Notícias

1 de novembro de 2011

Deputado Estadual Roberto Massafera, empresário Paulo Altomani e Vereador Marquinho Amaral

O IFSC-USP recebeu na última sexta-feira, dia 18 de novembro, a visita do Deputado Estadual Roberto Massafera, que esteve acompanhado pelo Vereador Marquinho Amaral e pelo empresário Paulo Altomani, tendo a comitiva sido recebida pelo diretor do Instituto, Prof. Antonio Carlos Hernandes.

Na ocasião, o diretor do IFSC traçou uma panorâmica resumida do trabalho que se desenvolve no instituto, tendo enfatizado o desejo que a instituição se relacione amplamente com todos os órgãos do poder público, por forma a que algumas demandas da sociedade possam ter sucesso através do trabalho do IFSC.

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Para Antonio Carlos Hernandes “(…) a interligação direta com a sociedade tem tido algumas dificuldades e isso é prejudicial. Por outro lado, uma vez que a cidade de São Carlos é já oficialmente a Capital da Tecnologia, acho que deveriam ser criados espaços públicos ou mesmo museus dedicados à Ciência, Tecnologia e Inovação, de forma a que os estudantes mais jovens possam se entusiasmar pelas ciências. O IFSC-USP quer contribuir ativamente para isso, numa visão de educação global na área da educação (…)”

Os visitantes confirmaram a intenção de, num futuro próximo, poder ser instalada uma FATEC, próxima ao Campus II da USP, em São Carlos, aproveitando os inúmeros laboratórios que aí serão instalados.

Na oportunidade, todos os presentes visitaram a Sala do Conhecimento, um espaço dedicado a recepcionar estudantes de ensino médio no IFSC, que despertou o interesse do Deputado Massafera em colaborar na divulgação do projeto na Assembleia Legislativa.

 

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Muito além de um saboroso prato culinário

Através de estudos protagonizados por siris, pesquisadores descobrem uma maneira mais detalhada e refinada de trabalho do organismo, que pode revolucionar o modo como entendemos o cérebro humano

Siri-1Uma nova descoberta poderá revolucionar os estudos relacionados ao cérebro humano. Coordenado pelo docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Reynaldo Daniel Pinto, o Laboratório de Neurobiofísica do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada descobriu, ao longo de cinco anos de estudos, que o cérebro conta com uma importante maneira de codificar (representar, sob forma de pulsos elétricos) informações entre ele e todas as ações realizadas no corpo.

A conclusão foi tirada através de estudos que se utilizaram de siris, como cobaia. O crustáceo em questão foi escolhido pela simplicidade de seu sistema nervoso e por possuir neurônios que funcionam por mecanismos muito similares aos nossos. “Estudamos o gânglio estomatogástrico do siri, responsável por bombear a comida ao corpo, o equivalente ao nosso movimento peristáltico”, conta Reynaldo.

Os pulsos elétricos que representam o movimento motor do estômago do siri, embora constantes, apresentaram uma peculiaridade: variações que, em princípio, foram consideradas, por diversos estudiosos, sem importância.

Foi, justamente, nesse ponto, que Reynaldo e seus colaboradores se focaram, descobrindo que tal variação assume importância significativa. “Usamos um computador para simular o neurônio biológico do siri. Aquilo que os cientistas acreditavam ser insignificante, ao que chamaram de ‘ruído’, exerce papel fundamental no organismo em questão: além da função motora, ele codifica, simultaneamente, o que faz o outro neurônio ligado a ele”, explica o docente.

Oscilações mostradas em eletrocardiogramas são muito parecidas com aquelas que analisam os movimentos motores do estômago dos siris. Da mesma forma, a ação motora do gânglio estomatogástrico, tão rápidas quanto batidas do coração humano, acusam variações nos pulsos elétricos. Mas estas, até então, eram consideradas sem função. “Pensava-se que o cérebro do siri não tivesse conhecimento dessas variações, justamente por serem muito pequenas”, conta Reynaldo.

O Grupo de professor passou a analisar mais cautelosamente tal circuito e foi quando chegou a interessantes conclusões. Observaram que um único neurônio fazia o papel de uma “central telefônica”, enviando ao cérebro ações realizadas por outros órgãos do siri, em seu organismo. Ou seja, os “ruídos” descritos anteriormente, considerados, por muitos estudiosos, sem função, são, na realidade, de extrema importância. “Se qualquer informação chega ao cérebro, ela vem tanto do músculo quanto do neurônio intermediário, que, por sua vez, contém o comando dado pelo músculo e gera um ritmo periódico para o funcionamento do sistema”, explica Reynaldo.

No entanto, sobre o intermediário, foi feita outra interessante observação: o neurônio em questão não só avisa o cérebro sobre o que está acontecendo, como também entra em detalhes. Avisa quando a ação foi realizada e seu autor, poupando o cérebro de um contato imediato com cada um dos órgãos. “Nosso grupo foi capaz de comprovar essa ‘nova função’ do neurônio, em siris e lagostas. Espera-se que esse resultado seja, também, encontrado em neurônios de outras espécies, incluindo a nossa”, afirma Reynaldo.

E a gente com isso?

Siri-3A maneira de entender como o cérebro controla as coisas pode ser totalmente alterada depois disso. “Imagine que você está andando e o cérebro sabe que você contraiu um músculo da coxa. Se contraiu demais ou de menos, ele precisa saber e sensores espalhados no músculo passam tal informação. Mas, essa informação não será passada diretamente. Algum neurônio é que fará esse intermédio e o cérebro, além do acesso a essa informação, tem conhecimento sobre o que o circuito de comando do músculo fez, o que pode ser considerado um ajuste ‘mais fino’ de nosso corpo”, explica o docente.

A principal importância desse novo mecanismo é a previsão mais eficiente sobre certas ocorrências dos organismos. No caso do siri, por exemplo, imagine que, enquanto ele se alimenta, um pequeno pedaço de pedra é engolido junto com a comida e entope o aparelho digestivo. O sensor muscular que, até então, enviava sinais ao cérebro de contração periódica, irá cessar. Mesmo que o cérebro continue sendo avisado dos movimentos de contração, pelo mecanismo descoberto, ele [cérebro] receberá um relatório “incomum”. “Dessa forma, o cérebro tem conhecimento de que há algo errado no movimento do músculo e induzirá uma ação, como tosse ou soluço, por exemplo, para solucionar o problema”, exemplifica Reynaldo.

A descoberta desse feedback, pelo Grupo de Reynaldo- já publicado, inclusive no The Jornal of Neuroscience– nos traz uma nova visão sobre o organismo, comprovando a complexidade e, sobretudo, a inteligência dos seres vivos. “Não temos como afirmar, efetivamente, que o cérebro usa esse tipo de sistema de transmissão de informação, mas nada na biologia é por acaso”, finaliza Reynaldo.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Descoberta em estrutura de platina

Em seu terceiro ano de graduação, no Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), o estudante de química, Ricardo Kita Nomiyama, utilizou uma ferramenta computacional* para estudar estruturas atômicas do óxido de platina.

Durante sua bolsa de iniciação científica, durante a qual realizou tais estudos, descobriu uma estrutura de monóxido de platina, com energia mais baixa do que outra, proposta há 70 anos por, nada mais, nada menos, do que Linus Pauling (1901-1994), que recebeu o Nobel de Química em 1941.

