Notícias

29 de novembro de 2012

Como transformar a pesquisa científica em produtos e/ou serviços

Decorreu no dia 29 de novembro, na Sala de Seminários do Grupo de Óptica do IFSC, mais um seminário promovido pelo Laboratório de Biofotônica, do Grupo de Óptica, desta vez ministrado por Mardoqueu Martins da Costa, sócio-fundador e pesquisador/consultor da empresa BioDPI Indústria e Comércio de Equipamentos Médicos e Odontológicos.

Subordinado ao tema Desafios e oportunidade de se transformar a pesquisa científica em produtos e/ou serviços, este seminário abordou, diretamente, como é que o conhecimento adquirido por quem finaliza seus cursos de graduação ou de pós-graduação pode se transformar em resultados práticos, que cheguem à sociedade na forma de produtos e/ou serviços.

Mardoqueu utilizou o seu próprio caso como exemplo, onde, através seu conhecimento partiu para a criação da empresa Biopdi – Equipamentos Médicos e Odontológicos, tendo descrito quais são as oportunidades e desafios que existem para se ter uma empresa que faça pesquisa, com o foco de oferecer serviços ou produtos.

O palestrante possui Mestrado em Engenharia Elétrica pela Escola de Engenharia de São Carlos – USP (2010). Formado em Ciências Exatas com habilitação em Física pelo Instituto de Física de São Carlos – USP (2008) e possui formação técnica em Mecatrônica pela escola SENAI de São Carlos (2007). Possui experiência na área de Física e Engenharia, com ênfase em Espectros Moleculares e Interações de Fótons com Moléculas, atuando principalmente nos seguintes temas: Espectroscopia, Fluorescência, LEDs, LASER, processamento de imagens e instrumentação com o desenvolvimento de software e equipamentos de uso laboratorial e clínico. Mardoqueu é sócio-fundador e pesquisador/consultor da empresa BioDPI Indústria e Comércio de Equipamentos Médicos e Odontológicos.

Assessoria de Comunicação

29 de novembro de 2012

Formação básica aos alunos de graduação

Serão realizados, a partir do próximo ano, os Tutoriais de Física Teórica, com o âmbito de prover uma formação básica aos alunos de graduação, de modo a prepará-los para realizar pesquisa nessa área.

Os tutoriais serão realizados em duas etapas semestrais, sendo que o primeiro semestre consistirá de fundamentos e o segundo de projetos orientados em campos específicos.

O curso do primeiro semestre será feito em dez aulas expositivas, mais três aulas de resolução de exercícios e dúvidas, a serem realizadas no período noturno em caráter semanal, começando na primeira semana de Março e se estendendo até a primeira semana de Junho.

Todos os alunos estão convidados a participar e solicita-se aos interessados que preencham o formulário que se encontra no link abaixo, até o dia 20/12/2012, para que possa estruturar melhor o curso de acordo com a audiência.

Mais detalhes sobre os dias e horários do curso serão enviados para os e-mails cadastrados no formulário.

Quaisquer dúvidas encaminhar para o e-mail tutoriateorica@gmail.com ou diretamente com os organizadores.

A ementa do primeiro semestre, será: O experimento da Dupla Fenda e comportamento quântico; Operadores e Observáveis; Hamiltoniana e Evolução Temporal; Spin 1/2; Oscilador Harmônico; Momento Angular; O Átomo de Hidrogênio; Teoria de Perturbação; Partículas Idênticas.

TUTORIA DE FÍSICA TEÓRICA

Assessoria de Comunicação

28 de novembro de 2012

Transistores de Efeitos de Campo para Eletrônica Orgânica

Realizou-se no período da tarde do dia 27 de novembro, no IFSC, um Seminário Especial do Grupo de Polímeros conduzido pelo aluno de pós-graduação, Dr. Alexandre Maciel, subordinado ao tema Transistores de Efeitos de Campo para Eletrônica Orgânica.

IMG_8057Sabendo-se que a eletrônica digital desempenha um papel essencial no desenvolvimento e manutenção dos padrões de vida em todo o mundo e que a peça fundamental para a criação desta era tecnológica é, sem dúvida alguma, o transistor, com o aparecimento de novos materiais a busca por transistores que oferecem novas oportunidades de processamento e aplicação abriu portas para a criação de uma nova área – a eletrônica orgânica.

Na sua apresentação, o palestrante deste seminário discorreu sobre um estudo experimental e teórico de transistores de efeito de campo a base de filmes finos orgânicos, tendo sido caracterizados transistores usando um derivado de pentaceno como camada ativa em um dispositivo feito sobre Si-SiO2.

Alexandre Maciel mostrou que a inclusão do semicondutor orgânico em uma matriz polimérica isolante ajuda a manter a estabilidade termo mecânica do dispositivo.

Também foram construídos e caracterizados transistores usando RR-P3HT como semicondutor e PMMA como isolantes.

Finalmente, o palestrante apresentou um modelo de corrente de canal baseado na resolução 2D numérica da equação de Poisson, usando as idéias de Vissenberg – Matters para a concentração de cargas em função do potencial local.

Assessoria de Comunicação

27 de novembro de 2012

A procura por novos planetas distantes 110 anos-luz da Terra

A notícia correu célere através dos media nacionais e internacionais, já que se trata de um dos projetos mais ambiciosos liderados por uma equipe de cientistas brasileiros. Tentar descobrir novos planetas distantes 110 anos-luz da Terra.

galaxy-200Com efeito, coube a uma equipe de cientistas da USP, liderada pelo Prof. Jorge Meléndez, astrônomo do IAG – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, liderar este projeto, que conta ainda com a participação de pesquisadores dos Estados Unidos, Alemanha e Austrália: o intuito é, durante oitenta e oito noites, a partir de um telescópio localizado no Chile e pertencente ao ESO – European Southern Observatory, descobrir novos planetas localizados “perto” da Terra, a uma distância de 110 anos-luz (cerca de 9,46 trilhões de quilômetros).

Esta pesquisa iniciou-se em 2005, quando a equipe analisou estrelas conhecidas como gêmeas solares, nome que foi dado por elas apresentarem características semelhantes ao Sol, já que possuem brilho, temperatura e aparência físicas parecidas com o nosso astro-rei.

Em 2009, os cientistas descobriram que a composição química do Sol era diferente da de outras estrelas gêmeas e, ao aprofundar os estudos, notaram que o Sol apresentava deficiência de determinados elementos químicos, sendo que esses elementos são justamente aqueles usados para formar planetas rochosos.

A missão seguinte dos astrônomos foi calcular quanto desse material faltava à massa total do Sol e a conclusão foi que a deficiência constatada nessa estrela era da mesma ordem que a massa dos planetas rochosos do Sistema Solar, como Mercúrio, Terra, Vênus e Marte.

Segundo o líder do projeto, não foi apenas uma coincidência qualitativa em relação ao new_planets-250tipo de elemento químico que estava faltando ao Sol, mas também quantitativa.

Com base nessa descoberta, os pesquisadores passaram a procurar planetas ainda não conhecidos e que eventualmente possam estar em torno das tais gêmeas solares, estudando qual seria a relação entre as anomalias químicas de cada estrela, individualmente, e a presença de diferentes tipos de planetas.

A continuação da pesquisa teve como foco uma dessas gêmeas, aquela que para todos os efeitos era a mais parecida com o Sol, mas não foi detectado nenhum planeta próximo dela;  em outubro do ano passado, os cientistas ampliaram a observação das gêmeas do Sol para uma amostra de setenta estrelas, procurando por novos planetas.

Embora na notícia que circulou nos media tenha sido referido que não havia uma estimativa de quantos planetas poderiam ser descobertos a essa distância, o certo é que, em face deste conjunto de observações, as chances de descoberta são muitos boas, até devido ao fato do telescópio que está sendo utilizado ter uma precisão extraordinariamente boa, o que pode permitir, inclusive, a detecção de planetas com dimensões reduzidas.

