Notícias

8 de janeiro de 2013

Acesso aberto às suas pesquisas

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que publicam artigos em revistas científicas, poderão passar a negociar com as editoras contratos que permitam que o material fique disponível gratuitamente em uma página da instituição, indo a sentido inverso do que hoje se pratica: muitas instituições públicas financiam pesquisas e, pesquisaquando os resultados são publicados, as próprias universidades têm de pagar para acessá-los.

A determinação do reitor João Grandino Rodas foi oficializada com a resolução n.º 6.444, publicada em 22 de outubro do ano passado e as pesquisas serão publicadas na Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP (BDPI), recém-inaugurada (www.producao.usp.br).

A iniciativa faz parte de um movimento global pelo acesso aberto à ciência, com a UNESP e UNICAMP planejando estratégias semelhantes, e outras, como a UnB – Universidade de Brasília e as Federais de Santa Catarina (UFSC) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), que já têm seus repositórios, como são chamadas essas bibliotecas online.

Segundo a diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (Sibi), Sueli Mara Soares Pinto Ferreira, em declarações ao jornal O Estado de São Paulo, a decisão já vinha sendo discutida havia alguns anos. “Dessa forma, a USP dá um retorno maior, trazendo para a sociedade o que ela investiu e, ao mesmo tempo, aumentando a visibilidade do que é produzido.”

Tudo o que é publicado na nova biblioteca digital, que já tem 30 mil registros, aparece no Google Acadêmico. “Quanto maior a presença na internet, maior a visibilidade da universidade e sua posição nos rankings. Com tanta tecnologia, há rankings que medem a presença dos estudos nas redes sociais, por exemplo”, diz Sueli.

Entra na BDPI toda a produção acadêmica, exceto teses e dissertações, que já vinham sendo publicadas em acesso aberto em teses.usp.br.

O IBICT – Instituto Brasileiro de Informação de Ciência e Tecnologia (IBICT) tem projeto para fornecer kits tecnológicos para universidades desenvolverem suas bibliotecas digitais. A USP foi uma das contempladas, sendo que em três anos foram implementados 39 repositórios institucionais. “Nossa ideia é estender essa ação para todas as universidades brasileiras”, diz Bianca Amaro, coordenadora do Laboratório de Tecnologia da Informação do IBICT.

Assessoria de Comunicação

Imprimir artigo
Compartilhe!
Share On Facebook
Share On Twitter
Share On Google Plus
Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..