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5 de outubro de 2011

Muitos motivos para comemorar

Além do sucesso da Universidade de São Paulo (USP) no oferecimento de cursos de graduação, ela, também, apresenta em torno de 225 programas de Pós-Graduação, envolvendo todas as áreas do conhecimento. Nos diversos Programas de Pós-Graduação, distribuídos nos campi da USP, estão credenciados cerca de 6.500 orientadores e aproximadamente 23.000 alunos.

Desde a instituição oficial do sistema de Pós-Graduação da referida universidade, em 1969, são 42 anos de história e grande atividade, que ora resultam na comemoração dos “100 Mil títulos de pós-graduação da Universidade de São Paulo”, sendo 60% em nível de mestrado e 40% de doutorado. Extra oficialmente, os números totais de títulos concluídos na USP ultrapassam essa quantia, pois, desde sua fundação, em 1934, já eram concedidos, tendo sua contagem oficialmente iniciada há pouco mais de quatro décadas.

Os motivos para comemoração são muitos e a história da USP, sem semelhança com a de qualquer outra instituição de ensino, é uma razão extra para o crédito dado a esta universidade que, desde seu nascimento, possui características que lhe são peculiares.

Um dos destaques vai para suas linhas de atuação, que abarcam todas as áreas do conhecimento, qualidade que nem mesmo as universidades mais conhecidas do mundo possuem. Isso faz com que a USP seja, literalmente, incomparável a qualquer outra.

Uma história à parte

Quando oficializada na USP, a Pós-Graduação, especificamente no campus São Carlos, já nasceu com um diferencial: áreas de ensino e pesquisa em engenharia, física, matemática e química, concentravam-se, desde o início da década de 1950, em uma única Unidade, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), que abrigava todos estes cursos. Por esta razão, os atuais Programas de Pós-Graduação tiveram uma origem atípica, pois as atividades de pesquisa básica e aplicada estavam intimamente ligadas, sendo multi e interdisciplinares desde esta época. Estas atividades, que distinguem os programas de Pós-Graduação do campus de São Carlos, foram intensificadas pela presença de professores visionários.

Alguns anos depois, tais áreas de atividade concentram-se em diferentes Unidades, agregando, ainda, áreas de computação e arquitetura, que enriqueceram as atividades acadêmico-científicas do campus da USP de São Carlos.

Hoje, os programas de Pós-Graduação estão presentes em todas as Unidades do campus: Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), o recém-criado Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e Instituto de Química de São Carlos (IQSC). Com a contribuição de todos estes programas de Pós-Graduação, hoje se atinge uma marca de cerca de 10.000 títulos, uma média de 10% do total concedido pela USP como um todo, e no campus São Carlos distribuídos da seguinte forma: EESC (57%), ICMC (16%), IFSC (12%) e IQSC (15%).

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Uma comemoração marcante

Para festejar, não somente o número de títulos, mas a qualidade permanente de ensino de Pós-Graduação, todos os campi da USP realizarão eventos abertos à comunidade, incluindo exposições, palestras, debates e concertos. De acordo com o coordenador geral do evento, o Prof. Carlos Alberto Carlotti Júnior, da FMRP-USP, além da celebração, em si, haverá discussões a respeito da qualidade dos programas de pós-graduação, como um todo, e sua relação com a sociedade.

Em São Carlos, as comemorações dos “100 mil títulos de pós-graduação da USP” têm início com uma exposição de Ciência e Tecnologia, no saguão da biblioteca do ICMC, que será inaugurada pelo Pró-reitor de Pós-graduação da USP, Vahan Agopyan, no dia 6 de outubro, a partir das 14 horas.

Para ter acesso à programação do evento, somente do campus de São Carlos, clique aqui.

Para ter acesso à programação geral, assim como inscrever-se nos eventos, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

5 de outubro de 2011

Novo colaborador do Grupo de Ressonância Magnética

Desde 3 de outubro de 2011, o IFSC conta com a colaboração de um novo servidor, a saber:

 

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Professor Doutor Hellmut Eckert,

Admitido junto ao FFI/RMN – Grupo de Ressonância Magnética

 

O IFSC dá as boas-vindas ao novo colaborador!

Assessoria de Comunicação

5 de outubro de 2011

Pesquisador do IFSC recebe menção honrosa em Prêmio de melhores teses da USP

A Universidade de São Paulo comemora, nesta semana, o número de 100 mil títulos de pós-graduação, com atividades abertas à comunidade em todos os seus campi. No campus de São Carlos, a programação terá início com uma exposição de Ciência e Tecnologia, no saguão da biblioteca do ICMC, a ser inaugurada pelo Pró-reitor de Pós-Graduação da USP, Vahan Agopyan, às 14h do dia 6, quinta-feira.

Ainda no âmbito destas comemorações, em São Paulo, mais especificamente no Memorial da América Latina, será realizada a entrega do Prêmio Tese Destaque USP 2011, que premia as melhores teses do ano em cada uma das nove áreas do conhecimento reconhecidas pela pós-graduação brasileira (Ciências Exatas e da Terra; Ciências Biológicas; Engenharias; Ciências da Saúde; Ciências Agrárias; Ciências Sociais Aplicadas; Ciências Humanas; Linguística, Letras e Artes e Multidisciplinar). Dentro de cada uma destas áreas, a USP premia o autor e o orientador da melhor tese e entrega até duas menções honrosas.

Na área de Ensino Multidisciplinar, um aluno do próprio IFSC será consagrado com uma menção honrosa, que também é premiada. Orientado pelo Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Jr, docente do Grupo de Polímeros, o aluno Felippe José Pavinatto, do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ciência e Engenharia dos Materiais, desenvolveu uma pesquisa que gerou a tese intitulada “Interação entre quitosana e modelos de membrana celular: filmes de Langmuir e Langmuir-Blodgett (LB)”.

No dia 9 de outubro, domingo, o pesquisador verá seus esforços recompensados em uma cerimônia de premiação em que receberá, ao lado de seus colegas e professores, seu prêmio em dinheiro e seu certificado.

Os trabalhos do Prêmio Tese Destaque são julgados por uma comissão científica que avalia a relevância científica, o rigor metodológico e o impacto na área e na sociedade, critérios que situaram Felippe muito bem em meio a tantas inscrições.

Para acessar a lista de teses que serão premiadas no dia 9 de outubro, ou o regulamento do Prêmio, acesse http://www.prpg.usp.br/100mil/?cat=3.

A programação da premiação também está acessível em http://www.prpg.usp.br/100mil/?p=427.