Mas, qual é a importância para o Brasil em liderar estes estudos? Na opinião do IMG_7860Prof. Luiz Vitor de Souza Filho, docente do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do IFSC-USP e cuja sua área de pesquisa é Astrofísica de Partículas, o IAG-USP tem uma grande tradição na área de análises de dados em observatórios, sendo que nos últimos cinco anos o Instituto se fortaleceu, principalmente em recursos humanos altamente capacitados, em função dos dois observatórios que o Brasil construiu no Chile – O Gemini e o SOAR -, o que se traduziu num crescimento muito grande nas pesquisas efetuadas. Com a construção desses dois observatórios, o IAG-USP, que já era uma referência, virou um ponto de excelência para esse tipo de análise, e essa liderança, em termos internacionais, aparece de forma natural. Não só no contexto desses dois observatórios, mas também tendo como base a construção de outros, o Chile aparece sempre como o favorito para acolher essas infraestruturas e isso tem um motivo: é que, no mundo, não existe céu mais limpo do que o do Chile e isso, claro, é fundamental para realizar observações minuciosas.

A importância de se buscar novos planetas que ficam a 110 anos-luz da Terra é algo que pode intrigar os leigos, principalmente quanto à utilidade desse trabalho: o Prof. Luiz Vitor explica qual a intenção:

Estejam eles a que distância estiverem, é sempre importante encontrar planetas que possam ter condições de gerar vida. Quanto mais nós podermos avançar nessa busca, maior é a chance de encontrarmos novos planetas e a finalidade é entender, através dessas eventuais descobertas, quais são as condições que deram origem à nossa vida, à vida na Terra; quais são as condições específicas que fazem um planeta gerar vida. Sabemos da existência de algumas, como a água, por exemplo, e de outros elementos que podem originar vida, mas quanto mais sistemas solares (estrelas e planetas) você conseguir estudar, maior será a chance de se entender quais são os parâmetros que dão origem à vida.

Essa tentativa de se descobrir o que existe no universo profundo deriva da impossibilidade de não se conseguir simular, dentro de um laboratório, com detalhes específicos, as condições existentes em um planeta – atmosfera, eletricidade, umidade, iluminação solar, etc -, embora já se tenha tentado. Daí, que a melhor maneira para ir mais além neste conhecimento seja explorar sistemas solares reais e contar com a sorte de encontrar um planeta que apresente condições para se alimentar a teoria referente à origem da vida. 110 anos-luz é, no conceito do entendimento humano, uma distância enorme, gigantesca, quase incalculável: contudo, essa distância é considerada relativamente pequena tendo em conta o próprio universo, como explica o Prof. Luiz Vitor:

Nós consideramos 110 anos-luz uma distância curta, como se aquilo que procuramos estivesse na nossa vizinhança – que chamamos de “Universo Local”; mas essa distância é extremamente longa quando a medimos relativamente ao nosso sistema solar. Eu acredito que eso-mercopress350este projeto que está sendo liderado pelo Prof. Meléndez poderá facultar a descoberta de muitos planetas. Há grandes possibilidades de sucesso com a utilização deste tipo de telescópio do ESO, que se denomina VLT – Very Large Telescope, havendo já a intenção de se construir outro denominado E-ELT – European Extremely Large Telescope, ainda mais potente.

Quanto ao ESO, é do conhecimento público que o Brasil está tentando ser membro desse órgão, embora ele seja estritamente dedicado aos países europeus. Apesar disso, o Brasil já se candidatou a um lugar nessa organização e essa é uma discussão que está em pauta junto da comunidade científica brasileira, já que o preço para essa inclusão é muito elevado, na ordem dos milhões de dólares.

Segundo o Prof. Luiz Vitor, existem determinados setores científicos nacionais que defendem a proposta, argumentando que, caso o Brasil seja membro, o nosso país poderá vir a ter dados importantes, que de contrário nunca terá; outras correntes opinativas são contra a proposta, argumentando que a comunidade científica brasileira ainda não está suficientemente madura para usufruir desses dados, em virtude do custo-benefício; ou seja, serão poucos os pesquisadores que irão se beneficiar de algo que é extremamente caro.

Este projeto liderado pela USP está sendo financiado pelo próprio ESO, sendo que o mesmo se prolongará até 2015.

A expectativa é que durante os próximos meses de Janeiro e Março de 2013, quando os cientistas embarcarem novamente para o Chile, haja a hipótese de se obterem dados que possam levar ao anúncio da primeira descoberta de um planeta distante 110 anos-luz da Terra.

(* Foto ESO by Mercopress)

Assessoria de Comunicação

26 de novembro de 2012

II Conferência USP de Nanotecnologia – 2012

A região de São Carlos irá abrigar um dos mais importantes eventos científicos do ano – a II Conferência USP de Nanotecnologia -, que ocorrerá entre os dias 6 e 9 do próximo mês de dezembro, no Hotel Broa Golf Resort, no município de Itirapina, próximo a São Carlos. A abertura da Conferência, na noite do dia 6, será feita pelo Prof. Marco Antonio Zago, pró-reitor de pesquisa da USP, seguida de uma palestra do Prof. Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

A repercussão da conferênciananotechnology foi tão positiva, que motivou a American Chemical Society (ACS) – uma das maiores sociedades científicas do mundo – a oferecer prêmios para os melhores pôsteres a serem apresentados na mesma, sendo que editores-chefes de três revistas da ACS participarão da conferência, como palestrantes convidados, entregando prêmios no valor de US$ 7.000,00.

A II Conferência USP de Nanotecnologia representará grande oportunidade para os cientistas e estudantes brasileiros interagirem com renomados pesquisadores internacionais, em várias áreas de nanociência e nanotecnologia.

O programa foi concebido de maneira a contar com grande número de estrangeiros vindos da América do Norte, Europa e Ásia.

Num momento em que a visibilidade da ciência brasileira vem aumentando consideravelmente, esta conferência servirá como fórum para discussões acerca do futuro da nanotecnologia.

O alto nível dos palestrantes convidados na conferência permitirá traçar um panorama da fronteira do conhecimento, não só em aspectos fundamentais de nanociência e nanotecnologia, como de suas aplicações. Apenas para destacar alguns tópicos, serão discutidas novas formas de energia renovável, incluindo as várias maneiras de converter a energia solar.

Haverá palestras sobre grafeno, que é o material mais investigado em ciência no mundo, devido ao seu potencial de revolucionar a eletrônica. Também serão destaques os novos materiais compósitos de cerâmica, em que conceitos de nanotecnologia foram empregados para melhorar seu desempenho e permitir utilização em aplicações na Terra e no espaço, como na nave U.S. Space Shuttle.

Alguns outros tópicos: Técnicas de nanofabricação, permitindo desenvolver novas arquiteturas moleculares para aplicações em sensores, displays, e células solares; Manipulação de sistemas nanoestruturados, fazendo a ponte entre o mundo nanoscópico e a aplicação real no mundo macroscópico; Sistemas de liberação controlada de fármacos e de compostos anticorrosão; Simulações computacionais para estudar propriedades de membranas de bactérias, gerando conhecimento essencial para o design de novos fármacos; Novos estudos visando à eletrônica orgânica, em que se empregam materiais orgânicos para realizar funções de circuitos eletrônicos, memórias, displays e geração de energia.

A política científica no Brasil também terá destaque, com palestras do diretor científico da Fapesp, Prof. Brito Cruz, do coordenador de nanotecnologia no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. Adalberto Fazzio, e do presidente do CNPq, Prof. Glaucius Oliva.

