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14 de novembro de 2012

A iniciação à docência no IFSC

Como mais uma ação do governo federal na tentativa de sanar o déficit de professores ao redor do país, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) é um projeto de âmbito nacional que, de acordo com seu próprio site, “visa ao aperfeiçoamento e valorização da formação de professores para Educação Básica”.

PIBIDLançado em 2007, através da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o programa chegou à USP em 2011, quando diversas Unidades aderiram a ele, incluindo o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do docente, Marcelo Alves Barros, que coordena um dos subprojetos do programa.

Como sua definição sugere, alunos de graduação de cursos de Licenciatura espalhados pelo Brasil, antes mesmo de ingressar no mercado de trabalho, através de uma bolsa de estudos, são incentivados a prosseguir na carreira de ensino. “O PIBID foi instituído para diminuir, inclusive, a evasão nos cursos de licenciatura, além de, claro, servir de incentivo à carreira docente”, explica Marcelo.

Na USP, como um todo, já existem 15 subprojetos espalhados pelos campi da Universidade, que beneficiam 251 bolsistas de iniciação à docência e 44 supervisores. No campus da USP de São Carlos, além do IFSC, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP) também está inserido no programa.

PIBID-_Rafael-1Para que o IFSC fosse incluído no PIBID, Marcelo submeteu o subprojeto Construindo e implementando sequências didáticas sobre conteúdos de física moderna e contemporânea no ensino médio, que foi aprovado pela CAPES. Sendo assim, durante sua vigência (que é de um ano, podendo ser prorrogada por mais 12 meses), alguns estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Exatas já são beneficiados pelas bolsas de iniciação oferecidas. No momento, 10 bolsistas já recebem tal benefício no IFSC, realizando trabalhos com duas escolas de São Carlos e região: E.E. Sebastião de Oliveira Rocha e E.E. André Donatoni (Ibaté-SP).

Com novas resoluções e mudanças impostas pelo Ministério da Educação (MEC), alunos de licenciatura são obrigados, hoje, a cumprir 800 horas entre estágios supervisionados e práticas de ensino. O PIBID vem, então, como complemento a essa experiência prática obrigatória. “O PIBID não é considerado estágio supervisionado, sendo que neste os alunos devem realizar somente no último ano de graduação. O PIBID abrange alunos de quaisquer anos da licenciatura. No IFSC temos bolsistas do 1º ao 4º ano”, conta Marcelo.

Embora seja um novo (e bom) estímulo aos futuros docentes, o PIBID, sozinho, não será capaz de “tapar os buracos” do ensino básico no Brasil. Mas, certamente, melhorará o quadro educacional dos primeiros anos do ensino brasileiro. De acordo com o docente da Faculdade de Educação (FE), Maurício Pietrocola P. de Oliveira, depois do PIBID ter sido instituído, o número de evasões nos cursos de licenciatura brasileiros já diminuiu.

PIBID-_Leticia-1Marcelo acredita que a grande contribuição do Programa é, justamente, inserir o futuro professor na aprendizagem in loco, desde o início do curso. “Em vez de, só no final do curso, ter contato com a prática, agora o licenciando pode, desde o início, construir o diálogo com prática e teoria ao mesmo tempo”, afirma.

Sobre o papel do coordenador de subprojeto, além do intermédio entre os alunos de licenciatura e os gestores do PIBID, Marcelo acredita que através deles os participantes têm chance de acompanhar um processo de inovação curricular. “Nosso subprojeto, em particular, visa trabalhar com a física moderna no Ensino Médio. Esse tema inovador pode ser um obstáculo a alguns professores, mas nossos alunos têm oportunidade de, ainda na graduação, entrar em contato com tais temas contemporâneos e aplicá-los em sala de aula, com ajuda dos supervisores”.

O docente afirma ainda que o PIBID é vantajoso a todos: universidade, escolas e estudantes. Se a evasão continuará diminuindo seus números, só o futuro dirá. Mas, a aproximação entre todos os atores educacionais já é destaque no novo programa e certamente os benefícios disso já podem ser sentidos por todos eles.

Alguns dos envolvidos no projeto:

Helder Eterno da Silveira (coordenador nacional)
Vinicius de Macedo Santos (coordenador institucional do PIBID/USP)
– Lúcia Helena Sasseron (coordenadora de gestão do PIBID/USP)

Assessoria de Comunicação

13 de novembro de 2012

Biblioteca digital da produção intelectual/ Portal de revistas USP

BIBLIOTECA DIGITAL DA PRODUÇÃO INTELECTUAL

A Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo (BDPI) é um sistema de gestão e disseminação da produção científica, acadêmica, técnica e artística, estruturada de forma a tornar público e acessível o conhecimento gerado pelas pesquisas desenvolvidas internamente. Tal repositório institucional contribui, assim, para o aumento da visibilidade e impacto da produção USP, a geração de importantes indicadores, além de garantir a preservação de sua memória intelectual.

No lançamento oficial, em 22 de outubro de 2012 (Resolução nº 6.444), continha mais de 20 mil documentos produzidos por docentes, alunos, servidores e pós-doutorandos da USP, publicados, exclusivamente, em revistas científicas indexadas pelo SciELO, pela Web of Science, no período de 2008-2011.

Para saber mais sobre esse repositório e como incluir sua produção, dirija-se a uma das Bibliotecas da USP ou mande e-mail para suporte_bdpi@sibi.usp.br

PORTAL DE REVISTAS USP

O Portal de Revistas USP é a biblioteca digital das revistas publicadas por unidades de ensino e pesquisa, programas de pós-graduação e núcleos de pesquisas de docentes e alunos da Universidade de São Paulo e, em alguns casos, em parceria oficial com instituições externas. O Portal está construído de forma a ser interoperável com sistemas similares nacional e internacionalmente, tais como Google Acadêmico, OASIS do IBICT/MCT, Public Knowledge Project, entre outros.

