Notícias

22 de maio de 2012

Inscrições encerradas

No próximo dia 21 de maio, pesquisadores de quaisquer áreas terão uma nova ferramenta de auxílio para realização de seus trabalhos científicos.

A partir de segunda-feira (21), na ocasião da Tarde da Escrita Científica do campus da USP São Carlos, será lançado o Portal da Escrita Científica do campus USP São Carlos, site que irá fornecer uma extensa base de dados, download de cursos completos e vídeos de palestras sobre escrita científica, softwares para o aprendizado de escrita científica e análise de textos, entre outras coisas.

De acordo com o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Valtencir Zucolotto, um dos coordenadores da iniciativa e ministrante de cursos de escrita científica há sete anos, a criação do Portal foi uma iniciativa das bibliotecas de todas as Unidades do campus (IFSC,ICMC,IAU,EESC e IQSC). “Essa iniciativa foi um esforço conjunto, mas, principalmente, das bibliotecas do campus, que catalisaram a realização desse Portal. Inclusive, isso foi surgindo pela tradição da escrita científica do campus”, conta Zucolotto.

Embora o evento tenha como foco o lançamento do Portal, duas palestras serão ministradas aos presentes, tratando da escrita científica por Zucolotto e pelo docente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Gilson Volpatto (que, inclusive, já possui livros publicados sobre escrita científica).

Após as duas palestras, haverá, também, uma mesa redonda para, finalmente, ser feito o lançamento do Portal da Escrita Científica do campus USP São Carlos. “O Portal poderá ser acessado por qualquer pessoa. Em princípio, ele está, somente, em português, mas, em breve, também será disponibilizado na língua inglesa”, adianta Zucolotto.

O público-alvo do Portal são pesquisadores, como um todo. Mestrandos, doutorandos ou pós-doutorandos encontrarão diversas ferramentas úteis e um número grande de informações, inclusive sobre cursos pelo Brasil e links internacionais que tratem do assunto.

Os interessados em participar da Tarde da Escrita Científica do campus da USP São Carlos devem fazer sua inscrição pela internet, através do endereço http://www.ifsc.usp.br/biblioteca/int.php?acao=inf&eid=14&cid=73 .

O evento tem início às 13h45 do dia 21 de maio e será sediado no auditório “Pau Brasil” do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), que fica localizado à Avenida do Trabalhador são-carlense, 400.

A inscrição é gratuita e todos estão convidados a comparecer.

Clique aqui para ver uma pequena apresentação sobre a Tarde da Escrita Científica do campus da USP São Carlos.

Assessoria de Comunicação

18 de maio de 2012

A RMN e o ouro negro

Uma estratégia comum entre pesquisadores, com o objetivo de obter resultados mais rápidos em seus estudos (obviamente sem prejudicar a qualidade do trabalho), é analisar objetos, indiretamente.

Andre-TitoExemplo disso é a pesquisa desenvolvida pelo doutorando do Laboratório de Espectroscopia de Alta Resolução (LEAR) do Grupo de Ressonância Magnética do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), André Alves de Souza, que estuda rochas com características comuns às rochas de petróleo. Mas, em primeiro lugar, o que seriam as rochas de petróleo?

O petróleo, seja o que já é extraído em grande escala, seja o do pré-sal, fica armazenado dentro de rochas porosas (rochas de petróleo) e são capazes de manter o petróleo armazenado por muito tempo. “Essas rochas têm buracos, mesmo. É como se fossem esponjas bem pequenas”, exemplifica André.

As rochas estudadas por André não são retiradas de poços de petróleo, mas sim de pedreiras comuns, que ficam na superfície. Porém, as características entre ambas são muito similares. “Quando se explora um poço de petróleo, precisam-se saber três coisas: se tem petróleo – e não só água -, se o petróleo é leve ou pesado e, finalmente, como é o tipo de rocha na qual ele está armazenado”, elucida o pesquisador.

Diante das peculiaridades de cada rocha e tipo de petróleo que elas armazenam, estudar rochas “irmãs” é uma vantagem. Sendo assim, toda informação que as rochas comuns puderem fornecer, mesma análise pode ser feita no próprio poço de petróleo sobre as rochas que armazenam o “ouro negro”. “Uma das rochas que estudamos é do mesmo tipo daquela que deu corpo ao Empire State Building“, conta.

Nesse momento, entra a técnica de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), estudada pelo aluno em seu doutorado, que servirá de ferramenta para identificar a porosidade e o tipo de petróleo que está sendo explorado.

A importância do estudo das rochas “irmãs”

Em alguns casos, há petróleo de boa qualidade, porém preso em uma rocha com poros muito pequenos. O gasto de energia para essa retirada do petróleo, por sua vez, será maior, encarecendo o preço do combustível. Portanto, algumas vezes, o custo da retirada não compensa o preço pelo qual o barril é vendido. “A técnica para retirada do petróleo não pode custar mais do que o preço do barril, senão não há lucro”, explica André.

Esses e outros motivos justificam a importância da pesquisa de André, que é direcionada para caracterização das rochas de reservatórios. Ainda durante o doutorado, ele teve oportunidade de realizar um estágio na empresa franco-americana, Schlumberger, a maior prestadora de serviços para campos de petróleo, o que trouxe mais “combustível” à sua pesquisa (e novas informações).

Em 2010, André realizou seu estágio (de cinco meses) em um dos centros de pesquisas da Schlumberger, a Schlumberger-Doll Research (Boston-EUA) e, após o término, foi efetivado na empresa, mas, dessa vez, para trabalhar no recém-inaugurado centro de pesquisas brasileiro da empresa, a Schlumberger Brasil Research and Geoengineering Center, sediado no Rio de Janeiro e focado na gestão de conhecimento sobre o pré-sal.

Embora não diretamente relacionada ao novo trabalho de André, sua pesquisa no IFSC o auxilia em grande parte de suas tarefas. “Por RMN, será possível extrair informações sobre as rochas de petróleo e sobre o próprio petróleo, o que poderá ajudar na montagem de um plano para exploração do combustível”, explica.

A RMN e o petróleo

Andre-Tito-1Os estudos de André são mais voltados aos fluidos dentro da rocha do que à rocha, propriamente dita. Tais rochas, que tem comum com as rochas de petróleo, principalmente, a porosidade e permeabilidade, são ocas. Por isso, são saturadas com salmoura (água e sal), para deixá-las ainda mais parecidas com as rochas de petróleo. “Podemos enchê-las com óleo, também, que imita o petróleo”, conta, “mas, o que nos importa é o óleo, e não a rocha. O tipo de rocha reservatório é que irá determinar se a extração em uma determinada jazida será economicamente viável ou não. Daí a importância em se estudar rochas porosas”.

A grande questão é como a medida de RMN possibilita que se conheça a rocha, ou seja, quanto de óleo cabe nela, o que informa, consequentemente, o quanto de partes vazias existe. “Isso me informa a capacidade da rocha de armazenar o petróleo. No quesito porosidade, quanto mais permeável for a rocha, mais fácil será extrair o petróleo armazenado”, explica André.

