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17 de novembro de 2011

Simpósio em Ciências e Engenharia de Materiais realiza palestras no IFSC

Ocorreu na manhã deste dia 17 de novembro, no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas do IFSC, a abertura oficial do Simpósio em Ciência e Engenharia de Materiais (SICEM), do Programa Interunidades da USP São Carlos. Esta é a 14ª edição do evento, que ocorre anualmente desde 1998, como uma organização dos próprios alunos do programa com o apoio da Comissão de Pós-Graduação. O objetivo, segundo os organizadores, é estreitar as relações entre os professores e alunos das três unidades participantes do programa (IFSC, EESC e IQSC).

O SICEM é uma ótima oportunidade para os alunos do programa, que podem apresentar seus trabalhos e discuti-los com especialistas em diversas áreas, ampliando sua visão e buscando novas idéias que viabilizem seus projetos e aprimorem seus resultados.

Na abertura, tomou a palavra a Prof. Dra. Lauralice Canale, presidente da Comissão de Pós-Graduação Interunidades em Ciência e Engenharia de Materiais, e também Victor Luiz Barioto, da secretaria de Pós-Graduação do mesmo programa, ambos enfatizando a importância do crescimento de um programa com estas características e apontando vias possíveis de contribuição. Na sequência, teve início a primeira palestra do evento, ministrada pelo pesquisador Celso Valentim Santilli, do Instituto de Química da Unesp de Araraquara, com o tema: “Como o conhecimento da estrutura pode inspirar o desenvolvimento de novos materiais funcionais?”.

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O evento será realizado entre os dias 17 e 18 de novembro, com apresentação de pôsteres no salão social do CAASO e palestras ministradas no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas. Para ter acesso à programação na íntegra, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

17 de novembro de 2011

Informática em favor da minoria

LabMacambiraO advento do Linux, núcleo de sistema operacional, criado em 1996, pelo finlandês Linus Torvalds, é um marco bem conhecido no desenvolvimento de programas de computador chamados de software livre. Este compreende, classicamente, quatro liberdades: a de executar o programa por qualquer motivo, a de acessar o código-fonte para estudá-lo e modificá-lo e redistribuir copias do programa e suas modificações.

Desde o Linux, um número maior de desenvolvedores de software, incluindo profissionais, estudantes e, principalmente, amadores, passou a desenvolver programas livres para atender aos mais diversos objetivos. O “Lab Macambira”, composto por artistas e programadores, com experiência acumulada pelo desenvolvimento da cultura digital no país, guiou-se pela criação de programas que atendessem a interesses da população, buscando, portanto, suprir demandas sociais, no que se refere, principalmente, ao acesso à tecnologia e informações essenciais a essas comunidades.

A base de tudo foram projetos de software livre e aberto, como o próprio Linux, o projeto BSD e a Free Software Foundation (FSF), pontos de partida aos desenvolvedores para criar tais programas.

Utilizando-se do Linux como alicerce para criação dos programas- já que sem um sistema operacional, não poderíamos acessar a internet, ou mesmo escrever um texto-, desenvolvedores de software livre e articuladores, através do contato com diversas comunidades, passaram a perceber as necessidades destas últimas e criar programas de computador que pudessem auxiliá-las na resolução de alguns problemas, principalmente de cunho social.

Mas, de que maneira?

As demandas partem não somente de população de baixa renda. Populações indígenas e quilombolas compõem algumas das comunidades com as quais os desenvolvedores têm contato e buscam produzir tais softwares. O Lab Macambira possui um levantamento geral de demandas, através do contato com essas comunidades, e a partir delas [demandas] são desenvolvidos os softwares como, por exemplo, um programa de georeferenciamento, para demarcar áreas geográficas onde as comunidades quilombolas e indígenas habitam. “Muitas pessoas da comunidade morreram nos últimos anos, simplesmente porque muitos fazendeiros as expulsaram de suas terras e não há provas para mostrar que essas comunidades locais as habitavam”, conta Renato Fabbri, aluno de doutorado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e um dos idealizadores do Lab Macambira.

Outro exemplo de aplicação desenvolvida pelo Lab veio tratar das conferências sobre os direitos da criança e do adolescente, um assunto de imensa proporção. “Se ocorresse um levantamento transparente e verdadeiro, feito pelos órgãos públicos, os dados seriam assustadores, logo isso tende a ser mascarado, inclusive por instituições privadas. De que maneira? Transformando a conferência em algo artificialmente lúdico, por exemplo. No final, apenas poucas pessoas fazem a deliberação, montando um documento e postando em algum local na Web. Dificilmente o documento será encontrado por alguém”, elucida Renato.

A saída para esse problema foi criar a “Conferência Permanente”, plataforma digital em código aberto para conferências sobre os Direitos das Crianças e dos Adolescentes do Estado de São Paulo, onde as pessoas, que fazem parte das conferências, se cadastram e, através de espaços disponibilizados para fóruns, postagem de fotos e demais dados, atualizam os usuários sobre o andamento das deliberações, bem como sobre as últimas novidades das resoluções propostas.

“Ágora Communs” é um outro exemplo, programa que viabiliza deliberações on line- escutas e levantamentos de demandas da sociedade. “Como o código para criação dessa plataforma está todo on-line, o Lab encoraja sua distribuição. Inclusive, o ‘Ágora’ deu origem ao ‘Delibera’, que atualmente está em uso pela ONU* em mais de 90 países”, conta Renato.

Seguindo a trilha de pão contemporânea

A exploração do audiovisual – junção de som, imagem e vídeo – pelos desenvolvedores também ganha destaque nos software criados. “A população precisa ser capaz de gerar conteúdo, e, como acreditamos na tecnologia aberta, trabalhamos na geração de ferramentas livres para criação audiovisual”, explica o doutorando. Segundo ele, essa é uma forma pela qual a população pode ser capaz de se apropriar de tecnologia verdadeiramente.

LabMacambira-1Os códigos abertos para expansão e melhoramento desses softwares, e a criação de outros, são publicados sob uma licença. Assim, assegura-se que os novos códigos criados e utilizados sejam também livres. É a tecnologia sob domínio público, mas sempre tendo-se em mente manter as quatro liberdades. Dessa forma, todos têm acesso ao que foi criado, podendo, assim, fazer melhoras contínuas.

O “Lab Macambira”, atualmente, conta com 15 membros em dedicação diária, 12 sendo desenvolvedores, além de diversos colaboradores, onde se incluem cientistas sociais, designers, artistas e jornalistas.

O trabalho do “Lab Macambira” é feito de forma autônoma, com auxilio de diversas fontes por prestação de serviço e colaboração. Diversos pontões de cultura digital investiram nesta frente de desenvolvimento de software livre, e, mais recentemente, o pontão de cultura digital “Nós Digitais”** apóia o grupo para ampliá-lo e mobilizá-lo. “Desde que foram criados por Gilberto Gil, enquanto ministro da cultura, os pontões souberam utilizar suas verbas de maneira inteligente, e muitas pessoas têm sido beneficiadas”, afirma Renato, que finaliza dizendo que “é muito mais legal viver ajudando outras pessoas”.