Graças a esse feito, o trabalho do aluno, intitulado “Propriedades estruturais de óxidos usando a teoria funcional da densidade funcional”, rendeu uma publicação na Physical Review B, da American Physical Society, em uma das seções de maior destaque da publicação.

O trabalho foi orientado pelo pesquisador, Juarez Lopes Ferreira da Silva, pós-doutorando do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) que, inclusive, orientou Ricardo a procurar novas estruturas de monóxido de platina, que pudessem ter energia também baixa a partir de um conjunto de novas estruturas determinadas em outros experimentos.

O destaque desse estudo, de acordo com Juarez, é o entendimento da importância da platina, uma vez que esta é o principal material utilizado no anodo (eletrodo) de células a combustível à base de etanol- responsável pela quebra da molécula de etanol e obtenção de hidrogênio para injeção na célula a combustível.

Para acessar a publicação sobre o trabalho de Nomiyama, na íntegra, clique aqui.

*essa ferramenta é conhecida como teoria funcional da densidade implementada no código VASP

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

IFSC recebe Orquestra Sinfônica da USP de Ribeirão Preto

Na próxima quarta-feira, 19 de outubro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através da Semana Integrada da Graduação e Pós-graduação (SIFSC), receberá a Orquestra Sinfônica do Departamento de Música da FFCLRP-USP, para o 10º Concerto Sinfônico da USP- Filarmônica.

A apresentação, que será conduzida pelos regentes, Rubens Russomanno Ricciardi e José Gustavo Julião de Camargo, terá início às 19h30 e será realizada no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”.

A entrada para o evento é gratuita e todos estão convidados a comparecer.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Entenda a importância da descoberta

Os estudos e conclusões dos três ganhadores do Nobel de Física deste ano comprovam que Shakespeare não se equivocou ao afirmar que há mais mistérios entre o céu e a Terra do que sonha nossa filosofia

CosmologiaPara os que vivem com a cabeça, literalmente, no mundo da lua, o ano de 1929 não foi marcado, somente, pela grande depressão que assolou os Estados Unidos da América. Foi nessa época que se estabeleceu, por meio de dados observacionais, que o Universo está, definitivamente, em expansão.

Levando-se em conta que a Terra não é o centro do universo- o que, de fato, não é- cosmólogos, ainda nessa época, observaram que as galáxias não somente se afastavam da Terra, como umas das outras, e dizer que o Universo está em expansão baseia-se, justamente, nessas observações.

Por mais trivial que o fato pareça, tal confirmação, naquele momento, foi uma grande revolução. “Acreditava-se, na época, que o Universo era estático. Uma vez que se tinha o dado de que as galáxias estavam se afastando, pensou-se na hipótese de que, em algum momento, já estiveram muito próximas. Foi baseado nisso que se construiu a famosa ‘teoria do Big Bang’, que atribui uma origem ao Universo”, afirma Daniel Augusto T. Vanzella, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e estudioso do assunto.

Especialistas começaram a elaborar modelos. As galáxias se distanciavam, graças ao próprio “Big Bang”: a explosão teria dado uma velocidade inicial à matéria, responsável por, até hoje, mantê-las [as galáxias] se afastando e, por isso, cada vez mais distantes entre si. “A conclusão foi pensar que, de fato, o Universo estava se expandindo. Mas, também se achava que, com o tempo, essa velocidade diminuiria graças à força gravitacional”, explica Daniel.

A segunda descoberta revolucionária no cosmos

Pelas razões acima, a expansão do Universo era vista como desacelerada. Isso significa dizer que, na luta entre gravidade e velocidade, a vencedora seria a primeira, fazendo com que, em algum momento, as galáxias deixassem de se afastar. Mas, não foi isso que Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, os três estadunidenses ganhadores do Nobel de Física, notaram.

Através da observação de “Supernovas” (processo pelo qual uma estrela passa ao final de sua vida, trazendo como resultado final sua explosão), os cientistas puderam calcular a distância entre essas estrelas e a Terra, assim como sua velocidade de afastamento. Pelo gráfico “distância versus velocidade”, concluíram que o Universo, não somente está se expandindo, mas de maneira acelerada. “Isso revolucionou toda a visão da cosmologia, pois, para que haja uma expansão, e de maneira acelerada, é preciso que se provoque um tipo de força de repulsão entre as galáxias, para se afastarem cada vez mais rápido”, elucida o docente.

A força gravitacional, única responsável por governar as galáxias distantes entre si (o que se pensava, até então), perderia seu papel principal para dar espaço a uma, ainda mais poderosa, força. Tão grande que, em pleno século XXI, nenhum especialista no assunto conseguiu descobrir o que ela é, sendo batizada, por esse motivo, com um nome muito sugestivo: energia escura, causa da força repulsiva entre as galáxias. “Com esses dados, infere-se a existência dessa energia, e que sua quantidade é 70% do total de energia que forma tudo o que existe no Universo, muito diferente da matéria ‘comum’, responsável por dar forma a todos os objetos ao nosso redor, incluindo nós mesmos”, explica Daniel.

Cosmologia-1Os resultados a que os cientistas chegaram não foram descobertos da noite para o dia. Mas, graças a esses estudos, chegou-se a uma energia que, não só é intrigante, como muito poderosa. “Só poderemos dizer o que vai acontecer com o Universo daqui para frente quando conseguirmos definir as propriedades daquilo que o compõe significativamente, que é a energia escura. O modelo mais simples define que o Universo se expandirá de maneira cada vez mais rápida, até entrar numa fase de expansão exponencial, que vá durar para sempre”, conta Daniel.

Mesmo que revolucionário, e até um pouco amedrontador, dificilmente os humanos serão afetados por esse processo, que têm previsão de atingir a Terra- se atingi-la- nos próximos bilhões de anos. “Se a raça humana não tiver entrado em extinção até lá, ou será preciso procurar uma estrela mais jovem para morar ou estaremos limitados pela escala de vida do Sol, que tem mais cinco bilhões de anos pela frente”, afirma o docente.

Com esse novo fato, os estudos de cosmólogos, certamente, serão alterados para tentar descobrir, principalmente, do que se trata a energia escura e quais consequências ela pode trazer ao Universo. “Observando-se o fenômeno das Supernovas, percebeu-se que as estrelas estão com um brilho mais fraco, o que se leva a pensar na expansão mais rápida do Universo, mas essa é a explicação mais simples desse fenômeno. Por outro lado, já existem várias outras informações que casam com esse fato, motivo pelo qual a comunidade científica já tem o aceitado”, conta Daniel.

Independente de qualquer coisa, de todas as informações acima que, no presente, devem ganhar bastante atenção, uma coisa é fato: há uma poderosa energia que rodeia o Universo e ela precisa ser conhecida, para que, num futuro distante, saibamos como lidar com ela. Isso se a humanidade ainda estiver por aqui, para escrever essa história.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Programa dá oportunidade a alunos de conhecer pesquisa no exterior

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Atravessar fronteiras para compartilhar e adquirir conhecimento já se tornou uma premissa, na atualidade. Não há mais limites geográficos, nos dias de hoje, para troca de experiências e, com isso em mente, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) não quis ficar de fora.

Através do programa de Mobilidade Internacional para Alunos de Graduação (MIGra) do IFSC, projeto de iniciativa da Diretoria do Instituto, cinco alunos de graduação já foram beneficiados, só este ano, provando que experiências acadêmicas não podem- e nem devem- se restringir ao território nacional.

