Notícias

14 de maio de 2012

Novo colaborador

A partir de hoje, 14 de maio, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) conta com nova colaboração: Edson Giuliani Ramos Fernandes, docente admitido junto ao Departamento de Física e Informática (FFI).

Edson

O IFSC dá boas-vindas ao novo servidor!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

11 de maio de 2012

A ameba fatal

Essa doença leva de 10 a 12 dias para matar uma pessoa. A infecção que causa no organismo é tão grave que não há tempo, sequer, para fazer um diagnóstico. Não, não estamos falando de uma doença nova, mas sim da Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP), causada por um ser unicelular (com uma só célula) que já existe a 1,2 bilhão de anos, a Naegleria fowleri.

NaegleriaA poderosa ameba, que faz parte de uma classe de amebas de vida livre, vive em locais assustadores para nós, uma vez que, regularmente, frequentamos águas mornas recreacionais. Sim: piscinas não cloradas ou pouco cloradas, águas de rios, lagos, represas e, até mesmo, caixas d´água são o habitat da Naegleria, que entra no organismo através da mucosa nasal, indo, finalmente, até o sistema nervoso central e matando o hospedeiro.

Mas, embora os dados escassos sobre a doença no Brasil não permitam tirar conclusões sobre a parasitose, o número de infectados nos EUA, por exemplo, não chega a oito por ano.

Porém, mesmo fazendo um pequeno número de vítimas, a incidência de MAP tem aumentado, em virtude do aquecimento global, que deixa as águas mais aquecidas, tornando-as propícias à proliferação da Naegleria. Com sete vítimas da MAP nos EUA, antes mesmo do término do primeiro semestre de 2012, o assunto ganhou maior notoriedade, assim como tem crescido o número de pesquisadores interessados em estudá-la.

No Grupo de Cristalografia (GC) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o pesquisador, Marco Túlio Alves da Silva, com o auxílio do docente do IFSC, Otavio Thiemann, e dos pesquisadores, Fernanda Cristina Costa (IFSC/USP), Daniel Silvestre (Faculdade de Medicina- FM/USP) e Victor Caldas (IFSC/USP) dedicam seu tempo para estudar a ameba, mas, espertamente, encontraram uma alternativa muito menos arriscada: analisar sua “parente”, a Naegleria gruberi, que não é patogênica, ou seja, não transmite a fatal doença para humanos.

A Naegleria, em vida livre (no ambiente), é uma predadora e se alimenta de bactérias. Já em laboratório, a Neagleria gruberi cresce em meio axênico, onde todos os nutrientes são colocados para que a ameba cresça sozinha. “Se colocarmos bactérias nesse meio, ele não será mais axênico, pois ela terá outro organismo para ajudá-la a crescer”, explica Marco Tulio.

A vantagem do meio axênico é que não há interferência de outros organismos vivos. “Na ausência de outros organismos, não existirá a interferência do metabolismo de um no metabolismo do outro, portanto conseguimos trabalhar melhor”, conta Tulio.

O principal objetivo dessa pesquisa, no entanto, é o entendimento sobre a maneira como um aminoácido raro, chamado “selenocisteína”, é incorporado em proteínas específicas de Naegleria, chamada de selenoproteínas. Mas, qual o porquê disso?

Proteínas e aminoácidos chave

Há três anos, não se conhecia o genoma da Neagleria. Consequentemente, não se sabia se a selenocisteína existia nesse organismo. O que já era sabido é que a presença desse aminoácido no organismo pode auxiliá-lo na sobrevivência em circunstâncias específicas. “A Naegleria está submetida a diferentes condições e, de vez em quando, há alterações muito bruscas no meio onde ela vive. Isso possibilita que ela use selenoproteínas, para se defender desse ambiente estressante”, elucida Tulio.

Assim, os pesquisadores do GC isolaram o gene da Naegleria gruberi, o qual sofreu uma provável fusão de dois genes. Como produto, observa-se a presença de uma proteína com dois domínios (diferentes regiões da proteína, que exercem distintas funções), cada um com uma função específica. Um deles está envolvido no processo de produção de selenocisteína e o outro auxiliaria na detoxificação de selênio, que consiste na retirada de selênio na célula. “Organismos de vida livre podem passar, em algum momento, a viver numa região rica em metal pesado, e o selênio, mesmo sendo muito importante para o organismo, em excesso, pode causar danos muito grandes”.

Embora o número de vítimas de Naegleria seja melhor contabilizado nos EUA, a doença causada pela ameba faz vítimas no mundo todo. “O que falta, no Brasil, são dados específicos sobre a Neagleria. No GC, começamos a trabalhar com uma ideia evolutiva, pois ela é muito antiga, e foi quando o trabalho começou a ganhar corpo”, conta o pós-doutorando.

Próximos passos

Naegleria-1A pesquisa caminha na identificação da estrutura da proteína descrita acima (com os dois domínios juntos) e na identificação de seus domínios independentemente. Tais domínios foram separados, através de técnicas de biologia molecular, e estão sendo estudados separadamente. “Agora tentaremos entender a estrutura desses domínios isoladamente e em conjunto”, explica Tulio.

Esse tipo de estudo, que possibilita a visualização de regiões diferentes da proteína, permite, também, pensar-se em inibidores à doença. “Embora estejamos em uma etapa preliminar, podemos desenhar inibidores, que não interfiram na célula humana”.

Pesquisas anteriores já trazem dados interessantes sobre a Neagleria: 60% da poeira doméstica têm cistos de amebas de vida livre. Só não se sabe se são da Neagleria fowleri, sua “versão” mortal.

As infecções causadas por amebas de vida livre- caso da Naegleria- são erráticas, ou seja, não deveriam ocorrer no organismo humano. Por esse motivo, sua evolução no organismo é extremamente rápida e, geralmente, acomete o sistema nervoso central. O tratamento existe, mas, pela rapidez com que se dissemina, não há tempo para cura ou sequer para o diagnóstico. “A maioria dos diagnósticos de Neagleria é feito post mortem”, explica Tulio.

