Notícias

24 de outubro de 2011

2ª Semana de Escrita Científica do IFSC

O processo de escrita científica, principalmente em língua inglesa, representa uma grande dificuldade aos estudantes universitários no que diz respeito ao pleno desenvolvimento científico de suas habilidades, especialmente no Brasil, onde disciplinas e cursos específicos na área são escassos. Com isto em vista, o IFSC realizará, no período de 9 a 11 de novembro, a 2ª Semana da Escrita Científica, com uma série de mini-cursos que abordam desde a estruturação de artigos e teses até o processo de editoração, com o objetivo de desmistificar a escrita científica para os estudantes universitários.

Nas atividades, será dada uma ênfase às ferramentas de escrita e às estratégias de linguagem em documentos científicos escritos na língua inglesa, uma dificuldade mas, sobretudo, uma necessidade presente na vida acadêmica da grande maioria dos pesquisadores. Os mini-cursos abrirão espaço para uma importante discussão, a questão das fraudes e dos plágios, tentando mostrar aos alunos como uma fraude se constitui e como evitá-la.

Todos as atividades serão realizadas no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do próprio IFSC.

Para inscrições, programação completa, mapas de acesso e maiores informações, acesse http://www.biblioteca.ifsc.usp.br/semana/2/

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Assessoria de Comunicação

21 de outubro de 2011

Como uma nova descoberta “quântica” poderá revolucionar nossas vidas

diogoMoléculas, átomos, elétrons e prótons são conhecidos por uma grande maioria, mas sua definição por muitos poucos. No entanto, o conhecimento desses elementos da natureza por alguns estudiosos é muito bem definido e, mais do que isso, protagonistas em suas rotinas de estudo.

Nove físicos brasileiros, há mais de um ano, estudam o misterioso mundo da mecânica quântica, teoria física elaborada no início do século XX, onde os elementos citados acima, formalmente conhecidos por partículas subatômicas, são alguns dos alicerces que mantém a teoria a todo vapor.

Se, por um lado, os principais elementos que sustentam a mecânica quântica são bem conhecidos, inclusive pelo público leigo, entender sua definição torna-se muito mais difícil- e mais ainda aprofundar-se no assunto. “A mecânica quântica foi uma revolução do ponto de vista científico. Vivemos no ‘mundo clássico’, ou seja, cercado por objetos de grandeza macroscópica, mas quando olhamos para objetos cada vez menores, em algum ponto, a física que nós temos, deixa de valer”, explica Diogo Soares Pinto, pós-doutorando do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e estudioso do assunto.

O tamanho dos elementos que compõe o mundo quântico pode variar desde quarks e núcleo dos átomos até spins eletrônicos e condensados de Bose-Einstein*, já considerados elementos macroscópicos. O que vale é o comportamento quântico, no qual os objetos que dele fazem parte são capazes das mais audaciosas estripulias, como atravessar barreiras.

Alguns anos depois de inaugurada a mecânica quântica, três físicos, entre eles Albert Einstein, passaram a questionar se a teoria seria, de fato, completa, no seguinte aspecto: no mundo quântico, as coisas existem somente se podemos medi-las ou elas existem e interagem, mesmo que, fisicamente, muito distantes umas das outras? E, depois de tais questionamentos, o assunto passou a ganhar mais atenção no mundo acadêmico.

A principal revolução da mecânica quântica diz respeito, especialmente, ao transporte de informação. Isso porque seus elementos interagem à distância- que pode chegar a milhares de quilômetros. Tal fenômeno interativo foi chamado “emaranhamento”.

Ou seja, no mundo quântico, as propriedades dos elementos que os compõe estão, diretamente, ligadas umas às outras. “O que um elemento faz afeta o outro, automaticamente. Não há sentido olhá-los separadamente”, explica Diogo.

E, enquanto no mundo clássico, as propriedades dos elementos são exatas e determinadas, isso não acontece no quântico. Nele se trabalha com probabilidades, mesmo que muito pequenas.

Um novo fenômeno

Imagine a seguinte cena: você está em dentro de um bar e um amigo ao lado de fora. O bar está lotado e, mesmo assim, você consegue conversar com ele, como se o fizesse por telepatia. No mundo quântico, isso é possível, mas, no caso, não são amigos, mas partículas que mantém essa “conversa”, via essa correlação quântica, independente da distância em que se encontrem, perdendo suas características individuais. É como se fossem uma única entidade, em dois corpos diferentes.

Pensando nisso tudo, passou-se a pensar na computação quântica. Os planos para construção de computadores quânticos poderão processar as informações tão rapidamente que o modo como temos hoje pode virar coisa da idade da pedra. “Quando escrevemos um e-mail, por exemplo, os computadores criptografam a informação baseando-se em algoritmos matemáticos. No mundo quântico, isso será infinitamente mais rápido e seguro”, explica Diogo.

Além de uma velocidade mais rápida, o quântico pode trazer mais segurança ao mundo virtual, visto que é muito mais difícil de ser decodificado. Para que o acesso a contas bancárias não seja desvendado por hackers, por exemplo, é preciso que os desenvolvedores de softwares criptografem as informações, como senha do usuário. “Os códigos de criptografia clássicos são, em princípio, quebráveis. Do ponto de vista quântico, isso seria impossível, em virtude do emaranhamento”, conta o pesquisador.

A partir da década de 80, tais fatos passaram a ter grande repercussão, principalmente em um artigo publicado na Physical Review Letters**, onde o teletransporte tornou-se um fato. Matematicamente, foi provado que as informações poderiam ser teletransportadas, de um local a outro.

Posteriormente, graças aos estudos de outros pesquisadores, chegou-se a uma nova conclusão: se o emaranhamento refere-se exclusivamente a um fenômeno do mundo quântico, nem todo sistema do mundo quântico depende do emaranhamento. Em temperatura ambiente e condições normais, alguns sistemas não apresentam emaranhamento e um exemplo disso é a Ressonância Magnética Nuclear (RMN). “Imaginava-se que o emaranhamento era extremamente necessário para alcançar-se ganho de velocidade, na hora de ler uma informação. Com isso, uma nova questão foi feita: o que a RMN tem para trazer essa possibilidade do uso da técnica para o processamento de informação quântica?”.

