Notícias

12 de março de 2014

Atualização da Produção Científica do IFSC

figura-2014Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em fevereiro de 2014, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) do lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por um pesquisador do IFSC-USP, no periódico Astroparticle physics.

 

Assessoria de Comunicação

11 de março de 2014

Belgium Wallonia Research Fellowship

O Belgium Wallonia Research Fellowship, instituto de pesquisa belga, oferece oportunidade a pesquisadores brasileiros para realização de um projeto de pesquisa na Bélgica (Bruxelas e Valonia).

Os interessados deverão acessar o endereço eletrônico http://recherche-technologie.wallonie.be/go/beware, onde irão encontrar a lista de documentos, formulários de candidatura e dados de contato dos gestores do programa.

USP_Inovao-_logoO processo de seleção levará cerca de três meses para ser finalizado, e serão realizadas três chamadas durante 2014, sendo que duas delas estão relacionadas à modalidade Beware Fellowship Indústria e uma na modalidade Beware Fellowship Academia.

Candidatos de qualquer nacionalidade poderão participar da seleção, no entanto, todos deverão possuir PhD ou uma experiência de pesquisa equivalente (no mínimo, quatro anos). Todos os campos de pesquisa são aceitáveis, no entanto o projeto de pesquisa enviado deve demonstrar aspecto inovador e/ou permitir uma transferência de tecnologia.

Os candidatos escolhidos receberão salário anual bruto de, mais ou menos, 90 mil euros, além de férias e bônus de fim de ano, custos de seguro de responsabilidade civil, contribuições para o Office National de la Sécurité Sociale (plano de saúde, aposentadoria, subsídios para filhos etc.), subsídio de mobilidade de 450 euros por mês e 18 mil euros por ano para despesas relacionadas a supervisão e orientação do pesquisador e outras despesas tais como equipamentos, viagens e consumíveis.

Para mais informações sobre chamada, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

11 de março de 2014

FAPESP e University of Bath lançam nova chamada de propostas

A FAPESP e a University of Bath, no Reino Unido, lançaram recentemente uma nova chamada de propostas no âmbito do acordo de cooperação entre as duas instituições, sendo que a seleção está voltada para o intercâmbio de pesquisadores de instituições de ensino superior e pesquisa, públicas ou privadas, no Estado de São Paulo e no Reino Unido, afiliados à University of Bath.

No Estado de São Paulo, poderão apresentar propostas pesquisadores responsáveis por auxílios à pesquisa FAPESP vigentes, nas modalidades Auxílio à Pesquisa – Regular, Projeto Temático, ou nos programas Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), Programa de Melhoria do Ensino Público, Programa de Pesquisa em Políticas Públicas e Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE). Pesquisadores principais de Projetos Temáticos, CEPID e PITE vigentes também são elegíveis para a submissão de propostas.

No Reino Unido, podem apresentar propostas à chamada membros da equipe acadêmica da University of Bath com contrato de trabalho válido durante o período total do projeto.

A FAPESP e a University of Bath concederão, cada uma, o equivalente a até £ 5,000.00 por proposta e por ano, para o período estipulado do projeto, de modo a cobrir despesas de mobilidade.

A chamada está aberta a propostas em todas as áreas do conhecimento, que serão recebidas até o dia 4 de abril de 2014, sendo que a duração máxima de cada projeto é de 24 meses.

Para consultar a referida chamada, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

11 de março de 2014

Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica

Estão abUnicamp-_logoertas as inscrições para o Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica, competição de modelos de negócios que tem o objetivo de estimular a criação de negócios de base tecnológica, a partir de tecnologias protegidas da Unicamp (patentes e programas de computador).

Os interessados têm até o dia 20 de março para se inscrever, sendo que o público-alvo da competição são alunos de graduação e pós-graduação de todo Brasil.

Para mais detalhes sobre a competição, acesse o endereço eletrônico www.inova.unicamp.br/desafio

Assessoria de Comunicação

11 de março de 2014

Instituto lança oficialmente duas publicações

O Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) recebeu no dia 07 de março, pelas 17 horas, a cerimônia de lançamento de dois livros publicados pelo Instituto de Física de São Paulo.

O primeiro livro intitula-se Aprendendo ciência e sobre sua natureza: abordagens históricas e filosóficas, da autoria das professoras Cibelle Celestino Silva (IFSC-USP) e de Maria Elice Brzezinski Prestes (IB-USP), traz trabalhos versando sobre a interface entre história, filosofia e sociologia da ciência com o ensino de ciências.livro3-500 Distribuídos em 8 partes – episódios históricos, tópicos de filosofia e sociologia da ciência, natureza da ciência, aplicações em sala de aula, materiais instrucionais, formação de professores e currículo – os capítulos deste livro discutem, ao longo das suas 562 páginas, uma ampla gama de temas sob diferentes abordagens metodológicas, epistemológicas e didáticas, refletindo a riqueza de pesquisas desenvolvidas no continente e no estrangeiro.

O segundo livro, intitulado A Física a Serviço da Sociedade, da autoria do docente e pesquisador do IFSC-USP, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Jr. e do jornalista Rui Sintra, congrega, ao longo de suas 320 páginas, reportagens e diversas matérias escritas pela Assessoria de Comunicação do IFSC-USP, que foram publicadas no site da instituição e na mídia, vertendo sobre os principais trabalhos de pesquisa iniciados, desenvolvidos e concluídos pelo Instituto de Física de São Carlos em benefício da sociedade, entre os anos de 2010-2013.

A mesa de honra, presidida pelo Diretor do IFSC-USP, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, foi composta pelo Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, Presidente do CNPq, Prof. Dr. Glaucius Oliva, Vice-Reitor da UFSCar, Prof. Dr. Adilson Aparecido Oliveira, Reitor da Universidade Anhembi-Morumbi e ex-diretor do antigo IFSQSC-USP (Instituto de Física e Química de São Carlos), Prof. Dr. Oscar Hipólito, Diretor do Departamento de Políticas para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Educação da Prefeitura Municipal de São Carlos, Dr. Pericles Trevisan, e ainda pelos professores e coautores dos livros, Osvaldo Novais de Oliveira Júnior e Cibelle Celestino Silva.

Após a apresentação das publicações por seus autores, coube a Óscar Hipólito inaugurar o período dedicado aos discursos, tendo sublinhado a importância do ensino das ciências, relativamente ao livro de Cibelle Silva, que resgata a história de ciência e levanta um problema sério que se traduz na existência, no Brasil, de menos de 15% dos jovens com idades entre os 18 e 24 anos no ensino superior: No Chile, mesmo com todos os problemas, essa porcentagem ronda os 50% e o Brasil perde, nesse quesito, para todos os seus parceiros da América Latina. Para Hipólito, o Curso de Licenciatura em Ciências Exatas é o exemplo da luta que o IFSC faz para contrariar essa realidade, desde os tempos do Instituto de Física e Química de São Carlos, referiu o Reitor.

Já na sua intervenção, Adilson Aparecido de Oliveira salientou que a divulgação científica sempre fez parte de seu percurso acadêmico e que levar à sociedade os resultados apurados pela academia é algo de importância inestimável: Se a sociedade não tiver acesso a esse conhecimento, parecerá que a ciência é exclusiva só para alguns: divulgar a ciência é prestar contas a uma sociedade que investe diretamente nela, salientou.

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Ao parabenizar os autores das duas publicações, Pericles Trevisan agradeceu em nome da Prefeitura o convite para integrar a mesa de honra do evento e manifestou a importância dos trabalhos, tendo afirmado que o Campus de São Carlos da USP é um polo importante para estabelecer parcerias, principalmente com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia. Salientou que a Prefeitura e o IFSC irão avançar rapidamente em alguns projetos que foram recentemente apresentados à Diretoria do IFSC.