Tais informações são úteis à indústria, que poderá usá-las para aprimorar técnicas de extração de petróleo já existentes ou, até mesmo, criar novas. Com dados sobre permeabilidade e porosidade das rochas de petróleo em mãos, o processo é simplificado e otimizado. “O resultado de minha tese é, justamente, uma melhoria do modelo já existente de RMN para a caracterização de rochas porosas”.

O que já foi descoberto durante o desenvolvimento da tese de André, imediatamente será utilizado em seu trabalho. Quanto a projeções futuras, somente a continuidade das pesquisas e o misterioso oceano é que poderão dizer.

Assessoria de Comunicação

17 de maio de 2012

Instituto abre duas vagas para Professor Doutor

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do edital ATAC/IFSC-11/2012, torna pública, a todos os interessados, as inscrições ao concurso público de títulos e provas, para o provimento de um cargo de Professor Doutor, em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa, referência MS-3, para o Departamento de Física e Ciência dos Materiais do IFSC/USP, com um salário inicial de R$8.211,02.

As inscrições estarão abertas entre os dias 30 de março de 2012 e 28 de maio de 2012 e deverão ser feitas na Assistência Técnica Acadêmica (ATAc/IFSC) de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 ou das 14h às 16h30.

Para acessar o edital do concurso e formulário de inscrição, acesse o “Edital ATAc/IFSC-11/2012” no link “Concursos” do site do IFSC.

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do edital ATAC/IFSC-12/2012, torna pública, a todos os interessados, as inscrições ao concurso público de títulos e provas, para o provimento de um cargo de Professor Doutor, em regime de dedicação integral à docência e à pesquisa, referência MS-3, para o Departamento de Física e Ciência dos Materiais do IFSC/USP, com um salário inicial de R$8.211,02.

As inscrições estarão abertas entre os dias 30 de março de 2012 e 28 de maio de 2012 e deverão ser feitas na Assistência Técnica Acadêmica (ATAc/IFSC) de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 ou das 14h às 16h30.

Para acessar o edital do concurso e formulário de inscrição, acesse o “Edital ATAc/IFSC-12/2012” no link “Concursos” do site do IFSC.

A ATAc/IFSC fica localizada à avenida do Trabalhador são-carlense, 400, Parque Arnold Schimidt.

Para maiores informações, basta ligar para (16) 3373-8669 ou escrever para atac@ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação

15 de maio de 2012

Unidades do campus trazem “Tarde da escrita científica”

No próximo dia 21 de maio, a partir das 13h45, ocorrerá a “Tarde da Escrita Científica do Campus USP de São Carlos”.

O evento, que será sediado no auditório “Pau Brasil” do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), contará com palestras do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Valtencir Zucolotto, e do docente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Gilson Volpatto, que falarão sobre a importância da escrita para internacionalização da ciência, dando dicas para construção de uma boa redação científica.

Na oportunidade, será lançado, também, o “Portal da Escrita Científica do Campus USP de São Carlos”, espaço organizado pela comunidade do campus, para reunir interessados em escrita científica.

A “Tarde da Escrita Científica do Campus USP de São Carlos” é uma realização conjunta da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP), Instituto de Ciências Matemáticas de Computação)ICMC/USP), Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Instituto de Química de São Carlos (IQSC), Centro de Informática de São Carlos (CISC)e Prefeitura da USP São Carlos (PUSP-SC).

Para inscrever-se no evento, acesse o site http://www.ifsc.usp.br/biblioteca/eventos

Assessoria de Comunicação

15 de maio de 2012

O que os professores pensam

Indo para o seu segundo ano de realização, o programa Universitário por Um Dia (1Dia), do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), prossegue a todo vapor!

Se a meta para o ano de 2012 era receber 5 mil alunos, ao que tudo indica ela será cumprida facilmente, uma vez que, até o momento, já estão agendadas visitas até dezembro, trazendo um saldo superior a 4.500 alunos.

Esses números podem ser facilmente explicados quando, ao conversar com alguns professores que têm acompanhado os alunos nas visitas, se verifica qual a motivação de todos eles. Se a maioria dos alunos participa do programa pela primeira vez, alguns professores já estão em sua terceira visita e tudo isso porque sentiram melhorias no seu conhecimento e mais ânimo em sala de aula.

Os professores “novatos” na participação do 1Dia, antes mesmo de finalizar a primeira visita, já pensam na segunda. “Já participamos, há dois anos, da Olimpíada Brasileira de Física [OBF]; então o IFSC mandou um e-mail, comunicando sobre o programa”, explica a professora do Objetivo de Aguaí (124 Km de São Carlos), Angélica Santos Lucchesi, que agendou a visita para treze alunos, há dois meses.

Acompanhada de outro professor da escola, Tallis Felipe Boa Ventura, ela afirma que os alunos se encantaram com os experimentos e complementa, dizendo que a organização, durante a visita, foi o que mais chamou sua atenção. “Já fizemos visitas em outras universidades e nos sentimos perdidos! A acolhida e o assessoramento prestados para nós, aqui, foi algo inédito. Tivemos espaço para conhecer as dependências, sozinhos, mas, ao mesmo tempo, contando com a orientação de alguém e isso fez toda diferença”.

Já Francisco Carlos Zanetti e Luiz Ricardo Gaierdo, da Escola Técnica “Dr. Francisco Nogueira de Lima”, de Água Branca (110 Km de São Carlos), são “veteranos” no programa. “No ano passado, trouxe três turmas de três escolas diferentes para participar do programa e já temos três visitas agendadas para esse ano”, conta Luiz Ricardo, que trouxe 38 alunos para segunda visita de 2012 e 40 alunos na primeira.

1Dia-professores-4As reincidentes visitas têm explicação. Francisco e Luiz Ricardo, professores de física, contam que a melhoria em sala de aula, depois da participação dos alunos no 1Dia, foi visível. “Um aluno comenta com o outro, ‘Estive no IFSC e foi super legal, vou me empenhar mais nos meus estudos, pois quero estudar numa universidade de ponta como aquela’. Achamos isso bem interessante”, conta Francisco. “No ano passado, em um dos colégios que eu dava aula de química, eu pedi aos alunos que desenvolvessem um trabalho e um dos alunos usou exatamente um dos exemplos que teve no 1Dia no trabalho dele”, felicita-se Luiz Ricardo.

Sejam de escolas particulares, sejam de escolas públicas, qualquer um dos professores entrevistados entusiasma-se com a parte experimental da visita. “Tudo é diferente para os alunos, pois não dispomos de muitos materiais e equipamentos que eles vivenciam no programa. Tudo é muito bem feito e sempre aquilo que produz um maior efeito visual é o que os alunos mais comentam, mas, no geral, tudo é bem comentado”, conta Luis Carlos Claro, professor do Centro Educacional Jardins, localizado em Piracicaba (102 Km de São Carlos).

O professor, que também já fez três visitas ao IFSC, através do 1Dia, afirma que todos os alunos fizeram comentários positivos, inclusive relacionados à infraestrutura, atendimento e desenvolvimento das atividades do programa.

À propósito, Luis Carlos e seus alunos não foram os únicos encantados com a infraestrutura da Unidade e do campus. Angélica também faz questão de fazer comentários sobre esse assunto. “Achei muito legal a explicação sobre a infraestrutura da USP e tudo que ela oferece aos alunos. Senti que alguns ficaram mais seguros para prestar, inclusive, o curso de física”, conta.

