Notícias

4 de julho de 2012

Prof. Glaucius Oliva é homenageado

O Prof. Glaucius Oliva, atual Presidente do CNPq e docente do IFSC, foi homenageado no dia 29 de junho, pelas 17h30, com a entronização de um quadro com sua foto na galeria que perpetua a imagem dos ex-diretores do Instituto, localizada no Biblioteca do IFSC.

A cerimônia, simples mas significativa, foi acompanhada pelos Diretor e Vice-Diretor do IFSC – Profs. Antonio Carlos Hernandes e Osvaldo Novais de Oliveira Júnior -, além de muitos docentes, funcionários e responsáveis setoriais do Instituto.

De alguma forma emocionado, Glaucius Oliva (diretor do IFSC entre 2006-2010) agradeceu a todos o fato de proporcionarem aquele momento, de extrema importância e significado pessoal, tendo feito uma breve retrospectiva de sua vida acadêmica – sempre no IFSC – até o momento em que assumiu responsabilidades no CNPq.

Confira, abaixo, alguns momentos da homenagem prestada ao ex-diretor do IFSC, Prof. Glaucius Oliva.

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Assessoria de Comunicação

4 de julho de 2012

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de Junho, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) do lado direito da página principal do IFSC.

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A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisadores do IFSC, no periódico CrystEngComm.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

3 de julho de 2012

Conhecendo o FIB

Para processar e caracterizar qualquer amostra, ou seja, analisar um material e extrair dele propriedades físicas (como transporte de carga, emissão de luz, entre outras), ou químicas (ponto de fusão, ebulição etc.), são essenciais alguns equipamentos para tornar tal procedimento viável. O Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) era, até há pouco tempo, o instrumento mais popular entre os pesquisadores e o mais utilizado para cumprir tal tarefa.

NanoescalaMas, o mundo da pesquisa tem andando em caminhos menores, quase invisíveis; ou seja, cientistas e pesquisadores das diversas áreas, especialmente das ciências básicas, têm se deparado com uma infinidade de novas janelas abertas pela escala “nano”. E, consequentemente, para se adaptar melhor ao “admirável mundo novo”, novos equipamentos passam a viabilizar algumas pesquisas científicas.

Um desses equipamentos, o “Focused Íon Beam”, mais conhecido por “FIB”, veio para protagonizar a escala nano. Adquirido recentemente pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) dentro do projeto do INCT-INOF*, através do docente, Euclydes Marega Jr., o aparelho é considerado uma “estação de nanofabricação” completa.

O FIB, produzido comercialmente há mais de 20 anos, é usado prioritariamente para produção de materiais semicondutores** e opera de maneira semelhante ao MEV, mas com um importante diferencial: enquanto este último se utiliza de um feixe de elétrons para construir imagens de uma amostra, o FIB tem um plus: feixe de íons (como o próprio nome do equipamento sugere).

Mas, antes de entender a importância desse plus, é importante entender do que se trata o feixe de elétrons. Bombardeamento de elétrons gera energia, ou seja, quando eles são acelerados e concentrados em um feixe, forma-se uma energia muito intensa. Isso se transforma em energia térmica, com altíssimas temperaturas, capazes de fundir qualquer metal (a parte fundida é, posteriormente, transformada em vapor).

Já o feixe de íons, com objetivos similares, é mais pesado que o de elétrons e, por esse motivo, é destrutivo, podendo remover materiais da superfície de amostras, o que permitirá que se esculpa, por exemplo, imagens tridimensionais sob a superfície das mesmas. “O feixe de íons tanto pode ser usado para construir uma imagem ou fazer o processamento de uma amostra”, explica Haroldo Araraki, engenheiro do Grupo de Semicondutores do IFSC.

Nanoescala-1A FIB é capaz de escrever em superfícies em escala nanométrica. Para se ter uma ideia, um fio de cabelo é mil vezes maior do que a escrita que o feixe de íons da FIB pode entalhar.

No laboratório de semicondutores, Euclydes e sua equipe utilizam-se da FIB, entre outras coisas, para desenvolver nanomateriais. “As propriedades dos nanomateriais são diferentes dos micro ou macromateriais”, explica o docente. “Quando uma nanoestrutura interage com a luz, por exemplo, ela altera as propriedades ópticas e elétricas do material. Nessa escala de tamanho, a condução elétrica não é a mesma da de um fio de um chuveiro elétrico”, compara.

Agora com uma “estação nanométrica” instalada, Euclydes pode não só explorar propriedades de nanomateriais, mas também criar novos, uma vez que o mundo nano abre sempre novas possibilidades. E, com outros diferenciais: muito mais rapidez e velocidade. “Enquanto que pelo processo tradicional de feixe de elétrons um dispositivo demoraria um dia todo para ser feito, além de exigir uma grande infraestrutura, com o feixe de íons o dispositivo fica pronto em alguns minutos”, afirma Haroldo.

No geral, uma FIB é utilizada na indústria de semicondutores para aplicações como análise de defeitos em materiais em escala nanomátrica, modificação de circuito, reparação de máscaras, etc. As imagens produzidas pelo equipamento são da mais alta resolução e estas previnem danos a amostras mais sensíveis de materiais.

Saber lidar com esse tipo de maquinário, contudo, pode significar a construção da tecnologia do futuro. “Produzir corrente elétrica em escala nanométrica é muito mais fácil, por isso produzem-se efeitos que geram ondas eletromagnéticas. Muitos estudos são voltados para produção de luz, e não eletricidade, nesses meios. Ou seja, em vez de transmitir informações por elétrons, tais informações serão transmitidas por fótons”, prevê Euclydes.