Por seu turno, Glaucius Oliva destacou o papel congregador e difusor da multidisciplinaridade e interdisciplinaridade do IFSC-USP, no sentido de motivar os jovens estudantes a percorrerem os novos caminhos da ciência voltada para a sociedade, com a quebra de paradigmas, pelo que a divulgação das pesquisas deve ser incentivada e concretizada: Estamos num país que vive um momento de transição, já que o Brasil atingiu este nível, atualmente, por conta da ciência que foi capaz de fazer ao longo do tempo e que foi transferida para o setor produtivo, para a sociedade. Infelizmente, principalmente nos corredores políticos, os cientistas ainda são vistos como uma fonte de despesa e não como uma fonte de investimento para o futuro, comentou Oliva. Afirmando que os cientistas brasileiros são incapazes de difundir o que se faz de melhor nas universidades, provocando, com isso, a preferência por produtos idealizados no estrangeiro, Oliva sublinhou que fazer ciência de altíssima qualidade, na fronteira do conhecimento, é um padrão brasileiro e que (…) falar dessa mesma ciência, numa linguagem mais simples, mais comunicativa para a população é central, fundamental, sendo que o livro A Física ao serviço da sociedade vem preencher parte dessa lacuna, cumprindo uma missão, fazendo com que o IFSC se compare a outras instituições internacionais que fazem exatamente isso, há anos (…).

 

A dedicação e o trabalho desenvolvido pelo novo diretor do IFSC-USP, Tito Bonagamba, no primeiro mês à frente da instituição, foi o mote inicial do discurso de Antonio Carlos Hernandes, que sublinhou a importância das publicações lançadas, tendo enaltecido o trabalho de pesquisa que foi feito no IFSC-USP nos últimos anos: Em relação ao livro A Física a serviço da sociedade, consolidar toda a informação feita na Assessoria de Comunicação da instituição e transmiti-la à população, é algo que se deve ser enaltecido. Hernandes solicitou aos autores das publicações que enviem os PDF das mesmas para a Pró-Reitoria de Graduação para que as mesmas possam figurar no site da USP, disponibilizando-as a todos os internautas.

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Encerrando a cerimônia, o Diretor do IFSC-USP, Prof. Tito José Bonagamba fez questão de, sumariamente, contar um pouco da história da Unidade e do trabalho que sempre foi feito na tentativa de aproximar a academia da sociedade, nomeadamente através de grandes projetos de pesquisa dedicados, por exemplo, às áreas de medicina e odontologia (técnicas de diagnóstico e tratamento de doenças), bioenergia, petróleo e a preposição de novos materiais.

Outros exemplos dados por Tito Bonagamba foram a criação de empresas lideradas por egressos do IFSC-USP, que se estabeleceram em São Carlos, a introdução e desenvolvimento de programas que têm atraído milhares de alunos e de professores das redes de ensino público e privado – fundamental e médio – ao IFSC-USP, como as iniciativas “Universitário por um Dia”, “Cientista do Amanhã”, “Escola de Física Contemporânea”, todos eles iniciados pelo ex-diretor Prof. Antonio Carlos Hernandes: São programas que irão continuar, em simultâneo com um outro programa que iremos desenvolver em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, a qual daremos o nome de Ciência na Escola, que se traduzirá na realização de palestras sob coordenação de nossos docentes e que irão decorrer nas redes pública e privada de ensino da cidade, respondendo ao convite que foi feito pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, acrescentou Bonagamba. Tendo dado o exemplo de outras formas de aproximação com a sociedade, o diretor do IFSC-USP destacou o Curso Noturno de Licenciatura em Ciências Exatas, que que tem a missão de formar professores para os ensinos fundamental e médio, as atividades de divulgação científica desenvolvidas pelos CEPID sediados no Instituto, o trabalho desenvolvido pelo CDCC – Centro de Divulgação Científica e Cultural e o programa mensal denominado “Ciência às 19 Horas”, aberto à sociedade, sendo que o livro A Física a serviço da sociedade se tornou mais uma ação de aproximação com a população, promovida pelo IFSC-USP e por seus autores.

O Diretor do Instituto de Física de São Carlos anunciou sua intenção de realizar em breve, sob a coordenação da Assessoria de Comunicação do IFSC-USP e com as eventuais colaborações da “Revista Ciência Hoje” e do “LabJor – UNICAMP”, um workshop dedicado à divulgação científica, um evento que será aberto também a todos os jornalistas de São Carlos e da região que se mostrarem interessados em participar.

Assessoria de Comunicação

11 de março de 2014

Premiação de estudantes na Olimpíada Brasileira de Física 2013

O Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) ficou com sua lotação lotada no decorrer da cerimônia de premiação aos alunos do Estado de São Paulo, distinguidos na Olimpíada Brasileira de Física – 2013 (OBF), um evento que ocorreu na tarde do dia 08 de março último.

A mesa de honra desta cerimonia foi presidida pelo Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Dr. António Carlos Hernandes, que esteve acompanhado pelos Profs. Drs. Adalberto Fazzio, Diretor do Instituto de Física de São Paulo (USP), Yvonne Primerano Mascarenhas, pesquisadora e pioneira do Instituto de Física de São Carlos (USP), e Munemasa Machida, Coordenador-Ajunto da Olimpíada Brasileira de Física.

A Olimpíada Brasileira de Física é um programa permanente da Sociedade Brasileira de Física, que abrange todo o território nacional, e encontra-se subdividida pelos diversos estados. Esta iniciativa tem vários objetivos, entre os quais se destacam: estimular os alunos do ensino fundamental e médio para o interesse em Física e nas ciências, de um modo geral, proporcionar desafios intelectuais e identificar estudantes talentosos na área de Física, preparando-os para as Olimpíadas Internacionais que acontecem anualmente, representando o Brasil nessas competições. Em simultâneo, pretende-se cativar os professores a um ensino diferenciado desta área da ciência.

Na sua alocução, o Pró-Reitor de Graduação da USP parabenizou os estudantes premiados, bem como os pais e restantes familiares, tendo feito uma citação especial para as presenças das Profas. Dras. Yvonne Primerano Mascarenhas e Maria Cristina Terrile, ambas do IFSC-USP, tendo recordado suas contribuições para que a cidade de São Carlos se transformasse na “Boston do Brasil”, albergando atualmente cerca de 300 empresas de base tecnológica.

Justificando a ausência do atual diretor do IFSC – USP devido a compromissos familiares, Antonio Carlos Hernandes enfatizou a necessidade urgente de se desenvolver o ensino fundamental e médio, por forma a que o Estado e o País possam se beneficiar de uma nova massa crítica e de novos valores de excelência nas áreas de ciência e tecnologia. Dirigindo-se diretamente aos alunos, o orador sublinhou o quanto a Física representa no cotidiano de cada cidadão e o quanto ela marca o desenvolvimento e consolidação de profissões consideradas vitais, inseridas nas áreas da medicina, engenharia, meio-ambiente, farmacêutica e até mesmo computação, tendo pedido aos familiares presentes na cerimônia que incentivem os jovens estudantes a seguir a carreira de Física. Já no final de seu discurso, Antonio Carlos Hernandes parabenizou todas as mulheres presentes na cerimônia, num dia que, internacionalmente, foi dedicado a elas.

O Diretor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), Adalberto Fazzio, enfatizou o fato de, nesta edição de premiação aos melhores alunos da Olimpíada Brasileira de Física, o índice de mulheres distinguidas com medalhas ter atingido 20%, ao contrário de anos anteriores, onde essa porcentagem se situava na casa dos 10%. No seu discurso de improviso, Fazzio lembrou e sublinhou o papel e o trabalho dos professores dos ensinos fundamental e médio junto de seus alunos para a conquista das medalhas na Olimpíada, tendo prestado uma justa homenagem aos “mestres”. O orador sublinhou que a Física é a base de todas as ciências, tendo dado o exemplo do próprio Einstein, que começou sua ascensão na ciência e na sua genialidade ao se indagar e investigar como funcionava uma bússola que fora ofertada por seu pai – porque é que aquela agulha apontava sempre para o mesmo lado -, tendo rematado o seu discurso afirmando que (…) a ciência é mesmo assim, a curiosidade abre o caminho (…).

