Notícias

5 de maio de 2014

Workshop: Buscando uma nova vertente de aprendizado

O Núcleo USP Jr. realizará, no próximo dia 10 de Maio, entre as 9h e as 18h30, no Auditório da FMVZ – Campus da Cidade Universitária – Universidade de São Paulo, o seu primeiro Workshop, cujo principal objetivo é procurar contribuir para o desenvolvimento das Empresas Juniores da Universidade de São Paulo e seus respectivos membros, visando atingir uma carreira profissional que esteja à altura de suas expectativas.

Estarão presentes neste evento os principais representantes da USP, que irão debater temas relativos à forma como a Universidade pode promover e auxiliar as Empresas Juniores. Nesse evento, serão traçadas as ações e os próximos passos que gerarão uma aproximação real aos objetivos propostos.

Recorde-se que a USP acolhe mais de 40 Empresas Juniores que trabalham nas mais diversas áreas do conhecimento – exatas, humanas e biológicas –, pelo que este encontro se reveste de particular importância para troca de experiências e planejamento de ações futuras.

Aberto a toda a comunidade da USP Júnior, o evento contará com a participação da Profa. Dra. Maria Arminda de Nascimento Arruda (Pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária), que abordará o tema “O papel da Comissão de Cultura e Extensão Junto as Empresas Juniores da USP”, seguindo-se a apresentação do Prof. Antonio Carlos Hernandes (Pró-reitor de Graduação), que dissertará sobre o tema “O ensino de empreendedorismo na Universidade”.

Ainda no capítulo dedicado às apresentações programadas para este evento, destaca-se a Palestra Magna do Coordenador da Agência USP de Inovação, Prof. Vanderlei Bagnato, que abordará “A importância das Empresas Juniores para a inovação”.

Toda a restante programação deste evento estará dedicada a treinamentos relativos a gestão de projetos e cases de sucesso das várias Empresas Juniores da USP.

Para conferir a programação deste evento, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

5 de maio de 2014

Escola de Física Contemporânea 2014

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) realiza entre os dias 20 e 26 de julho, mais uma edição da Escola de Física Contemporânea (EFC – 2014), atividade de extensão voltada a alunos do ensino médio de todo o Brasil, cujas pré-inscrições se iniciaram no dia 16 de abril, estendo-se até o dia 8 de junho, quando serão selecionados trinta estudantes dentre o total de pré-inscritos.

EFCOrganizada por um grupo de docentes do IFSC-USP, constituído pelos Profs. Fernando F. Paiva, Diogo Oliveira S. Pinto, Alessandro S. Nascimento e pelo diretor do Instituto, Prof. Tito J. Bonagamba, tendo como secretária, Mariana Rodrigues, a escola, com a duração de uma semana ininterrupta de estudos e trabalhos laboratoriais, tem como objetivo atrair os melhores alunos do ensino médio em ciências exatas e, particularmente, na área de Física, fazendo com que esses jovens adquiram maiores conhecimentos do universo da pesquisa e ensino, por meio de um contato direto com os principais grupos de pesquisa do país, disseminando a importância da ciência e da tecnologia na geração de conhecimento e riqueza em prol de nosso país.

Além disso, pretende-se chamar a atenção dos alunos para o empreendedorismo, reforçando as importantes contribuições que o profissional da área da Física pode oferecer quando se envolve com pesquisas associadas ao setor industrial, sejam elas oriundas de dentro ou fora do ambiente acadêmico. Além das aulas teóricas, práticas, com trabalhos nos laboratórios de ensino, e palestras, todas ministradas por docentes do IFSC-USP, a escola contará com visitas monitoradas às oficinas e laboratórios de pesquisa, igualmente supervisionados por pesquisadores do Instituto.

A grande novidade desta edição é que os participantes terão a chance de assistir uma palestra do Dr. Gerardo Adesso*, da School of Mathematical Sciences – The University of Nottingham, Reino Unido, que estará na cidade de São Carlos na semana da realização da escola. Esse evento deve demonstrar o caráter de Internacionalização do Instituto e a forma como isso é feito ativamente através de colaborações científicas com algumas das maiores universidades do exterior.

De acordo com o Prof. Fernando Paiva, um dos organizadores do evento, esta edição da EFC mostrará as diferentes áreas e perspectivas que vão além da vida acadêmica de um profissional da área física: Além dos trabalhos obrigatórios que os alunos realizarão nos laboratórios e em sala de aula, os jovens serão ainda apresentados a produtos e equipamentos que, de certa forma, foram criados ou desenvolvidos no Instituto. Paiva sublinha que apenas realizar palestras abordando a atuação do físico na área industrial pode não ser um modo tão efetivo, quanto mostrar para paiva350os alunos, por exemplo, produtos comerciais produzidos por profissionais do próprio Instituto de Física de São Carlos.

Tal como citado acima, a EFC continua procurando atrair bons alunos para o IFSC-USP, mas, de acordo com Paiva, este foco vai além da pretensão de conquistar novos talentos: A ideia é que possamos convencer os estudantes do ensino médio de que fazer parte do nosso Instituto é bastante interessante, porém, de uma forma indireta, mostrando para eles as grandes vantagens do IFSC, ao invés de apenas dizer como somos e o que fazemos, diz o docente.

Ainda de acordo com Paiva, este processo decorrente da EFC para conquistar jovens talentos não é tarefa fácil, uma vez que o objetivo de atrair os melhores alunos acarreta um processo logístico complicado, já que eles vêm de todos os estados do país: Temos ótimos alunos de diferentes lugares do Brasil. Sabemos que alguns candidatos, por exemplo, os do Rio de Janeiro, dificilmente cursarão o ensino superior aqui, já que tradicionalmente eles acabam ficando por lá. Os alunos de Minas Gerais, que têm um bom instituto de física na região, também acabam ficando nesse estado. Isso sem contar que parte dos alunos que normalmente são selecionados para participar da escola acaba sendo aceita em universidades norte-americanas devido ao seu excelente desempenho acadêmico. Assim, se conseguirmos drenar no mínimo uns dois ou três alunos dentre os trinta que serão selecionados, já será um bom ganho, afirma Paiva.

Um dos bons resultados obtidos através desta iniciativa verificou-se através da história de dois estudantes que participaram na edição de 2013 da EFC e que hoje são alunos de pré-iniciação científica do IFSC-USP: Eles não eram alunos do terceiro ano, ainda não estavam na fase de prestar vestibular, mas acabaram se engajando em dois grupos aqui do Instituto e hoje estão como alunos de pré-iniciação. No próximo ano serão nossos alunos de graduação., pontua Fernando Paiva.

Outro foco da escola é mostrar o Instituto a uma população que provavelmente irá para a área de exatas e que, em algum momento na carreira acadêmica, mesmo que não se forme no Instituto, possa se lembrar da instituição e, quem sabe, até se tornar um parceiro dela: Nós queremos que esses jovens possam ficar associados ao IFSC, seja como colaboradores, alunos de pós-graduação ou até mesmo como eventuais docentes, no futuro, conta Fernando Paiva. Ainda na opinião do docente, criar uma boa imagem é mais importante do que essa preocupação primária de querer atrair os jovens: Se você cria uma boa impressão, os potenciais candidatos vão se motivar ainda mais para fazer parte do nosso Instituto, então já é uma boa forma de atração. Além disso, a EFC deverá servir como mais um pilar para esses jovens que já estão encarando a perspectiva de entrar num curso superior, apresentando todo o ambiente de ensino e pesquisa do IFSC-USP e tentando, de certa forma, “plantar uma semente” para que esses talentos se encantem e até considerem ingressar no Instituto, salienta Paiva.

IFSC-USP-2014-500

Como citamos logo no início desta matéria, as inscrições para a Escola de Física Contemporânea – 2014 já estão abertas desde o dia 16 de abril e se encerram no dia 8 de junho. A pré-inscrição é isenta de qualquer valor, mas os selecionados deverão pagar a taxa de R$ 350,00 para a realização da matrícula (preço que cobrirá todas as despesas dos alunos com sua permanência em São Carlos, exceto o transporte para a cidade). Durante toda a semana de curso, os trinta participantes serão acompanhados permanentemente por monitores do IFSC, que assegurarão a pontualidade nos programas e ações da escola, o cumprimento das horas de descanso, o transporte entre o Instituto e os hotéis onde os jovens ficarão hospedados e, claro, questões relacionadas com bem-estar e segurança coletiva.

Para realizar a inscrição ou obter mais informações sobre a Escola de Física Contemporânea de 2014, clique AQUI

*Gerardo Adesso obteve seu PhD em 2007 pela University of Salerno, Itália, e em 2009 se tornou integrante da University of Notthingam. Sua especialidade é voltada a correlações quânticas em sistemas compostos, sejam eles na forma de emaranhamento ou demais modelos gerais, bem como ao desenvolvimento da teoria da informação quântica com estados gaussianos de sistemas de variáveis continuas.

Assessoria de Comunicação

30 de abril de 2014

Professor emérito do IFSC recebe “Medalha Benjamin Franklin”

Na última semana de abril, o professor emérito do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Daniel Kleppner, recebeu do Franklin Institute (EUA), o 2014 Benjamin Franklin Medal in Physics (Medalha Benjamin Franklin 2014 em Física).

De acordo com informações do site do Franklin Institute , o prêmio foi Kleppner-_Franklinconcedido ao pesquisador “por suas diversas contribuições pioneiras relacionadas a fenômenos quânticos envolvendo a interação de átomos em temperaturas ultrabaixas”.

De acordo com matéria publicada no site do American Physical Society (APS), da qual, inclusive, Kleppner é o presidente, “muitos ‘milagres’ em física atômica, molecular e óptica são baseados nos trabalhos realizados por Kleppner. Ele lançou as bases para as pesquisas com átomos frios presos, o que tornou possível a realização experimental do condensado de Bose-Einstein”.