Nanoescala-3O computador quântico, tão almejado nos dias de hoje, poderá funcionar por esse mecanismo, ou seja, através de propriedades físicas reveladas em nanoescala. Mas sua construção e conclusão só serão possíveis uma vez que “correntes de luz” ( e não somente elétricas) passem pelos semicondores e em interfaces semicondutor-dielétrico. As vantagens num computador desse tipo? Processamento mais rápido de informações, menos perda de energia e superaquecimento. “Um computador, nos dias de hoje, gasta mais energia esfriando seu processador do que para mantê-lo funcionando. Nesse novo mecanismo, a perda de energia por luz é muito menor e o superaquecimento é quase inexistente”, compara Euclydes. “Isso porque a condução elétrica gera calor, o que não acontece com a luz”.

Portanto, ter em mãos conhecimento e equipamentos avançados, é sem dúvida um grande passo em direção ao desenvolvimento tecnológico e científico. A USP já tem ambos em mãos, o que a coloca no fronte das pesquisas em escala nanométrica, indicando que, em pouco tempo, todos poderão usufruir desse mundo de tamanho quase invisível, mas de importância tecnológica inversamente proporcional ao seu tamanho.

*Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia; Instituto Nacional de Óptica e Fotônica

**materiais sólidos, geralmente cristalinos, com condutividade elétrica intermediária entre condutores e isolantes.

Assessoria de Comunicação

29 de junho de 2012

Programa bate recorde em número de visitantes

O número recorde de participantes do programa “Universitário por Um Dia (1Dia)” comprova: não faltam professores interessados em complementar o ensino dado em sala de aula, nem alunos com vontade de aprender.

1Dia-logoAté o momento, mais de cinco mil alunos já participaram ou inscreveram-se para participar do 1Dia e o entusiasmo é mantido, tanto por parte dos estudantes, como por parte dos professores que vêm até o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) acompanhar as turmas. “Desde quando era aluno do IFSC, eu já conhecia o programa”, contou o professor de física da EE “Doutor Tomas Alberto Whatelly” (Ribeirão Preto-SP), Márcio Leandro Rotondo.

O ex-aluno do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, e hoje professor da rede pública de ensino, afirma que, em sua escola, as visitas a campi universitários não são comuns. Mais raro, ainda, de acordo com ele, é encontrar universidades que realizem esse tipo de programa. “Já fizemos algumas visitas a faculdades particulares de Ribeirão Preto, mas não há o incentivo da EE para visitarmos campi fora da cidade ou de universidades públicas, mesmo tendo um campus da USP em Ribeirão Preto”, lamenta.

Márcio conta que já levou os alunos até o campus da USP, em Pirassununga, na circunstância em uma feira de profissões, e na oportunidade não teve acesso a nenhuma dependência da universidade.

Totalmente diferente disso é o 1Dia. Durante a visita, os alunos conhecem diversas dependências do IFSC, como os laboratórios de ensino de física, alguns laboratórios de pesquisa, biblioteca etc. Além disso, a participação não é passiva. Os alunos veem experimentos de física e, em alguns momentos, participam de demonstrações durante o “Show de Física”. “Nunca imaginei que o Instituto fosse desse jeito! Eu imaginava um prédio muito menor do que esse”, conta Vinicius Rafael Seguessi, 16, da escola particular “Querigma Escola Católica” (São Carlos-SP).

Acompanhado de seus colegas, Vinicius conta que em sua escola há laboratórios para prática de algumas disciplinas, mas que estes ainda não estão em funcionamento. O aluno faz coro com mais duas colegas de sala – Cíntia Pereira Ostapechen e Isabela Marques – quando elege a parte prática das atividades do 1Dia como a mais divertida e interessante da visita. Os três alunos nunca haviam estado em um campus universitário e esperam que a oportunidade se repita. “Nosso professor marcou essa visita para nós e foi algo completamente novo. Nós gostamos muito!”, afirma Cíntia.

A aluna reforça que poder assistir aos experimentos traz um entendimento muito melhor e mais claro sobre a física. “Nós tínhamos uma ideia e a explicação, através da prática, é muito mais compreensível”.

O professor Márcio tem a mesma opinião da aluna: ele diz que, em sala de aula, não é possível trazer tanta diversidade. “Por esse motivo, a prática chama muito a atenção dos alunos. Aqui no IFSC existem laboratórios e pessoal técnico preparados para isso. A organização é muito diferente da EE”.

1Dia-3Quanto ao direcionamento da carreira, o professor não hesita em responder que a visita ajuda – e muito – na escolha. “Se o aluno tiver afinidade com a área de exatas, ele vai poder comprovar se realmente gosta disso. A turma que trouxe aqui, hoje, é do 3º ano do ensino médio e os alunos estão numa fase de decisão”, conta. “Meu propósito em trazê-los aqui foi porque notei que eles têm condições de ingressar numa universidade pública. É importante que eles saibam disso, saibam que o ensino é gratuito e que eles poderão manter-se, financeiramente”, conclui.

Sobre o programa

Institucionalizado em 2011, por iniciativa do diretor e também docente, do IFSC, Antonio Carlos Hernandes, o Universitário por Um dia busca proporcionar aos estudantes do ensino médio, da rede pública ou privada, a oportunidade de conhecerrm e vivenciarem o ambiente universitário do campus da USP de São Carlos e, em especial, o do IFSC.

Na programação, estudantes visitam diversas instalações do Instituto, assistem a palestras, bem como colhem informações a respeito dos cursos oferecidos pelo IFSC e oportunidades no mercado de trabalho.

No ano passado, 2.852 alunos passaram pelo programa, número que tem crescido, gradativamente, devido ao sucesso e conhecimento do programa por um número maior de pessoas.

Os interessados em participar do 1Dia podem agendar sua visita através do site do programa.

