Notícias

15 de janeiro de 2013

O empreendedorismo na universidade

O mercado de trabalho, cada dia mais exigente, tem cobrado dos futuros (e presentes) contratados experiência e volatilidade em lidar com diversas situações, além de atualização, no que se refere à inovação de produtos e serviços.

IFSC_JrSe estudantes do ensino superior tivessem a oportunidade de lidar com essa realidade num microcosmo, o processo de adaptação nas empresas seria muito mais fácil e as competências poderiam ser aprimoradas, ainda, durante a graduação.

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tal microcosmo já é uma realidade. Desde 2007, alunos dos quatro cursos de graduação do Instituto reúnem-se, semanalmente, para trocar ideias e desenvolver projetos, através da associação civil, sem fins lucrativos, IFSC Jr.

Para ser um membro da associação, existe apenas uma restrição: ser aluno regular do IFSC. Mas, para solicitar os serviços oferecidos, não há nenhum obstáculo: pessoas físicas e jurídicas são atendidas pelo IFSC Jr., desde que o serviço prestado esteja dentro das competências que os alunos possuam.

A maior parte dos clientes são, mesmo, os da universidade. O site da Biblioteca do IFSC é uma das “obras” concluídas, entre outros softwares e programas de gerenciamento utilizados nos laboratórios de pesquisa. “Já fomos procurados por outras empresas juniores, e fizemos o site da All Pharma e já prestamos serviços ao IQSC [Instituto de Química de São Carlos]”, conta o presidente da IFSC Jr., Fernando Ribeiro Caires.

No entanto, potenciais clientes já procuram pelos jovens empreendedores. O desenvolvimento de um novo aplicativo para o iPhone já foi uma das tarefas recebida, este ano, pela empresa. “Uma escola também já nos procurou, para criarmos um sistema de gerenciamento de alunos via web”, conta o vice-presidente da empresa, Carlos Eduardo Afonso Gomes.

Enquanto para os alunos, a vantagem mora no fato de terem um contato “precoce” com o mundo empresarial (mesmo que em menor escala), tendo a oportunidade de desenvolver suas habilidades, antes mesmo de ingressar no mercado de trabalho ou na área acadêmica, os clientes também recebem o benefício de um serviço ou produto de qualidade, pagando muito menos por isso. “Como não somos profissionais, nosso preço é bem abaixo daquele cobrado no mercado. Já chegamos a preços abaixo de 50% do cobrado normalmente, mas estamos revendo nossos preços, também”, conta Fernando.

A empresa mantém um faturamento médio anual de R$15 mil e todo dinheiro é investido dentro da própria IFSC Jr. para contratação de serviços necessários para sua manutenção e andamento. “Todo lucro que temos é revertido para realização de palestras, melhoramento das salas onde nos reunimos etc. Então, contratamos alguém para prestar esses serviços, pagamos com esse dinheiro, e, caso sobre alguma coisa, reinvestimos na empresa”, conta Fernando. “O trabalho, na IFSC Jr., é voluntário. O intuito é que os participantes adquiram experiência para, posteriormente, fazer uso dela em sua vida profissional”.

A propósito, para manter o crescimento da empresa e sua conexão com as novidades do mercado, os integrantes da IFSC Jr. participam, rotineiramente, de cursos. Fora isso, encontros com empresas juniores de outras unidades dos campi da USP também são frequentes. “O Núcleo USP promove, pelo menos, quatro eventos anuais, dos quais sempre participamos”, conta Carlos que informa que o contato com a Opto também é uma constante. “O professor Jarbas [docente do IFSC e presidente da Opto] é tutor do IFSC Jr. Nos falamos, ao menos, duas vezes ao ano e ele nos aconselha bastante”.

A hierarquia do IFSC Jr. é definida pelos próprios integrantes. Hoje, ela conta com 12 membros, mas, anualmente, outros alunos podem se inscrever para participar, aumentando esse número. Os cargos são divididos entre diretores, subdivididos nas áreas de marketing, recursos humanos, financeiro, qualidade e projetos. Eles são auxiliados pelos conselheiros, também escolhidos pelos membros da associação. “A votação é anual e cada cargo pode ser exercido por, no máximo, dois anos”, explica Fernando.

IFSC_Jr_2Depois disso, é buscar os projetos e tentar concretizá-los de maneira rápida e, sobretudo, qualitativa. Os alunos contam que, quando necessário, recorrem ao auxílio de outros docentes do Instituto, mas a maior parte dos projetos são iniciados e finalizados pelos próprios membros do IFSC Jr., sem a ajuda de terceiros. “No caso de um site, o programador já tem noção de como desenvolvê-lo e vamos fazendo um intercâmbio de informações entre contratante e programador, buscando o consenso entre as partes”, afirma Fernando.

Para 2012, os planos são ambiciosos. Contando com novos membros, a empresa abraçará mais projetos. Fernando e Carlos, já no último ano de graduação, esperam encontrar candidatos fortes e dedicados para substituí-los e dar sequência a um projeto que, sem sombra de dúvidas, tem muito a acrescentar na vida da universidade, das empresas, mas, principalmente, dos próprios alunos que participam do projeto.

Para participar

As inscrições para participação na empresa, em 2012, vão até 23 de março. Para inscrever-se no IFSC Jr. ou obter maiores informações, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

15 de janeiro de 2013

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em dezembro, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) do lado direito da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisadores do IFSC, no periódico Science.

PC-dezembro-12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

14 de janeiro de 2013

Prorrogado prazo de inscrição

As inscrições das chamadas para intercâmbio de graduação do Programa Ciência sem Fronteiras foram prorrogadas até o dia 25 de janeiro.cienciasemfronteiras

Inicialmente, as inscrições iam somente até o dia 14 de janeiro. A prorrogação é de responsabilidade do Governo Federal e a nota explicando os motivos pode ser lida na íntegra no link. Abaixo.

O setor de mobilidade da Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais (VRERI) da USP informará em breve o novo cronograma para as Unidades.

Mais informações:

CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS

Assessoria de Comunicação

14 de janeiro de 2013

IFSC com Saúde retorna com suas atividades

Neste final de semana, o programa “IFSC com Saúde”, vinculado à Comissão Gespública de Qualidade e Produtividade do Instituto de Física de São Carlos (CGQP/IFSC/USP), retoma suas atividades.

IFSC_com_SadeO programa, que tem como objetivo o estímulo à realização de exercícios físicos dos membros da comunidade do IFSC, retonará com suas atividades no sábado, dia 12 de janeiro, tendo início às 7h30 e finalizando às 9h30, no Parque do Kartódromo (para saber como se chega ao Parque, clique aqui).