No âmbito interno, se encontra indexado pelo Portal de Busca Integrada do SIBi e ainda está interligado com a Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP de modo a transferir os metadados e o arquivo completo de todo os documentos de autores USP publicados em qualquer uma de suas revistas, observando-se o prazo de 48 horas.

Maiores informações sobre as revistas USP ou os procedimentos para inserir sua revista fale com uma das Bibliotecas USP ou mande e-mail para credenciamento@dt.sibi.usp.br

Com informações do Serviço de Biblioteca e Informação do Instituto de Física de São Carlos (SBI/IFSC)

Assessoria de Comunicação

13 de novembro de 2012

IFSC é premiado

OSA-RochesterNo final do mês passado, os estudantes do IFSC que compõe o IFSC OSA Student Chapter, conquistaram prêmio no “Frontiers in Optics“, congresso internacional promovido pela The optical society (OSA) que, este ano, foi sediado em Rochester (EUA).

Os alunos conquistaram o 1º lugar na categoria de excelência, como reconhecimento pelas atividades desenvolvidas pelo IFSC OSA Student Chapter ao longo do ano, com destaque para “Escola Avançada de Óptica e Fotônica (EAOF)”, realizada em julho.

Os_tambm_integrantes_do_IFSC_OSAAlém disso, os estudantes foram destaque em outra atividade durante o congresso, que consistiu numa exposição, onde os participantes eram desafiados a montar experimentos de óptica. De acordo com a presidente do IFSC OSA, Juliana Mara Pinto de Almeida, a “OptiBox” criada pelo grupo recebeu grande número de visitantes e foi uma das atrações mais notórias da exposição.

Sobre o OSA Student Chapter

The Optical Society (OSA) é uma sociedade internacional “onde inovações em ciência e tecnologia andam juntas”. A sociedade promove diversas atividades para os estudantes envolvidos com pesquisas em óptica e fotônica, com o intuito de favorecer seu desenvolvimento profissional e a divulgação científica, inclusive ao público leigo.

Inserido nessas atividades, está o Student chapter, que funciona como um apoio às atividades de divulgação.

No mundo, são mais de 300 Student chapters espalhados, incluindo o do IFSC, formado por 13 alunos de pós-graduação.

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2012

Magnetismo e supercondutividade em compostos intermetálicos de FeAs

Decorreu no dia 09 de novembro, no final da manhã, no Auditório Prof. Sergio Mascarenhas, mais uma edição do habitual seminário intitulado Colloquium diei, desta vez subordinado ao tema “Magnetismo e supercondutividade em compostos intermetálicos de FeAs”, apresentado pelo Prof. Dr. Pascoal Pagliuso, docente do Instituto de Física Gleb Wataghin (NUCAMP).

Em seu seminário, o Prof. Pascoal Pagliuso apresentou os recentes resultados obtidos em seu grupo, no que que concerne a monocristais supercondutores de alta qualidade de BaFe2-xMAs2 (M=Co, Cu, Ru e Ni), crescidos por uma rota inovadora usando fluxo de In.

Esses monocristais estão sendo estudados por diversas técnicas experimentais dentro do grupo de trabalho de Pascoal Pagliuso e também por colaboradores. Baseado nesses resultados, o docente promoveu a discussão de um possível cenário microscópico para a supressão da fase SDW nesses compostos, tendo feito a comparação entre o diagrama de fase dos compostos de FeAS com o caso dos férmios pesados supercondutores.

A descoberta de novos supercondutores com estrutura em camadas de planos de FeAs, trouxe ainda mais interesse na generalidade das propriedades de supercondutores com estrutura de camadas e da sua relação com a proximidade de um ordenamento magnético.

Nesses sistemas, uma fase tipo Spin Density Wave (SDW), envolvendo os spins 3d do Fe, se forma em alta temperatura para os compostos não dopados. Especula-se que a evolução desses estado SDW com pressão ou dopagem, está relacionada com o aparecimento do estado supercondutor. Além do mais, essas novas famílias apresentam exemplos de compostos similares com planos de FeAs em materiais óxidos e intermetálicos e com temperaturas críticas da mesma ordem (10 K < Tc < 55 K), colocando-se em dúvida a ideia que só materiais óxidos podem ter Tcs altos.

 

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2012

Onde a Física e a Medicina se encontram

O Instituto de Física de São Carlos (USP) vai receber, no próximo dia 13 de novembro, uma interessante palestra sobre o que pode fazer um Físico em um hospital ou clínica.

Esta palestra, intitulada Onde a Física e a Medicina se encontram: Física Médica e Neurofísica e trazida pela Profa. Gabriela Castellano, docente do Grupo de Neurofísica do Instituto de Física “Gleb Wataghin” (UNICAMP), terá lugar no Auditório Sergio Mascarenhas (IFSC-USP), pelas 19 horas, e está inserida em mais uma edição (a última de 2012) do programa intitulado Ciência às 19 Horas, promovido pelo IFSC.

A pesquisadora irá explicar como é que a Física pode auxiliar no entendimento do cérebro humano e suas doenças. Além de responder a diversas questões, como, por exemplo, se um físico médico é físico ou médico, ou como é que a Física pode auxiliar no entendimento do cérebro humano e suas doenças, este encontro irá abordar um pouco da história do entrelaçamento entre as áreas de Física e Medicina, descrevendo a profissão e áreas de atuação de um Físico Médico, profissional cuja demanda está aumentando no mercado de trabalho.