Para aqueles com interesse em um contato mais próximo com o projeto e seus integrantes, na próxima semana, o Espaço Macambira será parte integrante do Festival Contato, que acontece a partir do dia 14 de novembro, em São Carlos ou no início de dezembro, onde o Lab marcará presença no Festival  Internacional de Cultura Digital, que será sediado no Rio de Janeiro.

Para conhecer melhor o “Lab Macambira”, os programas desenvolvidos, seus membros e outras informações, clique aqui.

*Organização das Nações Unidas

**entidades da sociedade civil que estabelecem convênios com o Ministério da Cultura

Assessoria de Comunicação

16 de novembro de 2011

Última palestra do ano aborda potencial transformador da ciência

No próximo dia 22 de novembro, o tradicional ciclo de palestras “Ciência às 19 horas”, promovido mensalmente pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), encerra seu ano letivo apresentando a última palestra deste ano de 2011.

O “Ciência às 19 horas” é um ciclo de divulgação científica que há mais de seis anos trabalha em palestras destinadas à difusão de conhecimento para a população em geral. Por esta razão, a última palestra do ano pode ser considerada uma discussão sobre o próprio objetivo que incentiva o trabalho dos organizadores, e também um balanço geral do trabalho feito ao longo deste ano.

A edição da próxima terça-feira, 22, a ser apresentada pelo renomado médico e cientista Miguel Nicolelis, tratará do tema “A ciência como agente de transformação social”, apontando o potencial da ciência básica e aplicada de contribuir com o desenvolvimento de regiões menos favorecidas. Mais especificamente, Nicolelis discorrerá sobre uma iniciativa que, desde 2003, coordena institutos de pesquisa independentes em áreas estratégicas do Brasil para desenvolver, além de pesquisa de nível mundial, ações educacionais e sociais. A Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa (AASDAP) atualmente integra, na região Nordeste, dois centros de pesquisas em neurociências, um centro de saúde voltado a cuidados materno-infantis e um centro de educação científica com três unidades.

A palestra de Nicolelis será realizada às 19 horas do dia 22 de novembro (terça-feira), no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas do IFSC-USP. O “Ciência às 19 horas” é gratuito e não necessita de inscrição prévia. Toda a comunidade está convidada.

http://www.ciencia19h.ifsc.usp.br

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Assessoria de Comunicação

14 de novembro de 2011

Gérard Moss recebe Comenda de Membro do Império Britânico

O engenheiro suíço, naturalizado brasileiro, Gérard Moss, idealizador do projeto denominado RIOS VOADORES – cujo objetivo é estudar os cursos de água atmosféricos que transportam umidade e vapor de água da Bacia Amazônica para outras regiões do Brasil – vai ser condecorado pela Rainha de Inglaterra, Elizabeth II, em cerimônia que decorrerá na próxima sexta-feira, dia 18 de novembro, no Palácio de Buckingham, em Londres.

Recordamos que Gérard Moss esteve já no IFSC em novembro de 2010, onde ministrou a palestra intitulada “RIOS VOADORES: O PAPEL DA FLORESTA AMAZÔNICA NO CLIMA BRASILEIRO”, no âmbito do programa CIÊNCIA ÀS 19 HORAS.

O projeto de Gérard Moss foi matéria de destaque em diversos programas transmitidos pela BBC, tendo o engenheiro levado palestras a 286 escolas britânicas, com cursos para cerca de 19 mil alunos, daí o reconhecimento da rainha por seu trabalho.

Recordamos que o projeto RIOS VOADORES é coordenado pelo Prof. Éneas Salati, com o apoio da Petrobrás.

 

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2011

Professor de música da USP recebe Grammy Latino

Gustavo Silveira Costa, professor do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP) acaba de receber prêmio de melhor álbum de música clássica do Grammy Latino 2011.

O prêmio concedido foi em virtude do álbum “Brazilian Guitar Quartet plays Villa-Lobos”, composto pelo Quarteto Brasileiro de Violões, grupo do qual Gustavo é um dos integrantes juntamente com os músicos Everton Gloeden, Tadeu do Amaral e Luiz Mantovani.

Clique aqui para ver um vídeo sobre o CD “Brazilian Guitar Quartet plays Villa-Lobos”

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2011

Confira algumas fotos

Foi encerrada hoje, 11 de novembro, a 2ª edição da “Semana da Escrita Científica” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

O evento, sediado no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, contou com a participação de diversos alunos e estudantes de várias Unidades da USP, bem como de outras Universidades.

Foram mais de 400 inscritos e sete mini-cursos, ministrados entre 9 e 11 de novembro, por docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para visualizar algumas fotos do evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2011

Pesquisador do IFSC fala sobre rumos da Física no século XXI

Após um recesso devido a semanas de eventos e feriados, o Colóquio IFSC voltou à ativa na manhã desta sexta-feira, 11 de novembro, recebendo um pesquisador da casa para ministrar palestra. O professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior dissertou sobre os desafios e oportunidades para a Física no século XXI, com o objetivo, segundo ele próprio, de instigar a reflexão dos alunos e pesquisadores ali presentes.

O Professor Osvaldo tem relações com o IFSC há muitos e muitos anos. Atualmente docente do Grupo de Polímeros, completou sua graduação no próprio Instituto, em 1982. Hoje ele sustenta o significativo número de 376 artigos publicados, com mais de 500 citações e 4 registros de patente. Ainda assim, modestamente, o pesquisador chamou sua palestra de “pretensiosa”, afirmando que nesta ocasião quebraria uma das regras do fazer científico (“sempre falar menos do que se sabe”), falando sobre aquilo que estaria além de seu conhecimento, com o intuito de provocar os presentes e chamar a atenção para os rumos da ciência, já reproduzindo em sua fala uma das necessidades mais relevantes do século XXI: a expansão das fronteiras do conhecimento.

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Assim, ele discorreu sobre aquilo que chamou de 4º paradigma da ciência, a saber, a ECiência – a ciência que se utiliza de postulados empíricos, teóricos e computacionais, em uma era onde há uma enorme quantidade de informação online, de forma acessível e barata. Porém, o pesquisador enfatizou a diferença entre informação e conhecimento, uma diferença que, segundo ele, deve ser transformada em similaridade, a fim de democratizar e universalizar de fato os dados de pesquisas e o conhecimento daí proveniente.

Para ilustrar, Osvaldo falou sobre o papel dos físicos na contemporaneidade e citou o exemplo de sensores e biossensores, área em que é especialista, mais especificamente de modelagem molecular, apresentando vias de se melhorar a performance da análise de dados em grandes quantidades.