VetJá sobre as atividades como um todo e os reflexos da participação no 1Dia, os comentários positivos prosseguem. “Essas iniciativas despertam mais o interesse e curiosidade dos alunos. Infelizmente, falta muito investimento em infraestrutura nas escolas de ensino médio, no que se refere à parte experimental, principalmente. Infelizmente, não temos laboratórios e conseguimos trabalhar apenas com a teoria. Mas os alunos querem ver como tudo funciona na prática”, lamenta Francisco.

Com a opinião dos professores descrita, que pouco diverge da opinião dos alunos, fica fácil entender porque o 1Dia tem feito sucesso. E, partindo dessa premissa, também não é difícil compreender porque todos são uníssonos em dizer que outras universidades deveriam oferecer atividades desse tipo.

A torcida é para que esse tipo de programa aumente de número e, mais rapidamente, se torne notável não somente o entusiasmo dos alunos, mas a melhoria na educação do país, como um todo.

Sobre o 1Dia

O Universitário por Um Dia (1Dia), desde seu lançamento, traz ao IFSC, de segunda a sexta-feira, alunos de escolas de ensino médio ou técnicas, públicas ou particulares, de todo estado de São Paulo.

A “Sala do Conhecimento”, localizada no prédio dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF), tornou-se o local onde grande parte da programação é realizada. É lá que os alunos assistem ao “Show de Física” (experiências práticas relacionadas à mecânica, ondas, termodinâmica, eletricidade, magnetismo, óptica e física moderna) e onde passam a maior parte do dia. Mas, além disso, eles visitam diversas dependências do IFSC (laboratórios de pesquisa, salas de aula, biblioteca etc.) e almoçam no Restaurante Universitário do campus.

Para agendamentos ou informações adicionais sobre o programa, acesse http://www.lef.ifsc.usp.br/salaConhece/

Assessoria de Comunicação

14 de maio de 2012

Bibliotecas promovem projetos em desenvolvimento

Na próxima terça-feira, 15 de maio, às 14h30, as bibliotecas do campus USP- São Carlos apresentarão projetos em desenvolvimento, que impactarão estrategicamente a gestão dos recursos informacionais da Universidade.

O evento, iniciativa do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBiUSP), também contará com a presença da docente da Escola de Comunicação e Artes (ECA/USP) e diretora do SIBiUSP, Sueli Mara Soares Pinto, que apresentará os novos produtos e serviços relativos à gestão estratégica de informação para USP.

Confira abaixo a programação:

14h30 Abertura
14h50 Apresentação dos projetos e respectivas equipes

Portal de Busca Integrada- equipe SIBiUSP

Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP- equipe SIBiUSP
Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP- equipe SIBiUSP
Biblioteca Digital de Obras Raras e Oficina de Digitalização- equipe SIBiUSP- prof. Edson Gomi (EP/USP) e prof. Pedro Luis Puntoni
Portal de Revistas USP- equipe USP- prof. Adalberto Pessoa Jr.  e demais membros da Comissão de Credenciamento de Revistas
Centros de Assessibilidade- equipe SIBiUSP- prof. José Eduardo Vicente (ECA/USP), prof. Lucia Vilela Leite Filgueiras e prof. Sandra Lucia Amaral de Assis Reimao
Objetos Educacionais de Aprendizagem- equipe SIBiUSP- prof. Mary Caroline Skelton e prof. Chao Lung Wen

O evento será sediado no anfiteatro térreo do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e seu término é previsto para às 16h30.

A entrada é gratuita e toda comunidade está convidada a participar.

Assessoria de Comunicação

14 de maio de 2012

Novo colaborador

A partir de hoje, 14 de maio, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) conta com nova colaboração: Edson Giuliani Ramos Fernandes, docente admitido junto ao Departamento de Física e Informática (FFI).

Edson

O IFSC dá boas-vindas ao novo servidor!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

11 de maio de 2012

A ameba fatal

Essa doença leva de 10 a 12 dias para matar uma pessoa. A infecção que causa no organismo é tão grave que não há tempo, sequer, para fazer um diagnóstico. Não, não estamos falando de uma doença nova, mas sim da Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP), causada por um ser unicelular (com uma só célula) que já existe a 1,2 bilhão de anos, a Naegleria fowleri.

NaegleriaA poderosa ameba, que faz parte de uma classe de amebas de vida livre, vive em locais assustadores para nós, uma vez que, regularmente, frequentamos águas mornas recreacionais. Sim: piscinas não cloradas ou pouco cloradas, águas de rios, lagos, represas e, até mesmo, caixas d´água são o habitat da Naegleria, que entra no organismo através da mucosa nasal, indo, finalmente, até o sistema nervoso central e matando o hospedeiro.

Mas, embora os dados escassos sobre a doença no Brasil não permitam tirar conclusões sobre a parasitose, o número de infectados nos EUA, por exemplo, não chega a oito por ano.

Porém, mesmo fazendo um pequeno número de vítimas, a incidência de MAP tem aumentado, em virtude do aquecimento global, que deixa as águas mais aquecidas, tornando-as propícias à proliferação da Naegleria. Com sete vítimas da MAP nos EUA, antes mesmo do término do primeiro semestre de 2012, o assunto ganhou maior notoriedade, assim como tem crescido o número de pesquisadores interessados em estudá-la.

No Grupo de Cristalografia (GC) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o pesquisador, Marco Túlio Alves da Silva, com o auxílio do docente do IFSC, Otavio Thiemann, e dos pesquisadores, Fernanda Cristina Costa (IFSC/USP), Daniel Silvestre (Faculdade de Medicina- FM/USP) e Victor Caldas (IFSC/USP) dedicam seu tempo para estudar a ameba, mas, espertamente, encontraram uma alternativa muito menos arriscada: analisar sua “parente”, a Naegleria gruberi, que não é patogênica, ou seja, não transmite a fatal doença para humanos.

A Naegleria, em vida livre (no ambiente), é uma predadora e se alimenta de bactérias. Já em laboratório, a Neagleria gruberi cresce em meio axênico, onde todos os nutrientes são colocados para que a ameba cresça sozinha. “Se colocarmos bactérias nesse meio, ele não será mais axênico, pois ela terá outro organismo para ajudá-la a crescer”, explica Marco Tulio.

A vantagem do meio axênico é que não há interferência de outros organismos vivos. “Na ausência de outros organismos, não existirá a interferência do metabolismo de um no metabolismo do outro, portanto conseguimos trabalhar melhor”, conta Tulio.

O principal objetivo dessa pesquisa, no entanto, é o entendimento sobre a maneira como um aminoácido raro, chamado “selenocisteína”, é incorporado em proteínas específicas de Naegleria, chamada de selenoproteínas. Mas, qual o porquê disso?

Proteínas e aminoácidos chave

Há três anos, não se conhecia o genoma da Neagleria. Consequentemente, não se sabia se a selenocisteína existia nesse organismo. O que já era sabido é que a presença desse aminoácido no organismo pode auxiliá-lo na sobrevivência em circunstâncias específicas. “A Naegleria está submetida a diferentes condições e, de vez em quando, há alterações muito bruscas no meio onde ela vive. Isso possibilita que ela use selenoproteínas, para se defender desse ambiente estressante”, elucida Tulio.