Gabriela Castellano falará ainda sobre a área de pesquisa multidisciplinar conhecida como Neurofísica, em que não só a Física e a Medicina, mas também a Biologia, Psicologia, Computação e Química se encontram para desvendar os mistérios do cérebro humano.

Este evento é aberto e tem entrada franca.

Assessoria de Comunicação

9 de novembro de 2012

Encerramento

No final da tarde de ontem, 8, houve o encerramento da 3ª edição da “Semana da Escrita Científica”. Quase 300 participantes passaram pelo auditório do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde foi realizado o evento, para participar das seis palestras ocorridas entre os dias 6 e 9 de novembro, com o intuito de conhecer melhor o gênero “escrita científica”, essencial para publicação de artigos científicos em periódicos e, sobretudo, para democratização e disseminação do conhecimento gerado nas universidades e instituições de pesquisa.

Semana_da_EscritaNa terça-feira, logo após a abertura da Semana, feita pelo docente do IFSC e presidente da Comissão de Pesquisa (CPq/IFSC), José Carlos Egues de Menezes, o docente do IFSC e coordenador da Semana, Valtencir Zucolotto, apresentou a estrutura e linguagem de artigos científicos, seguido pelo docente da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e membro da Associação Brasileira de Editores (ABEC), Luís Reynaldo Ferraciú Alleoni, que deu diversas dicas para redação de artigos científicos.

Na quarta-feira, foi vez do tecnologista sênior do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Hélio Kuramoto, falar sobre a comunicação científica no terceiro milênio, abordando temas como a crise dos periódicos ocorrida a partir dos anos 80 e as dificuldades dos pesquisadores em publicar suas pesquisas. Na sequência, foi a vez do docente do Departamento de Engenharia dos Materiais (DEMa), Edgar Zanotto, discorrer sobre experiência nos periódicos “Materials research” e “Journal of Non-Crystalline Solids da Elsevier Publishing Co.”.

Finalmente, na quinta-feira, o fechamento se deu com as palestras da bibliotecária da Escola de Enfermagem (EE/USP), Juliana Takahashi, especialista em organização e administração de bibliotecas públicas, seguida pela palestra do docente e vice-diretor do IFSC, Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, com a palestra “Uso da linguística de corpus no aprendizado da escrita científica em inglês”.

Aqueles que não puderam comparecer ou participar da Semana da Escrita Científica ainda têm a chance de interagir com o tema. Diversos mini cursos e materiais que tratam da Escrita Científica podem ser acessados e baixados através dos seguintes endereços:

www.nanomedicina.com.br/minicursos

www.escritacientifica.sc.usp.br

twitter.com/writingpapers

Assessoria de Comunicação

9 de novembro de 2012

Como aprender e ensinar ao mesmo tempo

Se o ensino de física nas escolas de ensino médio tem deixado a desejar nos últimos anos, alguns professores (e futuros professores) estão dispostos a mudar esse quadro. Uma iniciativa da docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Cibelle Celestino Silva, apoiada por estudantes de seu grupo, coloca, lado a lado, professores do ensino médio e superior em busca de novos métodos para melhorar o ensino nas escolas.

CibelleAtravés de um curso, realizado entre maio e julho deste ano, professores do ensino médio foram preparados para trabalhar em parceria com centros de ciência, ou seja, participar ativamente das atividades de ensino em espaços não formais, o que não acontece normalmente. “Durante as visitas aos centros de ciência, no nosso caso, o Observatório “Dietrich Schiel” e o CDCC [Centro de Difusão Científica e Cultural da USP], os professores levam os alunos e acompanham a visita de longe. Por isso, raramente existe conexão entre o que é ensinado em sala de aula e o que é visto nos centros”, relata Cibelle.

O projeto em questão tem como temática a física solar, uma vez que o Sol propicia trabalhar com diversos fenômenos físicos. Levando-se também em consideração que no Observatório é possível fazer diversos experimentos relacionados ao astro, a temática é ideal, e com um “plus”: explora conceitos atuais da física.

De acordo com Cibelle, durante a capacitação, os conteúdos foram trabalhados de forma casada com o que é ministrado em sala de aula. “No curso, passamos aos professores participantes conteúdos relacionados à espectroscopia, física solar etc. Num segundo momento, os professores trarão os alunos até o Observatório para colocar em prática o que eles próprios aprenderam”.

James Colemam Alves, professor de física da Escola Estadual “Joaquim Toledo de Camargo” (Itirapina-SP) e um dos participantes do curso, quando questionado sobre o motivo de sua participação no projeto, afirma que o gosto pela física é o primeiro deles. “Tudo o que posso fazer para ensinar melhor física, eu faço!”, responde o professor (e ex-aluno do curso de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC). Ele faz questão de destacar a temática escolhida pelos idealizadores do projeto. “O elemento Sol estar envolvido é o que mais faz meus olhos brilharem”.

Cibelle-1Mesmo entusiasmo compartilha o professor da Escola Estadual “João Pires de Camargo” (Araraquara-SP), Rodrigo Corrêa dos Santos. Também motivado pelo gosto pela física, o professor acredita que cursos como esse são uma das ferramentas capazes de trazer uma nova maneira de ensinar física em sala de aula. “Hoje, o ensino é muito concentrado em sala de aula e não há mais como prender a atenção dos alunos, utilizando-se apenas lousa e giz”, afirma.

Dessa forma, o projeto vai ao encontro das expectativas dos professores, uma vez que consiste, justamente, em levar os estudantes a outros locais de ensino para obterem a vivência prática da teoria passada em sala de aula.