Vários renomados pesquisadores brasileiros confirmaram já sua presença, como são os casos de Ado Jório, da Universidade Federal de Minas Gerais; Antonio José Roque da Silva, diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron; Henrique Toma, do Instituto de Química da USP; José Nelson Onuchic, ex-professor do Instituto de Física de São Carlos e atualmente líder de um grande grupo de pesquisa na Rice University, em Houston, Texas; e Thereza Soares, da Universidade Federal de Pernambuco.

Assessoria de Comunicação

26 de novembro de 2012

Escola Avançada de Biofotônica – 2013

Encontram-se abertas as inscrições para a participação na Escola Avançada de Biofotônica, um evento promovido e organizado pelo CePOF – Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica, que decorrerá no IFSC entre os dias 11 e 19 de abril de 2013.

Contando com o apoio da FAPESP, este evento abordará um conjunto lato de tópicos, como, por exemplo, microscopia e imagem, técnicas não lineares, técnicas de espectroscopia, terapia fotodinâmica, diagnóstico e tratamento do câncer, e controle microbiológico, estando já confirmada a presença de um conjunto de renomados palestrantes oriundos do Canadá, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Itália e Suécia.

Os participantes terão a oportunidade de apresentar os seus resultados de pesquisa nas sessões de pôsteres.

Para obter mais informações sobre este evento e/ou fazer sua inscrição, acesse o link abaixo.

ESCOLA AVANÇADA DE BIOFOTÔNICA 

 

Assessoria de Comunicação

23 de novembro de 2012

Semana de 23 a 29 de novembro

O Sol deixa a constelação de Libra para ocupar a constelação de Escorpião nessa semana. Isto significa que Escorpião, que dominou o céu noturno de São Carlos por toda a primavera, agora sai de cena, se escondendo por trás da luminosidade do Sol pelos próximos seis meses.O_CEU_SOBRE_SAO_CARLOS

Este é um dos primeiros sinais de que a estação das flores e do plantio dos cereais no hemisfério sul vai, lentamente, cedendo lugar ao verão que se aproxima. Mas a ausência da exuberância de Escorpião, que tem a estrela Antares como sua maior representante, é compensada pelo aparecimento da deslumbrante constelação de Touro, em oposição.

Touro está nascendo a Leste por volta das 20 horas ao pôr do Sol, acompanhado por Orion à sua direita, a constelação do guerreiro, que tem as Três Marias e a Nebulosa de Orion como seus maiores representantes. A riqueza do entorno de Touro se completa com a constelação de Cão Maior, alinhada mais à direita, que tem Sirius como a estrela mais brilhante de todo o céu visível a olho nu.

Touro é ornamentado pelas Plêiades e as Híades, enormes aglomerados estelares, e tem Júpiter 100% reluzente como planeta residente, posicionado bem ao lado da estrela Aldebaram, o “olho do Touro”. Todo esse conjunto percorrerá o céu de São Carlos por toda a noite, podendo ser observado um pouco ao Norte, se a forte nebulosidade desse final de primavera permitir.

O céu estará iluminado pela Lua crescente, esta semana, o que dificultará a observação. Ela estará em Peixes no dia 23 de novembro, após o pôr do Sol, bem acima de nossas cabeças com 82% de sua iluminação. Aqueles que estão atentos perceberão que nosso satélite percorre uma distância angular de, praticamente, 15 graus (veja Quadro 1 ilustrando diferentes tamanhos angulares) no período de um dia.

Essa deslocação se deve ao seu movimento de translação de 29,5 dias em torno da Terra. A Lua passará por Aries no dia 25 nessa trajetória e entrará em Touro no dia 27 de novembro. No dia 28 teremos Lua cheia. Nesse dia ocorrerá a conjunção de nosso satélite com Júpiter. Nessa aproximação espetacular, o disco da Lua de meio grau de arco (largura de um lápis observado com o braço esticado) fará o eclipse de Júpiter. Esse encontro dos dois astros será visto a olho nu no intervalo curto de uma hora entre 21 e 22 horas do dia 28 (veja o Quadro 2 ilustrativo), bem ao horizonte a Leste. O eclipse de júpiter começa por volta das 21h08 e termina em torno das 22h00. Quem continuar a observação verá a Lua se distanciando de Júpiter durante toda a noite. Vale a pena economizar um tempinho para ver este espetáculo sem igual.

QUADRO_1

Quadro 1: Ilustração dos diferentes tamanhos angulares e a sua relação a tamanhos de objetos e mão

O uso de binóculo pode facilitar a observação desse encontro raro, pois a grande luminosidade da Lua cheia ofuscará a observação de Júpiter nas suas proximidades.

Já aqueles que têm a oportunidade de observar o fenômeno através de um telescópio verão Júpiter se esconder e sair por trás da Lua nos seus pequenos detalhes. Exatamente nesse mesmo momento, Ganímedes, a maior das Luas Jovianas (Io, Europa, Ganímedes e Calisto) descobertas por Galileu Galilei, em 1610, estará em trânsito pelo disco luminoso do maior planeta do sistema solar (veja ilustração detalhada do fenômeno no Quadro 2). Ganímedes é o maior satélite natural do Sistema Solar (5.262 Km), sendo maior em diâmetro do que Mercúrio (3.800 Km). Com o período orbital de 7,1 dias, o satélite passará frente a Júpiter em menos de uma hora.

quadro2

Quadro 2: Conjunção entre a Lua cheia e Júpiter no dia 27/11 entre 21 e 22 horas (Clique aqui para ver mais detalhes)

Outra conjunção espetacular entre dois planetas poderá ser observada um pouco antes do nascer do Sol do dia 27 de novembro. Vênus estará a uma distância angular de apenas 0,3 graus de Saturno, ou seja, a metade do tamanho aparente da Lua (veja Quadro 1 ilustrativo). Nesse dia, os dois planetas gigantes nascerão juntos a Leste, por volta das 4 horas e 47 minutos, e estarão visíveis acima do horizonte até 5 horas 50 minutos, quando serão encobertos pelos primeiros raios solares.

Saturno encontra-se residente em Virgem por mais de dois anos devido ao longo período orbital de 29 anos. Já Vênus percorre a sua órbita em torno do Sol em apenas 210 dias, o que possibilita o acompanhamento da aproximação e afastamento desse planeta em relação a Saturno num intervalo de poucos dias (veja o Quadro 3 que ilustra o cenário do céu sobre São Carlos por volta das 5h30min).

Vênus pode ser distinguido de Saturno por sua luminosidade. Por estar mais próximo do Sol, Vênus estará 100 vezes mais brilhante que Saturno nessa semana. A estrela vespertina segue seu percurso nos dias que sucedem a máxima aproximação na direção de Mercúrio, que realiza movimento contrário rente ao horizonte.

QUADRO_3

Quadro 3: Conjunção entre Vênus e Saturno no dia 28/11 por volta das 5 horas e 40 minutos (clique aqui para ver mais detalhes)


* Previsão fornecida pelo docente do IFSC, Prof. Dr. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães

Assessoria de Comunicação

23 de novembro de 2012

Ressonância Magnética Eletrônica: princípios e aplicações

graeff250Decorreu na manhã do dia 23 de novembro, no Auditório Sérgio Mascarenhas, a última palestra deste ano inserida no programa Colloquium diei, tendo como convidado o Prof. Dr. Carlos Frederico de Oliveira Graeff, docente do Departamento de Física da Faculdade de Ciências de Bauru – UNESP, que abordou o tema intitulado Ressonância Magnética Eletrônica: princípios e aplicações.

O palestrante abordou a técnica de ressonância magnética eletrônica, surgida em 1945, quando Zavoisky realizou seus primeiros experimentos de ressonância paramagnética eletrônica.

Com efeito, esta técnica desenvolveu-se de forma muito rápida, tornando-se em uma poderosa ferramenta, com especial incidência em várias áreas, como, por exemplo, em nanotecnologia.

