Notícias

20 de setembro de 2012

Evento trará palestras com temas diversificados

Na próxima segunda-feira, 24, tem início mais uma edição da “Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT)”, que conta com a colaboração de todas as Unidades do campus São Carlos para sua realização.

Na programação, cinco palestras dde assuntos variados discutirão temáticas importantes, como câncer e HPV, estresse, segurança, entre outros.

O evento será realizado nos auditórios do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Centro de Tecnologia Educacional para Engenharia (CETEPE/USP) e Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP).

Para participar do SIPAT não é necessário o pagamento de nenhuma taxa.

Para mais detalhes sobre a programação do evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

18 de setembro de 2012

Palestra será precedida por atração musical

Como parte da 17ª Semana de Arte e Cultura da USP São Carlos, hoje, 18 de setembro, o Grupo Choro e Prática Casa Velha fará apresentação musical, no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, antecedendo à palestra do programa Ciência às 19 horas.

O grupo musical, que dedica-se à experimentação da inserção do gênero “choro” em diversos ambientes, com a exploração de várias linguagens artísticas, é formado por músicos do conservatório de Tatuí, e conta com os instrumentos flauta, violão, trombone, cavaquinho e pandeiro.  O evento acontece entre às 18 e 18h50, e a entrada é franca.

Logo na sequência, às 19 horas, como parte do programa “Ciência às 19 horas”, haverá o início da palestra “O que é a massa? E o bóson de Higgs?”, que será ministrada pelo docente do Departamento de Física da Universidad Nacional de La Plata (Argentina), Carlos Garcia Canal. A entrada para palestra também é gratuita.

Assessoria de Comunicação

18 de setembro de 2012

A parceria científica entre Brasil e China

Já é sabido que Brasil e a 2ª maior economia mundial, China, têm estreitado seu relacionamento há algum tempo. Mas, pensar nessa parceria, que é cada vez mais forte, sempre nos remete ao campo econômico dos dois países.

Jiyong-1Porém, há algum tempo, laços têm-se formado entre China e Brasil no que diz respeito ao conhecimento cientifico e tecnológico. E prova disso é Jiyong Fu, um chinês de 34 anos que veio para o Brasil em 2010 fazer seu pós-doutoramento, orientado pelo docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), José Carlos Egues de Menezes.

Na sua bagagem, para o Brasil, Jiyong já trazia muita experiência na área acadêmica.

Graduado em física pela Qufu Normal University (China), em 2001, concluiu mestrado e doutorado também na China, na Shandong University, em 2006.

No mesmo ano, iniciou seu pós-doutorado na University of Science and Technology (China), trabalhando ao mesmo tempo como professor-associado na Qufu Normal University.

Entre o tempo em que exercia a função de pesquisador e professor associado, Jiyong começou a trocar e-mails com Egues. “Depois de ler algumas publicações do professor Egues, na internet, fiquei muito interessado no que li, pois a pesquisa do professor era muito similar à minha. Então, enviei e-mail a ele, que respondeu, dizendo que poderíamos produzir muitas coisas juntos”, recorda Jiyong.

Mas, para chegar ao Brasil, o pesquisador passou por algumas dificuldades. Sua vontade era ter vindo ao Brasil em 2008, mas teve que cumprir um contrato de mais dois anos na Qufu University, onde trabalhava, mesmo com o primeiro pós-doutorado já finalizado na China. “Mesmo trabalhando na China, a maior parte de meu tempo dediquei ao IFSC lendo as pesquisas do professor Egues e me inteirando sobre o que estava sendo pesquisado aqui”, conta. “No final, a universidade na qual eu trabalhava me deu o documento que eu precisava para conseguir o visto de estudante e vir para o Brasil”.

Então, em março de 2010, finalmente, Jiyong chegou em São Carlos e passou a trabalhar com o professor Egues. O plano inicial de Jiyong era passar um ano no Brasil, mas, diante da fluidez de sua pesquisa, decidiu estender sua estada e permanecer no nosso país.

Sobre sua escolha pelo Brasil, Jiyong a justifica: as pesquisas desenvolvidas aqui, em sua opinião, são tão boas ou melhores do que as que teve conhecimento em outros países da Europa ou dos Estados Unidos. Ele conta que seu orientador, na China, indicou o Brasil para seu pós-doutoramento e, depois de ter conhecimento sobre a pesquisa de Egues, não teve mais dúvidas sobre seu destino de estudos. “Meu orientador, na China, já tinha vindo ao Brasil pelo menos três vezes e recomendou o país muito bem”, diz o pesquisador.

No que diz respeito às diferenças entre China e Brasil, nas áreas de ensino e pesquisa, Jiyong aponta a atmosfera tranquila do Instituto. “Aqui eu posso conversar com todos livre e tranquilamente. Não há uma distância grande entre aluno e professor, todos conversam de igual para igual. Na China, em alguns grupos de pesquisa, os orientadores mantém muita distância dos alunos, o que em minha opinião prejudica o desenvolvimento da pesquisa”.

Nesses dois anos e meio em que está no Brasil, em companhia da esposa, Jiyong já voltou à China para visitar a família. Mas agora só voltará ao país asiático depois de finalizar o pós-doutorado, o que ele acredita que irá acontecer em, no máximo, um ano.

Jiyong_FuSobre os planos futuros, Jiyong diz que prefere voltar à China para trabalhar como pesquisador em universidades. “Eu gosto de silêncio para trabalhar e por isso não conseguiria trabalhar numa indústria”, conta.