Meses depois…

Encerrado o terceiro trimestre do ano, os professores regressaram ao Observatório, mas dessa vez com companhia extra. Para dar continuidade ao projeto-piloto idealizado por Cibelle, James e Rodrigo trouxeram seus alunos para participar de atividades relacionadas à física solar, e o resultado – não surpreendente – foi mais entusiasmo por parte dos alunos e professores, inclusive em sala de aula.

Como já era parte do plano, levar os alunos para visitar o Observatório serviu para concretizar a ideia de trazer novas possibilidades ao ensino de física, inclusive em espaços formais. “Como eu já tinha conhecimento das atividades possíveis de serem realizadas no Observatório, direcionei minhas aulas a esse conteúdo, para que os alunos já viessem preparados”, conta James.

Com entusiasmo, ele menciona as atividades práticas que realizou em suas aulas, adaptando aquilo que viu no curso de capacitação aos instrumentos que tinha em mãos na escola. “Algo que acontece com os professores, depois de vários anos dando aulas, é que eles se fecham para o novo. O curso de capacitação serviu para abrir nossos olhos a novas possibilidades”.

Com Rodrigo não foi diferente. Além de ter adaptado certas atividades observadas durante o curso de capacitação em sala, ele confessa que seu maior aprendizado, como educador, e do dia em que realizou o curso de capacitação até o presente, foi ver crescer a vontade de criar novos projetos que facilitem o ensinamento e aprendizado de física. “Vemos que, hoje em dia, a sala de aula não vem sendo suficiente para motivar os alunos. E, diferente do que muitos pensam, um aluno ‘difícil’ não é o indisciplinado, mas aquele que não tem interesse em aprender”, conta. “A importância da participação ativa do aluno, atualmente, está ainda mais evidenciada”.

Esforço coletivo

Elementos essenciais para o sucesso do projeto, o doutorando Pedro D. Colombo Júnior e a aluna de iniciação científica Angélica Cristina Porra, aluna do último ano do curso de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC, ambos orientandos de Cibelle, souberam correr atrás (quase no sentido literal do termo) para que o projeto desse certo. Durante o curso de preparação docente conseguiram trazer docentes universitários de renome para ministrar palestras aos participantes e montaram alguns dos equipamentos na Sala Solar, utilizados para trabalhar os conteúdos envolvidos na física solar, como um espectroscópio que permite visualizar as linhas de absorção do Sol e um painel de lâmpadas utilizado para comparar os espectros de emissão de diferentes tipos de lâmpadas. Durante as visitas dos alunos ao Observatório, ministraram aulas. Com colaboração dos professores formularam uma apostila, com conteúdo voltado à física solar, englobando todos os tópicos discutidos durante o curso de preparação, com a inserção de atividades práticas e experimentais, além de exercícios a serem resolvidos pelo aluno que, no futuro, utilizará a apostila.

Pedro, que escreve uma tese de doutorado com a temática voltada ao Ensino de Física em espaços não formais e a parceria com o ambiente escolar, terá como referência os resultados atingidos pelo projeto para inserir em sua pesquisa. Adotando a estratégia pedagógica de sequência de ensino e aprendizagem, um de seus objetivos é desenvolver, junto aos professores, um material apropriado para ser utilizado em sala de aula, que contemple a parceria “educação formal e não formal” com vista a inserção de Física Moderna a partir da Física Solar em sala de aula. “Estamos buscando inovação curricular e para isso vimos a necessidade de, além da preparação docente, preparar um novo material para os professores trabalharem em sala de aula”, conta. “A aplicação desse conteúdo, do novo material e de sua inserção em sala de aula, tem mostrado um ganho cognitivo muito grande na aprendizagem dos alunos”.

Cibelle-3Angélica conta que o contato com professores, alunos e a oportunidade de colocar a “mão na massa” não são coisas corriqueiras durante o curso de Licenciatura. “Tive estágios supervisionados, mas nunca havia ministrado uma aula. Foi muito bom o contato com os outros professores! A experiência de trabalhar em conjunto foi muito importante”, diz.

Ela relembra comentários dos alunos que visitaram o Observatório, acompanhados pelos professores do curso de capacitação. “Já tive alunos que me disseram, ‘Nossa, a visita está sendo muito bacana! Que pena que vai terminar’. Ouvir isso de um aluno é muito gratificante, especialmente pelo fato de poder mostrar a esse e a outros um novo lado da física”.

Sobre as dificuldades encontradas no projeto – ainda em andamento -, Pedro diz que a primeira delas foi encontrar professores dispostos a participar do curso. “Logo na primeira etapa do trabalho convidamos muitos professores para participar. Encontramos apenas sete interessados, sendo que só quatro fizeram a preparação até o final, e destes, dois estão aplicando os novos conhecimentos em sala de aula para 140 alunos do 3º ano do Ensino Médio”.

E, enquanto o projeto caminha, alunos, professores e futuros professores já enxergam bons resultados. No entanto, enfrentar as inúmeras dificuldades é a parte complicada. A torcida é que para a iniciativa seja copiada por outros educadores, espalhando assim um novo olhar para todas as disciplinas que já há muito tempo constam nas grades curriculares, mas que cada dia despertam menos o interesse e atenção dos estudantes.

Na 1ª imagem, alunos durante visita ao Observatório “Dietrich Schiel”, observando os espectros de lâmpada de vapor de sódio. Na 2ª imagem, durante o curso de preparação docente realizado no meio do ano. Na 3ª imagem, uma das turmas de alunos que fizeram visita no Observatório, dentro do projeto de capacitação docente.