Para maiores informações, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

28 de junho de 2012

Previdência complementar de Servidores Públicos Estaduais

Na próxima segunda-feira, 2 de julho, o Departamento de Recursos Humanos da Universidade de São Paulo (USP) receberá o diretor presidente da Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (SP/PREVCOM), Carlos Henrique Flory, para ministrar palestra informativa sobre Previdência Complementar dos Servidores Públicos Estaduais.

Na ocasião, Carlos irá discorrer sobre o novo regime previdenciário dos servidores públicos estaduais de São Paulo e os planos de benefícios que serão oferecidos pela SP/PREVCOM.

Para os campi do interior do estado, a palestra será transmitida por IPTV. Os servidores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) que tiverem interesse em assistir à palestra devem dirigir-se ao auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, onde a mesma será transmitida.

O evento tem duração prevista de quatro horas, com início marcado para às 9 horas.

Assessoria de Comunicação

28 de junho de 2012

Apresentação de projetos finais

Na próxima segunda-feira, 2 de julho, serão apresentados os projetos finais dos alunos da disciplina Microprocessadores II, do curso de Física Computacional.

A apresentação será aberta ao público e todos estão convidados a participar.

Na oportunidade, estará exposta a mão robótica, o cubo de LEDs, os carrinhos autônomos, entre outros.

As apresentações ocorrerão entre 9 e 11h30, na sala 304, do prédio dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF).

Participem!

Assessoria de Comunicação

27 de junho de 2012

EACH/USP sedia Feira de Inovação e Empreendedorismo da USP

A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP) sediará, entre 25 e 28 de agosto, a Feira de Inovação e Empreendedorismo da USP.

O evento, que será organizado em uma área de 3.000 m² da EACH, contará com mais de 16 mil visitantes.

Na ocasião, empresários conhecerão oportunidades de acesso à inovação tecnológica da USP e as possibilidades de financiamento. Já estudantes do ensino médio (também público-alvo da Feira) terão conhecimento sobre as oportunidades que a ciência oferece para empreender e inovar.

A Feira acontecerá entre às 8 e 20 horas, e não exige inscrição prévia dos participantes, nem taxa de participação.

A EACH fica localizada à Rua Arlindo Béttio, 100, Ermelino Matarazzo, São Paulo (capital).

Para mais informações, acesse o site da Agência USP de Inovação

Com informações da USP/eventos

Assessoria de Comunicação

27 de junho de 2012

Centro oferece atividades durante as férias

Durante as férias de julho, o Centro de Educação Física, Esportes e Recreação (CEFER/USP) promoverá atividades variadas, das quais podem participar funcionários, alunos e docentes.

As inscrições para as atividades devem ser feitas na secretaria do CEFER, das 10 às 12 horas ou das 14 às 16 horas.

Segue abaixo a programação:

Atividade Período de inscrição Início
Torneio de futsal para funcionários, alunos e docentes 26 de junho a 5 de julho 11 de julho, às 18 horas
Futebol para crianças e adolescentes 2 a 6 de julho 10 de julho
Circuito de musculação (30 minutos) 2 a 6 de julho 10 de julho
Condicionamento físico

2 a 6 de julho

10 de julho

Condicionamento físico para iniciantes

2 a 6 de julho

10 de julho

Condicionamento físico avançado

2 a 6 de julho

10 de julho

Mais informações pelo e-mail esporte.prefeitura@sc.usp.br ou pelo telefone (16) 3373-9107.

Assessoria de Comunicação

27 de junho de 2012

Prof. Glaucius Oliva – Presidente do CNPq – profere palestra no IFSC

No âmbito da realização do habitual ciclo de colóquios promovidos pelo IFSC – Colloquium diei -, o próximo convidado será o docente do IFSC e atual Presidente do CNPq – Prof. Glaucius Oliva -, que apresentará a palestra intitulada Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional, que decorrerá no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), no próximo dia 29 de junho, pelas 10h30m.

Nessa circunstância, o Prof. Glaucius Oliva fará um resumo dos marcos históricos da Ciência e Tecnologia no Brasil, com destaque para as etapas percorridas correspondentes aos recentes avanços, a nova Estratégia Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, bem como os desafios e as oportunidades para a Ciência Tecnologia e Inovação no país.

Glaucius Oliva analisará, ainda, o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, seus componentes e elementos de integração, e revisará dados nacionais referentes à evolução dos investimentos e das bolsas de fomento à pesquisa e formação de recursos humanos especializados, em comparação com resultados e impactos na produção científica e no desenvolvimento nacional.

Outro destaque nesta palestra do Presidente do CNPq diz respeito à discussão que será lançada pelo palestrante no que diz respeito aos desafios futuros, apontando em linhas gerais as estratégias em curso relacionadas com o MCTI e CNPq, por forma a contribuir para o necessário salto de qualidade e impacto económico e social esperados nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação, no Brasil.

Assessoria de Comunicação

26 de junho de 2012

Alteração de transportes entre os campi I e II

De acordo com comunicado enviado pela prefeitura do campus da USP de São Carlos, durante o período de férias (5 a 29 de julho) o transporte de alunos e funcionários, entre os campi I e II, será feito por vans em vez de ônibus, com redução das linhas diárias.

A medida se justifica pela redução significativa do número de usuários de tais linhas durante o período.

Abaixo, seguem os horários e locais de partidas e chegadas:

Ponto e horário de partida Ponto e horário de chegada Ponto e horário de partida

Ponto e horário de chegada

Rua B- campus I Conjunto didático- campus II Conjunto didático- campus II Rua B- campus I
7h45 8h 8h 8h15
16h30 16h45 16h45 17h

Para mais informações, basta ligar para o telefone (16) 3373-9109

Assessoria de Comunicação

26 de junho de 2012

Seminário Ítalo-Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação

Em novembro de 2012, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizará uma nova edição do “Seminário Ítalo-Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação”.