Assessoria de Comunicação

5 de outubro de 2011

VI Semana de Licenciatura em Ciências Exatas

Na segunda-feira, 3 de outubro, houve a abertura da VI Semana da Licenciatura em Ciências Exatas.

O evento contará com diversos educadores da área em questão, para ministrar palestras e mini-cursos aos participantes, tendo como foco o ensino de ciências, em espaços não formais (tema do evento).

Segue, abaixo, a programação completa do evento, a partir da presente data:

Dia e hora Local Evento Responsável
4/10; 19 horas auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” Mini-curso “Mão na Massa”

Angelina Sofia Orlandi Xavier

5/10; 19 horas auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”

Palestra

“A identidade cultural como problema para o ensino da Física: o papel da divulgação da ciência brasileira”

Prof. Dr. Ivan Gurgel

5/10; 19 horas auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” Palestra

“Museus e Centros de Ciências no Brasil: trajetória histórica e potencialidades educacionais”

Prof. Dr. Jorge Megid Neto

6/10; 19 horas anfiteatro verde dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF)

Mini-curso

“Mágicas que ensinam matemática”

Prof. Dr. Pedro Luiz Ap. Malagutti

6/10; 19 horas local a definir

Mini-curso

“Ensino de Química em espaços não formais: possibilidades e desafios”

Profª Drª Silvia Regina Quijadas Aro Zuliani

6/10, 19 horas anfiteatro azul dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF) Mini-curso

“Incorporando elementos de Física Solar a atividades em sala de aula: novas perspectivas para o Ensino de Física”

Pedro Donizeti Colombo Júnior

Para informações ou dúvidas à respeito do evento, acesse o site www.licenciatura.ifsc.usp.br/ou escreva para selic2011@gmail.com

Assessoria de Comunicação

4 de outubro de 2011

Normas para apresentação de teses e dissertações

Já está disponível na página principal do SBI/IFSC o Modelo para Elaboração de Dissertações e Teses defendidas no IFSC, cujo objetivo é facilitar a elaboração do documento da tese ou dissertação de acordo com a normalização da publicação “Diretrizes para apresentação de dissertações e teses na USP”.

Em caso de dúvidas, basta entrar em contato pelos números (16) 3373-9778/ 9782 ou escrever para mcdziaba@ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação

4 de outubro de 2011

Novo material possibilita emissão de luz que não prejudica a visão

Uma pesquisa que teve início em 2004, no Instituto de Física de São Carlos, recebeu, neste ano de 2011, o seu registro de patente no European Patent Office (ou Escritório Europeu de Patentes), na França, pelo desenvolvimento de um nanomaterial que, associado à luz, não incomoda a visão

fotofobiaTodos nós sabemos o quanto pode ser incômodo e, por vezes, doloroso o contato com uma fonte de luz, seja do sol, de faróis de veículos ou de qualquer lâmpada comum. Isso acontece porque a retina dos olhos é formada por células extremamente fotossensíveis, que podem ser prejudicadas pela incidência da luz ultravioleta, levando à fotofobia. A defesa mais comum contra este problema, até agora, era controlar a intensidade de luzes artificiais ou utilizando lentes escuras, o que nem sempre se mostra eficiente, já que neste caso a pupila se mantém dilatada e mais vulnerável à atuação da luz UV (ultravioleta).

Agora, no entanto, esse quadro pode ser modificado, pois uma pesquisa desenvolvida durante sete anos em uma parceria do Brasil com a França conseguiu produzir um material que, associado a fontes emissoras de luz, pode inibir a emissão dos raios que incomodam e prejudicam um dos sentidos mais importantes do homem.

Efetivamente, o que se tem é a produção de um nanomaterial que possibilita a conversão de luz UV em luz visível. “Essa conversão acontece em uma faixa de comprimento de onda que cobre todo o visível – essa é a chamada luz branca”, explica o Professor Dr. Antonio Carlos Hernandes, autor do projeto financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior). A luz branca já foi largamente investigada no mundo acadêmico, mas o interessante desta pesquisa é que o material desenvolvido tem o centro de comprimento de onda pendente para o lado do espectro vermelho, ao contrário dos materiais já desenvolvidos, que tem o centro da luminescência para o lado do azul. “Esse tipo de luz é chamada de luz fria, que é aquela luz do farol do carro, por exemplo, que é branca, emitida por LEDs e incomoda um pouco os olhos”, explica Hernandes. O material desenvolvido, então, emite uma luz branca quente, que não incomoda a visão.

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O material, na verdade, é um pó, à maneira dos que já são, atualmente, utilizados em lâmpadas comuns, que se alimentam de descarga elétrica. O material deve ser depositado na lâmpada, sendo excitado através de LEDs ultravioleta, para transformar essa emissão em luz branca. “O princípio é muito simples, o desafio era desenvolver um material que apresentasse uma taxa de conversão eficiente, e nós conseguimos elevar esta taxa a 90%”, esclarece o pesquisador, que também é diretor do IFSC/USP. E, segundo ele, a função desta pesquisa era desvendar cada etapa desta conversão, procurando os erros que diminuiam a capacidade de conversão do material e corrigindo uma a uma.

Nos sete anos em que a pesquisa foi desenvolvida, todos os mecanismos de processamento deste tipo de luz foram investigados, para se chegar em um material que fosse realmente diferenciado. A conversão da luz UV em luz branca é, neste estágio do projeto, extremamente eficiente. Todo o processo tecnológico é, agora, conhecido e dominado.

História

Em janeiro de 2004, o projeto foi idealizado no seio do Grupo de Pesquisa “Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos”, abrigado pelo IFSC. A partir daí, o doutorando em Física Aplicada Lauro Maia, hoje professor da Universidade Federal de Goiás, iniciou os trabalhos de pesquisa, que concluiu em 2006, na defesa de sua tese. No ano seguinte, a doutoranda Cristiane Nascimento, que alguns anos mais tarde trabalharia na Université Catholique de Louvain (Bélgica), engajou-se na pesquisa, defendendo a sua própria tese em 2008.

Teses em co-tutela

Nas duas defesas de tese em questão, os pesquisadores receberam duplo diploma, ou seja, foram pós-graduados pela USP e pela Instituição Francesa parceira. A tese em co-tutela se dá no âmbito do programa Cofecub da CAPES, cujo objetivo é justamente estreitar as relações de instituições de ensino superior do Brasil e da França no desenvolvimento de projetos de pesquisa. No caso, o projeto havia sido enviado à CAPES pelo Prof. Hernandes, com o objetivo de investigar luminescência em nanomateriais. Com este intuito, portanto, os doutorandos passaram um período no exterior estagiando e contaram com pesquisadores estrangeiros na sua banca de defesa de tese. Ambos foram os primeiros estudantes do IFSC a defenderem teses em co-tutela, o que foi um marco importante para o Instituto e, sobretudo, para a carreira dos pesquisadores envolvidos. “Do ponto de vista da formação de recursos humanos, este projeto foi muito proveitoso, pois além destes alunos em co-tutela ainda temos a formação complementar dos pós-doutorandos que participaram da pesquisa”, conta o pesquisador.