A Profa. Yvonne Primerano Mascarenhas sublinhou o “Dia Internacional da Mulher”, tendo falado exclusivamente para todas as alunas presentes na cerimônia. No seu discurso, salientou que a Física não é difícil, e que a eventual interpretação de “dificuldade” depende muito das pessoas. Contou que ela é a mais velha de três irmãs e que todas elas seguiram a carreira da Física, tendo todas se casado com físicos: Tornou-se uma família muito peculiar, pois sempre tínhamos assuntos importantes para conversar: eram conversas que mais pareciam mini-simpósios, comentou Yvonne Mascarenhas, com uma extraordinária boa disposição.

Além de ter contado um pouco de sua vida acadêmica e de sua experiência como cientista, a oradora sublinhou ainda a importância da interdisciplinaridade contemporânea. Ao parabenizar todos os alunos premiados, a pioneira do IFSC-USP dirigiu-se de forma particular às estudantes presentes: Vocês, moças, têm que ter gosto pela ciência e não têm que se preocupar pela diferença de sexo. Têm que se preocupar apenas se querem – ou não – percorrer esse caminho. Vocês, moças, não são mais as mulheres submissas, sobrecarregadas com trabalho de casa, cuidando dos filhos e dos maridos. Agora, a mulher é proativa, dedicando-se a tudo isso, mas também à sua carreira. E o marido não deve ficar triste por sua esposa se destacar: muito pelo contrário, o marido tem que estar alegre e feliz por ter uma esposa que brilha e vale mais do que trinta rúbis*, sublinhou a docente.

Para Yvonne Mascarenhas, o objetivo profissional tem que estar sempre acima de qualquer coisa o que não quer dizer que a mulher tenha que ser agressiva ou parecida com um homem. Não! A mulher não pode perder a doçura de sua feminidade, mas na sua carreira, no seu trabalho, ele deverá ter a mesma agressividade que o homem tem. O Brasil agradecerá, avançará, e o Dia da Mulher desaparecerá do calendário, pois todos os dias serão dedicados a ela, concluiu a pioneira do IFSC-USP, numa intervenção que foi demoradamente aplaudida.

Por fim, Munemasa Machida parabenizou todos os estudantes, professores e familiares pelo sucesso alcançado nesta Olimpíada Brasileira de Física de 2013, uma bonita festa que esteve sob a responsabilidade do Prof. Dr. Euclydes Marega Júnior, docente e pesquisador do IFSC-USP, que é, simultaneamente, Coordenador Nacional e Coordenador do Estado de São Paulo da OBF.

Abaixo publicamos uma seleção de imagens referentes a essa cerimônia.

*alusão ao conteúdo de um provérbio do Rei Salomão

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Assessoria de Comunicação

10 de março de 2014

Como átomos se comportam numa única dimensão?

A área de física da matéria condensada é uma das áreas em física que tem ganhado maior destaque nos últimos anos e angariado grande quantidade de pesquisadores. Os estudos principais são focados na fase condensada da matéria, ou seja, quando os constituintes desta (átomos, elétrons, prótons etc.) aparecem em grande quantidade e suas interações são fortes.

Um dos estudos mais específicos diz respeito ao comportamento das partículas fundamentais nos materiais quando submetidas a circunstâncias específicas como, por exemplo, incidência de luz ou passagem de corrente elétrica.

Matria_condensada-1Já há alguns anos, essa tem sido a área principal de estudo do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Rodrigo Gonçalves Pereira, mas numa problemática ainda mais específica do que as citadas acima. “O conceito que temos hoje é de que nosso mundo é formado por três dimensões e, em nossos laboratórios de pesquisa, os materiais analisados são, também, tridimensionais. No entanto, temos realizado experimentos nos quais ‘descartamos’ uma ou duas dimensões dos materiais que estudamos para, sob essa circunstância específica, analisar suas propriedades”, explica Rodrigo.

Mas, como realizar a proeza do “descarte” de dimensões de um material? Imagine que se tenha um conjunto de elétrons preso dentro de uma caixa tridimensional e, aos poucos, vá-se diminuindo, por exemplo, a altura dessa caixa, até que ela fique completamente achatada. “Diante disso, alguns movimentos dos elétrons serão restringidos num plano específico. Nesse momento, tem-se um sistema ‘bidimensional'”, elucida o docente.

Porém, os estudos de Rodrigo são mais audaciosos. Seu trabalho principal se dá na análise de sistemas “unidimensionais”. Ainda se utilizando do exemplo anterior, o que o docente faz é a observação da interação dos elétrons da caixinha quando está é achatada na altura e largura, restando, portanto, uma única dimensão para análise.

Os “achatamentos” mencionados anteriormente podem ser feitos de várias formas. No caso dos estudos de Rodrigo, especificamente, são utilizados os chamados “fios quânticos” para reduzir materiais semicondutores a uma única dimensão. “O Grupo de Óptica do IFSC, por exemplo, realiza o mesmo experimento. Só que, no caso deles, é feito o aprisionamento de átomos frios e o potencial externo aplicado a esses átomos tem propriedades puramente ópticas”, explica.

A ideia principal dos experimentos mencionados é que quanto menor a quantidade das dimensões, mais importantes e nítidas ficam as interações entre as partículas de qualquer que seja o material em análise. “Por exemplo, se normalmente os elétrons de um material se repelem, quanto menor a dimensão, menor fica o espaço para que isso ocorra. Em uma única dimensão, como não existe o espaço livre oferecido pelas três dimensões, há um ‘processo coletivo’, ou seja, para que uma partícula consiga se mover, todas as outras precisam fazer o mesmo”, exemplifica Rodrigo.

Rodrigo-tomoTal situação dá origem a propriedades novas e, sobretudo, “exóticas” desses materiais, se comparadas com dimensões superiores. O comportamento das partículas é completamente distinto e, para descrevê-lo, pontos de partida radicalmente diferentes são definidos “emprestando-se” conceitos de teorias já existentes, como da teoria quântica de campos, métodos de soluções analíticas etc.

As aplicações nesse campo de estudo da ciência básica, obviamente, ainda são desconhecidas. No entanto, sistemas unidimensionais estudados já há muitos anos são, hoje, utilizados para confecção de dispositivos diversos. O exemplo mais famoso é o de nanotubos de carbono, atualmente, usados para ligar circuitos e transportar carga de maneira mais eficiente.

No caso da pesquisa de Rodrigo, os principais materiais trabalhados em laboratório (obviamente de tamanho muito pequeno, na escala de micrômetros e, na maioria das vezes, nanômetros) são de sistemas magnéticos unidimensionais e compostos que envolvem óxidos de metais de transição, além do sistema de átomos frios, confinados numa única dimensão.

Mesmo diante da complexidade de tais estudos, Rodrigo afirma que o conhecimento sobre um sistema específico pode trazer o esclarecimento sobre outros sistemas parecidos e de igual complexidade. “Para cada sistema estudado, as perguntas são diferentes, mas as respostas podem servir para o esclarecimento de vários sistemas distintos. Isso é o legal da física: às vezes, uma ideia simples explica várias outras coisas”, conclui.

Assessoria de Comunicação

7 de março de 2014

Uma nova parceria de pesquisa

Na tarde da última quinta-feira, 6 de março, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizou o seminário “Organic solar cells and sensors: new materials, outdoor monitoring and optical improvement techniques”, que foi ministrado pelo pesquisador da Bangor University (Reino Unido), Jeffrey Paul Kettle.

No entanto, a passagem do pesquisador por São Carlos não se limitou apenas à participação no seminário mencionado: o intuito de Jeffrey é também firmar uma parceria entre a Bangor University e o Instituto.

Jeffrey_KettleJeffrey graduou-se em Engenharia Eletrônica pela Cardiff University em 2004, mas especializou-se na pesquisa para o desenvolvimento de dispositivos semicondutores. Desde então, passando por diversas instituições de pesquisa, ele, atualmente, realiza estudos em eletrônica orgânica, área na qual os docentes do Grupo de Polímeros do IFSC já estão inseridos há alguns anos.