O programa consiste, basicamente, na realização de estágios em Instituições de Pesquisa do exterior. Para participar, existem dois pré-requisitos básicos a serem preenchidos: ser, preferencialmente, aluno de 2º ou 3º ano, regularmente matriculado em algum dos cursos de bacharelado do IFSC e estar inserido em algum projeto de iniciação científica. “Acho importante que participem do programa alunos que tenham se destacado pelo seu rendimento na graduação e que possuam conhecimento suficiente do idioma do país onde o estágio será realizado”, diz Luciano da Fontoura Costa, docente do IFSC e orientador no projeto de iniciação científica de Krissia Zawadzki, atualmente aluna do último ano do curso de Física Computacional.

Krissia, que estagiou, por duas semanas, na School of Computer Science, da Newcastle University (Inglaterra), afirma que o contato com uma cultura diferente foi uma das melhores experiências do estágio. “Desde quando me integrei ao Grupo de Visão Cibernética, havia grande expectativa para uma experiência no exterior, em razão do grande número de trabalhos interdisciplinares desenvolvidos pelo Grupo, em colaboração com Centros de Pesquisa em diversas partes do mundo. O conceito de aprendizado no exterior parece ser um pouco diferente, o que leva os pesquisadores a ter uma mentalidade mais ampla em alguns aspectos, ao mesmo tempo em que tentam aprofundar ainda mais o conhecimento sobre um dado assunto”, diz a aluna.

Opinião similar compartilha o aluno do 4º ano de Bacharelado em Física, Vinicius Henrique Aurichio, que estagiou, por dois meses, no Department of Mathematical Sciences da Durham University (Inglaterra), motivado pela possibilidade de conhecer outros lugares e entender melhor o funcionamento do processo de pesquisas em colaboração. “Lá, o conteúdo é ministrado de maneira diferente. As aulas são mais curtas e resumidas, com várias disciplinas. Só de matemática e física são seis”, conta o aluno. A experiência o motivou a fazer planos para voltar ao exterior, para uma pós-graduação.

Krissia

Além do incentivo, a experiência, se bem-sucedida, pode trazer inúmeros benefícios para carreira e, inclusive, à vida pessoal do estudante. “Em primeiro lugar, esse tipo de programa permite a familiarização com outros ambientes, de longa tradição, já por séculos centrados em pesquisa e formação de recursos humanos, com foco continuado na geração de conhecimento original e de qualidade. Além disso, dá chance ao aluno de diversificar e complementar sua formação. Tais estágios contribuem muito para internacionalização de nossas atividades”, afirma Luciano.

Sobre os ganhos em participar do MIGra, os alunos os enumeram. “Além de poder praticar o inglês, aprendi a me virar melhor”, conta Vinícius. “As pessoas com quem tive contato foram, extremamente, amigáveis e receptivas. Percebi, tanto em conversas casuais como em grupo, que o conflito de ideias entre pessoas com conhecimentos diversificados é essencial para o amadurecimento do pesquisador, pois as discussões levam a sugestões capazes de incrementar um trabalho e até direcioná-lo para outro estudo mais interessante”, complementa Krissia.

Alunos contemplados pelo MIGra em 2011

Nome Destino Período Docente responsável
Tarcisio Rocha Figueredo França 22/01/2011 a 20/02/2011 Luiz Agostinho Ferreira
Rafael Tuma Guariento Espanha 03/01/2011 a 26/02/2011 Reynaldo Daniel Pinto
Krissia Zawadski Inglaterra 01/02/2011 a 14/02/2011 Luciano da Fontoura Costa
Bruno Luan Soares Canadá 14/01/2011 a 06/03/2011 Igor Polikarpov
Vinicius Henrique Aurichio Inglaterra 15/01/2011 a 19/03/2011 Luiz Agostinho Ferreira

Sobre o programa

O MIGra, embora seja um programa de fluxo contínuo, só é realizado durante os meses de janeiro, fevereiro e julho, período das férias letivas. Os custos relacionados à passagem aérea, seguro saúde e bolsa manutenção são custeados pelo IFSC.

Os interessados em participar do programa devem se inscrever pelo e-mail dirifsc@ifsc.usp.br, onde deve constar nome completo do aluno, curso no qual está matriculado, local onde será realizado o estágio, período e duração (observando-se o calendário escolar) e, por fim, a carta de aceitação do laboratório de pesquisa que irá receber o estudante.

Os critérios para escolha levam em conta o parecer do orientador do aluno- a respeito da pertinência do estágio com o projeto de pesquisa- e mérito acadêmico. A prioridade é dada aos estudantes que forem participar do programa pela primeira vez.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

USP é a melhor da América Latina

A Universidade de São Paulo foi apontada em primeiro lugar no ranking de instituições de Ensino Superior da América Latina divulgado ontem, dia 4 de outubro, pelo centro QS World University Ranking, um centro especializado em informações e soluções acadêmicas.

As Universidades Brasileiras ocupam três dos dez primeiros lugares do ranking. Com os aumentos no investimento público em educação superior, o país conseguiu se destacar nos principais índices de avaliação do ranking, apresentando alta produtividade de pesquisa e a maior proporção de pesquisadores com doutorado. De fato, os investimentos do Brasil em educação entre os anos de 2000 e 2008 foram maiores do que os investimentos de qualquer outro país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os autores da pesquisa destacaram, ainda, o grande aumento no número de matrículas nas universidades brasileiras, que foi triplicado na última década.

Por este motivo, o Brasil dominou este ranking, posicionando 65 das suas instituições entre as 200 selecionadas para figurar na lista, quase o dobro do México, que situou 35 das suas universidades. A Argentina e o Chile tiveram 25 universidades listadas e a Colômbia, 21.

Na classificação das melhores universidades do mundo, publicada também pela QS neste ano, posiciona a USP em 169° lugar, o que significa uma melhora de 84 posições em relação ao ranking de 2010.

O diretor de pesquisa do QS, Ben Sowter, afirmou em entrevista à agência espanhola EFE que o ritmo de alto nível do ensino superior será crucial para o desenvolvimento do Brasil, e ressaltou que a Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo, previu que a economia do país, a sétima no mundo, será superior à do Canadá, França, Grã-Bretanha e Alemanha nos próximos 20 anos.

 

Veja o desempenho das principais universidades brasileiras no ranking das melhores América Latina 2011/2012:

1 – Universidade de São Paulo (USP) – 100.0

3 – Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – 94.7

10 – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – 79.1

11 – Universidade de Brasília (UnB) – 78.2

14 – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – 75.2

15 – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) – 73.5

16 – Universidade Estadual Paulista (Unesp) – 72.6

19 – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – 70.1

28 – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) – 61.1

31 – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – 59.6

33 – Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) – 58.8

35 – Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – 56.0

E para ver o ranking na íntegra, acesse: http://www.topuniversities.com/university-rankings/latin-american-university-rankings/2011

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

GeSec 2011 une profissionalismo e arte

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Qualquer pessoa que imagine um evento profissional, certamente pensará em palestras e debates sobre um tema específico como parte integral do programa. Acrescentar nessa programação karaokê, apresentações musicais e de dança e exposições de quadros, feitos pelos próprios participantes, parece algo inusitado.

GeSec-4Pois foi nesse clima descontraído e interativo que ocorreu a “8ª Gestão de Secretariado (GeSec)”, encontro anual de profissionais do secretariado, promovido pela Universidade de São Paulo (USP), este ano com sede em Serra Negra (SP).