Assim, os pesquisadores do GC isolaram o gene da Naegleria gruberi, o qual sofreu uma provável fusão de dois genes. Como produto, observa-se a presença de uma proteína com dois domínios (diferentes regiões da proteína, que exercem distintas funções), cada um com uma função específica. Um deles está envolvido no processo de produção de selenocisteína e o outro auxiliaria na detoxificação de selênio, que consiste na retirada de selênio na célula. “Organismos de vida livre podem passar, em algum momento, a viver numa região rica em metal pesado, e o selênio, mesmo sendo muito importante para o organismo, em excesso, pode causar danos muito grandes”.

Embora o número de vítimas de Naegleria seja melhor contabilizado nos EUA, a doença causada pela ameba faz vítimas no mundo todo. “O que falta, no Brasil, são dados específicos sobre a Neagleria. No GC, começamos a trabalhar com uma ideia evolutiva, pois ela é muito antiga, e foi quando o trabalho começou a ganhar corpo”, conta o pós-doutorando.

Próximos passos

Naegleria-1A pesquisa caminha na identificação da estrutura da proteína descrita acima (com os dois domínios juntos) e na identificação de seus domínios independentemente. Tais domínios foram separados, através de técnicas de biologia molecular, e estão sendo estudados separadamente. “Agora tentaremos entender a estrutura desses domínios isoladamente e em conjunto”, explica Tulio.

Esse tipo de estudo, que possibilita a visualização de regiões diferentes da proteína, permite, também, pensar-se em inibidores à doença. “Embora estejamos em uma etapa preliminar, podemos desenhar inibidores, que não interfiram na célula humana”.

Pesquisas anteriores já trazem dados interessantes sobre a Neagleria: 60% da poeira doméstica têm cistos de amebas de vida livre. Só não se sabe se são da Neagleria fowleri, sua “versão” mortal.

As infecções causadas por amebas de vida livre- caso da Naegleria- são erráticas, ou seja, não deveriam ocorrer no organismo humano. Por esse motivo, sua evolução no organismo é extremamente rápida e, geralmente, acomete o sistema nervoso central. O tratamento existe, mas, pela rapidez com que se dissemina, não há tempo para cura ou sequer para o diagnóstico. “A maioria dos diagnósticos de Neagleria é feito post mortem”, explica Tulio.

Trabalhando, em princípio, somente com pesquisa básica, Tulio conta que sente falta de dados no Brasil sobre a doença. A escassez de informação também atrapalha a pesquisa e sua consequente evolução. “Não tenho o número de casos de MAP no Brasil, regiões mais expostas; não temos dados de como a atividade industrial pode aumentar ou diminuir o número de formas de Neagleria“, afirma o pesquisador.

Portanto, embora trate-se de uma doença rara, a fatalidade da MAP é motivo suficiente para estudos mais dedicados e aprofundados. Alguns pesquisadores brasileiros, incluindo os do IFSC, já estão fazendo sua parte. Basta que mais esforços sejam despejados para que essa doença passe do “cargo” de mortal para escassa e, com muito otimismo, erradicada.

Assessoria de Comunicação

10 de maio de 2012

Novo presidente

A partir do dia 10 de maio, o novo presidente do Programa de Pós-Graduação em Física é o docente, Otávio Henrique Thiemann, em substituição ao docente, Tito José Bonagamba.

Abaixo, segue a nota de agradecimento do ex-presidente:

“Prezados alunos, funcionários e docentes do IFSC,

Após longos anos de atividades no âmbito da Pós-Graduação do IFSC, oito anos como coordenador do Programa junto à CAPES, e seis como Presidente da CPG [Comissão de Pós-Graduação], meu mandato encerrou-se ontem, 09/05/12.

Foi uma intensa jornada, que, felizmente, contou com a participação crítica e colaboradora de todos vocês.

Agradeço o apoio recebido de todos e desejo êxito ao meu sucessor, Prof. Otávio H. Thiemann.

Atenciosamente,

Tito J. Bonagamba”

Assessoria de Comunicação

10 de maio de 2012

Confira algumas fotos do último treino das brasileiras no CEFER

Na manhã da última quarta-feira, as atletas da seleção feminina brasileira de vôlei estiveram no ginásio do Centro de Educação Física, Esportes e Recreação (CEFER/USP) para realizar o último treinamento antes do início da rodada do pré-Olímpico, que tem início na quarta-feira e é encerrada no domingo.

Confira, abaixo, algumas fotos do treino das brasileiras:

Volei

Volei-1

Volei-2

Volei-3

 

 Assessoria de Comunicação

9 de maio de 2012

Inscrições terminam essa semana

As inscrições para Olimpíada Brasileira de Física (OBF) de 2012 terminam no próximo sábado, 12 de maio.

A OBF, que tem como objetivo despertar e estimular o interesse pela Física e ciências, como um todo, abre participação para todos os estudantes do 9º ano do ensino fundamental, 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio, além de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), das escolas públicas do país.

A OBF ocorrerá em duas fases, e os alunos serão divididos em três níveis, de acordo com seu grau de escolaridade.

A 1ª fase ocorre em 28 de agosto e a 2ª em 10 de novembro.

Para informações mais detalhadas sobre o regulamento, acesse http://www.obfep.org.br.

Assessoria de Comunicação

8 de maio de 2012

Em que “pé” está?

Menos de um ano após o início dos testes com voluntários para o tratamento da onicomicose (mais conhecida como “micose de unha”), utilizando equipamento desenvolvido no Laboratório de Apoio Tecnológico do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o composto fotossensibilizador, feito por uma empresa nacional, os resultados são satisfatórios e animadores, especialmente aos pacientes tratados.

Do início de 2011, quando os testes tiveram início em São Paulo, até o presente momento, onde pacientes em São Carlos e Ribeirão Preto também já são beneficiados, totalizando 90 pacientes, 10 deles já estão dispensados do tratamento, com cura completa das unhas infectadas. “Não tratamos casos simples, até porque quem se candidatou à pesquisa foram aqueles que já tentaram de tudo e não tiveram nenhuma melhora”, conta Natalia Mayumi Inada, pesquisadora do Grupo de Óptica do IFSC e orientadora da pesquisa.

Dos 10 casos tratados, a micose foi eliminada completamente e não houve mais manifestação da infecção. “A duração do tratamento, obviamente, depende de cada caso. Alguns estão mais avançados e o tratamento pode chegar a um ano. Mas, em casos mais simples, pode durar, apenas seis meses”, afirma Ana Paula da Silva, autora do projeto.

As pesquisadoras afirmam que o paciente é quem determina o desenrolar do tratamento. Pensando-se no “antes”, aqueles que já ingeriam remédios para cura da infecção, provavelmente apresentarão mais resistência ao novo tratamento. Pensando-se no “durante e no “depois”, alguns cuidados de higiene são determinantes para o suceMicose-1sso, como trocar as meias contaminadas ou andar mais constantemente com sapatos abertos, não compartilhar instrumentos de manicure e pedicure (inclusive as lixas), proteger os pés em banheiros e chuveiros públicos etc. “Normalmente, os pacientes que se automedicam são os mesmos que não seguem os cuidados necessários durante o tratamento. Nós eliminamos o fungo, mas se a pessoa continua usando uma meia contaminada, por exemplo, não adianta nada. Normalmente, nesses pacientes demoramos mais tempo para observar resposta ao tratamento”, afirma Ana Paula, que também conta que as unhas dos pacientes mais cuidadosos respondem mais rapidamente.