Por esse motivo, Jeffrey e o docente e vice-diretor do IFSC, Osvaldo Novais de Oliveira Jr., durante os últimos dias, têm mantido conversas para concretizar uma parceria de pesquisa entre as duas universidades.

Jeffrey conta que, na Bangor University, tem trabalhado na produção de células solares e realizando testes de sua vida útil. “Um dos maiores problemas dessa tecnologia é que esses dispositivos apresentam uma curta vida útil e estamos trabalhando no desenvolvimento de novos conceitos para melhora em sua produção. No Reino Unido, somos um dos únicos a realizar pesquisas nessa área”, explica.

Em seu currículo, ele possui experiência em diversos centros de pesquisa trabalhando em áreas aplicadas da ciência. Defende, portanto, a interação empresa-universidade e afirma que a primeira colabora no desenvolvimento e aprimoramento de pesquisas.

Jeffrey conta que um dos motivos de ter vindo ao Brasil é estabelecer novas parcerias e, ao que tudo indica, o IFSC será esse novo colaborador. “Nós nos demos conta de que os estudos realizados no Brasil, particularmente em São Carlos, são extremamente fortes, e nós realmente queremos criar ligações com locais como o Instituto numa colaboração de longo prazo”, afirma o pesquisador.

De que maneira se dará essa colaboração, tanto Jeffrey como Osvaldo apostam no intercâmbio entre estudantes. “Um dos orientandos de Jeffrey já esteve no IFSC, há dois anos, através de nosso programa de estágio”, relembra Osvaldo. “Eu e Jeffrey, portanto, nos conhecemos desde então, mas só agora tivemos a oportunidade de ter um contato pessoal”.

Mesmo que a futura parceria entre IFSC e Bangor University ainda não tenha sido oficialmente firmada, o entusiasmo dos docentes indica que essa concretização deve acontecer em breve. A nova colaboração, sem dúvidas, abrirá novas portas para estudantes de ambas as universidades e trará o amadurecimento e aprimoramento das pesquisas em eletrônica orgânica.

Assessoria de Comunicação

7 de março de 2014

Seleção de bolsistas para pós-doutorado

O Núcleo de Pesquisa em Ciências Genômicas (NAP-CG) abriu inscrições para selecionar bolsistas de pós-doutorado. Os interessados poderão se inscrever entre os dias 10 de março e 10 de abril de 2014.

Os pré-requisitos para candidatura são: ser pesquisador portador de título de doutor, não possuir vínculo empregatício, dedicando-se integralmente às atividades acadêmicas de pesquisa, ser indicado pelo supervisor depois de selecionado, apresentar currículo atualizado e publicado na plataforma Lattes, ter experiência comprovada em análise computacional de elementos de transposição e ter conhecimentos de programação e na utilização de programas de análises de sequências biológicas.

Para se inscrever, o candidato, além de cumprir os pré-requisitos acima, deverá enviar currículo Lattes e programa de pesquisa ao e-mail do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Ricardo De Marco, rdemarco@ifsc.usp.br

Para acessar o edital completo da seleção, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

7 de março de 2014

Museu da USP comemora aniversário da Universidade com nova plataforma on-line

Comemorando os 80 anos da Universidade de São Paulo – USP, uma efeméride ocorrida no dia 25 de janeiro, o Museu da USP, órgão sob a responsabilidade da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, lançou o site Memória USP que integra uma espécie de linha do tempoUSO80-250 online.

O site tem o objetivo de reunir os fatos históricos, bem como os locais e personalidades importantes na história da Universidade, apresentando acervos fotográficos e documentais que se referem à história e à memória institucional de cada departamento da USP.

A ideia, que nasceu há dois anos, visa igualmente fazer com que as unidades se apropriem da plataforma e auxiliem na construção da memória da Universidade.

A equipe do Museu, constituída por docentes, bolsistas e funcionários, é responsável pela atualização dos dados do site, contando também com o auxílio de todas as unidades da Universidade, que enviam periodicamente as informações recolhidas nos portais de cada uma das instituições.

Criada oficialmente em 1934, a Universidade de São Paulo foi inicialmente constituída pelos cursos de Direito, Medicina, Farmácia, Odontologia, Filosofia, Ciências, Letras e pelas Escolas Politécnica e Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, faculdades estas que já existiam na época.

A Universidade, que no início tinha como lema Scientia Vinces (Vencerás pela Ciência, em português), destaca-se entre as universidades da América Latina, sendo a única instituição brasileira que integra o ranking das 250 melhores universidades da atualidade, lista feita pelo site britânico Times Higher Education.

Para mais informações, acesse o portal MEMÓRIA USP

Assessoria de Comunicação.

6 de março de 2014

Premiação dos melhores alunos do estado

OBF-logoNo próximo sábado, 8 de março, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e a Sociedade Brasileira de Física (SBF), através do docente do IFSC e coordenador da OBF, Euclydes Marega Jr., realizarão a premiação dos melhores alunos do estado de São Paulo da Olimpíada Brasileira de Física (OBF), edição 2013.

A premiação ocorrerá no anfiteatro do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas” a partir das 14h30 e todos estão convidados a participar.

Assessoria de Comunicação

6 de março de 2014

Lançamento oficial de duas publicações do IFSC-USP

Realiza-se no dia 07 de março, pelas 17 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), o lançamento oficial de dois livros publicados recentemente pelo Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo.

A primeira publicação, intitulada Aprendendo ciência e sobre sua natureza: abordagens históricas e filosóficas, da autoria das professoras Cibelle Celestino Silva (IFSC-USP) e Maria Elice Brzezinski (IB-USP), apresenta trabalhos versando sobre a interface entre história, filosofia e sociologia da ciência com o ensino de ciências. Distribuídos em 08 partes, com episódios históricos, tópicos de filosofia e sociologia da ciência, natureza da ciência, aplicações em sala de aula, materiais institucionais, formação de professores e currículo, os capítulos deste livro discutem uma ampla gama de temas sob diferentes abordagens metodológicas, epistemológicas e didáticas, refletindo a riqueza das pesquisas desenvolvidas no continente e no estrangeiro.LIVROS_300

A segunda publicação, cuja organização e edição estiveram sob responsabilidade do Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Jr. (IFSC-USP) e do jornalista Rui Sintra, intitula-se A Física a Serviço da Sociedade, um livro que congrega reportagens, artigos, entrevistas e outras matérias escritas pela Assessoria de Comunicação do IFSC-USP entre o início de 2010 e finais de 2013, que foram publicadas não só no site da instituição, mas também nas mídias regional e nacional, vertendo sobre os principais trabalhos de pesquisa iniciados, desenvolvidos e concluídos por pesquisadores, docentes e alunos do Instituto de Física de São Carlos, em benefício da sociedade.

Nesta cerimônia, além dos inúmeros convidados cuja presença já foi confirmada e oriundos das áreas acadêmica (USP-São Paulo, IFSC-USP, UNIFESP, UNICAMP, UNESP, EMBRAPAS e UFSCar), social e política, estarão ainda presentes o Diretor do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, que presidirá a cerimônia, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, o Pró-Reitor de Graduação da Universidade de São Paulo, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, Presidente do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Prof. Dr. Glaucius Oliva, o Secretário Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia de São Carlos, Prof. José Galizia Tundisi, o Vice-Reitor da UFSCar, Prof. Dr. Adilson Jesus Aparecido de Oliveira, o Pró-Reitor de Gestão de Pessoas da UFSCar, Prof. Dr. Mauro Rocha Côrtes, e o Reitor da Universidade Anhembi-Morumbi, São Paulo, e ex-diretor do antigo IFQSC – Instituto de Física e Química de São Carlos (USP, mandato 1990 – 1994), Prof. Dr. Óscar Hipólito.

Assessoria de Comunicação

5 de março de 2014

A nova interação mais “profunda” com nanopartículas

A membrana ou parede celular, envoltório presente em todas as células– humanas, vegetais e inclusive de bactérias, fungos e protozoários- tem, basicamente, a função de proteger as células e conferir-lhes resistência. Esse envoltório separa os componentes internos da célula dos componentes externos presentes no resto do organismo ou no meio ambiente.