A grande descoberta nascida em território nacional

Depois de observar que, através da técnica de RMN, as propriedades quânticas entravam em ação, apesar da ausência do emaranhamento, ficou uma interrogação de como isso seria possível. Foi quando os cientistas brasileiros, citados no início dessa matéria, trouxeram a resposta. “Voltando à analogia da conversa de dois amigos, postados fora e dentro de um bar, a explicação para esse fato seria dizer que eles, também, estão correlacionados, mas, nesse caso, mantendo as características individuais. Em outro artigo científico, publicado em 2001, por Harold Ollivier and Wojciech H. Zurek, foi provado que existia uma co-dependência entre partículas que não se tratava do emaranhamento, o que os pesquisadores chamaram de ‘discórdia quântica'”, explica Diogo.

Resumidamente, a diferença entre a medida de correlação (dependência) entre duas partículas no mundo clássico e duas do mundo quântico é, justamente, o que define o novo fenômeno da discórdia.

Diogo, em conjunto com Tito José Bonagmba e Eduardo Ribeiro de Azevêdo, também pesquisadores do IFSC, e outros seis estudiosos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e Universidade Federal do ABC (UFABC) fizeram a seguinte experiência: criaram um estado de discórdia quântica entre átomos de hidrogênio e carbono, tirados do clorofórmio (CHCl3) e mediram-na, utilizando-se de RMN (em temperatura ambiente), para tentar descobrir o que acontece quando um elemento passa de um estado clássico para o quântico. “Analisamos a deterioração da correlação entre as partículas através dessa experiência, e mostramos que, não só existe discórdia quântica em RMN, mas também podemos medi-la”.

Essa experiência quântica, por outro lado, pode ser interrompida por certos “ruídos” (qualquer forma de agitação molecular, causada, por exemplo, pelo aumento da temperatura) que enfraquecem a correlação entre as partículas. “Mesmo com a interferência de certos ruídos, a discórdia quântica é mais robusta que o emaranhamento”, explica Diogo.

Ou seja, a descoberta dos cientistas conseguiu encontrar uma relação quântica mais potente e menos exigente, utilizando-se de uma técnica, relativamente, simples, e muito bem estabelecida no mundo científico. As discussões tiveram início em 2009, a conclusão da experiência um ano depois para, finalmente, eles chegarem a resultados concretos e terem sido reconhecidos por cientistas do mundo inteiro, isso sem contar a publicação de dois artigos científicos, no mesmo volume da PRL** (ver artigos aqui e aqui). “Conseguimos dar uma boa contribuição nos estudos dessa área”, comemora o pós-doutorando.

Quando seremos afetados?

Se os computadores pessoais substituíram as antigas máquinas de datilografia, num futuro muito próximo, os computadores quânticos, certamente, estes aposentarão nossos atuais PCs.

Depois da descoberta do fenômeno da discórdia quântica, estudiosos esperam que a velocidade do processamento dos computadores quânticos seja maior. “Por se tratar de uma correlação mais robusta do que o emaranhamento, a discórdia também favorecerá a velocidade”, afirma Diogo.

Nos próximos passos desse projeto, juntamente aos outros pesquisadores envolvidos, novos testes serão realizados para comprovar a eficiência no processamento de informações (resolução de cálculos), tendo como base RMN e discórdia quântica. “Inevitavelmente, as propriedades quânticas serão necessárias, pois assim estará sendo usado todo o potencial quântico ao nosso alcance. Toda comunicação que conhecemos será afetada por isso, em breve”, diz.

A empresa canadense, “D-wave”, em 2011, afirma ter vendido seu primeiro computador quântico pelo valor de Us$ 10 milhões. O sistema de TV a cabo Tóquio já é, inteiramente, baseado em criptografia quântica. E outras empresas, do mundo todo, já investem pesado na nova tecnologia. “O código quântico é capaz de quebrar qualquer outro clássico, mas a recíproca não é verdadeira”, conta Diogo.

Mas, seja por emaranhamento ou discórdia, algo com que todos os estudiosos do assunto “concordam” é que, pensar na mecânica quântica, no passado, era visualizá-la de maneira inatingível. Mas, hoje, depois de tantos estudos, ela nunca foi tão palpável e, ao mesmo, tão próxima da realidade de todos nós- embora ainda pareça uma coisa de outro planeta.

 

* fase da matéria formada por bósons, a uma temperatura muito próxima do zero absoluto. Nestas condições, uma grande fracção de átomos atinge o mais baixo estado quântico e, nestas condições, os efeitos quânticos podem ser observados à escala macroscópica. A existência deste estado da matéria, como consequência da mecânica quântica, foi inicialmente prevista por Albert Einstein, em 1925.O primeiro condensado deste tipo foi produzido setenta anos mais tarde, por Eric Cornell e Carl Wieman, em 1995, na Universidade de Colorado em Boulder, usando um gás de átomos de rubídio arrefecido a 170 nanokelvins (nK).

**uma das revistas científicas mais notórias em publicações de estudos e matérias jornalísticas sobre física, criada em 1958.

Fonte: Wikipedia

Assessoria de Comunicação

20 de outubro de 2011

Programação contará com participação de presidente do CNPq

MostraNa última semana do mês, a Prefeitura de São Carlos em parceria com a Rede Microcidades realizará a “4ª Mostra de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas Municipais”.

O evento, que será entre 25 e 29 de outubro, no pavilhão “São Carlos Exposhow”, tem como objetivo, principal, mostrar as novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas nas cidades do Mercosul e seus benefícios para população, meio ambiente e crescimento industrial.

