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2 de maio de 2012

Novos métodos de análise do CA-FA

O Comitê Assessor de Física e Astronomia (CA-FA) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o objetivo de aprimorar o processo de análise de solicitação e concessão de bolsas de produtividade em pesquisa, divulgou uma nota esclarecendo que dará mais ênfase aos aspectos qualitativos da produção científica dos pesquisadores.

Dessa forma, primará pela relevância, originalidade e repercussão da produção científica, bem como do próprio projeto de pesquisa, impacto da produção científica, contribuição específica do candidato em seu grupo de pesquisa, entre outros itens de mérito.

Tais alterações, de acordo com o vice-diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e membro do CA-FA, Osvaldo Novais de Oliveira Jr., devem ter repercussões positivas, tanto ao comitê assessor, quanto aos pesquisadores. “O presidente do CNPq, Glaucius Oliva, pediu aos comitês assessores do CNPq que revisassem a ade

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quação de critérios de concessão de bolsas. Na física e astronomia, particularmente, a demanda por bolsas é muito grande e a competição é forte. Isso fez com que, ao longo dos anos, o comitê assessor [CA-FA] utilizasse critérios de indicadores numéricos de produção de artigos científicos de qualidade”, explica Novais.

O docente considera tal critério útil e relevante, uma vez que a análise é mais objetiva, facilitando o trabalho dos comitês, no momento de decidir quais pesquisadores serão contemplados ou promovidos. “Esses parâmetros eram importantes, embora nunca tenham sido os únicos. Os comitês sempre tentaram levar em conta outros parâmetros qualitativos, também”.

No entanto, os antigos critérios de análise tinham um problema de concepção, que era o de pedir do solicitante um plano de pesquisa e poucos dados sobre as contribuições passadas, enquanto que o julgamento era quase todo baseado no passado. “Isso prejudicava o julgamento, porque os pareceres dos assessores ad doc que o CNPq nomeia não eram tão úteis para a avaliação”, explica Novais.

Para eliminar essa limitação e buscar uma análise mais qualitativa, inclusive tirando melhor proveito dos pareceres dos assessores, os critérios foram alterados. Com o objetivo de fornecer elementos mais qualitativos aos assessores, o CA-FA está solicitando que os candidatos enfatizem suas principais contribuições científicas (no caso de trabalhos multidisciplinares ou em grandes equipes, que especifiquem sua contribuição individual). Outro ponto requerido dos candidatos é que discorram sobre o impacto de sua pesquisa, apresentando indicadores qualitativos. “Como os assessores terão mais informações em mãos, a análise será mais detalhada e criteriosa”, afirma o docente.

Um aspecto inovador e que, ultimamente, tem sido uma exigência, tanto em projetos do CNPq, como em grandes projetos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), é a difusão e divulgação científica. “O CNPq, assim como outros órgãos de fomento no Brasil, está incentivando pesquisadores a divulgar seu trabalho, não só em fóruns e revistas especializados, mas também para o público em geral. Isso também será levado em conta na análise”.

Com a maior ênfase nos aspectos qualitativos e nos pareceres dos assessores, o julgamento do CA-FA ficará mais subjetivo. “Haverá, inevitavelmente, riscos de injustiças num procedimento de análise subjetiva, mas a melhoria no uso dos critérios deve compensar”, afirmou Novais.

As novas diretrizes do CA-FA do CNPq devem tornar a análise de mérito similar ao que a FAPESP já faz na área de física e astronomia, segundo Novais, que também pertence à coordenação de física da FAPESP.

Para acessar o texto que reproduz o comunicado enviado pelo CA-FA, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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