Atualmente, projeto continua sendo desenvolvido entre as três instituições em questão: o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Institut Néel (CRNS) e a Université Joseph Fourier (Grenoble, França). O próximo passo seria apenas firmar uma parceria comercial para o desenvolvimento do material, o que está previsto para acontecer em breve, visto que uma empresa internacional já se manifestou com interesse em produzir a nova tecnologia.

Em 2010, IFSC-USP registrou, o número de nove patentes nacionais. “Isso é uma satisfação muito grande, pois vemos gratificado o trabalho de pessoas que se dedicaram durante anos a uma pesquisa, tentando concretizar um projeto e transformá-lo em um produto útil no mercado”, finaliza Hernandes.

Assessoria de Comunicação

3 de outubro de 2011

Eleição para representantes dos servidores técnicos-administrativos do IFSC

Estão abertas, até as 17 horas do dia 6 de outubro, na Assistência Acadêmica (2º piso, prédio da Administração), as inscrições para eleição de dois representantes e respectivos suplentes dos servidores técnico-administrativos, junto à Congregação do IFSC.

As eleições serão realizadas no dia 18 de outubro. Informações adicionais através do número (16) 3373-9781.

Assessoria de Comunicação

3 de outubro de 2011

FUVEST registra aumento no número de inscritos

A FUVEST divulgou, no último dia 30 de setembro, as estatísticas gerais da primeira etapa do processo seletivo do vestibular 2012. Encerradas as inscrições, o levantamento da instituição apontou um aumento considerável do número de estudantes participantes, além de aumento daqueles inscritos pelos programas de inclusão social da USP, INCLUSP e PASUSP, e aumento da participação dos que frequentaram escolas públicas em relação aos que frequentaram escolas particulares.

De acordo com a Fundação, o processo deste ano apresenta o total de inscritos com um aumento de 10,47% em relação ao ano passado, que registrou quase 133 mil inscrições.

A partir do questionário socioeconômico, que se encontra no Manual do Candidato, a FUVEST apresentou os seguintes números:

 

Onde você realizou seus estudos de ensino médio?

ANO 2011

2,3% Só em escola Pública Municipal no Brasil: 3054

24,8% Só em escola Pública Estadual no Brasil: 32986

0,9% Só em escola Pública Federal no Brasil: 1197

0,4% Só em escola Pública (parcialmente em escola Municipal, Estadual ou Federal): 488

65,7% Só em escola Particular no Brasil: 87407

1,6% Maior parte em escola Pública no Brasil: 2067

3,6% Maior parte em escola Particular no Brasil: 4835

0,5% Metade em escola Pública e metade em escola Particular no Brasil: 601

0,3% No exterior: 334

 

ANO 2012

2,8% Só em escola Pública Municipal no Brasil: 4170

29,4% Só em escola Pública Estadual no Brasil: 43158

0,8% Só em escola Pública Federal no Brasil: 1231

0,4% Só em escola Pública (parcialmente em escola Municipal, Estadual ou Federal): 545

61,1% Só em escola Particular no Brasil: 89752

1,5% Maior parte em escola Pública no Brasil: 2169

3,3% Maior parte em escola Particular no Brasil: 4834

0,5% Metade em escola Pública e metade em escola Particular no Brasil: 684

0,2% No exterior: 342

 

Número de candidatos inscritos no programa de inclusão social da USP (INCLUSP):

2011: 34155 (25,7%)

2012: 46104 (31,4%)

 

Número de candidatos inscritos no programa PASUSP (que também são INCLUSP):

Total de inscritos: 17358

Inscritos do 3º Ano do Ensino Médio Público: 12579

Inscritos do 2º Ano do Ensino Médio Público: 4779

 

Número de candidatos conforme sexo:

2011: masculino 60644 (45,6%) e feminino 72325 (54,4%)

2012: masculino 65714 (44,7%) e feminino 81171 (55,3%)

 

Quanto à relação candidato/vaga de todas as carreiras da FUVEST 2012, a data de sua divulgação está prevista, como de praxe, para após o dia 14 de outubro, já que a contagem dos números só pode ser realizada após das provas de Habilidades Específicas de Música – ECA – São Paulo e Artes Visuais, pois os candidatos não aprovados nessas avaliações podem optar por outras cursos.

Portanto, ao final deste mês de outubro, a FUVEST divulgará estatísticas mais completas junto à relação candidato/vaga.

Assessoria de Comunicação

30 de setembro de 2011

Prazo para inscrições termina no final de semana

Os interessados em participar da Semana da Licenciatura em Ciências Exatas têm até amanhã, 1º de outubro, para se inscrever.

O evento, que inicia sua 6ª edição no dia 3 de outubro, tem como público-alvo alunos de graduação e professores da rede de ensino de São Carlos e região, além daqueles interessados em temáticas relacionadas à educação.

Serão oferecidos palestras e mini-cursos (estes com vagas limitadas) aos participantes.

No dia da abertura da SeLic, os inscritos devem levar um quilo de alimento não-perecível ou um litro de leite.

Maiores informações podem ser obtidas no site do evento ou pelo e-mail selic2011@gmail.com

Assessoria de Comunicação

30 de setembro de 2011

Projeto será desenvolvido em parceria com o ICMC

O conhecido projeto da Arma Inteligente, desenvolvido pelo pesquisador, Mário Alexandre Gazziro, conta, agora, com nova parceria de estudos.

O projeto, iniciado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), passará a contar com a colaboração do Laboratório de Sistemas Embarcados Críticos (LSEC) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), que abriu nova linha de pesquisa para auxiliar, junto ao IFSC, nos aprimoramento da arma eletrônica, através de estudos de software e hardware do sistema.

Simultaneamente, o Centro de Imagens e Espectroscopia In Vivo por Ressonância Magnética (CIERMag) do IFSC será responsável pelo desenvolvimento da antena do dispositivo.

Pster-reduzida

Prevê-se que, até 2012, o projeto já esteja disponibilizado para empresas nacionais, que deverão se responsabilizar por produzir os kits a serem instalados nas armas de fogo.