Mas, mesmo com planos para voltar ao país de origem, Jiyong não deixa de elogiar o Brasil, São Carlos e, principalmente, o IFSC. Ficam ótimas impressões das pessoas com as quais trabalhou, da infraestrutura do Instituto e a boa recordação de todos os momentos que viveu aqui. E a partir disso, ele se torna uma prova viva de que a parceria entre os dois países tem dado muito certo, realçando o fato de que esse tipo de relacionamento, num futuro muito próximo, só tende a crescer.

Assessoria de Comunicação

17 de setembro de 2012

Chamada de propostas de pesquisa

A FAPESP e a Rede Interamericana de Academias de Ciências (IANAS, na sigla em inglês) lançaram no dia 14 de setembro uma chamada de propostas de pesquisa no âmbito do acordo de cooperação firmado entre as duas instituições.

Podem participar da chamada pesquisadores indicados pelas academias nacionais de ciências filiadas à IANAS.

As pesquisas poderão envolver qualquer área do conhecimento e deverão ser realizadas em universidades e instituições de pesquisa no Estado de São Paulo.

As propostas de projetos deverão ser submetidas pelos pesquisadores interessados à academia de ciências de seu país de origem, que as encaminharão para a IANAS.

Os projetos de pesquisa dos candidatos pré-selecionados pelas academias filiadas à IANAS serão submetidos ao processo de análise de propostas da FAPESP, que é baseado no mérito científico e utiliza revisores externos e pareceres de comitês científicos para embasar suas decisões.

As propostas aprovadas serão apoiadas por meio de mecanismos de financiamento à pesquisa utilizados pela FAPESP, como concessão de Bolsas de Pós-Doutorado, o Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes e Auxílio à Pesquisa – Pesquisador Visitante.

Bolsas de Pós-Doutorado são concedidas pela FAPESP a cientistas promissores em suas áreas de pesquisa, que obtiveram o título de doutor há menos de sete anos. O Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes oferece bolsa e o financiamento necessário para que o pesquisador desenvolva seu projeto.

Por sua vez, o Auxílio Pesquisador Visitante cobre as despesas da visita de pesquisadores experientes, vinculados a instituições de pesquisa do exterior ou do Brasil, a uma instituição de pesquisa no Estado de São Paulo, por um período de duas semanas a 12 meses.

Essa modalidade de Auxílio da FAPESP trouxe 240 cientistas estrangeiros para visitar universidades e instituições de pesquisa do Estado de São Paulo em 2011, resultando em uma média de quatro pesquisadores por semana. A meta é aumentar cada vez mais esse número nos próximos anos.

O prazo limite para submissão de propostas à FAPESP dos candidatos pré-selecionados pela IANAS é até 4 de fevereiro de 2013.

Mais informações: www.fapesp.br/acordos/ianas.

 

 

(Assessoria de Comunicação com informações da FAPESP)

14 de setembro de 2012

Docentes e funcionários homenageiam Guilherme Fontes Leal Ferreira

Livre docente pela Universidade de São Paulo desde 1973, tem mais de 50 artigos publicados em periódicos, é pesquisador sênior da Prefeitura Municipal de São Carlos, docente sênior do Grupo de Polímeros do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e um dos pioneiros da física em São Carlos.

LogoOs itens acima fazem parte do invejável currículo de Guilherme Fontes Leal Ferreira, docente do IFSC que, mesmo aposentado pelo Instituto, desde 1991, continua participando ativamente das pesquisas desenvolvidas no IFSC, bem como na orientação de alunos.

Como um gesto simbólico de reconhecimento à atuação do docente, já há tantos anos prestando importantes colaborações à Universidade (e fora dela), na manhã de 6 de setembro, familiares, alunos e ex-alunos de Guilherme juntaram-se aos docentes e funcionários do IFSC, no auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, para homenageá-lo.

Nessa homenagem, a mesa de honra do auditório foi composta pelo docente e diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes, pelo pró-reitor de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, pelo docente do IFSC e coordenador do Grupo de Polímeros, Roberto Mendonça Faria, e pelo docente e um dos fundadores do IFSC, Sérgio Mascarenhas.

Na solenidade, que teve duração aproximada de uma hora, as individualidades que compuseram a mesa de honra prestaram breves, mas significativas homenagens ao docente. O Prof. Hernandes frisou a colaboração e ajuda de Guilherme aos estudantes, enquanto que o pró-reitor Zago discorreu sobre a evolução tecnológica de São Carlos e a colaboração do IFSC e, em particular, de Guilherme, para preservação do status tecnológico do município. Por seu turno, o Prof. Faria recordou à plateia nomes de pesquisadores que passaram pelo Instituto e que puderam contar com a ajuda de Guilherme, tendo finalizado sua homenagem com um texto escrito pelo docente do IFSC, Luiz Nunes de Oliveira, discorrendo sobre as conquistas, capacidade, cidadania e modéstia do homenageado.

o Prof. Sérgio Mascarenhas foi o último a se pronunciar e, emocionado, relembrou diversos momentos da carreira acadêmica de Guilherme, nos quais ele próprio [Sérgio] esteve presente, desde quando ambos eram ainda estudantes de graduação na Faculdade Nacional de Filosofia (FNF), da Universidade do Brasil.

A cerimônia foi concluída com o agradecimento de Guilherme a todos pela amizade e colaboração durante os anos de sua carreira acadêmica.

Para finalizar a homenagem com louvor, os presentes, junto ao homenageado, dirigiram-se às dependências do Grupo de Polímeros para inauguração do Laboratório de Eletrônica Orgânica (LEO), batizado com o nome do Prof. Guilherme Ferreira, perpetuando, oficialmente, a passagem do docente pelo Instituto.

Confira, abaixo, algumas fotos do evento:

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Assessoria de Comunicação

14 de setembro de 2012

O Brasil no Universo

Você já deve ter ouvido falar de radiações gama. Não? Nem mesmo depois do acidente nuclear em Fukushima, ocorrido há dois anos, ou mesmo depois das polêmicas em torno da produção de urânio enriquecido, no Irã, em 2011?