Além de seminários e apresentações musicais, diversos painéis serão apresentados e conduzidos por pesquisadores nacionais e internacionais, entre eles Glaucius Oliva, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e atual presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A entrada é gratuita para todos os eventos. Para mais informações, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

19 de outubro de 2011

Abertura oficial da SIFSC marca início da semana

A SIFSC – Semana Integrada de Graduação e Pós-Graduação do IFSC – teve início nesta segunda-feira, dia 17 de outubro, inaugurada em uma sessão oficial guiada pelo diretor do Instituto, Professor Dr. Antonio Carlos Hernandes. A SIFSC é uma tentativa de congregar todos os alunos e todos os grupos de pesquisa do IFSC em um mesmo evento, trocando informações e dinamizando as discussões dos grupos de pesquisa, através da promoção de reuniões científicas que apresentam informações pertinentes a todos os níveis de formação envolvidos.

Assim, uma semana repleta de palestras, mesas-redondas e workshops foi preparada pelos alunos da comissão organizadora do evento, além de uma série de eventos culturais no período da noite, como apresentações de teatro, exposições de fotografias, de pintura e apresentações musicais.

Em destaque, há uma sessão de apresentação de trabalhos dos alunos dos cursos de graduação do Instituto em forma de exposição de painéis, que serão avaliados por uma comissão avaliadora composta por docentes do próprio IFSC. Desta exposição, os três melhores trabalhos serão agraciados com um estágio no exterior, prêmio oferecido no âmbito do Programa Migra, um projeto de apoio à mobilidade estudantil desenvolvido pelo IFSC. 

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Exposição artística de autoria de alunos do IFSC

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Exposição da Produção Científica da Biblioteca do IFSC


Abertura

Este programa foi um dos tópicos explorados pelo Prof. Hernandes em sua fala, assim como o curso de Inglês gratuito, também oferecido pelo IFSC, e a Sala do Conhecimento, um ambiente de aprendizagem que simboliza a ênfase desta gestão na difusão do conhecimento científico para a comunidade e, mais especificamente, para o Ensino Médio. Estes três programas são grandes marcos do ano de 2010 no que diz respeito à qualidade da formação dos alunos que ingressam nos cursos do IFSC e, segundo Hernandes, a SIFSC é um importante complemento a estas medidas, pois, em suas palavras, “este é um evento da comunidade, do Instituto, e não de gestão”.

Em sua fala, Hernandes destacou ainda a necessidade acadêmica da integração que este encontro pretende promover, já que é clara, no mundo acadêmico, uma certa estagnação dos grupos de pesquisa na investigação de suas áreas, e a interação entre os pesquisadores destes grupos cria uma sinergia fundamental para a fluidez de suas pesquisas. O IFSC, como um Instituto altamente multidisciplinar, enfatiza largamente a convivência entre as disciplinas e as áreas de pesquisa, e este evento pretende não apenas mostrar este aspecto, mas também contribuir para o seu reforço. Também por esta razão, Hernandes enfatizou a importância da presença dos docentes do Instituto no evento, bem como dos dirigentes da USP-São Carlos, que devem estar presentes na próxima edição do evento.

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Na mesa de abertura, também estavam presentes o Professor Tito Bonagamba, como Presidente da Comissão de Pós-Graduação, o Professor Otávio Henrique Thiemann, como Coordenador da Comissão de Coordenação de Curso (CoC) – Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares, o Professor Lidério Ioratti Junior, como suplente do presidente da Comissão de Graduação, e a Professora Cristina Kurachi, como Presidente da Comissão GesPública de Gestão da Qualidade e Produtividade do IFSC. Dentre eles, o professor Tito Bonagamba foi o primeiro a se pronunciar, com uma apresentação que teve início com o apontamento das conquistas da USP neste mês de outubro. Apenas neste mês, a USP comemorou o número de 100 mil títulos de pós-graduação desde sua inauguração, foi posicionada em primeiro lugar no ranking latino-americano de instituições de ensino superior, despontou pela primeira vez entre as 200 melhores instituições do planeta e foi elogiada pela revista The Economist. A partir daí, o pesquisador refez os passos da história da USP, demonstrando as principais contribuições da universidade no que diz respeito aos avanços tecnológicos, científicos e políticos do Brasil.

E, o mais importante, saindo da zona de conforto, o docente também foi crítico, enfatizando a importância da instituição criar um mercado de trabalho também fora da academia, estabelecendo parcerias com empresas e incubadoras, fazendo com que o profissional de Ciências Exatas expanda sua atuação ocupando posições importantes desenvolvendo pesquisas também em indústrias. Segundo os dados que ele apresentou, o Brasil necessita de cerca de 150 mil engenheiros a serviço do país nos próximos anos, uma deficiência profissional que os físicos estão aptos a sanar. E, como uma provocação saudável, que serviria para instigar e motivar os alunos ali presentes, ele finalizou com a pergunta, que remonta o tema central da SIFSC: “Física: uma ciência sem fronteiras?”. A resposta fica para os próprios estudantes, pesquisadores, responderem, na prática, em um futuro muito próximo.

Acompanhe a programação da SIFSC ao longo da semana clicando aqui.

Assessoria de Comunicação

19 de outubro de 2011

(Mais) jovem outra vez

Os mais parados que se mexam: nenhuma dieta ou tratamento estético pode ser tão benéfico à saúde do corpo quanto os exercícios físicos. Para o número crescente de sedentários- que, só no Brasil, afeta 70% da população- essa pode não ser uma notícia muito boa. Mas, se houvesse uma maneira de potencializar o efeito destes exercícios, ficaria mais fácil tirar os preguiçosos do sofá?

ExerccioTudo começou com uma ideia: prevenção das consequências do envelhecimento do corpo. Embora possa parecer de preocupação, meramente, estética, tais consequências, em alguns casos, podem ir muito além do que pensamos.

Elas são caracterizadas pelo declínio da função hormonal, neural, cardiovascular e respiratória, além da perda óssea e alterações na composição corporal, caracterizada pela perda de massa/força/qualidade do músculo (sarcopenia) e aumento do percentual de gordura (obesidade), que juntamente com desequilíbrio da taxa metabólica e o estado sedentário, podem aumentar a fadiga.

Com isso tudo em mente, Vanderlei Salvador Bagnato e Cristina Kurachi, docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) junto à atual doutora em biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Fernanda Rossi Paolillo, pensaram em uma maneira de amenizar tais consequências. O resultado foi a criação de um aparelho capaz de potencializar os benefícios de exercícios físicos, consequentemente prevenindo e diminuindo as consequências do envelhecimento do corpo.