A análise dos resultados é dividida em algumas fases: a primeira é a análise clínica, feita por um podólogo, onde um diagnóstico visual é feito. “Sabe-se que uma unha sadia cresce mais rápido do que a doente. E ‘à olho nu’, a melhora, também, é facilmente vista”, conta Ana Paula. “Também acompanhamos o crescimento da unha dos voluntários e registramos as medidas utilizando um paquímetro*”.

O próximo passo, depois disso, é a análise laboratorial, onde é coletado o material da unha, antes e depois do início do tratamento, para verificar se o fungo ainda está na unha ou não. “Não fazemos somente a raspagem superficial da unha, mas também embaixo dela, pois muitos resultados de análise laboratorial podem dar falsos negativos, porque a coleta é feita erroneamente”, explica Natalia.

Sobre o número de desistentes, embora as pesquisadoras ainda não tenham dados precisos, elas afirmam que o número é grande. “Como é um tratamento demorado [duas horas a cada 15 dias], às vezes o voluntário não pode sair do trabalho ou de sua cidade para fazê-lo”, diz Ana Paula.

Os dez pacientes dispensados do tratamento tiveram todas as unhas curadas e só assim o tratamento é dado como finalizado. “Dos 90 pacientes envolvidos na pesquisa, nenhum deles faz o tratamento em uma única unha. Se algum paciente só apresentou duas unhas tratadas, de um total de dez doentes, por exemplo, não consideramos o tratamento como finalizado”, explica Natalia.

Os principais envolvidos

Coordenada pelo docente do IFSC, Vanderlei Salvador Bagnato, a pesquisa conta, atualmente, com alguns parceiros: Faculdade Anhembi Morumbi (São Paulo), clínica “BomProPé” (São Carlos), clínica “Studio 1” (Ribeirão Preto) e, obviamente, o próprio IFSC, que desenvolveu o equipamento. O insumo farmacêutico, com propriedade de ativação fotodinâmica, é fornecido pela empresa farmacêutica “PDT Pharma” e, em um futuro próximo, uma empresa colaboradora fabricará os equipamentos em série.

Micose-fotosAs patentes da técnica e do equipamento já foram concluídas, mas a Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) ainda não aprovou seu uso, o que deve ser feito até o final do ano.

Por uma limitação de profissionais e pesquisadores envolvidos, além da grande procura, as pesquisadoras, no momento, não recrutam mais voluntários para participar da pesquisa. “Se não limitarmos, não conseguiremos fechar a pesquisa para disponibilizar a técnica para a sociedade”, lamenta Natalia. “Mas, mesmo assim, não deixamos os interessados sem respostas. Sempre os informamos sobre o andamento da pesquisa e, em caso de desistências, entramos em contato com aqueles que estão em lista de espera”.

Micose-_fotos-1Mas, ao que tudo indica, no início de 2013 esse tratamento estará disponível a todos. “Isso depende das empresas colaboradoras. Em relação à nossa parte, há muita dedicação. A Ana Paula sempre acompanhou os pacientes, até mesmo nas clínicas de podologia, além de consolidar este estudo com experimentos in vitro, analisando, entre outros mecanismos, a interação dos fotossensibilizadores com os fungos, pela técnica de microscopia confocal”, afirma Natalia.

Sobre o tratamento

O Grupo de Óptica do IFSC tem trabalhado há alguns anos com a técnica de inativação fotodinâmica de microrganismos causadores de doenças. Sabendo deste potencial da técnica na inativação de fungos e bactérias, e considerando o quadro atual do tratamento da micose de unha, foi pensado um projeto de pesquisa nesta área e um protótipo do equipamento foi desenhado.

Micose-_depoimentoPara visualizar a onicomicose, Ana Paula faz uso de um equipamento de fluorescência, já disponível no mercado para o diagnóstico de cáries e placas bacterianas. O equipamento permite uma localização mais exata dos fungos causadores da infecção, através da fluorescência característica do próprio micro-organismo.

Já para realização do tratamento, é utilizado um equipamento que emite luz em comprimento de onda específico, com a função de ativar o composto fotossensível que, já em contato com a unha doente, gera espécies reativas de oxigênio, por sua vez prejudiciais aos micro-organismos. A medicação fica em contato direto com a lesão durante apenas uma hora, iluminada por vinte minutos.

Num primeiro momento, pode ser que o tratamento só seja disponibilizado em clínicas particulares. Mas, as pesquisadoras vislumbram que o tratamento seja, um dia, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que livrará os pacientes dos custos. “Passamos aos pacientes a esperança de que, em breve, esse tratamento esteja disponível, ao menos, em um preço acessível”, finaliza Natalia.

Para mais informações sobre o tratamento de onicomicose do IFSC, clique aqui.

*instrumento de precisão para medidas de comprimento

Assessoria de Comunicação

4 de maio de 2012

O dinossauro do espaço

Dos bilhões de estrelas que frequentam nossa galáxia, atualmente, pelo menos uma delas pode ser considerada um dinossauro. A comparação com o abolido animal não se deve somente por sua idade avançada, mas, especialmente, pelo fato de ela estar, ao que alguns estudos indicam, muito próxima da extinção.

Eta_CarinaeA Eta Carinae, representante de uma classe de estrelas de vida curta, que existiram em maior abundância nas primeiras centenas de milhões de anos do Universo, tem se destacado por diversos motivos. Algumas de suas características, como um fortíssimo brilho, tamanho expressivo e o fato de ser binária (sempre acompanhada de outra estrela) são algumas das razões que a tornam exótica.

Como se todas essas qualidades não bastassem, outro fator faz dela ainda mais relevante, principalmente para os estudiosos da área: Eta Carinae, possivelmente o último “exemplar” de sua espécie que se encontra próxima da Terra, o que possibilita seu estudo, está prestes a virar história. Na iminência de explodir em forma de hipernova* ou Gama Ray Burst (GRB)**, ela pode estar com os dias contados.

“Estrelas de grande massa, como ela, são muito importantes, pois, no passado, produziram o oxigênio que compõe a água e os organismos vivos, incluindo o nosso. Outras estrelas do mesmo tipo da Eta Carinae já foram extintas há muitos anos, a maior parte delas há 12 bilhões de anos”, explica o docente do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP), Augusto Damineli.

Diante desse quadro, através do estudo da Eta Carinae será possível descobrir como o Universo produziu oxigênio há bilhões de anos, já que esse tipo de estrela estava lá, cumprindo esse papel. “O oxigênio parou de ser produzido no universo há doze bilhões de anos, então, para sabermos nossas origens precisamos dessas informações”, complementa o docente. “Temos que observar as Eta Carinae do passado”.