Durante as atividades, que decorrerão todos os sábados, sempre no mesmo horário, a personal trainer, Juliana Araújo, fará um rápido levantamento do objetivo de cada um dos participantes, recomendando atividade específicas e, também, fazendo o acompanhamento dos treinos. Aqueles que, por qualquer motivo, não puderem comparecer às 7h30, podem chegar às 8h30 para integrar o grupo de atividades, sem prejuízo ao treinamento.

Para mais informações sobre o programa, escreva para qualifsc@ifsc.usp.br e tire suas dúvidas. A participação é gratuita.

Para acessar a página do “IFSC com Saúde” no Facebook, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

11 de janeiro de 2013

A gravidade para derrubar prédios

O que a física tem a ver com o desabamento (proposital ou não) de grandes prédios comerciais, residenciais ou qualquer tipo de imóvel que, por motivos específicos, tenha, literalmente, caído por terra? A resposta é: tudo!

ImplosaoAlguns imóveis, mais hora, menos hora, são retirados de cena e, diferente do que a grande maioria pode pensar, não é somente a quantidade dos poderosos explosivos que será capaz de fazer isso. A grande “culpada” por trazer prédios ao chão é a força que nos mantém em terra firme e os planetas girando em torno do Sol: a força gravitacional ou, simplesmente, gravidade.

No entanto, alguns desabamentos podem ser mal sucedidos, mas, em alguns casos, culpar a gravidade pelo ocorrido, é injusto.

No começo de 2012, em São Paulo, uma quantidade grande de explosivos foi colocada em um edifício próximo à favela do Moinho. Depois da detonação, quatro andares ainda ficaram em pé. Como explicar esse fato, uma vez que a força gravitacional deveria “sugar” o imóvel para o chão, tornando sua demolição bem sucedida?

Para fazer um edifício cair, a força gravitacional assume um papel importante. Os explosivos destroem apenas 10% das colunas que sustentam o edifício. Retirada a sustentação, o restante vem abaixo como um castelo de cartas, puxado pela gravidade. “O processo da implosão, de fato, se utiliza, quase que totalmente, da força da gravidade. Se ela não existisse, nem compensaria derrubar prédios da forma que é feito hoje”, explica o docente do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Luiz Nunes de Oliveira.

Mas não só da gravidade vivem os desabamentos. Se mal colocados, os explosivos podem não cumprir o seu papel, fazendo com que a implosão seja mal sucedida, como no caso do prédio paulistano. Nesse caso, nem mesmo a gravidade pode consertar o erro.

Para que um edifício caia, é preciso, em primeiro lugar, que sua sustentação seja retirada. Nesse caso, existem duas situações: a primeira, onde construções que ficam ao redor do prédio não podem ser atingidas e o edifício deve desmoronar para o centro. E o segundo caso, mais comum, onde o prédio que será derrubado pode “cair” lateralmente (no caso de não haver construções vizinhas, isso é possível).

Implosao-2No primeiro caso, onde o prédio deve cair “reto” (maioria das situações), o cuidado deve ser redobrado, por motivos óbvios (não atingir construções vizinhas). Nesse caso, os pilares centrais deverão receber os explosivos.

No caso de queda lateral, os explosivos são colocados dentro dos pilares laterais do edifício. Depois de explodir a dinamite, o concreto será destruído e o ferro, único material restante da explosão, cederá à gravidade, “jogando” o edifício para o lado. “Quem realmente segura a construção é o cimento, pois ele é muito resistente à compressão. O cimento serve para evitar que a construção ‘desça’ e o ferro para evitar que ela ‘vire'”, elucida o docente.

Mas, em qualquer das situações, para que a implosão ocorra, de fato, muitas vezes só é necessário que os explosivos sejam colocados nos andares inferiores, pois retirando sua sustentação, o peso fará com que a construção caia, de qualquer maneira. “Algumas vezes, é preciso colocar explosivos nas partes bem altas do prédio, pois, por não terem muito peso sobre si, podem resistir à explosão, mesmo que o edifício não tenha mais sustentação”, conta Luiz.

O professor afirma que se trata de uma operação complicada. “Embora a força gravitacional seja muito importante, não se pode contar com ela, somente. Os explosivos devem ser colocados no local correto para que tudo corra como planejado. O simples fato de colocar o explosivo no local incorreto pode fazer com que o prédio tombe para o lado, por exemplo, ou nem mesmo caia”.

Uma questão de gravidade

Implosao-1A técnica de explosão de edifícios data do século XVIII. No Brasil, a primeira implosão que se tem conhecimento foi em 1975, em São Paulo, do antigo Edifício Mendes de Caldeira (atual estação da Sé). E, em qualquer que seja o caso, nenhuma força física, além da gravitacional, atua quando um edifício é trazido ao chão.

Em relação ao impacto desse tipo de explosão, principalmente nos casos onde há construções vizinhas, é essencial que o prédio caia em pé, para não prejudicá-las. Mas, mesmo assim, pela dimensão do impacto, dificilmente as construções ao redor não são atingidas- mesmo que em proporções ínfimas.

Muitos anos depois da utilização da técnica, os profissionais que lidam com ela sabem o que estão fazendo, embora ainda existam alguns casos mal sucedidos. “Hoje em dia, as companhias que realizam demolições fazem duas coisas importantes: primeiro, filmam o local antes da demolição. Posteriormente, instalam cismógrafos* em volta, para registrar o impacto da explosão. Isso é feito, inclusive, como precaução legal”, conta Luiz.

É claro que o mercado para esse tipo de serviço não é dos mais promissores. “Quem irá arriscar contratar uma companhia nova no mercado para fazer esse tipo de coisa?”, questiona o docente.

Dados respondem à pergunta retórica: no mundo todo, existem 20 companhias que realizam implosões. E o negócio é lucrativo! A implosão do prédio do Moinho custou cerca de R$3,5 milhões aos cofres públicos. Mas, muita calma! Os gastos- tanto das empresas, quanto dos pagantes – poderiam ser muito maiores, caso não existisse a força da gravidade. Levando-se em conta que, sem ela, os esforços (e materiais utilizados) poderiam ser centenas de vezes maiores, o sucesso desse tipo de empreitada, dificilmente, seria possível da maneira como conhecemos.

*aparelho usado para medir tremores de terra

Assessoria de Comunicação

11 de janeiro de 2013

Uma área óptica em ascensão

Na pesquisa básica em física, um dos assuntos do momento é a plasmônica, área que estuda os efeitos básicos da interação luz-matéria. Os chamados “plasmons” são, justamente, a interação da luz emitida sob um metal que, por sua vez, está depositado sobre um isolante (vidro, plástico etc.). Tal incidência traz a condição perfeita para se gerar as “ondas de superfície”*.

Otavio-plasmonica-2Orientado pelo docente do Instituto de Física de São Carlos, Euclydes Marega Júnior, o mestrando Otávio de Brito Silva é um dos estudiosos que tenta entender melhor esse efeito e a formação de tais ondas. Para testar essa antiga teoria, ele depositou filmes metálicos (de espessura da ordem de nanômetros) de ouro e prata sobre um vidro e mediu as interações entre a luz e os materiais em questão. “Nos metais, os elétrons estão livres para circular em torno das cadeias atômicas”, explica.