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O equipamento, que contém milhares de LEDs (diodos emissores de luz), foi desenvolvido pelo Laboratório de Apoio Tecnológico do Grupo de Óptica do IFSC, contando com a colaboração do Departamento de Fisioterapia da UFSCar, através do docente, Nivaldo Antonio Parizotto, para realização do estudo clínico. Arranjos de LEDs, que emitem infravermelhos, foram projetados para serem utilizados durante o exercício físico e testados, diretamente, em seres humanos. “Antes de ser usado, o aparelho passou pela aprovação do Ministério da Saúde, em Brasília, e pelo Comitê de Ética, nacional e local. Só depois disso é que começamos a recrutar pacientes para testá-lo”, conta Fernanda.

Em seguida dos ajustes devidos, inclusive no que se refere à parte burocrática para o uso do equipamento, durante três meses, 45 voluntárias- mulheres na pós-menopausa, entre 45 e 50 anos- iniciaram os testes e, após duas semanas, já puderam sentir os resultados. “Estas voluntárias foram avaliadas até o período de um ano. Trabalhamos com análises sofisticadas para observar os efeitos e constatamos que houve melhora da força muscular, atenuação de perda de massa óssea, o que diminui as chances de osteoporose, e redução da fadiga. Fizemos teste de esforço na esteira ergométrica, com eletrocardiograma, e observamos, também, melhora na capacidade aeróbia”, conta Fernanda. “Já é muito bem sabido que os exercícios físicos trazem todos esses benefícios, mas conseguimos potencializar e acelerar esses efeitos, com a ajuda do novo equipamento”.

E as vantagens não param por aí. Além do citado acima, pela técnica de termografia- também utilizada, pelos pesquisadores, para análise dos resultados- constatou-se o aumento da temperatura da pele, o que indica vaso-dilatação e aumento da circulação sanguínea, trazendo uma melhora estética aos tecidos atingidos. Isso significa dizer que a celulite, uma das maiores inimigas das mulheres, também sofreu redução. “Por aumentar a circulação nas regiões afetadas, os tecidos apresentaram melhoras estéticas, comprovadas pela diminuição da celulite, nas áreas observadas. Notamos, também, o aumento da síntese de colágeno, proteína responsável, entre outras coisas, pela firmeza da pele. Em razão desse aumento, a pele das voluntárias rejuvenesceu”, afirma Fernanda.

Embora, em princípio, testado somente em mulheres, pessoas de ambos os sexos, de diferentes idades, também podem usufruir dos efeitos positivos do novo aparelho. “Já existem estudos que comprovam a eficácia do equipamento infravermelho em pessoas jovens, que tiveram hipertrofia muscular. O infravermelho associado à musculação também traz bons resultados”, afirma Cristina Kurachi.

Resultados comprovados

Para efeitos de comparação, as voluntárias que participaram dos testes iniciais foram divididas em três grupos: o primeiro com pacientes sedentárias, o segundo com pacientes que se exercitaram na esteira ergométrica e o terceiro com exercícios na esteira associados ao infravermelho.

Além da melhora do desempenho físico, como o aumento da força muscular e da capacidade aeróbia, outros benefícios também foram verificados. Em relação ao nível de colesterol no organismo, o terceiro grupo apresentou uma melhora 20% maior em relação ao segundo. Outro dado numérico diz respeito à atenuação de perda de massa óssea em 50% nas pacientes do terceiro grupo. “O segundo grupo também teve melhoras e resultados positivos, mas foram inferiores àqueles observados nas pacientes que fizeram os exercícios associados ao infravermelho”, explica Fernanda.

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Atualmente, Fernanda, após ter concluído seu doutorado e iniciado o pós-doutorado, realizará novos testes para explorar mais os efeitos dos LEDs infravermelho na reabilitação, no desempenho esportivo e na estética corpórea.

Quando a indústria entra em jogo?

Preços de venda do aparelho ainda não foram pensados. De acordo com Cristina, a patente do produto já foi solicitada e está prestes a ser concedida. “O interesse de empresas em construir o aparelho só virá depois de termos demonstrado, efetivamente, os diversos resultados atingidos com o equipamento”, conta.

Fernanda diz que muitas academias de ginástica e clínicas de estética já demonstraram enorme interesse em fornecer um espaço físico para alocar o aparelho e permitir testes com outras voluntárias. “Temos muitas propostas e estamos negociando para ver qual estabelecimento oferece um melhor ambiente, adequado aos testes. A ideia é que, nessa segunda fase, qualquer pessoa possa participar, não importando o sexo ou idade”.

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Mas, no que se refere à metodologia, protocolo e análise de resultados da pesquisa, parte que cabe à universidade, muitos passos já foram dados em direção à conclusão dos estudos. Notícia muito boa para as academias, mas talvez nem tanto aos sedentários de carteirinha, que não terão mais desculpas para não fazer os, cada dia mais essenciais, exercícios físicos.

Assessoria de Comunicação

19 de outubro de 2011

Palestra falará do país mais feliz do mundo

A Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) dá continuidade a sua programação com a palestra “A nossa felicidade e a felicidade do Butão”, onde o professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Jorge Oishi, discorrerá sobre o país considerado o “mais feliz do mundo”.

A palestra está marcada para hoje, 19 de outubro, e terá início às 14h30, no anfiteatro do Instituto de Química de São Carlos (IQSC).

Confira, abaixo, a programação completa da SIPAT:

SIPAT

Assessoria de Comunicação

18 de outubro de 2011

Representantes dos servidores técnicos e administrativos da CCRH

A partir de 13 de outubro e até 10 de novembro, estão abertas as inscrições para eleição dos representantes dos servidores técnicos e administrativos, junto à Comissão Central dos Recursos Humanos (CCRH).

As inscrições serão feitas através de requerimento, na Secretaria Geral da USP, mediante declaração, expedida pelo Serviço de Pessoal (SvPess), informando que o candidato é servidor no exercício de suas funções.