Estrela comprometida

Outra interessante particularidade da Eta Carinae é que ela é “casada”: está sempre acompanhada de outra estrela em sua órbita e Damineli é quem fez essa descoberta, da seguinte forma: passou a observar a estrela mais atentamente e descobriu que, a cada cinco anos, ela andava a mesma distância. “Ninguém ‘dança’ sozinho num passo tão ritmado. Ela é, portanto, ‘casada’ gravitacionalmente, ou seja, fisicamente ligada a outras estrelas através da gravidade”, explica.

Já por ser muito grande, a quantidade de massa que ela solta é significativa, bem como a quantidade de gases coloridos que expele (um evento muito belo na galáxia, diga-se de passagem).

Caso Eta Carinae exploda, espera-se que ela produza um feixe muito fino de raios gama, como um raio laser. Esse feixe irá percorrer o universo e quem estiver no caminho saberá que, na via Láctea, terá acabado de morrer uma estrela grande. “O problema é que, dentro da via Láctea, esse feixe de raios gama é tão forte, que tudo que ele encontrar no caminho será destruído”, explica o professor.

Mas, por enquanto, os terráqueos podem respirar aliviados: a Terra não será atingida, caso isso aconteça. Até porque, se fosse, toda camada de ozônio seria arrancada de nosso planeta, impossibilitando nossa sobrevivência.

Mesmo que se construam hipóteses de que Eta Carinae irá explodir em breve – e quando se fala breve não é nos próximos dias ou meses, mas nas próximas décadas -, fica difícil mensurar uma data exata. “Olhando para essas estrelas, há vinte anos, achávamos que teríamos 500 mil anos para estudá-las. Hoje acreditamos que em poucas décadas ela morrerá, baseando-nos nas erupções que tem acontecido dentro dela”, afirma Damineli.

Fenômeno inédito?

Eta_Carinae-1Eta Carinae estar “despedindo-se” da Galáxia é um fato único. Mas os fenômenos responsáveis por sua extinção, não. Os Gama Ray Bursts, embora raros, se olharmos para apenas uma galáxia, são comuns no Universo como um todo, sendo possível detectar esses eventos algumas vezes por semana. A diferença é que tais eventos estão no término do Universo, a distâncias de bilhões de anos-luz. “Esses eventos são tão energéticos que, mesmo acontecendo muito longe de nós, nos confins do universo visível, podemos observá-los com um ‘brilho´ comparável ao de estrelas da nossa própria galáxia, embora a maior parte desse ‘brilho´ não seja em forma de luz visível”, explica o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Daniel Augusto T. Vanzella.

O docente explica que esses fenômenos são muito bem direcionados e, portanto, perdem pouca energia e conseguem propagar-se por distâncias muito grandes. “Alguns desses eventos ocorreram a 13 bilhões de anos-luz de nós e, ainda assim, somos capazes de observá-los”, conta.

E o mais interessante disso tudo é que observar um fenômeno que ocorreu no Universo a uma distância tão grande é observar o passado, de fato. “A luz que podemos observar hoje viajou por 13 bilhões de anos no Universo, é uma imagem do passado. Ou seja, nasceu no momento em que o Universo era muito jovem, ainda, e nessa época, estrelas como a Eta Carinae eram muito mais comuns, bem como os GRB’s”, explica Daniel.

Por isso, a importância de se observar a Eta Carinae e os eventos pelos quais ela passará nos próximos anos. Vanzella afirma que ela não é a última do Universo, mas a única que conhecemos em nossa “vizinhança”; as outras não sobreviveram.

Aí, entra a comparação feita por Damineli, de Eta Carinae ser com um dinossauro: sabemos que eles existiram, mas não temos mais “exemplares” do animal para estudar. Para a exótica estrela ainda resta uma chance. Basta, apenas, que ela não surpreenda a todos e exploda muito antes do que os últimos estudiosos supõem. Afinal, a imprevisibilidade, ao mesmo tempo em que é um “charme” da estrela, pode significar a extinção de um importante conhecimento.

*colapso cataclísmico, seguido de uma explosão de uma estrela supergigante, que pode levar a um buraco negro. A explosão é maior do que uma supernova, e pode ser acompanhada de uma erupção de raios gama

**traduzido por “explosão de raios gama”, está entre os fenômenos mais energéticos do Universo

Assessoria de Comunicação

2 de maio de 2012

Expectativa é de 28 mil participantes

 Entre os dias 2 e 4 de agosto, ocorrerá a 6ª edição da “Feira de Profissões da USP”, no campus da capital (São Paulo), enquanto no interior (Ribeirão Preto), a feira, que se encontra na 11ª edição, será entre os dias 13 e 15 de junho.

Graças a uma negociação, em fase de conclusão, entre a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e a Pró-reitoria de Cultura e Extensão da USP, este ano prevê-se recursos para viabilizar a presença de 28 mil alunos nas feiras, na proporção de 8 mil para o interior, e 20 mil na capital.

Com o objetivo de auxiliar estudantes na escolha de sua carreira, as Feiras oferecem informações sobre a USP, bem como catálogos, visitas monitoradas aos campi da Universidade e palestras sobre os cursos, com informações sobre atuação profissional.

Para maiores informações sobre as Feiras de Profissões da USP, clique aqui.

Com informações da Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP

Assessoria de Comunicação

2 de maio de 2012

Novos métodos de análise do CA-FA

O Comitê Assessor de Física e Astronomia (CA-FA) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o objetivo de aprimorar o processo de análise de solicitação e concessão de bolsas de produtividade em pesquisa, divulgou uma nota esclarecendo que dará mais ênfase aos aspectos qualitativos da produção científica dos pesquisadores.

Dessa forma, primará pela relevância, originalidade e repercussão da produção científica, bem como do próprio projeto de pesquisa, impacto da produção científica, contribuição específica do candidato em seu grupo de pesquisa, entre outros itens de mérito.

Tais alterações, de acordo com o vice-diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e membro do CA-FA, Osvaldo Novais de Oliveira Jr., devem ter repercussões positivas, tanto ao comitê assessor, quanto aos pesquisadores. “O presidente do CNPq, Glaucius Oliva, pediu aos comitês assessores do CNPq que revisassem a ade

CNPq-logo

quação de critérios de concessão de bolsas. Na física e astronomia, particularmente, a demanda por bolsas é muito grande e a competição é forte. Isso fez com que, ao longo dos anos, o comitê assessor [CA-FA] utilizasse critérios de indicadores numéricos de produção de artigos científicos de qualidade”, explica Novais.

O docente considera tal critério útil e relevante, uma vez que a análise é mais objetiva, facilitando o trabalho dos comitês, no momento de decidir quais pesquisadores serão contemplados ou promovidos. “Esses parâmetros eram importantes, embora nunca tenham sido os únicos. Os comitês sempre tentaram levar em conta outros parâmetros qualitativos, também”.

No entanto, os antigos critérios de análise tinham um problema de concepção, que era o de pedir do solicitante um plano de pesquisa e poucos dados sobre as contribuições passadas, enquanto que o julgamento era quase todo baseado no passado. “Isso prejudicava o julgamento, porque os pareceres dos assessores ad doc que o CNPq nomeia não eram tão úteis para a avaliação”, explica Novais.