O evento, que reuniu cerca de 600 secretários de todas as Unidades da USP, foi dividido em duas datas, para permitir um maior número de participantes: a primeira turma entre 18 e 20 de setembro e a segunda entre 22 e 24 de setembro.

O propósito principal, definido pelas organizadoras, foi o de “gerar e manter o conhecimento organizacional, buscando transformar o conhecimento tácito em explícito, tornando-o visível para toda Organização”.

Com uma programação que envolveu palestras de temas objetivos e subjetivos, como “Capital Intelectual” e “Stress e trabalho”, entre outros assuntos, as participantes puderam apresentar e discutir atividades realizadas em suas Unidades. “O GeSec foi uma conquista da comissão organizadora, que, desde 2004, mantém a realização anual do evento. A partir de 2005, houve uma integração ainda maior, pois as atividades não foram, simplesmente, expositivas, dando oportunidade aos participantes de apresentarem painéis sobre atividades desenvolvidas em suas Unidades”, conta Maria Helena GeSec-1Braga de Carvalho, secretária do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A maior interação conquistada nos últimos oito anos tem sido responsável por elevar, gradativamente, o número de participantes no evento. “Todo ano participo, pois acho muito interessante a integração com as secretárias de outros campi, além da troca de experiências e conhecimento”, afirma Rosana Manholer, secretária do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP).

No que se refere à parte profissional, os organizadores da GeSec sugerem temas aos participantes, que servirão de base para workshops, apresentados, ainda durante o encontro, pelas próprias participantes. “Recebemos carteirinhas da USP, cada uma delas com uma fita de cor diferente, dividindo as participantes dos workshops em grupos”, explica Maria Cristina Ligo, secretária do IFSC. “A facilidade de se comunicar com outras secretárias, a partir do momento que as conhecemos pessoalmente, poder ter o contato direto, facilita e nos auxilia em nossos trabalhos, uma vez GeSec-2que criamos uma intimidade maior umas com as outras”, conta Eunice Lima da Silva Faggian, secretária do Centro de Informática de São Carlos (CISC/USP).

A importância do encontro, segundo as secretárias, vai muito além. Fora as atividades de foco profissional, são oferecidas, também, atividades interativas aos encontristas, trazendo, em alguns casos pela primeira vez, o contato presencial entre eles. “Há uma secretária de São Paulo que eu conversava, por telefone e e-mail, há cinco anos. Só tivemos a oportunidade de nos conhecer, pessoalmente, no GeSec”, conta Sônia Aparecida dos Santos, secretária do IFSC.

Sobre as impressões do Encontro, que se aproxima de seu 10º aniversário, as participantes afirmam que os benefícios, embora mais evidentes no ambiente de trabalho, são tGeSec-3ambém verificados na vida pessoal de cada um. “Voltamos transmitindo alegria e satisfação para aqueles que não puderam ou não quiseram participar do encontro. Eles aguardam esse feedback de nós e ficam mais motivados a participar”, afirma Rosi Jordão Rodrigues, secretária da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). “Nesse encontro, temos a oportunidade de conhecer outras pessoas e a nós mesmas. A convivência da qual desfrutamos só nos tem a acrescentar ! Temos a função de agentes facilitadoras e a proximidade vivenciada, certamente, aprimora nosso trabalho e a comunicação entre os próprios dirigentes”, conclui Ângela de Lourdes Borges Martins, secretária da Coordenadoria do Campus de São Carlos (CCSC/USP).

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Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Profissionais de secretariado da USP promovem evento de integração

Os profissionais do secretariado da USP participam, anualmente, de eventos que visam à capacitação e atualização profissional, além da integração destes profissionais, em períodos com parte da carga horário fora do expediente. Este esforço é realizado no âmbito do GeSec, a Gestão de Secretariado da USP, coordenado por uma comissão voluntária que procura promover eventos cujas atividades estejam relacionadas às habilidades e competências necessárias para a execução do trabalho de secretariado, como o planejamento dos projetos, a elaboração do orçamento, o controle dos fornecedores, o domínio da logística e o contato e recepção dos palestrantes convidados, tarefas que pedem por bastante responsabilidade, segurança e espírito de equipe.

Neste ano de 2011, o GeSec está promovendo a oitava edição de um encontro que resgata justamente estes valores. A programação conta com uma atividade cultural, juntamente com as demais, chamada “Pratas da Casa”, que será realizado nos dias 19 e 23 de setembro, e contará com a participação de secretários de todos os campi da USP. Alguns funcionários têm preparado apresentações artísticas especiais, como exposições de pintura, shows de música, dança, karaokê e dublagem. Aqueles que decidiram se envolver nesta atividade do evento, por apresentar talento artístico, planejaram sua apresentação e ensaiaram durante semanas, e os ensaios se intensificam nesta reta final – a última semana antes do grande dia.

O Instituto de Física de São Carlos tem recebido alguns destes ensaios no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas, onde uma equipe de secretárias se reúne para fazer os ajustes finais em sua apresentação de dança e dublagem. A equipe ensaia a apresentação de uma música da cantora Ivete Sangalo, dublada pela secretária Rosana Manhoerff, do CDCC, e acompanhada das dançarinas Sônia dos Santos, Maria Helena de Carvalho, Maria Cristina da Silva (IFSC), Angela Bogas, Claudia Pozzi (CCSC), Eunice Faggian (CISC) e Rose Rodrigues (EESC). Segundo Rosana, que foi a idealizadora da apresentação, essa atividade de integração tem sido uma experiência muito válida, tanto profissional quanto pessoalmente. “A idéia principal de juntar essas participantes, de diferentes unidades, é dar continuidade ao trabalho de equipe realizado pelas secretárias, que é parte fundamental do nosso dia-a-dia na USP e também pode ter outros benefícios, como esta confraternização”, explica ela.

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Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Inscrições abertas para primeira Semana do Instituto de Física de São Carlos

 

O IFSC apresenta a primeira edição da Semana do Instituto de Física de São Carlos (I SIFSC), a ser realizada de 17 a 21 de outubro deste ano, no Salão de Eventos da USP em São Carlos. 

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 O período de inscrições e de submissão de trabalhos teve início no último dia 8 e segue até o próximo dia 26 de agosto.

Tendo como público-alvo alunos de graduação, pós-graduação e ex-alunos das áreas de Física e suas aplicações em Biologia, Química e Computação, a SIFSC preparou uma programação especial com diversas atividades pautadas no tema “Física: uma ciência sem fronteiras”, como palestras, minicursos, mesas redondas, apresentação de pôsteres, miniworkshop de difusão científica e algumas atividades culturais.

Para acessar a programação completa e obter maiores informações sobre as inscrições, taxas, São Carlos, etc, acesse o site do evento.

 

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Pesquisador do IFUSP fala sobre interações entre Física e Biologia

É sabido que a Física é uma ciência que interage com as mais diversas disciplinas, ampliando cada vez mais as fronteiras que estabeleceu ao longo das décadas com várias áreas do conhecimento. Os objetos de pesquisa que atraem a atenção dos cientistas hoje em dia requerem a colaboração dos mais variados tipos de profissionais para trabalhar em a partir de uma perspectiva mais ampla e obter resultados mais acurados.