A eleição será feita através de voto secreto e direto e escolherá três representantes dos servidores técnicos e administrativos (e seus respectivos suplentes), junto à CCRH e será realizada em uma única fase, no âmbito do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em 22 de novembro.

Assessoria de Comunicação

18 de outubro de 2011

Evento traz programação artística

SIFSCDepois de inaugurada, na última segunda-feira (17), a Semana Integrada da Graduação e Pós-Graduação do Instituto de Física de São Carlos (SIFSC 2011) dá continuidade à sua programação.

Desde 8 da manhã, em todos os dias do evento, há uma programação repleta de mini-cursos, palestras e workshops, além de apresentações artísticas, como a que será realizada no dia 18, pelo Grupo de Teatro “Atuando em Psi-IFSC”, no dia 19, pela Orquestra Filarmônica da USP/Ribeirão Preto e no dia 20 pelo “Grupo Andaime de Teatro”.

Para ter acesso à programação completa do evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

18 de outubro de 2011

XIV Semana do Livro e da Biblioteca na USP

O IFSC realizará, de 24 a 27 de outubro, a XIV Semana do Livro e da Biblioteca na USP, no âmbito do Fórum de debates SIBI/USP (Sistema Integrado de Bibliotecas da USP) 30 anos, que nesta data especial centralizará suas discussões no tema “As Bibliotecas da USP, o Ensino e a Pesquisa”.

Na programação, está prevista uma tarde de palestras, a ser realizada no Auditório Prof. Luiz Antonio Favaro do ICMC/USP. Os palestrantes convidados são importantes dirigentes da USP, como a Profª Dra. Sueli Mara Soares P. Ferreira, Diretora Técnica do SIBI/USP, o Prof. Dr. Marco Antonio Zago, Pró-Reitor de Pesquisa da USP, a Profª Dra. Eunice Ribeiro Durham, membro do Conselho do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP, e Rosely Favero Krzyzanowski, Coordenadora da Biblioteca Virtual/CDi/FAPESP.

O evento é uma organização das Bibliotecas: CCSC, CDCC, ICMC, FOB, EESC, IQSC e IFSC, com apoio do Departamento Técnico do SIBi/USP e da IPTV.

Veja a programação em detalhes:

 

14h

Abertura – Prof. Dra. Sueli Mara Soares P. Ferreira

(Diretora Técnica do SIBiUSP)

14h20

Prof. Dr. Marco Antônio Zago

Pró-Reitor de Pesquisa da USP)

15h

Rosaly Favero Krzyzanowski

(Biblioteca Virtual/FAPESP)

15h40

Profa. Dra. Eunice Ribeiro Durham

(Diretora Científica do Núcleo de Pesquisa sobre o Ensino Superior da USP)

16h20

Debate

Mediadora Prof. Dra. Sueli Mara Soares P. Ferreira

(Diretora Técnica do SIBiUSP)

17h

Encerramento e Coffee Break

Além disso, o IFSC ainda promoverá, entre os dias 24 e 27 de outubro, duas campanhas importantes. Na primeira, que abordará o tema “Preservação do acervo”, haverá uma exposição de cartazes sobre o tema e sobre a preservação também do mobiliário da biblioteca, e os mouse pads dos equipamentos de informática da Biblioteca terão ilustrado o tema em questão. Na segunda campanha, sobre Sustentabilidade, será realizada uma distribuição de folders sobre programas de sustentabilidade na USP e na cidade de São Carlos, além da exibição do filme “Home – nosso planeta, nossa casa”.

 

Assessoria de Comunicação

17 de outubro de 2011

Concurso de Fotografias premia vencedores

O II Concurso de Fotografias do IFSC premiou nesta segunda-feira, 17, as três melhores fotos inscritas no programa. A premiação foi realizada no âmbito da abertura da Semana Integrada da Graduação e da Pós-Graduação do IFSC, às 11 horas da manhã, no Salão de Eventos da USP. Cerca de trezentas pessoas formavam a platéia da premiação.

O Concurso teve início no mês de agosto, quando as inscrições foram abertas, para que qualquer membro da comunidade USP-São Carlos pudesse participar com, no mínimo, três fotos. O objetivo era registrar, com um olhar artístico, as atividades cotidianas do Instituto, de forma que a perspectiva do público ficasse em evidência.

Assim, de 26 a 30 de setembro uma exposição itinerante levou todas as fotos para serem exibidas para a USP, dos Laboratórios de Ensino ao Hall da Biblioteca do IFSC. O público pôde votar em suas fotografias preferidas. Segundo a comissão organizadora, 226 votantes foram registrados. Além do voto popular, a opinião de três fotógrafos profissionais ajudou na avaliação das 82 fotos inscritas.

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Com isto, três participantes da USP São Carlos foram premiados. O terceiro lugar, Luis Fernando Reyes, foi premiado com um HD externo; o segundo, Nilton Palmeira Pacífico Junior, levou para casa uma câmera fotográfica digital; e o primeiríssimo lugar, Glaucia Elena de Moura Dotta, recebeu um netbook.

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As fotos inscritas ampliam consideravelmente o banco de fotos do Instituto de Física de São Carlos e podem, eventualmente, integrar as ilustrações de nosso site. As fotos premiadas serão divulgadas em breve, fique atento!

Assessoria de Comunicação

17 de outubro de 2011

Representantes e suplentes dos servidores técnico-administrativos

Acontece, amanhã, 18 de outubro, a eleição de dois representantes- e respectivos suplentes- dos servidores técnico-administrativos junto à Congregação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A votação ocorrerá nos seguintes horários e locais do IFSC: das 8h30 às 10 horas, no saguão térreo do prédio da Administração, das 14 às 15h30 na entrada do prédio dos Departamentos e das 18h30 às 20 horas no atendimento do Serviço de Graduação.

Os candidatos para o cargo em questão são os servidores Herbert Alexandre João e Paulo Rogério Blandino.

O IFSC conta com a participação de todos!

