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14 de novembro de 2012

A iniciação à docência no IFSC

Como mais uma ação do governo federal na tentativa de sanar o déficit de professores ao redor do país, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) é um projeto de âmbito nacional que, de acordo com seu próprio site, “visa ao aperfeiçoamento e valorização da formação de professores para Educação Básica”.

PIBIDLançado em 2007, através da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o programa chegou à USP em 2011, quando diversas Unidades aderiram a ele, incluindo o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do docente, Marcelo Alves Barros, que coordena um dos subprojetos do programa.

Como sua definição sugere, alunos de graduação de cursos de Licenciatura espalhados pelo Brasil, antes mesmo de ingressar no mercado de trabalho, através de uma bolsa de estudos, são incentivados a prosseguir na carreira de ensino. “O PIBID foi instituído para diminuir, inclusive, a evasão nos cursos de licenciatura, além de, claro, servir de incentivo à carreira docente”, explica Marcelo.

Na USP, como um todo, já existem 15 subprojetos espalhados pelos campi da Universidade, que beneficiam 251 bolsistas de iniciação à docência e 44 supervisores. No campus da USP de São Carlos, além do IFSC, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP) também está inserido no programa.

PIBID-_Rafael-1Para que o IFSC fosse incluído no PIBID, Marcelo submeteu o subprojeto Construindo e implementando sequências didáticas sobre conteúdos de física moderna e contemporânea no ensino médio, que foi aprovado pela CAPES. Sendo assim, durante sua vigência (que é de um ano, podendo ser prorrogada por mais 12 meses), alguns estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Exatas já são beneficiados pelas bolsas de iniciação oferecidas. No momento, 10 bolsistas já recebem tal benefício no IFSC, realizando trabalhos com duas escolas de São Carlos e região: E.E. Sebastião de Oliveira Rocha e E.E. André Donatoni (Ibaté-SP).

Com novas resoluções e mudanças impostas pelo Ministério da Educação (MEC), alunos de licenciatura são obrigados, hoje, a cumprir 800 horas entre estágios supervisionados e práticas de ensino. O PIBID vem, então, como complemento a essa experiência prática obrigatória. “O PIBID não é considerado estágio supervisionado, sendo que neste os alunos devem realizar somente no último ano de graduação. O PIBID abrange alunos de quaisquer anos da licenciatura. No IFSC temos bolsistas do 1º ao 4º ano”, conta Marcelo.

Embora seja um novo (e bom) estímulo aos futuros docentes, o PIBID, sozinho, não será capaz de “tapar os buracos” do ensino básico no Brasil. Mas, certamente, melhorará o quadro educacional dos primeiros anos do ensino brasileiro. De acordo com o docente da Faculdade de Educação (FE), Maurício Pietrocola P. de Oliveira, depois do PIBID ter sido instituído, o número de evasões nos cursos de licenciatura brasileiros já diminuiu.

PIBID-_Leticia-1Marcelo acredita que a grande contribuição do Programa é, justamente, inserir o futuro professor na aprendizagem in loco, desde o início do curso. “Em vez de, só no final do curso, ter contato com a prática, agora o licenciando pode, desde o início, construir o diálogo com prática e teoria ao mesmo tempo”, afirma.

Sobre o papel do coordenador de subprojeto, além do intermédio entre os alunos de licenciatura e os gestores do PIBID, Marcelo acredita que através deles os participantes têm chance de acompanhar um processo de inovação curricular. “Nosso subprojeto, em particular, visa trabalhar com a física moderna no Ensino Médio. Esse tema inovador pode ser um obstáculo a alguns professores, mas nossos alunos têm oportunidade de, ainda na graduação, entrar em contato com tais temas contemporâneos e aplicá-los em sala de aula, com ajuda dos supervisores”.

O docente afirma ainda que o PIBID é vantajoso a todos: universidade, escolas e estudantes. Se a evasão continuará diminuindo seus números, só o futuro dirá. Mas, a aproximação entre todos os atores educacionais já é destaque no novo programa e certamente os benefícios disso já podem ser sentidos por todos eles.

Alguns dos envolvidos no projeto:

Helder Eterno da Silveira (coordenador nacional)
Vinicius de Macedo Santos (coordenador institucional do PIBID/USP)
– Lúcia Helena Sasseron (coordenadora de gestão do PIBID/USP)

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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