Na ocasião, diversas autoridades do ramo da ciência e tecnologia estarão presentes, como o docente do IFSC e Cooordenador da Agência USP de Inovação, Vanderlei Salvador Bagnato, o presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura e ex-senador da Itália, Edoardo Pollastri, o diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa), Sílvio Crestana, entre outros.

O evento está previsto para os dias 21 e 22 de novembro, e as palestras ocorrerão no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”.

Para acessar a programação completa do evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

26 de junho de 2012

Vacina contra esquistossomose teve IFSC como “braço direito”

Quando a solução para acabar com uma doença parasitária, que faz 200 milhões de vítimas no mundo é encontrada, a excitação é geral. Não é a toa que, na semana passada, quando a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que foi desenvolvida a vacina contra a esquistossomose, a mídia entrou em polvorosa e anunciou a novidade nos quatro cantos do mundo.

SchistosomaA esquistossomose, segunda doença que mais faz vítimas no planeta (depois da malária)*, é causada por parasitas do gênero Schistosoma, entre eles o Schistosoma mansoni. Mais conhecida por “Barriga d´água”, é transmitida por caramujos (que hospeda o parasita temporariamente) e penetra na pele de humanos quando estes, por sua vez, entram em contato com a água habitada pelo caramujo contaminado. Diarreia, febre, cólicas, dores de cabeça, sonolência, emagrecimento, endurecimento ou aumento do volume do fígado e hemorragias que causam vômitos são os sintomas mais comuns, causados pela doença.

Embora não seja o país com maior de número de vítimas da doença (papel desempenhado por países do continente africano), o Brasil tem, em média, mais de dois milhões de pessoas com esquistossomose – para se ter uma ideia, o câncer atingiu uma média de 500 mil pessoas, o ano passado.

Os danos à saúde, no entanto, não são o maior problema. Pessoas infectadas pela esquistossomose conseguem conviver com a doença (em média, somente 1% dos infectados morre). Mas, aqueles que sobrevivem a ela têm uma péssima qualidade de vida e sua capacidade de contribuição social, intelectual e financeira é quase nula. “Como são, geralmente, populações de países pobres as maiores vítimas da esquistossomose, a colaboração dessas pessoas para o desenvolvimento do país é obsoleta. Ou seja, a doença não mata, mas traz consequências muito graves para a sociedade”, declara o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Richard Charles Garratt.

A cura possível

Consciente, mas, sobretudo, preocupada com essa grande problemática social, a pesquisadora da Fiocruz, Miriam Tendler, dedicou 30 anos de seus estudos ao Schistosoma mansoni, e, depois de muitas observações e análises, encontrou no próprio parasita a solução para – ao que tudo indica – eliminar a doença. A SM14 (como foi batizada por Tendler), é uma das moléculas encontradas no organismo do parasita e é responsável pelo transporte de lipídeos. Mas, uma vez no organismo humano gera uma resposta imune, incitando a produção de anticorpos. “O hospedeiro [organismo humano] é capaz de reconhecer essa molécula e montar uma resposta imune contra ela. Então, se ele entrar em contato com o parasita, o sistema imune já está pronto para reagir contra ele”.

Tal descoberta abre inúmeras possibilidades, que vão muito mais além da produção de uma vacina contra esquistossomose. Essa é a primeira vez que todo processo de desenvolvimento de uma vacina é feito, integralmente, no Brasil.

Mas, para percorrer esse caminho e “encontrar uma luz no final do túnel”, vários colaboradores estiveram envolvidos na trajetória, entre eles o próprio Richard, que não só colaborou com a pesquisa, mas também foi o “braço direito” de Mirian, quando “emprestou” seus conhecimentos em biologia estrutural para fazer os estudos de modelagem da SM14, identificando as regiões mais importantes da molécula para gerar a resposta imune. “Esse é um exemplo muito claro de como a ciência básica e a aplicada podem, e devem andar em conjunto. Todo cientista sabe que é fundamental investir nessas duas frentes, pois a pesquisa básica traz os fundamentos. Mas, investir somente na ciência básica não gerará produtos. O segredo, portanto, é encontrar o equilíbrio entre elas”, destaca Richard. “Se a Miriam [Tendler] não tivesse a preocupação de entender melhor a molécula que ela tinha em mãos, o projeto teria tido outro percurso”.

Conhecer a estrutura da molécula é importante por diversos motivos, entre eles saber se a vacina não criará anticorpos contra o próprio organismo, uma vez que temos moléculas muito parecidas com a SM14 (que carregam lipídeos). “Poder identificar as diferenças significativas entre as proteínas de parasitas e seres humanos reforça, novamente, a importância da pesquisa básica, pois é preciso saber se uma molécula que cria anticorpos no organismo humano não será prejudicial a ele próprio”.

Outra docente do IFSC, Ana Paula Ulian Araújo, também em conjunto com Tendler, está trabalhando na criação de uma ferramenta capaz de avaliar o grau de eficácia da vacina em cada indivíduo. “Cada pessoa reage de uma forma diferente à mesma vacina, pois os genes de cada ser humano são diferentes uns dos outros. Por isso, seria muito interessante ter uma ferramenta que permitisse o acompanhamento da vacina”, explica Richard.

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Durante o caminho para o desenvolvimento da vacina contra a esquistossomose, os pesquisadores tiveram mais uma surpresa: a SM14 gera uma reação cruzada com outro parasita, o Fasciola hepática, que afeta, principalmente, bois e ovelhas. Ou seja, o Fasciola, que se tornou uma dor de cabeça, principalmente nos países que têm sua economia baseada na criação de ovelhas (como a Holanda, por exemplo), também poderá ser combatido pela vacina. Por exemplo, ovelhas já receberam as vacinas e elas ficaram protegidas contra o Fasciola. “Isso é o que chamamos de vacina bivalente. Novamente, é algo que teve um apoio muito importante do IFSC, com o papel de estudar a estrutura da molécula e explicar melhor esse acontecimento”, conta Garratt.