A edição do Colóquio IFSC realizada nesta sexta-feira, dia 23, revelou uma destas facetas das pesquisas em Física. A palestra intitulada “Na fronteira biológica da Física: somos feitos de soft glassy materials” abordou algumas aplicações da Física na área de Biologia, mais especificamente em relação ao trabalho com células. O professor Adriano M. Alencar, do Instituto de Física da USP (IFUSP), usa seu conhecimento em polímeros para analisá-las e descrevê-las dentro daquilo que chama de “Biologia de Sistemas” – uma área relativamente nova que se baseia na união de várias ciências para descrever sistemas biológicos.

O Laboratório de Micro Reologia e Fisiologia Molecular, pelo qual é responsável, tem se preocupado com o remodelamento que as células vivas sofrem constantemente. Os pesquisadores acreditam que as células são um “soft glassy material”, ou seja, um fluido bastante complexo. Por isso, o laboratório investiga as propriedades viscosas e elásticas de algumas células, a fim de desvendar como ocorrem certas disfunções neste remodelamento que podem causar algumas doenças como a asma ou doenças cardíacas.

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Cerca de cem alunos, principalmente dos cursos de graduação do IFSC, além de alguns docentes, foram prestigiar o Professor Alencar, conhecendo melhor a participação da Física nesta pesquisa, principalmente no que diz respeito à investigação da dinâmica de proteínas e suas interações, assunto em que a nossa ciência exerce papel fundamental.

A próxima edição do Colóquio IFSC será realizada no dia 30 de setembro, próxima sexta-feira, sob o tema “Transições de fase para um estado absorvente”, a ser apresentado pelo professor Ronald Dickman, da UFMG.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Cursinho popular da USP-São Carlos aprova mais de 30% no vestibular

O cursinho pré-vestibular, que é totalmente gratuito, tem os próprios alunos de licenciatura como professores e desenvolve seu próprio material didático

Para uma Universidade de grande porte, é imprescindível que haja um suporte a iniciativas e incentivos a atividades de ensino e extensão, além da pesquisa, que contemplem um público mais amplo do que aquele presente dentro do próprio campus. Neste sentido, a USP-São Carlos tem grande destaque na região, viabilizando projetos que aumentam consideravelmente o alcance e a visibilidade das atividades idealizadas e produzidas na Universidade.

Uma das maiores inspirações para este tipo de iniciativa é a idéia de auxiliar, de alguma forma, alunos do Ensino Médio em fase de vestibular. Vários projetos têm sido desenvolvidos no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) neste âmbito, como o programa “Universitário por um dia”, a “Escola de Física Contemporânea” e a “Escola de Física para Escolas Técnicas”. Os resultados têm revelado uma grande demanda por este apoio, já que a procura para estes programas é muito grande e a produção excelente. Além de incentivar e motivar os alunos que participam destas atividades, o Instituto tem conseguido atrair para as Ciências Exatas um número relevante de novos talentos que se destacam por seu desempenho.

Uma das iniciativas mais consideráveis neste sentido é o Cursinho Popular da Licenciatura em Ciências Exatas (CPCEx), desenvolvido há três anos. Basicamente, o CPCEx é um cursinho pré-vestibular sem fins lucrativos, idealizado pelos próprios licenciandos com o objetivo de atender a alunos de Ensino Médio de escolas públicas de São Carlos. O cursinho é intensivo, o que significa que as aulas se estendem por seis meses, no segundo semestre de cada ano. Os trinta alunos selecionados de acordo com sua situação socioeconômica tem a oportunidade de rever conteúdos da área de Física, Química, Matemática, Biologia e atualidades. Segundo Pedro Neves Rocha, diretor geral do CPCEx e aluno do 3º ano de Licenciatura em Ciências Exatas, a idéia é agregar ao programa pessoal da área de Humanas, para oferecer, pelo menos, aulas de Redação e Língua Portuguesa no próximo ano. A diretoria também está se programando para receber uma turma adicional, no mês de maio, em 2012.

 

Cursinho

Material próprio

O diferencial deste cursinho é o material didático utilizado, que foi desenvolvido pelos próprios alunos da Licenciatura quando o projeto estava sendo idealizado, durante os anos de 2006 e 2007. Durante o primeiro semestre do ano, os licenciandos envolvidos com o CPCEx se ocupam com a adaptação e edição do material, fazendo as mudanças, correções e melhorias necessárias.

O material, que é apostilado, tem como base apostilas de outros cursinhos particulares, que serve de referência para sequência de temas e extensão das aulas. Ter um material apostilado de produção própria facilita a vida dos professores e dos alunos de maneira considerável. “A maior vantagem é que nós temos a liberdade de organizar o material da maneira como julgamos melhor trabalhar. Nós montamos um plano de ensino para o semestre e nossa apostila funciona como um roteiro para o trabalho”, explica Pedro. Além disso, os professores do cursinho tiveram experiência recente com processos seletivos de Universidades, e devido a este contato podem estruturar de maneira mais atenta e sensível os conteúdos pertinentes aos alunos.

Os custos dessa produção própria são financiados pela Secretaria Acadêmica da Licenciatura em Ciências Exatas, ou por alguns docentes do Instituto, como a Professora Yvonne Mascarenhas, o Professor Euclydes Marega Junior e o Professor Antonio Carlos Hernandes, diretor do IFSC. Esta ajuda tem contribuído muito para a evolução do material, que foi impresso pela primeira vez em preto e branco e com cerca de uma página por aula, para reduzir custos de gráfica, e hoje é impresso em cores e não precisa se preocupar tanto com sua extensão e número de páginas.

Formação Profissional

pedrorochaA idealização foi um projeto dos próprios alunos do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, que queriam complementar sua formação com uma carga maior de práticas de ensino e promover um projeto de extensão para a comunidade são-carlense. E a experiência é extremamente válida, tanto para professores quanto para monitores e organizadores do cursinho. O planejamento de um curso dá aos alunos da licenciatura uma visão muito boa no sentido de poder calcular o tempo das aulas, o número de aulas por ano, o conteúdo a ser tratado e a sequência do conteúdo, por exemplo.

“É muito diferente assistir aulas sobre teorias de ensino ou ouvir sobre educadores e aplicar as idéias, que é quando você desenvolve seu próprio método”, comenta Pedro, que também ministra aulas no CPCEx e diz se sentir muito mais seguro ao assumir uma sala de aula, o que faz toda a diferença em entrevistas de emprego e aulas-teste, já que licenciandos ou recém-licenciados costumam sofrer pela falta de experiência.

No geral, os resultados são surpreendentes. Entre oito e dez alunos, dos trinta que frequentam as aulas por ano, são aprovados no vestibular, e muitos ingressam na própria USP. Na turma do curso de Licenciatura de 2010, quatro alunos aprovados fizeram parte da turma do CPCEx de 2009. Na opinião do diretor, esses bons resultados se devem justamente ao interesse dos professores em aprimorar suas capacidades didáticas, o que resulta em mais atenção, mais preocupação, e facilita o processo de ensino-aprendizagem.

Aulas

As aulas do CPCex tiveram início no dia 1º de agosto, junto com as aulas da graduação. A partir daí o trabalho sempre se intensifica ainda mais, já que, além de serem responsáveis por ministrar todas as aulas, os alunos da graduação também se ocupam em elaborar simulados nos fins de semana, seja para o ENEM ou para a FUVEST, ou oficinas de orientação de estudos e redação. “A parte prática é completamente feita por nós, alunos”, comenta o diretor.