Assessoria de Comunicação

14 de outubro de 2011

LHC e seus desdobramentos protagonizaram discussão

O Grande Colisor de Hádrons, mais conhecido pela sigla em inglês, LHC, foi o protagonista no Colloquim diei realizado no último dia 14, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A explicação dos experimentos e resultados alcançados, até o momento, pelo maior acelerador de partículas, com maior energia, existente no mundo, foi conduzida pela pesquisadora carioca, Carla Göbel Burlamaqui de Mello, professora-assistente do Departamento de Física da PUC-Rio.

Coloquio-7Termos como cromodinâmica quântica, liberdade assintótica, interação eletromagnética e gravitacional foram alguns dos citados durante o colóquio, que contou com uma grande plateia, formada por docentes e alunos do Instituto e de outras Unidades do campus.

Próxima discussão

Em virtude da Semana Integrada da Graduação e Pós-Graduação (SIFSC 2011) e dos feriados no início de novembro, o Colloquium diei só será retomado em 11 de novembro, com discussão que será conduzida por Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, docente do IFSC.

Para mais informações sobre o programa, acesse http://www.ifsc.usp.br/coloquio/index.html

Assessoria de Comunicação

13 de outubro de 2011

Pesquisadores do IFSC tem projetos aprovados

FAPESP

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), através do programa “Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE)”, selecionou 32 propostas de diversas áreas do conhecimento para financiar, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de pesquisas inovadoras, a serem executadas em pequenas empresas, sediadas no estado de São Paulo, sobre importantes problemas em ciência e tecnologia que tenham alto potencial de retorno comercial ou social.

Das propostas aprovadas, duas são projetos de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP): a primeira, desenvolvida pelo docente, Sérgio Mascarenhas Oliveira, na área de Engenharia Biomédica, propõe o registro e comercialização de um equipamento, para monitoramento, minimamente invasivo, da pressão intracraniana.

O segundo projeto é do pós-doutorando do Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag) do IFSC, Mário Alexandre Gazziro, na área de eletrônica industrial, para o controle de precisão de micromotores para odontologia.

O FAPESP-PIPE, uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), foi lançado em 1997 e, atualmente, encontra-se em sua terceira fase. Até o momento, existem 78 projetos de pesquisa em andamento e 920 já concluídos. “Fiquei muito contente, especialmente pelo fato de que, o projeto que desenvolvi nas duas primeiras fases, necessitava de recursos para certificação médica, nacional e internacional, o que só é possível de se conseguir na terceira fase. Nesta fase, podemos, também, utilizar os recursos e estratégias de marketing e divulgação, como custeio de feiras e eventos, algo que não era comum nas outras fases do programa”, comemora Mário que, para o projeto que desenvolve, obteve financiamento de R$400 mil, teto máximo concedido aos projetos inscritos no programa.

Para saber mais sobre o programa FAPESP-PIPE, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

13 de outubro de 2011

Vencedor será anunciado no início da próxima semana

Na próxima segunda-feira, 17 de outubro, ocorrerá a premiação do “II Concurso de Fotografias do IFSC”.

A Comissão Gespública de Gestão da Qualidade e Produtividade do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), junto à Diretoria do Instituto, convida a todos para participar da premiação, que ocorrerá no Salão de Eventos do campus USP/São Carlos, no âmbito da solenidade da Semana Integrada de Graduação e Pós-Graduação (SIFSC 2011), onde o vencedor do concurso será anunciado às 11 horas.

As fotografias do concurso ficarão expostas durante o SIFSC e o nome dos ganhadores (1º, 2º e 3º lugar) estarão disponíveis no site http://www.ifsc.usp.br/ifsccomarte/

Assessoria de Comunicação

13 de outubro de 2011

Evento foi marcado por ricas discussões

Muito saudosismo, entusiasmo, discussões e reflexões. Foi nesse clima que decorreu a comemoração dos “100 mil títulos de pós-graduação da USP” do campus São Carlos, que contou com presenças e participações ilustres de pesquisadores e empreendedores do mundo científico.

O evento, que foi oficialmente inaugurado em 6 de outubro, com uma exposição no saguão do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), contou com a presença de Vahan Agopyan, professor titular da Escola Politécnica da USP e atual Pró-Reitor de Pós-graduação da referida universidade, para celebrar a inauguração.

No dia seguinte, 7 de outubro, apresentações motivadoras com foco, especialmente, na educação e inovação tecnológica brasileira foram realizadas. Compuseram a mesa Tito Bonagamba, coordenador da câmara de avaliação da Pró-Reitoria de Pós-graduação, Luiz Agostinho Ferreira, docente do IFSC, que representou o diretor da Unidade, Antonio Carlos Hernandes, José Carlos Maldonado, diretor do ICMC, Albérico Borges Ferreira da Silva, diretor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), Geraldo Roberto Martins da Costa, diretor da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e Renato Anelli, presidente da comissão de pós-graduação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP).

Tito, brevemente, discorreu sobre a história da fundação da USP, desde 1827, quando Dom Pedro I fundou a Academia de Direito de São Paulo (atual Faculdade de Direito da USP), passando pela fundação do CNPq (1951), CAPES (1951), EESC/USP (1952), Petrobrás (1953) e FAPESP (1962) e citando importantes nomes, como José de Alencar, Castro Alves e Raul Pompéia, que passaram pela Universidade.

Após uma breve introdução, foi a vez de Sílvio Goulart Rosa Júnior, presidente do ParqTec, trazer uma discussão polêmica, onde sugeriu que é preciso que o Brasil trabalhe na resolução de problemas internos, especialmente de cunho social, para chegar ao efetivo desenvolvimento. Afirmou que a inovação tecnológica deve ser centro de discussões no Brasil.

Sílvio deu lugar a João Fernando Gomes de Oliveira, presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do estado de São Paulo, que traçou um breve histórico do IPT, assim como conceitos básicos para produção de projetos tecnológicos, defendendo a transmissão de conhecimentos em todas as áreas.

Na sequência, foi a vez de Sílvio Crestana, presidente da Embrapa que, como seus colegas, traçou um breve panorama dos institutos agronômicos brasileiros e discutiu, rapidamente, segurança energética, alimentar, territorial e ambiental. Apresentou diversos números relacionados à produção agropecuária, no Brasil, e parabenizou a USP por ser uma das principais fornecedoras de talentos na pesquisa nacional.

