Notícias

9 de maio de 2014

O big-bang, a inflação do universo e as ondas gravitacionais

Na última edição do programa Colloquium diei, que decorreu no dia 09 de maio, pelas 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-UPS), o Prof. L. Raul Abramo, do Instituto de Física da USP, ministrou a palestra O big-bang, a inflação do universo e as ondas gravitacionais.

RAUL_ABRAMO_-_2-300A teoria da inflação afirma que o universo passou por uma fase de expansão ultra-acelerada durante uma minúscula fração de segundo após o “Big Bang”. Essa fase produziu um universo extremamente homogêneo e espacialmente plano, além de ter gerado pequenas flutuações de densidade que deram origem às galáxias e outras estruturas visíveis no universo.

Em sua palestra, o especialista ilustrou de que forma a Mecânica Quântica se torna parte fundamental no mecanismo que gera essas flutuações e de que forma podemos fazer previsões quanto às observações astrofísicas.

Por fim, Abramo mostrou como esse mesmo mecanismo implica na geração de ondas gravitacionais, cujo impacto pode ter sido observado recentemente pelo instrumento BICEP2 na polarização da radiação cósmica de fundo.

Raul Abramo, que é professor associado do Departamento de Física Matemática do Instituto de Física da USP (IFUSP), integra o Núcleo de Cosmologia desta mesma universidade. Sua linha de pesquisa está focada em áreas de interface entre a Física e a Astronomia, em particular, a cosmologia teórica e observacional. Nos últimos anos, Abramo tem se envolvido em projetos de grande escala em cosmologia observacional, cujo principal objetivo é buscar evidências da matéria e energia escura.

Assessoria de Comunicação

9 de maio de 2014

Atualização da Produção Científica

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em abril de 2014, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) do lado direito da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Journal of Medicinal Chemistry.

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Assessoria de Comunicação

9 de maio de 2014

Lançamento do livro “Patentes Patéticas”

Ocorre no próximo dia 09 de maio, a partir das 16h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), a cerimônia de lançamento do livro intitulado Patentes Patéticas, uma obra da autoria de Renato Pincelli e lançada pela Editora Casa da Árvore.

Segundo seu autor, o livro revela diversas patentes que são patéticas por book300serem tragicomicamente inviáveis – não pela falta de criatividade. Tais patentes foram pesquisadas, selecionadas e redigidas ao longo de quase dois anos e originalmente publicadas entre abril de 2011 e janeiro de 2013, numa série semanal de postagens no blog Hypercubic, do próprio autor. Esta série possui mais de cem artigos, porém, por restrições de espaço, apenas cinquenta foram escolhidos para estamparem as páginas do livro.

Nele, as “patentes patéticas” estão organizadas por ordem cronológica de aprovação do documento, ou seja, das patentes mais antigas às mais recentes. O status destas patentes nem sempre está muito claro, mas a maioria já expirou, ou por ter mais de vinte anos ou por falta de pagamentos de taxas de manutenção. As ilustrações deste livro foram extraídas das próprias patentes e, com elas, embora sejam propriedades de seus inventores (ou detentores da patente), estão em domínio publico.

O autor

Recém-formado em Jornalismo pela UNESP-Bauru, Renato Pincelli, de 26 anos, escreve, traduz e edita para o seu próprio blog, o qual mantém desde 2007 com publicações diárias sobre seus assuntos favoritos: biografias, divulgação científica, contos de ficção-científica, verbetes de dicionários, paradoxos e enigmas, humor, tecnologia, traduções, astronomia, entre outros diversos temas.

Este evento contará com a presença do Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, e de docentes da área de jornalismo da UNESP, dentre outros convidados.

Assessoria de Comunicação

8 de maio de 2014

Ultrafast relaxation in photo-ionized water

No âmbito do programa Journal Club, decorreu no dia 08 de maio, pelas 10h45, na Sala F-210 (IFSC-USP), a palestra Ultrafast relaxation in photo-ionized water, apresentada pelo docente Luiz Nunes de Oliveira, do próprio IFSC.

Em sua apresentação, o docente teve como base o artigo “Correlated Dynamics of the Motion of Proton-Hole Wave Packets in a Photoionized Water Cluster”, de Z. Li, M. EA. Madjet, O. Vendrell e R. Santra.

Em sua apresentação, Nunes explorou a dinâmica correlata de um buraco de elétron luizn3-300e um próton após ionização de um cluster de água pró-tonada por uma extrema luz ultravioleta – um mecanismo de decaimento ultrarrápido que é encontrado assim que os protões-furos são acionados por uma repulsão eletrostática, envolvendo um forte acoplamento entre os graus nucleares e eletrônicos de liberdade – e ainda descreveu o sistema por uma abordagem quântica dinâmica.

O professor mostrou, ainda, que os efeitos não adiabáticos são elementos-chave do mecanismo pelo qual o elétron e o próton se repelem e se tornam localizados em lados opostos de um cluster, tendo sublinhado que, com base na generalidade do mecanismo de deterioração, efeitos semelhantes podem ser esperados para outros sistemas ionizados com ligações de hidrogênio.

Luiz Nunes de Oliveira possui graduação e mestrado em Física pela Universidade de São Paulo, doutorado pela Cornell University e pós-doutorado pela University of California System e Ohio State University. Atualmente, Nunes é professor titular da USP e membro do corpo editorial da Brazilian Journal of Physics.

Assessoria de Comunicação

8 de maio de 2014

Integração de Robôs e Óptica em Automação e Processos de Reabilitação

O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) promoveu no dia 08 de maio, pelas 12h50, no Anfiteatro Azul, do IFSC, mais um de seus seminários, desta vez, com os Profs. Glauco Augusto de Paula Caurin e Daniel Varela Magalhães, que ministraram a palestra Integração de Robôs e Óptica em Automação e Processos de Reabilitação.

No seminário, os docentes apresentaram uma visão geral das tecnologias que constituem interesse para as áreas de automação e reabilitação, bem como os avanços recentes alcançados pelo Laboratório de Mecatrônica, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), utilizando dispositivos para reabilitação de membros superiores, inferiores, vídeo games e câmeras térmicas.

optic1-300Além disso, ambos os especialistas discutiram sugestões de possíveis interfaces por meio da robótica como, por exemplo, no monitoramento de alterações de capacidade motora com um manipulador conectado ao paciente.

Por fim, Caurin e Magalhães abordaram o tema de possíveis interfaces, tendo como ferramenta principal a óptica, que pode colaborar, por exemplo, no desenvolvimento de sensores em fibra, na utilização e processamento de imagens convencionais e térmicas, no desenvolvimento de marcadores para a análise de movimentos, bem como no aceleramento do setup de diversas máquinas.

O Prof. Glauco Caurin é engenheiro Mecânico, com ênfase em Mecânica Fina pela EESC, e possui doutorado pelo Institut für Robotik – Eidgenössiche Technische Hochschule (ETH), Zurique, Suíça. Entre 2010 e 2011, Glauco realizou um período sabático no Newman Laboratory for Biomechanics and Human Rehabilitation – Department of Mechanical Engineering – Massachusetts Institute of Technology, EUA. Atualmente, é professor associado no Departamento de Engenharia Mecânica da EESC e atua com projetos e implementações de sistemas mecatrônicos, como manipuladores e mãos robóticas, sistemas mecatrônicos de tempo real, automação industrial e reabilitação robótica combinada com jogos computacionais.