NanomedicinaNo caso das células, a barreira que separa os componentes internos e externos é formada por uma camada dupla de lipídeos, moléculas em forma de bastão com duas regiões diferentes: uma cauda oleosa e uma cabeça polar que, diferente da cauda, tem bastante afinidade com a água. Devido a esse caráter duplo, essas moléculas, quando dissolvidas na água, são capazes de se auto-organizar em diversas estruturas, incluindo a dupla camada da membrana celular, que tem uma espessura muito fina, por volta de 10-9 m (100 mil vezes menor que um fio de cabelo). Sua interação com diversas substâncias do organismo e externas (medicamentos e toxinas, por exemplo) é objeto de estudo de muitas pesquisas, trazendo diversos avanços no desenvolvimento de novos medicamentos e anestésicos, para citar apenas alguns exemplos.

Essa “interrogação científica” serviu de base a projeto de doutorado do pesquisador Thiers Uehara que, sob orientação do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Valtencir Zucolotto, e colaboração do também docente do IFSC, Paulo Barbeitas Miranda, conseguiu fazer algumas importantes descobertas.

Do pioneirismo do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do IFSC, coordenado por Zucolotto, em utilizar técnicas de filmes ultrafinos para estudos de nanotoxicologia *, surgiu a motivação do presente projeto, que foi desvendar, em detalhes, como se dá a interação entre nanopartículas magnéticas de óxidos de ferro (sintetizadas em laboratório) e a membrana das células. “Do ponto de vista molecular, queríamos entender o que acontecia quando uma nanopartícula desse tipo, encapsulada por diferentes polímeros, entra em contato com a membrana celular”, explica Paulo Miranda.

Para facilitar o estudo, os pesquisadores arquitetaram um modelo da membrana celular, o chamado “Filme de Langmuir”. Para construí-lo, foi depositada uma solução de lipídeos em um solvente volátil (clorofórmio) num recipiente contendo água que, depois de evaporar o solvente, faz com que as moléculas boiem na superfície, formando metade da camada da membrana e permitindo análises da interface da membrana com a água. “Depois da evaporação, é possível comprimir uma barreira e deixar o filme mais denso. Nesse momento, tem-se o modelo simplificado do que é a parede da célula”, explica o docente.

Embora o Filme de Langmuir seja construído sem todos os componentes reais das paredes celulares, como proteínas, carboidratos e colesterol, por exemplo, é possível estudar em mais detalhes a interação com outros elementos. Ao se inserir a nanopartícula na água, ela entrará em contato com as cabeças polares dos lipídeos, interagindo, portanto, com o Filme.

MembranaNo estudo em questão, os pesquisadores passaram a observar a interação entre as nanopartículas em solução e o Filme de Langmuir, comprimindo as barreiras na superfície do recipiente onde elas se encontravam. Ao realizar a compressão, eles notaram que, à medida que a pressão do Filme aumenta, os lipídeos passam a ficar muito próximos uns dos outros.

A observação de variações de pressão nesse modelo oferece diversas possibilidades de interpretação. Paulo conta que foi utilizada a técnica de espectroscopia SFG, implementada no IFSC em 2005, para se conseguir entender a interação entre diferentes lipídeos com nanopartículas distintas, estas, por sua vez, funcionalizadas com polímeros que geram cargas positivas ou negativas.

Os resultados foram os seguintes: lipídeos com carga negativa (similares aos encontrados nas membranas de bactérias) em contato com as nanopartículas de carga positiva fizeram com que o Filme de Langmuir fosse expandido. Isso indica duas possibilidades: ou que o Filme permanece igual – com o mesmo empacotamento denso de moléculas – e simplesmente abre espaço para que as nanopartículas sejam incorporadas, ou que as nanopartículas, ao interagirem com a parte polar do Filme, causam sua expansão, ou seja, reduzem o empacotamento das moléculas de lipídeo no Filme. “Através da técnica de espectroscopia, pudemos observar que as caudas dos lipídeos ficaram bem esticadas, o que significa que elas estão muito próximas e organizadas. Se a interação entre as cabeças dos lipídeos e as nanopartículas fosse feita por baixo do filme, as caudas teriam um maior espaço entre elas e, através da espectroscopia, vimos que isso não ocorreu”.

No caso dos lipídeos com carga neutra (similares aos encontrados nas membranas de seres humanos), os pesquisadores observaram que o Filme não foi expandido; pelo contrário: sua área foi diminuída, como se algum material estivesse sendo retirado. Ao mesmo tempo, as caudas dos lipídeos continuaram esticadas. A interpretação desse resultado é que a nanopartícula interagiu com esse lipídeo, formando uma camada extra de lipídeos ao redor da partícula que, logo na sequência, desprende-se do Filme. “Novamente, através da técnica de espectroscopia, não conseguimos visualizar alterações na estrutura molecular do Filme de Langmuir devido a essas nanopartículas envolvidas por lipídeos, o que sugere que ela, realmente, tenha sido removida da solução, ficando sobre o filme e em contato como ar”, conta Paulo.

As aplicações e projeções futuras

Embora todo experimento tenha sido realizado em nível molecular num modelo criado em laboratório (Filme de Langmuir), os pesquisadores afirmam que, no organismo humano, as reações devem ser iguais. “Nós já sabemos que nos organismos vivos as nanopartículas penetram, uma vez que são mil vezes menores do que uma célula”, explica Zucolotto. “A grande questão é descobrir como elas entram no organismo, e isso depende de outros fatores, como, por exemplo, a carga da nanopartícula e da membrana. É esse, justamente, o ineditismo da pesquisa em questão”.

Filme_de_Langmuir-2Embora tenha sido criado em laboratório, o Filme de Langmuir imita, perfeitamente, uma membrana do organismo, e, neste momento, os pesquisadores já realizam ensaios ainda mais realistas. “Desde que foi publicado nosso último artigo sobre essa pesquisa na revista Applied Materials & Interfaces, avançamos mais um ponto: já conseguimos retirar a membrana da célula para construir o Filme de Langmuir contendo, inclusive, proteínas, diversos tipos de lipídeos, colesterol, tudo o que possui a membrana real”, conta o docente. “Atualmente, a aluna de pós-doutorado do GNano, Juliana Cancino, já realizou esses experimentos com as membranas celulares reais, mais uma etapa que foi concluída nessa pesquisa”.

Os resultados desses estudos servirão, principalmente, para capacitar os pesquisadores a projetar partículas capazes de interagir satisfatoriamente com células humanas, tornando as primeiras apropriadas a, por exemplo, transportar medicamentos para células doentes. Outro resultado é o entendimento sobre o efeito de nanopartículas sobre células saudáveis. “Em diferentes situações, queremos diferentes interações, também. No caso de uma célula saudável, por exemplo, só vamos querer que a nanopartícula fique ligada a ela pelo lado de fora, para que essa célula não seja intoxicada”, elucida Zucolotto.

Sobre o futuro dessa pesquisa, ele conta que um novo artigo está para ser publicado com novos (e animadores) resultados.

*Para acessar o artigo científico sobre este trabalho, publicado na revista Nanotoxicology, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

28 de fevereiro de 2014

Experiências que ficam para sempre

O MIGra – Programa de Mobilidade Internacional para Alunos de Graduação, instituído pela Diretoria do Instituto de Física de São Carlos, tem alcançado resultados extremamente positivos, indo além do que inicialmente se supunha. Tendo como objetivo proporcionar aos alunos de graduação outra visão do mundo, conhecimento e contato com outras culturas,migraint o aprimoramento de outro idioma e a realização de estágios de pesquisa em instituições de renome internacional, quem já fez parte desse projeto afirma que é um período da vida académica e pessoal verdadeiramente inesquecível.

Dedicado a alunos que cursam os 2º e 3º anos nos vários cursos de bacharelado do IFSC e que estejam cumprindo projetos de iniciação científica, o MIGra ocorre nos períodos de férias letivas (janeiro, fevereiro e julho), sendo que o IFSC se responsabiliza pelos custos relativos à passagem aérea e seguro de saúde, além de uma bolsa que permite a manutenção do aluno na cidade onde fica alojado.