A próxima edição do Colóquio será no dia 18 de novembro, às 10h30, no Auditório prof. Sérgio Mascarenhas, apresentando o Prof. Fernando Haas, da UFPR, que intitulou sua fala como “Uma breve introdução aos plasmas quânticos”.

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2011

A Física e as doenças negligenciadas: o exemplo da esquistossomose

As doenças negligenciadas são um grupo de doenças tropicais, endêmicas – concentradas em um determinado espaço –, que se manifestam especialmente entre as populações mais pobres da África, Ásia e América Latina. Entre estas doenças, as mais conhecidas são a leishmaniose, a doença de Chagas, a hanseníase, a raiva, a esquistossomose, a dengue e a doença do sono.

Apesar de algumas das doenças negligenciadas serem consideradas prioritárias para a Organização Mundial da Saúde, todos os anos, essas doenças fazem aproximadamente um milhão de vítimas fatais. Isso porque as medidas preventivas e o tratamento para algumas dessas doenças até são conhecidos, mas não são disponíveis justamente nas áreas mais pobres do mundo.

esquistossomaDentre estas doenças, destaca-se a esquistossomose, por ser a forma de parasitose mais grave, matando milhares de pessoas por ano. Diferentemente dos parasitas causadores da maioria das doenças negligenciadas, como a doença de Chagas, a Raiva ou a Leishmaniose, que são causadas por vírus ou por organismos unicelulares, o Schistosoma mansoni é um parasita multicelular, visível a olho nu, que circula na corrente sanguínea. Por essa razão, o Schistosoma está constantemente exposto à ação do sistema imunológico de seu hospedeiro, mas ainda assim, resiste bravamente às investidas contra si. A esquistossomose acaba sendo uma infecção crônica, existindo relatos de pessoas que padeceram durante décadas desta enfermidade.

Atualmente, há um medicamento indicado para o tratamento da esquistossomose, considerado bastante eficaz e barato, custando apenas US$ 0,20 por pessoa por ano. Por que, então, a doença não é erradicada? O problema fundamental é que a droga apenas elimina a forma adulta do parasita, mas o meio ambiente ainda continua contaminado. As cercarias continuam vivas, contaminando ambientes aquáticos. Sem modificar este ambiente, o ser humano voltará a ser infectado.

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Além disso, o fato de existir apenas um medicamento contra uma enfermidade torna grande a possibilidade de que o organismo causador adquira imunidade contra o próprio medicamento. É um grande risco que, com o uso constante desta droga, acabe se selecionando formas resistentes contra ela. Desta forma, é um dos grandes desafios da saúde humana atualmente desenvolver, de maneira eficaz, um tratamento e, sobretudo, uma prevenção contra a doença.

esquis_itchNeste sentido, há uma série de projetos contemporâneos, nas mais diversas áreas do conhecimento, engajados na resolução deste problema, e também de várias outras doenças negligenciadas. No Instituto de Física de São Carlos, há pesquisas sendo desenvolvidas relativas à Doença de Chagas, à Leishmaniose e, também, à Esquistossomose. O docente Ricardo de Marco, do grupo de Biofísica Molecular “Sérgio Mascarenhas”, se dedica aos estudos do genoma e do transcriptoma do parasita, além de proteínas importantes na sua relação com o hospedeiro, tendo feito descobertas inéditas no último ano.

Duas facetas da pesquisa

Na primeira linha de pesquisa, De Marco desenvolve um estudo bioinformático do genoma e do scriptoma deste parasita. Com isso, um dos principais objetivos é entender a organização do genoma do parasita, o que significa dizer que um dos focos da pesquisa são elementos de transição, elementos autônomos que vão criando várias cópias de si dentro do genoma. “É quase como se fosse um parasita dentro do genoma”, compara o pesquisador.

Segundo De Marco, quando a ciência descobriu estes elementos no genoma, pesquisadores de fato acreditaram se tratar de um parasita dentro do genoma. Entretanto, ao comparar com outros organismos, percebeu-se que todos os eucariontes têm estes elementos e que eles têm um caráter parasitário mas ao mesmo tempo existe a hipótese de que eles gerem uma dinâmica dentro do genoma.

No caso específico do Schistosoma, analisando a evolução de seu genoma, De Marco viu que a atividade destes elementos é muito grande em termos de transcrição. Daí decorre a hipótese de que seu funcionamento oferece certa flexibilidade evolucionária ao parasita, até porque sobrevive em um ambiente com alta pressão evolutiva, exposto ao sistema imune do ser humano. “Para o Schistosoma, é extremamente necessário ter um genoma que se modifique com o passar do tempo”, reflete o pesquisador. E completa: “Isto é negativo, por um lado, já que a probabilidade de ter indivíduos com defeitos nos genomas morrendo é maior, mas do outro lado tem-se a facilidade para se adaptar a desafios do ambiente em que vive, o que significa uma vantagem em termos de população do parasita”.

Do ponto de vista da ciência aplicada, esta descoberta pode vir a prejudicar as expectativas de erradicação do parasita e consequentemente da doença, já que a população dos parasitas se torna mais heterogênea, com indivíduos diferenciados em seu genoma. “Mesmo havendo um tratamento mais eficaz, há alguma probabilidade de que uma parcela da população sobreviva aos efeitos do medicamento, devido às características diferenciadas, e posteriormente se reproduza novamente”, explica De Marco.

Uma segunda etapa desta pesquisa relacionada ao Schistosoma mansoni é a análise informática de transcritos de genoma. Em uma colaboração com São Paulo, o trabalho é o sequenciamento do RNA – o ácido ribonucleico, uma molécula em cadeia simples com estrutura semelhante ao DNA que existe na célula como produto direto dos genes –, utilizando sequenciadores de última geração que oferecem uma quantidade enorme de dados. A nível molecular, para entender o organismo do parasita, a primeira coisa a ser feita é caracterizar os genes. Nisso, já houve grandes avanços, com relevantes projetos contando com importante participação brasileira, e hoje os transcritos do parasita são descritos muito mais facilmente. No entanto, ainda existe uma lacuna, lacuna esta que o esforço de sequenciamento do grupo de De Marco tenta suprir.

Uma outra faceta do trabalho relacionado ao Schistosoma mansoni é o trabalho com proteínas que estão envolvidas na relação entre parasita e hospedeiro. Ricardo de Marco, com a colaboração de grupos do IQ-USP e da University of York (Inglaterra), descreveu de maneira inédita um grupo de genes que possuem exons (regiões codificantes do RNA mensageiro, que compõem o gene com os íntros, as regiões não codificantes do RNA m) muito pequenos, denominados micro-exons (ver artigo aqui). Este sistema genético complexo nunca havia sido descrito em nenhum organismo e permite a produção de proteínas secretadas pelo parasita que possuem alto grau de variação. O Schistosoma é o único organismo que teve esta classe de genes descrita. O interessante deste sistema é que o parasita pode retirar qualquer um dos exons ali presentes e isso forma uma nova proteína sem afetar o resto da proteína, que permanece idêntica. “Isso é um mecanismo de variação proteica”, explica De Marco. “Outros parasitas como a tripanosoma também possuem mecanismos de variação antigênica, mas utilizando mecanismos completamente diferentes – mecanismos clonais, com várias cópias do mesmo gene – mas nada igual ao schistosoma”, completa. A hipótese a partir destas constatações é de que esse mecanismo de variação de proteínas esteja relacionado de alguma forma com mecanismos de variação antigênica e estas, por sua vez, sejam uma forma de fugir do sistema imunológico do hospedeiro. É uma hipótese bastante viável pois uma das formas do sistema imunológico combater os ataques ao corpo humano é mobilizar anticorpos, e esses anticorpos são produzidos através do reconhecimento de algumas partes de proteínas. Se a proteína está sempre variando, o sistema imunológico não sabe quais anticorpos produzir, e o parasita vai dominando o corpo cada vez mais.