Já o Prof. Daniel Varela Magalhães possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Ceará, doutorado em Física pela USP e pós-doutorado em física pelo Observatório de Paris. Hoje, é professor doutor na USP e tem experiência na área de Física e Instrumentação, com ênfase em Óptica, atuando principalmente nos temas de padrões atômicos de tempo e frequência, metrologia, aprisionamento de átomos e instrumentação.

Assessoria de Comunicação

8 de maio de 2014

The Power of Noisy Fermionic Quantum Computation

O Dr. Fernando de Melo, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), foi o palestrante convidado de mais uma edição do programa Café com Física, que FERNANDO_DE_MELO300decorreu no dia 07 de maio, pelas 16h30, na Sala F210 (IFSC-USP).

Em sua apresentação, intitulada The Power of Noisy Fermionic Quantum Computation, o especialista abordou a área de computação e informação quântica, analisando, por exemplo, o quanto de ruído pode-se obter numa computação quântica com férmions, de forma que essa computação possa ser simulada de forma correta e eficaz.

Fernando de Melo possui graduação e mestrado em Física pela Universidade Estadual de Campinas, doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e pós-doutorado no Max Planck Institute for the Physics of Complex Systems, Alemanha.

O pesquisador atua nas áreas de computação e informação quântica, sistemas quânticos abertos, transição quântico-clássico e óptica quântica.

Assessoria de Comunicação

6 de maio de 2014

Exposição de fotos na Biblioteca do IFSC

Entre os dias 6 e 16 de maio, o Serviço de Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (SBI-IFSC/USP) sediará a exposição “Beleza Implícita”, mostra de fotografias do grupo CAASO Foca.

A exposição ficará no piso térreo da biblioteca de segunda à sexta-feira, das 8 às 22 horas, e aos sábados, das 9 às 12 horas.

Assessoria de Comunicação

6 de maio de 2014

Fóruns para discussão de propostas

Durante o mês de maio serão realizados dois fóruns para discussão das propostas relativas à estrutura de poder e governança da USP. O evento, uma iniciativa da Comissão Assessora Especial do Conselho Universitário (CO) da USP, com o apoio das Unidades e Prefeitura do campus USP São Carlos, está inserido na rodada inicial de discussões sobre propostas de alterações no estatuto da USP, que deve reunir docentes e funcionários da Universidade para elaboração de sugestões.

O primeiro fórum será realizado na próxima quinta-feira, 8 de maio, no auditório do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Professor Sérgio Mascarenhas”, às 16 horas. Os principais temas discutidos serão: Missão, responsabilidade social e princípios da Universidade e Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária.

O segundo fórum será realizado em 21 de maio, no auditório do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP) “Professor Fernão Stella de Rodrigues Germano”, também às 16 horas, e o principal tema discutido será Gestão, transparência e responsabilidade fiscal.

Os dois fóruns serão transmitidos pela IPTV/USP e para aqueles que quiserem participar não será necessária inscrição prévia. Mais informações podem ser conseguidas através do e-mail caeco@usp.br

Assessoria de Comunicação

6 de maio de 2014

Instituto de Física da USP acolhe cerimônia

Docentes, familiares e estudantes reuniram-se no dia 03 de maio, pelas 15h, no Auditório Abraão de Moraes, no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), na cerimônia de premiação da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas de 2013 – OBFEP.

A OBFEP, evento que tem como coordenador estadual de São Paulo, o Prof. Dr. Euclydes Marega Junior, do próprio Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), que pertence simultaneamente à Coordenação Nacional, é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Física – SBF e tem como objetivo valorizar a escola pública, assim como a melhoria do ensino, o estudo e o interesse do aluno pela ciência, propiciando ao estudante que participe do evento o interesse pela área científica, em geral e pela Física, em particular. Além disto, a OBFEP insere-se no conjunto de ações que buscam o sucesso e a permanência do estudante na escola e o desenvolvimento de práticas educativas que envolvam o maior número possível de estudantes.

obfep2013

Assim, a Olimpíada, que tem como público-alvo os alunos e professores de todas as escolas públicas do país, visa o uso das ciências para compreensão de sua realidade, nomeadamente com a realização de atividades que estimulam sua criatividade. Outro objetivo do evento é contribuir para a qualidade de ensino em ciências na educação básica, promovendo maior inclusão social por meio da difusão da ciência, ampliando o uso das tecnologias da informação e da comunicação com fins educacionais, ampliando as colaborações entre universidades, sociedades científicas e escolas públicas, fomentando a integração entre escola e comunidade.

Nesta última edição da Olimpíada, integraram a mesa de honra, o Diretor do Instituto de Física da USP, Adalberto Fazzio, o Coordenador da OBFEP, José David Viana, e o Presidente da Sociedade Brasileira de Física, Ricardo Galvão, além do Prof. Dr. Euclydes Marega Junior que apresentou o evento.

Para conferir a lista dos alunos, docentes e das escolas vencedoras, clique AQUI

Inscrições OBFEP 2014

As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas de 2014 já estão abertas e estendem-se até o dia 17 de maio.

No dia 12 de agosto, decorrerá a prova da 1ª fase da premiação, e os gabaritos serão divulgados até o dia 18 do mesmo mês.

Já a 2ª fase está agendada para o dia 21 de outubro, enquanto em fevereiro de 2015 a organização da Olimpíada divulgará os resultados finais da premiação.

No dia 30 de outubro deste ano, encerra-se o período para a postagem da arte para o concurso de ilustração da OBFEP, cujo resultado será divulgado até o dia 31 de janeiro de 2015. Clique AQUI para conferir o calendário completo desta edição.

Para acessar todas as informações sobre a OBFEP 2014, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

6 de maio de 2014

Inauguração da Sala de Leitura “Professora Yvonne Mascarenhas”

Na última quarta-feira, 29 de abril, na Escola Estadual “Professor Arlindo Bittencourt”, foi inaugurada a “Sala de Leitura ‘Professora Yvonne Mascarenhas'”, nome escolhido para homenagear a docente, pesquisadora e pioneira do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Sala_de_leitura-_Yvonne-homeA cerimônia de inauguração, que teve início às 18h30 e término às 20 horas, contou com a participação dos professores e alguns alunos da E.E., sendo que estes últimos, durante a cerimônia de inauguração, fizeram a leitura de trechos literários, declamação de um poema e a leitura de uma redação. Além disso, um pequeno vídeo biográfico sobre a professora Yvonne Mascarenhas foi exibido aos presentes.

De acordo com a diretora da E.E., Maria das Graças T. de Mendonça Tranzo, a escola, anteriormente, já contava com um espaço para leitura, mas este não era um local diferenciado. A nova Sala de Leitura, por outro lado, terá uma docente responsável, além de contar com mais títulos, maior organização e, ainda, uma novidade: uma caixa móvel, com diversos livros, que irá passar pelas salas de aula. “A partir de agora, essa Sala de Leitura será, efetivamente, parte da escola. Nossa intenção é que esse espaço sirva como mais um local de integração entre os alunos”, declarou Maria das Graças.

Parte dos títulos disponíveis foram adquiridos com verbas disponibilizadas através de alguns projetos educacionais, como, por exemplo, o Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) , e outra parte pertence ao próprio acervo do Estado. “Procuramos sempre adquirir livros que nossos alunos nos solicitam”, explicou Maria das Graças.

Sobre a sala de leitura que leva seu nome, Yvonne Mascarenhas, além de honrada com a homenagem, afirma que o espaço em questão é de suma importância. “Embora, hoje em dia, tenhamos tantos meios eletrônicos disponíveis para comunicação, os livros impressos oferecem uma diferente maneira de interação. Sempre tive maior satisfação em lê-los”, confessa.