Trabalhando, em princípio, somente com pesquisa básica, Tulio conta que sente falta de dados no Brasil sobre a doença. A escassez de informação também atrapalha a pesquisa e sua consequente evolução. “Não tenho o número de casos de MAP no Brasil, regiões mais expostas; não temos dados de como a atividade industrial pode aumentar ou diminuir o número de formas de Neagleria“, afirma o pesquisador.

Portanto, embora trate-se de uma doença rara, a fatalidade da MAP é motivo suficiente para estudos mais dedicados e aprofundados. Alguns pesquisadores brasileiros, incluindo os do IFSC, já estão fazendo sua parte. Basta que mais esforços sejam despejados para que essa doença passe do “cargo” de mortal para escassa e, com muito otimismo, erradicada.

Assessoria de Comunicação

10 de maio de 2012

Novo presidente

A partir do dia 10 de maio, o novo presidente do Programa de Pós-Graduação em Física é o docente, Otávio Henrique Thiemann, em substituição ao docente, Tito José Bonagamba.

Abaixo, segue a nota de agradecimento do ex-presidente:

“Prezados alunos, funcionários e docentes do IFSC,

Após longos anos de atividades no âmbito da Pós-Graduação do IFSC, oito anos como coordenador do Programa junto à CAPES, e seis como Presidente da CPG [Comissão de Pós-Graduação], meu mandato encerrou-se ontem, 09/05/12.

Foi uma intensa jornada, que, felizmente, contou com a participação crítica e colaboradora de todos vocês.

Agradeço o apoio recebido de todos e desejo êxito ao meu sucessor, Prof. Otávio H. Thiemann.

Atenciosamente,

Tito J. Bonagamba”

Assessoria de Comunicação

10 de maio de 2012

Confira algumas fotos do último treino das brasileiras no CEFER

Na manhã da última quarta-feira, as atletas da seleção feminina brasileira de vôlei estiveram no ginásio do Centro de Educação Física, Esportes e Recreação (CEFER/USP) para realizar o último treinamento antes do início da rodada do pré-Olímpico, que tem início na quarta-feira e é encerrada no domingo.

Confira, abaixo, algumas fotos do treino das brasileiras:

Volei

Volei-1

Volei-2

Volei-3

 

 Assessoria de Comunicação

9 de maio de 2012

Inscrições terminam essa semana

As inscrições para Olimpíada Brasileira de Física (OBF) de 2012 terminam no próximo sábado, 12 de maio.

A OBF, que tem como objetivo despertar e estimular o interesse pela Física e ciências, como um todo, abre participação para todos os estudantes do 9º ano do ensino fundamental, 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio, além de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), das escolas públicas do país.

A OBF ocorrerá em duas fases, e os alunos serão divididos em três níveis, de acordo com seu grau de escolaridade.

A 1ª fase ocorre em 28 de agosto e a 2ª em 10 de novembro.

Para informações mais detalhadas sobre o regulamento, acesse http://www.obfep.org.br.

Assessoria de Comunicação

8 de maio de 2012

Em que “pé” está?

Menos de um ano após o início dos testes com voluntários para o tratamento da onicomicose (mais conhecida como “micose de unha”), utilizando equipamento desenvolvido no Laboratório de Apoio Tecnológico do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o composto fotossensibilizador, feito por uma empresa nacional, os resultados são satisfatórios e animadores, especialmente aos pacientes tratados.

Do início de 2011, quando os testes tiveram início em São Paulo, até o presente momento, onde pacientes em São Carlos e Ribeirão Preto também já são beneficiados, totalizando 90 pacientes, 10 deles já estão dispensados do tratamento, com cura completa das unhas infectadas. “Não tratamos casos simples, até porque quem se candidatou à pesquisa foram aqueles que já tentaram de tudo e não tiveram nenhuma melhora”, conta Natalia Mayumi Inada, pesquisadora do Grupo de Óptica do IFSC e orientadora da pesquisa.

Dos 10 casos tratados, a micose foi eliminada completamente e não houve mais manifestação da infecção. “A duração do tratamento, obviamente, depende de cada caso. Alguns estão mais avançados e o tratamento pode chegar a um ano. Mas, em casos mais simples, pode durar, apenas seis meses”, afirma Ana Paula da Silva, autora do projeto.

As pesquisadoras afirmam que o paciente é quem determina o desenrolar do tratamento. Pensando-se no “antes”, aqueles que já ingeriam remédios para cura da infecção, provavelmente apresentarão mais resistência ao novo tratamento. Pensando-se no “durante e no “depois”, alguns cuidados de higiene são determinantes para o suceMicose-1sso, como trocar as meias contaminadas ou andar mais constantemente com sapatos abertos, não compartilhar instrumentos de manicure e pedicure (inclusive as lixas), proteger os pés em banheiros e chuveiros públicos etc. “Normalmente, os pacientes que se automedicam são os mesmos que não seguem os cuidados necessários durante o tratamento. Nós eliminamos o fungo, mas se a pessoa continua usando uma meia contaminada, por exemplo, não adianta nada. Normalmente, nesses pacientes demoramos mais tempo para observar resposta ao tratamento”, afirma Ana Paula, que também conta que as unhas dos pacientes mais cuidadosos respondem mais rapidamente.

A análise dos resultados é dividida em algumas fases: a primeira é a análise clínica, feita por um podólogo, onde um diagnóstico visual é feito. “Sabe-se que uma unha sadia cresce mais rápido do que a doente. E ‘à olho nu’, a melhora, também, é facilmente vista”, conta Ana Paula. “Também acompanhamos o crescimento da unha dos voluntários e registramos as medidas utilizando um paquímetro*”.

O próximo passo, depois disso, é a análise laboratorial, onde é coletado o material da unha, antes e depois do início do tratamento, para verificar se o fungo ainda está na unha ou não. “Não fazemos somente a raspagem superficial da unha, mas também embaixo dela, pois muitos resultados de análise laboratorial podem dar falsos negativos, porque a coleta é feita erroneamente”, explica Natalia.