CTA-4Para aqueles que não se recordam, a radiação gama – “parente” das radiações ultravioleta (emitidas pelo sol) e raios-X (emitidas por aparelhos elétricos) – é a mais energética das radiações conhecidas. Desta forma, raios gama são radiações ionizantes que podem afetar células do corpo humano, causando malefícios à saúde, em casos de alta dose de exposição.

Existem várias fontes de radiação gama terrestres. Entre elas estão alguns materiais radioativos naturais, como o Cobalto e o Niquel. Nestes elementos, os raios gamas são produzidos quando o núcleo do átomo passa de um nível mais excitado para outro de menor energia. A diferença de energia entre os estados inicial e final do núcleo é emitida na forma de radiação gama. Este mesmo fenômeno acontece quando uma bomba nuclear explode, por exemplo.

Na década de 60, em plena Guerra Fria, os Estados Unidos da América e a então URSS puseram em órbita satélites que detectavam raios gama. A intensão dos satélites era monitorar os testes nucleares realizados pelos inimigos através da detecção da radiação gama emitida na detonação. Assim que os satélites foram lançados, eles detectaram várias explosões de raios gama, pondo em alerta vermelho os exércitos das duas super-potências.

Felizmente, nenhuma guerra foi iniciada já que rapidamente se descobriu que os raios gama, então detectados pelos satélites, não provinham da Terra, mas sim do cosmos. Foi quando nasceram os estudos da Astrofísica de Raios Gama.

Sessenta anos depois, sabemos muito mais sobre os raios gama produzidos em ambientes astrofísicos. Diferente técnicas de medida foram desenvolvidas e vários objetos foram identificados como emissores de radiação gama. Entre eles, podemos citar: remanescentes de supernova, galáxias com núcleo ativo, pulsares e muitos outros. No entanto, pouco se sabe como esses raios gama são produzidos. Tem-se conhecimento, no entanto, que os mecanismos de produção de raios gamas em objetos extraterrestres não são reações nucleares tais como as descritas acima. Processos muito mais complicados e violentos, que envolvem a aceleração de partículas por campos magnéticos, têm sido propostos para explicar a produção de raios gamas neste objetos. A maior parte desses modelos astrofísicos ainda não pode ser provada nem descartada, pela falta de medidas experimentais.

Para melhorar nossa compreensão a respeito desses objetos, uma colaboração de mil pesquisadores, espalhados por 27 países do globo, foi formada para construir um observatório único, de nome CTA (Cherenkov Telescope Array). Este experimento contará com tecnologia de ponta, capaz de medir radiação gama produzida durante os fenômenos astrofísicos com sensibilidade dez vezes maior que qualquer outro observatório em funcionamento. “Esse será o experimento mais importante dessa área nos próximos anos”, afirma o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e um dos pesquisadores envolvidos no projeto, Luiz Vitor de Souza.

O CTA possibilitará avanços significativos na compreensão de como os raios gama são produzidos e, portanto, de como esses monstros celestes funcionam. “Por ser a radiação de mais alta energia, ela traz informações diferentes daquelas fornecidas pela luz visível”, explica Vitor. Neste caso, qualidade e quantidade estarão em jogo. Segundo Luiz Vitor, hoje tem-se conhecimento de apenas cem fontes extraterrestres emissoras de raios gama de altas energias. Com o CTA, esse número sobe para mil.

O projeto, iniciado em 2010, é financiado por agências de fomento à pesquisa do mundo todo, inclusive do Brasil (FAPESP e CNPq), no qual, além de Vitor, mais sete pesquisadores estão envolvidos no projeto de construção do observatório. Estes são responsáveis pela construção de partes do protótipo, sendo que uma versão completa do equipamento já começou a ser construída na Alemanha. “Este protótipo alemão servirá para que a tecnologia do equipamento seja testada”, conta o docente.

Sem comparação

CTAO CTA contará com cem telescópios operados conjuntamente, o que oferecerá a possibilidade de recolher dados mais refinados e imagens de mais alta resolução. “Uma fonte de baixa intensidade não pode ser visualizada nos observatórios em funcionamento. O CTA preencherá essa lacuna”.

O sucesso do Observatório depende fundamentalmente da construção dos telescópios, pois, sem um bom instrumento os dados coletados não terão a precisão requerida. Cada telescópio do CTA tem várias partes com funções especificas: orientação, captação de luz, transformação da luz em sinal eletrônico (vide ilustração). “Todas as partes do telescópio devem se encaixar perfeitamente, para que possamos ter o melhor instrumento já construído com o intuito de estudar a radiação gama”, explica Vitor.”Por isso, estudos detalhados de cada parte estão sendo realizados nesta fase do projeto”.

A colaboração brasileira no CTA tem participado na construção destes equipamentos através de parcerias com a indústria nacional. O projeto do “corpo” do telescópio foi desenhado pela empresa Orbital Engenharia, de São José dos Campos, enquanto que o revestimento dos espelhos, que serve para refletir a luz e protegê-los de quaisquer intempéries, está sendo desenvolvido pela empresa Opto Eletrônica, de São Carlos. “No momento, temos um projeto desenvolvido pelas empresas nacionais e estamos realizando testes dos protótipos. O objetivo é criar, em parceria com essas empresas, um produto que atenda aos altos padrões do Observatório, de forma que a indústria nacional possa participar da construção dos 100 telescópios previstos”, diz Vitor.