Já sobre o motivo de ter escolhido o nome de Yvonne Mascarenhas para batizar a nova Sala de Leitura da escola, Maria das Graças dá a resposta prontamente. “Muito mais do que todos os títulos, a professora Yvonne Mascarenhas é um exemplo do quanto a educação pode fazer a diferença, e é esse exemplo que quero que meus alunos sigam”, conclui a diretora.

Confira abaixo algumas imagens:

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Assessoria de Comunicação

5 de maio de 2014

Workshop: Buscando uma nova vertente de aprendizado

O Núcleo USP Jr. realizará, no próximo dia 10 de Maio, entre as 9h e as 18h30, no Auditório da FMVZ – Campus da Cidade Universitária – Universidade de São Paulo, o seu primeiro Workshop, cujo principal objetivo é procurar contribuir para o desenvolvimento das Empresas Juniores da Universidade de São Paulo e seus respectivos membros, visando atingir uma carreira profissional que esteja à altura de suas expectativas.

Estarão presentes neste evento os principais representantes da USP, que irão debater temas relativos à forma como a Universidade pode promover e auxiliar as Empresas Juniores. Nesse evento, serão traçadas as ações e os próximos passos que gerarão uma aproximação real aos objetivos propostos.

Recorde-se que a USP acolhe mais de 40 Empresas Juniores que trabalham nas mais diversas áreas do conhecimento – exatas, humanas e biológicas –, pelo que este encontro se reveste de particular importância para troca de experiências e planejamento de ações futuras.

Aberto a toda a comunidade da USP Júnior, o evento contará com a participação da Profa. Dra. Maria Arminda de Nascimento Arruda (Pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária), que abordará o tema “O papel da Comissão de Cultura e Extensão Junto as Empresas Juniores da USP”, seguindo-se a apresentação do Prof. Antonio Carlos Hernandes (Pró-reitor de Graduação), que dissertará sobre o tema “O ensino de empreendedorismo na Universidade”.

Ainda no capítulo dedicado às apresentações programadas para este evento, destaca-se a Palestra Magna do Coordenador da Agência USP de Inovação, Prof. Vanderlei Bagnato, que abordará “A importância das Empresas Juniores para a inovação”.

Toda a restante programação deste evento estará dedicada a treinamentos relativos a gestão de projetos e cases de sucesso das várias Empresas Juniores da USP.

Para conferir a programação deste evento, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

5 de maio de 2014

Escola de Física Contemporânea 2014

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) realiza entre os dias 20 e 26 de julho, mais uma edição da Escola de Física Contemporânea (EFC – 2014), atividade de extensão voltada a alunos do ensino médio de todo o Brasil, cujas pré-inscrições se iniciaram no dia 16 de abril, estendo-se até o dia 8 de junho, quando serão selecionados trinta estudantes dentre o total de pré-inscritos.

EFCOrganizada por um grupo de docentes do IFSC-USP, constituído pelos Profs. Fernando F. Paiva, Diogo Oliveira S. Pinto, Alessandro S. Nascimento e pelo diretor do Instituto, Prof. Tito J. Bonagamba, tendo como secretária, Mariana Rodrigues, a escola, com a duração de uma semana ininterrupta de estudos e trabalhos laboratoriais, tem como objetivo atrair os melhores alunos do ensino médio em ciências exatas e, particularmente, na área de Física, fazendo com que esses jovens adquiram maiores conhecimentos do universo da pesquisa e ensino, por meio de um contato direto com os principais grupos de pesquisa do país, disseminando a importância da ciência e da tecnologia na geração de conhecimento e riqueza em prol de nosso país.

Além disso, pretende-se chamar a atenção dos alunos para o empreendedorismo, reforçando as importantes contribuições que o profissional da área da Física pode oferecer quando se envolve com pesquisas associadas ao setor industrial, sejam elas oriundas de dentro ou fora do ambiente acadêmico. Além das aulas teóricas, práticas, com trabalhos nos laboratórios de ensino, e palestras, todas ministradas por docentes do IFSC-USP, a escola contará com visitas monitoradas às oficinas e laboratórios de pesquisa, igualmente supervisionados por pesquisadores do Instituto.

A grande novidade desta edição é que os participantes terão a chance de assistir uma palestra do Dr. Gerardo Adesso*, da School of Mathematical Sciences – The University of Nottingham, Reino Unido, que estará na cidade de São Carlos na semana da realização da escola. Esse evento deve demonstrar o caráter de Internacionalização do Instituto e a forma como isso é feito ativamente através de colaborações científicas com algumas das maiores universidades do exterior.

De acordo com o Prof. Fernando Paiva, um dos organizadores do evento, esta edição da EFC mostrará as diferentes áreas e perspectivas que vão além da vida acadêmica de um profissional da área física: Além dos trabalhos obrigatórios que os alunos realizarão nos laboratórios e em sala de aula, os jovens serão ainda apresentados a produtos e equipamentos que, de certa forma, foram criados ou desenvolvidos no Instituto. Paiva sublinha que apenas realizar palestras abordando a atuação do físico na área industrial pode não ser um modo tão efetivo, quanto mostrar para paiva350os alunos, por exemplo, produtos comerciais produzidos por profissionais do próprio Instituto de Física de São Carlos.

Tal como citado acima, a EFC continua procurando atrair bons alunos para o IFSC-USP, mas, de acordo com Paiva, este foco vai além da pretensão de conquistar novos talentos: A ideia é que possamos convencer os estudantes do ensino médio de que fazer parte do nosso Instituto é bastante interessante, porém, de uma forma indireta, mostrando para eles as grandes vantagens do IFSC, ao invés de apenas dizer como somos e o que fazemos, diz o docente.

Ainda de acordo com Paiva, este processo decorrente da EFC para conquistar jovens talentos não é tarefa fácil, uma vez que o objetivo de atrair os melhores alunos acarreta um processo logístico complicado, já que eles vêm de todos os estados do país: Temos ótimos alunos de diferentes lugares do Brasil. Sabemos que alguns candidatos, por exemplo, os do Rio de Janeiro, dificilmente cursarão o ensino superior aqui, já que tradicionalmente eles acabam ficando por lá. Os alunos de Minas Gerais, que têm um bom instituto de física na região, também acabam ficando nesse estado. Isso sem contar que parte dos alunos que normalmente são selecionados para participar da escola acaba sendo aceita em universidades norte-americanas devido ao seu excelente desempenho acadêmico. Assim, se conseguirmos drenar no mínimo uns dois ou três alunos dentre os trinta que serão selecionados, já será um bom ganho, afirma Paiva.

Um dos bons resultados obtidos através desta iniciativa verificou-se através da história de dois estudantes que participaram na edição de 2013 da EFC e que hoje são alunos de pré-iniciação científica do IFSC-USP: Eles não eram alunos do terceiro ano, ainda não estavam na fase de prestar vestibular, mas acabaram se engajando em dois grupos aqui do Instituto e hoje estão como alunos de pré-iniciação. No próximo ano serão nossos alunos de graduação., pontua Fernando Paiva.