Sobre o número de desistentes, embora as pesquisadoras ainda não tenham dados precisos, elas afirmam que o número é grande. “Como é um tratamento demorado [duas horas a cada 15 dias], às vezes o voluntário não pode sair do trabalho ou de sua cidade para fazê-lo”, diz Ana Paula.

Os dez pacientes dispensados do tratamento tiveram todas as unhas curadas e só assim o tratamento é dado como finalizado. “Dos 90 pacientes envolvidos na pesquisa, nenhum deles faz o tratamento em uma única unha. Se algum paciente só apresentou duas unhas tratadas, de um total de dez doentes, por exemplo, não consideramos o tratamento como finalizado”, explica Natalia.

Os principais envolvidos

Coordenada pelo docente do IFSC, Vanderlei Salvador Bagnato, a pesquisa conta, atualmente, com alguns parceiros: Faculdade Anhembi Morumbi (São Paulo), clínica “BomProPé” (São Carlos), clínica “Studio 1” (Ribeirão Preto) e, obviamente, o próprio IFSC, que desenvolveu o equipamento. O insumo farmacêutico, com propriedade de ativação fotodinâmica, é fornecido pela empresa farmacêutica “PDT Pharma” e, em um futuro próximo, uma empresa colaboradora fabricará os equipamentos em série.

Micose-fotosAs patentes da técnica e do equipamento já foram concluídas, mas a Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) ainda não aprovou seu uso, o que deve ser feito até o final do ano.

Por uma limitação de profissionais e pesquisadores envolvidos, além da grande procura, as pesquisadoras, no momento, não recrutam mais voluntários para participar da pesquisa. “Se não limitarmos, não conseguiremos fechar a pesquisa para disponibilizar a técnica para a sociedade”, lamenta Natalia. “Mas, mesmo assim, não deixamos os interessados sem respostas. Sempre os informamos sobre o andamento da pesquisa e, em caso de desistências, entramos em contato com aqueles que estão em lista de espera”.

Micose-_fotos-1Mas, ao que tudo indica, no início de 2013 esse tratamento estará disponível a todos. “Isso depende das empresas colaboradoras. Em relação à nossa parte, há muita dedicação. A Ana Paula sempre acompanhou os pacientes, até mesmo nas clínicas de podologia, além de consolidar este estudo com experimentos in vitro, analisando, entre outros mecanismos, a interação dos fotossensibilizadores com os fungos, pela técnica de microscopia confocal”, afirma Natalia.

Sobre o tratamento

O Grupo de Óptica do IFSC tem trabalhado há alguns anos com a técnica de inativação fotodinâmica de microrganismos causadores de doenças. Sabendo deste potencial da técnica na inativação de fungos e bactérias, e considerando o quadro atual do tratamento da micose de unha, foi pensado um projeto de pesquisa nesta área e um protótipo do equipamento foi desenhado.

Micose-_depoimentoPara visualizar a onicomicose, Ana Paula faz uso de um equipamento de fluorescência, já disponível no mercado para o diagnóstico de cáries e placas bacterianas. O equipamento permite uma localização mais exata dos fungos causadores da infecção, através da fluorescência característica do próprio micro-organismo.

Já para realização do tratamento, é utilizado um equipamento que emite luz em comprimento de onda específico, com a função de ativar o composto fotossensível que, já em contato com a unha doente, gera espécies reativas de oxigênio, por sua vez prejudiciais aos micro-organismos. A medicação fica em contato direto com a lesão durante apenas uma hora, iluminada por vinte minutos.

Num primeiro momento, pode ser que o tratamento só seja disponibilizado em clínicas particulares. Mas, as pesquisadoras vislumbram que o tratamento seja, um dia, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que livrará os pacientes dos custos. “Passamos aos pacientes a esperança de que, em breve, esse tratamento esteja disponível, ao menos, em um preço acessível”, finaliza Natalia.

Para mais informações sobre o tratamento de onicomicose do IFSC, clique aqui.

*instrumento de precisão para medidas de comprimento

Assessoria de Comunicação

4 de maio de 2012

O dinossauro do espaço

Dos bilhões de estrelas que frequentam nossa galáxia, atualmente, pelo menos uma delas pode ser considerada um dinossauro. A comparação com o abolido animal não se deve somente por sua idade avançada, mas, especialmente, pelo fato de ela estar, ao que alguns estudos indicam, muito próxima da extinção.

Eta_CarinaeA Eta Carinae, representante de uma classe de estrelas de vida curta, que existiram em maior abundância nas primeiras centenas de milhões de anos do Universo, tem se destacado por diversos motivos. Algumas de suas características, como um fortíssimo brilho, tamanho expressivo e o fato de ser binária (sempre acompanhada de outra estrela) são algumas das razões que a tornam exótica.

Como se todas essas qualidades não bastassem, outro fator faz dela ainda mais relevante, principalmente para os estudiosos da área: Eta Carinae, possivelmente o último “exemplar” de sua espécie que se encontra próxima da Terra, o que possibilita seu estudo, está prestes a virar história. Na iminência de explodir em forma de hipernova* ou Gama Ray Burst (GRB)**, ela pode estar com os dias contados.

“Estrelas de grande massa, como ela, são muito importantes, pois, no passado, produziram o oxigênio que compõe a água e os organismos vivos, incluindo o nosso. Outras estrelas do mesmo tipo da Eta Carinae já foram extintas há muitos anos, a maior parte delas há 12 bilhões de anos”, explica o docente do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP), Augusto Damineli.

Diante desse quadro, através do estudo da Eta Carinae será possível descobrir como o Universo produziu oxigênio há bilhões de anos, já que esse tipo de estrela estava lá, cumprindo esse papel. “O oxigênio parou de ser produzido no universo há doze bilhões de anos, então, para sabermos nossas origens precisamos dessas informações”, complementa o docente. “Temos que observar as Eta Carinae do passado”.