Já a divulgação se dá no primeiro semestre, quando os envolvidos no projeto visitam as escolas públicas da cidade, convidando os alunos a se inscrever no processo seletivo, e espalham cartazes pelas escolas e em pontos estratégicos da cidade. Segundo Pedro, que é responsável pela elaboração de todo esse cronograma, essa é a maneira mais eficaz que o programa encontrou de atingir os alunos de uma maneira mais próxima. E a procura pelo curso é grande, com cerca de três ou quatro alunos por vaga, que são selecionados por uma entrevista que avalia suas situações socioeconômicas, e também há uma prova de teor puramente diagnóstico, ou seja, não é uma prova eliminatória, serve apenas para definir em que nível de conhecimento os alunos se situam.

“Quem nos procura geralmente é o aluno que quer prestar vestibular para algum curso de Exatas e precisa ficar cem por cento nestas disciplinas, ou aqueles que têm dificuldade na área e precisam de uma espécie de reforço”, comenta Pedro, e acrescenta: “Esse segundo conjunto de alunos é o que apresenta melhores resultados, em comparação com seu desempenho em suas escolas”.

O exemplo deste cursinho popular aponta para a possibilidade de consolidar iniciativas de ensino e extensão que, mesmo voluntária ou independente, proporcionem vantagens incalculáveis para todas as partes envolvidas.

Para maiores informações ou contatos do CPCex, acesse o site da Licenciatura em http://www.licenciatura.ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação

 

 

 

 

1 de novembro de 2011

Pesquisadora da UFABC expõe trabalho na área de Nanociência

O ciclo de palestras Journal Club realizou mais uma edição do programa na manhã desta quinta-feira, 1º de setembro, com a presença da pesquisadora Aline Schoenhalz, aluna de doutorado em Nanociências e Materiais Avançados na Universidade Federal do ABC. Com graduação e mestrado realizado na Universidade Federal de Santa Maria, atualmente Aline investiga nanoestruturas de óxido de zinco, orientada pelo Prof. Dr. Gustavo M. Dalpian.

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Mais especificamente, Aline está interessada em investigar os efeitos de superfície nestas nanoestruturas, conforme explicita o título que atribuiu à sua fala, “Surface Effects in ZnO Nanostructures”, mais especificamente, no que diz respeito às suas aplicações na eletrônica. “Este material tem aplicações muito incomuns, pois possui tanto características semicondutoras quanto magnéticas, e daí parte todo o interesse da Spintrônica e da área de DMS (Diluted Magnetic Semiconductors) nesses estudos”, explicou ela.

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Aline expôs sua pesquisa durante cerca de uma hora para outros pós-graduandos e docentes, respondendo questões, recebendo conselhos e discutindo seus cálculos. As palestras do Journal Club são, por natureza, realizadas de maneira mais íntima e pessoal, um ambiente no qual os palestrantes e os ouvintes sentem-se à vontade para fazer uma troca de informações produtiva e eficaz. As palestras são realizadas pelo menos uma vez por semana, às 10h45 da manhã, em inglês, aberta ao público. Fique atento à nossa lista de eventos para acompanhar a programação.

Assessoria de Comunicação

31 de outubro de 2011

Alunos conhecem acelerador de partículas sediado no Brasil

Pensar em passeios didáticos nos remete, frequentemente, à época em que estudávamos nos ensino fundamental. Mas, uma viagem organizada pelos professores de física teórica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Tereza Cristina da Rocha Mendes e Attílio Cucchieri, trouxe de volta uma ideia que não é nova em sua origem, mas, certamente, muito mais esporádica na vida de estudantes universitários.

Um passeio didático, que teve início pela manhã e foi encerrado no final da tarde do dia 20 de outubro, deu oportunidade a nove alunos da disciplina “Introdução à Física de Partículas” de conhecer o acelerador de partículas, “Pelletron”, sediado no Laboratório Aberto de Física Nuclear (LAFN) do Instituto de Física, campus USP/São Paulo (IF/USP).

A iniciativa foi concretizada graças à vontade dos docentes em trazer, ao conhecimento de seus alunos, uma perspectiva mais ampla sobre os assuntos estudados em sala de aula. “Quisemos oferecer, aos alunos, uma parte mais prática da disciplina, e em São Carlos não há nada parecido, nesse caso específico. Em nenhuma das disciplinas que lecionei, até hoje, tive a ideia de fazer uma viagem didática, embora tivéssemos conhecimento dessa possibilidade”, conta Tereza.

Willian Matroli Serenone, aluno do 4º ano do curso de Bacharelado em Física, e um dos participantes do passeio, conta que esta foi uma ótima oportunidade aos alunos. “Não sabia que o Brasil possuía esse tipo de pesquisa e que tivesse instalado, aqui, um equipamento como esse. E, estando envolvido com a parte teórica, é muito bom saber como funciona a experimental”, conta o aluno.

Depois de conhecer o Pelletron, o passeio teve seu encerramento na Universidade de Campinas (Unicamp), onde os estudantes puderam prestigiar a palestra de David Griffiths, físico renomado e autor de diversos livros- entre eles “Introdução à Mecânica Quântica” e “Introdução à Eletrodinâmica”- que, inclusive, servem de base para muitas disciplinas ministradas no IFSC.

Depois do bem-sucedido passeio, os docentes confessam que pretendem incluí-lo na ementa da disciplina, para que seja realizado todos os anos. “Sempre ajuda o estudante um contato com a parte prática da disciplina. Antes de conhecer o Pelletron, já havíamos explicado algumas coisas sobre ele, em aula, mas os alunos terem a oportunidade de vê-lo, certamente, ajuda muito mais na assimilação dos conceitos”, conclui Attílio.

Confira, abaixo, algumas fotos do passeio.

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Assessoria de Comunicação

31 de outubro de 2011

Confira algumas fotos do encontro dos ex-alunos

Na última quarta-feira, 19 de outubro, ex-alunos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) reuniram-se para conversar e se divertir, recordando histórias de suas vidas, pessoal e acadêmica, e compartilhando-as com os colegas e amigos de faculdade.

O evento , uma iniciativa da associação de ex-alunos do IFSC, teve início às 14 horas, no Salão de Eventos da USP, campus São Carlos, para ser encerrado com um jantar, na pizzaria Amicci.

Clique aqui para ver algumas fotos.

Assessoria de Comunicação

31 de outubro de 2011

Orientanda de docente do IFSC tem trabalho premiado na Espanha

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A genômica comparativa – que consiste na análise comparativa do material genético de diferentes espécies ou cepas através de métodos computacionais – é um campo do conhecimento que tem se desenvolvido de maneira muito rápida. A Europa, atualmente, lidera a maioria das pesquisas de sequenciamento genômico eucariótico e de sua análise e comparações. O primeiro eucarionte sequenciado, que foi o Saccharomyces cerevisiae, estabeleceu as bases da era pós-genômica, na qual os cientistas estão lidando com uma vasta riqueza de informações e aplicações. Muitos dos organismos são modelos para processos biológicos particulares, outros são usados na indústria, são patógenos de plantas, animais e humanos, são importantes na ecologia, ou contribuem significativamente para o entendimento da evolução eucariótica.

Neste contexto, a conferência “Comparative Genomics of Eukaryotic Microorganisms: Understanding the Complexity of Diversity”, promovida pela EMBO (Organização Européia de Biologia Molecular, na sigla em inglês), tem um alto valor agregado no que diz respeito à complementação de formação profissional e divulgação científica. O evento, realizado entre 15 e 20 de outubro deste ano, na Espanha, abordou grandes questões evolucionárias, tais quais a formação de um eucarionte, o surgimento da multicelularidade, a evolução da reprodução, patogênese, entre outras. Além disso, a conferência tentou inovar discutindo algumas linhas da Árvore Genealógica Eucarionte (TOL, na sigla em inglês), que recebiam pouca atenção da academia até então.