Outro foco da escola é mostrar o Instituto a uma população que provavelmente irá para a área de exatas e que, em algum momento na carreira acadêmica, mesmo que não se forme no Instituto, possa se lembrar da instituição e, quem sabe, até se tornar um parceiro dela: Nós queremos que esses jovens possam ficar associados ao IFSC, seja como colaboradores, alunos de pós-graduação ou até mesmo como eventuais docentes, no futuro, conta Fernando Paiva. Ainda na opinião do docente, criar uma boa imagem é mais importante do que essa preocupação primária de querer atrair os jovens: Se você cria uma boa impressão, os potenciais candidatos vão se motivar ainda mais para fazer parte do nosso Instituto, então já é uma boa forma de atração. Além disso, a EFC deverá servir como mais um pilar para esses jovens que já estão encarando a perspectiva de entrar num curso superior, apresentando todo o ambiente de ensino e pesquisa do IFSC-USP e tentando, de certa forma, “plantar uma semente” para que esses talentos se encantem e até considerem ingressar no Instituto, salienta Paiva.

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Como citamos logo no início desta matéria, as inscrições para a Escola de Física Contemporânea – 2014 já estão abertas desde o dia 16 de abril e se encerram no dia 8 de junho. A pré-inscrição é isenta de qualquer valor, mas os selecionados deverão pagar a taxa de R$ 350,00 para a realização da matrícula (preço que cobrirá todas as despesas dos alunos com sua permanência em São Carlos, exceto o transporte para a cidade). Durante toda a semana de curso, os trinta participantes serão acompanhados permanentemente por monitores do IFSC, que assegurarão a pontualidade nos programas e ações da escola, o cumprimento das horas de descanso, o transporte entre o Instituto e os hotéis onde os jovens ficarão hospedados e, claro, questões relacionadas com bem-estar e segurança coletiva.

Para realizar a inscrição ou obter mais informações sobre a Escola de Física Contemporânea de 2014, clique AQUI

*Gerardo Adesso obteve seu PhD em 2007 pela University of Salerno, Itália, e em 2009 se tornou integrante da University of Notthingam. Sua especialidade é voltada a correlações quânticas em sistemas compostos, sejam eles na forma de emaranhamento ou demais modelos gerais, bem como ao desenvolvimento da teoria da informação quântica com estados gaussianos de sistemas de variáveis continuas.

Assessoria de Comunicação

30 de abril de 2014

Professor emérito do IFSC recebe “Medalha Benjamin Franklin”

Na última semana de abril, o professor emérito do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Daniel Kleppner, recebeu do Franklin Institute (EUA), o 2014 Benjamin Franklin Medal in Physics (Medalha Benjamin Franklin 2014 em Física).

De acordo com informações do site do Franklin Institute , o prêmio foi Kleppner-_Franklinconcedido ao pesquisador “por suas diversas contribuições pioneiras relacionadas a fenômenos quânticos envolvendo a interação de átomos em temperaturas ultrabaixas”.

De acordo com matéria publicada no site do American Physical Society (APS), da qual, inclusive, Kleppner é o presidente, “muitos ‘milagres’ em física atômica, molecular e óptica são baseados nos trabalhos realizados por Kleppner. Ele lançou as bases para as pesquisas com átomos frios presos, o que tornou possível a realização experimental do condensado de Bose-Einstein”.

No final de fevereiro de 2013, o IFSC sediou o “Symposium Honoring Prof. Daniel Kleppner”, evento que teve como principal objetivo homenagear o pesquisador e que trouxe para o Instituto diversos cientistas de renome para ministrar palestras, incluindo os ganhadores de prêmios Nobel, Serge Haroche, Eric Cornell, William Daniel Philips e David Wineland.

Breve biografia

Daniel Kleppner é um físico estadunidense que, ao longo dos últimos 45 anos, já realizou contribuições fundamentais na área de óptica e física quântica.

Atualmente, Kleppner é membro da Academia Nacional de Ciências dos EUA e presidente da American Physical Society, já mencionado anteriormente. Já foi presidente da Division of Atomic, Molecular and Optical Physics (DAMOP) e do Forum on the History of Physics (FHP). É também professor emérito do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e coleciona diversos prêmios, entre eles o Wolf Prize in Physics (2005) e Frederic Ives Medal (2007).

Assessoria de Comunicação

30 de abril de 2014

Pesquisadora argentina ministra palestra sobre Glioblastoma

Através do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), ocorreu no dia 30 de abril, pelas 12h50, no Anfiteatro Azul do IFSC, a palestra Efeitos da inibição do NF-kB na quimio/radiorresistência, invasão e proliferação tumoral de Gliblatomas, ministrada pela docente María Sol Brassesco Annichini, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (USP).

O Glioblastoma (GBM) é um dos tumores mais agressivos do sistema nervoso central e entre as diversas neoplasias possui um dos piores prognósticos, sendo que mesmo com as novas estratégias de tratamento, a sobrevida de pacientes portadores desta doença continua sendo muito baixa.

Consequentemente, a procura de novos alvos terapêuticos é crucial. Um dos fatores que contribui para a agressividade deste tumor é a ativação constitutiva do fator de transcrição NF-kB, uma característica comum a outros tipos de tumores. Esse fator pleiotrópico – onde ocorrem múltiplos efeitos de um único gene – desempenha papéis importantes na origem Maria_Sol-300do tumor, como regular o aumento da expressão de genes anti-apoptóticos, fatores de sobrevida, adesão e invasão, além de mediar mecanismos de rádio e quimiorresistência.

Assim, a especialista apresentou, neste seminário, os dados sobre os efeitos da inibição do NF-kB pelo DHMEQ (dehidroximetilepoxiquinomicina), sozinho ou em combinação com os tratamentos atualmente utilizados, em linhagens celulares de GBM e em modelos in vivo. Além destes resultados, as diferentes metodologias utilizadas nos testes funcionais também foram abordadas.

María Sol Brasseco Annichini é bacharel em Genética pela Faculdade de Ciências Exatas, Químicas e Naturais da Universidade Nacional de Misiones, Argentina, e obteve seu mestrado e doutorado em Ciências Biológicas pelo curso de pós-graduação do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Atualmente, ocupa o cargo de professora doutora na área de genética do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP.

Annichini possui experiência na área de Mutagênege e Oncologia, com ênfase no estudo de aberrações cromossômicas em tumores sólidos e leucemias da infância através de diferentes técnicas de citogenética molecular. Recentemente, seu interesse se voltou para o estudo dos efeitos in vitro e in vivo de diversas drogas antitumorais inovadoras, focando nas respostas celulares ao nível do controle do ciclo celular, mecanismos de morte, alterações na expressão gênica, clastogenicidade, bem como na avaliação de outros parâmetros celulares como viabilidade, capacidade clonogênica e invasiva das células tumorais.

Assessoria de Comunicação

30 de abril de 2014

Como o Arquivo Permanente do IFSC se tornou referência

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), há alguns anos, processos administrativos e financeiros e documentos de qualquer outra natureza não contavam com um espaço físico específico e, sobretudo, organizado para seu armazenamento. Porém, há dezesseis anos, graças ao pioneirismo e disposição dos funcionários do Instituto, toda massa documental foi sistematicamente organizada, organização que, até os dias de hoje, coloca o IFSC como referência.

Arquivo_PermanenteTudo começou em 1998, quando a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) lançou uma chamada oferecendo recursos financeiros a projetos relacionados à infraestrutura. Nessa época, a Assistente Técnica Administrativa do IFSC/USP, Neusa Aparecida Sorensen, e a chefe do Serviço de Expediente, Maria Luisa Oliani Dias, contando com o apoio do diretor Horacio Carlos Panepucci, do vice-diretor Luiz Nunes de Oliveira, do assessor da diretoria Jan Frans Willem Slaets e excepcionalmente do docente Eduardo Ernesto Castellano na coordenação do projeto FAPESP, redigiram um projeto solicitando verbas para montagem de um espaço físico capaz de centralizar todos os processos e outros documentos referentes ao IFSC que, até então, ficavam depositados nos diversos setores do Instituto. “Quando enviamos nosso projeto à FAPESP, ele foi o único projeto do campus aprovado naquela chamada e, com isso, conseguimos concretizar nossa ideia”, relembra Neusa.