Estrela comprometida

Outra interessante particularidade da Eta Carinae é que ela é “casada”: está sempre acompanhada de outra estrela em sua órbita e Damineli é quem fez essa descoberta, da seguinte forma: passou a observar a estrela mais atentamente e descobriu que, a cada cinco anos, ela andava a mesma distância. “Ninguém ‘dança’ sozinho num passo tão ritmado. Ela é, portanto, ‘casada’ gravitacionalmente, ou seja, fisicamente ligada a outras estrelas através da gravidade”, explica.

Já por ser muito grande, a quantidade de massa que ela solta é significativa, bem como a quantidade de gases coloridos que expele (um evento muito belo na galáxia, diga-se de passagem).

Caso Eta Carinae exploda, espera-se que ela produza um feixe muito fino de raios gama, como um raio laser. Esse feixe irá percorrer o universo e quem estiver no caminho saberá que, na via Láctea, terá acabado de morrer uma estrela grande. “O problema é que, dentro da via Láctea, esse feixe de raios gama é tão forte, que tudo que ele encontrar no caminho será destruído”, explica o professor.

Mas, por enquanto, os terráqueos podem respirar aliviados: a Terra não será atingida, caso isso aconteça. Até porque, se fosse, toda camada de ozônio seria arrancada de nosso planeta, impossibilitando nossa sobrevivência.

Mesmo que se construam hipóteses de que Eta Carinae irá explodir em breve – e quando se fala breve não é nos próximos dias ou meses, mas nas próximas décadas -, fica difícil mensurar uma data exata. “Olhando para essas estrelas, há vinte anos, achávamos que teríamos 500 mil anos para estudá-las. Hoje acreditamos que em poucas décadas ela morrerá, baseando-nos nas erupções que tem acontecido dentro dela”, afirma Damineli.

Fenômeno inédito?

Eta_Carinae-1Eta Carinae estar “despedindo-se” da Galáxia é um fato único. Mas os fenômenos responsáveis por sua extinção, não. Os Gama Ray Bursts, embora raros, se olharmos para apenas uma galáxia, são comuns no Universo como um todo, sendo possível detectar esses eventos algumas vezes por semana. A diferença é que tais eventos estão no término do Universo, a distâncias de bilhões de anos-luz. “Esses eventos são tão energéticos que, mesmo acontecendo muito longe de nós, nos confins do universo visível, podemos observá-los com um ‘brilho´ comparável ao de estrelas da nossa própria galáxia, embora a maior parte desse ‘brilho´ não seja em forma de luz visível”, explica o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Daniel Augusto T. Vanzella.

O docente explica que esses fenômenos são muito bem direcionados e, portanto, perdem pouca energia e conseguem propagar-se por distâncias muito grandes. “Alguns desses eventos ocorreram a 13 bilhões de anos-luz de nós e, ainda assim, somos capazes de observá-los”, conta.

E o mais interessante disso tudo é que observar um fenômeno que ocorreu no Universo a uma distância tão grande é observar o passado, de fato. “A luz que podemos observar hoje viajou por 13 bilhões de anos no Universo, é uma imagem do passado. Ou seja, nasceu no momento em que o Universo era muito jovem, ainda, e nessa época, estrelas como a Eta Carinae eram muito mais comuns, bem como os GRB’s”, explica Daniel.

Por isso, a importância de se observar a Eta Carinae e os eventos pelos quais ela passará nos próximos anos. Vanzella afirma que ela não é a última do Universo, mas a única que conhecemos em nossa “vizinhança”; as outras não sobreviveram.

Aí, entra a comparação feita por Damineli, de Eta Carinae ser com um dinossauro: sabemos que eles existiram, mas não temos mais “exemplares” do animal para estudar. Para a exótica estrela ainda resta uma chance. Basta, apenas, que ela não surpreenda a todos e exploda muito antes do que os últimos estudiosos supõem. Afinal, a imprevisibilidade, ao mesmo tempo em que é um “charme” da estrela, pode significar a extinção de um importante conhecimento.

*colapso cataclísmico, seguido de uma explosão de uma estrela supergigante, que pode levar a um buraco negro. A explosão é maior do que uma supernova, e pode ser acompanhada de uma erupção de raios gama

**traduzido por “explosão de raios gama”, está entre os fenômenos mais energéticos do Universo

Assessoria de Comunicação

2 de maio de 2012

Expectativa é de 28 mil participantes

 Entre os dias 2 e 4 de agosto, ocorrerá a 6ª edição da “Feira de Profissões da USP”, no campus da capital (São Paulo), enquanto no interior (Ribeirão Preto), a feira, que se encontra na 11ª edição, será entre os dias 13 e 15 de junho.

Graças a uma negociação, em fase de conclusão, entre a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e a Pró-reitoria de Cultura e Extensão da USP, este ano prevê-se recursos para viabilizar a presença de 28 mil alunos nas feiras, na proporção de 8 mil para o interior, e 20 mil na capital.

Com o objetivo de auxiliar estudantes na escolha de sua carreira, as Feiras oferecem informações sobre a USP, bem como catálogos, visitas monitoradas aos campi da Universidade e palestras sobre os cursos, com informações sobre atuação profissional.

Para maiores informações sobre as Feiras de Profissões da USP, clique aqui.

Com informações da Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP

Assessoria de Comunicação

2 de maio de 2012

Novos métodos de análise do CA-FA

O Comitê Assessor de Física e Astronomia (CA-FA) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o objetivo de aprimorar o processo de análise de solicitação e concessão de bolsas de produtividade em pesquisa, divulgou uma nota esclarecendo que dará mais ênfase aos aspectos qualitativos da produção científica dos pesquisadores.

Dessa forma, primará pela relevância, originalidade e repercussão da produção científica, bem como do próprio projeto de pesquisa, impacto da produção científica, contribuição específica do candidato em seu grupo de pesquisa, entre outros itens de mérito.