Neste evento, além ter feito uma breve introdução aos princípios físicos de funcionamento da técnica, o Prof. Dr. Carlos Graeff apresentou ainda algumas técnicas avançadas, como a ressonância magnética detectada eletricamente – a denominada RMDE -, tendo ilustrado alguns exemplos desta última na caracterização de dispositivos orgânicos.

 

Assessoria de Comunicação

23 de novembro de 2012

A Física e Medicina caminhando juntas

Dentre as mais variadas saídas profissionais para quem se forma em Física, uma delas começa agora a emergir no mercado de trabalho brasileiro e a ganhar cada vez mais destaque: o Físico Médico.

Algumas das particularidades dessa profissão foram apresentadas e discutidas nacerebroimagemrmn última edição de 2012 do programa Ciência às 19 Horas, que decorreu no dia 13 de novembro, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, tendo como convidada a Profa. Dra. Gabriella Castellano, docente do Grupo de Neurofísica do Instituto de Física Gleb Wataghin (UNICAMP), que dissertou sobre o tema Onde a Física e a Medicina se encontram: Física Médica e Neurofísica.

Nesta interessante palestra, além dos aspectos relacionados com o fato de a Física poder auxiliar no entendimento do cérebro humano e nas doenças que o podem afetar, a pesquisadora incidiu uma atenção particular sobre a atividade do Físico Médico – ainda pouco divulgada entre nós -, bem como o entrelaçamento que existe entre as áreas da Física e da Medicina, nesse seu trabalho.

As áreas mais importantes da designada Física Médica são, a radioterapia, medicina nuclear e a radiologia ou radiodiagnóstico, sendo que todas elas envolvem o conhecimento e manuseamento de equipamentos complexos, lidando-se diretamente com radiação ionizante. Daí a necessidade de se ter um profissional que tenha conhecimento, aptidão e especialização neste tipo de radiação, sabendo antecipadamente como ela interage com os tecidos do corpo humano e quais os danos e benefícios que ela pode causar nas pessoas: esse profissional é o Físico Médico.

Sempre que uma estrutura hospitalar possui equipamentos desse tipo, torna-se necessária a presença de um Físico Médico. Atualmente, os hospitais têm investido na compra de equipamentos de radioterapia, que servem, principalmente, para tratamento de vários tipos de câncer: daí que os Físicos Médicos sejam considerados peças fundamentais nesses procedimentos, porque uma vez que o médico diagnostica qual é o tipo de câncer que um paciente tem, prescrevendo um tratamento, quem irá fazer o planejamento desse mesmo tratamento, juntamente com o médico, será o Físico Médico, cabendo a este
sugerir qual será o melhor tipo de terapia que irá ser utilizado para tratar esse tumor, de que forma é que a radiação irá ser canalizada, se haverá – ou não – riscos de reações adversas, quais os ângulos que deverão ser aplicados na radiação, qual a intensidade dela,
etc. E o objetivo é sempre tentar destruir o tumor sem danificar ou comprometer rmn22todo o tecido que se encontra em redor dele e que está são. Sobre o enquadramento legal desta atividade profissional, Gabriela Castellano explica:

Atualmente, existe uma legislação que obriga os centros de radioterapia a terem no seu quadro de recursos humanos a figura do Físico Médico. Contudo, para outras áreas, como a medicina nuclear e o radiodiagnóstico, ainda não existe legislação, mas está-se caminhando nesse sentido. Na medicina nuclear, o usual é utilizarem-se radiofármacos, que são moléculas que possuem elementos radioativos e que ao serem ingeridas ou injetadas nos pacientes emitem radiações internas que podem ser utilizadas para se fazerem imagens de determinadas partes do corpo humano. É óbvio que toda a manipulação desses radiofármacos precisa ser executada por profissionais altamente qualificados e especializados, que tenham o conhecimento necessário para calcular a dose certa que pode ser administrada em determinado paciente, exatamente para que seja possível fazer uma determinada imagem e não outra coisa qualquer que possa prejudicar esse paciente. Por outro lado, como os radiofármacos geralmente são feitos nos próprios centros de medicina nuclear, há a necessidade de existirem Físicos Médicos nesses locais, por forma a que o trabalho deles tenha uma sequência lógica, principalmente na interligação com o pessoal de radiofarmácia.

A formação de um físico médico e sua saída para o mercado de trabalho

A Física Médica é uma disciplina multidisciplinar, onde o físico tem que ter conhecimentos vários, não só no aspecto da física comum, como também nas áreas de medicina, psicologia, biologia, química e, inclusive, conhecimentos profundos em matemática e computação, porque esse profissional irá lidar com softwares extremamente complexos e com algoritmos complicados, principalmente para captura e tratamento de imagens com definições de alto padrão: o público está habituado aos tão conhecidos Raios-X, mas este tipo de imagem nada tem a ver com esse tipo de radiologia convencional. Há quem questione se este profissional é um físico, ou se, é um médico: na verdade, ele é um físico e não um médico, mas trabalha lado-a-lado com os médicos, em parceria estreita com eles. Quanto à formação destes profissionais, a Profa. Gabriela Castellano adianta algumas informações importantes:

Vou dar o exemplo da UNICAMP, onde existe um curso de graduação em Física Médica, em que o aluno faz a maioria de suas disciplinas dentro da área da física básica, passando depois para disciplinas específicas: biologia, medicina, física aplicada à medicina, física de radioterapia, física de medicina nuclear, física de radiologia, etc., tudo isso já canalizado, como se vê, para a área médica. São quatro anos de curso, acrescido de um ano de estágio em um hospital ou clínica, e mais um período de residência em Física Médica num centro de radioterapia, para depois ingressar definitivamente em um hospital ou centro. Contudo, um dos problemas no Brasil, nesta área, é que existem pouquíssimos centros que oferecem esse tipo de residência na área de Física Médica, mas há a esperança de que esse panorama possa mudar, já que foi lançado recentemente um edital tendo em vista a possibilidade de serem oferecidas mais bolsas destinadas à residência; como informação complementar, essas residências têm uma carga horária pesada – cerca de 60 horas semanais –, o que demonstra o quanto um Físico Médico fica preparado para exercer sua atividade.

No Brasil, rmn1a demanda por esses profissionais está crescendo muito, mas ainda existem dois problemas que necessitam ser resolvidos: o primeiro, diz respeito à legislação, porque embora seja importante o trabalho do Físico Médico, esta profissão tem ainda que ser reconhecida legalmente na área específica da radioterapia e essa falta de reconhecimento faz com que muitas clínicas e hospitais ainda prescindam da contratação desses profissionais, o que, para nossa entrevistada, é um erro. O segundo problema diz respeito aos próprios médicos, que são proprietários ou possuem cargos de administração em hospitais, que ainda não perceberam a importância de ter um Físico Médico ao seu lado, até para gerir e manusear, de forma correta, equipamentos que são extremamente sensíveis e fidedignos, dependendo deles e dos resultados alcançados o sucesso dos diagnósticos e tratamentos de seus pacientes. Fazendo uma comparação, nesta área, com a realidade norte-americana, o Brasil ainda está engatinhando:

Nos Estados Unidos, o Físico Médico é o profissional mais bem pago em todas as áreas da Física Aplicada e tem uma demanda muito grande. Por exemplo, no Brasil existem alguns (poucos) equipamentos de ressonância magnética e outros mais dedicados à medicina nuclear, enquanto que nos Estados Unidos existem largas centenas desses equipamentos que estão distribuídos pelos principais hospitais e clínicas. Por outro lado, no Brasil existe apenas um técnico – designado de Cientista Clínico, cuja sua missão – conjuntamente com os pesquisadores – é desenvolver protocolos específicos em ressonância magnética, principalmente no capítulo de geração de imagens: não só ele é o único no Brasil a fazer esse trabalho, como também ele é o único com essa especialidade abaixo da linha do Equador. Comparativamente, só nos Estados Unidos existem cerca de trinta cientistas clínicos para esse objetivo. Agora, imaginemos quantos equipamentos de ressonância magnética existem nos Estados Unidos e quantos existem no nosso país, conclui Gabriela Castellano.