No final de fevereiro de 2013, o IFSC sediou o “Symposium Honoring Prof. Daniel Kleppner”, evento que teve como principal objetivo homenagear o pesquisador e que trouxe para o Instituto diversos cientistas de renome para ministrar palestras, incluindo os ganhadores de prêmios Nobel, Serge Haroche, Eric Cornell, William Daniel Philips e David Wineland.

Breve biografia

Daniel Kleppner é um físico estadunidense que, ao longo dos últimos 45 anos, já realizou contribuições fundamentais na área de óptica e física quântica.

Atualmente, Kleppner é membro da Academia Nacional de Ciências dos EUA e presidente da American Physical Society, já mencionado anteriormente. Já foi presidente da Division of Atomic, Molecular and Optical Physics (DAMOP) e do Forum on the History of Physics (FHP). É também professor emérito do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e coleciona diversos prêmios, entre eles o Wolf Prize in Physics (2005) e Frederic Ives Medal (2007).

Assessoria de Comunicação

30 de abril de 2014

Pesquisadora argentina ministra palestra sobre Glioblastoma

Através do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), ocorreu no dia 30 de abril, pelas 12h50, no Anfiteatro Azul do IFSC, a palestra Efeitos da inibição do NF-kB na quimio/radiorresistência, invasão e proliferação tumoral de Gliblatomas, ministrada pela docente María Sol Brassesco Annichini, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (USP).

O Glioblastoma (GBM) é um dos tumores mais agressivos do sistema nervoso central e entre as diversas neoplasias possui um dos piores prognósticos, sendo que mesmo com as novas estratégias de tratamento, a sobrevida de pacientes portadores desta doença continua sendo muito baixa.

Consequentemente, a procura de novos alvos terapêuticos é crucial. Um dos fatores que contribui para a agressividade deste tumor é a ativação constitutiva do fator de transcrição NF-kB, uma característica comum a outros tipos de tumores. Esse fator pleiotrópico – onde ocorrem múltiplos efeitos de um único gene – desempenha papéis importantes na origem Maria_Sol-300do tumor, como regular o aumento da expressão de genes anti-apoptóticos, fatores de sobrevida, adesão e invasão, além de mediar mecanismos de rádio e quimiorresistência.

Assim, a especialista apresentou, neste seminário, os dados sobre os efeitos da inibição do NF-kB pelo DHMEQ (dehidroximetilepoxiquinomicina), sozinho ou em combinação com os tratamentos atualmente utilizados, em linhagens celulares de GBM e em modelos in vivo. Além destes resultados, as diferentes metodologias utilizadas nos testes funcionais também foram abordadas.

María Sol Brasseco Annichini é bacharel em Genética pela Faculdade de Ciências Exatas, Químicas e Naturais da Universidade Nacional de Misiones, Argentina, e obteve seu mestrado e doutorado em Ciências Biológicas pelo curso de pós-graduação do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Atualmente, ocupa o cargo de professora doutora na área de genética do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP.

Annichini possui experiência na área de Mutagênege e Oncologia, com ênfase no estudo de aberrações cromossômicas em tumores sólidos e leucemias da infância através de diferentes técnicas de citogenética molecular. Recentemente, seu interesse se voltou para o estudo dos efeitos in vitro e in vivo de diversas drogas antitumorais inovadoras, focando nas respostas celulares ao nível do controle do ciclo celular, mecanismos de morte, alterações na expressão gênica, clastogenicidade, bem como na avaliação de outros parâmetros celulares como viabilidade, capacidade clonogênica e invasiva das células tumorais.

Assessoria de Comunicação

30 de abril de 2014

Como o Arquivo Permanente do IFSC se tornou referência

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), há alguns anos, processos administrativos e financeiros e documentos de qualquer outra natureza não contavam com um espaço físico específico e, sobretudo, organizado para seu armazenamento. Porém, há dezesseis anos, graças ao pioneirismo e disposição dos funcionários do Instituto, toda massa documental foi sistematicamente organizada, organização que, até os dias de hoje, coloca o IFSC como referência.

Arquivo_PermanenteTudo começou em 1998, quando a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) lançou uma chamada oferecendo recursos financeiros a projetos relacionados à infraestrutura. Nessa época, a Assistente Técnica Administrativa do IFSC/USP, Neusa Aparecida Sorensen, e a chefe do Serviço de Expediente, Maria Luisa Oliani Dias, contando com o apoio do diretor Horacio Carlos Panepucci, do vice-diretor Luiz Nunes de Oliveira, do assessor da diretoria Jan Frans Willem Slaets e excepcionalmente do docente Eduardo Ernesto Castellano na coordenação do projeto FAPESP, redigiram um projeto solicitando verbas para montagem de um espaço físico capaz de centralizar todos os processos e outros documentos referentes ao IFSC que, até então, ficavam depositados nos diversos setores do Instituto. “Quando enviamos nosso projeto à FAPESP, ele foi o único projeto do campus aprovado naquela chamada e, com isso, conseguimos concretizar nossa ideia”, relembra Neusa.

Foi quando nasceu o Arquivo Permanente do IFSC, abrigado, hoje, num espaço físico de 43,65 m², e gerido, atualmente, pelos funcionários do Serviço de Expediente (SvExp ed)*. De forma contínua, melhoras- não somente físicas- são efetuadas no Arquivo e, entre elas, está, inclusive, mais uma ação pioneira: a utilização do software SAFi** para a organização virtual da massa documental do Instituto. “Muitos documentos de guarda permanente, como, por exemplo, as portarias expedidas pelo IFSC, são digitalizados e acessíveis via link, graças ao SAFi”, explica Neusa.

Além de ter se tornado referência a diversas Unidades da USP, os funcionários do SvExped já participaram de Encontros internos à Universidade, como palestrantes, para apresentar e compartilhar a metodologia organizacional criada para gerir e, principalmente, organizar os processos e documentos do IFSC. “Maria Luisa já recebeu, inclusive, um assento na Comissão Central de Arquivos da USP”, conta Neusa.

Uma das principais e mais trabalhosas tarefas dos funcionários do SvExped, atualmente, tem sido a retirada dos processos que já cumpriram seu prazo de guarda em atendimento à Tabela de Temporalidade de Documentos (TTD), aprovadas pelo Arquivo do Estado de São Paulo. Tal solicitação tem liberado espaço no Arquivo do IFSC, mas ainda insuficiente, uma vez que a chegada de novos processos e outros tipos documentos é muito maior do que a saída dos mesmos. “Grande parte dos processos e outros documentos precisa ser armazenada por mais de 40 anos e outra parte permanentemente. Por isso, os documentos são tratados o tempo todo, para que novos espaços sejam disponibilizados”, conta Neusa.

Funcionrios_SvExpedDiante desse quadro, Maria Luisa e Júlio Zenatte, também parte do SvExped, já redigiram um novo projeto para troca dos atuais armários de ferro por arquivos deslizantes, que irão gerar uma economia de 70% no atual espaço físico do Arquivo do IFSC. “O projeto já foi aprovado e a reserva financeira já havia sido feita. No entanto, em razão da atual situação orçamentária da USP, a licitação não foi realizada e não dispomos, hoje, dos recursos necessários para tocar o projeto”, explica Neusa. “Esse projeto também abranje outras ações, como a melhora do tratamento técnico dos documentos, que também auxilia expressivamente na economia de espaço físico e colabora para a preservação dos documentos e processos”, complementa Maria Luisa.

Todas as melhoras descritas durante a matéria ganham reconhecimento cotidianamente. O último deles foi feito no boletim do Sistema de Arquivos da USP (boletim SAUSP), que dedicou seu conteúdo de março e abril para descrever, detalhadamente, os procedimentos de eliminação de documentos realizados no IFSC/USP (clique aqui para acessar o boletim). Esse relato entra para a coleção de elogios que o Arquivo Permanente do IFSC tem armazenado durante os anos, e, certamente, antecede muitos outros.

*Atualmente, fazem parte do Serviço de Expediente do IFSC os funcionários Maria Luisa Oliani Dias, Júlio Endrigo Zenatte, Welson Luciano Coelho, Felipe Vicente e o Menor Aprendiz Samuel Cândido de Carvalho

**O SAFi foi desenvolvido pela Analista de Sistemas do IFSC, Flávia Oliveira Santos de Sá Lisboa

Assessoria de Comunicação

29 de abril de 2014

Inscrições até 15 de maio

Nos dias 29 e 30 de outubro de 2014, na Cidade do México (México), será realizado o RedEmpredia 2014, evento internacional que tem como principal finalidade a promoção de talentos empreendedores na comunidade universitária ibero-americana. As inscrições para participação no evento estão abertas até o dia 15 de maio.

RedEmpredia-_MexicoAté essa data, os interessados poderão se inscrever nos três programas que seguem: IDEUp, Model2Market e SmartMoney4Stars.

O RedEmprendia Spin é um encontro por excelência do empreendedorismo universitário ibero-americano que ocorrerá durante dois dias e no qual serão realizadas três prévias de trabalho para iniciativas empreendedoras.

A RedEmpredia é uma rede de universidades que promove a inovação e empreendedorismo responsáveis, e atualmente conta com 1,5 milhão de alunos e 150 mil docentes de diversas universidades mundiais.

O principal objetivo da RedEmpredia é auxiliar na criação de um tecido produtivo tendo como base o conhecimento e desenvolvimento tecnológico gerados nas universidades ibero-americanas.