Para saber mais detalhes sobre o projeto da nova arma, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

30 de setembro de 2011

Pesquisador da UFMG palestra no IFSC

Mais uma sexta-feira do tradicional ciclo de palestras do IFSC, os Colóquios, decorreu neste dia 20 de setembro no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas. Recebido por um público de cerca de cem estudantes, além de alguns docentes, o Professor Doutor Ronald Dickman, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), palestrou sobre os resultados de suas áreas de pesquisa: a Física Estatística e a Física Matemática.

O pesquisador intitulou sua fala “Transições de fase para um estado absorvente”, uma pesquisa cujo interesse surgiu a partir de experimentos recentes realizados por seu grupo com cristais líquidos e suspensões coloidais. O objetivo da sua fala era discutir os fenômenos e modelos básicos destas transições de fase e sua relação com a criticalidade auto-organizada, além dos efeitos de desordem que puderam ser observados no objeto da pesquisa.

O interessante é que, segundo os resultados do professor Dickman, dentro destes efeitos de desordem, percebeu-se que a desordem congelada modifica o comportamento das transições, e o pesquisador falou sobre um tipo de desordem que difunde no espaço que, por sua vez, também leva a um novo comportamento.

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Na próxima semana, não haverá Colóquio devido às comemorações das 100 mil teses defendidas na USP. Fique atento às notícias sobre a próxima edição deste ciclo de palestras.

Assessoria de Comunicação

29 de setembro de 2011

VI Semana de Licenciatura em Ciências Exatas

Já estão abertas as inscrições para a “VI Semana da Licenciatura em Ciências Exatas (SeLic)”, uma iniciativa dos alunos de graduação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP).

O público-alvo são alunos de graduação e professores da rede de ensino de São Carlos e região, além daqueles interessados em temáticas relacionadas à educação.

Para participar, é preciso se inscrever no site do evento, até o dia 1º de outubro (sábado). A taxa de inscrição é um quilo de alimento não perecível ou um litro de leite, que devem ser entregues no dia da abertura da SeLic.

No ato da inscrição, os participantes receberão um e-mail, confirmando a mesma. Caso isso não aconteça, o processo de inscrição deve ser refeito.

Durante o evento, que vai de 3 a 6 de outubro, serão ministrados mini-cursos e palestras, direcionados à área de ensino, em espaços não formais (fora de salas de aula).

Os mini-cursos tratarão de temáticas de matemática, física e química e os participantes devem optar pela participação em apenas um deles. Para o mini-curso “Mão na massa”, no dia 4 de outubro, a inscrição deve ser feita separadamente.

Todas as palestras serão ministradas no auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” do IFSC. Os mini-cursos serão realizados nas dependências do Instituto. Para todos eles, as vagas são limitadas.

Os participantes que obtiverem, no mínimo, 75% de presença no evento receberão certificado.

A SeLic conta com o apoio institucional do IFSC, IQSC, ICMC, CDCC e Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP.

Para maiores informações, acesse o site www.licenciatura.ifsc.usp.br ou escreva para selic2011@gmail.com

O IFSC fica na Avenida do Trabalhador são-carlense, 400, Parque Arnold Schimidt

Assessoria de Comunicação

29 de setembro de 2011

Modelos físicos “quase-integráveis” podem descrever fenômenos da natureza

Um pesquisador do IFSC, em parceria com a Universidade de Durham, na Inglaterra, desenvolve o conceito de sistemas físicos quase-integráveis, o que pode complementar as teorias integráveis descrevendo fenômenos naturais dos quais estas não dão conta, ocasionando, ainda, soluções tecnológicas para problemas da atualidade.

calculoAs integráveis constituem atualmente um dos grandes desafios para os estudantes das Ciências Exatas. E, ainda, um conhecimento indispensável na atualidade, já que se trata de uma equação de aplicação ampla e considerada uma das ferramentas mais eficientes para solucionar problemas da maneira mais exata possível.

Isso porque as integráveis se baseiam na equação das quantidades conservadas encontradas nos sistemas físicos investigados. Hoje em dia, para descrever um sistema, é necessário desvendar suas leis de simetria, que levam a leis de conservação – ou seja, as quantidades conservadas. E os sistemas que chamamos “integráveis” têm um número de quantidades conservadas muito grande, em geral infinito. Por exemplo, a energia e a carga elétrica são conservadas, mas, ainda, muitos outros fatores se conservam. É na busca destas outras quantidades conservadas que é possível desenvolver métodos para resolver o sistema exatamente. No entanto, estas equações se mostram menos eficientes no que diz respeito à descrição de fenômenos da natureza que, em sua grande maioria, não são descritos por teorias integráveis, já que eles não apresentam quantidades conserváveis.

Pois agora é provável que este conceito ganhe um complemento.

Dois pesquisadores têm pensado há pouco mais de um ano no conceito de quase-integrabilidade, um conceito que pode ser capaz de equacionar grande parte dos problemas de interpretação de fenômenos naturais dos quais as integráveis não dão conta.

A brecha para este novo conceito está nos modelos integráveis que têm soluções tipo sóliton – uma onda solitária muito estável que se comporta como uma partícula. Os sólitons aparecem em várias áreas da ciência: na água, em sistemas de matéria condensada, em sistemas eletrônicos e em comunicação por fibra óptica, por exemplo. E eles se comportam como partículas mesmo quando se chocam entre si, ou seja, eles interagem, mas não se destroem. A razão para isso vem, novamente, das leis de conservação que regem os sistemas integráveis.

Mas estes pesquisadores repararam que, em alguns sistemas, ao contrário dos integráveis, quando os sólitons se chocam, as quantidades conserváveis se modificam. Ao se afastar, as quantidades retornam aos valores iniciais. E, efetivamente, elas cumprem o mesmo papel que as quantidades conservadas, porque o sistema não é alterado. Estes sistemas foram chamados, então, de “quase-integráveis”.

O professor Luiz Agostinho Ferreira, do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos, autor da pesquisa junto com o Professor Wojtek J. Zakrzewski, do Departamento de Ciências Matemáticas da Universidade de Durham (Inglaterra), afirma que “essa descoberta é altamente não trivial, pois estes sistemas estão muito mais próximos de descrever fenômenos físicos reais, e não idealizados, por isso pode ter muitas aplicações”.

agostinho_quaseUm exemplo destas aplicações é o novo trabalho dos pesquisadores, que investiga uma equação integrável cujas modificações conseguem descrevem o comportamento dos pulsos de luz na fibra óptica. Não existe equações que governem a maneira como a fibra óptica interage com a luz, mas há equações aproximadas, muito difíceis de serem resolvidas, que possibilitam que se descreva numericamente as reações que acontecem ali. “Nós queremos saber se estas modificações, que não são integráveis, são quase-integráveis, pois descrever este sistema analiticamente seria algo muito significativo”, explica Agostinho. Se o sistema realmente for quase-integrável, pode haver um melhor entendimento destes fenômenos e possibilitar a modulação da fibra, a fim de ter uma previsão e um controle muito maiores de seu comportamento.