Passo a passo até o acesso total

No atual momento, a pesquisa finalizou a fase um (razão da “euforia” da mídia em torno do assunto), que testa a segurança da vacina. Nela, vinte homens saudáveis receberam a vacina e não apresentaram reações ou efeitos colaterais. “Essa fase deve ser realizada, obrigatoriamente, no país onde a molécula – que é o princípio ativo da vacina – foi encontrada. Portanto, a fase um foi feita no Brasil”, conta Richard. “Mesmo assim, a manufatura das vacinas foi feita nos Estados Unidos”.

Na fase dois, prevista para ter início já no próximo semestre, o número de voluntários para receber a vacina aumenta, passando de vinte para mais de duzentos. Os voluntários devem ser moradores em áreas endêmicas, ou seja, com alto risco de serem contaminados pelo parasita. No caso da esquistossomose, certamente voluntários de países africanos participarão da fase dois.

Falar sobre a fase três já é algo mais indefinido, pois ela depende da segunda. Contando que esta seja bem sucedida, e nenhum dos voluntários apresente reações negativas, mais pessoas (de mais países) participarão da terceira fase.

Na fase quatro, finalmente a vacina já estará acessível a todos e só restará aos pesquisadores fazer o acompanhamento e análise dos resultados , buscando, sempre que possível e necessário, os devidos aperfeiçoamentos.

TendlerNo caso da vacina contra a esquistossomose, completar todas essas fases, de acordo com Richard, levará, em média, quatro anos. Mas, muitos fatores podem influenciar essa referência temporal. “Dependemos de financiamento para produção, aprovação da ANVISA**, toda parte burocrática e logística deve estar finalizada. Portanto, pode demorar um pouco mais do que o tempo previsto, mas tudo dependerá do andamento das fases anteriores”.

Até o momento, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) tem arcado com os custos da pesquisa. Mas a empresa “Ouro Fino Agronegócio” já está envolvida diretamente no financiamento e desenvolvimento da vacina. Outras, como a Gates Foundation, também já estão sendo consideradas.

Mesmo não podendo dizer, agora, com certeza, se a vacina será eficaz em populações humanas, Richard aposta nas probabilidades favoráveis. Ele afirma que, de todos os projetos de cunho aplicado, voltados a projetos tropicais, dos quais ele participou e participa, o da esquistossomose é o que tem caminhado melhor e com as melhores perspectivas para finalizar com um produto.

Se isso for comprovado, milhões de pessoas serão gratas. Não somente aquelas que diariamente correm o risco de contrair a doença, mas também as que se preocupam com a melhor qualidade de vida da população humana e com o desenvolvimento efetivo dos países do globo.

*dado fornecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

** Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Assessoria de Comunicação

22 de junho de 2012

O ensino que encanta

Trazer alunos da sala de aula para Universidade tem se tornado uma ação cada vez mais usual. Com o objetivo de despertar maior interesse em estudantes, programas de difusão da ciência têm sido institucionalizados, e os resultados, até o momento, têm sido favoráveis.

Marcelo-3No caso do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Marcelo Alves de Barros, a maneira que encontrou de trazer alunos do ensino médio para o ambiente universitário foi através da disciplina prática de Ensino de Física, ministrada pelo docente há quatro anos. “Os estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, que cursam a disciplina de Ensino de Física, passam por duas etapas. Na primeira, realizam o estágio supervisionado nas escolas públicas de ensino médio, e na segunda etapa trazem alunos do ensino médio dessas escolas para cá, para realizar atividades práticas”, conta.

Em 2012, três escolas estaduais de São Carlos foram escolhidas para “participar” da disciplina de Marcelo: Esterina Placco, Conde do Pinhal e Álvaro Guião. Dez alunos de cada uma dessas escolas, durante dois encontros realizados nos Laboratórios de Ensino de Física (LEF), tiveram oportunidade de ver a física na prática e “digerir” melhor os conteúdos teóricos apresentados em sala de aula.

Isso foi feito através da participação em seis mini cursos, todos realizados no próprio IFSC e sempre apresentando experimentos relacionados a tópicos de física, abordados durante o ensino médio. “Aqui, nós podemos oferecer atividades e experimentos que eles [estudantes] dificilmente têm oportunidade de vivenciar nas escolas, por falta de tempo e, algumas vezes, por deficiências de preparo de seus professores. Nessa segunda etapa, realizada aqui, no IFSC, tentamos preencher essa lacuna”, justifica Marcelo.

Marcelo-1As atividades, do estilo “mão na massa”, são totalmente viáveis, uma vez que os laboratórios do IFSC oferecem a estrutura necessária para isso. Os alunos, durante os dois encontros realizados aos sábados, que duraram 8 horas cada um, tiveram oportunidade de ver experimentos relacionadas à astronomia, espectroscopia, som, raio-X, indução eletromagnética e gases. “Quem ministra os mini cursos são os 16 alunos inscritos na disciplina de Ensino de Física desse semestre. Fizemos, juntos, a seleção dos temas dos mini cursos para apresentar aos estudantes”, relembra o docente.

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Na etapa anterior, na qual os alunos de Marcelo tiveram a oportunidade de estar nas escolas e acompanhar as aulas ministradas pelos professores, algumas “falhas” no sistema de ensino, muito evidentes, puderam ser observadas. “Realizo estágio nas escolas desde abril deste ano e tenho acompanhado, inclusive, aulas no ensino fundamental. Notei que os professores só utilizam as apostilas doadas pelo Governo, que deveriam servir somente como um auxílio”, lamenta Letícia Zago, aluna do 4º ano do curso de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC e inscrita na disciplina de Marcelo. “Acho que é preciso utilizar recursos diferentes em sala de aula para que um maior número de alunos consiga entender o conteúdo”.