Para que a experiência fosse muito bem sucedida, ou seja, para que a geração de plasmons ocorresse, foi preciso que os materiais em contato tivessem índices de refração** totalmente diferentes uns dos outros. “Essa é uma condição essencial para que uma onda de superfície seja gerada. Do contrário, a experiência não seria possível”, afirma o mestrando.

O objetivo final do experimento é a análise da transmissão de luz através dessas superfícies. Isso porque tal experimento (já realizado há alguns anos por outros estudiosos, mas que utilizaram outros tipos de isolantes e metais) contraria um conceito básico da física clássica. Esta reza que a luz não pode passar por uma abertura menor do que a de seu comprimento de onda e o referido experimento provou o contrário. “Existe um conceito chamado ‘limite de difração’ e diz que se a abertura da fenda*** for menor que o comprimento de onda da luz, não há passagem de luz. O metal absorve parte da luz, mas, se não houver fenda, 90% será refletido”, explica Otávio.

Embora o termo “plasmônica” tenha surgido há pouco tempo, experiências envolvendo esse tipo de estudo datam da década de 40. O principal objetivo do trabalho de Otávio, portanto, foi reproduzir mais uma prova de equívoco da física óptica clássica.

Otavio-plasmonica-1Através desse novo conceito, algumas novas possibilidades são abertas: é possível construir-se uma lente óptica com várias fendas. A luz, passando para o outro lado, focalizará algum ponto específico. As fendas, por sua vez, podem fazer sensores por meio de tais efeitos de transmissão da luz, graças às ondas de superfície – levando-se em conta, é claro, que todas as condições já mencionadas acima sejam cumpridas.

Imaginando que um sensor seja construído através dessa técnica, será possível detectar quaisquer substâncias (que, num primeiro momento, não são identificáveis), apenas medindo-se seu espectro****. “Quando um perito, por exemplo, deparar-se com alguma substância que não consiga identificar, uma maneira de solucionar tal problema será realizar a colheita de uma amostra da substância e incidir luz sobre ela. Imaginando que cada substância possua um espectro único, a luz poderá fazer surgir o espectro específico da substância, permitindo sua identificação”, exemplifica o mestrando.

É claro que tal projeto é ambicioso e ainda não existe, na prática. Mas, os estudos para que a incidência de luz sobre superfícies cada vez menores seja possível continuam a todo vapor, e Otávio é um dos que permanecerá trabalhando para aperfeiçoar tal técnica.

Inclusive, o ineditismo de seu trabalho consiste na maneira com que as fendas metálicas foram feitas: através de feixes de íons. No IFSC, já existe um Laboratório de Nanofabricação, o qual permite que fendas metálicas sejam feitas pelos feixes de íons, uma maneira mais rápida e simples de produzir as fendas.

Todo trabalho de Otávio foi feito através de simulações computacionais e uma vez que sua pergunta central ainda não foi completamente respondida (como é possível a passagem de luz numa abertura menor do que seu comprimento de onda?), ele continuará seus estudos para aperfeiçoar a técnica. E, nesse meio tempo, pesquisadores e leigos aguardam para que mais uma técnica “a la CSI” saia das telinhas e faça parte de nosso cotidiano.

Para mais detalhes sobre o que é plasmônica, acesse reportagem da revista Scientific American, clicando aqui.

*interação da luz com os elétrons que fazem parte do metal

**quando a luz passa de um meio para outro, sua velocidade aumenta ou diminui graças às diferenças de estruturas atômicas das duas substâncias envolvidas

*** pequenos orifícios feitos pelos quais a luz passará

****intensidade de radiação transmitida, absorvida ou refletida em função do comprimento de onda ou frequência da radiação em questão

Assessoria de Comunicação

9 de janeiro de 2013

Estudantes estrangeiros são esperados no IFSC

O IFSC tem tudo preparado para receber, muito em breve, os quinze alunos estrangeiros que foram selecionados para o primeiro Estágio de Verão, uma iniciativa promovida pelo Instituto de Física de São Carlos, através de sua Comissão de Relações Internacionais.

lab240Como tivemos a oportunidade de anunciar anteriormente, o IFSC abriu, em agosto último, as inscrições para o primeiro estágio de verão para alunos estrangeiros que estejam perto de terminar seus cursos de graduação, com particular destaque para aqueles que estudam nos países localizados na América Latina.

Embora o anúncio mencionasse claramente que o estágio era dedicado a alunos de instituições de ensino sediadas na América Latina, o certo é que houve muitos estudantes interessados neste programa, mas completamente fora do escopo delineado, tendo o IFSC recebido candidaturas oriundas do Egito, França, Itália, Suíça e Índia, o que muito surpreendeu, positivamente, a organização do programa de estágio.

O IFSC tem tudo pronto para receber os quinze jovens estudantes que foram selecionados de um conjunto de cinquenta e oito candidaturas de excelente nível de conhecimento, salientando-se a enorme disponibilidade e entrega a este projeto por parte dos pesquisadores e docentes do Instituto, que irão acompanhar estes estudantes em seus estágios.

Assim, damos agora a conhecer aqueles que, durante dois meses, irão conviver e dividir conhecimentos com a comunidade do Instituto de Física, bem como os pesquisadores que orientarão seus trabalhos:

Alessandro Ofner vem da ETH – Zurich, na Suíça, e irá trabalhar na área de Nanotoxicologia, o mesmo acontecendo com Claribel Dominguez Ordoñez, que vem da Universidad del Valle, na Colômbia: ambos terão como supervisor o Prof. Dr. Valtencir Zucolotto.

Andrés Galindo Céspedes vem da Universidad Nacional de Asunción (Paraguai), e irá desenvolver seu trabalho na área de Biologia Molecular, sob a supervisão do Prof. Dr. Rafael Guido.

Os Profs. Drs. Tomaz Catunda e Valmor Mastelaro orientarão, respectivamente, Ania Pereda Torres, oriunda da Benemérita Universidad Autónoma de Puebla (México), logos400que desenvolverá seu estágio na área de Campo de Materiais, e Antonio Alfredo Ibáñez Landeta, que vem da Universidad de Chile (Chile), que estagiará na área de Física Experimental da Matéria Condensada.

Edith Tueros Cuadros vem da Universidade Nacional San Luís Gonzaga (Perú), indo estagiar na área de Astrofísica com o Prof. Dr. Luíz Vitor de Souza, enquanto que Eduardo Andrés Tobar Calfucoy, da Universidad de Chile (Chile), desenvolverá seu estágio na área de Biologia Molecular e Estrutural, sob a supervisão do Prof. Dr. Otavio Thiemann.