Os pesquisadores pretendem continuar investigando outros tipos de sistemas para verificar o poder da teoria, mas já se sabe que, sendo eficaz, ela poderá ser aplicada em um número muito maior de sistemas do que a teoria das integráveis. “Nossos resultados analíticos ainda são aproximados, mas nós temos argumentos de simetria que mostram que a teoria funciona”, comenta o docente. “Também, neste trabalho ainda há muitos fenômenos não-lineares que a Ciência Básica não entendeu, e pede por maiores investigações”, completa ele.

O pesquisador aproveita para enfatizar a importância da Ciência Básica que, segundo ele e ao contrário do que as pessoas podem pensar, levam a aplicações muito importantes na prática. “Todas as aplicações tecnológicas que vemos sendo realizadas são originadas a partir de fenômenos físicos e leis físicas, e por isso entender estes aspectos é muito importante”, afirma ele. “Não basta dominar a tecnologia existente, porque a inovação vem da Ciência Básica”, completa.

O artigo científico foi publicado em maio deste ano, no Journal of High Physics Energy (JHPE), sob o título “O conceito de quase-integrabilidade: um exemplo concreto”, de autoria de ambos os pesquisadores.

Para visualizar o artigo científico na íntegra (em inglês), clique aqui.

Assessoria de Comunicação

 

28 de setembro de 2011

Programa exibe “Quebra de Sigilo”

Quebra_de_SigiloNa próxima quinta-feira, 29 de outubro, o “Arena de Debates em Ficção Científica” exibe o filme “Quebra de Sigilo”, produção de 1992 (duração de 126 minutos), protagonizada por Robert Redford.

Leia, abaixo, a sinopse:

Martin Bishop (Robert Redford) é o lider de um grupo de especialistas

em encontrar falhas em sistemas de segurança.

Quando ele é chantageadopor agentes do governo para roubar uma caixa-preta ultra-secreta, seu time entra em um jogo perigoso.

Depois de recuperar a caixa, eles descobrem que ela pode decodificar todos os sistemas criptografados do mundo.

O filme retrata de forma bem realista as implicações causadas por um equipamento desse tipo.

O convidado para o debate é o professor do Instituto de Física de São Carlos, Odemir Martinez Bruno, que realiza pesquisas com criptografia, utilizando caos.

O evento tem início às 19 horas, no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”. A entrada é gratuita e todos estão convidados a participar.

Assessoria de Comunicação

28 de setembro de 2011

IV Panorama da Óptica

Já estão abertas as inscrições para o “IV Panorama da Óptica”, uma iniciativa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do Grupo de Fotônica.

O evento, que será em 6 de outubro, contará com palestras, que serão ministradas por docentes de diversas universidades, incluindo internacionais.

Segue, abaixo, a programação:

Horário Palestra Docente

8h30

Geração de terceiro harmônico com pulsos ultracurtos: influência da banda espectral e das interfaces Lino Misoguti (IFSC)
10h00 Integração de microspias e manipulações fotônicas para estudo de processos celulares Carlos Lenz Cesar (Unicamp)
13h30 Tecnologia a laser Niklaus Ursus Wetter (IPEN)
15h00 Vidros ópticos para geração de luz branca inteligente e para o desenvolvimento de lasers no infravermelho médio Mauro Luciano Baesso (UEM)
17h00 Advances in speed and resolution in nonlinear and fluorescent optical microscopies Randy A. Bartels (Colorado State University)

O Panorama conta com o apoio institucional das pró-reitorias da Universidade de São Paulo (USP), programa de pós-graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais, OSA, Lynx e do próprio IFSC.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no endereço eletrônico www.osa.ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação

27 de setembro de 2011

Projeto internacional de sustentabilidade na USP tem website

Você sabia que, desde 2009, a USP desenvolve um projeto de cooperação internacional de apoio à sustentabilidade com a Universidade Autônoma de Madri (UAM), na Espanha?

Com o objetivo de fortalecer as áreas de gestão, educação e participação ambiental em ambas as instituições, e procurando incorporar medidas sustentáveis nos procedimentos de cada uma, o programa USP Recicla, da Agência USP de Inovação, e a Equipe de Investigação em Comunicação, Educação e Participação Ambiental do Departamento de Ecologia da UAM decidiram fazer uma pesquisa para identificar e caracterizar as estruturas ambientais das duas universidades. O projeto se chama “Fortalecimento e Cooperação entre a Oficina Ecocampus (UAM) e o Programa USP Recicla” e, apoiados financeiramente pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), a comissão do projeto realizou atividades de diagnóstico que julgou melhor se adequar a cada contexto, para aprofundar a caracterização da relação entre as duas estruturas ambientais identificadas.

sustentavelDesta pesquisa originou-se uma publicação que recebeu o título “No Caminho para a Sustentabilidade: desafios e aprendizagens compartilhados entre a USP e a UAM”, contendo os resultados das atividades, as conclusões e as perspectivas.

No ano seguinte, as instituições decidiram dar continuidade a esta empreitada, promovendo eventos, fazendo pesquisas e, sobretudo, difundindo informações sobre a ambientalização universitária.

Para atender estes objetivos, a equipe do projeto idealizou uma plataforma online que aliasse informação, sensibilização, avaliação e interatividade entre as comunidades latino-americanas que compartilham a causa da sustentabilidade. E este projeto já se concretizou, dando origem à plataforma “Informação, Sensibilização e Avaliação da Sustentabilidade na Universidade”.

Nesta plataforma, os usuários têm disponível uma biblioteca virtual com diversas informações sobre o tema, como documentos, links úteis, revistas e periódicos, vídeos etc, além de uma listagem de boas práticas que os usuários cadastrados podem inserir suas ações ou conhecer as medidas tomadas pelas instituições envolvidas, e um fórum de discussões. Neste ano de 2011, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), por meio da Cátedra Anísio Teixeira IPEA/CAPES.

Conheça o site do projeto, participe e opine sobre as práticas sustentáveis do campus da USP-São Carlos. Você as conhece? O que pensa sobre elas? O que mais pode ser feito para tornar os processos do campus mais sustentáveis?