Por outro lado, fazer esse acompanhamento tão de perto trouxe benefícios aos futuros professores. O primeiro contato direto, que para maioria é algo inédito, é, ao mesmo tempo, surpreendente. “Temos a visão de que os alunos não sabem as coisas, mas no fundo eles sabem, pois isso tudo faz parte do cotidiano deles”, conta Letícia. “Vemos que os alunos ficam bem focados e entusiasmados enquanto realizamos os experimentos, o que não acontece na escola. As perguntas que eles fazem têm lógica, são válidas. Nossa ideia é que o aluno seja ativo, também, por isso estimulamos as perguntas e respostas durante o curso”.

Tendo a resposta (não surpreendentemente) positiva, tanto por parte dos estudantes do ensino médio, quanto por parte dos universitários, fazer caminhos em “dupla direção”, ou seja, ir até as escolas e trazer os estudantes até a Universidade, já é prática efetiva na disciplina de Ensino de Física. “Já trabalhamos dessa forma desde 2008. Não temos feito um trabalho sistemático para acompanhar a resposta dos participantes, mas percebemos que os alunos ficam muito mais motivados em poder trabalhar os conteúdos da física, de forma diferenciada. Muitos deles manifestam interesse em seguir carreiras científicas e a barreira que existe entre Universidade e Escola é também quebrada”, comemora o docente.

Marcelo conta que novos encontros com as três mesmas escolas, já citadas nessa matéria, serão realizados no próximo semestre. Serão também mini cursos, mas, obviamente, abordando tópicos diferentes da física e, certamente, continuarão chamando atenção dos alunos do ensino médio e, com muito otimismo, tornando-os muito em breve alunos universitários e, esperançosamente, os futuros cientistas do país.

 

Para conhecer melhor a proposta da disciplina e assistir a um dos mini cursos, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

21 de junho de 2012

A vida e obra do cientista holandês Christiaan Huygens

A edição de junho do programa “Ciência às 19 Horas”, organizado mensalmente pelo IFSC, convidou o Prof. Dr. Carlos Farina de Souza, docente do Instituto de Física da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, para falar da vida e obra do matemático, físico e astrônomo holandês, Christiaan Huygens, um dos mais proeminentes cientistas do Século XVII. A palestra de Carlos Farina de Souza realizou-se no dia 19 de junho, pelas 19 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) e foi subordinada ao tema Christiaan Huygens, a Helena da geometria e o tempo aprisionado.

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Nascido em berço de ouro, no ano de 1629, na Holanda, Christiaan Huygens cresceu no seio de sua família abastada, sempre rodeado por inúmeras personalidades influentes na área científica, social e política, o que terá contribuído para que sua educação o transformasse em uma das maiores figuras nas áreas da matemática, astronomia e física, tendo, inclusive, desenvolvido novos conceitos que viriam a ser utilizados para uma melhor observação do céu, através dos telescópios.

Embora Galileu não tenha sido o precursor do telescópio, ele conseguiu observar coisas incríveis no céu e percebeu que aquilo que parecia perfeito, à primeira vista, afinal não era: o Sol tinha uma enorme mancha escura, a Lua afinal não tinha uma superfície lisa, Júpiter tinha luas em seu redor, etc. Por seu turno, Huygens tentou, então, criar telescópios com maior alcance e precisão, por forma a descobrir coisas que Galileu não tinha condições de fazer. Desta forma, Huygens dedicou-se a matematizar a Natureza e, com seu trabalho, se tornou – talvez – no primeiro físico-matemático da história, tentando responder a qualquer questão que se apresentasse em forma de enigma; o intuito dele era responder às questões deixadas por terceiros e sempre apelava à matemática, utilizando-a como a linguagem privilegiada para dar resposta a essas questões existentes na sua época.

Huygens criou coisas tão fantásticas que, mesmo hoje, ao se rastrear os primórdios de determinados temas, vê-se que existe a semente de Huygens, como explica o Prof. Farina de Souza: É verdade. Por exemplo, o caso das tangentes e curvas que ele chamou de evolutas e involutas, e que deram origem à atual geometria diferencial. Várias coisas começaram com ele, sempre na tentativa de responder a problemas físicos, utilizando a matemática.

Huygens também se destacou na astronomia, principalmente por ter desvendado o mistério de Saturno. De fato, no Século XVII ninguém conseguia entender ou explicar o que acontecia com aquele planeta, que apresentava diversas formas ao longo do tempo. Galileu chegou a pensar que a mudança de forma poderia estar relacionada com a existência de um sistema de três estrelas, mas, de fato, seu telescópio não tinha uma resolução eficaz para fazer uma observação mais pormenorizada. Então, Huygens conseguiu perceber, pela primeira vez, que ao redor de Saturno existia um anel que não tocava no planeta e isso causou uma verdadeira surpresa na comunidade acadêmica mundial. Huygens explicou, então, que de acordo com o movimento do planeta, a projeção do anel sofria variações angulares. Contudo, todo esse trabalho do cientista holandês demorou anos para se concretizar, já que ele queria ter a plena certeza de sua descoberta.