Foi quando nasceu o Arquivo Permanente do IFSC, abrigado, hoje, num espaço físico de 43,65 m², e gerido, atualmente, pelos funcionários do Serviço de Expediente (SvExp ed)*. De forma contínua, melhoras- não somente físicas- são efetuadas no Arquivo e, entre elas, está, inclusive, mais uma ação pioneira: a utilização do software SAFi** para a organização virtual da massa documental do Instituto. “Muitos documentos de guarda permanente, como, por exemplo, as portarias expedidas pelo IFSC, são digitalizados e acessíveis via link, graças ao SAFi”, explica Neusa.

Além de ter se tornado referência a diversas Unidades da USP, os funcionários do SvExped já participaram de Encontros internos à Universidade, como palestrantes, para apresentar e compartilhar a metodologia organizacional criada para gerir e, principalmente, organizar os processos e documentos do IFSC. “Maria Luisa já recebeu, inclusive, um assento na Comissão Central de Arquivos da USP”, conta Neusa.

Uma das principais e mais trabalhosas tarefas dos funcionários do SvExped, atualmente, tem sido a retirada dos processos que já cumpriram seu prazo de guarda em atendimento à Tabela de Temporalidade de Documentos (TTD), aprovadas pelo Arquivo do Estado de São Paulo. Tal solicitação tem liberado espaço no Arquivo do IFSC, mas ainda insuficiente, uma vez que a chegada de novos processos e outros tipos documentos é muito maior do que a saída dos mesmos. “Grande parte dos processos e outros documentos precisa ser armazenada por mais de 40 anos e outra parte permanentemente. Por isso, os documentos são tratados o tempo todo, para que novos espaços sejam disponibilizados”, conta Neusa.

Funcionrios_SvExpedDiante desse quadro, Maria Luisa e Júlio Zenatte, também parte do SvExped, já redigiram um novo projeto para troca dos atuais armários de ferro por arquivos deslizantes, que irão gerar uma economia de 70% no atual espaço físico do Arquivo do IFSC. “O projeto já foi aprovado e a reserva financeira já havia sido feita. No entanto, em razão da atual situação orçamentária da USP, a licitação não foi realizada e não dispomos, hoje, dos recursos necessários para tocar o projeto”, explica Neusa. “Esse projeto também abranje outras ações, como a melhora do tratamento técnico dos documentos, que também auxilia expressivamente na economia de espaço físico e colabora para a preservação dos documentos e processos”, complementa Maria Luisa.

Todas as melhoras descritas durante a matéria ganham reconhecimento cotidianamente. O último deles foi feito no boletim do Sistema de Arquivos da USP (boletim SAUSP), que dedicou seu conteúdo de março e abril para descrever, detalhadamente, os procedimentos de eliminação de documentos realizados no IFSC/USP (clique aqui para acessar o boletim). Esse relato entra para a coleção de elogios que o Arquivo Permanente do IFSC tem armazenado durante os anos, e, certamente, antecede muitos outros.

*Atualmente, fazem parte do Serviço de Expediente do IFSC os funcionários Maria Luisa Oliani Dias, Júlio Endrigo Zenatte, Welson Luciano Coelho, Felipe Vicente e o Menor Aprendiz Samuel Cândido de Carvalho

**O SAFi foi desenvolvido pela Analista de Sistemas do IFSC, Flávia Oliveira Santos de Sá Lisboa

Assessoria de Comunicação

29 de abril de 2014

Inscrições até 15 de maio

Nos dias 29 e 30 de outubro de 2014, na Cidade do México (México), será realizado o RedEmpredia 2014, evento internacional que tem como principal finalidade a promoção de talentos empreendedores na comunidade universitária ibero-americana. As inscrições para participação no evento estão abertas até o dia 15 de maio.

RedEmpredia-_MexicoAté essa data, os interessados poderão se inscrever nos três programas que seguem: IDEUp, Model2Market e SmartMoney4Stars.

O RedEmprendia Spin é um encontro por excelência do empreendedorismo universitário ibero-americano que ocorrerá durante dois dias e no qual serão realizadas três prévias de trabalho para iniciativas empreendedoras.

A RedEmpredia é uma rede de universidades que promove a inovação e empreendedorismo responsáveis, e atualmente conta com 1,5 milhão de alunos e 150 mil docentes de diversas universidades mundiais.

O principal objetivo da RedEmpredia é auxiliar na criação de um tecido produtivo tendo como base o conhecimento e desenvolvimento tecnológico gerados nas universidades ibero-americanas.

Para mais informações sobre o RedEmpredia 2014, acesse http://www.redemprendia.org/spin/

Assessoria de Comunicação

28 de abril de 2014

IFSC-USP apoia os mais necessitados

Ensino, pesquisa e extensão: este é o tripé que tem norteado o caminho da Universidade de São Paulo ao longo do tempo em todas as suas unidades. E, se a constante procura e responsabilidade da USP são por um ensino de qualidade, por uma pesquisa de excelência e uma extensão que propicie um maior conhecimento e desenvolvimento de solidarity300práticas complementares multidisciplinares para a formação de mais e melhores cidadãos, o certo é que a Universidade também se tem preocupado com aqueles que mais necessitam e que muitas vezes se encontram nos limites fronteiriços mais frágeis da sociedade. O Instituto de Física de São Carlos enquadra-se no conjunto de unidades da USP que mais tentam contribuir para minimizar as necessidades de terceiros, contando, para isso, com ações conjuntas com entidades que se dedicam a trabalhos sociais e filantrópicos.

O IFSC-USP é uma espécie de minicidade dentro do Campus USP – São Carlos, beneficiando de setores que promovem e mantêm uma gestão equilibrada e, neste caso específico, sobre o imenso patrimônio físico móvel que dá suporte a docentes, alunos e funcionários, ajudando a desenvolver e a preservar, com extrema qualidade, o tripé que acima foi citado. Cuidar de todo o patrimônio e substitui-lo quando necessário, não é tarefa fácil nem trivial; para que isso aconteça com celeridade e eficácia, existe a necessidade de ter profissionais prontos para encarar esses desafios. É um intenso trabalho de “formiguinha”, raras vezes reconhecido, até ANA_MICHELONI300pela pouca publicidade que se dá do mesmo junto da comunidade do IFSC-USP.

Servidora do IFSC-USP desde 1985, Ana Micheloni começou em 2000 a supervisionar o Setor de Patrimônio do IFSC-USP, acompanhando incessantemente a entrada, saída e substituição de todos os bens móveis do Instituto, visando às necessidades cotidianas do Instituto. Através dessas tarefas, que correspondem a políticas próprias implementadas pela USP, em consonância com normas e leis estaduais e federais, Ana Micheloni começou a separar diverso material e equipamento considerado fora de uso no IFSC, distribuindo-o por entidades sociais que se dedicam ao apoio da população mais necessitada: Essa é uma missão extremamente importante e sinto-me muito realizada com isso. O que é ofertado pelo Instituto de Física de São Carlos e que já não serve mais às suas próprias necessidades, beneficia diretamente essas entidades filantrópicas que se dedicam a ações sociais em prol da população mais carente, principalmente junto de crianças e jovens. São diversos artigos e equipamentos, muito deles em perfeito estado de conservação, cabendo-me a missão de doá-los, com comprovação oficial: são cadeiras, mesas, armários, estantes, ventiladores, condicionadores de ar, equipamentos de laboratório, bebedouros e computadores, entre outros, que irão equipar áreas para apoio escolar que funcionam nessas instituições, explica Ana Micheloni, que já repassa todo seu conhecimento e metodologia de trabalho ao jovem colega Jean Paulo Formenton. Assim, ao contrário do que alguns possam pensar, nenhum desse material é vendido ou cedido aleatoriamente: o destino final é a doação direcionada.