Tais alterações, de acordo com o vice-diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e membro do CA-FA, Osvaldo Novais de Oliveira Jr., devem ter repercussões positivas, tanto ao comitê assessor, quanto aos pesquisadores. “O presidente do CNPq, Glaucius Oliva, pediu aos comitês assessores do CNPq que revisassem a ade

CNPq-logo

quação de critérios de concessão de bolsas. Na física e astronomia, particularmente, a demanda por bolsas é muito grande e a competição é forte. Isso fez com que, ao longo dos anos, o comitê assessor [CA-FA] utilizasse critérios de indicadores numéricos de produção de artigos científicos de qualidade”, explica Novais.

O docente considera tal critério útil e relevante, uma vez que a análise é mais objetiva, facilitando o trabalho dos comitês, no momento de decidir quais pesquisadores serão contemplados ou promovidos. “Esses parâmetros eram importantes, embora nunca tenham sido os únicos. Os comitês sempre tentaram levar em conta outros parâmetros qualitativos, também”.

No entanto, os antigos critérios de análise tinham um problema de concepção, que era o de pedir do solicitante um plano de pesquisa e poucos dados sobre as contribuições passadas, enquanto que o julgamento era quase todo baseado no passado. “Isso prejudicava o julgamento, porque os pareceres dos assessores ad doc que o CNPq nomeia não eram tão úteis para a avaliação”, explica Novais.

Para eliminar essa limitação e buscar uma análise mais qualitativa, inclusive tirando melhor proveito dos pareceres dos assessores, os critérios foram alterados. Com o objetivo de fornecer elementos mais qualitativos aos assessores, o CA-FA está solicitando que os candidatos enfatizem suas principais contribuições científicas (no caso de trabalhos multidisciplinares ou em grandes equipes, que especifiquem sua contribuição individual). Outro ponto requerido dos candidatos é que discorram sobre o impacto de sua pesquisa, apresentando indicadores qualitativos. “Como os assessores terão mais informações em mãos, a análise será mais detalhada e criteriosa”, afirma o docente.

Um aspecto inovador e que, ultimamente, tem sido uma exigência, tanto em projetos do CNPq, como em grandes projetos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), é a difusão e divulgação científica. “O CNPq, assim como outros órgãos de fomento no Brasil, está incentivando pesquisadores a divulgar seu trabalho, não só em fóruns e revistas especializados, mas também para o público em geral. Isso também será levado em conta na análise”.

Com a maior ênfase nos aspectos qualitativos e nos pareceres dos assessores, o julgamento do CA-FA ficará mais subjetivo. “Haverá, inevitavelmente, riscos de injustiças num procedimento de análise subjetiva, mas a melhoria no uso dos critérios deve compensar”, afirmou Novais.

As novas diretrizes do CA-FA do CNPq devem tornar a análise de mérito similar ao que a FAPESP já faz na área de física e astronomia, segundo Novais, que também pertence à coordenação de física da FAPESP.

Para acessar o texto que reproduz o comunicado enviado pelo CA-FA, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

27 de abril de 2012

Prof. Sérgio Mascarenhas recebe título Doutor Honoris Causa

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), através de seu Conselho Universitário (ConsUni), concedeu ao docente aposentado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Sérgio Mascarenhas, o título de Doutor Honoris Causa.

A indicação foi feita pelos ex-alunos do curso de engenharia de materiais da UFSCar (DEMaEx), em razão da implantação do referido curso de graduação, em 1970, feita pelo docente.

Sobre o homenageado

MascarenhasSérgio Mascarenhas, além de criador do curso de engenharia de materiais da UFSCar, também foi o fundador do Instituto de Física e Química (IFQSC/USP) e do Centro Nacional de Instrumentação Agropecuária (unidade da Embrapa) e, atualmente, é coordenador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) de São Carlos.

Por suas realizações, já recebeu diversos títulos honorários, como professor emérito do IFQSC (1999), Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (1998), Prêmio de Mérito Científico, na classe de Grã Cruz, concedido pelo então presidente, Fernando Henrique Cardoso (2002), entre outros.

Para acessar o currículo Lattes do docente, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

27 de abril de 2012

Nova vacina mais eficiente e indolor dá primeiros passos

Os caminhos para cura da leishmaniose, doença crônica causada por protozoários, e que atinge mais de 2 milhões de pessoas anualmente em todo globo, é trabalhoso e exige uma grande esforço dos estudiosos que se dedicam a essa busca.

Izaltina-3Mas, no Grupo de Cristalografia (GC) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), pode-se dizer que, no que se refere à pesquisa básica (primeiro passo em direção ao tratamento), metade do caminho já foi percorrido. Mas, para entender o percurso, o melhor é escrevê-lo em detalhes.

A técnica chave para destruir o parasita em questão, no laboratório da Cristalografia, é a chamada “metagenômica”. O intuito final é a produção de um fármaco mais eficiente e com menos efeitos colaterais às vítimas da doença. “Muitos pesquisadores utilizam derivados de plantas e animais na busca de novos princípios ativos para o desenvolvimento de fármacos contra a doença. Mas, os medicamentos usados exigem um tratamento muito longo, são injetados no músculo ou na veia dos pacientes, dependendo do medicamento, ou seja, muito doloridos, além do forte efeito colateral que causam”, explica Izaltina Silva Jardim, pesquisadora e pós-doutoranda do GC do IFSC/USP.

Mesmo assim, alguns casos são recidivos, ou seja, o paciente fica “curado” por um tempo e, depois, a doença volta. É quando entra a técnica metagenômica, que trabalha, fundamentalmente, com bactérias ambientais, que não são cultiváveis em laboratório. Fazendo-se uma comparação com a descoberta da penicilina, onde o potencial da substância de um fungo foi descoberto ao acaso e revolucionou a medicina, se aposta nas bactérias ambientais e nas substâncias que elas produzem para trazer, como consequência, a cura da leishmaniose.

O começo do processo se dá pela coleta de amostras de solo que, por sua vez, abrigam inúmeros tipos de micro-organismos desconhecidos. Esses micro-organismos não podem ser cultivados em laboratório e por isso o seu DNA é isolado.