O observatório, com inauguração prevista para 2015, tem dois locais favoritos para sua instalação: Namíbia (sul da África) e Argentina. A escolha do local segue determinados requisitos, como altitude e planícidade do terreno, céu muito limpo, sem poluição e sem contaminação de luz. “Infelizmente, não encontramos no Brasil nenhum local que ofereça essas condições”, justifica o docente.

CTA-5Desta forma, mesmo não estando entre os nomes para sediar o CTA, o Brasil não deixa de ter papel importante na empreitada: O local exato onde o observatório será construído só será decidido no próximo ano, bem como os países escolhidos para construir as diversas partes dos telescópios, e entre os candidatos a sediar o CTA está a Argentina.

Talvez, esse seja um bom momento para deixar a rivalidade entre Brasil e Argentina limitada somente ao futebol. Afinal, a escolha da Argentina como sede definitiva pode abrir muitas portas à participação brasileira no projeto em questão e colocar o Brasil como referência em assuntos importantes, desta vez relacionados com o universo.

Para saber mais, acesse http://www.cta-observatory.org/

Assessoria de Comunicação

13 de setembro de 2012

O que é a massa? E o bóson de Higgs?

Realiza-se no dia 18 de setembro, pelas 19 horas, no Auditório Prof. Sergio Mascarenhas (IFSC), mais uma edição do programa Ciência às 19 Horas, tendo como palestrante convidado o Prof. Dr. Carlos Garcia Canal, docente do Departamento de Física da Universidad Nacional de La Plata – Argentina.

Subordinada ao tema O que é a massa? E o bóson de Higgs, a palestra que será apresentada pelo Prof. Canal fará um breve relato das origens de massa e inércia, e, através da evolução de conceitos sobre a constituição da matéria, será apresentada a argumentação que a massa dos corpos macroscópicos se deve à massa e interações de seus constituintes, ou seja, os átomos, núcleos atômicos e partículas elementares, como quarks e elétrons.

Finalmente, o palestrante lançará a discussão sobre o problema da origem da massa no contexto das teorias atuais, que descrevem as interações (forças) entre corpos, como um processo de troca de partículas ditas intermediárias. Por um lado, tais teorias baseiam-se em princípios de simetria que exigem que as partículas intermediárias tenham massa nula. Por outro lado, estas mesmas teorias dizem que o alcance da força é tanto menor quanto maior for a massa daquelas partículas.

A descrição das forças nucleares, que se sabe ser de curto alcance, exige a ruptura das simetrias sobre as quais as teorias são baseadas. O conflito é resolvido, magistralmente, pelo chamado mecanismo de Higgs, que implica a existência do famoso bóson de Higgs e que talvez tenha sido descoberto, recentemente, no acelerador de partículas LHC do laboratório CERN, em Genebra, Suíça.

Este evento tem entrada franca.

Assessoria de Comunicação

13 de setembro de 2012

INOF leva estudante de ensino médio à Washington DC

Na semana entre os dias 3 e 8 de setembro, o aluno do terceiro ano do ensino médio da escola “Prof. Carlos Augusto de Camargo” (Piedade-SP), Alexsander da Silva Cardoso, teve a oportunidade de conhecer diversos museus da cidade de Washington (EUA), viagem que ganhou como prêmio por sua participação e destaque em uma Feira de Ciências estadual, organizada pelo docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e coordenador do Instituto Nacional de Óptica e Fotônica (INOF), Vanderlei Salvador Bagnato.

O aluno, acompanhado da coordenadora de difusão científica do Grupo de Óptica do IFSC, Wilma Barrionuevo, durante os passeios e visitas aos museus, mostrou grande curiosidade científica, filmando e fotografando os locais. Alexsander deu destaque ao Museu do ar e do espaço, que abriga aviões, foguetes da NASA e naves espaciais.

Ao retornar ao Brasil, Alexsander agradeceu a oportunidade e seu interesse em aprender inglês já se manifestou. Afirmou, ainda, que continuará desenvolvendo protótipos tecnológicos e tem como meta tornar-se aluno do curso de Engenharia Elétrica da USP de São Carlos.

Confira, abaixo, algumas fotos da viagem do aluno.

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Imagens: divulgação Grupo de Óptica

Assessoria de Comunicação

12 de setembro de 2012

Delegação da University of Southern Denmark visita IFSC

Uma delegação da University of Southern Denmark visitou o IFSC no dia 12 de Setembro, tendo participado de uma programação previamente estabelecida com o Instituto de Física.

A comitiva dinamarquesa foi constituída pelos Professores Horst-Günter Rubham, diretor da faculdade de engenharia (instituto) daquela universidade, Hennng Andersen, diretor de estudos, e Jorgen Henriksen, diretor de relações internacionais.

Os visitantes foram recebidos e acompanhados pelo Vice-Diretor do IFSC, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Jr, e ainda pelos docentes Professores Vanderlei Bagnato, Euclydes Marega e Cristina Kurachi, todos do IFSC, e Larissa Lima (EESC).

O motivo da visita dos acadêmicos dinamarqueses foi observar quais os métodos e linhas de pesquisa e de ensino que o IFSC desenvolve, tendo como meta o estabelecimento de uma eventual cooperação bilateral.

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Assessoria de Comunicação

12 de setembro de 2012

Docentes do IFSC entram para Academia de Ciências do estado

Oito docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Igor Polikarpov, Francisco Castilho Alcaraz, Glaucius Oliva, Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, Roberto Mendonça Faria, Richard Charles Garratt, Sérgio Carlos Zílio e Vanderlei Salvador Bagnato foram eleitos, em 2012, para fazer parte da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.

A cerimônia de posse dos docentes ocorrerá no próximo dia 27 de setembro, às 18h30, no Palácio dos Bandeirantes e contará com a presença do Governador do Estado, Geraldo Alckmin.