Porém, Huygens é essencialmente um físico-matemático e durante cerca de quatro décadas de sua vida tentou aprimorar relógios e cronômetros marítimos, que era algo bastante importante para a época, atribuindo-se a ele o primeiro relógio de pêndulo, que, inclusive, originou uma patente. Contudo a maior obra do cientista holandês foi o Horologium Oscillatorium, conforme explica o Prof. Farina de Souza: Sim, essa foi a maior obra de Huygens. O Horologium Oscillatorium é um trabalho que foi publicado em 1673 e embora o nome sugira que seja apenas um tratado sobre relógios, o certo é que esse trabalho é muito mais que isso, já que essa obra contém cinco partes, em que uma delas é uma descrição de relógio, enquanto que na maior parte das outras áreas são descritas as tais definições evolutas e involutas. Huygens generaliza resultados de Galileu no movimento de partículas sobre superfícies curvas, e praticamente ele enuncia, pela primeira vez, a conservação da energia mecânica. Nesse trabalho, o cientista holandês conclui uma conta realizada por Galileu relacionada a força centrífuga, além de, igualmente pela primeira vez, falar do momento de inércia, que é um fator importante no contexto do movimento de rotação, já que não bastava saber qual era a massa do corpo, mas também saber como essa massa estava distribuída. E, nesta particularidade, Huygens queria analisar um relógio de pêndulo, sabendo que o cordão desse pêndulo possuía massa e que essa massa não estava apenas concentrada na esfera de metal. Esse raciocínio demonstra que Huygens sempre se baseava em um problema de física para ir mais além e realmente este trabalho Horologium Oscillatorium é verdadeiramente espetacular – comenta nosso entrevistado.

Sendo uma figura proeminente na ciência mundial, Huygens é devidamente estudado pelos jovens estudantes brasileiros? A esta pergunta, Farina de Souza responde, sim. E a afirmativa vem exemplificada através do denominado “Princípio de Huygens”, que aparece em um tratado de óptica chamado “Tratado da Luz”, que é, segundo o nosso entrevistado, uma obra-prima: Todos os estudantes do ensino médio já ouviram falar desse princípio, porque ele afirma que quando você tem uma frente de onda – por exemplo, gerada por uma pedra que é jogada num lago – , para saber a frente de onda, no instante posterior, você imagina que cada fonte de uma frente de onda é fonte de uma onda secundária e a envoltória dessa onda secundária corresponde à frente de onda no instante posterior. Então, esse é um princípio qualitativo em que você consegue explicar várias coisas – lei da reflexão. lei da refração, etc. No ensino médio, tudo que se sabe sobre Huygens se resume a esse princípio, mas ele é muito mais que isso. Huygens poderá não ser tão conhecido, ou seu nome não constituir grande impacto, principalmente porqaue ele ficou um pouco ofuscado pelo genial Newton, cuja diferença de idade era de treze anos apenas. Contudo, Huygens é um dos maiores cientistas do Século XVII e o próprio Newton nutria por ele forte admiração – pontua Farina de Souza.

Na divulgação desta palestra do Prof. Farina de Souza, é referido que uma dor de dente do filósofo, matemático e físico francês, Blaise Pascal, mudou o curso da história, levando Huygens a construir o primeiro pêndulo isócrono. Com um sorriso largo no rosto, Farina de Souza afirmou que esse parágrafo apenas constituía uma forma de criar curiosidade no auditório. De fato, segundo explicou nosso entrevistado, o pêndulo isócrono é um pêndulo que tem um período de movimento independente de sua amplitude de oscilação, ou seja, quando se solta – seja de que forma for – ele tem sempre o mesmo período, o que não acontece com um pêndulo normal, que apresenta apenas pequenas amplitudes. O Huygens sabia que havia necessidade de colocar obstáculos laterais, encostando o fio do pêndulo, porque conforme o pêndulo vai oscilando, o fio vai encostando-se a esses obstáculos – é como se o pêndulo ficasse com um comprimento mais curto. Então, Huygens sabia que, independente do obstáculo, poderia compensar o período. Mas, a pergunta surgiu quase que imediatamente: que forma deveria ter esse obstáculo? O cientista holandês tentou achar a resposta, de uma forma empírica, mas não conseguiu e parou por aí. O que viria a seguir foi bastante curioso, conforma relata o Prof. Farina de Souza:

Blaise Pascal, que havia abandonado a ciência para se dedicar a retiros espirituais e religiosos, foi acometido por uma dor de dente insuportável. Com o intuito de tentar se abstrair de tão forte dor, Pascal decidiu se concentrar em determinadas questões científicas, na esperança de que, com isso, a dor diminuísse. Uma das questões que ele procurou se concentrar foi em uma determinada curva, designada “cicloide”, problema esse que foi repassado para ele por outro matemático e teólogo – Padre Mércele. Pascal ficou tão concentrado na resolução desse problema que sua dor de dente sumiu e ele interpretou esse fato como um sinal divino, como uma mensagem de que ele deveria continuar a pensar na resolução do problema da ciclóide. De fato, Pascal resolveu muitos problemas relacionados à cicloide, mas, entretanto, levantava novas questões e, em vez de as publicar, o cientista francês resolveu fazer um concurso que chamou a atenção de inúmeros físicos e matemáticos, entre eles Huygens. Huygens não participou diretamente nesse concurso, mas manteve assíduos contatos escritos com Pascal, trocando informações sobre o tema, o que o transformou num perito sobre o assunto “cicloide”. Quando Huygens parou de pensar no concurso, chegou à conclusão que a curva que tão insistentemente procurava para resolver seu problema do pêndulo isócrono, era, afinal, a ciclóide – conclui Farina de Souza.

Assessoria de Comunicação

20 de junho de 2012

Tranferência interna e externa

Lembrando que serão encerradas, na próxima sexta-feira, as inscrições para o processo de transferência interna e externa para os cursos diurnos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Os estudantes interessados devem entregar a documentação necessária (ementa das disciplinas cursadas para análise de equivalência) até o próximo dia 22 de junho.

A prova de seleção será realizada em 7 de julho, às 9 horas.

Para mais informações, acesse o edital ATAc/IFSC- 21/2012 ou o site da Graduação do IFSC.