Assessoria de Comunicação

22 de novembro de 2012

I Seminário Italo – Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação

O IFSC recebe nos dias 21 e 22 de novembro, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, o I Seminário Italo – Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação, um evento que é organizado conjuntamente pela Agência USP de Inovação e pela Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura (SP), com a colaboração direta do CEPOF – Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica e INOF – Instituto Nacional em Óptica e Fotônica, entidades estas que se encontram sediadas no IFSC-USP.

bagnato2012-300A cerimônia de abertura deste evento, que antecedeu os trabalhos científicos, decorreu na manhã do dia 21 de novembro, com o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador da Agência USP de Inovação / Coordenador do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica – CePOF – IFSC – USP / Coordenador do Instituto Nacional de Óptica e Fotônica – INOF – IFSC – USP, e responsável pelo evento, dando as boas vindas aos participantes. Na sua alocução, Bagnato referiu-se à importância e à necessidade da inovação e do desenvolvimento tecnológico estarem sempre presentes no seio da sociedade, principalmente em termos empresariais.

O orador sublinhou que quando se fala na necessidade de inovar, isso quer dizer que há que ter em conta não só sucessos, como também prevenir os fracassos, tendo dado o exemplo concreto da empresa “Toalhas de São Carlos”: Ao mesmo tempo em que vemos empresas florescer em nossa cidade, resultado de apostas no campo da inovação e no desenvolvimento tecnológico, vemos também empresários se suicidando, exatamente por não ter sido incorporada alguma forma de inovação em suas empresas. Foi o infeliz caso, por exemplo, da empresa “Toalhas São Carlos”, com o empresário enfrentando sérias dificuldades, como o algodão brasileiro com preço igual ao tecido chinês, e aí os problemas cresceram: câmbio, a política tributária e a falta de inovação para enfrentar o problema. Foi uma perda muito grande para todos nós e para a cidade, lamentou Bagnato.

Para o organizador do evento, Inovação é uma palavra muito bonita e está de alguma forma em moda, mas agregada a ela tem que haver outra – Conhecimento. A universidade gasta o seu tempo integral produzindo esse Conhecimento e tem a obrigação de disseminá-lo; principalmente a USP, que é a maior universidade do Brasil e da América Latina, em termos de recursos, com um orçamento anual de 4 bilhões, isto sem contar os projetos. E a USP tem que atender à população e tem que incrementar e disseminar a Inovação. Temos assumido e realizado iniciativas que levam ao setor produtivo alguma coisa; não apenas o Conhecimento, mas também o rigor científico e a reflexão. A universidade de São Paulo, através da Agência USP-Inovação, tem levado algumas iniciativas. Por exemplo, a indústria têxtil do estado de São Paulo, que é a que emprega maior número de mulheres, precisa urgentemente apostar na inovação, quer em termos de administração, quer na condução de sua produção, no controle de qualidade, etc.. Este é um exemplo objetivo e esta é uma preocupação nossa, referiu o organizador do evento.

Quanto ao evento, propriamente dito, o Prof. Vanderlei Bagnato referiu que as relações com a Itália resumem-se a uma questão de paixão, atendendo a que o Brasil tem em sua cultura a marca de Itália, já que foram os italianos que fizeram a história industrial do estado de São Paulo. Temos que continuar a acentuar esta relação, não só do ponto de vista diplomático, mas também e principalmente do ponto de vista científico, produtivo e de inovação. Nós queremos que a Itália seja a porta de entrada para o Brasil, na Europa, assim como queremos que o Brasil seja a porta de entrada para a Itália, na América Latina. Acabei de voltar de Itália, recentemente, e segundo o próprio Papa Bento XVI, a ciência não é mais um reduto, ela é, sim, um fator de ligação entre as nações. E então temos que fazer isso mesmo, os cientistas têm que fazer isso. No campo empresarial, muitos empresários brasileiros olham a Itália como a “mãe”, já que o país foi o maior cliente do Brasil durante muito tempo. No presente momento, em que o Brasil tem necessidade de ampliar sua economia, de cooperar com o exterior, a Itália é o porto seguro para os brasileiros. italia2012-300Este simpósio tem o objetivo de ser o primeiro encontro focando ciência, inovação e tecnologia, dando sequência a algo que é histórico, já que a USP foi criada por iniciativa de acadêmicos italianos, que se radicaram no Brasil, acentuou Bagnato, concluindo seu discurso.

O segundo orador desta cerimônia de abertura foi o Dr. Eduardo Pollastri, Presidente da Câmara Italo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura – SP e senador italiano (mandato 1006-2008), que agradeceu o convite feito para participar no seminário, tendo-se manifestado extremante contente por regressar a uma cidade que lhe outorgou o título de cidadão honorário da cidade de São Carlos, onde 50% de sua população são descendentes de italianos. Falou sobre o êxodo de milhões de italianos para o exterior, entre os séculos XIX e XX, principalmente para a América do Norte e América do Sul, tendo referido que eles contribuíram decisivamente para o desenvolvimento dos países que os receberam. Referiu-se ainda à atual crise europeia e à forma como a Itália escapou dela, tendo apelado aos empresários descendentes de italianos que invistam em seu país. A finalizar seu discurso, Eduardo Pollastri exemplificou como frases célebres se podem enquadrar no presente momento: Cinquenta e cinco anos antes de Cristo, um senador romano, de nome Marco Túlio Cícero, disse: “O orçamento nacional deve ser equilibrado, a dívida pública deve ser reduzida e a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos aos governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a nossa nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viverem por conta públicas”. Estas palavras foram proferidas há mais de dois mil anos e continuam atuais, cheias de sabedoria, finalizou o presidente da Câmara Italo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura – SP.

Esta cerimônia de abertura do I Seminário Italo – Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação encerrou com a entrega de condecorações especiais atribuídas pela Câmara Italo-Brasileira de Comércio Indústria e Agricultura – SP aos Profs. Drs. Vanderlei Bagnato, Antonio Carlos Hernandes, Diretor do IFSC, Yvonne Mascarenhas e Sérgio Mascarenhas, pesquisadores pioneiros da física em São Carlos, e Elson Longo, em representação das comunidades acadêmicas da UFSCar e da UNESP.

medalhabagnato2012-250medalhahernandes2012-250

medalha2012-250

Por seu turno, o Prof. Vanderlei Bagnato ofereceu uma placa comemorativa do evento, em nome da comunidade do IFSC e da cidade de São Carlos ao Dr. Eduardo Pollastri.

Assessoria de Comunicação

22 de novembro de 2012

Segunda fase recebeu 50 mil alunos

Um milhão e duzentos mil alunos fizeram a primeira fase da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) no dia 04 de setembro de 2012. Esta é a primeira vez que a OBFEP ocorre em todo território brasileiro, sendo que em 2010 e 2011 o evento aconteceu de forma piloto em alguns estados, como uma atividade da OBF (Olimpíada Brasileira de Física).

Participam da OBFEP estudantes do Ensino Médio e do último ano do Ensino Fundamental de escolas municipais, estaduais e federais.

No modelo aplicado em 2012, a OBFEP ocorre em duas fases, sendo a primeira fase constituída por uma prova teórica e a segunda composta por uma parte teórica e uma prática.

A segunda fase ocorreu no dia 10 de novembro último para cerca de 50 mil estudantes e cada aluno, além da prova teórica, recebeu um kit com o qual fez experimentos, compreendendo medidas e análise dos resultados.kit

O kit experimental utilizado na OBFEP 2012 foi desenvolvido no Instituto de Física de São Carlos, a um custo de aproximadamente R$ 5,00/unidade.