Para mais informações sobre o RedEmpredia 2014, acesse http://www.redemprendia.org/spin/

Assessoria de Comunicação

28 de abril de 2014

IFSC-USP apoia os mais necessitados

Ensino, pesquisa e extensão: este é o tripé que tem norteado o caminho da Universidade de São Paulo ao longo do tempo em todas as suas unidades. E, se a constante procura e responsabilidade da USP são por um ensino de qualidade, por uma pesquisa de excelência e uma extensão que propicie um maior conhecimento e desenvolvimento de solidarity300práticas complementares multidisciplinares para a formação de mais e melhores cidadãos, o certo é que a Universidade também se tem preocupado com aqueles que mais necessitam e que muitas vezes se encontram nos limites fronteiriços mais frágeis da sociedade. O Instituto de Física de São Carlos enquadra-se no conjunto de unidades da USP que mais tentam contribuir para minimizar as necessidades de terceiros, contando, para isso, com ações conjuntas com entidades que se dedicam a trabalhos sociais e filantrópicos.

O IFSC-USP é uma espécie de minicidade dentro do Campus USP – São Carlos, beneficiando de setores que promovem e mantêm uma gestão equilibrada e, neste caso específico, sobre o imenso patrimônio físico móvel que dá suporte a docentes, alunos e funcionários, ajudando a desenvolver e a preservar, com extrema qualidade, o tripé que acima foi citado. Cuidar de todo o patrimônio e substitui-lo quando necessário, não é tarefa fácil nem trivial; para que isso aconteça com celeridade e eficácia, existe a necessidade de ter profissionais prontos para encarar esses desafios. É um intenso trabalho de “formiguinha”, raras vezes reconhecido, até ANA_MICHELONI300pela pouca publicidade que se dá do mesmo junto da comunidade do IFSC-USP.

Servidora do IFSC-USP desde 1985, Ana Micheloni começou em 2000 a supervisionar o Setor de Patrimônio do IFSC-USP, acompanhando incessantemente a entrada, saída e substituição de todos os bens móveis do Instituto, visando às necessidades cotidianas do Instituto. Através dessas tarefas, que correspondem a políticas próprias implementadas pela USP, em consonância com normas e leis estaduais e federais, Ana Micheloni começou a separar diverso material e equipamento considerado fora de uso no IFSC, distribuindo-o por entidades sociais que se dedicam ao apoio da população mais necessitada: Essa é uma missão extremamente importante e sinto-me muito realizada com isso. O que é ofertado pelo Instituto de Física de São Carlos e que já não serve mais às suas próprias necessidades, beneficia diretamente essas entidades filantrópicas que se dedicam a ações sociais em prol da população mais carente, principalmente junto de crianças e jovens. São diversos artigos e equipamentos, muito deles em perfeito estado de conservação, cabendo-me a missão de doá-los, com comprovação oficial: são cadeiras, mesas, armários, estantes, ventiladores, condicionadores de ar, equipamentos de laboratório, bebedouros e computadores, entre outros, que irão equipar áreas para apoio escolar que funcionam nessas instituições, explica Ana Micheloni, que já repassa todo seu conhecimento e metodologia de trabalho ao jovem colega Jean Paulo Formenton. Assim, ao contrário do que alguns possam pensar, nenhum desse material é vendido ou cedido aleatoriamente: o destino final é a doação direcionada.

Educar crianças, adolescentes e jovens através do Sistema Preventivo da Educação, visando o exercício da cidadania, formação humana, vivência de valores éticos, religiosos e solidários, envolvendo as famílias. Esta é a principal missão dos Salesianos salesianos300São Carlos, que tem no Padre Marcos Roberto Sabino o responsável pela gestão administrativa da entidade. Para ele, a intervenção do IFSC-USP tem sido importante, pois o trabalho que a entidade faz junto aos mais necessitados absorve quase todos os recursos que ela consegue angariar, nomeadamente através da realização de festas comunitárias, bazares para venda roupa, etc.: Tudo que o Instituto de Física de São Carlos nos dá é aproveitado e as mãos hábeis de alguns de nossos profissionais conseguem transformar peças usadas em novas, comenta o Padre. Um desses profissionais é Moisés Dias do Pinho (50), fiel funcionário da área de manutenção predial dos Salesianos São Carlos: É um prazer imenso poder reconstruir ou recuperar coisas que vão servir para a entidade. Antes de começar a recuperar, faço sempre uma seleção prévia do material, como mesas, cadeiras e armários, e aí começo a trabalhar. A maior parte do material eu recupero, sobrando apenas algumas ferragens que são aproveitadas para a reciclagem. Aqui, não deixamos perder nada, pontua Moisés. Quanto aos computadores usados, a imaginação, técnica, conhecimento e destreza dominam as mãos de quem transforma dois equipamentos em um, colocando-o ao serviço dos frequentadores de um espaço que atende diariamente largas centenas de jovens com idades compreendidas entre os 7 e os 17 anos de idades, já para não falar de uma comunidade de internos permanentes que ronda as 35 crianças.

newton300Outro exemplo é o Nosso Lar, entidade também localizada em São Carlos e que mantém uma parceria com a USP e o SENAC, desenvolvendo o projeto Reciclatesc, conforme explica Newton de Almeida Silva (49), Coordenador Operacional: Desenvolvemos, através do Nosso Lar, todo um processo de reciclagem de material eletroeletrônico, principalmente informático, que recebemos das instituições com as quais mantemos essa parceria. Aí, desmontamos tudo, selecionamos os materiais por tipologias, separamos tudo que é considerado lixo eletrônico e vendemos diretamente a duas empresas certificadas: a VERTAS, certificada pela SETESB, e a ULTRAPOLO, certificada pelo Rio de Janeiro. Com o dinheiro apurado dessas vendas conseguimos investir em materiais necessários para

nossolar300

o Nosso Lar, por forma a garantirmos a continuidade de prestação de serviços às nossas crianças. Quanto aos produtos que são aproveitados dessa separação, uma pequena, mas entusiasta equipe, consegue recuperar quase todos, transformando-os em novos computadores que são doados a outras instituições de solidariedade social, ou aproveitados para uso próprio da instituição. Segundo Newton, todo esse trabalho resulta em benefícios sociais e ambientais, que são a base dos compromissos assumidos na parceria: A USP, e nomeadamente o IFSC, foram os primeiros parceiros que tivemos, mesmo antes de ser instituído o nosso programa. Suas ações têm sido exemplares, enviando para nós todo o tipo de material que, após seleção e montagem, são doados a ONG’s e a instituições da periferia que se dedicam a apoiar os jovens mais carentes. Só para se ter uma ideia do trabalho que foi desenvolvido ao longo do tempo pela Reciclatesc, desde 2012 e até o presente momento foram doados cerca de 200 computadores recuperados pela instituição.

Outra instituição com mais de trinta anos de existência e sjose2-300com a qual o IFSC mantem uma profícua e sólida parceria é a Igreja em S. José, que tem como responsável, desde há cinco anos, o Pastor Gilberto de Lima (46), nascido e criado em São Carlos. Exercendo sua atividade de evangelismo junto de jovens dependentes químicos e de outros grupo de risco, a Igreja já conseguiu recuperar cerca de trinta jovens que hoje fazem parte integrante da comunidade evangélica. O IFSC tem contribuído com a doação de muito mobiliário, computadores, monitores e diversos outros equipamentos, sendo que a última doação foi o conjunto de cadeiras que fazia parte do Anfiteatro Azul, localizado no edifício do LEF-IFSC (antes de sua recente recuperação): Foi uma dádiva de Deus, como têm sido todas as outras doações do Instituto de Física de São Carlos, salienta o Pastor Gilberto: VALE300Com estas ações, temos conseguido melhorar toda a estrutura física da Igreja, adquiri novos materiais e tornar o espaço digno para quem acolhemos, para todos aqueles que são o foco de nosso trabalho. Com isso, conseguimos, incrementar nossos cultos de domingo, nossas reuniões com jovens, as aulas de música e o entusiasmo de fazermos cada vez mais e melhor o nosso trabalho de rua junto aos grupos de risco, pontua o Pastor.

Danilo é um dos jovens que não esconde seu contentamento e admiração pelo trabalho que a Igreja vem fazendo e com a melhoria de suas infraestruturas: Comecei no crime aos 14 anos e desde então sempre estive dentro dessa vida de marginal: eu era bandido e praticamente a minha vida se resumia a assaltos, roubos etc.. Comia um pão a cada refeição e a minha companheira era a pistola. Foi então que a Igreja e o Pastor Gilberto apareceram e tudo mudou. Hoje, faço evangelização, falo com os amigos que ainda vivem no crime e tento fazer com que mudem de vida, tento que me sigam até à Igreja. Quando vejo a sala de cultos, tão bonita e apetrechada, só posso dar Graças a Deus por haver ainda gente tão boa, que se preocupa com aqueles que ainda não encontraram o caminho do Bem, pontua Danilo, que em breve conquistará um emprego, após uma vida atribulada, dividida entre o crime e as cadeias.

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Para Ana Micheloni, a sua contribuição para estes resultados resume-se a uma frase: Vale a pena continuar a fazer este trabalho!

Assessoria de Comunicação

25 de abril de 2014

Pesquisador suíço ministra palestra sobre fios e membranas enrugadas

No dia 25 de abril, pelas 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), ocorreu mais uma edição do programa Colloquium diei, desta vez com a participação do Prof. Hans J. Herrmann, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), Suíça, que ministrou o seminário intitulado Fios e membranas enrugadas.

Em sua apresentação, o docente abordou as morfologias e densidades máximas de empacotamento de fios finos confinados em cavidades esféricas. Por meio de simulações e experimentos com fios de nylon, encontram-se fases com estruturas ordenadas e desordenadas, dependendo da tensão acumulada no fio. Os empacotamentos mais densos são encontrados em sistemas grandes com torsões fracos e em sistemas pequenos HANS_HERRMANN-300com torsões fortes. A energia total do sistema é analisada e comparada com cálculos analíticos feitos para modelos de empacotamento de DNA. Em duas dimensões, fios também podem se enrugar em diferentes morfologias que foram apresentadas dentro de um diagrama de fases morfológico.