Raul Ribeiro Prado está iniciando agora seu doutorado no IFSC e faz iniciação científica desde o segundo ano de graduação. Quando cursava o quarto e último ano – em Janeiro de 2012 -, apresentou seu trabalho na SIFSC – Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos, tendo obtido o segundo lugar: o prêmio por esse trabalho foi um estágio de três meses no exterior, facultado pelo Programa MIGra: Conversando com meu orientador e analisando as opções, decidi visitar um grupo de pesquisa que se encontrava sediado na Universidade de Adelaide, Austrália. Na época da viagem, eu estava na transição entre a graduação e o mestrado e como meu projeto de mestrado estava definido, os três meses no grupo de Adelaide foram muito importantes para que eu iniciasse minhas atividades de pesquisa e aprendesse muita coisa, algo que, mais tarde, foi essencial para o restante do meu mestrado, conta Raul, sublinhando que conviver com grupos de pesquisa de outros países é extremamente interessante para conhecer outras dinâmicas de trabalho e assim poder se adaptar à sua própria dinâmica de fazer ciência.

Também em janeiro de 2012, Caio Vaz Rimoli rumou para Milão, Itália, onde permaneceu dois GRUPO_CNST_e_eu_-_CAIO_RIMOLI350meses no Center for Nano Science and Technology, CNST, no Politecnico di Milano (PoliMi/IIT). Tendo como seu orientador o Prof. Dr. Paulo Barbeitas Miranda (IFSC), Caio está envolvido atualmente no seu Mestrado em Física Biomolecular, mas não esquece os momentos que antecederam a sua ida para o exterior: Foi em 2010 – no meu terceiro ano de graduação -, quando fiquei sabendo que existia verba destinada a auxiliar a estadia de estudantes no exterior. Na época, não existia o Ciência sem Fronteiras, mas existia o PRÓ-INT (Programa de Apoio à Internacionalização da Graduação), oferecido pela Pró-Reitoria de Graduação da USP e o Programa MIGra, facultado pelo IFSC. Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz, porque existia alguma chance de eu conhecer, ainda na graduação, um centro de pesquisa do qual eu era muito fã – o Center for Nano Science and Technology (CNST), no Politecnico di Milano, em Milão, Itália. Triste, porque eu gostaria de ter tido conhecimento destes auxílios mais cedo; queria ter me preparado melhor, comenta o aluno.

Caio já estava no final do terceiro ano e a única hipótese para atingir seu objetivo seria expandir um ano de curso, caso quisesse ter alguma chance de conquistar essa bolsa. Contudo, sua persistência tinha um objetivo: Eu tinha um motivo forte para ir ao CNST: na iniciação científica, até então, eu acompanhava o doutorando, Marcelo Faleiros, na instrumentação de um experimento e minha intenção era de não simplesmente ver o experimento pronto, mas de poder usá-lo também até o final da minha graduação. Então, seria muito proveitoso se eu Duomo_-_CAIO_RIMOLI300aprendesse a manipular o experimento, enquanto o Marcelo ainda terminava de construí-lo. Assim, quando voltasse do estágio, estaria preparado para mexer no experimento sozinho, sem contar que poderia dar algumas dicas de como os pesquisadores de Milão utilizam esse experimento. Decidi arriscar, expandi meu curso e consegui uma parcela da bolsa da PRÓ-INT, que foi usada para comprar a passagem de avião, enquanto a outra parcela eu consegui pelo Programa MIGra, que foi fundamental para a minha estadia no exterior. Sem o Programa MIGra eu não teria chance de estagiar em Milão. Foi uma experiência fantástica, consegui colocar em prática e aperfeiçoar meu inglês, fiz uma apresentação sobre a nossa pesquisa do IFSC, conheci vários laboratórios e entrei em contato com muitos pesquisadores de ponta. Estar além do horizonte é fundamental, nem que se tenha de cursar mais um ano na graduação, conclui Caio que deixa uma mensagem: Eu indicaria esse tipo de experiência a qualquer estudante. Se você é aquele graduando que é ávido para fazer a diferença no seu trabalho… Meu amigo, para pessoas como você, passar um tempo no exterior é praticamente obrigatório.

O último testemunho relativo ao Programa MIGra vem de Paola Lanzoni, graduada em Ciências Físicas e Biomoleculares e atualmente mestranda em Física Aplicada (Biomolecular), sob orientação do Prof. Dr. Richard Garratt (IFSC). Apaixonada pela pesquisa na área de tecnologia aplicada à saúde, Paola graduou-se em Ciências Físicas e Biomoleculares, com forte participação em iniciação científica. Ao permanecer durante cerca de três anos sob a supervisão da Profa. Dra. PAOLA_2-300Ilana Camargo, no Laboratório de Epidemiologia e Microbiologia Molecular, com quem desenvolveu projetos de clonagem, expressão e caracterização de proteínas de virulência de Enterococcus resistentes a vancomicina (VRE), durante todo esse período Paola aprendeu muito sobre técnicas de biologia molecular e algumas técnicas biofísicas, tendo-se tornado mais íntima das rotinas de um laboratório de pesquisa e bastante curiosa sobre o funcionamento de doenças autoimunes, como é o caso da diabetes, esclerose múltipla e o lupus eritrematoso sistêmico: Em uma das minhas pesquisas sobre o assunto, acabei encontrando o grupo de pesquisa da Dra. Conte, do King’s College London (Inglaterra), que pesquisava a proteína HsLa, pertencente a humanos e relacionada ao lupus eritrematoso sistêmico e também à BOX_-_Principais_benefcios_da_viagem-400Síndrome de Sjögren. O que mais me animou foi que eles usavam técnicas parecidas com as que nós utilizamos no laboratório, já que se tratava da obtenção desta proteína para análises em RMN e ITC, que são técnicas que eu ainda não conhecia, salienta Paola.

Com a ajuda de sua orientadora e do Prof. Otávio Thiemann (IFSC), o cenário de um estágio no exterior começou a ficar desenhado no horizonte e o Programa MIGra foi uma vez mais acionado – a viagem de Paola concretizou-se no dia 27 de dezembro de 2012, por um período de três meses: Foi engraçado perceber que o pessoal do King’s College London achava que eu ia chegar “crua”, ou seja, sem ter noção nenhuma de laboratório: foi uma autêntica surpresa para todos eles e um orgulho muito grande para mim. Este período de estágio no exterior foi muito importante não só para a minha vida profissional, mas também para o meu lado pessoal. Tudo isso graças ao Programa MIGra do IFSC e à USP, conclui Paola.

Assessoria de Comunicação

27 de fevereiro de 2014

Prof. Valter Líbero e os novos projetos dedicados à sociedade

O Prof. Valter Luiz Líbero, docente do Instituto de Física de São Carlos, que atua há dois anos como diretor do Centro de Divulgação Científica e Cultural – CDCC, teve seu mandato renovado à frente do órgão por mais dois anos. Para Líbero, o período em que exerceu o cargo de direção do CDCC foi muito frutífero, dando ênfase a que um de seus principais objetivos sempre foi ver a concretização dos inúmeros projetos idealizados ao longo do tempo, enaltecendo sempre o empenho e trabalho de todos os funcionários que atuam no Centro.libero350

Logo no início de seu mandato, o diretor, junto com os representantes dos diversos setores do CDCC, como o de Astronomia, Física, Química, Biologia e Informática, reuniram-se para fazer um balanço de como estava a situação de cada um e avaliar, de forma objetiva, tanto as dificuldades como os pontos positivos. Porém, segundo o docente, sempre há um setor que necessita uma atenção maior, como foi o caso da Experimentoteca do CDCC, um conjunto de kits de experimentos de Ciências desenvolvido pelo CDCC ainda na gestão do Prof. Dietrich Schiel, que visa racionalizar o uso de material experimental, do mesmo modo como uma biblioteca pública facilita o acesso de um grande número de publicações a um público extenso, em um sistema de empréstimo sem custo.