Acesse a plataforma em http://www.projetosustentabilidade.sc.usp.br

Para saber mais sobre o projeto USP Recicla, acesse http://www.inovacao.usp.br/recicla/

Assessoria de Comunicação

27 de setembro de 2011

Pesquisador do IQSC palestra sobre dinâmica não linear

A edição do Journal Club desta terça-feira, 27 de setembro, trouxe um pesquisador do nosso próprio campus de São Carlos para discutir sua área de pesquisa. Docente do Instituto de Química de São Carlos, Hamilton Varela é especialista em sistemas não lineares, e expôs para os colegas presentes o quadro geral e os resultados mais recentes da sua pesquisa intitulada “Fenômenos não lineares na interface sólido/líquido eletrificada”.

Varela tem um vasto currículo e grande experiência em áreas da Físico-Química como sistemas complexos, dinâmica não linear e eletroquímica. Entre amigos de longa data e alguns colegas de trabalho que têm contato com seu laboratório, Varela falou em português, ao contrário do que é comum no Journal Club, promovendo um ambiente íntimo e com bastante abertura a perguntas, dúvidas e sugestões, conforme o objetivo do ciclo de palestras. A interação entre os pesquisadores presentes foi bastante alta desde o princípio e durante os 50 minutos de exposição.

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Vale lembrar que nesta quinta-feira, dia 29, excepcionalmente, não haverá Journal Club. Na próxima semana, a programação volta ao normal.

Assessoria de Comunicação

26 de setembro de 2011

Exposição itinerante tem início no LEF

A partir de 26 de setembro, estão sendo expostas, nas dependências do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), as fotografias dos participantes do “II Concurso de Fotos do IFSC”.

De 26 a 28 de setembro, elas estarão expostas nos Laboratórios de Ensino de Física (LEF), no Espaço de Vivência “Prof. Horácio Panepucci”, nos dois primeiros dias das 8 às 22 horas, e no último das 8 às 12 horas.

De 28 a 30 de setembro, a exposição vai para Hall da Biblioteca do IFSC (prédio da Administração, piso térreo), no primeiro dia das 15 às 22 horas e nos outros dois dias das 12 às 22 horas.

Todos os servidores do Instituto poderão votar nas fotos expostas. A votação irá ocorrer todos os dias, das 13h30 às 17h30.

O divulgação das fotografias vencedoras e o nome dos fotógrafos serão divulgados na página do “IFSC com arte”, em outubro, em data a ser definida e previamente comunicada, através do “Comunicados IFSC” e “Informe USP São Carlos”.

Assessoria de Comunicação

23 de setembro de 2011

Aluno do IFSC realiza sonho de pós-graduação no exterior

O aluno do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares do IFSC enxergou nos laboratórios internacionais uma ótima oportunidade de desenvolver sua pesquisa em uma área ainda pouco difundida no mundo e, mesmo sem apoio financeiro das agências de fomento nacionais, engrenou um doutorado na Holanda com todos os custos pagos pela própria instituição

Com um mercado de trabalho cada vez mais exigente na seleção de profissionais especializados nas mais diversas áreas, as pessoas tem buscado mais conhecimento e uma melhor fomação profissional antes de começar suas carreiras. O intercâmbio tem sido uma das escolhas mais procuradas neste sentido, e o número de alunos que viajam para o exterior para complementar seus estudos e suas experiências de vida cresce exponencialmente. A pós-graduação no exterior certamente é também um meio importantíssimo de conseguir um avanço na vida profissional, proporcionando o contato com diferentes técnicas de trabalho, bem como a formação de uma rede internacional de contatos profissionais e a convivência com cultura e língua diferentes. É claro que estas vantagens atraem um alto número de interessados, o que causa grande concorrência e inspira muita preparação por parte dos candidatos.

Muitas universidades nacionais oferecem, atualmente, programas de intercâmbio e incentivo à pós-graduação internacional, o que facilita a relação com dificuldades como o financiamento das viagens e a escolha da universidade e do curso mais adequado. Contudo, a maior vantagem para lidar com estes problemas vem do próprio aluno. A segurança, a determinação e a dedicação são os instrumentos mais eficazes para engrenar uma carreira internacional.

O aluno Victor Caldas, do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, sonhou durante anos em cursar sua pós-graduação no exterior. Neste ano, finalmente, ele conseguiu ingressar na Universidade de Groningen, na Holanda, instituição que financiará todos os custos do seu doutorado. Conheça a história acadêmica de Victor e entenda mais intimamente quais são os percursos de um candidato a cursos no exterior.

 

Victor prestou o vestibular da Fuvest no ano de 2005, e no ano seguinte já estava cursando Ciências Físicas e Biomoleculares, o curso que mais se encaixava em seus interesses de pesquisa. “Apesar disso, eu não sabia o que me esperava”, disse ele.

Na verdade, a maioria da comunidade do IFSC não sabia o que esperar, já que o ano de 2006 foi o primeiro ano deste curso. Porém, já no primeiro semestre do curso, Victor se esforçava para se integrar aos laboratórios do grupo de Cristalografia do Instituto, contatando professores e procurando estágios disponíveis. Foi através do contato com o professor Otávio Thiemann que ele iniciou a sua pesquisa com um projeto de análise metagenômica, no qual avaliava a biodiversidade bacteriana presente em diferentes amostras de solo. “Já no início desta pesquisa, Victor mostrou ser habilidoso no laboratório, e também era muito independente, no sentido de trazer idéias novas e solucionar problemas”, conta Thiemann.

Ainda, depois disso, Victor iniciou outro projeto, desta vez relacionado com o estudo de proteínas e técnicas relacionadas. Segundo ele, fazer Iniciação Científica na graduação abriu muitas portas na sua carreira profissional, pois além de possibilitar a participação em congressos e estreitar as relações com outros pesquisadores, ele adquiriu maturidade para escolher o que pesquisar na pós-graduação que pretendia cursar e também experiência da convivência e práticas de laboratório. Seu currículo também ganhou pontos a mais, já que durante toda a graduação ele recebeu o apoio da agência de fomento FAPESP.