Esta etapa do trabalho, agora, tem como objeto privilegiado estas proteínas. “Queremos saber como é a estrutura destas proteínas, tentamos reproduzi-las, investigar se interagem com proteínas humanas e assim desvendar qual é exatamente seu papel na relação parasita/hospedeiro”, explica o pesquisador.

E a Física?

A Física está presente nestas pesquisas com uma série de princípios que regem o funcionamento dos equipamentos mais importantes utilizados no sequenciamento dos genes em questão. Por exemplo, em alguns estudos específicos de proteínas, é necessário emitir algum tipo de radiação para interagir com a proteína, ou verificar o quanto ela fica carregada ou como ela faz um percurso ao passar por um campo magnético, para medir certas propriedades. “A Física é uma ferramenta muito importante, até para mim, que não sou Físico de formação, para perceber dados específicos em sistemas biológicos”, explica De Marco.

Pesquisa básica

Muito antes de um conhecimento tornar-se um bem prático, um benefício aplicado diretamente na sociedade, ele precisa ser inteiramente investigado e desvendado dentro de centros de pesquisa – esta é a chamada pesquisa básica. Nesta etapa da pesquisa, a preocupação fundamental é examinar detalhadamente o objeto de pesquisa, exame que, apesar de não ter um fim prático específico como objetivo imediato, é fortemente inspirado pelas necessidades observadas na sociedade. A pesquisa com o parasita causador da esquistossomose, por exemplo, não procura desenvolver de fato uma droga, ou um tratamento, para a doença, mas seu potencial é incalculável. “Ninguém cria um medicamento contra um organismo sem entender este organismo”, afirma o pesquisador. Entender a atuação de um parasita pode, inclusive, ampliar o entendimento do ser humano sobre seu próprio sistema imunológico, já que o Schistosoma domina e controla facilmente as investidas do corpo do hospedeiro contra si. “Se algum dia a medicina conseguir controlar o sistema imunológico do ser humano da mesma maneira que este organismo controla, poderíamos resolver problemas como a rejeição de órgãos transplantados ou de qualquer tipo de implantes, só para citar alguns exemplos”, comenta De Marco.

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Esta pesquisa é um importante primeiro passo para a evolução do entendimento desse mal que acomete a humanidade, e pode ter uma continuidade muito significativa para a ciência mundial. Afinal, “a ciência se constrói com acúmulo de conhecimento”, afirma o pesquisador. É quando as peças do quebra-cabeça se encaixam que é possível criar uma utilidade prática para a sociedade comum, do ponto de vista da ciência aplicada. E os resultados significativos da ciência básica, por um lado, criam grande expectativa na sociedade, e por outro, incentivam a investigação mais profunda de muitos outros tópicos que permanecem obscuros para a humanidade, dentro do mundo acadêmico.

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2011

Confira edital para Técnico de Gráfica

O Serviço de Pessoal do IFSC divulgou na manhã desta sexta-feira, 11, o edital de abertura de concurso público para o preenchimento de 1 vaga de Técnico de Gráfica (Grupo Técnico 1A) e outras que surgirem durante o prazo de validade do mesmo.

Para ter acesso ao edital, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2011

Conheça os três indicados à vice-diretoria do IFSC

Por erro, iniciamos esta noticia da seguinte forma: “Em votação ocorrida em 10 de novembro, durante toda manhã, docentes e representantes dos servidores técnico-administrativos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) indicaram para o cargo de vice-diretor o docente, Osvaldo Novais de Oliveira Júnior”, quando, na verdade, a informação correta é a seguinte:

O Colégio Eleitoral, composto por membros da Congregação e dos Conselhos Departamentais do IFSC, definiu na manhã de hoje (10) os três nomes que compõem a lista tríplice na eleição para Vice-Diretor do IFSC: Prof.Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, Prof.Dr. Tito José Bonagamba e Prof. Richard Charles Garratt.

No primeiro escrutínio foi eleito o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, com 26 votos. No segundo escrutínio, nenhum nome obteve a maioria absoluta de votos. No terceiro, os Profs. Tito José Bonagamba e Richard Charles Garratt obtiveram 17 e 13 votos, respectivamente.

A lista já foi encaminhada ao Magnífico Reitor, que escolherá um dos nomes para ocupar o cargo.

Clique no nome dos indicados para acessar seus respectivos currículos:Osvaldo-1

 

 

 

Osvaldo Novais de Oliveira Júnior

 

Tito 

 

 

  Tito José Bonagamba

 

Richard  Richard Charles Garratt

 

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2011

Mídia local destaca Semana de Recepção dos Calouros do IFSC

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), depois de ser reconhecido, por unanimidade, pelo júri do Grupo de Trabalho Pró-calouro da Pró-Reitoria da USP, como Unidade que melhor recepcionou seus calouros, em 2011, ganhou destaque no jornal da EPTV (afiliada da rede Globo em São Carlos e região).

O docente do IFSC, Valmor Roberto Mastelaro, foi o entrevistado da matéria- que falou sobre a nova resolução do Ministério da Educação (MEC) de acompanhar mais de perto os trotes que alunos do ensino superior brasileiro têm praticado nas Universidades.

Para assistir à reportagem, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2011

Grande número de participantes assistiu aos dois mini-cursos ministrados no segundo dia do evento

Semana-3Dando continuidade à “II Semana da Escrita Científica” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), às 14 horas, teve início o mini-curso “Como escrever bons artigos científicos: estrutura e linguagem”, que contou com uma plateia numerosa.

Ministrado pelo docente do IFSC, Valtencir Zucolotto, que discorreu sobre diversos tópicos importantes para escrita do artigo científico, como descrição de estilo e linguagem, Zucolotto também enfatizou a importância do artigo para a vida do pesquisador e da própria sociedade. “O artigo científico é o produto da pesquisa e a maneira de divulgar os excelentes resultados conseguidos por ela”, afirmou.

Após um breve coffee break, os participantes retornaram ao auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, onde o evento está sendo realizado, para o segundo e último mini-curso do dia, “Gestor de referências: ZOTERO”, ministrado pelos docentes, Jandira Ferreira de Jesus Rossi (UFSCar) e Renan Carvalho Ramos (Unesp).