Emérita Mendonza Rengifo, da Universidad Nacional Pedro Ruiz Gallo (Perú), estagiará na área de Química Medicinal com o Prof. Dr. Adriano Andricopulo, e Emerson Roberto Burna, da Universidad Nacional del Litoral (Argentina), trabalhará na área de Biologia Molecular e Estrutural com o Prof. Dr. Marcos Navarro.

Glenda Gisella Ibañez Redin, da Universidad del Valle (Colômbia), trabalhará na área de Novos Materiais com o Prof. Dr. Paulo Miranda, Maria Cecília Gomez, da Universidad Nacional de Entre Rios (Argentina), desenvolverá seu estágio na área Computação Científica com o Prof. Dr. Odemir Bruno, enquanto Paula Andrea Garcia Muñoz, da Universidad de Chile (Chile), trabalhará na área de Cristalografia com o Prof. Dr. Eduardo Horjales.

Finalmente, Ramy Said Nashed, oriundo da The American University in Cairo (Egito), estagiará sob a supervisão do Prof. Dr. Lino Misoguti, na área de Fotônica e Biofotônica, Novos Materiais; Sebastian Duque Mesa, da Universidad de Antioquia (Colômbia), trabalhará na área de Mecânica Clássica com o Prof. Dr. José Carlos Egues de Menezes, e Yuly Lilian Durán Straub, da Universidad de Chile (Chile), estagiará na área de Nanociência, Fotônica, Biofotônica e Óptica, com a Profa. Dra. Cristina Kurachi.

O IFSC deseja a todos uma boa estada em São Carlos e um ótimo trabalho.

 

Assessoria de comunicação

8 de janeiro de 2013

Acesso aberto às suas pesquisas

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que publicam artigos em revistas científicas, poderão passar a negociar com as editoras contratos que permitam que o material fique disponível gratuitamente em uma página da instituição, indo a sentido inverso do que hoje se pratica: muitas instituições públicas financiam pesquisas e, pesquisaquando os resultados são publicados, as próprias universidades têm de pagar para acessá-los.

A determinação do reitor João Grandino Rodas foi oficializada com a resolução n.º 6.444, publicada em 22 de outubro do ano passado e as pesquisas serão publicadas na Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP (BDPI), recém-inaugurada (www.producao.usp.br).

A iniciativa faz parte de um movimento global pelo acesso aberto à ciência, com a UNESP e UNICAMP planejando estratégias semelhantes, e outras, como a UnB – Universidade de Brasília e as Federais de Santa Catarina (UFSC) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), que já têm seus repositórios, como são chamadas essas bibliotecas online.

Segundo a diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (Sibi), Sueli Mara Soares Pinto Ferreira, em declarações ao jornal O Estado de São Paulo, a decisão já vinha sendo discutida havia alguns anos. “Dessa forma, a USP dá um retorno maior, trazendo para a sociedade o que ela investiu e, ao mesmo tempo, aumentando a visibilidade do que é produzido.”

Tudo o que é publicado na nova biblioteca digital, que já tem 30 mil registros, aparece no Google Acadêmico. “Quanto maior a presença na internet, maior a visibilidade da universidade e sua posição nos rankings. Com tanta tecnologia, há rankings que medem a presença dos estudos nas redes sociais, por exemplo”, diz Sueli.

Entra na BDPI toda a produção acadêmica, exceto teses e dissertações, que já vinham sendo publicadas em acesso aberto em teses.usp.br.

O IBICT – Instituto Brasileiro de Informação de Ciência e Tecnologia (IBICT) tem projeto para fornecer kits tecnológicos para universidades desenvolverem suas bibliotecas digitais. A USP foi uma das contempladas, sendo que em três anos foram implementados 39 repositórios institucionais. “Nossa ideia é estender essa ação para todas as universidades brasileiras”, diz Bianca Amaro, coordenadora do Laboratório de Tecnologia da Informação do IBICT.

Assessoria de Comunicação

7 de janeiro de 2013

Porque o céu escuro tem a ver com o universo finito

O céu claro durante o dia e escuro durante a noite são algumas das muitas manifestações da natureza que, de tão corriqueiras, passam despercebidas.

Chico-9É natural pensar que a claridade do céu se deve à presença do Sol no céu durante o dia: isso é verdade, em parte.

O céu é claro por causa de uma pequena fração da luz solar visível espalhada pelas pequenas moléculas que formam a atmosfera terrestre. Vemos a claridade do céu durante o dia, mais pela luz espalhada do que pela luz direta provinda do Sol. Na Lua, onde não existe atmosfera, o céu é escuro mesmo na presença da luz solar (clique aqui para ver a ilustração).

Por outro lado, ficamos maravilhados ao ver o céu repleto de estrelas em uma noite escura. Simplesmente aceitamos essa escuridão como um fenômeno natural e a associamos à ausência do Sol no céu noturno. Mas, só nas primeiras décadas do século XX é que nos demos conta de que o espaço escuro entre as estrelas se deve ao fato do nosso universo não ser eterno ou que ele teve um início a partir de uma grande explosão, em algum ponto de sua história.

Hoje, temos fortes evidências de que tudo começou há mais ou menos 13,5 bilhões de anos ou, pelo menos, em um tempo no qual o universo ou o espaço eram muito pequenos, reduzidos a um ponto.

Desde a grande explosão, o universo vem se expandindo. Não podemos precisar, com exatidão, sua extensão espacial, pois estamos limitados a observar distâncias dentro de um raio de no máximo 13,5 bilhões de anos-luz (um ano-luz é a distância percorrida pela luz em um ano com a velocidade de 300 mil km/s). Hoje, instrumentos modernos, como o telescópio orbital Hubble, permitem-nos visualizar um espaço ocupado de forma uniforme por milhões e milhões de galáxias, sendo que cada galáxia possui incontáveis bilhões de estrelas.

Portanto, se nosso universo tivesse existido por um tempo infinito, cada direção que olhássemos no céu deveria terminar necessariamente em uma estrela ou galáxia. A luz provinda delas teria tempo suficiente para alcançar qualquer posição do espaço. Assim, veríamos uma luz de fundo, um espaço uniformemente iluminado durante a noite. Além do mais, essa luz seria suficiente para aquecer a poeira interestelar formada por gases em nossa galáxia, a tal ponto que estas teriam a mesma temperatura e emissão luminosa das estrelas. Do mesmo modo, a luz provinda de todo o espaço seria espalhada pela atmosfera terrestre, deixando as noites iluminadas como se fosse dia.

Curiosidade escrita pelo docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Francisco Eduardo Gontijo Guimarães

Assessoria de Comunicação

7 de janeiro de 2013

EDITAL ATAc/IFSC-47/2012 (FCM)

O Diretor do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo, torna público a todos os interessados que, de acordo com o decidido pela Congregação em Sessão Ordinária realizada em 13.12.2012, estarão abertas as inscrições ao concurso público de títulos e provas para provimento de um cargo de Professor Doutor, no Departamento de Física e Ciência dos Materiais do IFSC, na área de Espectroscopia óptica não linear ultra-rápida experimental.

