semestre, participam dessa atividade as escolas “Dr. Álvaro Guião” (Centro), “Orlando Peres” (Cidade Aracy) e “Aracy Leite Pereira Lopes” (Jardim Montecarlo).

Sobre a importância da atividade, Marcelo afirma que “para os alunos da graduação, essa é uma importante etapa na formação profissional do futuro professor de física, e para os alunos do ensino médio seria uma forma de aproximação, quebrando a visão da Universidade como algo inacessível, além de despertar o interesse pela ciência e, consequentemente, pela Física”, conclui.

Assessoria de Comunicação

Data: 3 de junho


2 de junho de 2011

Docente do IFSC é premiado em evento

A Sociedade Brasileira de Química (SBQ), junto à American Chemical Society (ACS), por meio de criteriosa seleção, elegeu 6 pesquisadores, com menos de 40 anos, que já tenham feito significativas contribuições para o desenvolvimento da química em nível nacional e internacional, para entregar o prêmio “Young Talents in Science”.

Entre os nomes vencedores do prêmio, figurou o do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Adriano Andricopulo, ao lado de outros dois brasileiros e três norte-americanos.

A cerimônia de entrega dos prêmios, realizada em Florianópolis (SC), durante a 34ª Reunião Anual da SBQ, contou com a presença dos presidentes da SBQ e AQS, respectivamente, César Zucco e Nancy B. Jackson

Ainda no evento, Adriano foi convidado a ministrar a palestra ” Integration of structure- and ligand-based approaches in medicinal chemistry and drug design”, na sessão temática especial, em homenagem ao Ano Internacional da Química (AIQ 2011) “Joint Symposium of the Brazilian Chemical Society (SBQ) and American Chemical Society (ACS) – Young Talents in Science: Global Challenges: Energy, Health and Environment”.

Assessoria de Comunicação

Data: 2 de junho

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