A ideia do experimento deste ano foi de questionar os alunos sobre as propriedades de uma mola helicoidal e conceitos de elasticidade que estão presentes no dia-a-dia de todos, como por exemplo, na suspensão de automóveis e motos, que possuem uma mola na composição do conjunto junto com o amortecedor. Para cada veiculo é necessário um tipo de mola com características específicas. Estas características foram determinadas pelos alunos no experimento.

O objetivo do experimento é despertar no aluno seu talento criativo e inovador necessário para o Brasil hoje.

A Física é uma ciência natural baseada na compreensão de fenômenos naturais a partir da observação e coleta de resultados e para tanto foi criada uma metodologia conhecida como “metodologia científica”. A formalização destes resultados é feita a partir de uma teoria da qual é possível prever outros fenômenos.

Entendendo melhor a OBFEP

A OBFEP acontece em duas fases. Da primeira fase participam os estudantes inscritos pelas escolas: esses estudantes fazem uma prova objetiva composta por quinze questões, cada uma delas com quatro alternativas, das quais apenas uma é correta; a prova é realizada na própria escola durante os turnos de um dia da semana.

A COBFEP fornece o gabarito, os professores corrigem a prova e lançam no banco de dados da OBFEP a nota e o nome dos 5% de alunos inscritos com melhor classificação em cada série/ano da escola, levando em consideração todos os turnos; nesse momento também é registrado o nome do professor de cada estudante classificado para a segunda fase.

A segunda fase tem uma prova discursiva e uma prova prática; para a prova prática, cada estudante recebe um kit para realizar a(s) experiência(s) proposta(s) e responder a questões relativas aos fatos observados.

Deve-se observar que para cada milhão de estudantes inscritos para a primeira fase, faz-se necessário a confecção e envio para as escolas de cinqüenta mil kits para a parte prática, o que exige recursos e planejamento logístico. A segunda fase ocorre sob a responsabilidade dos coordenadores estaduais, em Centros da Aplicação escolhidos pela coordenação estadual. Os estudantes vencedores da OBFEP, assim como seus professores, escolas e secretarias de educação, são premiados com medalhas, certificados e/ou troféus

Alunos mais criativos e inovadores para um Brasil de futuro

Os objetivos gerais da OBFEP é criar nos jovens estudantes um perfil diferente, visando o desenvolvimento rápido do país através de uma educação que se baseie não só na teoria, como na prática cotidiana. Não basta o aluno decorar livros, conceitos e fórmulas, já que só isso não basta para que ele tenha sucesso absoluto no mercado de trabalho ou na academia: o intuito é ter alunos que tenham idéias próprias, que sejam criativos e inovadores e não caixas de ressonância que promovem estagnação social, econômica e educacional.

As universidades e as empresas de alta tecnologia sentem a falta dessa mão de obra qualificada, sentem falta de jovens inovadores, e esse déficit tem que ser combatido logo na educação básica, formando e aproveitando mentes revolucionárias. Daí que estas ações da OBFEP têm em vista contribuir para a melhoria da qualidade do ensino em ciências na educação básica, promover maior inclusão social por meio da difusão da ciência e ampliar o uso das tecnologias da informação e da comunicação, com fins educacionais.

Por último, a OBFEP está contribuindo para ampliar e abrir novos canais de colaboração entre universidades, institutos de pesquisa, sociedades científicas e escola públicas, fomentando, assim, a integração entre escola e comunidade.

Para mais informações, consulte o site Portal: www.obfep.org.br

 

 

 

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2012

Pesquisador de São Carlos regressa ao Brasil

É sempre grande o orgulho que a comunidade do IFSC sente quando algum de seus membros – pesquisadores, alunos ou funcionários – se destaca por sua total entrega e devoção ao trabalho, sendo, por isso, enaltecido dentro ou fora do Brasil.

Esse sentimento, aliado a uma enorme satisfação, “inundou” o IFSC quando, recentemente, o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato foi indicado membro da Academia de Ciência do Vaticano, tendo recebido das mãos do Papa Bento XVI a medalha que confere essa distinção.

A notícia publicada no site G1 (Globo), datada de 19 de novembro, e que, com a devida vênia, aqui reproduzimos na íntegra, é elucidativa da importância que se reveste esse acontecimento .

“Um pesquisador da USP de São Carlos (SP) agora tem livre acesso ao Vaticano. De volta ao Brasil, Vanderley Bagnato trouxe uma medalha que recebeu VANDERLEI_BAGNATO350do papa Bento XVI por ser membro da Academia de Ciência em Roma.

Ele pegou na minha mão e perguntou sobre o Brasil, a importância que a ciência tem. A gente tem que entender que o Brasil é um país em que todo o mundo está apostando, inclusive o papa, disse Bagnato, que é mestre e doutor em física.

Cerca de setenta pesquisadores de vários países fazem parte da Academia e Bagnato é o único pesquisador que mora no Brasil. Na cerimônia de posse, realizada no último dia 7 com a participação de representantes da igreja católica, o professor recebeu das mãos do papa a medalha que, para o cientista, representa um passaporte para o Vaticano.

O pesquisador tem fé que a ciência se torne uma ligação entre os povos. A colaboração científica só aproxima as pessoas e resolve problemas sociais. O Vaticano certamente está preocupado em utilizar a ciência dessa maneira e utilizá-la além do avanço do conhecimento. Está interessado no progresso da humanidade e tudo o que está ao seu redor, disse.

Academia

A Academia foi criada em 1603 em Roma. Em mais de 400 anos passaram por lá grandes cientistas, como Galileu. Hoje o grupo se reúne com o papa para falar sobre questões científicas polêmicas para a igreja.

A equipe medalha_-_FOTO_PAULO_CHIARI-EPTVliderada por Bagnato já realizou diversos trabalhos inovadores, como um relógio atômico que mede o tempo com precisão. O professor também se destacou por pesquisas com o uso do laser na odontologia e na medicina. Entre os aparelhos desenvolvidos na USP está um equipamento usado para o diagnóstico e tratamento de um tipo de câncer de pele.

Foi muito importante para mim e eu considero uma contribuição que eu dei para a sociedade brasileira, disponibilizando a ela aquilo que pode ter de mais moderno em tecnologia para o seu próprio tratamento da saúde, disse o pesquisador.

A Academia de Ciência do Vaticano conta ainda com outro brasileiro, Miguel Nicolelis, mas ele mora nos Estados Unidos.”

(Foto da medalha da autoria de Paulo Chiari – EPTV)

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2012

I Encontro Regional dos Membros Afiliados da ABC/SP

Decorrerá nos dias 29 e 30 de novembro, no Auditório Wilson de Souza Lopes, da Universidade Presbiteriana Mackenzie (Rua Piaui, 143, 11º andar – Consolação, São Paulo), o I Encontro Regional dos Membros Afiliados da ABC/SP, um evento gratuito e aberto ao público, que contará com apresentações científicas de todos os afiliados e duas mesas redondas, das quais participarão lideranças acadêmicas nacionais, discutindo temas atuais e de interesse geral.

Este I Encontro Regional dos Membros Afiliados da Academia Brasileira de Ciências do Estado de São Paulo foi idealizado com o objetivo de promover a integração transdisciplinar entre as diferentes áreas do saber, representadas pelos membros afiliados da ABC de São Paulo, e o intercâmbio de experiências com os membros seniores da ABC, presenças fundamentais para o sucesso da reunião.

Os destaques da programação são:

No dia 29/11, 5a feira, das 16h às 18h30, haverá a primeira mesa redonda, subordinada ao tema Integridade Científica. O mediador será o membro afiliado da ABC, Hamilton Varela, e os debatedores serão Elizeu Coutinho de Macedo (Mackenzie), Fernando Galembeck (Grupo de Estudos sobre Ética em Ciência, membro titular da ABC), Luiz Carlos Dias (Coordenador de Área Capes, IQ/Unicamp, membro titular da ABC) e Roberto Gomes S. Berlinck (IQSC/USP).