Período de Inscrição: 14.01.2013 a 14.03.2013.

Veja o Edital na íntegra.

Requerimento de Inscrição

 

Assessoria de Comunicação

4 de janeiro de 2013

XX Simpósio Nacional de Ensino de Física

Estão abertas até ao dia 10 de janeiro as inscrições online para o XX Simpósio Nacional de Ensino da Física, um evento que decorrerá entre os dias 21 e 25 de janeiro, no Instituto de Física da USP, na cidade de São Paulo.

Depois deo_ensino_da_fsica mais de quarenta anos decorridos desde a realização do primeiro Simpósio, cabe agora ao Instituto de Física de São Paulo receber a 20ª edição deste importante evento, que se subordinará ao tema “O Ensino da Física nos últimos 40 anos: Balanço, Desafios e Perspectivas”, um momento que será aproveitado, também, para se fazer uma retrospectiva do que foi feito nas últimas quatro décadas no campo educacional e particularmente na área do ensino da física, avaliando, simultaneamente, os progressos alcançados nesse período de tempo e planejando ações futuras.

O XX Simpósio Nacional de Ensino de Física, que conta com o apoio do CNPq, CAPES e FAPESP, apresentará palestras, mesas redondas, exposições e comunicações orais, oferecendo, ainda, 32 cursos e 42 oficinas, uma programação que é especialmente dedicada a professores de Educação Básica e Educação Superior, estudantes de pós-graduação em Ensino de Física, Ensino de Ciências e Educação, bem como a professores de Física, Ciências Naturais e de Educação, vinculados a Universidades, Instituições de Educação Superior e Institutos de Pesquisa.

Para fazer sua inscrição online ou obter mais informações sobre este evento, clique no link abaixo.

XX SNEF

Assessoria de Comunicação

3 de janeiro de 2013

Escola Avançada de Biofotônica

Estão abertas as inscrições para a Escola Avançada de Biofotônica, um evento que decorrerá no IFSC entre os dias 11 e 19 de Abril próximo.

Organizada pelo CePOF – Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica e contando com o apoio da FAPESP, a Escola Avançada de Biofotônica terá como foco a discussão e BIOFOTONICA1apresentação de trabalhos focados em inúmeras temáticas relacionadas com a área de conhecimento em questão, permitindo-nos destacar a terapia fotodinâmica, diagnóstico e tratamento de algumas formas de câncer, controle microbiológico e microscopia e imagem, entre outras, estando confirmada a presença de renomados cientistas e acadêmicos oriundos dos EUA, Canadá, Grâ-Bretanha, Suécia e Itália, que enriquecerão as palestras e debates que acontecerão neste evento.

O Comité Organizador desta Escola Avançada de Biofotônica é composto pelos pesquisadores Vanderlei Bagnato, Cristina Kurachi, Lilian Moriyama e Natália Inada, todos do IFSC-USP, e ainda Denise Maria Zezell, do IPEN.

Confira no link abaixo todas as informações complementares sobre este evento, inclusive as datas limites para a inscrição e submissão de trabalhos.

ESCOLA AVANÇADA DE BIOFOTÔNICA

Assessoria de Comunicação

2 de janeiro de 2013

IFSC despede-se de 2012

A comunidade do IFSC reuniu-se no dia 21 de dezembro último em uma festa de confraternização de final de ano.

Docentes, pesquisadores, convidados, funcionários e colaboradores reuniram-se para se despedirem de 2012, já com os olhos postos em novos projetos, ideias e esperanças para 2013.

Reproduzimos, abaixo, alguns dos momentos que pautaram o referido convívio que marcou a despedida de mais um ano.

Assessoria de Comunicação

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2 de janeiro de 2013

O registro impresso dos pioneiros da física

Na última sexta-feira, 14 de dezembro, reuniram-se, no auditório do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Prof. Sérgio Mascarenhas”, docentes, ex-docentes, alunos e servidores do IFSC para prestigiar o lançamento do livro “A física em São Carlos”, de autoria de Roberto Mendonça Faria (IFSC/USP) e Francisco Rolfsen Belda (Unesp).

Na cerimônia de lançamento, que durou cerca de uma hora e meia, CAPA_DO_LIVRO-300os autores apresentaram, com um pouco mais de detalhes, os desafios e a satisfação em registrar, nas 206 páginas do livro, a memória do Instituto de Física de São Carlos, dentro de sua contextualização histórica, abrangendo, inclusive, as primeiras décadas da física no Brasil e, especificamente, na cidade de São Carlos, passando por tópicos como o intercâmbio e qualificação dos pesquisadores, as contribuições à física e a expansão da física na USP de São Carlos.

Pouco depois disso, os pioneiros da física em São Carlos que estiveram presentes no evento foram homenageados. O diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes, além de brindes personalizados do Instituto, entregou-lhes estatuetas dos “Pioneiros da Física”.

Logo após, foi feita a distribuição gratuita do livro recém-lançado aos presentes. Um coquetel, realizado no andar térreo do IFSC, encerrou o evento oficialmente.

Para conhecer a intenção do escultor da estátua “Pioneiros da Física”, Antonio de Sant’Anna Galvão Leite, clique aqui.

Veja abaixo algumas imagens do lançamento do livro.

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Assessoria de Comunicação

22 de dezembro de 2012

Quais as nossas alternativas?

Um conjunto de crenças astrológicas, teorizado há muitos anos, tem tirado o sono de uma pancada de gente, inclusive dos mais céticos. Segundo uma das profecias da antiga civilização maia, o fim do mundo tem data marcada: 21 de dezembro, quando (de acordoApocalipse com a profecia) vários eventos cataclísmicos ocorrerão simultaneamente no planeta Terra e a humanidade passará para um novo “plano espiritual”, eufemismo para extinção completa dos seres humanos.

Mesmo que diversos estudiosos ou agências espaciais tenham desmentido a profecia, brinquemos de ficção científica: se, de fato, o planeta Terra sofrer diversos abalos naturais num futuro próximo e tivermos que procurar um novo lar, quais seriam nossas opções?