Finalmente, o debate reflexivo foi encerrado por Paulo Edson Lopes, coordenador do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CENPES) e, também, engenheiro do Petrobrás, que discorreu sobre a parceria tecnológica entre USP e Petrobrás, frisando que a empresa, em princípio, só possuía um eixo tecnológico e, hoje, abriga a pesquisa.

Depois dos debates, convidados e participantes prestigiaram a exposição no saguão da biblioteca do ICMC. Às 19h15 houve o concerto do Ensemble Mentemanuque, no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, que apresentou composições de Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Händel, encerrando com chave-de-ouro uma comemoração que teve muitos motivos para ser realizada.

Clique aqui para ver algumas fotos do evento.

Assessoria de Comunicação

11 de outubro de 2011

Programa se despede com clássico de Stanley Kubrick

Na próxima quinta-feira, 13 de outubro, o “Arena de Debates em Ficção Científica” se despede com a exibição de um dos maiores clássicos da sci fi hollywwodiana, “2001: uma odisseia no espaço”.

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O programa, uma iniciativa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag), teve início em 18 de agosto e exibiu um total de oito produções sendo que, em cada uma delas, um convidado especial, de maneira descomplicada e interativa, trouxe debates e reflexões à plateia, a respeito daquilo que se tornou realidade em nossos dias e o que poderia vir a sê-la. “Percebemos que, desde o início, houve uma grande quantidade de participantes. Os filmes mais clássicos atraíram muita gente, os mais novos nem tanto, mas pude notar uma plateia fiel, que participou de todos os encontros”, conta Mário Alexandre Gazziro, aluno de pós-doutorado do CIERMag e organizador do “Arena”.

Sobre a continuidade do programa, que tem o apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo (USP), Mário afirma que existe um convite para o “Arena 2012”, junto ao Comitê de Extensão e Cultura do Departamento de Computação da USP/São Carlos. “Nessa segunda fase, pretende-se reduzir o número de filmes pela metade. Mas, desejamos trazer uma inovação: curtas metragens exibidos em 3D”, adianta Mário.

O último encontro do Arena, a ser realizado no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, como de costume, terá início às 19 horas e, novamente, toda comunidade está convidada a comparecer. A entrada é gratuita.

O convidado especial é Raul Habesch, físico formado pelo IFSC e escritor de crônicas de ficção científica, que realizará o debate, com a plateia, por vídeo-conferência.

O auditório fica localizado no campus I, da USP, à Avenida do Trabalhador são-carlense, 400, Parque Arnold Schimidt.

Assessoria de Comunicação

11 de outubro de 2011

Inscrições têm início essa semana

 O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do edital ATAc/IFSC-052/2011, abre as inscrições para o Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE), referente ao 1º semestre de 2012.

As inscrições estarão abertas de 13 de outubro a 7 de novembro de 2011, das 10 às 12 horas e das 14 às 16 horas, exceto feriados e pontos facultativos, no atendimento do Serviço de Pós-Graduação do IFSC (prédio da Administração, 2º piso).

O programa, destinado a aprimorar a formação de alunos de pós-graduação para a atividade didática de graduação, está composto em duas etapas: preparação pedagógica e estágio supervisionado em docência, este segundo com duração de cinco meses (início em 1º de fevereiro e término em 30 de junho), devendo ser realizado após a primeira etapa (as etapas não poderão ser realizadas paralelamente).

Só poderão se candidatar para participar da etapa de estágio supervisionado em docência, exclusivamente, os alunos regularmente matriculados em programas de pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP).

Para ter acesso à ficha de inscrição e disciplinas ofertadas, clique nos links anteriores. Informações adicionais estarão à disposição dos interessados no Serviço de Pós-Graduação do IFSC, nos dias e horários acima mencionados.

Assessoria de Comunicação

10 de outubro de 2011

China desenvolve processo de fusão nuclear eficiente, afirma pesquisador do IFSC

Um pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) participou da delegação brasileira na 2ª Conferência Brasil-China em Computação Científica, em julho deste ano, e voltou para seu país natal surpreso com as revelações feitas pela delegação chinesa em uma das palestras – o país está envolvido em um sólido projeto de desenvolvimento do processo de fusão nuclear

O pesquisador José Eduardo Martinho Hornos, do Grupo de Métodos Matemáticos em Ciências Moleculares do IFSC, acompanhou a comissão científica brasileira que viajou à Pequim, na China, na última semana de julho deste ano, para visitar o Instituto de Física Aplicada e Matemática Computacional, ligado à Academia de Ciências da China. O interesse principal do pesquisador era investigar as últimas pesquisas chinesas em computação de alto desempenho. “Particularmente, eu fui ao encontro do diretor responsável pelo desenvolvimento do computador TH1A, que na oportunidade era o computador mais rápido do mundo, substituído agora pelo K Computer do Japão”, explica Hornos.

usinachinaO aspecto interessante é que, em meio a essa investigação dos supercomputadores, a equipe participou da exposição do diretor do Instituto sobre as dificuldades matemáticas e as soluções necessárias para o controle do processo de fusão nuclear induzida por lasers de alta potência. Isso foi surpreendente para a comunidade brasileira, que não tinha conhecimento sobre o desenvolvimento desta pesquisa. Alguns sabiam da existência de um programa análogo que se desenvolve no Lawrence Berkeley National Laboratory, nos Estados Unidos, mas o andamento do projeto chinês era totalmente desconhecido pela comunidade científica do Brasil.

Fusão nuclear?

A principal vantagem desta inovação seria a produção de energia segura e limpa, sem rejeitos a serem lançados ao meio-ambiente. Seu funcionamento imita as reações ocorridas no Sol, mas seu combustível é o hidrogênio, que não libera nenhum rejeito e resíduo radioativo que são potencialmente danosos ao meio ambiente e ao ser humano e que precisam ser armazenados, atualmente, com grandes cuidados.