Os resultados obtidos pelo especialista são baseados em experimentos com fios metálicos e confirmados com simulações usando o método dos elementos discretos. Em sua apresentação o professor também mostrou que durante o processo de empacotamento o número de “loops” cresce com uma lei de potência com expoentes diferentes para cada morfologia.

Além disso, Hans Herrmann observou que a rigidez efetiva do sistema diverge como uma lei de potência quando a densidade máxima é atingida, similar a que acontece com uma membrana enrugada numa cavidade. Por fim, foram discutidas as morfologias de discos delgados e anéis confinados.

Hans J. Herrmann recebeu seu diploma de Física em 1978 e foi pesquisador na Cologne University, onde realizou seu Doutorado. Desde 2006 é docente de Física Computacional de Engenharia de Materiais e diretor do Instituto para Materiais de Construção da ETH. Herrmann também é membro do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza e, atualmente, além de trabalhar em dunas e na Apollonian packings, o pesquisador está investigando as ondas de densidade, fragmentação, estratificação, segregação, compactificação, sedimentação, gases dissipativos, a forma de pilhas de areia, elasticidade não-linear de embalagens e bandas de cisalhamento que inclui micromecanica.

O Instituto Federal de Tecnologia de Zurique foi fundado em 1854 e recebeu seus primeiros alunos no ano seguinte. A partir de 1993, o ETHZ, o École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL) e mais quatro institutos de pesquisa associaram-se no Domínio das Escolas Federais, que é administrado pelo conselho das escolas politécnicas.

Assessoria de Comunicação

25 de abril de 2014

O ensino no Brasil e o papel de seus intervenientes

Numa interessante entrevista publicada este mês de abril na edição nº 99 do Portal do Professor (MEC), o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), Prof. Euclydes Marega Júnior*, faz várias reflexões sobre o ensino no Brasil e aquilo que se espera do envolvimento dos diversos atores em todo esse processo – governo, escolas, universidades, professores, pais e estudantes. Um dos destaques dessa entrevista vai para a importância crescente das Olimpíadas Brasileiras de Física – eventos promovidos anualmente pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) – na identificação de novos valores nacionais.labora1-250

A citada entrevista é abrangente e incisiva, não se resguardando em falsos preconceitos, muito pelo contrário. Começando por abordar a necessidade urgente de uma capacitação contínua dos professores, no sentido de colocá-los em contato permanente com as universidades, o docente defende a existência de condições mínimas nas escolas para o desenvolvimento de atividades experimentais em infraestruturas ideais, tais como bibliotecas e laboratórios de ciências, entre outras. Marega Júnior enfatiza também que, no caso das ciências exatas e particularmente na Física, o atual sistema de ensino restringe-se à metodologia de fazer com que o aluno decore fórmulas, sem introduzi-lo, simultaneamente e principalmente, em ambientes dinâmicos experimentais (iniciação científica) por forma a despertar seu interesse e a aproveitar todas as suas habilidades criativas, no sentido de transformá-lo num profissional inovador. Para o docente do IFSC-USP, investir nesse formato educacional é extremamente benéfico e não é dispendioso, até porque é perfeitamente viável desenvolver experimentos com materiais baratos, inclusive utilizando celulares e outros equipamentos de domínio popular.

Euclydes Marega vai mais longe ao afirmar que os jovens estudantes brasileiros têm a mesma capacidade de aprendizagem que qualquer outro jovem aluno residente nos Estados Unidos, na Europa ou na Ásia, faltando-lhe apenas o apoio que deveria ser dado para o seu desenvolvimento intelectual, algo que as Olimpíadas Brasileiras de Física têm proporcionado: neste quesito, o Brasil deixou para trás sua condição de mero “participante”, ou “espectador”, nas Olimpíadas Internacionais de Física, tendo conquistado rapidamente um lugar de verdadeiro competidor candidato a medalhas de ouro e prata. Tudo isso poderá proporcionar o EUCLYDES_MAREGA_JR-325surgimento de novas vocações científicas a partir do ensino básico, caso haja uma aposta séria nesse sentido. Para Euclydes Marega, o Brasil tem que jogar para trás das costas algum complexo de inferioridade que ainda carrega, parar de reclamar e juntar esforços para iniciar uma verdadeira educação coletiva, com responsabilidades partilhadas entre seus principais atores – governos, escolas, universidades, professores, pais e alunos, caso contrário (…) o Brasil continuará a ter ilhas de excelência num mar de mediocridade (…).

No caso concreto do Instituto de Física de São Carlos (USP), Marega afirma que a Instituição, assim como algumas outras que se encontram cimentadas no vértice superior da pirâmide educacional do País, tem trabalhado incansavelmente ao longo dos últimos anos nessa direção, promovendo inúmeros programas e iniciativas dedicadas a jovens alunos e professores dos ensinos fundamental e médio, ações essas que, todavia, são isoladas e insuficientes para o que se pretende, de fato. E, se alguém ainda tem dúvidas quanto à importância da Física no contexto mundial, assumindo-se como uma saída efetiva para o competitivo mercado de trabalho global altamente qualificado, basta consultar o recente estudo realizado e publicado pela conceituada revista FORBES, que aponta essa área como uma das vinte carreiras mais promissoras nos Estados Unidos, até 2020, classificando-a na 14ª posição.

Para reflexão, vale a pena conferir, na íntegra, a entrevista que o Prof. Euclydes Marega Júnior concedeu ao Portal do Professor, clicando AQUI.

*O Prof. Euclydes Marega Júnior é Coordenador Nacional da Olimpíada Brasileira de Física (OBF) e coordenador da Olimpíada Brasileira de Física nas Escolas Públicas (Obfep) no Estado de São Paulo. É professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) e professor visitante da University of Arkansas (EUA). Bacharel em física e doutor em física básica, no campo de física atômica e molecular, Euclydes Marega Júnior exerce, desde 2003, a função de líder da equipe brasileira na Olimpíada Internacional de Física.

Assessoria de Comunicação

24 de abril de 2014

Macromolecular Crystallography School

Terminou, no dia 16 de abril, o curso Macromolecular Crystallography School: From data processing to structure refinement and beyond, a terceira edição de um evento dedicado à Cristalografia Macromolecular na América Latina, este ano organizado pelo Instituto de Física de São Carlos, conjuntamente com o CCP4 – um projeto de trabalho computacional que está se desenvolvendo no Síncrotron Diamond, (Diamond Light Source), em Oxfordshire, Reino Unido -, que tem como uma de suas missões coordenar os esforços de diferentes grupos em cristalografia macromolecular, colocando um sistema de programa abrangente para a schoolgraf300resolução e validação de estruturas de proteínas e ácidos nucleicos.

Esta escola, realizada pela primeira vez no Brasil e com a duração de uma semana, foi organizada pelos Profs. Drs. Eduardo Horjales e Richard Garratt, pesquisadores do IFSC-USP, por Ronan Keegan e Garib Murshudov, do Collaborative Computational Project No. 4 (CCP4), e Alejandro Buschiazzo, do Instituto Pasteur de Montevideo, Uruguai. O evento foi especialmente voltado para alunos de doutorado, pós-doutorado e jovens cientistas, com uma programação essencialmente composta por palestras, resolução de problemas e tutoriais envolvendo o processo de dados de difração, fase e estrutura de determinação e modelos refinados de validação.

Para entender um pouco mais sobre os objetivos e a importância deste curso, é fundamental salientar que a determinação da estrutura dessas macromoléculas tem sido, desde o começo do século XX, um dos alvos fundamentais da bioquímica e de outras áreas relacionadas à biologia. De fato, a metodologia desenvolveu-se a partir da cristalografia de pequenas moléculas, através do descobrimento dos Raios-X, no final do séc. XIX, mas sua aplicação em macromoléculas com tamanho superior a mil átomos não foi possível até à obtenção da primeira estrutura de uma proteína, fato que aconteceu no ano 1959.

Comemora-se, portanto, cinquenta e cinco anos de cristalografia de macromoléculas, e nesse período de tempo houve a necessidade de se aumentar a abrangência através de um grande conjunto de problemas que, em suma, coincidem com todos os problemas relacionados com a biologia. A estrutura dessas macromoléculas é o que permite – pela primeira vez na história da humanidade – que exista uma metodologia relacionando química, física e biologia. As posições dos átomos no espaço são as que determinam as interações dessas moléculas com outras interações biológicas e isso está guiado pela física.

Esse tipo de interação vai determinar as leis da biologia e, pela primeira vez, ele deixa de ser uma questão tabu, para ser parte integrante da física, química e das ciências naturais, em geral. Assim, no período que coincidiu com a morte de Giordano Bruno (Séc. XVI) – acusado de panteísmo e queimado vivo por defender a doutrina da infinidade do Universo e por concebê-lo não como um sistema rígido de seres, mas como um conjunto que se transforma continuamente -, o que os biólogos pretendiam era compreender os acontecimentos da biologia: por isso, tal como Bruno, todos eles eram duramente perseguidos porque as distâncias compreendidas entre a biologia, física, química e as ciências, que estudavam a natureza inanimada, era muito grande. Agora, passados que são esses cinquenta e cinco anos, os cientistas conseguiram quebrar essas distâncias, unificando química, física e biologia em uma consequência científica para o mundo, descobrindo, simultaneamente, como os seres vivos se comportam dentro dele. Isto é a base do entendimento relacionado com a cristalografia macromolecular.