Para acessar a lista de todos os acadêmicos eleitos em 2012 para Academia de Ciências do Estado de São Paulo, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

10 de setembro de 2012

IFSC sediará mais uma Escola Avançada

FAPESPEm chamada divulgada na última semana, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) divulgou o resultado da sétima chamada da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), modalidade que oferece recursos para organização de cursos de curta duração em pesquisa avançada nas diferentes áreas de conhecimento no estado de São Paulo.

Até o momento, somente duas propostas foram selecionadas e, entre elas, a do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Vanderlei Salvador Bagnato, com o título “Modernos desafios: uso da biofotônica no diagnóstico e no tratamento do câncer”.

Os professores que lecionarão as disciplinas na ESPCA “deverão ser cientistas de excelente qualificação e destaque em seus campos de pesquisa, do Brasil e do exterior”.

Alunos de graduação e pós-graduação poderão participar da ESPCA e, além disso, apresentarem, em seções de pôsteres, os resultados de suas pesquisas, discutindo os progressos e resultados com os participantes.

Para mais informações sobre a ESPCA, acesse http://www.fapesp.br/espca

Assessoria de Comunicação

6 de setembro de 2012

Perfeito conforto nos ares

Se há alguns anos, viagens de avião eram luxo para poucos, elas hoje são tão ou mais comuns do que as realizadas por terra. E, com o barateamento das passagens aéreas, o número de usuários de aeronaves aumentou significativamente, tornando-se inevitável não pensar em melhorias e ajustes para esse meio de transporte.

Jurandir-1Com isso em mente, pesquisadores da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) deram-se conta de que, mais do que nunca, o conforto do usuário nas cabines precisava ser aprimorado; e, para tornar os voos dos passageiros (ainda) mais confortáveis, procuraram por especialistas no assunto, entre eles, o docente da Escola Politécnica da USP, Jurandir Itizo Yanagihara que, em 2008, deu início ao projeto de pesquisa “Conforto em cabines de aeronaves: desafios científicos e tecnológicos num projeto cooperativo multidisciplinar”, descrito com detalhes no último Colloquium diei ocorrido no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Reunindo especialistas de diversas áreas de exatas e inclusive biológicas, Jurandir e sua equipe (composta por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizaram diversas simulações, com o foco voltado ao conforto do usuário, realizando testes ergonômicos, de pressão do ambiente, conforto visual, necessidades especiais e segurança, entre outros quesitos. “Com a popularização das viagens de avião, a preocupação com o conforto passou a ser mais importante do que nunca”, diz o docente.

Desde o seu início, a pesquisa utilizou algumas informações já conhecidas para basear os estudos, como, por exemplo, o fato de que o aumento de pressão no interior das cabines causa menos fadiga aos usuários durante o voo. “Hoje, existe uma tendência de se construir o avião de dentro para fora, começando pelas cabines”, informa o pesquisador. “Há, inclusive, o intuito de se fazer cabines parecidas com escritórios, para que o passageiro tenha a possibilidade de trabalhar enquanto viaja”.

Outro tópico já bastante explorado na pesquisa diz respeito ao conforto térmico. Alguns equipamentos foram construídos para fazer simulações relacionadas à temperatura nas cabines, culminando na construção de um modelo humano com sistema térmico para avaliar este tópico. “Nas simulações feitas com voluntários, viu-se que aqueles que tinham o controle sobre o ambiente térmico obtinham uma maior sensação de conforto”, conta Jurandir.

Conforto acústico também foi levado em consideração. De acordo com Jurandir, já foram feitas avaliações subjetivas de ruídos e vibrações com voluntários. Também foram feitos testes para se medir o efeito do campo visual, sempre se levando em conta o conforto do passageiro. “Já tínhamos dados de que corredores muito grandes, como os de supermercados, trazem desconforto visual a certas pessoas. Já existem, inclusive, aeronaves com divisórias entre certa quantidade de assentos, para resolver esse problema”, exemplifica Yanagihara.

Na equipe de Jurandir, da qual até psiquiatras fazem parte (abordando os aspectos psicofísicos da experiência de voo), os físicos não poderiam ficar de fora. Segundo o docente, o que diferencia a atuação de um engenheiro e de um físico na pesquisa em questão refere-se à parte aplicada. “O engenheiro, depois de fazer a análise dos fenômenos, pensa em como utilizá-los na prática, enquanto o físico pensa em como os fenômenos podem ser utilizados ainda na fase do projeto. Afinal, para fazermos um bom projeto, precisamos conhecer muito bem os fenômenos físicos envolvidos” afirma o pesquisador.

Jurandir-2Até o momento, mil voluntários já participaram da pesquisa. Todas as simulações são realizadas no Departamento de Engenharia Mecânica da Poli/USP, em São Paulo, onde foi criado um laboratório para tal propósito. Os resultados são avaliados através de questionários, respondidos pelos próprios voluntários, e o objetivo final da pesquisa, de acordo com Jurandir, é se criar uma equação geral de conforto.

O pesquisador afirma que o conhecimento que vem sendo produzido durante a pesquisa será usufruído, diretamente, pela sociedade. E alguns leitores podem estar se perguntando quanto tempo levará para que os preços de passagens em cabines tão confortáveis possam ser acessíveis a qualquer usuário disposto a fazer seus deslocamentos pelos ares.

Tal quesito ainda não foi levantado na pesquisa de Jurandir, mas, seguindo-se a tendência de popularização dos voos, pode ser que, num primeiro momento, o conforto total não esteja disponível a todos, mas em um futuro próximo talvez seja possível a qualquer passageiro acomodar-se numa poltrona de avião que seja mais confortável que sua própria cama.