Na amostra de terra, os diversos micro-organismos presentes (que podem ser bactérias, fungos etc.) têm seu DNA extraído (direto da amostra). Através de enzimas de restrição, ele (DNA) é fragmentado (cortado em pedaços) e, finalmente, ligado a um vetor (cosmídeo). Resumindo, um pedaço de DNA do micro-organismo será inserido no cosmídeo, formando um plasmídeo recombinante. Esse recombinante é colocado em outra bactéria (E. Coli), esta, por sua vez, possível de ser cultivada em laboratório.

Tal procedimento é feito diversas vezes, com vários micro-organismos encontrados na amostra recolhida (aquela do comecinho do procedimento), o que resultará na chamada “Biblioteca metagenômica”. “Uma das bibliotecas que eu testei, contém 300 mil fragmentos de DNA diferentes e outra, que começaremos a testar agora, tem 500 mil fragmentos de DNA dos micro-organismos encontrados em uma amostra”, conta Izaltina.

Depois que a E. Coli recebe plasmídeo recombinante, ela é plaqueada (colocada na placa de Petri para crescer), os parasitas causadores da leishmaniose são plaqueados por cima das bactérias cultivadas, gerando uma co-cultura de bactérias e parasitas.

Algum tempo depois, reações físicas entre eles serão observadas: onde a bactéria tiver produzido uma substância que mata a leishmania, tem-se um candidato à produção de fármaco. “Ao redor da bactéria que matou a leishmania, podemos observar uma região mais translúcida”.

Todos os procedimentos descritos até agora já foram feito por Izaltina e outros pesquisadores da USP. A fase que se inicia é análise das substâncias produzidas pela E. Coli que foi capaz de matar a leishmania.

Tiros no escuro

Toda análise, além de trabalhosa (como dá a impressão) é, também, demorada. Um ano é o tempo médio para formar a Biblioteca Metagenômica, mas a colaboração entre pesquisadores catalisa o processo. Explicamos.

Na Biblioteca de 300 mil clones (fragmentos de DNA) analisada por Izaltina e construída pela docente, Mônica Tallarico Pupo, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP/USP), 35 clones foram capazes de matar a leishmania. No entanto, devido a algumas interferências (como a bactéria ter crescido sob uma situação de estresse), pode ser que ocorram equívocos em relação a sua eficiência em matar o parasita.

No entanto, em colaboração com pesquisadores da UFPR em Curitiba, Izaltina teve acesso à outra Biblioteca metagenômica (cedida pelo Dr. Emanuel Maltempi de Souza), onde encontrou 192 clones de amostras de micro-organismo de solo da Mata Atlântica e outras regiões, já isolados, mas dessa vez em meio líquido. “Mudamos, então, nossa técnica. Em vez de plaquear as bactérias e esperá-las crescer e depois plaquear a leishmania por cima, fizemos diferente. Pegamos os clones e deixamos crescer em meio líquido. Durante seu crescimento, a bactéria produz substâncias e as joga no meio. Esperamos cinco dias e depois separamos o líquido das bactérias e o colocamos na cultura de leishmania”.

IzaltinaO resultado foi muito mais animador. Dos 192 clones, 13 deram ótima atividade, ou seja, depois de testado e re-testado, cerca de 50% das leishmanias foram mortas pelas substâncias produzidas pelas bactérias e misturadas ao líquido.

O próximo passo é, justamente, isolar todas as substâncias encontradas no líquido, para descobrir qual delas é a responsável pela morte da leishmania. “Quando isolamos essas substâncias, temos que isolar suas estruturas químicas e aí, então, poderemos saber de ‘quem’ se trata”, afirma Izaltina.

Fora isso, o DNA dos 13 clones positivos será sequenciado. “Nesse sequenciamento, podemos, às vezes, identificar de qual tipo de bactéria veio a substância para chegarmos a um produto único, que poderá ser usado como remédio”.

Nova cura para uma velha doença

Todos os passos descritos do início dessa matéria até esta linha referem-se, integralmente, à pesquisa básica. A aplicação disso tudo que, numa linguagem mais simples, seria a produção de um fármaco, pode demorar alguns anos. “A substância, candidata ao fármaco, deve matar a leishmania, mas sem afetar as células humanas”, explica Izaltina.

Portanto, ainda in vitro, testes são feitos com células saudáveis e infectadas de camundongos, depois disso com células humanas saudáveis e infectadas (paralelamente fazendo testes de toxicidade, farmacológicos etc.) com a substância. Considerando que todas as etapas tenham sido bem-sucedidas e contando com aprovação de comitês de ética e agências de vigilância sanitária, iniciam-se os testes com humanos. “Começando por pacientes saudáveis e tendo observado que não houve efeitos colaterais nem reações negativas, passa-se aos pacientes infectados: primeiro grupos pequenos, depois grupos maiores. Tudo isso leva, em média, dez anos”, conta.

Izaltina-1Se parece desanimador esperar tanto tempo pela fabricação de um fármaco para cura mais rápida, indolor e “confortável” da leishmaniose, a penicilina, contando com muita sorte, só passou a ser produzida 12 anos após a descoberta do fungo que a produz. Para saber se a pesquisa valeu a pena, pergunte a qualquer pessoa que já tomou antibiótico (vale, até, perguntar a si mesmo). “Até o final deste ano, nosso plano é chegar até, pelo menos, a fase dos testes in vitro“, torce Izaltina.

Depois disso, bastam alguns anos para termos nas prateleiras das farmácias mais um produto “milagroso”, resultado do esforço e paciência dos dedicados pesquisadores.

Assessoria de Comunicação

27 de abril de 2012

O primeiro homem da maçã

Estudioso das diversas vertentes da área de exatas (química, física, mecânica e matemática), o londrino Isaac Newton teve vida longa.

Nascido em 1642, no Reino Unido, viveu 84 anos numa trajetória multidisciplinar.

Além de importantes descobertas físicas, Newton foi um dos principais precursores do Iluminismo, movimento cultural do século XVIII, na Europa, e sempre esteve envolvido nos estudos relacionados à teologia e alquimia.