Segundo o pesquisador, especialista em Energia Nuclear, o projeto de fusão a laser enxergava dois grandes obstáculos que inibiam sua eficácia, a despeito da ansiedade gerada pelo conhecimento de seu potencial energético. “A primeira dificuldade é que a energia consumida pelo equipamento era maior do que a energia que ele conseguia produzir, e a segunda é que a ignição, ou seja, o início do processo de fusão, era desconhecido”, explica Hornos. Em bombas nucleares ativadas por fusão, a ignição se dá através da combinação de núcleos de hidrogênio e hélio, que implodem no núcleo da bomba e liberam quantidades de energia gigantescas; já no Sol, onde também ocorre este processo, a fusão é possibilitada devido às pressões de confinamento gravitacionais que ele sofre. Porém, os processos de ignição aplicáveis para um reator de fusão nuclear eram desconhecidos.

Não obstante, estes dois problemas parecem ter sido largamente superados pela equipe chinesa. A questão sai, agora, do âmbito científico, para se tornar uma questão tecnológica, já que, apresentando uma produção de energia eficiente e controlando a ignição do processo, o próximo passo deste desenvolvimento seria a produção de um primeiro reator cujo funcionamento seja à base de fusão nuclear.

Poder econômico

A fissão nuclear, processo utilizado hoje para a produção de energia em todo o mundo, é baseada na exploração do urânio que, em sua forma enriquecida, é o principal elemento do combustível nuclear. Segundo Hornos, as reservas de urânio do planeta devem ver-se esgotadas em quinhentos anos, um período histórico relativamente curto. E o petróleo, por sua vez, também não tem perspectivas de vida longa. Já a fusão utiliza-se de hidrogênio, ou seja, basicamente água.

“Eu pude perceber que ambos os laboratórios que trabalham com a fusão atualmente preferiram manter, todo esse tempo, as suas pesquisas em um nível de discrição muito alto, e eu acredito que isso se dê, evidentemente, pelo poder econômico e consequente domínio que terá a primeira nação que desenvolver um reator de fusão nuclear, já que isso significa ter em posse uma fonte ilimitada de energia”, afirma o pesquisador. “O que nos assusta é que isso não é mais uma investigação abstrata, uma idealização, é uma atividade científica e tecnológica com cronograma”, completa.

E o Brasil?

Em relação às futuras usinas de energia nuclear por fusão, Hornos diz que elas seriam consideravelmente mais eficazes do que as usinas atuais. Para se ter idéia, o processo de fusão remonta toda a energia básica do Sistema Solar. O problema que mais causa preocupação no momento é que o Brasil não tem as menores condições de estudar o processo de fusão induzido por lasers. “O Brasil não tem sequer tecnologia suficiente para produzir os lasers de alta potência necessários para o desenvolvimento deste processo, ou recursos humanos para desenvolvê-lo”, afirma ainda Hornos.

hornosfusaoTendo esse quadro em vista, o docente afirma que a função do pesquisador brasileiro, em relação a esta inovação, é manter a sociedade informada e alerta às transformações científicas e tecnológicas que possam interferir em suas vidas. A crise mundial de energia e dos insumos de produção dá origem a uma necessidade imediata de repensar as diretrizes das políticas energéticas, de modo a definir melhor a natureza dos combustíveis renováveis, os efeitos danosos que o processo utilizado pode causar à natureza e ao homem, e o índice de produtividade de cada técnica. “Nossa obrigação é informar a comunidade sobre essas diretrizes, enquanto estudamos o assunto de maneira quase amadorística, como uma extensão de serviços à sociedade, pois não temos condições, no momento, de integrar uma pesquisa deste porte”, lamenta Hornos. E isso serve de lição, segundo ele, pois “a ciência brasileira precisa de uma grande reestruturação para que passe a observar os problemas nacionais reais, e não podemos mais ficar para trás nestas áreas, porque já perdemos muitas oportunidades”, finaliza ele.

Assessoria de Comunicação

7 de outubro de 2011

Evento congregou pesquisadores de diversas Unidades do campus

O “IV Panorama da Óptica”, realizado na última quinta-feira, 6 de outubro, foi de grande sucesso!

1Além de contar com a participação de diversos e alunos e docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), químicos, engenheiros e biofísicos de outras Unidades do campus estiveram presentes, para acompanhar as palestras, ministradas por pesquisadores, nacionais e internacionais.

Niklaus Ursus Wetter, do IPEN (autarquia associada à USP) e Mauro Luciano Baesso, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) apresentaram suas pesquisas, embasadas no preparo de lasers de fibra e vidros emissores de luz branca.

Baseando-se em processos ópticos não-lineares, Lino Misoguti, do IFSC, Carlos Lenz César, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Randy A. Bartels, da University of Colorado (EUA) discorreram sobre os fundamentos da geração de altos harmônicos e suas aplicações em microscopia.

O evento, uma iniciativa do Grupo de Fotônica do IFSC, contou com o apoio da Diretoria do IFSC, comissão de graduação e pós-graduação do IFSC, Programa de Ciência e Engenharia dos Materiais da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Pró-reitoria de Pós-graduação da USP, Fundo de Fomento às Iniciativas de Cultura e Extensão da Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária, OSA e empresa Lynx.

Assessoria de Comunicação

7 de outubro de 2011

IFSC recebe violinista recém-premiado

O violinista recém-premiado no 7º Prêmio de Cultura “Bravo!”, Cláudio Cruz, se apresentará, hoje, no auditório do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Prof. Sérgio Mascarenhas”.

No concerto musical “Enseble Mentemanuque”, Cláudio será acompanhado por Tatiana Castanheira (soprano solista), Marcelo Soares e Reginaldo Nascimento (violinos), William Rodrigues (viola), Julian Tryczynski (violoncelo), Márcio Maia (contrabaixo) e Rubens Russomanno Ricciardi (cravo).

O programa, intitulado “Grandes mestres do barroco”, terá repertório que inclui composições de Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Händel.

O concerto faz parte da comemoração “100 mil títulos de pós-graduação da USP” e terá início às 19h15, com encerramento previsto para 20h30.

A entrada é gratuita e todos estão convidados a participar.

Para ter acesso à programação completa do evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

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