Assessoria de Comunicação

5 de setembro de 2012

Um milhão e duzentos mil alunos participam da 1ª Fase

No dia 04 de setembro, um milhão e duzentos mil alunos fizeram a 1ª fase da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP), sendo que é a primeira vez que a Olimpíada ocorre em todo território brasileiro; em 2010 e 2011, a OBFEP aconteceu de forma piloto em alguns estados, como uma atividade da OBF (Olimpíada Brasileira de Física).

Participam da OBFEP estudantes do Ensino Médio e do último ano do Ensino Fundamental de escolas Municipais, Estaduais e Federais.

A OBFEP ocorre em duas fases, sendo a 1ª uma prova teórica e a 2ª fase composta de uma parte teórica e uma prática. Na 2ª fase, que acontecerá em 10 de novembro para cerca de 50 mil estudantes, cada aluno, além da prova teórica, receberá um kit com o qual fará experimentos, compreendendo medidas e análise dos resultados. O objetivo do experimento é despertar no aluno seu talento criativo e inovador.

A OBFEP é organizada pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), conta com financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), através do CNPq, e pode-se citar entre seus objetivos: contribuir para a melhoria da qualidade do ensino em ciências na educação básica; promover maior inclusão social por meio da difusão da ciência; ampliar o uso das tecnologias da informação e da comunicação com fins educacionais; ampliar canais de colaboração entre universidades, institutos, sociedades científicas e escolas públicas; fomentar a integração entre escola e comunidade.

Para mais informações, acesse o portal:  www.obfep.org.br

 

(Informações da Comissão da OBFEP – Sociedade Brasileira de Física)

4 de setembro de 2012

Uma nova visão sobre a arte de lecionar

Salários baixos, alunos ariscos, infraestrutura inadequada. Os motivos para se desistir de uma carreira docente são inúmeros, mas mesmo assim alguns decidem enfrentar os obstáculos e seguir em frente. Isso porque, diferente do que é visto corriqueiramente nos noticiários, ainda há boas notícias quando o assunto é “ser professor”.

Salete-2Com o intuito de avaliar o perfil de estudantes graduados pelo Curso de Licenciatura em Ciências Exatas do campus da USP-São Carlos, a aluna de doutorado da pós-graduação Interunidades em Ensino de Ciências, Ariane Baffa, realizou uma pesquisa, e através de questionários aplicados aos alunos já formados no Curso de Licenciatura em Ciências Exatas da USP-São Carlos, entre 1996 e 2011, identificou um perfil mais otimista para educação brasileira: mais da metade deles atua em sala de aula, grande parte no ensino público.

A notícia é animadora, uma vez que a melhora na qualidade do ensino fundamental e médio depende de professores bem formados. Mas, só isso já é suficiente?

De acordo com a docente do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e coordenadora do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas da USP-São Carlos, Salete Linhares Queiroz, apesar dos diversos contratempos com os quais professores do ensino fundamental e médio têm de lidar na atividade profissional, os alunos do curso de licenciatura da USP-São Carlos que alcançam o último ano de curso apresentam entusiasmo em lecionar. “A maioria dos licenciados tem muito interesse em atuar na sala de aula. Eles são motivados para isso! Boa parte deles preocupa-se em procurar atividades didáticas para oferecer aos alunos do ensino médio e fundamental”, afirma Salete, que também orientou a pesquisa conduzida por Ariane.

Para fugir do comum

Salete cita alguns exemplos de alunos e ex-alunos do curso de licenciatura que conseguiram implementar um ensino mais didático aos estudantes de ensino fundamental e médio. Alguns deles realizam frequentemente atividades em grupo ou visitas a Centros de Cultura do município.

Outro destaque vai para uma estratégia de ensino, que consiste na elaboração de estudos de casos de caráter científico e sociocientífico, para aplicação no ensino médio e superior. Em disciplina ministrada no IQSC, alunos de pós-graduação do campus escrevem casos, no formato de narrativas, sobre problemas reais do cotidiano e todos são convidados a propor soluções. O material produzido (casos e respectivas soluções) é de acesso público, o que possibilita que estudantes de outros cursos de licenciatura, bem como professores já efetivos, tenham acesso a ele pela internet*. “É muito interessante ver que alunos que não estão envolvidos diretamente com a área de ensino, como os de pós-graduação em química e engenharia, por exemplo, têm essa preocupação”, afirma a docente.

Os diferenciais na licenciatura na USP de São Carlos

Em todo país, educadores discutem e propõem novas diretrizes ao ensino médio e fundamental, inclusive no que se refere à renovação das grades curriculares. Mas, quando a revisão é voltada à grade curricular de cursos de licenciatura, pouco se fala sobre o assunto.

No caso da licenciatura oferecida na USP-São Carlos, em 2010 houve uma reestruturação que consistiu, entre outros tópicos, em inserir um maior número de disciplinas voltadas à educação.

O curso possui características que o tornam diferenciado: os alunos que o completam estão aptos a ministrar aulas no ensino fundamental e médio (flexibilidade que outros cursos de licenciatura geralmente não oferecem) e podem, ao concluir a graduação, retornar ao curso e fazer habilitação em outras disciplinas de exatas (matemática, física ou química).

Durante o curso, eles podem ainda receber bolsas de iniciação científica, participar de atividades didáticas e de divulgação científica no Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP), receber bolsas para realização de intercâmbio internacional e, finalmente, atuar no cursinho popular do campus (fundado, inclusive, por turmas anteriores).

Ariane-2

Para uma educação melhor, melhores condições

Infelizmente, os diferenciais citados acima não são uma realidade no país e a falta de professores em praticamente todas as disciplinas ministradas a alunos do ensino fundamental e médio prova que ainda se encontra distante uma solução efetiva para essa problemática.