Foi também pelo seu projeto de Iniciação Científica que Victor resolveu estagiar durante três meses nos Estados Unidos, na University of Illinois at Urbana-Champaign. Segundo Thiemann, esta Universidade é sede de um laboratório muito importante, já que trabalha com uma área de pesquisa bastante nova e que não se vê no Brasil, que é o rastreamento do movimento de Moléculas Únicas. “Nós não temos esta técnica no Brasil, e nosso laboratório não trabalha com isso, mas Victor estava entusiasmado e nós achamos que valeria a pena, então o Grupo de Cristalografia financiou seu estágio durante três meses, juntamente com a Universidade de lá”, lembra o docente. Essa foi uma experiência muito válida para o pesquisador, que pôde conhecer técnicas diferentes em um grande laboratório especializado em sua área. Também, a experiência de morar fora do país foi muito válida, conta ele, que afirma que essa experiência foi decisiva para que ele definisse como meta para sua vida fazer doutorado no exterior: “Foi a partir daí que fiquei realmente motivado a continuar os estudos fora do país”.

Já na pós-graduação, que ele deu continuidade no próprio IFSC, muito bem colocado no processo seletivo, Victor deu continuidade ao estudo de proteínas, orientado ainda pelo Professor Otávio. Sua dissertação, financiado pela CAPES, abordou a caracterização de uma proteína Schistosoma mansoni, um dos parasitas largamente estudados pelo Grupo de Cristalografia, além da modelagem e dinâmica molecular para o estudo do mecanismo catalítico. Este foi um projeto idealizado pelo próprio estudante, o que, segundo Thiemann, é bastante incomum. “Normalmente, o professor dá o projeto para o aluno, mas o Victor veio decidido com esta idéia de diagnóstico de doenças tropicais, e claro que nós levamos pra frente”, conta. Victor defendeu sua tese em 12 de agosto, com sucesso, e foi o primeiro formado no programa de pós-graduação das CFB.

Quando defendeu sua tese, Victor já estava participando de diversos processos seletivos para doutorado no exterior, viajando para fazer entrevistas e conhecer laboratórios. Durante meses, Victor se preocupou com a confecção de seu projeto, com a sua preparação para os testes de proficiência em língua estrangeira e com a preparação dos documentos necessários, como carta de motivação, cartas de recomendação, curriculum, histórico escolar… Por esse motivo, o professor Thiemann aconselha: “é preciso muito planejamento para tentar uma pós-graduação no exterior, é necessário se preparar com algum tempo de antecedência”.

Sobre sua preparação técnica, Victor disse que sua experiência no IFSC foi fundamental. “O IFSC contribuiu bastante pela estrutura dos laboratórios que é bem completa, tanto para a graduação quanto para o meu trabalho na pós, além do excelente suporte financeiro”, reflete ele, acrescentando: “A forma como as aulas são dadas exige que se desenvolva uma forma proativa e independente, o que eu acho importante para um doutorado”. Ele reforça, ainda, todo o incentivo que recebeu dos membros do Grupo de Cristalografia, especialmente o Prof. Thiemann, seu orientador. “Nós não queríamos que ele nos deixasse, mas se é o que o aluno quer, nós temos que incentivar”, afirma o docente.

Com este suporte, Victor se inscreveu em diversos processos seletivos, e foi selecionado em universidades norte-americanas, em Oxford (Inglaterra) e em Heidelberg (EMBL) e Munique (LMU) (Alemanha). Finalmente, a University of Groningen, na Holanda, entrou em contato com Victor para uma entrevista. Depois desta entrevista, o aluno viu seus esforços recompensados. A instituição holandesa não apenas o queria como seu pesquisador, como poderia financiar todos os custos do seu curso, que deve durar cerca de cinco anos. A notícia do financiamento foi crucial para a decisão final, já que as agências de fomento brasileira não aceitaram os pedidos de bolsa para o projeto de Victor.

groninguen1Victor chegou na Holanda nos primeiros dias deste mês de setembro, e diz estar aproveitando as primeiras semanas em que as aulas ainda não começaram para conhecer a cidade e os laboratórios da universidade e resolver algumas burocracias pendentes. “Tudo parece muito bom, com muita novidade. A língua ainda está sendo uma barreira, mas praticamente todo mundo fala um pouco de Inglês, e isso já ajuda bastante”, contou ele. E pelo pouco tempo que pôde conviver em um país tão distante e diferente do nosso, ele já se mostra empolgado e cheio de expectativas: “Além da parte de aprendizado da parte acadêmica, estou tendo a oportunidade de vivenciar uma cultura bastante diferente e uma língua nova pra mim”.

Segundo ele, há algumas diferenças entre os programas de pós-graduação no Brasil e na Europa que ele já pôde notar, mesmo tendo convivido por pouco tempo no ambiente universitário europeu. “A principal diferença é que eu sou, além de aluno de doutorado, empregado da faculdade. Por isso, semestralmente meu trabalho é avaliado por uma banca”, conta ele. Ainda, além disciplinas regulares, Victor diz ter se deparado com uma oferta muito maior de disciplinas voltadas para o desenvolvimento da carreira de pesquisador em si, o que é bastante interessante para ele. Os laboratórios da instituição desenvolvem a técnica que interessa a Victor há muito tempo. “Isso vai me possibilitar um aprendizado muito grande”, acrescenta.

Com essa estrutura, ele pretende focar sua pesquisa na área de Moléculas Únicas, mais especificamente no desenvolvimento e aplicação de técnicas de microscopia e fluorescência para entender melhor o que acontece durante a replicação do DNA. Sua investigação tem o intuito de entender detalhes da cinética de replicação e das interações entre proteínas, através do monitoramento das moléculas individualmente e in vivo.

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A história acadêmica de Victor mostra que determinação e perseverança podem levar pesquisadores ao sucesso acadêmico. Com seu esforço e dedicação, ele constituiu um objetivo, traçou seu plano e foi adiante com ele. Para aqueles que pretendem fazer uma pós-graduação no exterior, ele alerta e aconselha:

“Existe inúmeras oportunidades boas aparecendo o tempo todo, e quem tem essa vontade deve arriscar. Mas fazer uma pós-graduação fora exige um planejamento bastante antecipado e a escolha cuidadosa das Universidades e do laboratório. A proposta do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares foi muito bem vista nos processos seletivos no exterior, e existe muitos lugares à procura de pessoas com nosso perfil. Só temos que procurar e arriscar.”

Assessoria de Comunicação

23 de setembro de 2011

Einstein vai cair?

No século XX, as teorias de Albert Einstein levaram a afirmação de que nenhum corpo ou partícula de nosso conhecimento poderia atingir maior velocidade do que a da luz. No século XXI, uma nova descoberta poderá revolucionar todas as teorias que deram vida à física moderna e que colocaram em evidência o mais famoso físico de todos os tempos

Luiz_Vitor-3Rota de aviões, GPS, computadores. A existência e, principalmente, o funcionamento perfeito de todos esses equipamentos só é possível graças a Teoria da Relatividade, através da qual se deduz a mais famosa equação da física moderna: E=m.c2. A famosa fórmula, criada por Albert Einstein, um dos cientistas mais notórios do mundo, corre o risco de ser reformulada e os responsáveis por isso podem ser seus vizinhos europeus.