Educar crianças, adolescentes e jovens através do Sistema Preventivo da Educação, visando o exercício da cidadania, formação humana, vivência de valores éticos, religiosos e solidários, envolvendo as famílias. Esta é a principal missão dos Salesianos salesianos300São Carlos, que tem no Padre Marcos Roberto Sabino o responsável pela gestão administrativa da entidade. Para ele, a intervenção do IFSC-USP tem sido importante, pois o trabalho que a entidade faz junto aos mais necessitados absorve quase todos os recursos que ela consegue angariar, nomeadamente através da realização de festas comunitárias, bazares para venda roupa, etc.: Tudo que o Instituto de Física de São Carlos nos dá é aproveitado e as mãos hábeis de alguns de nossos profissionais conseguem transformar peças usadas em novas, comenta o Padre. Um desses profissionais é Moisés Dias do Pinho (50), fiel funcionário da área de manutenção predial dos Salesianos São Carlos: É um prazer imenso poder reconstruir ou recuperar coisas que vão servir para a entidade. Antes de começar a recuperar, faço sempre uma seleção prévia do material, como mesas, cadeiras e armários, e aí começo a trabalhar. A maior parte do material eu recupero, sobrando apenas algumas ferragens que são aproveitadas para a reciclagem. Aqui, não deixamos perder nada, pontua Moisés. Quanto aos computadores usados, a imaginação, técnica, conhecimento e destreza dominam as mãos de quem transforma dois equipamentos em um, colocando-o ao serviço dos frequentadores de um espaço que atende diariamente largas centenas de jovens com idades compreendidas entre os 7 e os 17 anos de idades, já para não falar de uma comunidade de internos permanentes que ronda as 35 crianças.

newton300Outro exemplo é o Nosso Lar, entidade também localizada em São Carlos e que mantém uma parceria com a USP e o SENAC, desenvolvendo o projeto Reciclatesc, conforme explica Newton de Almeida Silva (49), Coordenador Operacional: Desenvolvemos, através do Nosso Lar, todo um processo de reciclagem de material eletroeletrônico, principalmente informático, que recebemos das instituições com as quais mantemos essa parceria. Aí, desmontamos tudo, selecionamos os materiais por tipologias, separamos tudo que é considerado lixo eletrônico e vendemos diretamente a duas empresas certificadas: a VERTAS, certificada pela SETESB, e a ULTRAPOLO, certificada pelo Rio de Janeiro. Com o dinheiro apurado dessas vendas conseguimos investir em materiais necessários para

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o Nosso Lar, por forma a garantirmos a continuidade de prestação de serviços às nossas crianças. Quanto aos produtos que são aproveitados dessa separação, uma pequena, mas entusiasta equipe, consegue recuperar quase todos, transformando-os em novos computadores que são doados a outras instituições de solidariedade social, ou aproveitados para uso próprio da instituição. Segundo Newton, todo esse trabalho resulta em benefícios sociais e ambientais, que são a base dos compromissos assumidos na parceria: A USP, e nomeadamente o IFSC, foram os primeiros parceiros que tivemos, mesmo antes de ser instituído o nosso programa. Suas ações têm sido exemplares, enviando para nós todo o tipo de material que, após seleção e montagem, são doados a ONG’s e a instituições da periferia que se dedicam a apoiar os jovens mais carentes. Só para se ter uma ideia do trabalho que foi desenvolvido ao longo do tempo pela Reciclatesc, desde 2012 e até o presente momento foram doados cerca de 200 computadores recuperados pela instituição.

Outra instituição com mais de trinta anos de existência e sjose2-300com a qual o IFSC mantem uma profícua e sólida parceria é a Igreja em S. José, que tem como responsável, desde há cinco anos, o Pastor Gilberto de Lima (46), nascido e criado em São Carlos. Exercendo sua atividade de evangelismo junto de jovens dependentes químicos e de outros grupo de risco, a Igreja já conseguiu recuperar cerca de trinta jovens que hoje fazem parte integrante da comunidade evangélica. O IFSC tem contribuído com a doação de muito mobiliário, computadores, monitores e diversos outros equipamentos, sendo que a última doação foi o conjunto de cadeiras que fazia parte do Anfiteatro Azul, localizado no edifício do LEF-IFSC (antes de sua recente recuperação): Foi uma dádiva de Deus, como têm sido todas as outras doações do Instituto de Física de São Carlos, salienta o Pastor Gilberto: VALE300Com estas ações, temos conseguido melhorar toda a estrutura física da Igreja, adquiri novos materiais e tornar o espaço digno para quem acolhemos, para todos aqueles que são o foco de nosso trabalho. Com isso, conseguimos, incrementar nossos cultos de domingo, nossas reuniões com jovens, as aulas de música e o entusiasmo de fazermos cada vez mais e melhor o nosso trabalho de rua junto aos grupos de risco, pontua o Pastor.

Danilo é um dos jovens que não esconde seu contentamento e admiração pelo trabalho que a Igreja vem fazendo e com a melhoria de suas infraestruturas: Comecei no crime aos 14 anos e desde então sempre estive dentro dessa vida de marginal: eu era bandido e praticamente a minha vida se resumia a assaltos, roubos etc.. Comia um pão a cada refeição e a minha companheira era a pistola. Foi então que a Igreja e o Pastor Gilberto apareceram e tudo mudou. Hoje, faço evangelização, falo com os amigos que ainda vivem no crime e tento fazer com que mudem de vida, tento que me sigam até à Igreja. Quando vejo a sala de cultos, tão bonita e apetrechada, só posso dar Graças a Deus por haver ainda gente tão boa, que se preocupa com aqueles que ainda não encontraram o caminho do Bem, pontua Danilo, que em breve conquistará um emprego, após uma vida atribulada, dividida entre o crime e as cadeias.

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Para Ana Micheloni, a sua contribuição para estes resultados resume-se a uma frase: Vale a pena continuar a fazer este trabalho!

Assessoria de Comunicação

25 de abril de 2014

Pesquisador suíço ministra palestra sobre fios e membranas enrugadas

No dia 25 de abril, pelas 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), ocorreu mais uma edição do programa Colloquium diei, desta vez com a participação do Prof. Hans J. Herrmann, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), Suíça, que ministrou o seminário intitulado Fios e membranas enrugadas.

Em sua apresentação, o docente abordou as morfologias e densidades máximas de empacotamento de fios finos confinados em cavidades esféricas. Por meio de simulações e experimentos com fios de nylon, encontram-se fases com estruturas ordenadas e desordenadas, dependendo da tensão acumulada no fio. Os empacotamentos mais densos são encontrados em sistemas grandes com torsões fracos e em sistemas pequenos HANS_HERRMANN-300com torsões fortes. A energia total do sistema é analisada e comparada com cálculos analíticos feitos para modelos de empacotamento de DNA. Em duas dimensões, fios também podem se enrugar em diferentes morfologias que foram apresentadas dentro de um diagrama de fases morfológico.