Num primeiro momento, um dos planetas mais notórios nas mídias viria como alternativa imediata: Marte. A princípio, é um planeta com algumas afinidades com a Terra: tem um dia com uma duração muito próxima do dia terrestre e o mesmo número de estações. Mas, embora já tenha recebido a visita de diversas sondas espaciais e robôs, os seres humanos não conseguiriam sobreviver nele. Apesar de o planeta ser rochoso e estar a uma distância equivalente à metade da distância da Terra ao Sol, sua atmosfera é composta principalmente de dióxido de carbono e a amplitude térmica pode variar de -220º C e a 420ºC num só dia marciano, inviabilizando a existência humana. A gravidade de 3,69m/s² também traria dificuldades de manter os pés no chão, mas esse, ainda, não seria o maior empecilho para se viver no planeta: até hoje não há certeza absoluta da existência de água (só encontrada em sua calota polar) e as tempestades de areia, que podem durar meses, são muito fortes, atingindo velocidades de até 400 km/h. “Caso fosse comprovada a existência de água em Marte, poderíamos retirar oxigênio por eletrólise para respiração humana, mas, mesmo assim, ficaria difícil viver no planeta, pois sabemos muito pouco sobre ele”, explica o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP),Francisco Eduardo Gontijo Guimarães.

Chico-MarteOutro empecilho seria chegar até lá: se usássemos um avião a jato (900 km/h) para chegar ao planeta vermelho, demoraríamos por volta de 8 anos. Uma nave espacial também não seria muito rápida: levaria cerca de 8 meses para fazer o trajeto.

Uma morada alternativa pouco cogitada, porém mais conveniente, seria a Lua. Supondo que aviões a jato fizessem trajetos da Terra à Lua, demoraríamos apenas 18 dias para chegar até ela. Com um foguete, ainda menos tempo: 3 ou 4 dias. Por outro lado, a Lua apresenta alguns problemas que inviabilizariam a sobrevivência humana em seu território: em razão da gravidade muito pequena (1,6m/s²), nenhuma molécula ficaria presa à sua gravidade para formar uma atmosfera. Além disso, as variações de temperatura são muito grandes, a incidência da luz do Sol é direta e não haveria trocas de calor com a atmosfera para manter o equilíbrio térmico.

A alternativa mais plausível aos humanos, até o momento, são as estações espaciais: satélites espaciais tripulados. As que existem até hoje são equipadas com placas para captação de energia solar e algumas possuem, até, reatores nucleares para geração de energia elétrica. “Hoje, não teríamos uma estação espacial capaz de alojar parte da humanidade. Mas, no futuro, acredito que o espaço será mais acessível”, afirma Francisco.

Chico-LuaCrenças religiosas, ceticismos ou misticismos à parte, sob uma perspectiva mais racional, Francisco acredita que o fim do nosso planeta pode acontecer de outras maneiras mais lógicas, mas que, no momento, são pouco prováveis. “Temos alguns fenômenos que podem influenciar a vida na Terra. O astronômico seria um choque com algum cometa ou asteroide*. As crateras na Lua mostram que esses eventos foram corriqueiros, mas a probabilidade de ocorrer um impacto de grandes proporções na Terra é de uma vez a cada cem mil de anos. Tivemos esse evento na Terra há 65 milhões de anos, quando os dinossauros foram extintos”, explica Francisco. “Erupções vulcânicas e terremotos também poderiam causar grandes desastres, mas até hoje esses eventos não foram capazes de extinguir a vida na Terra”.

Mesmo com tantos fenômenos naturais de ordem geológica e astronômica já ocorridos no mundo, Francisco acredita que, caso a Terra e a própria humanidade sejam extintas, o culpado por isso, ao que tudo indica, será o próprio homem. No que diz respeito ao conhecimento sobre novos mundos, Francisco afirma que ainda estamos na “pré-escola”. “Se fizermos uma comparação com a época das grandes navegações europeias, ainda temos que caminhar muito para desenvolver uma técnica eficaz que nos permita habitar novos mundos. Se conseguirmos sobreviver à poluição que causamos ou às bombas atômicas que produzimos, sem extinguir a humanidade, seremos capazes de ter uma sobrevida muito maior”.

Chico-TerraInclusive, essa também é uma opinião partilhada pelo famoso físico teórico, Stephen Hawking. Como Francisco, ele acredita que poderemos ser extintos por nossas próprias ações. Numa entrevista concedida ao site Big Think, o físico relembra da crise dos mísseis em Cuba e afirma que “é provável que a frequência dessas colisões aumente no futuro. Precisamos de muito cuidado e discernimento para negociar tudo isso com sucesso”.

Num primeiro momento, portanto, provavelmente seja mais relevante que o homem saiba lidar melhor com a tecnologia que produzimos do que investir mais tempo (e dinheiro) na busca de novos mundos. Talvez a profecia maia tenha errado na previsão do fim do mundo, mas agir como se ele fosse infinito colocará um limite na duração do universo e, consequentemente, à nossa própria existência.

*7 anos atrás, Júpiter foi rompido em vários pedaços devido a um choque com um asteroide de grandes dimensões.

Assessoria de Comunicação

20 de dezembro de 2012

Confira algumas imagens

Na tarde da última quarta-feira, 19 de dezembro, decorreu a cerimônia de Colação de Grau das turmas dos cursos de Bacharelado e Licenciatura do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Docentes, amigos e familiares estiveram presentes no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, para apoiar e parabenizar os 60 recém-formados dos respectivos cursos: Bacharelado em Física, Bacharelado em Física Computacional, Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares e Licenciatura em Ciências Exatas.

A cerimônia foi oficialmente aberta pelo docente e Diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes, que compôs a mesa de honra da solenidade, que esteve composta pelos seguintes docentes: Lidério Citrângulo Ioratti Júnior (paraninfo escolhido pela turma de Bacharelado em Física), Carlos Antonio Ruggiero (paraninfo escolhido pela turma de Bacharelado em Física Computacional), Luiz Nunes de Oliveira (paraninfo escolhido pela turma de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares), André Luiz Meleiro Porto (paraninfo escolhido pela turma de Licenciatura em Ciências Exatas), Valmor Roberto Mastelaro (presidente da Comissão de Graduação), Otávio Henrique Thiemann (presidente da Comissão de Pós-graduação), José Carlos Egues de Menezes (presidente da Comissão de Pesquisa), Luiz Agostinho Ferreira (presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária) e Salete Linhares Queiroz (coordenadora do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas).

Depois de breves discursos dos componentes da mesa de honra, oradores de cada uma das turmas de formandos fizeram discursos de agradecimento e homenagens aos respectivos paraninfos. Na sequência, todos os formandos fizeram o juramento, proferindo os termos de compromisso dos cursos junto aos colegas de turma. Logo após, foi novamente a vez de Hernandes proferir a fórmula de colação de grau.

Finalizando a cerimônia, que durou cerca de duas horas, os paraninfos de cada turma fizeram um breve discurso, agradecendo aos pais e alunos pela confiança e dedicação durante o curso de graduação dos formandos. Depois disso, os alunos foram chamados para receber os certificados de Colação de Grau.

Confira, abaixo, alguns momentos da Colação de Grau do IFSC do ano de 2012.