Para o Prof. Dr. Eduardo Horjales (IFSC-USP), além da cristalografia de macromoléculas, existe apenas outro método para a determinação de estruturas, que é a ressonância magnética. Não existem outros métodos para a determinação de estruturas de macromoléculas. Portanto, a importância da cristalografia de proteínas de ácidos nucleicos é fundamental para alcançar essa meta.

Os antecedentes

A partir de 1959, surgiram e desenvolveram-se – principalmente no designado primeiro mundo – grupos de cristalografia de macromoléculas, sendo que os investimentos feitos nessa área sempre foram muito elevados, principalmente no início. Devido a esse horjales300desenvolvimento, a atitude colaborativa entre os vários grupos tem sido bastante forte, contando com uma total disponibilidade dos equipamentos existentes, independentemente do local onde os cientistas desenvolvem seus trabalhos: atualmente, esse ciclo apresenta-se cada vez mais forte. Todos os grandes aceleradores de partículas existentes no mundo (Síncrotrons) – incluindo o do Brasil, que se localiza em Campinas (SP) – são disponibilizados dentro dessa filosofia de acesso total. Já na parte computacional, o CCP4 tem contribuído com um projeto de computação integrador de vários programas feitos em diversas partes do mundo. Assim, foi criado um grupo de inúmeros pesquisadores que trabalham em computação e que criam um sistema de programas para trabalhar os dados experimentais em cristalografia de proteínas. Esses pesquisadores são os que chegaram a este projeto, no intuito de promover um curso anual, que já está na terceira edição – a primeira foi na capital do Uruguai, Montevideo -, com a perspectiva de poderem ir mais longe, como explica Horjales: Nesta edição realizada no Instituto de Física de São Carlos, todos os participantes defenderam a necessidade de continuar a fazer este curso anualmente na América Latina, a partir de agora intercaladamente, em Montevideo e em São Carlos (IFSC-USP), naquilo que posso considerar um esforço importante destinado a desenvolver a cristalografia macromolecular na América Latina, através da iniciativa tanto dos grupos de cristalografia mais fortes, sediados no nosso continente, quanto dos pesquisadores do projeto CCP4. Eles dão, anualmente, cursos similares na Europa, EUA, Ásia e Oceania e agora abrirão esta janela abrangente no nosso vasto continente. É um esforço muito grande em prol do desenvolvimento da cristalografia de proteínas, para que um grupo de pessoas possa dar cinco cursos por ano, com nove dias de duração cada um.

Com a realização deste curso e com a abnegação e trabalho de seus integrantes, a América Latina tem agora todas as condições para desenvolver tecnologias em várias áreas, como, por exemplo, na de medicamentos, mas todas elas intimamente associadas à técnica de determinação de estrutura.

Quanto ao Macromolecular Crystallography School: From data processing to structure refinement and beyond, que ocorreu no IFSC-USP, o fato mais importante foi que todos os pesquisadores participantes têm uma sólida formação em química, física, matemática e computação, o que propiciou que a organização selecionasse, como público-alvo para o evento, estudantes de pós-graduação com projetos na área de cristalografia de macromoléculas, ou pesquisadores jovens: Eles foram escolhidos com a ideia de que alguns deles possam desenvolver cristalografia e fortificar projetos de sistemas. Então, essa diversidade permitiu que pudéssemos escolher vinte e cinco pessoas – vinte e duas oriundas da América Latina e três de outras partes do mundo – para gerar intercâmbios, explica Horjales, salientando que a ideia central é que esses jovens possam desenvolver a cristalografia e aumentar os contatos entre os grupos de cristalografia de macromoléculas que existem na América Latina: Recebemos cinquenta e seis solicitações de participação no curso, mas tivemos que limitar a vinte e cinco participantes devido à quantidade de equipamentos disponíveis. Recordo que a edição anterior contou com vinte inscritos. A ideia é justamente que, com este ritmo de crescimento de inscrições, o desenvolvimento da cristalografia de proteínas cresça igualmente de forma exponencial, complementa Horjales.

Através dos diálogos, da troca de opiniões e dos comentários obtidos durante o curso, a organização do evento irá fazer uma avaliação global no sentido de lançar outras discussões já na próxima edição do evento, que ocorrerá em 2015, na cidade de Montevideo.

O sucesso deste curso também se deve aos patrocínios e apoio recebidos. O CCP4 pagou as passagens da maioria dos professores, enquanto a União Internacional de Cristalografia (IUCR) se responsabilizou pelas despesas com as viagens de alguns professores, bem como de algumas diárias de participantes. Foram também indispensáveis os apoios financeiros da FAPESP, CNPq, CAPES e do CBEM – Centro de Biologia Estrutural do MERCOSUL, organização criada entre os grupos de cristalografia de proteínas do MERCOSUL, que recebe apoio dos governos do bloco e que conseguiu financiar uma boa parte das despesas relativas ao curso.

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Integraram o grupo de palestrantes e tutores, os seguintes docentes e pesquisadores: Alejandro Buschiazzo (Uruguai), Kay Diederichs (Germany), Paul Emsley (Reino Unido), Richard Garratt (Brasil), Ronan Keegan (Reino Unido), Eugene Krissinel (Reino Unido), Victor Lamzin (Alemanha), Andrey Lebedev (Reino Unido), Andew Leslie (Reino Unido), Garib Murshudov (Reino Unido), Robert Nicholls (Reino Unido), Navraj Pannu (Holanda), Randy Read (Reino Unido), Andrea Thorn (Reino Unido) e Isabel Uson (Espanha).

Assessoria de Comunicação

23 de abril de 2014

Projeto Novas Perspectivas Terapêuticas na Obesidade: Uma Nova Realidade

No último dia 23 de abril, pelas 12h50, no Anfiteatro Horácio C. Panepucci (IFSC-USP), o docente Antonio Eduardo de Aquino Junior (doutorando da UFSCar) apresentou o seminário Projeto Novas Perspectivas Terapêuticas na Obesidade: Uma Nova Realidade, evento organizado pelo Grupo de Óptica do IFSC.

ANTONIO_EDUARDO_JR-300Em sua palestra, o doutorando abordou as novas perspectivas terapêuticas voltadas à obesidade, doença inflamatória subclínica crônica que hoje é considerada a epidemia do novo século.

Atualmente, no Brasil, cerca de 50% da população se encontra nos níveis de sobrepeso e obesidade. Estes valores cada vez mais crescentes, condicionados pela ingestão de alimentos calóricos, pouca atividade física e “carinhosamente acomodados” pela tecnologia que temos à disposição, são alguns fatores que sem dúvida contribuem para o crescente número desta doença.

O projeto Novas Perspectivas Terapêuticas na Obesidade teve como objetivo transladar uma metodologia utilizada com sucesso em trabalho experimental para um formato clínico. Após seis meses de estudo, foi possível constatar essa possibilidade e transformá-la em certeza: um novo tratamento para a obesidade, o qual se associa exercício e fototerapia é possível.

Antonio Eduardo de Aquino Junior, que possui graduação em Educação Física, Especialização em Fisiologia e Mestrado em Biotecnologia, todos pela Universidade Federal de São Carlos, tem experiência nas áreas de educação física, fisiologia do exercício, metabolismo, pesquisa, treinamento, esportes coletivos, fototerapia e obesidade, atuando principalmente nos seguintes temas: esportes coletivos, obesidade e pesquisa experimental. Atualmente é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UFSCar.

Assessoria de Comunicação

23 de abril de 2014

Cursos online de Inglês, Espanhol e Chinês

Estarão abertas, entre os dias 05 e 23 de maio, as inscrições para os cursos online de Inglês,idiomas200r Espanhol e Chinês, todos em nível básico A1, promovidos pela UNIVERSIA – AUCANI IDIOMAS, através da Agência de Cooperação Nacional e Internacional da USP, direcionados à comunidade da Universidade de São Paulo – alunos de graduação e pós-graduação, docentes e funcionários.

Todas as informações relativas aos citados cursos poderão ser obtidas nos editais cujos links que se encontram abaixo correspondem ao site da Agência USP Internacional:

CURSO DE INGLÊSCURSO DE ESPANHOL CURSO DE CHINÊS

Além disso, vídeos de demonstração dos cursos de Inglês e Espanhol, ambos de autoria da UNIVERSIA, gestora do curso, poderão ser acessados, clicando AQUI

Para obter informações complementares, envie e-mail para aucani.idiomas@usp.br

Assessoria de Comunicação

21 de abril de 2014

Pesquisador do IFSC estuda nova técnica

As técnicas de imagens por Ressonância Magnética (IRM) são bem difundidas e já utilizadas há algum tempo (cerca de 30 anos) por diversos profissionais da saúde.O fenômeno físico que dá origem a essas imagens se baseia na interação do núcleo atômico com campos magnéticos muito intensos, dando origem a imagens bi ou tridimensionais que auxiliam na identificação de anormalidades ou doenças presentes no organismo.

Crebro-1Com a popularização e, sobretudo, estabelecimento da técnica de IRM como uma ferramenta clínica, seu aprimoramento veio com o passar dos anos e uma das técnicas “derivadas” foi a Arterial Spin Labeling (ASL), que consiste na utilização de propriedades da água presente no sangue como um traçador capaz de fornecer informações sobre o fluxo sanguíneo. “Qualquer técnica que mede o fluxo sanguíneo no organismo utiliza um ‘traçador’, substância inserida nas artérias do organismo, que o carregam para uma região de interesse. O traçador, por sua vez, fornece informações sobre o caminho percorrido pelo sangue e um modelo é criado para explicar esse fluxo”, explica o docente do Centro de Imagens e Espectroscopia In Vivo por Ressonância Magnética (CIERMag) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e estudioso da técnica de ASL, Fernando Fernandes Paiva.

