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23 de janeiro de 2012

Alunas que cruzaram as fronteiras

CsF-3

No início deste mês,as estudantes de graduação, Laís Brazaca e MoniqueFreitas, embarcaram para uma viagem que, certamente, será um importante marco em sua vidas acadêmicas e pessoais.

As duas alunas, ambas no 3º ano do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares e pesquisadoras do Grupo de Biofísica Molecular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), foram selecionadas (entre uma média de 7 mil inscritos) para participar do “Ciência sem Fronteiras”, programa lançado em 2011 pelo Governo Federal, com o objetivo de estimular o intercâmbio científico e tecnológico entre países do globo, estando entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Itália, França e Alemanha.

Monique (20) teve conhecimento do programa em sua cidade natal, Brasília. “Ouvi os primeiros rumores através de amigos da UnB [Universidade de Brasília] e recebemos um e-mail da USP, em outubro, com mais informações”, relembra a estudante.

CsF-1Enquanto isso, Laís (20) também recebia o e-mail do Serviço de Graduação do IFSC, tendo sido informada sobre o” Ciência sem Fronteiras”. Ao ler o edital, ficou imediatamente interessada. “Nunca achei que seria selecionada, pois estudantes do Brasil inteiro concorreram”, conta.

Depois da devida – e merecida – euforia em serem selecionadas, após passarem por análises de histórico escolar e apresentação do teste TOELF (Test of English as Foreign Language), as alunas tiveram pouco tempo para arrumar as malas e preparar-se para ficarem um ano nos Estados Unidos (único país participante do primeiro edital aberto pelo Programa). Monique na Boston University (localizada na mesma cidade do Massachussets Instituto of Technology (MIT) e Harvard University) e Laís na University at Albany. “Não selecionamos o curso que iríamos fazer, somente a área de atuação e matérias que serão cursadas”, explica Laís, que optou por Nanotecnologia e Novos Materiais, enquanto a colega preferiu a área de Biotecnologia.

Além de ter a oportunidade de estudar em Centros de Excelência, as alunas terão todas as despesas pagas pelo governo brasileiro, através do Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Conselho Nacional Científico e Tecnológico (CNPq) e empresas parceiras: passagem, moradia, refeições, seguro-saúde e, ainda, dinheiro extra, para gastos adicionais. “A CAPES contratou um órgão americano, o IEE [Institute of International Education], que cuidou da distribuição, nas Universidades estadunidenses, dos alunos selecionados. Tivemos que preencher um formulário padrão dos EUA, cartas de motivação e recomendação escritas por nossos professores. E, de acordo com nosso perfil e notas, fomos direcionadas”, explica Monique.

O Programa, apesar de muito se parecer com um intercâmbio, tem alguns diferenciais, sendo o principal deles todas as despesas pagas, possibilitando que qualquer aluno tenha a chance de participar dessa experiência no exterior. “Ganhamos até um ‘auxílio-instalação’, para poder arcar com as primeiras providências logo que chegarmos “, conta Monique. “Lá, as Universidades são, em sua maioria, pagas, e o governo brasileiro também arcou com esse gasto. Temos um período previsto para realização de estágios, e eles podem ser remunerados ou não, dependendo do caso”.

A aluna diz que, durante todo o processo, contou com a ajuda de órgãos governamentais do Brasil. Até mesmo para emissão do visto, as embaixadas foram fechadas somente para os participantes do Programa, tornando o processo muito mais ágil. “Inclusive no IFSC, quando precisamos de documentos, como histórico escolar, autorização e assinaturas, bem como da ajuda dos docentes para escrever as cartas de recomendação, tudo foi muito rápido e todos foram muito prestativos”.

CsFDepois de tudo isso, as expectativas das graduandas são grandes. Elas contam que ter a oportunidade de estudar em Instituições de ótima reputação e o contato com pesquisadores e estudantes de outros países de diferentes culturas são seus principais anseios. “A área que escolhi é muito pouco estudada aqui no Brasil e nos EUA existem mais grupos pesquisando esse assunto, então tenho mais coisas para aprender e trazer de volta para cá”, conta Laís. “Vivenciar esse novo ambiente será muito importante, além de termos a oportunidade de dar um upgrade em nosso currículo”, complementa Monique.

Fora as inúmeras vantagens já mencionadas, as alunas poderão ter um contato direto com pesquisadores de diversos países, além da chance de participar da enorme quantidade de congressos, palestras e seminários.

Sobre os motivos de terem sido escolhidas, entre uma infinidade de inscritos, elas não hesitam e têm a mesma opinião: a Universidade da qual fazem parte contou muitos pontos.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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