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Legenda das fotos (por ordem):

– Abertura oficial da cerimônia, feita pelo Diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes;

– Componentes da mesa de honra durante a execução do Hino Nacional;

– Componentes da mesa de honra. Da esquerda: Salete Queiroz, Egues de Menezes, Valmor Mastelaro, Luiz Nunes de Oliveira, Lidério Ioratti Jr., Antonio Carlos Hernandes, Carlos Ruggiero, André Meleiro, Otávio Thiemann e Luiz Agostinho Ferreira;

– Docentes, amigos e familiares durante a cerimônia;

– Homenagem ao paraninfo do curso de Bacharelado em Física;

– Juramento dos formandos;

Assessoria de Comunicação

18 de dezembro de 2012

Os mitos e as verdades sobre a visão

Como muitos sabem, o processamento de imagens pelos nossos olhos é feito da seguinte forma: partículas de luz (fótons) emitidas por uma fonte de luz qualquer (lâmpadas, velas, Sol etc.), que ao bater num objeto são refletidas, atingindo nossa retina, película “fotográfica” dos olhos, indo em seguida até o cérebro, através dos nervos ópticos, no qual as imagens serão, finalmente, formadas.

Mitos_da_visoAssim como o Sol, televisões ou monitores de computador – antigos ou modernos – são objetos que também emitem fótons. E, embora a radiação emitida por eles não possa prejudicar nossa visão, alguns “contratempos ópticos” podem ocorrer. “Dependendo da distância do objeto, a lente natural do olho precisa ser ajustada. Então, músculos ciliares presentes nos olhos para realizar esse ajuste, irão deformar a lente ocular. Se o objeto estiver muito próximo dos olhos, os músculos trabalharão mais para focalizar o objeto, causando fadiga aos outros músculos que se encontram em volta do olho e dores de cabeça ao observador”, explica o docente do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Philippe Wilhelm Courteille.

Porém, entre verdades e mentiras daquilo que pode prejudicar nossa visão, os adoradores de óculos de sol a “preço de banana” devem ficar atentos: esse tipo de óculos geralmente é feito com lentes que são incapazes de refletir os raios ultravioletas emitidos pelo Sol. “As lentes dos olhos interagem com a radiação ultravioleta, ficando mais rígidas. Os óculos de sol de boa qualidade impedem que esses raios passem por suas lentes e, consequentemente, pelas lentes dos olhos. Mas, óculos de sol feitos com lentes ruins só escurecem a visão, sem filtrar os raios que penetram diretamente nos olhos”, explica PhilippMitos_da_viso-1e.

Segundo o docente, óculos de sol de boa qualidade devem bloquear os raios solares ultravioletas antes de atingir os olhos. Do contrário, estes raios podem causar lesões ou doenças oculares, como a catarata e o envelhecimento prematuro. “Óculos de sol de má qualidade podem causar o efeito inverso, não protegendo os olhos contra os raios ultravioleta e dilatando as pupilas, fazendo com que a exposição aos raios solares seja ainda maior”, afirma. “Importante também é a proteção lateral, para impedir os raios de atingir os olhos pelos lados”.

Ainda de acordo com Philipe, os óculos ideais absorvem completamente os raios ultravioletas. Quem quer proteção extra, pode, ainda, optar por óculos com lentes polarizadas, que filtram até 99% da luz refletida na horizontal.

Já no caso das televisões e monitores de computador, o vidro com que a tela será feita deve ser capaz de absorver a maior quantidade possível de fótons de luz emitidos. Nesse ponto, a modernidade nos trouxe mais segurança: as telas dos aparelhos modernos absorvem praticamente todos os fótons emitidos. “Telas antigas ou modernas não emitem radiação ultravioleta, mas somente fótons visíveis em três cores, por exemplo, vermelho, verde, azul. A retina do olho humano tem receptores diferentes para essas cores, permitindo, por recombinação, a impressão de imagens coloridas”, elucida Philipe.

Mitos_da_viso-2Outros tipos de radiação também podem prejudicar nossa visão. Aqueles que gostam de ver a “dança do prato”, no micro-ondas, também devem ficar atentos, pois nossos olhos são formados por muitas moléculas de água e as micro-ondas são responsáveis por evaporá-las. “Se ficamos muito próximos das micro-ondas, elas podem causar pequenos prejuízos”, complementa Philippe. “Em princípio, radiação no regime de micro-onda pode causar catarata. Mas, os aparelhos são seguramente blindados e não há perigo quando a porta está fechada”, ressalva.

Entre mitos e verdades sobre o que pode ou não prejudicar nossa visão, vale uma verdade (quase) universal: qualquer diferença reside na dosagem que se recebe de cada uma delas. Mas, quando se trata de qualquer tipo de radiação, fique atento: a maior parte delas é invisível e nunca se sabe a dosagem que está sendo absorvida pelo nosso organismo.

Assessoria de Comunicação

17 de dezembro de 2012

Revista THE sublinha produção científica em SP e no Brasil

A revista britânica Times Higher Education (THE), especializada em ensino superior e pesquisa, e igualmente conhecida pela edição de rankings de universidades no mundo, divulgou no dia 13 de dezembro uma reportagem que versa sobre o interesse político e acadêmico internacional nas instituições de pesquisa brasileiras e na sua crescente produção científica, no financiamento generoso oferecido a projetos e a intenção do Brasil de ocupar papel destacado no cenário acadêmico global.

De acordo com a Agência Fapesp, que cita a revista, esse interesse pode ser justificado pelos recentes cortes nos orçamentos para o ensino superior na Europa e nos Estados Unidos, bem como pela crescente capacidade de investimento do Brasil em pesquisa e desenvolvimento (P&D), que hoje supera a do Canadá e da Itália, segundo o relatório El Estado de la Ciencia 2011, da Rede Ibero-Americana e Interamericana de Indicadores de Ciência e Tecnologia (Ricyt), que inclui Espanha e Portugal, além de países das Américas.

Para a THE, esse aumento de despesas com P&D no Brasil é proporcional à duplicação do número de artigos de autores brasileiros no Science Citation Index (SCI), da Thomson Reuters, entre 1997 e 2007, que colocou o país na 13ª posição entre os maiores produtores de ciência no mundo.

A THE destaca a 158ª posição da Universidade de São Paulo na edição 2012-13 de seu ranking de universidades, relacionando-a a seu orçamento e ao apoio da FAPESP.

As três universidades estaduais públicas paulistas, com foco em pesquisa, somam uma receita equivalente a 9% da arrecadação fiscal do Estado e também se beneficiam de recursos da FAPESP, que opera com o repasse de 1% da mesma fonte.

A publicação ainda destaca a eficiência do processo de avaliação, o equilíbrio da divisão de recursos para formação de pesquisadores, a pesquisa acadêmica e para a inovação, o foco científico na biodiversidade, agricultura e bioenergia.