A “II Semana da Escrita Científica” terá seu encerramento amanhã, 11 de novembro, com o mini-curso “O que acontece com o artigo após a submissão”, que será ministrado pelo docente do IFSC, Osvaldo Novais de Oliveira Jr. e terá início às 14 horas, novamente no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”.

Assessoria de Comunicação

9 de novembro de 2011

Por que ele é tão importante para pesquisadores e sociedade?

Semana_da_EscritaO que um artigo científico tem em comum com prosa ou poesia? Praticamente duas características: são definidos como gênero textual e possuem um formato específico e muito bem definido. Mas, diferente dos dois últimos gêneros, conhecidos por quase todas as pessoas, especialmente no mundo literário, o artigo científico (AC) é protagonista, em grande parte das vezes, somente na vida de pesquisadores e, paradoxalmente, a maioria de seus autores ainda não sabe como escrevê-lo corretamente. “Professores universitários, por exemplo, são contratados para ensino, pesquisa e extensão. Enquanto pesquisadores, seu produto final deve ser a divulgação dos excelentes resultados obtidos em suas pesquisas. É justamente através do artigo científico que isso será feito”, explica Valtencir Zucolotto, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e responsável por ministrar cursos sobre Escrita Científica, há seis anos.

Condição sine qua non para criação de um artigo científico, de acordo com o docente, é ter uma resposta: se a ideia ou hipótese inicial sugerida na pesquisa foi respondida e uma tese ou metodologia foi criada, é hora de passá-la para o papel. “Mas, isso não significa, necessariamente, que você já terá suporte necessário para escrever o artigo científico. Você precisa saber como escrevê-lo”, afirma o docente.

Do básico ao essencial

Diferente do pensamento de muitos, o artigo científico não é um simples texto onde será relatado o resultado de uma hipótese estudada. Existem padrões, não só ao que se refere à gramática, mas ao formato, que deve ser muito bem definido.

Dentre os formatos possíveis para um AC, um deles refere-se à extensão: comunications ou letters têm, no máximo, duas páginas; o artigo regular– o mais conhecido e mais utilizado pelos acadêmicos- se divide em tópicos (resumo, introdução, experimento, resultados e discussões, conclusões e referências) e tem uma média de 5 a 10 páginas. Finalmente, os artigos de revisão são aqueles onde diversos autores escrevem sobre um tema específico, e tem, em média, 30 a 40 páginas. “Para cada um desses casos, existe uma estrutura. Por isso, na hora de escrever um artigo, essa é a primeira definição a ser feita, para que o autor esteja atento ao formato que deve ser seguido”, exemplifica Zucolotto.

Com a pesquisa em mãos e o formato definido, o que será descrito deve ser inédito. O avanço da pesquisa e sua contribuição devem estar claros. Nem toda pesquisa poderá “se tornar” artigo científico se não atender a essas premissas. Além disso, os resultados ou ideias devem estar muito bem organizados e inteligíveis. “O que editores de grandes revistas querem são publicações significativas de trabalhos, não importa a qual área pertença”, afirma o professor.

Como se fazer entender?

Zuco-1Mesmo que o formato esteja perfeito e dentro dos parâmetros exigidos, se o AC não for bem explicado, pode ir por água abaixo. Afinal, como dar valor àquilo que não pode ser compreendido? Mas, cuidado: fazer-se entender não significa abdicar de alguns termos técnicos e muito menos da boa gramática. De acordo com Zucolotto, duas palavras definem um bom artigo científico: clareza e concisão. “A linguagem técnica não deve ser deixada de lado, mas deve ser escrita de uma maneira fácil e correta. Sem clareza e concisão, o artigo pode até vir a ser publicado, mas não causará impacto nos leitores”.

Depois de alguns anos ministrando cursos de escrita científica, Zucolotto conta que a maior dificuldade dos brasileiros, especificamente, é, justamente, não conseguir visualizar o artigo científico como um gênero literário. “Se a pessoa não conseguir compreender o formato daquele documento, ela não conseguirá escrevê-lo, mesmo que seu inglês e sua gramática sejam impecáveis”.

O ponto em comum

Tal desconhecimento tem uma razão: falta de cursos que orientem sobre a escrita científica. Consciente desse problema, a USP tem dado atenção ao assunto. Muitas iniciativas vêm sendo tomadas pela Universidade, através da Pró-Reitoria de Pesquisa e, uma delas, é o oferecimento dos, tão importantes, cursos de orientação para escrita de publicações científicas. Zucolotto é um exemplo: foi contratado para coordenar workshops de capacitação para professores de várias Unidades da USP, durante o segundo semestre de 2011.

Para um pesquisador, o AC é parte de seu trabalho. Em algum momento, ele deverá escrevê-lo, utilizando-se de bom senso e preocupando-se com a qualidade daquilo que será redigido. “O parâmetro mais fácil para se medir o impacto dos artigos diz respeito às revistas científicas que darão conhecimento ao mesmo. As áreas experimentais têm mais artigos publicados, primeiro pelo grande número de revistas e depois pela quantidade de pesquisas abertas”, conta o docente.

A sociedade, por outro lado, só pode ter conhecimento daquilo que é estudado e desenvolvido por cientistas através desses artigos. O conhecimento não pode ficar restrito ao ambiente acadêmico. “O primeiro passo para melhoria da qualidade de vida do ser humano é a divulgação das pesquisas científicas. Com isso, será possível pensar em maneiras melhorá-la, efetivamente”, finaliza Zucolotto.

Oportunidade de ouro

Na próxima semana, a partir do dia 9 de novembro (quarta-feira), o IFSC inaugura a “2ª Semana da Escrita Científica”, da qual toda comunidade pode participar (embora o público-alvo seja, especialmente, pesquisadores).

Além de tutoriais, a Semana discutirá, fortemente, os plágios e fraudes em ciências, de maneira geral, e ferramentas para evitá-los.

A programação contará com diversos mini-cursos, ministrados por especialistas no assunto, incluindo docentes de outras Universidades e do próprio IFSC. Clique aqui para acessar o site do evento e inscrever-se .

Assessoria de Comunicação

9 de novembro de 2011

Evento conta com mais de 400 participantes

Aconteceu, em 9 de novembro, a abertura da “II Semana de Escrita Científica” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

O evento, iniciativa da Diretoria e Biblioteca do IFSC, teve mais de 400 inscritos, e trará diversos mini-cursos, com diferentes temáticas, todas relacionadas à importância da escrita científica, assim como suas vertentes.

A abertura da Semana foi feita pelo diretor da Unidade, o docente, Antonio Carlos Hernandes, junto ao coordenador da Semana, o docente, Valtencir Zucolotto.