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2012

Materiais Nanoestruturados e suas aplicações na área de conversão e armazenamento de energia

Decorreu no dia 08 de novembro, pelas 16h30, no IFSC, mais uma edição de “Café com Física”, desta vez com a participação da Profa. Ana Flávia Nogueira, docente do Instituto de Química da UNICAMP, que discorreu sobre o tema “Materiais Nanoestruturados e suas aplicações na área de conversão e armazenamento de energia”.cafe250

Células solares de TiO2/corante e células celulares orgânicas (ou células solares de terceira geração – 3G) ocupam, atualmente, uma posição de destaque no âmbito de dispositivos fotovoltaicos e fotoeletroquímicos para a conversão de energia solar em eletricidade.

As razões pelas quais essas tecnologias – que surgiram há pouco mais de 20 anos – se tornaram uma das áreas mais pesquisadas e que têm recebido grande atenção por parte de pesquisadores e investidores, é simplesmente devido ao baixo custo, fácil preparação e possibilidade de construir módulos solares totalmente flexíveis e em diversas formas.

Ambas as células celulares podem ser facilmente preparadas a temperatura ambiente por métodos de evaporação (casting), spin-coating, roll-to-roll.

Os materiais nanoestruturados mais empregados baseiam-se em nanopartículas esféricas, nanotubos e nanorods de óxidos metálicos, como TiO2 e ZnO (dopadas ou não), nanopartículas de CdS, CdSe, PbS, nanotubos de carbono, fulerenos e, mais recentemente, o grafeno, entre outros.

Compósitos entre esses materiais também têm sido muito empregados com sucesso, devido ao aumento nas propriedades óticas e de transporte.

Neste seminário, a Profa. Ana Flávia Nogueira apresentou os resultados mais recentes obtidos nos laboratórios da UNICAMP, envolvendo ambas as células, bem como o estado da arte na área das células solares envolvendo o uso de nanopartículas.

 

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2012

Pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Espectroscopia Vibracional Biomédica – UNIVAP

Em mais um Seminário do Laboratório de Biofotônica, que decorreu no dia 08 de novembro, no IFSC, a palestrante convidada foi a Profa. Juliana Ferreira Strixino, docente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade do Vale do Paraíba – IPD-UNIVAP -, São José dos Campos.

Neste seminário foram abordados os trabalhos de pesquisa na área de Engenharia Biomédica, envolvendo terapia fotodinâmica aplicados na microbiologia e câncer, FTIR, nanossondas para diagnóstico do P. brasiliensis, Raman Confocal na oncologia e estética, desenvolvidos nos Laboratórios de Espectroscopia Vibracional Biomédica – LEVB.

A palestrante convidada possui graduação em Ciências Biológicas Modalidade Médica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000), e Mestrado e Doutorado em Ciências Médicas pelo departamento de Patologia Experimental e Comparada da Universidade de São Paulo (2003 e 2007).

Tem experiência na área de Biofísica, com ênfase em Radiologia e Fotobiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: terapia fotodinâmica, neoplasias, fotossensibilizadores, pele, fígado e espectroscopia de fluorescência.

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2012

Universidade de Cambridge – UK

A Universidade de Cambridge, no Reino Unido, através do Departamento de Física Winton Programme for the Physics of Sustainability, oferece bolsas de estudos para pós-doutorados em Física da Sustentabilidade, com início em outubro de 2013.

O apoio cobrirá as despesas com encargos da universidade, além de oferecer um valor de 13.590 libras por ano para gastos de manutenção e contribuição para gastos em pesquisa.

A seleção está aberta a candidatos de outros países, havendo alguma expectativa da referida universidade em relação a candidatos oriundos do Brasil.

Os candidatos devem trabalhar em uma área relacionada à Física da Sustentabilidade e devem ter um supervisor em um departamento de Física.

Os interessados devem preencher o formulário de interesse disponível em www.winton.phy.cam.ac.uk/expression-of-interest-form-2013 e enviá-lo para o e-mail winton@phy.cam.ac.uk até o dia 4 de dezembro de 2012.

Mais informações sobre a bolsa podem ser obtidas com o Prof. Patel, gerente do Programa na Universidade de Cambridge, pelo e-mail nlp28@cam.ac.uk.

Uma proposta de pesquisa com duas páginas deverá ser enviada após requisição até 14 de fevereiro de 2013.

Mais informações sobre o programa: www.winton.phy.cam.ac.uk/directory/scholars.

 

Assessoria de Comunicação

7 de novembro de 2012

IFSC com saúde

Com o objetivo de estimular a realização de exercícios físicos pelos membros da comunidade do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Comissão Gespública de Gestão da Qualidade e Produtividade do Instituto lança o IFSC com Saúde.

O novo programa será realizado aos sábados, das 7h30 às 9h30, no “Parque do Kartódromo”, onde os membros irão se reunir para fazer atividades físicas, como caminhada, alongamento e corrida, sob orientação da personal trainer, Juliana Araújo, que passará exercícios adaptados às necessidades de cada participante.

O “Parque do Kartódromo” fica localizado na Avenida Liberdade, 2150,no bairro Jardim Paulistano.

Para mais informações, basta enviar e-mail ao endereço qualifsc@ifsc.usp.br.

 

Assessoria de Comunicação

7 de novembro de 2012

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de Outubro, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) do lado direito da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisadores do IFSC, no periódico Physical Review B.