Em sua análise do sistema de ensino superior e da produção científica no Brasil, a Times Higher Education aponta o desequilíbrio da atividade científica entre os estados brasileiros, a pouca autonomia de um grande número de universidades públicas federais e as queixas de seus pesquisadores quanto a baixos níveis de remuneração e burocracia para importação de equipamentos científicos.

Para a revista, a internacionalização continua sendo um dos maiores desafios enfrentados pelas universidades brasileiras: nos anos 1970 e 1980, as universidades federais contavam com a possibilidade de enviar estudantes para fazer pós-graduação no exterior, mas a expansão de cursos no país limitou o intercâmbio que se procura recuperar com o Programa Ciência sem Fronteiras, que inclui a vinda de pesquisadores estrangeiros.

Questões sobre a diversidade das instituições de ensino superior, quantidade de jovens que ingressam em seus cursos, acesso de estudantes de escolas públicas e particulares ao ensino superior gratuito e a introdução do sistema de cotas também são tratadas no texto da THE.

Para ver o artigo original clique no link abaixo.

THE

Assessoria de Comunicação

14 de dezembro de 2012

A solidariedade da levedura

Histórias de mães que sacrificam a própria vida em prol da sobrevivência dos filhos não é novidade no mundo dos animais. Mas, parece que no mundo microscópico esse é um feito inédito.

LeveduraUma descoberta de pesquisadores da University of California (UCSF), que rendeu publicação na famosa revista científica, Science, mostrou que o fungo Saccharomyces cerevisiae, levedura utilizada na produção de pães, cervejas e, inclusive, etanol, ao dividir suas células, passa um número acima do necessário de mitocôndrias (órgão celular responsável pela produção de energia) à célula filha para garantir sua sobrevivência.

Normalmente, a quantidade de mitocôndrias necessária para sobrevivência de células filhas do referido fungo é proporcional ao seu volume. Mas, o que os pesquisadores da UCSF observaram é que a quantidade transmitida é extrapolada. Tendo-se em mente que, para cada geração do fungo, mais mitocôndrias são transferidas de mãe para filha, chega-se a certo ponto em que a célula mãe fica sem nenhuma mitocôndria, não conseguindo, portanto, produzir energia, e morrendo.

Tal observação, contudo, não poderia ser feita com tanta precisão pelos pesquisadores da UCSF, caso não contassem com o auxílio do Grupo de Computação Interdisciplinar (GCI) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), graças a uma parceria feita há cinco anos entre a UCSF e o IFSC, através do docente Luciano da Fontoura Costa.

Utilizando-se dos conhecimentos das três frentes de pesquisa com as quais o GCI trabalha*, Luciano e seus colaboradores – entre eles o pós-doutorando da UCSF, Matheus Palhares Viana – analisaram imagens de uma estrutura reticulada que fica em volta da mitocôndria da Saccharomyces cerevisiae e fizeram medidas geométricas (comprimento dos ramos da retícula, ângulos que formam umas com as outras, volume etc.) e topológicas (quantidades de pontos de ligação entre as retículas) de tal estrutura, com um principal objetivo: fazer comparações entre células mães e filhas, células de diferentes linhagens ou, ainda, entre células mutantes. “Nós fazemos, no computador, a reconstrução das imagens enviadas pelos pesquisadores da UCSF, com o objetivo de caracterizá-las e fazer comparações entre elas. Demoramos em torno de uma hora para análise completa de cada imagem”, conta o docente.

Para fazer tais medidMitocondria-1-as, Luciano e seus colaboradores utilizaram-se de softwares criados por eles próprios. Através desses dados, os pesquisadores norte-americanos poderão retirar informações preciosas, inclusive o motivo pelo qual as células mães da Saccharomyces cerevisiae repassam mais mitocôndrias do que o necessário para suas filhas, resposta desconhecida até o momento.

A colaboração da UCSF com o grupo de Luciano continua, mas, no momento, todas as análises de imagens solicitadas já foram concluídas. “Para nós foi muito importante trabalhar com esses pesquisadores, pois eles têm acesso a experimentos em laboratório, possibilitando sempre que novos experimentos sejam feitos, comprovando ou não as hipóteses geradas”, afirma Luciano.

Sobre a “solidariedade extra” da levedura em relação às suas filhas, a explicação, certamente, virá à tona num futuro próximo. Mas, se a razão de tal atitude seguir a mesma lógica da dos animais, os cientistas chegarão à conclusão de que o amor pelas crias e o desejo de propagação da espécie é um atributo de muitos seres vivos, inclusive dos microscópicos.

A imagem acima foi extraída da tese do ex-aluno do IFSC, Matheus Palhares Viana, que pode ser acessada através do endereço

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-23052011-082033/en.php

*Análise de Imagens e visão, reconhecimento de padrões e redes complexas

Assessoria de Comunicação

12 de dezembro de 2012

Colaboradores do INOF lançam livro

Jonh_WeinerDurante esta semana, ocorre o pré-lançamento do livro “Light-matter interaction: physics and engineering at the nanoscale” (em português, “Interação luz-matéria: física e engenharia em nanoescala”), de autoria do docente da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Frederico Dias Nunes, e do professor visitante do Grupo de Óptica (GO) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Jonh Weiner.

Nas 280 páginas que compõe o livro, os autores- ambos colaboradores do Instituto Nacional de Óptica e Fotônica (INOF), coordenado pelo docente do IFSC, Vanderlei Salvador Bagnato- discorrem sobre fenômenos físicos, plasmônica, mesoscópica, nanofotônica e outros termos relacionados ao assunto principal do livro, que lhe dá o título.

O lançamento oficial do livro está programado para fevereiro de 2013.

Sobre os autores

Frederico Dias Nunes é graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (1971), mestre e doutor em Física pela Universidade Estadual de Campinas-Unicamp (1974 e 1977). Atualmente é professor associado da UFPE no Departamento de Eletrônica Orgânica e Sistemas. Tem parceria ativa com o INOF, onde desenvolve pesquisas na área Nanoplasmônica. Para acessar seu currículo Lattes, clique aqui.

Jonh Weiner é graduado em química pela University of Pennsylvania (EUA), doutor pela University of Chicago (EUA) e pós-doutor pela Yale University (EUA). Lecionou na Maryland University (EUA), onde pesquisou como a luz poderia ser usada no controle de colisões atômicas reativas e ionizantes. Desenvolveu, também, técnicas ópticas de resfriamento e aprisionamento de átomos, o que levou a rápidos avanços na física de colisões frias. Já na Université Paul Sabatier (França), criou um grupo de pesquisa que explorou a localização espacial da luz, utilizando escalas abaixo do limite de difração convencional. Atualmente, auxilia pesquisadores do IFSC no estabelecimento de um programa experimental e computacional de pesquisa em nanociência e tecnologia óptica.

Com informações da coordenação de Difusão Científica e Inovação do Grupo de Óptica

Assessoria de Comunicação

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