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Hernandes defendeu a importância da divulgação científica e da produção científica em língua estrangeira. Discorreu, também, sobre a internacionalização da Universidade, através de intercâmbio entre alunos e professores, estes últimos sendo metas do IFSC, no sentido de ministrar cursos aos alunos do Instituto.

Ainda no dia 9, estão programados três mini-cursos, que serão ministrados por docentes de outras Universidades. No dia 10, o próprio Zucolotto ministrará o mini-curso “Como escrever bons artigos científicos: estrutura e linguagem”. Outros dois mini-cursos também serão realizados.

No último dia do evento, 11 de novembro, será um único mini-curso, que terá início às 14 horas.

Para ter acesso à programação completa do evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

9 de novembro de 2011

Inscrições têm início essa semana

De 10 de novembro a 2 de dezembro, estarão abertas as inscrições para o programa “Ciência sem Fronteiras” do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), dirigido aos alunos inseridos em programas de iniciação científica.

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi contemplado com duas bolsas e os interessados devem dirigir-se à Assistência Técnica Acadêmica (ATAc) das 10 às 12 horas ou das 14 às 16 horas, durante o período fixado anteriormente.

O intercâmbio deve ter início, impreterivelmente, até o dia 5 de março de 2012.

Para serem eleitos, os inscritos devem encaixar-se em alguns critérios, como:

-bom desempenho acadêmico;

-são ou tenham sido bolsistas de Iniciação Científica: bolsas PIBIC, IC da FAPESP e bolsas da Reitoria da USP de cunho acadêmico;

– o programa de mobilidade deve se enquadrar em uma das áreas prioritárias do edital do CNPq, cuja lista está disponível no endereço eletrônico http://www.cienciasemfronteiras.cnpq.br/web/guest/oprograma, link “Áreas prioritárias”.

Documentos obrigatórios para inscrição:

-Ficha de inscrição;

-Cópia do CPF;

-Currículo Lattes atualizado;

-Comprovante de aceite da Instituição de destino, com as seguintes informações: nome do candidato à bolsa, período de permanência na Instituição e idioma exigido;

Plano de atividades;

Comprovante ou declaração do coordenador de proficiência do idioma do país ou de língua inglesa.

As bolsas deste edital não incluem taxas. Informações adicionais sobre valores de bolsas e demais benefícios podem ser consultadas pelo endereço http://www.cienciasemfronteiras.cnpq.br/web/guest/oprograma, link “Modalidades de bolsa no Exterior” > “Graduação Sanduíche no Exterior (SWG)”.

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2011

Como a Física pode salvar nosso planeta

Dos motivos que estão, literalmente, fazendo a Terra ferver, algumas soluções tem se mostrado eficientes em salvá-la e deixar nosso dia-a-dia mais ameno.

Mas, se o homem, até agora, teve poder para transformar o meio ambiente num lugar menos aprazível, ele pode, com as ferramentas certas e estudos muito bem direcionados, encontrar alternativas que melhorem o cenário que, ao longo dos anos, ele próprio tem destruído.

Esforços multidisciplinares têm sido feitos. Através da biologia, química, engenharia e, inclusive, física, ferramentas têm sido aperfeiçoadas, em busca de alternativas inteligentes e eficientes para melhorar o ambiente que nos cerca.

O físico e as energias alternativas

Frmula-1Alguns fatos da atualidade têm contribuído, significativamente, para o aquecimento global. O crescimento populacional desenfreado, especialmente nos países de baixa renda, acompanhado do aumento do consumo nesses países e, consequentemente, da emissão de gases poluentes na atmosfera, tem direcionado estudiosos a buscar combustíveis mais limpos para mover, principalmente, veículos automotores. “Atualmente, 12 a 13% dos combustíveis que vem sendo produzidos, no mundo, são de fontes alternativas de energia. O destaque vai para energia solar, eólica e de biomassa. Todas podem ser aproveitadas e repostas no meio ambiente”, conta Igor Polikarpov, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e pesquisador de combustíveis alternativos.

Para produção desse tipo de energia, diversos processos físicos estão, diretamente, envolvidos. Transformar a biomassa em combustível envolve hidrólise enzimática; transformação de fótons de luz solar em energia elétrica envolve materiais semicondutores e transistores; produção de energia eólica passa por processos de engenharia, com forte embasamento em processos físicos. “Estuda-se, atualmente, o movimento mecânico de ondas do mar acoplados a geradores de eletricidade como uma nova forma de produzir energia elétrica”, conta Igor.

A mais nova e uma das mais promissoras fontes de energia alternativa, onde os projetos de Igor estão, diretamente, envolvidos, é através de biomassa, que utilizam bagaço da cana e cascas de eucalipto como matéria-prima para produção de biocombustíveis. “O conhecimento sobre processos de pré-tratamento de biomassa, desenvolvimento de catalisadores que vão desestruturá-la, possibilidades de extração de combustível da própria biomassa, tudo se utilizará de ferramentas físicas para que sejam bem-sucedidos”.

Para o pesquisador, não só desenvolver novos combustíveis, mas, sobretudo, utilizá-los de maneira racional, é uma premissa importante para que o aproveitamento seja efetivo. “De nada adianta produzirmos muita energia alternativa, mas desperdiçá-la. No mundo afora, físicos já trabalham, também, nesse quesito: desenvolver energia elétrica e usá-la de maneira inteligente”.

Ele exemplifica com a atual produção de carros híbridos- que funcionam com gasolina e energia elétrica. “Tenho certeza que, para preservação do meio ambiente, a solução se encontra nos estudos de conceitos básicos de físicas, com a aplicação de energia renovável e seu uso otimizado”, afirma Igor.

O físico e o saneamento básico

A degradação do meio ambiente é acelerada pela falta de saneamento básico, no Brasil e no mundo. A poluição gerada pelo lixo mal direcionado ou, simplesmente, pela precária infraestrutura, é um problema. “Não temos plataformas bem desenvolvidas para o tratamento de esgoto. Países desenvolvidos não têm esse problema tanto quantos aqueles em desenvolvimento, como Índia e China. Isso, de certa maneira, força o estudo de tecnologias voltadas para resolver problemas desse tipo, como o tratamento de água poluída”, explica Igor. “Nisso o físico entra para trabalhar no estudo das propriedades de materiais nanoestruturados, por exemplo”.

O estudo de materiais e processos físicos serve, quase, como o alicerce para solucionar os diversos- e crescentes problemas- relacionados ao meio ambiente. Mas, é óbvio que profissionais de diversas áreas estão fazendo esforços conjuntos. “É importante frisar que, além de estudos fundamentais relacionados à física, outros, que transcendam uma única disciplina, são essenciais. Meio ambiente envolve, necessariamente, química, biologia, física, engenharia etc. A maioria dos estudos são, tipicamente, interdisciplinares e supra departamentais”, esclarece Igor.

