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28 de abril de 2014

IFSC-USP apoia os mais necessitados

Ensino, pesquisa e extensão: este é o tripé que tem norteado o caminho da Universidade de São Paulo ao longo do tempo em todas as suas unidades. E, se a constante procura e responsabilidade da USP são por um ensino de qualidade, por uma pesquisa de excelência e uma extensão que propicie um maior conhecimento e desenvolvimento de solidarity300práticas complementares multidisciplinares para a formação de mais e melhores cidadãos, o certo é que a Universidade também se tem preocupado com aqueles que mais necessitam e que muitas vezes se encontram nos limites fronteiriços mais frágeis da sociedade. O Instituto de Física de São Carlos enquadra-se no conjunto de unidades da USP que mais tentam contribuir para minimizar as necessidades de terceiros, contando, para isso, com ações conjuntas com entidades que se dedicam a trabalhos sociais e filantrópicos.

O IFSC-USP é uma espécie de minicidade dentro do Campus USP – São Carlos, beneficiando de setores que promovem e mantêm uma gestão equilibrada e, neste caso específico, sobre o imenso patrimônio físico móvel que dá suporte a docentes, alunos e funcionários, ajudando a desenvolver e a preservar, com extrema qualidade, o tripé que acima foi citado. Cuidar de todo o patrimônio e substitui-lo quando necessário, não é tarefa fácil nem trivial; para que isso aconteça com celeridade e eficácia, existe a necessidade de ter profissionais prontos para encarar esses desafios. É um intenso trabalho de “formiguinha”, raras vezes reconhecido, até ANA_MICHELONI300pela pouca publicidade que se dá do mesmo junto da comunidade do IFSC-USP.

Servidora do IFSC-USP desde 1985, Ana Micheloni começou em 2000 a supervisionar o Setor de Patrimônio do IFSC-USP, acompanhando incessantemente a entrada, saída e substituição de todos os bens móveis do Instituto, visando às necessidades cotidianas do Instituto. Através dessas tarefas, que correspondem a políticas próprias implementadas pela USP, em consonância com normas e leis estaduais e federais, Ana Micheloni começou a separar diverso material e equipamento considerado fora de uso no IFSC, distribuindo-o por entidades sociais que se dedicam ao apoio da população mais necessitada: Essa é uma missão extremamente importante e sinto-me muito realizada com isso. O que é ofertado pelo Instituto de Física de São Carlos e que já não serve mais às suas próprias necessidades, beneficia diretamente essas entidades filantrópicas que se dedicam a ações sociais em prol da população mais carente, principalmente junto de crianças e jovens. São diversos artigos e equipamentos, muito deles em perfeito estado de conservação, cabendo-me a missão de doá-los, com comprovação oficial: são cadeiras, mesas, armários, estantes, ventiladores, condicionadores de ar, equipamentos de laboratório, bebedouros e computadores, entre outros, que irão equipar áreas para apoio escolar que funcionam nessas instituições, explica Ana Micheloni, que já repassa todo seu conhecimento e metodologia de trabalho ao jovem colega Jean Paulo Formenton. Assim, ao contrário do que alguns possam pensar, nenhum desse material é vendido ou cedido aleatoriamente: o destino final é a doação direcionada.

Educar crianças, adolescentes e jovens através do Sistema Preventivo da Educação, visando o exercício da cidadania, formação humana, vivência de valores éticos, religiosos e solidários, envolvendo as famílias. Esta é a principal missão dos Salesianos salesianos300São Carlos, que tem no Padre Marcos Roberto Sabino o responsável pela gestão administrativa da entidade. Para ele, a intervenção do IFSC-USP tem sido importante, pois o trabalho que a entidade faz junto aos mais necessitados absorve quase todos os recursos que ela consegue angariar, nomeadamente através da realização de festas comunitárias, bazares para venda roupa, etc.: Tudo que o Instituto de Física de São Carlos nos dá é aproveitado e as mãos hábeis de alguns de nossos profissionais conseguem transformar peças usadas em novas, comenta o Padre. Um desses profissionais é Moisés Dias do Pinho (50), fiel funcionário da área de manutenção predial dos Salesianos São Carlos: É um prazer imenso poder reconstruir ou recuperar coisas que vão servir para a entidade. Antes de começar a recuperar, faço sempre uma seleção prévia do material, como mesas, cadeiras e armários, e aí começo a trabalhar. A maior parte do material eu recupero, sobrando apenas algumas ferragens que são aproveitadas para a reciclagem. Aqui, não deixamos perder nada, pontua Moisés. Quanto aos computadores usados, a imaginação, técnica, conhecimento e destreza dominam as mãos de quem transforma dois equipamentos em um, colocando-o ao serviço dos frequentadores de um espaço que atende diariamente largas centenas de jovens com idades compreendidas entre os 7 e os 17 anos de idades, já para não falar de uma comunidade de internos permanentes que ronda as 35 crianças.