No dia 30/11, 6a feira, das 14h30 as 16h30, realiza-se a segunda mesa redonda, subordinada ao tema Desafios e Oportunidades em Ciência, Tecnologia e Inovação. O mediador será o membro afiliado da ABC, Adriano D. Andricopulo e os debatedores serão o presidente do CNPq e membro titular da ABC, Glaucius Oliva; o vice-presidente da ABC Hernan Chaimovich (IQ-USP/Fapesp) e o membro titular da ABC, José Eduardo Krieger (Incor HC- FM/USP).

A comissão organizadora deste Encontro é composta por: Adriano D. Andricopulo (IFSC-USP); Antônio José da Costa Filho (FFCLRP-USP); Carlos Eduardo Pellegrino Cerri (ESALQ-USP); Hamilton Varela (IQSC-USP); Paulo Sergio Boggio (Mackenzie); Thiago Mattar Cunha (FMRP-USP); Valtencir Zucolotto (IFSC-USP).

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2012

Seminário com Prof. Alexandre Marletta (UFU)

Decorreu no dia 20 de novembro, no período da tarde, mais um seminário especial promovido pelo Grupo de Polímeros do IFSC, desta vez com a PROF200participação do Prof. Alexandre Marletta, pesquisador visitante do IFSC, no Grupo de Polímeros, e docente do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que dissertou sobre o tema Dependency of non-homogeneity energy dispersion on absorbance line-shape of luminescente polymers, ou seja, sobre as propriedades fotofísicas de polímeros, que são fundamentais para descrever as propriedades de polímeros luminescentes em geral.

Como tem sido habitual em outros seminários promovidos pelo IFSC, que são sempre abertos à comunidade são-carlense, também este se transformou num profícuo diálogo científico entre o palestrante e os participantes.

Assessoria de Comunicação

20 de novembro de 2012

Seminário Italo-Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação

Realiza-se nos dias 21 e 22 de novembro, no Auditório Sérgio Mascarenhas (IFSC), o Seminário Italo-Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação, um evento organizado conjuntamente pela Agência USP de Inovação e pela Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura (SP), com a colaboração direta do CEPOF – Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica e INOF – Instituto Nacional em Óptica e Fotônica, entidades estas que se encontram sediadas no IFSC-USP.

O evento contará com a participação dos seguintes palestrantes:

Dr. Edoardo Pollastri – Presidente da Câmara Italo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura – SP e senador italiano (mandato 2006-2008); Prof. Dr. Vanderlei S. Bagnato – Coordenador da Agência USP de Inovação / Coordenador do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica – CePOF – IFSC – USP / Coordenador do Instituto Nacional de Óptica e Fotônica – INOF – IFSC – USP; Prof. Dr. Elson Longo – Coordenador do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos – CMDC – UFScar – Unesp / Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Materiais em Nanotecnologia – INCTMN – UFScar – Unesp; Prof. Dr. José Roberto Campos – Escola de Engenharia de São Carlos – USP – Hidráulica e Saneamento; Prof. Dr. Douglas Wagner Franco – Instituto de Química de São Carlos – USP; Prof. Dr. Francisco Antonio Rocco Lahr – Departamento de Engenharia de Estruturas – SET – EESC – LAMEM – USP; Prof. Dr. Silvio Crestana – EMBRAPA – Instrumentação Agropecuária – CNPDIA; Prof. Dr. José Carlos Maldonado – Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação – ICMC – INCTSEC – USP.

Além da apresentação e debate das principais pesquisas que estão sendo desenvolvidas em Itália e no Brasil, bem como as atuais e futuras cooperações científicas entre os dois países, que são, sem dúvida, temas em destaque neste evento, decorrerá, em paralelo, uma Mostra Tecnológica e Inovação de Empresas e Centros de Pesquisa/Universidades.

Assessoria de Comunicação

20 de novembro de 2012

“IFSC com Saúde”

A Comissão Gespública de Gestão da Qualidade e Produtividade do IFSC/USP convida e incentiva à participação de sua comunidade no programa “IFSC com Saúde”, que acontece aos sábados, das 7h30min às 9h30min no Parque do Kartódromo, localizado na Av. Liberdade, 2.150 – Jardim Paulistano.

483527_385032601564761_124729663_n

O “IFSC com Saúde” visa estimular a realização de exercícios físicos (caminhada, corrida, alongamento, etc.) dos membros da comunidade do IFSC.

A Comissão Gespública de Gestão da Qualidade e Produtividade do IFSC/USP conta com a sua participação: é só aparecer no Kartódromo entre 7h30min e 9h30min.

Mais informações escrevam para: qualifsc@ifsc.usp.br

 

Assessoria de Comunicação

20 de novembro de 2012

Meio Século de Baixas Temperaturas na USP

Realiza-se nos dias 21 e 22 de novembro, no Instituto de Física da USP, o II Encontro Mário Schenberg, cujo tema é Meio Século de Baixas Temperaturas na USP, correlacionado com as comemorações dos 50 anos do LESBT – Laboratório de Estado Sólido e Baixas Temperaturas, do Departamento de Física dos Materiais e Mecânica do IFUSP, pioneiro no Brasil na utilização de baixas temperaturas e campos magnéticos intensos.

No decurso deste evento serão homenageados os pesquisadores, profs. Drs. Carlos José de Azevedo Quadros, Luiz Guimarães Ferreira, Armando Paduan Filho e Francisco de Paula Oliveira.

Este simpósio decorrerá no Auditório Giuseppe Occhialini, no decurso do dia 21, e no Auditório Abrahão de Moraes, no dia 22, com a presença do Pró-Reitor de Pesquisa da USP, Prof. Dr. Marco Antonio Zago, contando-se com a presença de palestrantes oriundos dos Estados Unidos, França e Holanda, além de pesquisadores dos mais renomados institutos e universidades nacionais – USP, UFMG, INPE, UNICAMP, CBPF, UFBA, UFRJ, UFRGS e UFSCAR.

O Prof. Dr. Tito Bonagamba, do IFSC, é um dos convidados especiais deste encontro.

Mais informações sobre este evento, acesse:

http://fmt.if.usp.br/~crio/LESBT50/

 

 

Assessoria de comunicação

14 de novembro de 2012

O Céu sobre São Carlos- semanas entre os dias 16 e 22 de novembro

O_Ceu_sobre_So_CarlosO Sol continua sua peregrinação pela constelação de Libra nesse final de mês. No último dia 13, ocorreu um eclipse solar*. Infelizmente, o céu de São Carlos não foi agraciado pela a sombra lunar. Somente aqueles que povoam o extremo sul do nosso hemisfério, entre a Argentina, Oceano Pacífico e Austrália, puderam observar o fenômeno (clique aqui para ver ilustração). Em linguagem astronômica, o fenômeno ocorre quando a Lua nova passa pelo plano da Eclíptica sobre a linha imaginária que liga o Sol à Terra durante a sua evolução, o que torna o evento raro, difícil de ocorrer.

Saturno mantém residência fixa na constelação de Virgem por mais de dois anos devido ao seu longo período orbital de 29,5 anos. Saturno e Virgem estiveram escondidos por trás da luminosidade solar (máxima conjunção) nas últimas semanas. Eles devem estar visíveis ao amanhecer nas próximas semanas, já que o Sol deixou as dependências de Virgem para ocupar a constelação de Libra em novembro. Se a intensa nebulosidade da primavera permitir, acompanhe o aparecimento de Saturno a Leste pouco antes do amanhecer, às 6 horas. Aproveite para observar Vênus um pouco acima do horizonte a Nordeste. Ele acaba de entrar em Virgem e é o astro de maior luminosidade (86%) no céu de São Carlos. Vale a pena acordar por volta das 6 horas nas próximas semanas para acompanhar a dança monumental de Vênus e Saturno no nascer do Sol de primavera. Vênus se aproximará rapidamente de Saturno e estará ao seu lado (poucos minutos de arco) em 29 de novembro. Fique ligado!