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A comunidade científica presente foi muito significativa, incluindo pesquisadores de todo o planeta com grande renome neste campo de pesquisa. Nomes vindos da própria Espanha, dos Estados Unidos, Canadá, Bélgica, França, Reino Unido, Suécia, Alemanha e outros ministraram mais de quinze sessões de palestras durante os cinco dias de evento. Entre estas sessões, jovens pesquisadores apresentavam seus trabalhos em forma de painel, e entre eles estava Fernanda Cristina Costa, aluna de doutorado, orientada pelo Professor Otávio Thiemann, do grupo de Cristalografia do IFSC. Fernanda formou-se em Biologia pela Universidade Federal de São Carlos, mas trabalha no grupo desde sua Iniciação Científica. Atualmente, está matriculada no curso de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Genética e Evolução da UFSCar, no qual Thiemann é credenciado.

tb_bruceiA linha de pesquisa e os temas abordados no evento pareciam formar um casamento perfeito com os desenvolvimentos acadêmicos da pesquisadora, que investiga o microorganismo parasitário Trypanosoma brucei, responsável por causar a famigerada “doença do sono” em humanos e a nagana em animais, acometendo centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo. Segundo a pesquisadora, o interessante em relação a estes microorganismos é que, apesar de serem organismos morfologicamente simples, unicelulares, eles possuem soluções pouco ortodoxas para os problemas ocasionados pelo fato de serem células eucarióticas com um ciclo de vida degenético. “Estes organismos desenvolveram metabolismos únicos, como a arquitetura de seu DNA mitocondrial e antígenos de superfície variáveis, apenas para citar alguns exemplos”, explica ela.

 

selenocisteinaMais especificamente, o trabalho que desenvolve junto ao Prof. Thiemann e à pós-doutoranda Teresa Cristina Leandro de Jesus tem grande interesse nas funções e na evolução da selenocisteína – um tipo de aminoácido que não é codificado no código genético como os outros tipos –, além das selenoproteínas nestes microorganismos e na maneira como isso está relacionado à evolução dos eucariontes e suas interações com os seus hospedeiros.

A sensibilidade da pesquisadora ainda a levou além: neste evento, devido à perfeita adequação de sua linha de pesquisa ao tema proposto pelo evento, à responsabilidade social e ao bom desenvolvimento da pesquisa, o trabalho intitulado “Selenocysteine Synthesis and Selenoproteome of Trypanosoma brucei” foi agraciado com o prêmio de melhor trabalho apresentado no evento, um reconhecimento importante para quem se arrisca em uma área relativamente nova.

“Apresentar o trabalho me permitiu ampliar a visão sobre este campo de pesquisa e compartilhar meus dados com outros pesquisadores”, afirma Fernanda. “Conhecer pessoas que compartilham dos mesmos interesses profissionais e coordenadores de grupos de pesquisa, com quem possa trocar idéias sobre minha pesquisa, é importante para construir uma rede de contatos científicos – essencial em carreiras acadêmicas – e trabalhar em colaborações futuras”, completa ela.

Este é um exemplo que deve desinibir alunos que, por algum motivo, se privam da oportunidade de divulgar suas pesquisas no exterior. O Brasil tem sido muito bem-vindo e bem visto em eventos internacionais, destacando-se através de pesquisas com fim social e descobertas e aplicações de impacto na academia e na sociedade. Atualmente, muitas oportunidades têm sido reveladas e oferecidas a jovens pesquisadores. Se você é aluno, fique ligado nos grandes encontros científicos em sua linha de pesquisa, participe e arrisque para se inserir na dinâmica acadêmica e deixar sua marca.

Assessoria de Comunicação

28 de outubro de 2011

Um novo curso para quem gosta de novos desafios

Há seis anos, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) inaugurou um curso que tem chamado atenção por sua multidisciplinaridade, desafios e que tem aberto novas portas no mercado para aqueles que possuem grande afinidade com a área de exatas

DNASe a multidisciplinaridade tem sido protagonista em grades curriculares dos tradicionais cursos de graduação, não é preciso nem dizer que, em cursos criados mais recentemente, essa multidisciplinaridade seja uma premissa.

É o caso do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), criado no Instituto há seis anos, com o apoio e atual coordenação do docente, Otavio Henrique Thiemann.

Mas, para aqueles que se deixam confundir pelo nome, disciplinas da área de biológicas não fazem parte da grade. O alicerce do curso se assenta sobre as áreas de exatas e biologia molecular. Física, cálculo, bioquímica e biologia celular são algumas das matérias vistas, durante os dois primeiros anos, quando, gradativamente, vão abrindo mais espaço à disciplinas como microbiologia, química medicinal e tecnologia enzimática.

Aprovação de uma nova proposta

“A ideia nasceu entre os docentes do Grupo de Cristalografia do IFSC. Já existia no Instituto, desde 1997, a área da pós-graduação em física biomolecular dentro da área de Física. Com o passar do tempo, percebemos que os alunos que haviam concluído essa pós-graduação, e iam trabalhar em empresas de biotecnologia, queixavam-se da falta de base em alguns outros campos, exigidos por essas empresas”, explica Thiemann.

Ao mesmo tempo em que aumentavam os pedidos, por parte dos alunos, de uma melhor base em exatas na pós-graduação em física biomolecular, em paralelo, a Universidade de São Paulo (USP) era cobrada, pelo governo, para aumentar seu número de vagas, o que deu a chance, ao Instituto, de criar o curso em questão, com a primeira turma ingressando no vestibular de 2006. “Trouxemos 16 novos docentes ao Instituto, quando o curso foi criado. Havia muita coisa nova a ser implementada e o maior número de alunos, que viria preencher essas vagas, também exigia essa renovação”, conta o docente.

O que é o curso?

Fisiologia, anatomia, botânica e ecologia, disciplinas importants e tradicionais da área de Biologia não fazem parte da grade curricular. “A finalidade do curso foi voltada ao estudo de moléculas biológicas a nível atômico ou biomolecular, o que originou seu nome”, esclarece Otavio. Dessa forma, ferramentas físicas são, constantemente, utilizadas para validar esses estudos como, por exemplo, experiências onde tais moléculas são iluminadas com raios ultravioleta ou infravermelho, para que interações entre elas e as radiações às quais são submetidas possam ser observadas.

Cursos de biotecnologia não oferecem uma base tão forte em física, química e matemática como o de Ciências Físicas e Biomoleculares. “Um biotecnólogo tem uma visão muito mais voltada em como usar um micro-organismo para fins de produção biotecnológica, por exemplo. Estamos mais focados em estudar a interação das moléculas para, depois, pensar em como elas poderão transformar-se em um produto, seja de estudo ou de consumo”, explica o docente.

Já em relação à filosofia de ensino do recém-criado curso, conceitos como “educação em T”, discutido no mundo todo, é a alma do negócio: o traço horizontal representando disciplinas fundamentais, e o vertical o aprofundamento, que será buscado pelo aluno, individualmente. “Nossa ideia é fazer com que o estudante saia daqui com uma boa base nas disciplinas fundamentais, como matemática, física e bioquímica/biologia molecular. Acreditamos que com isso em mãos, por maiores que sejam as dificuldades encontradas no mercado de trabalho, ele terá ferramentas suficientes para resolver problemas mais facilmente”, elucida Otavio. “As disciplinas mais avançadas e específicas do curso serão o início do traço vertical do T. Procuramos dar o primeiro passo, o resto dependerá em grande parte do esforço e interesse de cada estudante”.