Formado pelo Trinity College de Cambridge, em 1665, embora tenha se destacado nas ciências exatas, sempre se envolveu em questões filosóficas, religiosas e teológicas, o que resultou na obra mundialmente conhecida, Principia, que trouxe uma revolução sobre a mecânica celeste.

Apesar da inquietação intelectual, Isaac Newton era descrito por seus conhecidos como um homem de temperamento tranquilo e uma pessoa bastante modesta.

Isaac Newton, a gravidade e outras coisas mais

Embora não tenha sido rei ou imperador, e tenha morrido há quase 300 anos, Isaac Newton ocupa, até hoje, papel protagonista no mundo das ciências. Ele é conhecido no mundo todo e sua notoriedade vem, principalmente, de uma das mais importantes descobertas da física: a lei da gravidade.

Isaac-5De maneira lúdica, conta-se que Newton, um belo dia, sentado embaixo de uma macieira, sentiu uma maçã caindo em sua cabeça. Qualquer pessoa “normal” teria, primeiramente, se queixado do incidente. Newton, não. Foi quando ele se fez a seguinte pergunta: “O que fez a maçã cair?”.

A resposta a essa pergunta resultou em nada mais, nada menos, do que na lei da gravidade.

Outro destaque de Newton foi o teorema do Binômio, que ficou conhecido como Binômio de Newton, muito importante – e complementar – para a realização de cálculos de produtos notáveis (quem não se lembra da famosa fórmula (a + b)² = a² + 2ab + b²?).

É possível, também, que muitos se lembrem das três leis de Newton, publicadas pelo cientista em 1687. A terceira delas, a lei da Ação e Reação pode ser considerada a mais famosa e “reza” que “a toda ação, há sempre uma reação oposta, ou, as ações mútuas de dois corpos, um sobre o outro, são sempre iguais e dirigidas a partes opostas”.

Isaac-_WikipediaDe acordo com biografias do físico, seus dois anos de ouro foram durante a peste bubônica europeia, entre 1665 e 1666, quando o cientista fez as incríveis descobertas da mecânica e da própria gravitação universal, óptica e matemática.

Apesar da genialidade suprema, uma curiosidade sobre Newton: no primeiro grau, foi um péssimo aluno! Mas, o criador da lei da gravitação, da decomposição da luz no espectro solar, entre outras importantes descobertas que permeiam durante os séculos, ofuscam o mau desempenho do físico durante os primeiros anos escolares. E, certamente, servem de inspiração e consolo a muitos estudantes.

Assessoria de Comunicação

26 de abril de 2012

Interessados já podem fazer pré-inscrição

Já estão abertas as pré-inscrições para a 3ª edição da “Escola de Física Contemporânea (EFC)” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Os interessados em participar da Escola devem acessar seu site e clicar no link “pré-inscrição on-line”.

No mesmo site, em breve, haverão mais informações sobre inscrição definitiva e programação da EFC.

Sobre a Escola

A EFC, anteriormente chamada “Escola Avançada de Física”, é uma atividade de extensão que ocorre uma vez ao ano no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

O objetivo é mostrar aos participantes o mundo da pesquisa e funcionamento dos principais grupos de pesquisa do país, importância da ciência e tecnologia, entre outras coisas.

A programação é composta de palestras e atividades interativas, onde os participantes, alunos do ensino médio, aprendem um pouco mais sobre a física e suas diversas vertentes.

Para maiores informações sobre a EFC, acesse http://www.ifsc.usp.br/efc/2012/ ou envie e-mail para efc@ifsc.usp.br ou entre no perfil da EFC no Facebook.

Assessoria de Comunicação

26 de abril de 2012

Workshop contou com a presença de quase 300 alunos

Realizou-se, durante toda tarde de ontem (25), o II Workshop do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE).

A iniciativa, uma realização conjunta das Unidades do campus da USP de São Carlos, teve como objetivo principal promover a integração entre estagiários (alunos de pós-graduação) participantes do programa.

O evento, realizado no auditório “Pau Brasil” do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), foi aberto pela palestra “O ensino na universidade e os fundamentos pedagógicos da prática docente”, proferida pela membro da comissão central do PAE, e também docente da Faculdade de Educação (FE/USP), Maria Isabel de Almeida.

PAE-1Logo após, os 279 participantes do Workshop dirigiram-se até o vão livre da Biblioteca do ICMC para a exposição dos pôsteres, com a apresentação de trabalhos feitos pelos estagiários do PAE e, em seguida, participaram de um debate sobre os trabalhos.

Cada Unidade do campus tem um docente responsável por coordenadar o PAE. São eles:  Otávio Henrique Thiemann (IFSC/USP), Denis Vinicius Coury (EESC/USP), Eduvaldo Paulo Sichieri (IAU/USP), Sérgio Henrique Monari Soares (ICMC/USP) e Hidetake Imasato (IQSC/USP).

Sobre o programa

O Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) tem como principal diretriz aprimorar a formação de alunos de pós-graduação para atividade didática de graduação e compõe-se de duas etapas:

a) Preparação pedagógica

b) Estágio supervisionado em docência

A preparação pedagógica deverá ser realizada anteriormente ao estágio supervisionado em docência, não sendo permitida a realização das duas etapas simultaneamente.

O estágio supervisionado tem carga horária de seis horas semanais e deve ser desenvolvido, exclusivamente, em disciplinas de graduação.

No IFSC, as inscrições para participação no programa, referente ao 2º semestre de 2012, começam hoje (26) e terminam em 17 de maio.

Para ter acesso ao edital do Programa, clique aqui.

Para acessar as disciplinas ofertadas, clique aqui.

Para ter acesso à ficha de inscrição, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

25 de abril de 2012

Docente do IFSC é o novo presidente sucessor

A Sociedade Brasileira de Química (SBQ) elegeu sua nova diretoria e, entre os membros eleitos, está o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Adriano Andricopulo, que ocupará, de 2012 a 2014, o cargo de presidente sucessor da Sociedade. Passado esse período, o docente passa a ocupar o cargo de Presidente da SBQ, entre 2014 e 2016.