Os resultados obtidos pelo especialista são baseados em experimentos com fios metálicos e confirmados com simulações usando o método dos elementos discretos. Em sua apresentação o professor também mostrou que durante o processo de empacotamento o número de “loops” cresce com uma lei de potência com expoentes diferentes para cada morfologia.

Além disso, Hans Herrmann observou que a rigidez efetiva do sistema diverge como uma lei de potência quando a densidade máxima é atingida, similar a que acontece com uma membrana enrugada numa cavidade. Por fim, foram discutidas as morfologias de discos delgados e anéis confinados.

Hans J. Herrmann recebeu seu diploma de Física em 1978 e foi pesquisador na Cologne University, onde realizou seu Doutorado. Desde 2006 é docente de Física Computacional de Engenharia de Materiais e diretor do Instituto para Materiais de Construção da ETH. Herrmann também é membro do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza e, atualmente, além de trabalhar em dunas e na Apollonian packings, o pesquisador está investigando as ondas de densidade, fragmentação, estratificação, segregação, compactificação, sedimentação, gases dissipativos, a forma de pilhas de areia, elasticidade não-linear de embalagens e bandas de cisalhamento que inclui micromecanica.

O Instituto Federal de Tecnologia de Zurique foi fundado em 1854 e recebeu seus primeiros alunos no ano seguinte. A partir de 1993, o ETHZ, o École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL) e mais quatro institutos de pesquisa associaram-se no Domínio das Escolas Federais, que é administrado pelo conselho das escolas politécnicas.

Assessoria de Comunicação

25 de abril de 2014

O ensino no Brasil e o papel de seus intervenientes

Numa interessante entrevista publicada este mês de abril na edição nº 99 do Portal do Professor (MEC), o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), Prof. Euclydes Marega Júnior*, faz várias reflexões sobre o ensino no Brasil e aquilo que se espera do envolvimento dos diversos atores em todo esse processo – governo, escolas, universidades, professores, pais e estudantes. Um dos destaques dessa entrevista vai para a importância crescente das Olimpíadas Brasileiras de Física – eventos promovidos anualmente pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) – na identificação de novos valores nacionais.labora1-250

A citada entrevista é abrangente e incisiva, não se resguardando em falsos preconceitos, muito pelo contrário. Começando por abordar a necessidade urgente de uma capacitação contínua dos professores, no sentido de colocá-los em contato permanente com as universidades, o docente defende a existência de condições mínimas nas escolas para o desenvolvimento de atividades experimentais em infraestruturas ideais, tais como bibliotecas e laboratórios de ciências, entre outras. Marega Júnior enfatiza também que, no caso das ciências exatas e particularmente na Física, o atual sistema de ensino restringe-se à metodologia de fazer com que o aluno decore fórmulas, sem introduzi-lo, simultaneamente e principalmente, em ambientes dinâmicos experimentais (iniciação científica) por forma a despertar seu interesse e a aproveitar todas as suas habilidades criativas, no sentido de transformá-lo num profissional inovador. Para o docente do IFSC-USP, investir nesse formato educacional é extremamente benéfico e não é dispendioso, até porque é perfeitamente viável desenvolver experimentos com materiais baratos, inclusive utilizando celulares e outros equipamentos de domínio popular.

Euclydes Marega vai mais longe ao afirmar que os jovens estudantes brasileiros têm a mesma capacidade de aprendizagem que qualquer outro jovem aluno residente nos Estados Unidos, na Europa ou na Ásia, faltando-lhe apenas o apoio que deveria ser dado para o seu desenvolvimento intelectual, algo que as Olimpíadas Brasileiras de Física têm proporcionado: neste quesito, o Brasil deixou para trás sua condição de mero “participante”, ou “espectador”, nas Olimpíadas Internacionais de Física, tendo conquistado rapidamente um lugar de verdadeiro competidor candidato a medalhas de ouro e prata. Tudo isso poderá proporcionar o EUCLYDES_MAREGA_JR-325surgimento de novas vocações científicas a partir do ensino básico, caso haja uma aposta séria nesse sentido. Para Euclydes Marega, o Brasil tem que jogar para trás das costas algum complexo de inferioridade que ainda carrega, parar de reclamar e juntar esforços para iniciar uma verdadeira educação coletiva, com responsabilidades partilhadas entre seus principais atores – governos, escolas, universidades, professores, pais e alunos, caso contrário (…) o Brasil continuará a ter ilhas de excelência num mar de mediocridade (…).

No caso concreto do Instituto de Física de São Carlos (USP), Marega afirma que a Instituição, assim como algumas outras que se encontram cimentadas no vértice superior da pirâmide educacional do País, tem trabalhado incansavelmente ao longo dos últimos anos nessa direção, promovendo inúmeros programas e iniciativas dedicadas a jovens alunos e professores dos ensinos fundamental e médio, ações essas que, todavia, são isoladas e insuficientes para o que se pretende, de fato. E, se alguém ainda tem dúvidas quanto à importância da Física no contexto mundial, assumindo-se como uma saída efetiva para o competitivo mercado de trabalho global altamente qualificado, basta consultar o recente estudo realizado e publicado pela conceituada revista FORBES, que aponta essa área como uma das vinte carreiras mais promissoras nos Estados Unidos, até 2020, classificando-a na 14ª posição.

Para reflexão, vale a pena conferir, na íntegra, a entrevista que o Prof. Euclydes Marega Júnior concedeu ao Portal do Professor, clicando AQUI.

*O Prof. Euclydes Marega Júnior é Coordenador Nacional da Olimpíada Brasileira de Física (OBF) e coordenador da Olimpíada Brasileira de Física nas Escolas Públicas (Obfep) no Estado de São Paulo. É professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) e professor visitante da University of Arkansas (EUA). Bacharel em física e doutor em física básica, no campo de física atômica e molecular, Euclydes Marega Júnior exerce, desde 2003, a função de líder da equipe brasileira na Olimpíada Internacional de Física.

Assessoria de Comunicação

24 de abril de 2014

Macromolecular Crystallography School

Terminou, no dia 16 de abril, o curso Macromolecular Crystallography School: From data processing to structure refinement and beyond, a terceira edição de um evento dedicado à Cristalografia Macromolecular na América Latina, este ano organizado pelo Instituto de Física de São Carlos, conjuntamente com o CCP4 – um projeto de trabalho computacional que está se desenvolvendo no Síncrotron Diamond, (Diamond Light Source), em Oxfordshire, Reino Unido -, que tem como uma de suas missões coordenar os esforços de diferentes grupos em cristalografia macromolecular, colocando um sistema de programa abrangente para a schoolgraf300resolução e validação de estruturas de proteínas e ácidos nucleicos.

Esta escola, realizada pela primeira vez no Brasil e com a duração de uma semana, foi organizada pelos Profs. Drs. Eduardo Horjales e Richard Garratt, pesquisadores do IFSC-USP, por Ronan Keegan e Garib Murshudov, do Collaborative Computational Project No. 4 (CCP4), e Alejandro Buschiazzo, do Instituto Pasteur de Montevideo, Uruguai. O evento foi especialmente voltado para alunos de doutorado, pós-doutorado e jovens cientistas, com uma programação essencialmente composta por palestras, resolução de problemas e tutoriais envolvendo o processo de dados de difração, fase e estrutura de determinação e modelos refinados de validação.