newton300Outro exemplo é o Nosso Lar, entidade também localizada em São Carlos e que mantém uma parceria com a USP e o SENAC, desenvolvendo o projeto Reciclatesc, conforme explica Newton de Almeida Silva (49), Coordenador Operacional: Desenvolvemos, através do Nosso Lar, todo um processo de reciclagem de material eletroeletrônico, principalmente informático, que recebemos das instituições com as quais mantemos essa parceria. Aí, desmontamos tudo, selecionamos os materiais por tipologias, separamos tudo que é considerado lixo eletrônico e vendemos diretamente a duas empresas certificadas: a VERTAS, certificada pela SETESB, e a ULTRAPOLO, certificada pelo Rio de Janeiro. Com o dinheiro apurado dessas vendas conseguimos investir em materiais necessários para

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o Nosso Lar, por forma a garantirmos a continuidade de prestação de serviços às nossas crianças. Quanto aos produtos que são aproveitados dessa separação, uma pequena, mas entusiasta equipe, consegue recuperar quase todos, transformando-os em novos computadores que são doados a outras instituições de solidariedade social, ou aproveitados para uso próprio da instituição. Segundo Newton, todo esse trabalho resulta em benefícios sociais e ambientais, que são a base dos compromissos assumidos na parceria: A USP, e nomeadamente o IFSC, foram os primeiros parceiros que tivemos, mesmo antes de ser instituído o nosso programa. Suas ações têm sido exemplares, enviando para nós todo o tipo de material que, após seleção e montagem, são doados a ONG’s e a instituições da periferia que se dedicam a apoiar os jovens mais carentes. Só para se ter uma ideia do trabalho que foi desenvolvido ao longo do tempo pela Reciclatesc, desde 2012 e até o presente momento foram doados cerca de 200 computadores recuperados pela instituição.

Outra instituição com mais de trinta anos de existência e sjose2-300com a qual o IFSC mantem uma profícua e sólida parceria é a Igreja em S. José, que tem como responsável, desde há cinco anos, o Pastor Gilberto de Lima (46), nascido e criado em São Carlos. Exercendo sua atividade de evangelismo junto de jovens dependentes químicos e de outros grupo de risco, a Igreja já conseguiu recuperar cerca de trinta jovens que hoje fazem parte integrante da comunidade evangélica. O IFSC tem contribuído com a doação de muito mobiliário, computadores, monitores e diversos outros equipamentos, sendo que a última doação foi o conjunto de cadeiras que fazia parte do Anfiteatro Azul, localizado no edifício do LEF-IFSC (antes de sua recente recuperação): Foi uma dádiva de Deus, como têm sido todas as outras doações do Instituto de Física de São Carlos, salienta o Pastor Gilberto: VALE300Com estas ações, temos conseguido melhorar toda a estrutura física da Igreja, adquiri novos materiais e tornar o espaço digno para quem acolhemos, para todos aqueles que são o foco de nosso trabalho. Com isso, conseguimos, incrementar nossos cultos de domingo, nossas reuniões com jovens, as aulas de música e o entusiasmo de fazermos cada vez mais e melhor o nosso trabalho de rua junto aos grupos de risco, pontua o Pastor.

Danilo é um dos jovens que não esconde seu contentamento e admiração pelo trabalho que a Igreja vem fazendo e com a melhoria de suas infraestruturas: Comecei no crime aos 14 anos e desde então sempre estive dentro dessa vida de marginal: eu era bandido e praticamente a minha vida se resumia a assaltos, roubos etc.. Comia um pão a cada refeição e a minha companheira era a pistola. Foi então que a Igreja e o Pastor Gilberto apareceram e tudo mudou. Hoje, faço evangelização, falo com os amigos que ainda vivem no crime e tento fazer com que mudem de vida, tento que me sigam até à Igreja. Quando vejo a sala de cultos, tão bonita e apetrechada, só posso dar Graças a Deus por haver ainda gente tão boa, que se preocupa com aqueles que ainda não encontraram o caminho do Bem, pontua Danilo, que em breve conquistará um emprego, após uma vida atribulada, dividida entre o crime e as cadeias.

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Para Ana Micheloni, a sua contribuição para estes resultados resume-se a uma frase: Vale a pena continuar a fazer este trabalho!

Assessoria de Comunicação

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