Para eliminar essa limitação e buscar uma análise mais qualitativa, inclusive tirando melhor proveito dos pareceres dos assessores, os critérios foram alterados. Com o objetivo de fornecer elementos mais qualitativos aos assessores, o CA-FA está solicitando que os candidatos enfatizem suas principais contribuições científicas (no caso de trabalhos multidisciplinares ou em grandes equipes, que especifiquem sua contribuição individual). Outro ponto requerido dos candidatos é que discorram sobre o impacto de sua pesquisa, apresentando indicadores qualitativos. “Como os assessores terão mais informações em mãos, a análise será mais detalhada e criteriosa”, afirma o docente.

Um aspecto inovador e que, ultimamente, tem sido uma exigência, tanto em projetos do CNPq, como em grandes projetos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), é a difusão e divulgação científica. “O CNPq, assim como outros órgãos de fomento no Brasil, está incentivando pesquisadores a divulgar seu trabalho, não só em fóruns e revistas especializados, mas também para o público em geral. Isso também será levado em conta na análise”.

Com a maior ênfase nos aspectos qualitativos e nos pareceres dos assessores, o julgamento do CA-FA ficará mais subjetivo. “Haverá, inevitavelmente, riscos de injustiças num procedimento de análise subjetiva, mas a melhoria no uso dos critérios deve compensar”, afirmou Novais.

As novas diretrizes do CA-FA do CNPq devem tornar a análise de mérito similar ao que a FAPESP já faz na área de física e astronomia, segundo Novais, que também pertence à coordenação de física da FAPESP.

Para acessar o texto que reproduz o comunicado enviado pelo CA-FA, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

27 de abril de 2012

Prof. Sérgio Mascarenhas recebe título Doutor Honoris Causa

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), através de seu Conselho Universitário (ConsUni), concedeu ao docente aposentado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Sérgio Mascarenhas, o título de Doutor Honoris Causa.

A indicação foi feita pelos ex-alunos do curso de engenharia de materiais da UFSCar (DEMaEx), em razão da implantação do referido curso de graduação, em 1970, feita pelo docente.

Sobre o homenageado

MascarenhasSérgio Mascarenhas, além de criador do curso de engenharia de materiais da UFSCar, também foi o fundador do Instituto de Física e Química (IFQSC/USP) e do Centro Nacional de Instrumentação Agropecuária (unidade da Embrapa) e, atualmente, é coordenador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) de São Carlos.

Por suas realizações, já recebeu diversos títulos honorários, como professor emérito do IFQSC (1999), Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (1998), Prêmio de Mérito Científico, na classe de Grã Cruz, concedido pelo então presidente, Fernando Henrique Cardoso (2002), entre outros.

Para acessar o currículo Lattes do docente, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

27 de abril de 2012

Nova vacina mais eficiente e indolor dá primeiros passos

Os caminhos para cura da leishmaniose, doença crônica causada por protozoários, e que atinge mais de 2 milhões de pessoas anualmente em todo globo, é trabalhoso e exige uma grande esforço dos estudiosos que se dedicam a essa busca.

Izaltina-3Mas, no Grupo de Cristalografia (GC) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), pode-se dizer que, no que se refere à pesquisa básica (primeiro passo em direção ao tratamento), metade do caminho já foi percorrido. Mas, para entender o percurso, o melhor é escrevê-lo em detalhes.

A técnica chave para destruir o parasita em questão, no laboratório da Cristalografia, é a chamada “metagenômica”. O intuito final é a produção de um fármaco mais eficiente e com menos efeitos colaterais às vítimas da doença. “Muitos pesquisadores utilizam derivados de plantas e animais na busca de novos princípios ativos para o desenvolvimento de fármacos contra a doença. Mas, os medicamentos usados exigem um tratamento muito longo, são injetados no músculo ou na veia dos pacientes, dependendo do medicamento, ou seja, muito doloridos, além do forte efeito colateral que causam”, explica Izaltina Silva Jardim, pesquisadora e pós-doutoranda do GC do IFSC/USP.

Mesmo assim, alguns casos são recidivos, ou seja, o paciente fica “curado” por um tempo e, depois, a doença volta. É quando entra a técnica metagenômica, que trabalha, fundamentalmente, com bactérias ambientais, que não são cultiváveis em laboratório. Fazendo-se uma comparação com a descoberta da penicilina, onde o potencial da substância de um fungo foi descoberto ao acaso e revolucionou a medicina, se aposta nas bactérias ambientais e nas substâncias que elas produzem para trazer, como consequência, a cura da leishmaniose.

O começo do processo se dá pela coleta de amostras de solo que, por sua vez, abrigam inúmeros tipos de micro-organismos desconhecidos. Esses micro-organismos não podem ser cultivados em laboratório e por isso o seu DNA é isolado.

Na amostra de terra, os diversos micro-organismos presentes (que podem ser bactérias, fungos etc.) têm seu DNA extraído (direto da amostra). Através de enzimas de restrição, ele (DNA) é fragmentado (cortado em pedaços) e, finalmente, ligado a um vetor (cosmídeo). Resumindo, um pedaço de DNA do micro-organismo será inserido no cosmídeo, formando um plasmídeo recombinante. Esse recombinante é colocado em outra bactéria (E. Coli), esta, por sua vez, possível de ser cultivada em laboratório.

Tal procedimento é feito diversas vezes, com vários micro-organismos encontrados na amostra recolhida (aquela do comecinho do procedimento), o que resultará na chamada “Biblioteca metagenômica”. “Uma das bibliotecas que eu testei, contém 300 mil fragmentos de DNA diferentes e outra, que começaremos a testar agora, tem 500 mil fragmentos de DNA dos micro-organismos encontrados em uma amostra”, conta Izaltina.

Depois que a E. Coli recebe plasmídeo recombinante, ela é plaqueada (colocada na placa de Petri para crescer), os parasitas causadores da leishmaniose são plaqueados por cima das bactérias cultivadas, gerando uma co-cultura de bactérias e parasitas.

Algum tempo depois, reações físicas entre eles serão observadas: onde a bactéria tiver produzido uma substância que mata a leishmania, tem-se um candidato à produção de fármaco. “Ao redor da bactéria que matou a leishmania, podemos observar uma região mais translúcida”.

Todos os procedimentos descritos até agora já foram feito por Izaltina e outros pesquisadores da USP. A fase que se inicia é análise das substâncias produzidas pela E. Coli que foi capaz de matar a leishmania.

Tiros no escuro

Toda análise, além de trabalhosa (como dá a impressão) é, também, demorada. Um ano é o tempo médio para formar a Biblioteca Metagenômica, mas a colaboração entre pesquisadores catalisa o processo. Explicamos.

Na Biblioteca de 300 mil clones (fragmentos de DNA) analisada por Izaltina e construída pela docente, Mônica Tallarico Pupo, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP/USP), 35 clones foram capazes de matar a leishmania. No entanto, devido a algumas interferências (como a bactéria ter crescido sob uma situação de estresse), pode ser que ocorram equívocos em relação a sua eficiência em matar o parasita.