Para o diretor do CDCC, foi muito importante ter recebido, ao longo destes dois últimos anos, o apoio substancial da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP, o que motivou ainda mais os integrantes do CDCC a se dedicaram com afinco redobrado na criação de novos projetos, objetivando amenizar os pontos fracos detectados em alguns setores no balanço inicial de sua gestão.

Valter Líbero conta que, no caso da Experimentoteca, as acomodações dos kits estavam “precárias”, assim como grande parte do imóvel que integra o projeto, que também precisava de uma manutenção completa, desde a colocação de estantes novas, até à reforma de paredes, pias, etc.. Tudo foi renovado. E o professor revela que hoje os kits de experimentos estão muito bem acondicionados. E, para melhorar, o diretor do CDCC salienta que o Centro recebeu recentemente recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, para realizar melhorias nos conteúdos dos kits: Acredito que nos próximos dois anos passaremos a ter uma Experimentoteca bem afinada, não só em acondicionamento, mas também em conteúdo, conta Líbero. Para este docente, o projeto tem um alcance que vai muito além da cidade de São Carlos. Atualmente, estados como Goiás, Piauí e Amazonas também aderiram à ideia, mostrando que há muito interesse nesse instrumento de ensino que facilita o trabalho nas escolas.

Outro setor que, para Líbero, ainda precisa de uma atenção especial, é a Biologia. De acordo com o professor, ele é bem diferente dos demais espaços da cidade de São Carlos, majoritariamente voltados para as Ciências Físicas ou Química, por exemplo: Não que o setor esteja com problemas, mas acredito que ele pode evoluir ainda mais, diz o diretor. O setor ainda possui cdcc2012um espaço vivo de Biologia, além de uma imitação de cerrado. Para o responsável pelo CDCC, é uma atração bem diferente para a garotada que visita o CDCC, além de passar uma mensagem importante sobre meio-ambiente e sustentabilidade.

O Prof. Valter Líbero conta, ainda, que há um projeto itinerante sendo implementado com apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP: A ideia é poder levar um programa a diversas instituições, mostrando um pouco sobre biologia e ecologia que, futuramente, deverá ficar permanentemente no Centro e onde, para isso, será necessário realizar uma reforma no espaço interno do CDCC, argumenta o diretor do Centro. Líbero também salienta a recente reforma feita na biblioteca do Centro, que foi adequada à acessibilidade e ganhou novas mobílias. Nosso entrevistado mostra-se animado ao dizer que os usuários deverão gostar muito do resultado final, que está para breve. Salienta também que o CDCC tem uma preocupação forte, desde a gestão do Prof. Aprígio, em tornar todos os seus espaços de visitação adequados às pessoas com alguma necessidade especial.

Além de todas estas ideias que foram concretizadas, novos projetos deverão ser finalizados em breve, enquanto outros estão sendo iniciados. O diretor do Centro conta que uma de suas preocupações é com a questão do meio-ambiente, um tema que o CDCC sempre teve como muito relevante, principalmente dando orientações aos jovens quanto à sustentabilidade. E, agora, um novo projeto, envolvendo energia solar, deverá sair do papel. Um dos objetivos é trocar parte da iluminação de alta potência existente no prédio por lâmpadas tipo led, alimentadas com energia acumulada por painéis fotovoltaicos. Nessa direção de sustentabilidade, o CDCC também irá transformar o quintal contíguo à casa da Experimentoteca – um local que está praticamente abandonado – em um quintal agro-ecológico, onde os visitantes poderão aprender sobre plantas medicinais, a forma de fazer compostagem, etc.

Outra novidade é na área de Astronomia, com a troca da cúpula do Observatório. A antiga cúpula, que tinha aproximadamente 28 anos e fora toda construída no próprio CDCC, já apresentava falhas estruturais, daí a necessidade de sua substituição por outra feita com material de fibra. Outro investimento será usado para a restauração da luneta Grubb, principal instrumento do Observatório, produzida no início do século XX e que possui um valor histórico. Quanto a este Observatório, que hoje possui convênios importantes, como com a Fundação para o Desenvolvimento do Ensino – FDE e com o programa EPTV na Escola, Valter Líbero conta que o número de visitas tem sido significativo, sendo procurado não só pela população de São Carlos, mas também por escolas da região que o visitam anualmente.CDCC

Para os próximos dois anos de mandato como diretor do CDCC, o Prof. Valter Líbero tem como objetivo continuar dando atenção aos setores e inclusive adequar os espaços de trabalho: O prédio do CDCC, por questões históricas e por ser um prédio antigo, impõe certas limitações até no trabalho dos funcionários, então estamos adequando também os espaços para que os profissionais que ali trabalham possam ter um ambiente melhor, conta o docente. Líbero revelou, também, o quanto gratificante é ver que o número de pessoas que frequentam o CDCC aumentou: Estou bastante feliz, já que eu tinha certa preocupação quando entrei no Centro, pois nós temos outras opções de visitas na cidade, mas o CDCC conseguiu superar todas as melhores expectativas, salienta Líbero.

Por fim, o diretor do CDCC ressalta a importância do vínculo que o Centro possui com a USP: O fato de o CDCC pertencer à Universidade, faz com que as pessoas olhem o Centro de outra forma. Sendo assim, os monitores, alunos universitários, possuem uma credibilidade maior. Nós podemos exigir mais deles, porque sabemos que eles são estudantes dos cursos do Campus. Então, nós trabalhamos com estes alunos sabendo que o potencial deles é elevado e que conseguem entusiasmar e transmitir novos conhecimentos aos visitantes, finaliza Líbero.

Instalado em um prédio histórico, inaugurado em 1908 pela Società Dante Alighieri e adquirido pela USP em 1985, o Centro de Divulgação Científica e Cultural – CDCC tem como objetivo estabelecer um vínculo entre a Universidade e a Comunidade, facilitando o acesso da população aos meios e aos resultados da produção científica e cultural da USP. Sua criação deu-se por uma iniciativa conjunta do então Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC) e de professores da comunidade são-carlense, daí sua forte inserção até hoje entre os professores da rede de ensino. Atualmente o CDCC é um orgão ligado diretamente à Reitoria da USP, com vinculações à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão e aos Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e Instituto de Química de São Carlos (IQSC).

Assessoria de Comunicação

26 de fevereiro de 2014

Arterial Spin Labeling: Medindo Fluxo Sanguíneo Cerebral Utilizando Ressonância Magnética

Ocorreu no dia 26 de fevereiro, às 16h, na Sala Celeste do Instituto de Física de São Carlos, no âmbito do programa Café com Física, a palestra subordinada ao tema Arterial Spin Labeling: Medindo Fluxo Sanguíneo Cerebral Utilizando Ressonância Magnética, ministrada pelo Prof. Dr. Fernando F. Paiva, pesquisador que integra o Centro de Imagens e Espectroscopia In Vivo por Ressonância Magnética – CIERMag/IFSC.

Em sua apresentação, Paiva destacou os avanços consideráveis que ocorreram no desenvolvimento científico e tecnológico durante os últimos anos, sobretudo no que se refere à compreensão do cérebro humano.FERNANDO_PAIVA_-_300

Grande parte da responsabilidade por esse avanço se deve à evolução e popularização das técnicas de imagens cerebrais, incluindo Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética, já que, com os avanços tecnológicos, algumas destas técnicas, que muitas vezes forneciam apenas informações estruturais do cérebro, passaram a permitir estudos da dinâmica cerebral.

O fluxo sanguíneo cerebral (CBF) é um dos principais indicativos de viabilidade de um determinado tecido e pode ser combinado a parâmetros fisiológicos para revelar a neurobiologia complexa das funções cerebrais em condições saudáveis e patológicas. Desta forma, o docente destacou que a compreensão dos níveis de CBF, assim como a hemodinâmica cerebral são, ambas, de fundamental importância, uma vez que reduções severas da perfusão cerebral podem causar danos neuronais significativos em áreas afetadas.