Na opinião de Salete, novas políticas públicas devem ser pensadas para melhora da educação brasileira, mas em alguns casos os resultados só poderão ser vistos num futuro mais distante. “O professor tem que ministrar aulas numa escola onde se sinta confortável, onde não se sinta ameaçado. Gostaríamos que esse problema fosse resolvido amanhã, mas essa é uma solução de longo prazo. Os alunos formados na licenciatura saem daqui sabendo que deveriam realizar atividades nas quais o aluno fosse o centro do processo de aprendizagem, mas como ele [professor] fará isso em uma turma lotada, ou em alguma turma em que metade dos alunos não tem interesse em aprender?”, diz Salete.

Salete-3Ela salienta soluções imediatas e destaca algumas já sabidas e comuns, como melhores salários e melhor formação do futuro professor durante a graduação. No caso da licenciatura da USP-São Carlos, Salete diz que é preciso haver maior integração entre os grupos de pesquisa que trabalham com ensino de química, física e matemática. “Deve haver uma aproximação maior entre esses grupos e a escola, inclusive. Muitas vezes, há pouco contato entre os futuros professores e os professores já na ativa”.

A grande questão, no entanto, diz respeito à formação do docente. Nos cursos de licenciatura, as aulas ministradas na universidade reproduzem metodologias de ensino já ultrapassadas, que não prezam pela interatividade e por um contato maior e mais participativo entre professores e alunos do ensino básico e médio, em sala de aula. “Grande parte dos docentes que ministra aulas na universidade não costuma, por exemplo, propor atividades de trabalho em grupo aos seus alunos. Na cabeça deles, isso é ‘enrolação’, enquanto as novas diretrizes não veem tais atividades dessa forma. Os docentes do ensino superior que trabalham na área pedagógica têm mais conhecimento sobre as novas diretrizes do que aqueles que trabalham com conhecimentos específicos”.

Apesar do “quadro negro” no qual se escrevem os desafios dos futuros docentes da área de exatas, ações positivas também devem ser comentadas. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), atualmente exige que alunos de pós-graduação tenham algum tipo de formação pedagógica “Discussões pedagógicas não existiam antigamente neste nível de ensino”, comenta Salete. “Elas existirem agora é uma evolução”.

A esperança é que os diferenciais tornem-se comuns e que as evoluções sejam corriqueiras. Essas amplas ações – atualmente exclusivas da Licenciatura da USP-São Carlos – podem e devem ser espalhadas. Afinal, só o conhecimento democratizado pode ser efetivo.

*o material pode ser encontrado no endereço eletrônico www.gpeqsc.com.br

Assessoria de Comunicação

4 de setembro de 2012

USP em primeiro lugar

O jornal Folha de São Paulo divulgou no dia 3 de agosto o primeiro “Ranking Universitário Folha” (RUF), que classifica as 191 universidades brasileiras, juntamente com os 41 centros universitários e faculdades.

Nessa classificação, que compreende quatro quesitos importantes – ensino, pesquisa, reputação no mercado de trabalho e inovação -, a USP ocupa a primeira posição em praticamente todos os itens considerados, com exceção da área da inovação, que aparece liderada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Na classificação geral, as Federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro (UFRJ), aparecem em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

O RUF foi composto por oito meses de dados de produções acadêmicas levantados pelo jornal Folha de S. Paulo, e também pela opinião de centenas de cientistas e profissionais de Recursos Humanos, ouvidos através do Instituto Datafolha.

A metodologia do RUF foi criada pelo grupo liderado pelo cienciometrista (ciência que estuda a produção científica) da USP, Rogério Meneghini, em conjunto com a Redação da Folha.

Apesar de países como Estados Unidos, China e Alemanha já montarem seus rankings nacionais, o Brasil dependia de classificações globais ou, no máximo, continentais, que citam poucas instituições brasileiras e desconsideram características nacionais.

Não havia, até agora, um indicador que abrangesse a visão do mercado de trabalho e a produção científica das instituições.

(Assessoria de Comunicação com informações da USP Online)

31 de agosto de 2012

IFSC ganha mais um destaque em competição internacional

Criado em 2003, o Imageclef é um evento internacional que lança desafios, anualmente, para a comunidade mundial envolvida com a área de reconhecimento de padrões.

ImageclefNa edição de 2011, o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Odemir Martinez Bruno, e sua equipe de pesquisadores, conseguiram alcançar a primeira colocação na categoria de reconhecimento de plantas – inaugurada em 2010, no evento.

Em 2012, a boa classificação da equipe se repetiu. Na classificação geral, na qual mais de 20 equipes internacionais foram classificadas, a equipe de Odemir ficou em 3º lugar, mas no modo de identificação através de fotografias manteve a primeira colocação, já alcançada no ano passado. “Nossa equipe trabalha mais em microscopia ou escâner. Não trabalhamos com fotografia diretamente, pois não é nossa especialidade, mas decidimos investir um pouco nisso, somente para poder participar da competição”, explica o docente, referindo-se à participação de sua equipe no Imageclef, em 2011, quando alcançaram o 1º lugar na classificação geral.

A equipe de Odemir, composta pelos doutorandos Dalcimar Casanova, Wesley Nunes Gonçalves e João Batista Florindo, desenvolveu métodos específicos para análise de imagens fotográficas. A base de dados foi gerada por botânicos europeus, na maior parte da sociedade francesa de botânica, fazendo-se o registro fotográfico por câmeras de celular, fotografando as folhas de plantas. “Isso é algo completamente diferente do que fazemos na pesquisa, pois a fotografia não traz precisão nem extrai informações necessárias para identificação de uma espécie. Portanto, precisamos dedicar muito tempo e energia a essa atividade, inédita para nossa equipe”, conta o docente.