IgorPorém, mesmo tendo-se em mente a importância de outras áreas, diversas leis de física é que guiam e descrevem muitos processos conhecidos por todos nós: as leis de mecânica de fluidos impactam os trabalhos de “catadores de vento”; leis que de descrevem efeitos fotovoltaicos, como absorção e transferência de luz, interferem no funcionamento das placas de energia solar; processos hidro e aerodinâmicos são, novamente, guiados por muitas leis de física (entre elas, a mais conhecida, certamente, é a lei de Newton).

Mas, uma coisa é certa: não são, somente, químicos, físicos, biólogos e engenheiros que poderão salvar nosso planeta. É necessário um esforço conjunto. Pesquisadores já estão fazendo a parte deles, mas e você? Já está fazendo a sua?

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2011

Em São Carlos, o céu está muito perto

halleyO ano de 1986 foi marcado, na Astronomia, pelapassagem do Cometa Halley (veja foto ao lado), um cometa periódico que pode ser observado na Terra a cada 76 anos, quando atinge o ponto mais próximo do Sol. Neste ano, a Astronomia foi muito mais incentivada, já que, com quase 30 anos de era espacial, uma frota de espaçonaves pôde ser enviada para observar o fenômeno, e muitos centros astronômicos puseram-se em alerta para registrar sua passagem. Em especial, em meio à motivação dos centros astronômicos, uma atitude tomada repercute positivamente até os dias de hoje – a doação de um telescópio, pelo Instituto Astronômico e Geofísico da USP, ao campus da USP em São Carlos.

A partir daí, muita coisa estava pra acontecer. Uma equipe de docentes e dirigentes se encarregou das instalações do telescópio, um Refrator Grubb 204/3000 de montagem equatorial alemã, em um novo prédio, cujas construções iniciais contaram com o apoio financeiro da USP, do CNPq e de indústrias da cidade de São Carlos. O CDA (Centro de Divulgação de Astronomia) foi inaugurado, então, no dia 10 de abril de 1986, no âmbito do CDCC (Centro de Divulgação Científica e Cultural), então dirigido pelo Prof. Dr. Dietrich Schiel, com o apoio dos diretores do antigo Instituto de Física e Química de São Carlos, Prof. Dr. Milton Ferreira e Prof. Dr. Roberto Leal Lobo e Silva. À época, o Observatório do CDCC era uma réplica em pequena escala de um observatório profissional, mas hoje em dia, com grandes avanços em infraestrutura e importantes projetos voltados à comunidade, o CDA já atinge as condições mínimas de operacionalidade de um observatório profissional, e é um dos setores mais dinâmicos do CDCC.

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A Astronomia

Um Observatório é, para os astrônomos, um instrumento e um método privilegiado de investigação científica. Segundo a definição dada pelo Prof. Dr. Valter Líbero, coordenador do CDA e vice-diretor do CDCC, basicamente, a Astronomia é a área da ciência que estuda o Universo, sua formação, sua evolução e seu futuro. Para isto, os pesquisadores se empenham em exaustivas observações a fim de obter respostas aos mecanismos de funcionamento dos fenômenos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra, ou em sua atmosfera, e a todos os objetos que são observados no céu. Além disso, as observações do céu e do espaço não são úteis apenas para a Astronomia, mas também fornecem informações essenciais para a verificação de teorias fundamentais da física, como a teoria da relatividade geral. Para se ter idéia, esta disciplina é um dos poucos ramos da ciência no qual observadores independentes, ou amadores, possuem um papel muito ativo, principalmente no que diz respeito à descoberta ou monitoração de fenômenos astronômicos temporários. Em 2010, por exemplo, um astrônomo amador britânico capturou imagens importantes de um cometa se despedaçando e liberando no espaço um pedaço de gelo que se equipara ao tamanho de uma montanha. Em 1999, um advogado brasileiro testemunhou um fato incomum: a Nova da Constelação da Vela, ou seja, uma explosão estelar que lança uma quantidade absurda de energia no espaço e aumentou a luminosidade da Vela 350.000 vezes.

Veja alguns dos equipamentos disponíveis no Observatório da USP – São Carlos

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Pesquisas brasileiras

No Brasil, a Astronomia tem um bom desenvolvimento, com astrônomos participando de projetos importantíssimos, de nível internacional. Um exemplo notável é o telescópio SOAR (Southern Observatory for Astrophysical Research), localizado no Chile, no qual pesquisadores brasileiros não apenas participam enquanto usuários, mas fazem parte do processo de construção e desenvolvimento dos equipamentos. Além disso, equipes brasileiras também integram as pesquisas do Telescópio Espacial Hubble, lançado no espaço pela NASA em 1990, e também do Observatório Gemini, localizado nas montanhas do Havaí e do Chile. De colaborações deste tipo, sempre saem bons dados, boas análises e resultados importantes, fazendo com que o Brasil de fato acompanhe lado a lado as pesquisas mundiais. Segundo Líbero, o principal problema que esta linha de pesquisa encontra, assim como a maioria das pesquisas científicas e tecnológicas no país, é a falta de recursos financeiros. Ainda assim, ele afirma que “nós dispomos de tecnologia e recursos humanos, por isso a participação do Brasil é elogiável, com centros muito respeitáveis”.

No Instituto de Física de São Carlos, não há pesquisas voltadas especificamente para a Astronomia, mas há pesquisadores empenhados em linhas de pesquisa correlatas. O Prof. Luis Vitor de Souza Filho, que investiga a área de Astrofísica, o Prof. Daniel Vanzella, que de alguma forma envolve Cosmologia em sua pesquisa, e a Profª Cibelle Celestino Silva que, investigando o ensino de ciências, utiliza o Observatório para coletar dados sobre espaços não formais de aprendizagem.

Formação

Com estas contribuições recentes do país para a área, o cenário de formação deste tipo de profissional vem sendo devidamente ampliado. Tradicionalmente um curso de pós-graduação, fazendo com que os estudantes aprofundassem seus conhecimentos na área mais tarde em sua carreira, os estudos em Astronomia agora podem ser empreendidos mais cedo, já que o IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP) já dispõe de uma habilitação nesta área dentro do curso de Física, e também criou um bacharelado em Astronomia em 2008, recebendo sua primeira turma em 2009. Até então, o único curso de graduação em Astronomia do Brasil era o do Observatório do Valongo, do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Isto indica uma mudança na visão acadêmica sobre a área, que começa a se emancipar de outras ciências. “A Astronomia tem características próprias, e não podemos descartar o encaminhamento da carreira dos estudantes”, afirma Líbero, que já teve alunos de graduação no IFSC que se especializaram em Astronomia no IAG e que hoje são profissionais na área e desenvolvem trabalhos intensos de divulgação científica.