Assessoria de Comunicação

20 de junho de 2012

Departamento de Física e Ciência dos Materiais

O Conselho do Departamento de Física e Ciência dos Materiais, em sua 142ª reunião, realizada em 19 de junho, elegeu o professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Francisco Castilho Alcaraz, para ocupar a chefia do Departamento, com mandato que deve durar dois anos, contando-se a partir de 12 de julho de 2012.

Na mesma reunião, o docente do IFSC, Luis Gustavo Marcassa, foi reconduzido como suplente do Chefe do referido Departamento, com mandato, também, de dois anos, contando-se a partir do dia 28 de julho de 2012.

Assessoria de Comunicação

19 de junho de 2012

O mentor da eletricidade

Ele não foi tão popular quanto Newton ou Einstein, mas, sem sombra de dúvidas, teve grande importância no mundo da física. Eclético em seus estudos (como grande parte dos gênios das ciências básicas), o físico francês Charles Augustin de Coulomb estudou matemática, astronomia, química e botânica.

CoulombNascido em 1736, Coulomb inventou a balança de torção (1777) e, no mesmo ano, realizou estudo minucioso sobre o magnetismo terrestre; dois anos mais tarde (1779), dedicou-se às leis do atrito, estudos que lhe renderam prêmios na Académie des Sciences.

A formação original do físico, no entanto, é em engenharia militar (1761), profissão que exerceu durante nove anos, especialmente na área de mecânica das estruturas, quando supervisionou diversos trabalhos de construção do Fort Bourbon (localizado em Martinique, província francesa próxima à Venezuela).

Mas, foi a “Lei de Coulomb” que o popularizou, tanto que a unidade de carga elétrica, o Coulomb (C), é assim chamada em sua homenagem.

Na Lei de Coulomb, o físico descreve a interação eletrostática entre partículas eletricamente carregadas. A descoberta foi essencial para o desenvolvimento de estudos em eletricidade que, anos depois, seria explorada por diversos outros físicos famosos.

Suas experiências sobre os efeitos de atração e repulsão de duas cargas elétricas permitiram-lhe verificar que a lei da atração universal de Newton também se aplicava à eletricidade. Partindo desse princípio, estabeleceu as leis de atração elétricas, afirmando que as forças de atração ou repulsão entre as cargas elétricas eram diretamente proporcionais às cargas (massas) e inversamente proporcionais ao quadrado da distância que as separa.

Pelos diversos motivos acima citados, Coulomb é um destaque na Física. Mas, é importante ressaltar, ainda mais, sua importância: no século XVIII, quando diversos cientistas (Galileu, Pascal, Descartes, Newton etc.) se encarregaram da difícil tarefa de enterrar certos dogmas da doutrina escolástica e desenvolver métodos de investigação e raciocínio que se tornariam bases à ciência moderna, no que diz respeito ao progresso da eletricidade e magnetismo, foi Coulomb o mentor intelectual de tais temáticas, quando grande parte dos físicos, tanto daquela época quanto de anos anteriores, tinham seus estudos voltados aos campos da mecânica e da óptica.

Lei_de_CoulombDepois de muitas realizações, principalmente na área das ciências exatas, Coulomb ocupou (entre 1802 e 1806) o cargo de general de instrução pública, na própria Académie des Sciences. Foi quando voltou seu foco para o campo da educação. Foi também em 1802 que Coulomb se casou com Louise Françoise Leproust Desormeaux, com quem teve dois filhos.

O físico faleceu em Paris, em 1806, e sobre ele Jean-Baptiste Biot* declarou: “É a Borda** e a Coulomb que se deve o renascimento da verdadeira física na França. Não a física detalhada e hipotética, mas a física engenhosa e precisa, que observa e compara tudo com rigor”.

*físico, astrônomo e matemático francês, nascido em 1774.

** Jean-Charles de Borda, matemático e cientista político francês, nascido em 1733.

Assessoria de Comunicação

15 de junho de 2012

USP é eleita a melhor universidade da América latina

 A Universidade de São Paulo (USP) foi eleita a melhor Universidade da América latina, de acordo com ranking publicado pelo “QS”, grupo britânico responsável por uma das principais classificações universitárias do mundo.

Também figuram na lista a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 3º lugar, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 90º.

Para avaliar as Universidades latinas, o “QS” adaptou os pesos de alguns dos critérios usados no ranking mundial.

Para mais informações, acesse http://www.usp.br/imprensa/?p=21788

Com informações da Sala de Imprensa da USP

Assessoria de Comunicação

15 de junho de 2012

Observações astronômicas inusitadas serão tema principal da palestra

No próximo “Ciência às 19 horas”, marcado para o dia 19 de junho (próxima terça-feira), é o físico, Cristiaan Huygens, e suas diversas observações astronômicas (incluindo a descoberta do anel em torno de Saturno) que protagonizarão a palestra ministrada por Carlos Farina de Souza, docente do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em linguagem descontraída e acessível, Farina contará alguns casos da história da física, como, por exemplo, como a dor de dente de Pascal mudou o curso da história, levando Huygens à construção de um pêndulo isócrono (que ocorre ao mesmo tempo ou intervalos de tempo iguais).

Ciencia-junho-2012

A palestra, como de costume, será realizada no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, e tem início às 19 horas.

A entrada é franca e todos estão convidados a participar.

Assessoria de Comunicação

14 de junho de 2012

Docente do IFSC ministra palestra em fórum

Rio20No próximo dia 15 de junho, o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Igor Polikarpov, ministrará a palestra “Desafios de transformar biomassas em etanol de segunda geração”, no fórum da Rio+20, que será realizado entre às 17 e 19 horas.

A palestra será realizada na Plenária 3 “Recursos Naturais e Energia”.

Para mais informações, acesse o site da Rio+20.

Assessoria de Comunicação