Producao-outubro-12Assessoria de Comunicação

7 de novembro de 2012

Conversando sobre Óptica e Fotônica

Um papo descontraído que favoreceu não só o encontro de amigos, mas cujo foco principal foi também atrair os estudantes mais novos do Instituto, tudo em volta de um tema comum – óptica e fotônica.IMG_0939_1

Foi este o mote para o evento que decorreu no dia 06 de novembro, no Hall do Grupo de Fotônica, onde ex-alunos do curso de Física do IFSC deram a conhecer diversas particularidades sobre a Habilitação em Óptica e Fotônica, áreas do conhecimento que contribuem grandemente para o desenvolvimento da ciência nacional, onde o Instituto de Física de São Carlos ocupa um lugar relevante.

Estiveram presentes, como oradores convidados, Diego Lencione, funcionário do Instituto de Química de São Carlos, Marcelo Vivas e Paulo Ferreira, ambos Pós-Doc do IFSC, perante uma audiência atenta e entusiasmada.

Este evento foi organizado pelo IFSC OSA – Student Chapter.

 

Assessoria de Comunicação

6 de novembro de 2012

Elipsometria de emissão para alguns materiais

Decorreu no dia 06 de novembro, no período da tarde, um seminário especial subordinado ao tema “Aplicação da técnica de elipsometria de emissão para caracterização de materiais luminescentes’, apresentado pelo Dr. Paulo Alliprandini Filho, Pós-Doc no Grupo de Polímeros do IFSC.IMG_7830

Neste evento, Alliprandinni Filho mostrou alguns resultados relativos à técnica da elipsometria de emissão para alguns materiais, como, por exemplo, MEH-PPV em solução e sistemas líquido-cristalinos.

A elipsometria de emissão é uma técnica que permite, de maneira simples e precisa, obter os parâmetros de Stokes da luz emitida por uma amostra, a partir dos quais é possível descrever completamente o estado de polarização da luz emitida por uma amostra.

Através deste estado de polarização e dos parâmetros de Stokes, utilizando excitação seletiva, consegue-se inferir a respeito de processos de transferência e/ou difusão dos portadores de carga, da anisotropia dos filmes, bem como calcular o fator de anisotropia e de assimetria da emissão; ou seja, consegue-se uma completa caracterização de materiais luminescentes.

Assessoria de Comunicação

6 de novembro de 2012

O grande educador

Sempre envolvido com a educação e preocupado em difundir a ciência, fosse onde fosse. Ao passar os olhos rapidamente pelo Currículo Lattes de Dietrich Schiel, é possível visualizar uma quantidade expressiva de realizações, especialmente na área de difusão e divulgação científica.

Ter sido coordenador e vice-coordenador de projetos como “Instrumentação para o Ensino Interdisciplinar das Ciências da Natureza e da Matemática”, “Educação Ambiental na Escola Reciclagem de Plásticos”, “Rede de Ensino de Física a Distância” e “Educação e Sociedade: melhoria do ensino básico de ciências na América Latina”, só para citar algumas de suas contribuições, mostra que sua vontade de transmitir conhecimento era tão grande quanto sua paixão pelas ciências.Libero-Schiel-1

Embora de origem alemã, Dietrich optou pela vida acadêmica brasileira, especificamente, na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), onde se graduou em física no ano de 1964. Logo depois disso, retornou à Alemanha para ficar por quinze anos e voltar ao Brasil com o título de doutor, conquistado na Technische Universitat Stuttgart.

Foi logo depois disso que sua ambição pela divulgação da ciência ganhou mais força. “Voltei ao Brasil sentindo uma necessidade ética de contribuir para educação do meu país”, afirmou o pesquisador em entrevista concedida à editora Brasiliana (Fundação Oswaldo Cruz). E levou a vontade a sério.

Fundou o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP), em 1980 (permanecendo na diretoria do Centro até 2003), o Observatório Astronômico (que, em 2011, recebeu seu nome) e a Experimentoteca (abrigada no CDCC). Foi o consultor para a implantação do Museu de Ciência e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e para o museu no InstitutHernandes-Schiel-1o Astronômico e Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP), além de uma infinidade de projetos que coordenou e idealizou até anos recentes.

Mesmo envolvido com a difusão e divulgação da ciência, Schiel nunca deixou de lado a pesquisa. Além de seus trabalhos expressivos em física da matéria condensada, coordenou o Laboratório de Aplicação e Desenvolvimento do programa TIDIA da FAPESP, de ensino a distância. Publicou 23 artigos completos em periódicos, sete livros e apresentou quase 80 trabalhos em congressos.

Aprigio-4Em 27 de outubro, o grande e dedicado educador despediu-se da vida. Suas iniciativas, realizações e, sobretudo, seu esforço e dedicação já estão marcados na história brasileira e o legado deixado pelo docente, certamente, será eternizado por seus seguidores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

5 de novembro de 2012

Associação dos ex-alunos do IFSC

A Associação de Ex-Alunos do IFSC – AlumnIFSC – convida os interessados para participar do “II Encontro Anual da AlumnIFSC”, a ser realizado no dia 08/12/2012 (sábado), a partir das 10h.

Informamos que a taxa de adesão será R$20,00 e deverá ser depositada no Banco do Brasil, agência: 3062-7, conta corrente: 22.505-3, em nome de Luis G. Marcassa, e o comprovante do depósito encaminhado para o e-mail alumni@ifsc.usp.br.

A confirmação de presença poderá ser efetuada pelo telefone (16) 3373-8676, das 13h às 18h, ou pelo endereço eletrônico alumni@ifsc.usp.br até 23/11/2012.

ALUMNIFSC2012

 

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2012

Inspiração aos futuros acadêmicos

É muito comum alunos universitários realizarem parte de seus estudos no exterior, seja na graduação ou na pós-graduação. Um pouco mais incomum é que os estudantes não retornem ao seu país de origem e fixem raízes no país estrangeiro onde realizaram parte de seus estudos.