Dependendo da técnica utilizada, os traçadores podem ser difusíveis, intravasculares, microesferas etc. No entanto, independente de qual seja, alguma substância é injetada no paciente, diferente da Arterial Spin Labeling que, como já mencionado, utiliza como traçador somente a água já presente no sangue do organismo, tornando o processo bem menos agressivo ao corpo. “Na técnica tradicional de IRM, utiliza-se um contraste, o gadolínio, para se obter as imagens de perfusão. Embora seja bastante seguro na maior parte dos casos, em alguns específicos a utilização do gadolínio como agente de contraste é contraindicada *. Com a ASL aproveita-se o fato de que o sangue contém bastante água e é feita uma marcação magnética nos núcleos que compõe a água presente no sangue”, elucida o docente.

Sem a injeção de nenhuma substância, a Arterial Spin Labeling usa uma combinação de pulsos de radiofrequência com gradientes de campo para introduzir uma diferenciação na magnetização do sangue que flui para o cérebro. Essa marcação é feita, em geral, na região do pescoço ou abaixo da região de interesse [cérebro]. “Essa diferenciação perdura por um determinado tempo, que é curto, mas suficiente para que o sangue chegue ao cérebro. Nesse momento, na imagem que fazemos do cérebro, aparecerá um sinal alterado proporcional a porção de sangue marcado que atinge o cérebro”, explica Fernando. “No cérebro circula tanto sangue desoxigenado quanto sangue arterial, este oxigenado. Nosso interesse é medir, somente, a quantidade de sangue oxigenado que, por sua vez, é o que carrega nutrientes ao tecido cerebral. Se uma pessoa apresenta algum problema neurovascular, pode não ser possível defini-lo, mas com certeza saberemos que ele existe a partir da análise das alterações no fluxo sanguíneo cerebral** “.

Para saber o real estado perfusional*** do cérebro, são feitas duas imagens da região cerebral de interesse: uma sem que tenha sido realizada a marcação do sangue arterial e outra na qual a diferenciação tenha sido introduzida. Comparando-se as duas imagens e subtraindo-se uma da outra, só restará o efeito causado pelo sangue marcado. De acordo com Fernando, já existe um modelo matemático que prevê o quanto a alteração no sinal de IRM está associado ao chamado fluxo sanguíneo cerebral (CBF, na sigla em inglês). “Atualmente, em São Carlos, esses testes são feitos somente em animais, mas já temos a colaboração de duas Instituições**** que realizam experimentos com humanos”, conta Fernando.

Fernando_Paiva-7No CIERMag, Fernando e seus colaboradores trabalham no aprimoramento da ASL. “A técnica, proposta na década de 90, apresenta ainda algumas limitações que impactam na aplicação clínica da mesma. O que nosso Grupo tem feito de inovador é sanar algumas dessas limitações nas implementações atuais com o intuito de possibilitar sua aplicação na avaliação de pacientes em ambientes clínicos. Exemplo disso é nosso trabalho recente que objetiva viabilizar a aplicação da metodologia em pacientes com doenças neurovasculares que retardam a chegada do sangue ao cérebro, como é o caso da estenose de carótida. Estamos trabalhando em modificações das versões atuais para que a técnica seja sensível a diferentes velocidades de fluxo, inclusive às mais baixas”.”, conta.

De acordo com Fernando, outro aspecto importante é o fato de essa técnica possibilitar que medidas consecutivas sejam feitas sem nenhum efeito colateral para o paciente. “Por se tratar de um técnica completamente não invasiva, análises longitudinais podem ser feitas sem nenhum risco ao paciente. Isso torna a técnica importante principalmente para avaliação de doenças que progridem rapidamente e demandam um controle clínico com alta periodicidade, como é o caso de alguns tumores cerebrais mais agressivos”.

Outra frente de estudo do docente diz respeito à seletividade da técnica. Uma implementação proposta por Fernando possibilita a medida seletiva de perfusão sanguínea cerebral, sendo possível mapear regiões específicas irrigadas por artérias individuais específicas, o que permite compreender melhor o impacto de cada uma das artérias na perfusão cerebral.

Atualmente, os principais fabricantes de equipamentos de Ressonância Magnética já disponibilizam, pelo menos, uma das implementações da técnica ASL. Para adesão, basta adquirir uma licença de uso, podendo-se, portanto, continuar a utilizar equipamentos de imagem por ressonância magnética já existentes. Seria óbvio dizer que isso não é de interesse das empresas produtoras dos agentes de contraste utilizados atualmente.. Além disso, alguns médicos ainda são resistentes ao uso da nova técnica, uma vez que se altera a maneira de interpretação das imagens fornecidas por esses exames. Porém, mesmo com estes e outros “entraves”, Fernando acredita que em cinco anos já seja possível uma maior adesão e popularização da técnica. “É só uma questão de tempo”, afirma.

*Esse tipo de exame pode trazer problemas para mulheres grávidas, lactantes e pacientes renais crônicos

**Algumas das doenças associadas ou causadoras de alterações na perfusão sanguínea cerebral: Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumores intracranianos, Doença de Alzheimer e epilepsia

***Perfusão é o mecanismo pelo qual os nutrientes são transportados ao tecido através do fluxo sanguíneo

 ****Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) e Instituto D’Or dePesquisa e Ensino (IDOR), no Rio de Janeiro

Assessoria de Comunicação

17 de abril de 2014

Inscrições até 23 de abril

Estão abertas até 23 de abril as inscrições para o concurso “Acelera Startup“, uma iniciativa do Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), e que selecionará os 150 melhores negócios do país com o objetivo de financiá-los.

O evento ocorrerá nos dias 7 e 8 de maio, em São Paulo (SP), e tem como objetivo principal fomentar o empreendedorismo e inovação, atraindo o maior número de participantes e de investidores-anjo* para negócios.

O “Acelera Startup” é um evento gratuito e tem como principal público-alvo jovens empreendedores. Aqueles que tiverem seus projetos selecionados poderão receber verbas de até R$1,5 milhão.

Para se inscrever no evento e/ou obter maiores informações, acesse http://www.fiesp.com.br/acelera

*pessoa física ou empresa disposta a dar aporte financeiro para outras pessoas físicas ou empresas iniciantes

Assessoria de Comunicação

17 de abril de 2014

Novo instrumento mede pressão intracraniana através de método não-invasivo

Uma equipe de cientistas liderada pelo Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) desenvolveu um sensor que, de forma não-invasiva, consegue medir as oscilações verificadas na pressão intracraniana de pacientes propensos a esse tipo de anomalias. O desenvolvimento desse novo instrumento também levou a que a bissecular teoria de Monro-Kellie fosse colocada em causa.

De fato, a citada teoria indicava, até agora, que o interior do crânio é formado por três componentes principais, a saber: sangue, fluido e parênquima, e que o aumento no volume de um desses componentes poderia aumentar também a pressão intercraniana (PIC)), mas dando como certo, por outro lado, que o crânio não se expande após o fechamento das fontanelas (as conhecidas moleirinhas).

Através de experimentos realizados (in vitro e in vivo) pela citada ipc200equipe, já publicados na conceituada revista científica Acta Neurochirurgica, ficou comprovado que, mesmo em crânios adultos, se verificam alterações volumétricas como consequência de variações da pressão intracraniana.

O novo instrumento desenvolvido pela equipe de cientistas é constituído por um sensor que, grudado em uma das áreas parietais do crânio (sobre o cabelo), detecta as mais leves deformações que eventualmente ocorram no perímetro craniano de pacientes vítimas, por exemplo, de traumatismos cranianos e tumores, sem a necessidade de perfuração: por sua vez, esse sensor é conectado a um sistema de monitoramento que foi especialmente desenvolvido para esse efeito e que mede as oscilações.

Além do Prof. Sérgio Mascarenhas, a equipe de pesquisa foi constituída pelos Profs. Benedito Oscar Colli, Carlos Gilberto Carlotti Júnior e K. Tanaka (FMRP – USP), Keico Okino Nonaka, Luíz Eduardo Damiano (aluno doutorado) e Charles Chenwei Wang (UFSCar), e ainda Wilson Seluque, do Departamento de Engenharia Biomédica – Hospital das Clínicas – Ribeirão Preto (USP).

Para acessar o artigo original, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

16 de abril de 2014

Pioneiros da Física Médica no Brasil

No próximo dia 25 de abril, sexta-feira, às 14 horas, o Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) promoverá mais um evento da série “Pioneiros da Física Médica no Brasil”.

A abertura será realizada pelo docente da FFCLRP, Marcelo Mulato, e será seguida pela palestra “Avanços Tecnológicos em Radioterapia”, que será ministrada pelo docente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Carlos Eduardo de Almeida.

Logo após, o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Sérgio Mascarenhas, fará a entrega do Prêmio Janus* ao docente do Instituto de Física (IF/USP), Shigueo Watanabe.

Finalmente, para encerrar as atividades, os docentes do Departamento de Física da FFCLRP, Thomas Ghilardi Netto e Oswaldo Baffa, darão seus depoimentos a respeito da carreira de físico e sobre a importância do professor Watanabe para o desenvolvimento da física médica no Brasil.

Os interessados em participar do evento deverão fazer sua inscrição através do link http://www.iearp.blogspot.com.br/2014/04/pioneiros-da-fisica-medica-no-brasil.html ou pelo telefone (16) 3602-0368(16) 3602-0368. A inscrição é gratuita.

* prêmio concedido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP) Polo São Carlos a personalidades do meio científico

Assessoria de Comunicação

16 de abril de 2014

Fundación Botín e Santander Universidades

A Fundación Botín e o Santander Universidades abriram editais para a concessão de bolsas, com inscrições abertas a partir do próximo mês de maio. As informações relativas às citadas bolsas podem ser obtidas nos links abaixo, todos eles direcionados para a Agência USP de Cooperação Nacional e Internacional.globes-200

Desta forma, até o dia 5 de maio, estarão abertas inscrições para o EDITAL 407/2014  – Bolsas Fundación Botín para Fortalecimento da Função Pública na América Latina, programa intensivo de formação de oito semanas na Espanha e nos Estados Unidos, para alunos de graduação.