Para entender um pouco mais sobre os objetivos e a importância deste curso, é fundamental salientar que a determinação da estrutura dessas macromoléculas tem sido, desde o começo do século XX, um dos alvos fundamentais da bioquímica e de outras áreas relacionadas à biologia. De fato, a metodologia desenvolveu-se a partir da cristalografia de pequenas moléculas, através do descobrimento dos Raios-X, no final do séc. XIX, mas sua aplicação em macromoléculas com tamanho superior a mil átomos não foi possível até à obtenção da primeira estrutura de uma proteína, fato que aconteceu no ano 1959.

Comemora-se, portanto, cinquenta e cinco anos de cristalografia de macromoléculas, e nesse período de tempo houve a necessidade de se aumentar a abrangência através de um grande conjunto de problemas que, em suma, coincidem com todos os problemas relacionados com a biologia. A estrutura dessas macromoléculas é o que permite – pela primeira vez na história da humanidade – que exista uma metodologia relacionando química, física e biologia. As posições dos átomos no espaço são as que determinam as interações dessas moléculas com outras interações biológicas e isso está guiado pela física.

Esse tipo de interação vai determinar as leis da biologia e, pela primeira vez, ele deixa de ser uma questão tabu, para ser parte integrante da física, química e das ciências naturais, em geral. Assim, no período que coincidiu com a morte de Giordano Bruno (Séc. XVI) – acusado de panteísmo e queimado vivo por defender a doutrina da infinidade do Universo e por concebê-lo não como um sistema rígido de seres, mas como um conjunto que se transforma continuamente -, o que os biólogos pretendiam era compreender os acontecimentos da biologia: por isso, tal como Bruno, todos eles eram duramente perseguidos porque as distâncias compreendidas entre a biologia, física, química e as ciências, que estudavam a natureza inanimada, era muito grande. Agora, passados que são esses cinquenta e cinco anos, os cientistas conseguiram quebrar essas distâncias, unificando química, física e biologia em uma consequência científica para o mundo, descobrindo, simultaneamente, como os seres vivos se comportam dentro dele. Isto é a base do entendimento relacionado com a cristalografia macromolecular.

Para o Prof. Dr. Eduardo Horjales (IFSC-USP), além da cristalografia de macromoléculas, existe apenas outro método para a determinação de estruturas, que é a ressonância magnética. Não existem outros métodos para a determinação de estruturas de macromoléculas. Portanto, a importância da cristalografia de proteínas de ácidos nucleicos é fundamental para alcançar essa meta.

Os antecedentes

A partir de 1959, surgiram e desenvolveram-se – principalmente no designado primeiro mundo – grupos de cristalografia de macromoléculas, sendo que os investimentos feitos nessa área sempre foram muito elevados, principalmente no início. Devido a esse horjales300desenvolvimento, a atitude colaborativa entre os vários grupos tem sido bastante forte, contando com uma total disponibilidade dos equipamentos existentes, independentemente do local onde os cientistas desenvolvem seus trabalhos: atualmente, esse ciclo apresenta-se cada vez mais forte. Todos os grandes aceleradores de partículas existentes no mundo (Síncrotrons) – incluindo o do Brasil, que se localiza em Campinas (SP) – são disponibilizados dentro dessa filosofia de acesso total. Já na parte computacional, o CCP4 tem contribuído com um projeto de computação integrador de vários programas feitos em diversas partes do mundo. Assim, foi criado um grupo de inúmeros pesquisadores que trabalham em computação e que criam um sistema de programas para trabalhar os dados experimentais em cristalografia de proteínas. Esses pesquisadores são os que chegaram a este projeto, no intuito de promover um curso anual, que já está na terceira edição – a primeira foi na capital do Uruguai, Montevideo -, com a perspectiva de poderem ir mais longe, como explica Horjales: Nesta edição realizada no Instituto de Física de São Carlos, todos os participantes defenderam a necessidade de continuar a fazer este curso anualmente na América Latina, a partir de agora intercaladamente, em Montevideo e em São Carlos (IFSC-USP), naquilo que posso considerar um esforço importante destinado a desenvolver a cristalografia macromolecular na América Latina, através da iniciativa tanto dos grupos de cristalografia mais fortes, sediados no nosso continente, quanto dos pesquisadores do projeto CCP4. Eles dão, anualmente, cursos similares na Europa, EUA, Ásia e Oceania e agora abrirão esta janela abrangente no nosso vasto continente. É um esforço muito grande em prol do desenvolvimento da cristalografia de proteínas, para que um grupo de pessoas possa dar cinco cursos por ano, com nove dias de duração cada um.

Com a realização deste curso e com a abnegação e trabalho de seus integrantes, a América Latina tem agora todas as condições para desenvolver tecnologias em várias áreas, como, por exemplo, na de medicamentos, mas todas elas intimamente associadas à técnica de determinação de estrutura.

Quanto ao Macromolecular Crystallography School: From data processing to structure refinement and beyond, que ocorreu no IFSC-USP, o fato mais importante foi que todos os pesquisadores participantes têm uma sólida formação em química, física, matemática e computação, o que propiciou que a organização selecionasse, como público-alvo para o evento, estudantes de pós-graduação com projetos na área de cristalografia de macromoléculas, ou pesquisadores jovens: Eles foram escolhidos com a ideia de que alguns deles possam desenvolver cristalografia e fortificar projetos de sistemas. Então, essa diversidade permitiu que pudéssemos escolher vinte e cinco pessoas – vinte e duas oriundas da América Latina e três de outras partes do mundo – para gerar intercâmbios, explica Horjales, salientando que a ideia central é que esses jovens possam desenvolver a cristalografia e aumentar os contatos entre os grupos de cristalografia de macromoléculas que existem na América Latina: Recebemos cinquenta e seis solicitações de participação no curso, mas tivemos que limitar a vinte e cinco participantes devido à quantidade de equipamentos disponíveis. Recordo que a edição anterior contou com vinte inscritos. A ideia é justamente que, com este ritmo de crescimento de inscrições, o desenvolvimento da cristalografia de proteínas cresça igualmente de forma exponencial, complementa Horjales.

Através dos diálogos, da troca de opiniões e dos comentários obtidos durante o curso, a organização do evento irá fazer uma avaliação global no sentido de lançar outras discussões já na próxima edição do evento, que ocorrerá em 2015, na cidade de Montevideo.

O sucesso deste curso também se deve aos patrocínios e apoio recebidos. O CCP4 pagou as passagens da maioria dos professores, enquanto a União Internacional de Cristalografia (IUCR) se responsabilizou pelas despesas com as viagens de alguns professores, bem como de algumas diárias de participantes. Foram também indispensáveis os apoios financeiros da FAPESP, CNPq, CAPES e do CBEM – Centro de Biologia Estrutural do MERCOSUL, organização criada entre os grupos de cristalografia de proteínas do MERCOSUL, que recebe apoio dos governos do bloco e que conseguiu financiar uma boa parte das despesas relativas ao curso.

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Integraram o grupo de palestrantes e tutores, os seguintes docentes e pesquisadores: Alejandro Buschiazzo (Uruguai), Kay Diederichs (Germany), Paul Emsley (Reino Unido), Richard Garratt (Brasil), Ronan Keegan (Reino Unido), Eugene Krissinel (Reino Unido), Victor Lamzin (Alemanha), Andrey Lebedev (Reino Unido), Andew Leslie (Reino Unido), Garib Murshudov (Reino Unido), Robert Nicholls (Reino Unido), Navraj Pannu (Holanda), Randy Read (Reino Unido), Andrea Thorn (Reino Unido) e Isabel Uson (Espanha).

Assessoria de Comunicação