Brasil-SuiaPara o ex-aluno do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Nicolau Beckmann*, a possibilidade mais “incomum” foi abraçada e, desde 1986, quando saiu do Brasil rumo à Universidade de Basel (Suíça), para fazer seu doutorado em Biofísica, fixou-se na Suíça, onde hoje exerce as funções de chefe do laboratório de imagens médicas do Instituto Farmacêutico Novartis e de professor livre docente no Biocentro da Universidade de Basel.

Porém, antes de lançar uma carreira acadêmica no exterior, Nicolau completou sua graduação e mestrado no IFSC e, dessa época, tem muitas recordações que guarda claramente, embora tenha ingressado no Instituto há 33 anos.

Mas, como o catarinense nascido em Joinville veio parar no interior de São Paulo? Ele conta que, na época, por recomendação de professores do ensino médio, visitou três institutos de física e, ao visitar o então IFQSC (Instituto de Física e Química de São Carlos), sentiu uma atmosfera mais familiar. “Então, inscrevi-me na FUVEST, tendo como primeira opção a física em São Carlos. Passei no vestibular e comecei minha graduação no IFQSC em 1979”, relembra.

Ao chegar ao Instituto, já se deparou com algo que marcou sua graduação: professores da USP e metalúrgicos do ABC estavam em greve, algo que Nicolau nunca tinha, sequer, ouvido falar. “Em 1978, os estudantes de São Carlos tinham perdido um ano da graduação e o clima de apreensão estava no ar. Quando entrei, as coisas só ficaram mais calmas no segundo semestre de 1979”, conta.

Porém, mais marcante do que esse fato foi um seminário que participou, ministrado pelo famoso físico brasileiro, Mário Schemberg, no qual Mário trazia a hipótese de o futuro da física estar na biologia. “Esta frase me marcou muito, talvez até hoje, e acabou desempenhando um papel muito importante em minhas decisões profissionais futuras”, afirma o pesquisador.

Sobre seu trabalho e pesquisas desenvolvidos na Suíça, Nicolau afirma que, para que se tenha sucesso, é preciso amar o que se faz. Ele destaca a ajuda que teve, ainda quando estudante, do ex-docente do IFSC, Horácio Panepucci, e dos docentes suíços, Joachim Seelig e Markus Rudin, além dos pesquisadores, Richard Ernst e Geoffrey Bodenhausen. “Eles tiveram paciência ao deixar-me aprender coisas novas por tentativa e erro. Quando cheguei na Suíça não tinha ideias fixas ou pré-concebidas. Errar é humano e estimula a reflexão”.

NicolauAinda sobre sua experiência no exterior, ele confessa que, ao sair do Brasil, em 1986, tinha receio de não conseguir acompanhar o ritmo do exterior. “Naquela época, a atitude que tínhamos era muito crítica em relação a nossa capacidade, como brasileiros, frente aos colegas dos países desenvolvidos. Mas, tanto na Alemanha, onde estive durante um ano, quanto na Suíça, esse receio foi logo dissipado pois me senti rapidamente integrado nos grupos. Ninguém dava muita importância ao fato de eu ser brasileiro e, no máximo, ouvia comentários sobre futebol e carnaval”, relembra.

Nicolau chama atenção para o espírito de trabalho encontrado na Suíça, exemplificando com um fato. “No Biocentro, onde fiz o doutorado, todos os laboratórios eram – e continuam sendo – abertos, por motivos de segurança, em casos de incêndio, por exemplo. Isto é, uma só porta de ingresso dá acesso a todos os laboratórios. Apesar disso, nunca ouvi histórias sobre o experimento de alguém ser destruído por motivos de inveja ou competição. Acho que, por um lado, os suíços têm um orgulho salutar de resolver os desafios por esforço próprio, ao invés de prejudicar os outros. Por outro, a atitude geral dos professores é de distribuir o trabalho no laboratório, de maneira que cada membro contribua com sua parte no projeto. Isto é, estimula-se o pensamento em grupo ao invés da competição entre os estudantes. Isto me ajudou muito a valorizar colaborações dentro e fora do grupo”.

Quando questionado sobre eventuais arrependimentos de sua vida acadêmica, Nicolau diz que não mudaria quase nada. “O caminho trilhado foi muito importante, tanto no Brasil quanto fora. Tudo contribuiu para o desenvolvimento de minha personalidade”, afirma. “Trabalho no meio acadêmico e empresarial e acho que, de certa forma, isso é um privilégio, pois o fato de tentar contribuir para o desenvolvimento de novas terapias é uma motivação muito forte para mim”, explica Nicolau, referindo-se às pesquisas que realiza na Novartis, usando técnicas de imagens para estudar o desenvolvimento de doenças e o efeito de fármacos experimentais.

Nicolau diz que não faz uma visita ao IFSC há mais de 15 anos, mas desde a última, confessa que as maiores mudanças que notou foram o crescimento do Instituto e a ausência de alguns professores. Ele mantém contato com alguns docentes do IFSC que foram seus colegas de graduação, como Osvaldo Novais de Oliveira Jr., Tito José Bonagamba e Gonzalo Travieso, mas confessa que já passou da hora de fazer uma visita ao IFSC, e pretende fazê-la em uma de suas próximas visitas ao Brasil. E finaliza com a seguinte mensagem: “Desejo aos colegas e estudantes do IFSC muito sucesso e alegria em suas atividades. O caminho pode ser rugoso, mas vale a pena ser trilhado”.