Por outro lado, até dia 11 de maio estarão abertas inscrições para o EDITAL 411/2014Programa de Bolsas Ibero-Americanas – Santander Universidades, para intercâmbio de alunos de graduação em universidades da Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, México e Uruguai.

Até dia 11 de maio, estarão abertas inscrições para o EDITAL 412/2014Programa de Bolsas Universidad Autónoma de Madrid (UAM) – Santander Universidades, para intercâmbio de alunos de graduação na Universidad Autónoma de Madrid, Espanha.

Já até dia 18 de maio, estarão abertas as inscrições para o EDITAL 410/2014Programa de Bolsas Luso-Brasileiras – Santander Universidades, para intercâmbio de alunos de graduação na Universidade de Coimbra, Universidade de Lisboa – Instituto Superior Técnico (IST), Universidade Nova de Lisboa e Universidade do Porto.

Finalmente, até o dia 25 de maio estarão abertas inscrições para o EDITAL 405/2014Programa Top Espanha – Santander Universidades, programa de três semanas para aprimoramento do idioma e cultura espanhola na Universidad de Salamanca, para alunos de graduação.

Assessoria de Comunicação

15 de abril de 2014

Novas pistas sobre a origem do Universo

Segundo o modelo padrão da cosmologia, há cerca de 13,7 bilhões de anos todo o Universo que observamos estava concentrado numa região de tamanho praticamente nulo, com densidade e temperatura absurdamente altas, a partir da qual começou a se expandir. Esse é o chamado Big Bang. Nas primeiras centenas de milhares de anos após o Big Bang, a temperatura do Universo ainda era tão alta que a radiação não permitia que os elétrons, constantemente absorvendo e emitindo radiação, se ligassem aos prótons: a matéria existente encontrava-se na forma ionizada. Com isso, a radiação, sendo a todo momento absorvida e emitida, mal conseguia se propagar.

Big_bang_explosionConforme o Universo foi ficando mais velho, ou seja, 380 mil anos após o Big Bang, graças à sua expansão, sua temperatura ficou, também, mais baixa, possibilitando que os elétrons, até então dispersos, combinassem-se com os prótons, também livres, e formassem os primeiros átomos de hidrogênio. “Costumamos explicar que, a partir de então, o Universo começa a ficar transparente e a luz, por sua vez, passa a se propagar a distâncias cada vez maiores”, explica o docente do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Daniel Augusto Turolla Vanzella.

Essa transição em que o Universo passou da condição de opaco (luz interagindo o tempo todo com a matéria) para transparente (luz se propagando livremente) chama-se “desacoplamento”. “Estamos constantemente recebendo essa radiação de quando o Universo tinha apenas 380 mil anos”, explica Daniel. “Chamamos essa radiação eletromagnética específica de ‘radiação cósmica de fundo’, que serve de base aos cosmólogos para estudar algumas propriedades do Universo”.

Estudar a radiação cósmica de fundo é olhar para o passado, já que se trata de uma radiação que viajou pelo Universo por quase 13,7 bilhões de anos para chegar até nós e pode fornecer aos estudiosos da área muitas pistas sobre o Universo, quando este tinha, apenas, alguns milhares de anos. “Estudando-se os detalhes dessa radiação, é possível conseguir pistas até mesmo antes dos 380 mil anos. Algumas propriedades da região opaca do Universo ficaram ‘impressas’ nessa radiação que chega até nós. Isso significa dizer que se pode ter pistas sobre fenômenos muito próximos à própria origem do Universo”, afirma Daniel.

A grande novidade

Uma das propriedades da radiação cósmica de fundo é polarização, conceito utilizado para descrever, basicamente, como o campo elétrico dessa radiação oscila. Quando se olha para o céu, por exemplo, é possível se medir como o campo elétrico dessa radiação cósmica de fundo vibra em direções específicas. Podemos, então, construir um mapa que a cada ponto de observação do céu mostra a direção preferencial em que o campo elétrico da radiação cósmica de fundo, vinda daquele ponto, está vibrando.

Mas qual a origem dessa polarização da radiação cósmica de fundo? “A radiação, no período em que o Universo era opaco, praticamente não é polarizada, ou seja, seus campos elétricos vibram aleatoriamente em todas as direções possíveis”, explica Daniel. “Mas, à medida que o Universo vai ficando transparente e a radiação consegue se propagar por distâncias cada vez maiores, eventualmente radiações provenientes de diferentes regiões, com temperaturas ligeiramente diferentes, podem ser ‘espalhadas’ em nossa direção, combinando-se. A pequena diferença de temperatura entre as regiões que originaram essas radiações no desacoplamento pode conferir à radiação combinada espalhada uma sutil polarização. E o padrão dessa polarização, isto é, como ela muda de ponto a ponto no céu, está relacionada com o padrão de inomogeneidades durante o desacoplamento”.

A existência dessas inomogeneidades na temperatura da radiação cósmica de fundo já havia sido observada pelo satélite COBE (sigla de Cosmic Background Explorer), lançado em 1989, e essa descoberta rendeu o prêmio Nobel de Física de 2006 a George Smoot, pesquisador da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA). Mas o efeito dessas inomogeneidades sobre a polarização da radiação só foi medido agora, pelo experimento BICEP (sigla de Background Imaging of Cosmic Extragalactic Polarization), localizado próximo ao Polo Sul.

BICEPMas qual a importância de se medir esse efeito secundário, considerando que as próprias inomogeneidades já haviam sido observadas? Daniel explica que as inomogeneidades na temperatura da radiação cósmica de fundo estão associadas a ondas se propagando na época do desacoplamento, quando essa radiação foi emitida. Essas ondas podem ser basicamente de dois tipos: as chamadas ondas escalares e ondas tensoriais. “O problema é que olhando apenas para o perfil de inomogeneidades não é possível discernir a contribuição isolada de cada um desses tipos. Mas cada um desses tipos produz um padrão de polarização diferente: ondas escalares produzem apenas os chamados ‘modos E’ de polarização, enquanto que as ondas tensoriais produzem tanto ‘modos E’ quanto os chamados ‘modos B’. Daí a utilidade de se medir esse efeito secundário das inomogeneidades sobre a polarização da radiação cósmica de fundo”, exemplifica o docente.

Os resultados do BICEP mostraram a presença de uma pequena contribuição dos ‘modos B’ na polarização da radiação cósmica de fundo (vide figura). Isso comprova que, embora a maior parte das inomogeneidades na época do desacoplamento seja devida a ondas escalares – que são como “ondas sonoras” –, uma pequena parte é devida às ondas tensoriais, o que prova que ondas tensoriais – que são comumente associadas a ondas gravitacionais – de fato estariam presentes na época do desacoplamento.

O período inflacionário

Mas qual a origem dessas ondas? De acordo com uma equipe de físicos liderada por John Kovac, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (EUA), um dos coordenadores do experimento BICEP, essas ondas teriam sido geradas durante o chamado “período inflacionário do Universo”. Esse período, apesar de não ter a idade do Universo, é apenas 10-35 segundos mais novo. “O Universo, se foi originado como explicam as teorias, passou, logo no começo, por uma fase de expansão muito rápida e acredita-se que as ondas gravitacionais tenham sido geradas logo nesse início”, explica Daniel. “Se for comprovada a interpretação dessas ondas tensoriais observadas como sendo as ondas gravitacionais geradas no período inflacionário, esse seria o maior destaque da pesquisa realizada por Kovac. Ao contrário da radiação eletromagnética, que não conseguia se propagar livremente antes do Universo ter 380 mil anos, as ondas gravitacionais se propagam livremente desde os primeiros instantes de vida do Universo. Se a interpretação dos pesquisadores estiver correta, poderemos, agora, obter informação mais direta de datas muito próximas à própria origem do Universo”.

Ele conta que há, ainda, uma outra consequência caso o resultado obtido pela equipe de Kovac seja comprovado: um forte indicativo de que a gravitação de fato deve ser descrita por uma teoria quântica, uma vez que a maneira como as ondas gravitacionais são produzidas no período inflacionário depende da presença de “flutuações quânticas” do campo gravitacional.

BICEP_2Embora aparentemente revolucionária, a descoberta de Kovac e sua equipe ainda não é capaz de trazer certeza sobre nenhuma das interpretações acima acerca da origem dessas ondas tensoriais, mas gera fortes indícios de que elas estejam corretas. Há, inclusive, rumores de que tal pesquisa arremate o prêmio Nobel de Física de 2014. Porém, para que exista uma chance de isso ocorrer, esses resultados deverão ser corroborados por outros experimentos independentes. “Quando foi anunciado que o neutrino se locomovia mais rapidamente do que a luz, mais tarde foi comprovado que não passava de um erro experimental”, relembra Daniel.

Além disso, se a interpretação dessas ondas tensoriais como sendo ondas gravitacionais for comprovada – o que parece bastante razoável –, independentemente de sua origem, o docente afirma que esse já seria um resultado concreto que deve ser comemorado. “A comunidade científica tem feito experimentos na Terra, com grandes equipamentos, tentando detectar as ondas gravitacionais há muito tempo, e até agora não obtivemos nenhum sinal direto delas, pois são muito difíceis de serem detectadas. Se as ondas tensoriais responsáveis pelo padrão de polarização observado forem de fato ondas gravitacionais, essa terá sido a detecção mais direta conseguida até o momento”.