No subterrâneo Laboratori Nazionali Del Gran Sasso, localizado na Itália, um experimento pode alterar, significativamente, toda teoria formulada pelo físico alemão: a de que a velocidade da luz, no vácuo (exatos 299.792.458 metros por segundo), pode ser superada pela velocidade de uma partícula descoberta em 1987, que recebeu o nome de neutrino. “A proposta da existência dessa partícula é antiga, mas só na década de 80 é que foram feitas as primeiras medidas, comprovando sua existência”, esclarece Luiz Vitor de Souza Filho, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e pesquisador na área de astrofísica de partículas.

Mas, para entender melhor a importância e magnitude da descoberta, vamos ao seu início.

Quando o imensurável foi medido

O famoso Laboratório Europeu de Física de Partículas, mais conhecido por CERN (Conseil Européen pour La Recherche Nucléaire), é um dos locais onde prótons- partícula elementar do átomo- são produzidos, graças a um acelerador de partículas instalado no laboratório. A famosa ferramenta envia prótons por canais subterrâneos, onde estes, por sua vez, ao colidirem com alvos, propositalmente colocados no caminho, irão gerar novas partículas, entre elas e o neutrino.

Mas, diferente de sua ancestral ou irmãs, o neutrino, praticamente, não interage com a matéria e passa por esses alvos como se eles não existissem. “Depois de, mais ou menos, um quilômetro que o próton é gerado no acelerador, forma-se um feixe de neutrinos. Esse feixe está apontado na direção de alvos construídos no Laboratori Nazionali Del Gran Sasso. Ou seja, o feixe de neutrinos passa por baixo da terra, fazendo um caminho reto, sem se desviar.”, elucida Vitor.

Nesse momento, os cientistas italianos já estão preparados. Para conseguir medir a velocidade dos neutrinos, que chegam no feixe de luz originado no CERN, alvos de chumbo foram montados no laboratório italiano, seguidos por detectores de velocidade. “Esse feixe vêm do CERN com milhões de neutrinos e, a maioria, irá enfrentar os alvos de chumbo. Aqueles que não conseguirem atravessar esses alvos, irão colidir com os mesmos, dando a brecha necessária para os detectores, posicionados logo em seguida, medirem o momento da sua chegada”.

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Parece coisa de outro mundo, mas, exceto pelos sofisticadíssimos aparelhos de medição, a técnica é simples e mais comum do que pensamos. “É como medir a velocidade de um carro. Mede-se a distância percorrida pelo carro em um intervalo de tempo. A divisão da distância pelo tempo gasto é a velocidade”, compara Vitor.

Ao conseguirem, finalmente, medir a velocidade do neutrino, os cientistas perceberam que a partícula tinha uma velocidade maior do que a da luz, mesmo que a diferença fosse de meros 60 nanossegundos (10-9 segundos). Sendo assim, a afirmação, até então, irrefutável de Einstein abre espaço para novas teorias, fórmulas físicas e, sobretudo, novas maneiras de pensar sobre tudo que estamos acostumados a lidar, há mais de cem anos.

Os equipamentos para se chegar a essa medida abrigam tecnologia e precisão surpreendentes. “Para fazer essa medição, GPS e relógio atômico foram alguns dos instrumentos utilizados pelos cientistas, e eles garantem uma precisão de tempo com margem de erro de, no máximo, dois nanossegundos. Já no quesito distância, para os feixes atravessarem a terra, em linha reta, a margem de erro seria de, no máximo, 20 centímetros”, explica Vitor.

As consequências

O “OPERA”- nome com o qual foi batizado o mais revolucionário experimento-, embora esteja causando grande alvoroço no meio científico, ainda não tem seus resultados confirmados. “Essa descoberta é muito importante! Ela coloca em xeque os fundamentos da física moderna”, diz Vitor. “Quando Einstein propôs a Teoria da Relatividade, muitas contas foram feitas e todas puderam ser testadas e verificadas para comprovar essas hipóteses. O ‘OPERA’ abre possibilidades para explorar algo que desconhecemos, por isso todos estão muito cautelosos com essa nova informação”.

Na história, experimentos desse tipo já foram feitos e, posteriormente, desmentidos. Na década de 1980, o físico brasileiro, Cesar Lattes, tentou provar que a famosa afirmação de Einstein era equivocada e, mais recentemente, um experimento estadunidense, chamado “MINOS”, tentou provar o mesmo. “Os cientistas dos EUA publicaram um artigo descrevendo a velocidade superior do neutrino, porém a precisão da medida era baixa e o resultado não ganhou a confiança da comunidade científica. Agora, com o ‘OPERA’ a precisão é muito melhor, mas mesmo assim os envolvidos só ‘baterão o martelo’ depois que tiverem uma segunda confirmação da experiência, feita em algum outro local, envolvendo diferentes pessoas”.

Vitor afirma que, em princípio, não é possível arriscar mudanças que ocorrerão, caso essa experiência seja, definitivamente, confirmada. “A física teórica, que foi construída no início do século XX, trouxe consequências na vida das pessoas depois de 60 anos. Então, se essa nova descoberta for comprovada, teremos noções das mudanças que ela pode trazer num prazo mínimo de meio século”, afirma.

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Mas, mesmo com a novidade, as afirmações, postulados e teorias de Albert Einstein continuam sendo válidas. “O funcionamento de aviões, por exemplo, está baseado, diretamente, no postulado de Einstein. A medida do ‘OPERA’ pode abrir as portas para um novo mundo, e o que virá disso, certamente, terá influência em nossas vidas. Alguns cientistas afirmam que, se comprovada, ‘OPERA’ abrirá possibilidades de descrever o universo em dimensões extras, além do tempo e espaço. Mas, por enquanto, isso é só especulação”, conta Vitor.

Com o passar do tempo, novas perguntas serão feitas e novas respostas deverão ser buscadas. No passado, Albert Einstein refutou afirmações de Isaac Newton. Hoje as teorias deste primeiro são questionadas. O que importa a todos nós é saber que mesmo a ciência mais exata sofre modificações, o que não quer dizer que antigas teorias perdem sua importância e, sobretudo, validade. Sendo assim, mesmo ‘OPERA’ sendo 100% bem-sucedida, Einstein continua e continuará tendo sua reputação ilibada. Seus fãs podem continuar respirando aliviados. Ufa!

Assessoria de Comunicação

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