*entrevista concedida ao site Alumni do IFSC; imagem cedida pelo docente e ex-aluno do IFSC, Nicolau Beckmann

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2012

Concurso de Imagens em Ciências da Vida

Em setembro passado, o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/USP) abriu inscrições para o Concurso Internacional de Imagens de Ciências da Vida. O concurso foi aberto a qualquer pessoa do Brasil e exterior e teve como objetivo fazer a divulgação de imagens das ciências da vida.

Em 22 de outubro, uma comissão avaliadora, formada por docentes da USP e representantes da Carl Zeiss, reuniu-se e escolheu as melhores fotos inscritas no concurso.

O aluno de pós-doutorado do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP), Alessandro Cosci, foi contemplado com o 1º lugar pela imagem que intitulou de “IntoTheDermis-2”. Como prêmio, o pesquisador ganhou uma viagem para conhecer o Demo Center da empresa Carl Zeiss.

O docente do Departamento de Física e Ciência dos Materiais (FCM) do IFSC, Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, em colaboração com a aluna de doutorado do Grupo de Cristalografia, Wanessa Fernanda Altei, recebeu menção honrosa por sua imagem “MORTOcancer&esqueletoVIVO”, conquistando o 7º lugar na competição.

Para visualizar as imagens premiadas, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2012

Pesquisadores do IFSC conquistam prêmios relevantes

Os Profs. Adriano Andricopulo e Rafael Victório Guido, pesquisadores pertencentes ao Grupo de Cristalografia do IFSC, foram distinguidos com dois relevantes prêmios atribuídos pela Divisão de Química Medicinal da SBQ – Sociedade Brasileira de Química, no decurso da sexta edição do BrazMedChem – Simpósio Brasileiro de Química Medicinal (com espectro internacional), que decorreu na cidade de Canela (RS),

A Rafael Guido foi entregue o “Prêmio Jovem Talento”, enquanto que a Adriano Andricopulo foi entregue o “Prêmio Pesquisador de Vanguarda”.DOCENTES_IFSC_-_BRAZMEDCHEM_2012

A atribuição destes prêmios aos dois pesquisadores do IFSC, que desenvolvem seus estudos nas áreas de Química Medicinal e Planejamento de Fármacos, premeia todo o trabalho que os mesmos têm feito ao longo do tempo.

Para Rafael Guido, certamente que este prêmio é um reconhecimento ao trabalho que o mesmo tem desenvolvido ao longo dos últimos anos, na sua área de pesquisa – Química Medicinal e Planejamento de Fármacos -, com destaque para as doenças infecciosas, como a Malária, Doença de Chagas, Esquistossomose, Tuberculose.

Por outro lado, o “Prêmio Pesquisador de Vanguarda”, atribuído a Adriano Andricopulo, é mais um importante reconhecimento público e institucional que se junta à extensa lista de premiações e distinções relativas aos seus estudos e pesquisas relacionados, igualmente, com Química Medicinal e Planejamento de Fármacos, com ênfase em Cinética Enzimática e Mecanismo de Reações, Estudos de SAR, Modelagem Molecular e Métodos de QSAR, Triagem Virtual e Ensaios Bioquímicos, Modelagem In Silico de Propriedades Farmacocinéticas e Padronização e Validação de Ensaios Biológicos, igualmente tendo como foco o desenvolvimento de novos fármacos para combater as denominadas doenças negligenciadas.

Assessoria de Comunicação

31 de outubro de 2012

Alunos de diversas escolas estaduais participam de mini cursos

No mês de outubro, alunos do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas estiveram no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), participando de mini cursos sobre Física, atividade inserida na disciplina de Prática de Ensino de Física, ministrada pelo docente, Marcelo Alves Barros. “Os alunos da própria disciplina é que ministraram os mini cursos. Essas atividades estão inclusas como parte do estágio supervisionado da disciplina”, explica o docente.

Durante dois encontros, realizados nos dias 6 e 20 de outubro, das 8 às 12 horas, os participantes – alunos das Escolas Estaduais de São Carlos “Esterina Placo”, “Juliano Neto”, “Conde do Pinhal”, “Sebastião de Oliveira Rocha” e “André Donatoni” (esta última do município de Ibaté/SP) – puderam trabalhar com os temas de “Física de Partículas” e “Raios Cósmicos”, realizando atividades teóricas e práticas.

Marcelo-_prtica_de_fsicaNo último encontro, entretanto, realizado no dia 27, por pedido da docente do IFSC, Yvonne Primerano Mascarenhas, que mantém uma parceria de ensino com Marcelo, o aluno de iniciação científica do Laboratório de Difusão Científica (LaDiC), José Guilherme Lício (orientando do docente do IFSC, Antonio Carlos Hernandes) ministrou uma palestra sobre Nanociência e Nanotecnologia. “Não podemos restringir o conhecimento a um grupo fechado de pessoas. Essas palestras são ótimas ocasiões para divulgarmos aquilo que sabemos”, afirma o aluno.

Yvonne, que esteve presente na palestra de José Guilherme, afirma que mini cursos deveriam existir, inclusive, em maior número. “Nosso Instituto tem diversas atividades de difusão com foco nos jovens, como o 1Dia. Infelizmente, temos uma carência enorme de professores de Física, Química e Matemática, e despertar vocações é fundamental”.

Ela finaliza dizendo que muitos talentos são perdidos pela falta de oportunidade de os jovens terem o contato com o meio científico e que iniciativas, como os mini cursos coordenados por Marcelo, são muito valiosas nesse sentido e devem ser continuamente incentivadas.

Assessoria de Comunicação

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