Abaixo, segue a lista dos outros membros eleitos:

Nome Cargo

Vitor Francisco Ferreira (UFF)

presidente

Adriano D. Andricopulo (USP)

presidente sucessor

Claudia Moraes de Rezende (UFRJ)

vice-presidente

Aldo José Gorgatti Zarbin (UFPR)

secretário geral

Luiz Fernando Silva Jr. (USP)

secretário adjunto

Rossimiriam Pereira de Freitas (UFMG)

tesoureiro

Carlos Alberto Manssour Fraga (UFRJ)

tesoureiro adjunto

A posse da nova diretoria acontece em 31 de maio, durante a 35ª Reunião Anual da SBQ, que será sediada em Águas de Lindóia (SP).

Para mais informações sobre a diretoria, clique aqui.

Com informações da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

Assessoria de Comunicação

25 de abril de 2012

Laboratórios de Ensino de Física – ATAD/LEF

Luana Cheven Perbore dos Santos, bióloga, é a nova servidora do IFSC.

Desde o dia 23 de abril do corrente ano, a nossa nova colega está alocada junto aos Laboratórios de Ensino de Física (ATAD/LEF) deste Instituto.

O IFSC deseja as boas-vindas.

 

Assessoria de Comunicação

24 de abril de 2012

Um novo espaço físico para pesquisa sustentável

Engenheiros, físicos, biólogos, matemáticos, agrônomos, entre outros. São diversos pesquisadores, de diferentes áreas, unidos para desenvolver pesquisas com um principal objetivo: geração de energia a partir da biomassa.

Esse é o principal foco do Polo Temático em Energias Renováveis e Ambiente, o Polo TErRA, que teve sua Unidade inaugurada em 18 de abril, no campus I da USP/São Carlos.

Contando com a presença de diretores e alunos de algumas Unidades do próprio campus e de outros campi da USP, os diretores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Antonio Carlos Hernandes, e da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Geraldo Roberto Martins da Costa, apresentaram a sede àqueles que compareceram à inauguração, incluindo o pró-reitor de pesquisa da USP, Marco Antonio Zago.

O Polo TErRA, inserido no âmbito do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Bioenergia e Sustentabilidade (NAPBS), lançado em junho do ano passado, para alcançar seu principal objetivo irá congregar pesquisadores dos diversos campi USP. De acordo com o próprio Zago, essa interação já ocorre há algum tempo e a nova sede, inaugurada em São Carlos, servirá de aparato físico para unir os pesquisadores. “A inauguração desse Polo tem um importante significado, pois ele é um laboratório para pesquisa associada, e faz parte de uma cadeia de conhecimento, que vai desde ciência básica até processos de aplicação. O laboratório está acolhendo uma colaboração que já existe entre os pesquisadores”, afirma o pró-reitor.

Polo_TerraEssa é a primeira sede do Polo inaugurada em São Carlos. No campus II, uma área de 2.900 m² foi cedida para construção de um segundo laboratório do Polo TErRA, com um orçamento previsto de R$4,6 milhões. Mas, mesmo sem a sede principal ainda não concluída, a inauguração da sede no campus I assume importância expressiva e, paralelamente, simbólica. “Com essa inauguração, poderemos pensar na presença de pessoas de empresas na área de energia. Esse é o primeiro passo de outro maior, que é a construção do laboratório no campus II, em decorrência de todas essas pesquisas, trazendo a possibilidade de integração com a sociedade, através da transferência da inovação tecnológica que será gerada”, explica Hernandes.

Além de pesquisadores da USP, estudiosos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também já estão envolvidos nas pesquisas. Mas, a coordenação do Polo TErRA, atualmente, é assumida por dois docentes da USP: Igor Polikarpov, do IFSC/USP, e Paulo Seleghim Jr, da EESC/USP.

Polo_Terra-1Sobre o foco sustentável do Polo, Zago destaca: “O Polo é importante, pois cria tecnologias novas, que permitem à sociedade utilizar melhor seus recursos renováveis. Hoje, fala-se muito em sustentabilidade, mas para isso é necessário desenvolver tecnologias capazes de produzir essa sustentabilidade, e é isso que o Polo irá fazer”, finaliza o pró-reitor.

Assessoria de Comunicação

20 de abril de 2012

Especialista de laboratório

Entre 23 de abril e 15 de junho (até às 17 horas) estarão abertas as inscrições para o preenchimento de uma (1) vaga na carreira do grupo Superior S1 A, para função de Especialista de Laboratório do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

As inscrições deverão ser efetuadas exclusivamente pela internet.

Os interessados deverão acessar o endereço eletrônico http://www.sistemas.usp.br/marteweb> concursos públicos, durante o período citado, preencher a ficha de inscrição e fazer o pagamento da taxa de R$86,00.

Estará, também, disponível no endereço eletrônico citado o edital completo do concurso.

Assessoria de Comunicação

20 de abril de 2012

Reitor da USP é um dos escolhidos para Conselho Superior

O Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) conta, a partir de 27 de março, com dois novos integrantes: Alejandro Szanto de Toledo e João Grandino Rodas. Também foi reconduzida ao cargo Suely Vilela.

Vilela é professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto e ex-reitora das USP.

Szanto, docente da Universidade de São Paulo (USP), foi diretor do Instituto de Física (IF/USP) de 2006 a 2010 e, atualmente, é membro do Conselho Superior do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).

Rodas é o atual reitor da USP e, também acumula outros cargos, como membro titular do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul e Membro da Comissão Jurídica Interamericana da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Os dois últimos docentes irão substituir Sedi Hirano, professor titular e diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, e Vahan Agopyan, engenheiro civil, graduado pela Escola Politécnica, da qual foi diretor, e professor titular de Materiais e Componentes de Construção Civil.

A escolha dos integrantes do Conselho Superior da FAPESP foi feita a partir de listas tríplices, eleitas pelo Conselho Universitário da USP e, posteriormente, enviadas ao governador, que oficializou, no último mês, a posse dos docentes.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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