A divulgação desta área de pesquisa parece ser uma grande prioridade na cidade de São Carlos, que conta com um grande número de profissionais empenhados na causa astronômica. De fato, não há, aqui, o desenvolvimento efetivo de pesquisas. A divulgação, no entanto, é uma batalha diária, no sentido de introduzir a Astronomia como uma disciplina de formação e, também, como um estímulo à observação de fenômenos naturais, uma realidade próxima aos alunos e, por isso, relevante. O currículo do Ensino Básico, antigamente, trabalhava com esta disciplina de uma forma mais intensa, mas algumas reformas no sistema de ensino colocaram este tópico em segundo plano. “Hoje em dia, nos cadernos do Ensino Fundamental e Médio, tem-se uma leve preocupação com o resgate da Astronomia, não só da disciplina em si, mas da disciplina enquanto motivadora para Física e Matemática”, comenta Líbero. “Esta é uma faceta muito interessante da disciplina, o que torna muito mais fácil o trabalho com seus tópicos. Todo mundo tem curiosidade sobre o Universo, todo mundo tem uma pergunta pra fazer, seja de onde viemos, se há vida em outros planetas, ou de quê o planeta é formado. Mesmo as pessoas com nível de formação mais baixo compartilham desta dúvida, e nós não temos uma resposta precisa – é daí que vem o apelo da Astronomia”, completa o coordenador.

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É devido aos incansáveis trabalhos de divulgação, às tentativas de inserir o tema da Astronomia – tão procurado – no sistema de ensino, às programações convidativas e à disponibilidade do Centro que Líbero acredita que o CDA já faz parte do calendário educativo e cultural da cidade de São Carlos. “É um orgulho pra nós que façamos parte da programação das escolas e das pessoas, uma honra”, reflete o pesquisador. Esta aproximação mais íntima pode ser o início da dissolução da idéia comum de que a Universidade é algo intimidante e que não faz parte do universo da maior parte das pessoas, o que acaba afastando a população da informação e do conhecimento que são ali disponibilizados, gratuitamente. Afinal, a Universidade tem de servir à comunidade. “O Observatório é da população, a Universidade é da população, pertence a eles”, completa Líbero.

 

Funcionamento

Durante a semana, o Observatório Astronômico recebe visitas de turmas de Ensino Fundamental e Médio, que são pré-agendadas no início do ano. Segundo o coordenador do CDA, esta agenda é lotada em poucas semanas, com visitas agendadas até o fim do ano. “Isso é ótimo e indica que as escolas de São Carlos contam com a gente, inserem o Observatório em seu calendário todos os anos”, comenta ele. Segundo as estatísticas, cerca de cinco mil estudantes passam pelo CDA todo ano. E, para dar força a essa colaboração, no próximo ano será confeccionada uma cartilha com os serviços oferecidos pelo CDA, para que os professores saibam exatamente o que é disponibilizado pela equipe e possam planejar com antecedência suas aulas e o conteúdo trabalhado durante a visita.

Nos fins de semana (sexta-feira, sábado e domingo), a visitação ao Observatório é livre. Com palestras, mini-cursos e observações na cúpula, o prédio fica aberto durante todo o dia e todos são bem-vindos.

Todas as atividades são desenvolvidas pelos monitores do Observatório, que são alunos de todo o campus, matriculados nos mais diversos cursos. Atualmente, nove monitores (sendo três voluntários) trabalham na criação e no desenvolvimento da programação, entre físicos, químicos e engenheiros aeronáuticos.


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Planos futuros

No próximo ano, além da cartilha oferecida às escolas, há planos de estabelecer uma programação regular de sessões de cinema, voltadas para o ensino. “Também queremos intensificar a Observação Solar”, afirma o coordenador, que quer atrair mais visitantes e desfazer a imagem de que só é possível observar o céu durante a noite. Os cursos para professores de Ensino Básico, como o que foi oferecido no ano passado, também devem ser repetidos, devido ao grande sucesso da última edição.

Além disso, aproveitando o ensejo da comemoração dos 30 anos do CDCC em 2010 e dos 25 anos do CDA em 2011, a coordenação do Observatório resolveu fazer uma homenagem a uma figura muito importante em todo este cenário, que é o Prof. Dr. Dietrich Schiel, o mentor destes centros. O Observatório será batizado com o seu nome, no dia 2 de dezembro, o dia internacional do astrônomo. Aguarde maiores informações!

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Alunos visitam Angra II

Em 31 de outubro, 41 alunos dos cursos de graduação, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tiveram a oportunidade de fazer uma viagem didática à Usina Angra II (Rio de Janeiro).

Os estudantes, acompanhados do funcionário do IFSC, Cláudio Boense Bretas, e do aluno e gestor do IFSC Jr., Daniel Pizetta, visitaram as dependências da Usina, incluindo o Centro de Informações, o Simulador e o Laboratório de Monitoração Ambiental.

O passeio foi realizado nos períodos da manhã e tarde. Os custos (visita e viagem) foram arcados pelo próprio Instituto.

Clique aqui para visualizar algumas fotos.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Professor Nicolelis atrai público recorde e encerra programação do ano

O ciclo de palestras “Café com Física” realizou neste dia 22 de novembro a última edição de sua programação de 2011. O palestrante convidado foi o renomado Prof. Miguel Nicolelis, que atualmente coordena um centro de pesquisa em Neurobiologia no Centro Médico da Duke University (Durham, EUA), na área de fisiologia de órgãos e sistemas, e aqui dissertou sobre o tema “Computing with neural ensembles”.

Sobre o palestrante

Miguel Nicolelis é um médico e cientista brasileiro. Foi considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo no começo da década passada, segundo a revista “Scientific American”, além de considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. Nicolelis é o primeiro cientista a receber da instituição americana no mesmo ano o Pioneer e o Transformative R01 e o primeiro brasileiro a ter um artigo publicado na capa da revista Science.

Atualmente seu foco de trabalho mais instigante é a tentativa de integrar o cérebro humano com máquinas (neuropróteses ou interfaces cérebro-máquina). O objetivo das pesquisas é desenvolver próteses neurais para a reabilitação de pacientes que sofrem de paralisia corporal. Nicolelis e sua equipe foram responsáveis pela descoberta de um sistema que possibilita a criação de braços robóticos controlados por meio de sinais cerebrais. O trabalho está na lista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) sobre as tecnologias que vão mudar o mundo.

Nesta palestra, o pesquisador falou acerca de uma série de recentes experimentos que demonstram a possibilidade de usar modelos computacionais em tempo real para investigar como conjuntos de neurônios codificam a informação motora. Os resultados dstes projetos recentes revelaram que as interfaces cérebro-máquina podem ser usadas não apenas para estudar aspectos fundamentais da fisiologia neural, mas também servir como um paradigma experimental para testar o design de neuropróteses modernas.

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O tema, de muito interesse e curiosidade para a população em geral, atraiu quase 100 pessoas na platéia do Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas.

Sobre o programa

O Café Com Física é um ciclo de palestras que discute de maneira específica temas transversais de interesse para os cursos de graduação e pós-graduação das Ciências Exatas. A programação deste ano termina com a palestra de Nicolelis, mas no próximo semestre as atividades serão retomadas. Fique atento.

Assessoria de Comunicação

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