Durante o seminário, o docente também abordou aspectos teóricos e experimentais relacionados à quantificação do CBF, utilizando a técnica designada Arterial Spin Labeling (ASL), método completamente não-invasivo que permite o monitoramento quantitativo da perfusão cerebral, tendo-se comprovado, juntamente com outras técnicas de Ressonância Magnética, uma excelente ferramenta para estudos voltados à hemodinâmica e à resolução de problemas vasculares cerebrais.

Por fim, Paiva também apresentou resultados associados à obtenção de parâmetros hemodinâmicos basais, assim como na avaliação da hemodinâmica funcional cerebral.

Assessoria de Comunicação

26 de fevereiro de 2014

Diagnóstico e inativação fotodinâmica de infecções do trato respiratório superior

KATE_BLANCODecorreu na tarde do dia 26 de fevereiro, na Sala de Seminários do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, o colóquio intitulado “Diagnóstico e inativação fotodinâmica de infecções do trato respiratório superior”, ministrado pela jovem pesquisadora Kate Cristina Blanco, do IFSC.

Em sua apresentação, Kate Blanco abordou as infecções frequentes causadas pela faringite e laringite, as quais são causadas por bactérias, vírus e fungos, bem como o projeto de descontaminação de uma garganta, cujas etapas são o desenvolvimento do equipamento para diagnóstico e tratamento de infecções do trato respiratório superior e estudos in vitro e clínicos.

Para finalizar, Kate apresentou seus trabalhos já realizados e as etapas do projeto que será desenvolvido.

Assessoria de Comunicação.

26 de fevereiro de 2014

Primeira edição é lançada em fevereiro

A Equipe de Terapia Fotodinâmica Brasil lançou, recentemente, a primeira edição do Boletim TFD Brasil.

O informativo, referente ao mês de fevereiro, traz diversas novidades sobre locais onde a técnica já é realizada e informações sobre pesquisas atuais na área de terapia fotodinâmica.

Neste primeiro exemplar, inclusive, o Centro de Fototerapia e Fotodiagnóstico do Hospital Amaral Carvalho, que conta com a colaboração do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Vanderlei Salvador Bagnato, é um dos destaques.

Para acessar a versão em pdf do Informativo, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

26 de fevereiro de 2014

Mudanças na estrutura administrativa e no orçamento

O Conselho Universitário da USP aprovou, em sessão realizada no dia 25 de fevereiro, as primeiras medidas visando à descentralização administrativa da Universidade: o fim da lista tríplice para a escolha de diretores e vice-diretores das Unidades de Ensino e Pesquisa, Museus e Institutos Especializados; a extinção da Vice-Reitoria Executiva de Administração, que ficará a cargo da Vice-Reitoria; e a criação da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, que substituirá a Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais.

Uma das modificações na estrutura administrativa da Universidade aprovadas pelo Conselho diz respeito ao sistema de eleição de dirigentes. Com o fim da lista tríplice, o diretor e o vice-diretor de Unidades de Ensino e Pesquisa, Museus e Institutos Especializados serão eleitos entre os professores titulares e professores associados 3, em eleição com até dois turnos da eleição. Caberá aos reitor apenas a designação dos mais votados e não mais a escolha desses dirigentes.

Com a extinção da Vice-Reitoria Executiva de Administração, o vice-reitor passará a coordenar a Administração Geral da Universidade, com o auxílio de um coordenador de Administração Geral (Codage).

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, que substituirá a Vice-Reitoria Executiva de Relações Internacionais, terá como finalidade estabelecer estratégias de relacionamento entre a USP, instituições universitárias, órgãos públicos e a sociedade, para suporte à cooperação acadêmica em matéria de ensino, pesquisa, cultura e extensão universitária, no âmbito nacional e internacional. A Agência será dividida em três áreas: Relações Acadêmicas Internacionais, Relações Acadêmicas Nacionais e Mobilidade Acadêmica.

Orçamento:

Na mesma sessão, foi aprovada a proposta orçamentária da Universidade para 2014. A Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP) elaborou a proposta tendo como parâmetros gerais preservar a situação atual da folha salarial de servidores técnicos e docentes; e ajustar o orçamento em suas diferentes alíneas com parâmetros específicos para cada um dos casos, de forma que as atividades fins e prioritárias da universidade não fossem prejudicadas, tais como as atividades dos cursos de Graduação, de Permanência Estudantil e de Extensão.

Do total do orçamento da USP para este ano, que é de R$ 5,017 bilhões, serão alocados R$ 4,5 bilhões nas despesas com a folha de pagamento, correspondendo a 99,96% da dotação orçamentária. Essas despesas são calculadas com base nos salários vigentes, acrescidos do 13º, adicional de férias, alterações na carreira, quinquênios, sexta-parte, promoções e participação no Sistema de Previdência Complementar. Também está prevista uma reserva de ajuste destinada ao atendimento das decisões do Cruesp com relação à política salarial.

A dotação para outros custeios e investimentos será de 29,4% menor em relação ao ano passado, correspondendo a R$ 577 milhões. Os investimentos relacionados à política de apoio à permanência e formação estudantil, incluindo bolsas, auxílios, moradia, alimentação e transporte, foi priorizada e não sofreu cortes, sendo aumentada em 2% em relação a 2013.

No item Dotação Básica, haverá um decréscimo global de 31,2% em relação ao valor inicial de 2013. Para as Unidades de Ensino, Institutos Especializados, Museus e Prefeituras, haverá redução de 35%. Para os Hospitais, a dotação foi reduzida em 10%, considerando a importância dessas atividades. Para os órgãos de apoio, a redução é de R$ 28,5% e, para os órgãos de serviço, de R$ 52,8%.

Os recursos alocados para continuidade dos programas e novas obras sob a responsabilidade da Superintendência do Espaço Físico (SEF) foram reduzidos em 75%. Em casos emergenciais, como o da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), estão garantidos os recursos necessários para resolver a questão ambiental da Unidade.

Desde o início de fevereiro, estão suspensos as contratações de novos funcionários e docentes e o início de novas obras na Universidade.

Segundo o reitor, a proposta é que a execução orçamentária seja periodicamente revista pelo Conselho Universitário.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

26 de fevereiro de 2014

Artigo científico é top de downloads na revista BBA

O artigo intitulado The specificity of frutalin lectin using biomembrane models, da autoria de uma parceria entre docentes do Instituto de Física de São Carlos – IFSC-USP, UFSCar – Universidade Federal de São Carlos, e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – FFCLRP-USP, foi top de downloads, nos últimos noventa dias, na prestigiada revista científica BBA – Biomembranes.

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Assinado pelos pesquisadores Thatyane M. Nobre (Grupo de Biofísica Molecular Sérgio Mascarenhas -IFSC-USP), Felippe J. Pavinatto (Grupo de Polímeros Bernhard Gross – IFSC-USP), Márcia R. Cominetti (Departamento de Ciências Fisiológicas – UFSCar), Heloísa S. Selistre de-Araújo (Departamento de Ciências Fisiológicas – UFSCar), Maria E.D. Zaniquelli (Laboratório de Físico-Química de Superfícies e Colóides – Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP) e Leila M. Beltramini (Grupo de Biofísica Molecular Sérgio Mascarenhas – IFSC-USP), o citado artigo científico, datado de 2010, verte sobre as lectinas – proteínas que apresentam como característica comum o fato de interagirem especifica e reversivelmente com açúcares.

Segundo o resumo do trabalho, os pesquisadores se basearam no fato de que células cancerígenas expressam grande quantidade de carboidratos (açúcares) em sua superfície, para verificar a interação de uma lectina, chamada frutalina e extraída de fruta-pão, com células cancerígenas da linhagem MDA-MB-231 do câncer de mama. Verificou-se que a frutalina era capaz de promover a adesão destas células, o que não ocorreu com células sadias e, através da técnica de monocamadas de Langmuir, que simula uma membrana biológica, foi possível explicar, em nível molecular, como essa adesão ocorreu.

Os resultados obtidos neste trabalho são de extrema relevância, visto que, se algum composto tóxico for ligado à frutalina, esta pode direcionar tal molécula especificamente a células cancerígenas.

Para acessar o original do artigo completo, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

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