A Lua crescente será vista como um sorriso a oeste, nesta semana. Marte pode ser visto ao anoitecer. O planeta está posicionado em Sagitário, sendo caracterizado por como um ponto vermelho brilhante. Mercúrio não esta observável, pois se encontra em oposição com o Sol. Nessa posição, o astro tem as mesmas características de uma Lua Nova. O planeta sairá da frente do Sol nas próximas semanas, quando aparecerá rente ao horizonte a Leste ao amanhecer.

O céu possui outros objetos especiais. As constelações fazem parte destes objetos. Elas foram criadas pelas civilizações para serem referências para aqueles que observam o céu noturno. São como países estampados em um mapa mundi. Assim, podemos também dizer que uma nebulosa se encontra, por exemplo, na constelação de Orion e que qualquer observador na Terra vai saber “mais ou menos” onde olhar no céu para tentar localizar esta nebulosa. É o mesmo que dizer que São Carlos se localiza ao sul do equador, no Brasil, em particular, a 22 graus de latitude sul e a 47 de longitude oeste, no centro do estado de São Paulo.Chico-nov-22-4

Mas, reduzir as constelações em uma carta celeste é muito diferente que observá-las em uma noite estrelada. A olho nu, as constelações parecem pontos ligados em um mapa e estão associadas a lendas, mitos e tragédias. É o caso de um grupo de constelações boreais associadas à mitologia grega: a princesa Andrômeda, sua mãe, a mítica rainha Cassiopeia de Etiópia, seu pai Cefeu e Perseu, aquele que a salvou das garras de monstros antológicos. As constelações, assim nomeadas, podem ser vistas ao norte durante toda a primavera e trazem em seu entorno objetos muito interessantes para se observar (veja carta mostrada no Quadro 2).

Das quatro constelações, Cassiopeia é a mais difícil de ver no céu de São Carlos, por estar localizada mais ao norte, rente ao horizonte. Esta notável constelação tipicamente boreal é atravessada pela Via Láctea e se encontra entre Perseu e Cefeu, ao norte de Andrômeda. A familiar forma de W de suas cinco principais estrelas é facilmente reconhecível nos céus de primavera, das quais Shedir é a mais brilhante.

Andrômeda abriga um bom número de objetos de interesse amador, o primeiro deles é a conhecida Galáxia de Andromeda, ou M31. Ela é o objeto mais distante que pode ser observado a olho nu. Está relativamente próxima de nós, situada a 2,9 milhões de anos-luz, e é a maior galáxia do Grupo Local**. Andrômeda é uma galáxia em espiral, similar à que vivemos, a Via Láctea. A olho nu, ela pode ser observada como um pequena nebulosidade de forma elíptica, meio apagada, na região um pouco abaixo de Andrômeda. A Lua nova dessa semana poderá permitir a observação em um local escuro ao redor da cidade. O uso de pequenos telescópios permite observar outras duas galáxias (M32 e M110) ao seu redor.

Alpheratz é a estrela mais brilhante da constelação Andrômeda. Ela já chegou a ser partilhada com a constelação vizinha de Pégaso. Hoje ela pertence exclusivamente a Andrômeda, entretanto ainda forma um conhecido asterismo (conjunto de astros próximos) com três outras estrelas da constelação de Pégaso, “O Grade Quadrado de Pégaso”. Pégaso representa o cavalo alado montado pelo herói Perseus.

Perseus é, das constelações gregas, a mais “mitológica”. Ele recebeu a tarefa de matar a princesa Medusa. Segundo a lenda, por ser muito feia, Medusa transformava em pedra aqueles que a olhassem diretamente. No céu, Perseu é representado com a mão esquerda segurando a cabeça de Medusa, assinalada pela estrela Algol, uma famosa estrela variável. Na realidade ela é formada por duas estrelas girando uma em torno da outra. A obstrução de uma pela outra produz uma forte modulação na intensidade, com período de aproximadamente dois dias.

* perfeito alinhamento entre o Sol, a Lua e a Terra que produz uma sombra sobre a superfície de nosso planeta

**aglomerado de galáxias no qual a Via Láctea está inserida

Previsão fornecida pelo docente do IFSC, Francisco Eduardo Gontijo Guimarães

Assessoria de Comunicação

14 de novembro de 2012

Sem dor depois da academia

Quem já passou por clínicas de fisioterapia para tratar as (tão comuns) fadigas musculares, talvez se recorde dos aparelhos que emitem radiação infravermelha colocados na pele, responsáveis pela cura ou alívio de tais lesões. Mas, com um novo protótipo construído no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) em colaboração com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), num futuro próximo os tradicionais tratamentos encontrados nessas clínicas serão obsoletos.

Cleber-_manta-1A “manta de infravermelho”, como foi batizada, surge como a evolução de equipamentos tradicionais utilizados para recuperar os músculos das dores causadas pela prática de exercícios físicos. Ela foi idealizada pelo pesquisador Cleber Ferraresi, e, sob orientação do docente do IFSC, Vanderlei Salvador Bagnato, e dos docentes da UFSCar, Nivaldo Antonio Parizotto e Euclides Matheucci Júnior, Cleber finalizou, este ano, um protótipo do aparelho.

A tecnologia utilizada na manta não difere muito daquela empregada nos aparelhos tradicionais presentes nas clínicas de fisioterapia. Contudo, a grande inovação diz respeito à potência, formato anatômico e rapidez que a manta oferece no tratamento de lesões musculares. Ela possui 50 pontos de irradiação, permitindo não só a inserção numa área maior do corpo, como também rapidez na aplicação: menos de um minuto. “Os aparelhos de laser/LEDs disponíveis atualmente no mercado e nas clínicas de fisioterapia possuem um único ponto de tratamento, tornando a terapia muito demorada e não padronizada, caso seja aplicada em grandes grupos musculares”, explica Cleber.

Por aumentar o metabolismo da célula muscular e sua disponibilidade de energia, o tratamento feito com a manta acelera a recuperação de lesões musculares, reduz a inflamação e o estresse oxidativo das células do músculo, decorrente dos exercícios físicos. “E tudo isso sem dor ou superaquecimento da pele do paciente”, conta Cleber.

Quando aplicada depois das atividades físicas, a manta oferece melhor adaptação do corpo aos exercícios. Mas, se aplicada de forma preventiva, ou seja, antes das atividades físicas, além de diminuir as microlesões dos músculos, também aumenta o desempenho para realização de exercícios físicos.

Testes clínicos já foram iniciados, num primeiro momento somente com atletas, tendo em vista o fato de o Brasil servir de sede à próxima Copa do Mundo e Olimpíadas. No entanto, o tratamento pode ser utilizado por qualquer pessoa.

Cleber-_mantaAté o momento, os resultados são muito promissores. Estudos devidamente randomizados e com tratamento placebo* mostraram que o uso da manta aumentou a potência muscular e a velocidade de corrida de atletas de futebol, além da carga de trabalho e área de secção transversa dos músculos da coxa (medido por ressonância magnética) de não atletas.

Não há previsão da produção da manta em grande escala, mas sua patente já foi depositada em agosto do ano passado.

Embora com o protótipo concluído, Cleber conta que continua trabalhando no aprimoramento da manta e afirma que, muito em breve, aparecerão  resultados ainda melhores. Porém, se depender da disposição do pesquisador, nossos atletas terão um “empurrãozinho” a mais para se destacarem nas próximas competições esportivas, sejam elas dentro ou fora de casa.

* aplicação da manta sem emissão de luz infravermelha

Imagens cedidas por Cleber Ferraresi

Assessoria de Comunicação

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..