No entanto, em colaboração com pesquisadores da UFPR em Curitiba, Izaltina teve acesso à outra Biblioteca metagenômica (cedida pelo Dr. Emanuel Maltempi de Souza), onde encontrou 192 clones de amostras de micro-organismo de solo da Mata Atlântica e outras regiões, já isolados, mas dessa vez em meio líquido. “Mudamos, então, nossa técnica. Em vez de plaquear as bactérias e esperá-las crescer e depois plaquear a leishmania por cima, fizemos diferente. Pegamos os clones e deixamos crescer em meio líquido. Durante seu crescimento, a bactéria produz substâncias e as joga no meio. Esperamos cinco dias e depois separamos o líquido das bactérias e o colocamos na cultura de leishmania”.

IzaltinaO resultado foi muito mais animador. Dos 192 clones, 13 deram ótima atividade, ou seja, depois de testado e re-testado, cerca de 50% das leishmanias foram mortas pelas substâncias produzidas pelas bactérias e misturadas ao líquido.

O próximo passo é, justamente, isolar todas as substâncias encontradas no líquido, para descobrir qual delas é a responsável pela morte da leishmania. “Quando isolamos essas substâncias, temos que isolar suas estruturas químicas e aí, então, poderemos saber de ‘quem’ se trata”, afirma Izaltina.

Fora isso, o DNA dos 13 clones positivos será sequenciado. “Nesse sequenciamento, podemos, às vezes, identificar de qual tipo de bactéria veio a substância para chegarmos a um produto único, que poderá ser usado como remédio”.

Nova cura para uma velha doença

Todos os passos descritos do início dessa matéria até esta linha referem-se, integralmente, à pesquisa básica. A aplicação disso tudo que, numa linguagem mais simples, seria a produção de um fármaco, pode demorar alguns anos. “A substância, candidata ao fármaco, deve matar a leishmania, mas sem afetar as células humanas”, explica Izaltina.

Portanto, ainda in vitro, testes são feitos com células saudáveis e infectadas de camundongos, depois disso com células humanas saudáveis e infectadas (paralelamente fazendo testes de toxicidade, farmacológicos etc.) com a substância. Considerando que todas as etapas tenham sido bem-sucedidas e contando com aprovação de comitês de ética e agências de vigilância sanitária, iniciam-se os testes com humanos. “Começando por pacientes saudáveis e tendo observado que não houve efeitos colaterais nem reações negativas, passa-se aos pacientes infectados: primeiro grupos pequenos, depois grupos maiores. Tudo isso leva, em média, dez anos”, conta.

Izaltina-1Se parece desanimador esperar tanto tempo pela fabricação de um fármaco para cura mais rápida, indolor e “confortável” da leishmaniose, a penicilina, contando com muita sorte, só passou a ser produzida 12 anos após a descoberta do fungo que a produz. Para saber se a pesquisa valeu a pena, pergunte a qualquer pessoa que já tomou antibiótico (vale, até, perguntar a si mesmo). “Até o final deste ano, nosso plano é chegar até, pelo menos, a fase dos testes in vitro“, torce Izaltina.

Depois disso, bastam alguns anos para termos nas prateleiras das farmácias mais um produto “milagroso”, resultado do esforço e paciência dos dedicados pesquisadores.

Assessoria de Comunicação

27 de abril de 2012

O primeiro homem da maçã

Estudioso das diversas vertentes da área de exatas (química, física, mecânica e matemática), o londrino Isaac Newton teve vida longa.

Nascido em 1642, no Reino Unido, viveu 84 anos numa trajetória multidisciplinar.

Além de importantes descobertas físicas, Newton foi um dos principais precursores do Iluminismo, movimento cultural do século XVIII, na Europa, e sempre esteve envolvido nos estudos relacionados à teologia e alquimia.

Formado pelo Trinity College de Cambridge, em 1665, embora tenha se destacado nas ciências exatas, sempre se envolveu em questões filosóficas, religiosas e teológicas, o que resultou na obra mundialmente conhecida, Principia, que trouxe uma revolução sobre a mecânica celeste.

Apesar da inquietação intelectual, Isaac Newton era descrito por seus conhecidos como um homem de temperamento tranquilo e uma pessoa bastante modesta.

Isaac Newton, a gravidade e outras coisas mais

Embora não tenha sido rei ou imperador, e tenha morrido há quase 300 anos, Isaac Newton ocupa, até hoje, papel protagonista no mundo das ciências. Ele é conhecido no mundo todo e sua notoriedade vem, principalmente, de uma das mais importantes descobertas da física: a lei da gravidade.

Isaac-5De maneira lúdica, conta-se que Newton, um belo dia, sentado embaixo de uma macieira, sentiu uma maçã caindo em sua cabeça. Qualquer pessoa “normal” teria, primeiramente, se queixado do incidente. Newton, não. Foi quando ele se fez a seguinte pergunta: “O que fez a maçã cair?”.

A resposta a essa pergunta resultou em nada mais, nada menos, do que na lei da gravidade.

Outro destaque de Newton foi o teorema do Binômio, que ficou conhecido como Binômio de Newton, muito importante – e complementar – para a realização de cálculos de produtos notáveis (quem não se lembra da famosa fórmula (a + b)² = a² + 2ab + b²?).

É possível, também, que muitos se lembrem das três leis de Newton, publicadas pelo cientista em 1687. A terceira delas, a lei da Ação e Reação pode ser considerada a mais famosa e “reza” que “a toda ação, há sempre uma reação oposta, ou, as ações mútuas de dois corpos, um sobre o outro, são sempre iguais e dirigidas a partes opostas”.

Isaac-_WikipediaDe acordo com biografias do físico, seus dois anos de ouro foram durante a peste bubônica europeia, entre 1665 e 1666, quando o cientista fez as incríveis descobertas da mecânica e da própria gravitação universal, óptica e matemática.

Apesar da genialidade suprema, uma curiosidade sobre Newton: no primeiro grau, foi um péssimo aluno! Mas, o criador da lei da gravitação, da decomposição da luz no espectro solar, entre outras importantes descobertas que permeiam durante os séculos, ofuscam o mau desempenho do físico durante os primeiros anos escolares. E, certamente, servem de inspiração e consolo a muitos estudantes.

Assessoria de Comunicação

26 de abril de 2012

Interessados já podem fazer pré-inscrição

Já estão abertas as pré-inscrições para a 3ª edição da “Escola de Física Contemporânea (EFC)” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Os interessados em participar da Escola devem acessar seu site e clicar no link “pré-inscrição on-line”.

No mesmo site, em breve, haverão mais informações sobre inscrição definitiva e programação da EFC.

Sobre a Escola

A EFC, anteriormente chamada “Escola Avançada de Física”, é uma atividade de extensão que ocorre uma vez ao ano no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

O objetivo é mostrar aos participantes o mundo da pesquisa e funcionamento dos principais grupos de pesquisa do país, importância da ciência e tecnologia, entre outras coisas.

A programação é composta de palestras e atividades interativas, onde os participantes, alunos do ensino médio, aprendem um pouco mais sobre a física e suas diversas vertentes.

Para maiores informações sobre a EFC, acesse http://www.ifsc.usp.br/efc/2012/ ou envie e-mail para efc@ifsc.usp.br ou entre no perfil da EFC no Facebook.

Assessoria de Comunicação

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