Caso isso realmente ajude a comprovar todos os argumentos já mencionados acima, novas possibilidades de estudo estarão abertas aos pesquisadores da área, tendo-se a chance de descobrir muitos outros fatos interessantes sobre o Universo. Certamente, muitas surpresas ainda virão à tona.

*Legenda para figura (BICEP): Mapa de polarização obtido pelo experimento BICEP, já descontando os chamados “modos E”, sobrando apenas os chamados “modos B”. Os segmentos de reta indicam a direção de polarização da radiação cósmica de fundo proveniente daquele ponto do céu. O padrão “espiralado” em torno dos centros de inomogeneidades (regiões vermelhas e azuis) é o que caracteriza os ‘modos B’. (Imagem: Harvard- Center of Astrophysics)

Assessoria de Comunicação

14 de abril de 2014

O IFSC na competição internacional de Biologia Sintética

No final do ano passado, 10 pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em conjunto com pesquisadores de outras Unidades da USP e universidades do estado*, resolveram montar uma equipe para participar da International Genetically Engineered Machine (iGEM ), competição internacional que reúne estudantes de graduação e pós-graduação de vários países do mundo para apresentar projetos relacionados à biologia sintética, atualmente uma das mais promissoras áreas de estudos para jovens pesquisadores.

Para participar da competição, é preciso que se desenvolva um projeto de pesquisa e, com isso em mente, a equipe em questão uniu seu prévio conhecimento com uma boa dose de criatividade para criar uma noiGEMva ferramenta capaz de diagnosticar a doença renal crônica.

Contextualização do projeto

O panorama geral para o tratamento de hemodiálise ** no Brasil é de escassez. Atualmente, o país conta com 651 unidades para essa finalidade e, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, no ano de 2012, cerca de 100 mil pacientes utilizaram a terapia.

Diante desse quadro, a equipe de estudantes pensou na criação de um biodetector capaz de identificar precocemente problemas renais, evitando assim a evolução da doença para estágios críticos. “Um dos motivos pelos quais isso ocorre é que os exames existentes atualmente são baseados em moléculas biomarcadoras que só começam a apresentar alterações em sua concentração quando as doenças renais já se encontram em estágio avançado”, explica o estudante de graduação do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares do IFSC/USP, Danilo Zampronio.

Atualmente, o principal teste utilizado mede a concentração da proteína Creatinina presente na urina e no sangue. No entanto, nos exames disponíveis até o momento, essa alteração suspeita só é identificada quando o rim já está comprometido, impedindo, portanto, uma reversão no quadro do paciente.

A proposta inovadora

A equipe em questão sugere outro biomarcador já descrito na literatura, para identificação da insuficiência renal crônica, a Cistatina C, proteína que tem sua concentração dependente da alteração da taxa de filtração glomerular. A proposta final dos pesquisadores é coletar amostras de sangue e nelas identificar a concentração dessa proteína. “A Creatinina, biomarcador utilizado atualmente para esse tipo de diagnóstico, apresenta alteração quando a lesão já está instalada, além de depender de alguns fatores, como sexo, idade, gênero, tipo de alimentação etc. Já a Cistatina C não sofre interferências desse tipo e, por ser um biomarcador mais precoce à evolução da doença, permite o diagnóstico antecipado em relação à Creatinina”, explica Raissa Ferreira Gutierrez, estudante de pós-graduação do IFSC-USP e também membro da equipe participante do iGEM 2014.

iGEM_2014-IFSC-1Na metodologia proposta pelos pesquisadores, os exames, além de muito rápidos, dispensam equipamentos sofisticados. “O intuito é que esse exame possa ser levado a qualquer lugar do país e/ou do mundo. Atualmente, já existem laboratórios que fazem a medição de Cistatina C, porém adaptados àquele já realizado com a Creatinina”, explica outra integrante da equipe e  estudante de mestrado de Física Aplicada à Biomolecular do IFSC/USP, Laís Ribovski.

O destaque- e característica inédita- do projeto relaciona-se ao tipo de “equipamento” que será utilizado: uma Bacilus subtilis, bactéria encontrada com facilidade no meio natural e onde serão depositadas as amostras de sangue em análise. Algo como uma mudança de cor na bactéria poderá ser a pista para identificar a presença de Cistatina C. “Depois de produzirmos a Bacilus geneticamente modificada, basta replicá-la e utilizá-la como o instrumento para quantificação da Cistatina C”, explica o mestrando em Física Aplicada à Biomolecular do IFSC/USP, Bruno Ono.

Para mudar de cor, por exemplo, a Bacilus deverá ser geneticamente modificada, o que se enquadra exatamente em uma das características da Biologia Sintética, que é a manipulação de organismos vivos para um propósito específico.

Colaborações e parcerias

Além da vasta troca ideias entre todos os integrantes da equipe, os pesquisadores contam com infraestrutura para realização dos experimentos necessários para conclusão do projeto, cedida por alguns docentes do próprio IFSC/USP, além da colaboração de algumas empresas tecnológicas. “Nosso projeto já passou por várias reformulações. O próximo passo é ir ao laboratório e ‘colocar a mão na massa’ para concluir as diversas etapas que ainda temos pela frente”, conta Danilo.

Entre as etapas mencionadas pelo estudante, estão: construção do circuito genético, caracterização do circuito, ou seja, o entendimento detalhado de seu funcionamento, inserção do circuito na Bacilus subtilis e testes do circuito depois de pronto. Além do que se refere à pesquisa em si, a equipe deverá cumprir outros objetivos exigidos pelos organizadores do iGEM, como a confecção de relatórios, construção de uma página de divulgação, além da preocupação com a parte social do projeto. “Um dos pré-requisitos do iGEM é criar uma forma de interação com a sociedade, ou seja, ele [o projeto] deverá ser divulgado a toda comunidade para que se entenda sua relevância”, explica a mestranda em Física Aplicada à Biomolecular e membro da equipe, Paola Lanzoni.

Sobre as expectativas para o iGEM 2014

Todos os entrevistados da equipe são unânimes em afirmar que a maior expectativa para competição é o aprendizado e conhecimento que serão adquiridos. “Mal começamos a montar o projeto e já aprendi incontáveis coisas novas! Além da parte científica, já tive que aprender a editar vídeos, mobilizar pessoas, fazer propostas de investimento, procurar patrocínios”, relembra Danilo.

iGEM-_equipe_completa-1Bruno assume outra expectativa: a possibilidade de trazer coisas novas e boas para o Brasil. “Iremos conversar com muitas pessoas, teremos contato com muitas ideias diferentes. Por que não tentar trazê-las ao nosso Instituto?”, conta.

Raissa diz que, por se tratar de um curso muito novo, a graduação em Ciências Físicas e Biomoleculares é ainda desconhecida para muitas pessoas e essa pode ser uma ótima oportunidade para dar conhecimento ao curso. “Essa competição é a cara do nosso curso”, afirma.

Já Paola acredita que o mais interessante do iGEM é a aplicação do que é- e foi- visto durante a graduação. “Todas as técnicas que iremos utilizar na competição foram aprendidas durante o curso e não tivemos, ainda, oportunidade de colocá-las em prática”.

Outro ponto mencionado pelos participantes diz respeito à interação positiva entre os diferentes grupos de pesquisa do Instituto. “Nesse projeto, estamos interagindo o tempo todo com as diversas áreas do conhecimento, tornando a pesquisa realmente interdisciplinar”, afirma Laís.

Além da empolgação com o projeto de pesquisa em si, os competidores também se entusiasmam com o foco no empreendedorismo e com a chance de, realmente, trazerem a pesquisa até a sociedade. Com tantas janelas que se abrem com a participação no iGEM, eles esperam estimular e entusiasmar estudantes de outros lugares. E, claro, voltar do iGEM 2014 com um prêmio em mãos também será um bônus que nenhum dos pesquisadores se incomodará em receber.

*Também fazem parte da equipe estudantes do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP), USP campus São Paulo, USP campus Ribeirão Preto, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Estadual Paulista (Unesp)

**Tratamento que consiste na remoção do líquido e substâncias tóxicas do sangue como se fosse um rim artificial. Fonte: Wikipedia

Assessoria de Comunicação

11 de abril de 2014

Propriedades emergentes e universalidade: hádrons no criostato

O Prof. Eduardo Miranda, do Instituto de Física Gleb Watagghin (UNICAMP), foi o palestrante convidado da mais recente edição do programa Colloquim diei, que decorreu no dia 11 de abril, pelas 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do Instituto (IFSC-USP), onde dissertou sobre o tema Propriedades emergentes e universalidade: hádrons no criostato.

Muito já se falou sobre o conceito de propriedades emergentes em sistemas de muitas partículas/componentes: desde o voo sincronizado de pássaros, até o comportamento de um supercondutor/superfluido. A universalidade dos conceitos da Física também nos fascina mesmo nos fenômenos mais elementares: na equação de onda que rege as dinâmicas de cordas e membranas esticadas, do som se propagando na matéria e da luz no vácuo.EDUARDO_MIRANDA_2-300

Neste colóquio, o pesquisador descreveu mais um exemplo de propriedades emergentes num sistema de matéria condensada, que nos remete a conceitos da física hadrônica e mostrou como sistemas de spins quânticos desordenados podem emular propriedades reminiscentes da estrutura quarkiônica dos bárions e dos mésons da física nuclear.

Eduardo Miranda possui graduação pela Universidade Federal de Minas gerais (UFMG), mestrado pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e doutorado pela Rutgers University, todos na área de Física. Miranda, que é docente da UNICAMP desde 1997, tem experiência na área de Física, com ênfase em Física da Matéria Condensada Teórica, atuando principalmente nos temas de sistemas eletrônicos fortemente correlacionados, sistemas desordenados, férmions pesados, magnetismo, supercondutividade e transição metal-isolante.

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Assessoria de Comunicação

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