Durante os primeiros anos em que foi inaugurado o curso, Otavio confessa que o número de desistências foi significativo e justifica o fato, justamente, pela falta de atenção dos vestibulandos. “Uma leitura mais atenta poderia evitar equívocos. Em primeiro lugar, o curso é classificado como da área de exatas, então não poderia ter a biologia como base. Uma boa olhada na grade curricular também ajudaria”, diz. “Outro motivo responsável pela evasão é o grau de dificuldade do curso. As disciplinas são muito complexas e exigem muita dedicação e abstração por parte dos alunos”. A insegurança em relação ao mercado de trabalho, em parte ainda indefinido para esse profissional, também pode servir de desestímulo. “Por mais que divulguemos as oportunidades em aberto para essa carreira, ainda não conseguimos fazer isso concretamente”.

Riqueza disciplinar

Embora seja essencial que o aluno tenha conhecimento de que o curso de Ciências Físicas e Biomoleculares seja alicerçado sob disciplinas da área de exatas, as biomoleculares também tem seu lugar garantido.

No IFSC, o próprio corpo docente do curso em questão é formado por físicos, químicos, farmacêuticos e biólogos. “O biólogo faz os mesmos experimentos que fazemos aqui”, diz Otavio que, em seguida, elucida a diferença essencial entre os dois profissionais: o olhar e a maneira de realizar procedimentos. “O físico biomolecular, pela base que recebe, será capaz de medir forças físicas que interferem num experimento. O profissional da área de biológicas não possui essa ferramenta, não por incompetência, mas simplesmente porque não cabe à sua área fornecê-la. Através de um melhor entendimento no uso de ferramentas, é possível aprimorar técnicas e ser mais crítico. Assim, abrem-se mais possibilidades, como o desenvolvimento de novos equipamentos, apenas para dar um exemplo”.

Desde o primeiro ano de curso, as disciplinas da área de biológicas são inseridas na grade, no entanto, com o tempo, vão ganhando mais espaço. “Conseguimos reduzir a carga didática do aluno, para um melhor aproveitamento do curso. Ele, agora, tem mais tempo para refletir melhor sobre o que aprende. Por ser novo, esse curso é extremamente dinâmico e está sempre sendo revisto e remodelado”, conta Otavio.

O IFSC foi o primeiro a implementar o curso, no Brasil. De acordo com Otavio, depois de lançado no Instituto, outras universidades fundaram cursos similares, porém com nomenclatura distinta, como Engenharia Bioquímica, por exemplo. Mas, a filosofia é a mesma: oferecer um curso bem alicerçado em ciências exatas para, posteriormente, tomar uma vertente mais específica. “Não sei se essas iniciativas já estavam sendo pensadas, mas, ao longo desses seis anos, temos sido procurados para compartilhar experiências e trocar ideias a respeito do que temos feito em nosso curso”.

Da pesquisa ao mercado

OtavioNa década de 70, durante o governo Collor, em razão do acordo de Paris, o Brasil segue a lei internacional de propriedade intelectual*. Assim, muitas indústrias nacionais do ramo perceberam que uma solução para sua sobrevivência seria desenvolver pesquisas e produzir seus próprios produtos. Dessa forma, o físico biomolecular ganhou espaço significativo. “As empresas passaram a demonstrar maior interesse em profissionais polivalentes, que poderiam auxiliar em linhas de pesquisa que as interessasse”, conta Otavio.

Com o tempo, novos caminhos foram sendo abertos para esse profissional como, por exemplo, trabalhar em instituições que tenham, como principal atividade, a análise de pedidos de patentes. Indústrias químicas e farmoquímicas também visam à contratação dos físicos biomoleculares. “Percebemos outros nichos de mercado nos quais nossos alunos pudessem se inserir. Tudo dependerá de seu interesse e do que ele gosta de fazer”.

Mesmo com diversos caminhos abertos, a ponte entre empresa e universidade precisa ser mais bem alicerçada. “O industrial não sabe o que temos aqui e nós, também, não temos conhecimento do que ele possui e precisa. Aos poucos, estamos tentando convergir esses dois pólos. Temos a disciplina ‘Empreendedorismo’ que foi criada, justamente, com o intuito de mostrar, ao aluno, possibilidades que existem lá fora e como as empresas funcionam e o que consideram importante em um profissional”, explica.

E, se por muito tempo, a distância entre universidade e indústria era expressiva, a tendência é que esta seja cada vez menor. A falta de mão-de-obra especializada no Brasil é um fato, e aqueles tanto com ferramentas gerais, como especializadas em mãos, têm grandes chances de ser bem-sucedido no mercado. Certamente, o físico biomolecular já tem seu lugar garantido.

*Propriedade intelectual é o monopólio concedido pelo Estado, sendo a soma dos direitos relativos às obras literárias, artísticas e científicas, entre outras coisas. Pode ser dividida em duas categorias: direito autoral e propriedade intelectual, nesta última pertencendo patentes, marcas, desenho industrial, indicações gráficas e proteção de cultivares.

Fonte: Wikipedia

Assessoria de Comunicação

 

26 de outubro de 2011

SIFSC premia alunos de destaque

SIFSC-1Na última sexta-feira, 21 de outubro, o encerramento da Semana Integrada de Graduação e Pós-graduação do Instituto de Física de São Carlos (SIFSC) foi feito com chave-de-ouro.

Foi oferecido o prêmio “Yvonne Primerano Mascarenhas” a alguns dos alunos do Instituto, assim como menção honrosa àqueles que se destacaram por seus trabalhos de pesquisa. Conheça-os logo abaixo:

Prêmio “Yvonne Primerano Mascarenhas

 

Luis Felipe dos Santos Mendes Iniciação Científica
Valéria Spolon Maragoni Mestrado
Marcio Fernando Cobo Doutorado


Menção honrosa


Raul Ribeiro Prado Iniciação Científica

Letícia Zenatti

Iniciação Científica

Diego Paiva Pires

Mestrado

Layla Pires

Mestrado

Fernando Vasconcelos Maluf

Doutorado

Paulo Matias

Doutorado

O IFSC parabeniza a todos os premiados!

Assessoria de Comunicação

25 de outubro de 2011

Pesquisador do IFSC apresenta sua pesquisa de doutorado

Mais uma edição do tradicional Journal Club foi realizada na tarde desta segunda-feira, 24. O palestrante convidado foi o Doutor Gerson Ferreira, do próprio IFSC, que discutiu os resultados de pesquisa realizada para sua tese de doutorado, a saber, a aplicação da teoria do funcional de densidade (DFT, na sigla em inglês) na aproximação da densidade de spin local (LSDA) para estudar as instabilidades ferromagnéticas no regime Hall Quântico Inteiro (IQHE). O título de sua fala foi “Exact Exchange for IQHE and resistively Detected NMR”.

Vale lembrar que o Journal Club é um evento do Grupo de Física Teórica, normalmente realizado duas vezes por semana, com pequenos encontros nos quais palestrante e ouvintes interagem e discutem, tiram dúvidas, dão conselhos acadêmicos, entre outras coisas, em língua inglesa. Aguarde a próxima edição.

Assessoria de Comunicação

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