No entanto, Odemir faz questão de ressaltar que tal atividade acabou fazendo com que a equipe trabalhasse sobre uma nova possibilidade. “Isso pode abrir horizontes para novos projetos”.

De 17 a 20 de setembro deste ano haverá uma conferência do Imageclef, em Roma (Itália), da qual um dos integrantes da equipe de Odemir – Wesley Gonçalvez – participará. De acordo com a descrição enunciada no site da conferência (…) esta será uma oportunidade de discutir uma ampla gama de questões em áreas de avaliação multilíngue e multimodal de acesso à informação, e um conjunto de laboratórios e workshops serão destinados a testar diferentes aspectos em outras linguagens de sistemas de recuperação de informação(…).

A conferência reunirá alguns participantes do Imageclef para apresentar seus trabalhos e trocar ideias. Para Odemir, as perspectivas são boas.

Para saber mais sobre o Imageclef e sobre a premiação da equipe de Odemir Bruno, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

30 de agosto de 2012

Saiba mais sobre nanomedicina e nanotecnologia

O docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e coordenador do Laboratório de Nanomedicina e Nanotecnologia (LNN) do Instituto, Valtencir Zucolotto, participou, neste mês, do programa da TV Brasil, “Sem censura”, no qual falou sobre os novos avanços nas pesquisas em nanomedicina e nanotecnologia atingidos em seu laboratório de pesquisa.

Ainda sobre o mesmo assunto, o docente concedeu entrevista à revista “Quanta”, publicação impressa com forte enfoque nos estudos e experiências brasileiros.

Para ter acesso às duas entrevistas, clique nos links abaixo:

Ofício da Transformação– revista “Quanta”;

Programa “Sem censura”– TV Brasil.

Assessoria de Comunicação

28 de agosto de 2012

O futuro docente das ciências exatas

Dizer que a educação no país tem deixado a desejar não é novidade nem surpresa. Os números fornecidos pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Brasil, na semana compreendida entre os dias 12 e 18 de agosto do corrente ano, mostram melhoras simbólicas no desempenho das redes de ensino, mas ainda muito distantes do ideal. E, quando o assunto é ensino médio, os resultados são igualmente inaceitáveis.

SeLic-3Com essa preocupação em mente, alunos do curso de Licenciatura em Ciências Exatas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), conscientes da problemática educacional existente no país, especialmente em disciplinas da área de ciências exatas (química, física e matemática), organizaram a 7ª edição da “Semana da Licenciatura em Ciências Exatas (SeLic)”, sediada no próprio IFSC, para trazer discussões em torno do seguinte tema: “Futuro da profissão docente numa sociedade em transformação”. “Durante a SeLic, nosso foco foi, como sugere o tema, clarear a mente dos participantes no que diz respeito à profissão ‘professor’, mostrar as possibilidades da carreira e motivá-los a seguí-la”, explica a docente do IFSC e orientadora da SeLic, Cibelle Celestino Silva.

Mas, o que há para ser discutido com os futuros professores (tendo em vista que o público-alvo da SeLic são alunos da licenciatura)? Para esse importante debate e reflexão, docentes renomados na área de ensino estiveram presentes no evento para proferir palestras e, com otimismo, tocar os participantes para seguir a carreira docente e reverter o quadro educacional do país.

De acordo com o Governo Federal, na educação básica, dos quase 60 mil professores de física espalhados pelo país, nem 10 mil possuem diploma de graduação. No que diz respeito ao ensino de química, o quadro também é preocupante: dos quase 54 mil docentes, nem 15 mil são diplomados. “As causas disso são muito amplas e complexas. Uma delas, certamente, é a formação dos professores”, afirma a docente do Instituto de Física (IF/USP), Maria Regina D. Kawamura, umas das palestrantes convidadas da Semana.

A desvalorização do professor, somada à falta de investimento em sua qualificação, coloca não só o docente, mas, principalmente, o aluno numa situação prejudicial, mostrando que a educação no país caminha em círculos viciosos, tendo sua qualidade comprometida.

Para o docente da Faculdade de Educação (FE/USP), Maurício Pietrocola P. de Oliveira, uma maneira imediata de amenizar o problema seria, justamente, oferecer maiores salários aos professores. “Como em qualquer profissão, existem professores muito bem remunerados, mas é uma minoria. Portanto, dobrar o salário dos professores seria uma primeira ação de estímulo imediato. Depois, teríamos que esperar para ver os resultados”.

SeLic-2No entanto, quando o assunto é Química ou Física, a situação é mais complicada. Primeiramente, pela escassez de professores nessas disciplinas, como já citado anteriormente. Além disso, o excesso de conteúdo teórico excede, expressivamente, aulas com conteúdo prático que, por sua vez, poderiam tornar as disciplinas mais didáticas e inteligíveis ao estudante. “Certamente, os professores já graduados possuem estratégias necessárias para envolver os alunos. Mas, por uma leitura macro, que nos mostra que a maioria dos professores não tem formação superior, existem estudantes que não foram preparados para serem professores. Então, a estratégia destes é reproduzir as do ensino que tiveram quando alunos”, explica Maurício.

A isso, complementa o docente, no caso específico da disciplina de física, soma-se a desvalorização social da profissão, a falta do diploma, além da pressuposição do modelo curricular antigo, no qual a necessidade de alunos proficientes em ciências sempre foi pequena. “A realidade, hoje, mostra outro quadro: dobrou-se o número de vagas nas universidades federais e, ao mesmo tempo, não se consegue ter o dobro de profissionais formados”.

Ou seja, uma infraestrutura decente apararia algumas arestas, mas concentrar esforços na capacitação e qualidade de formação dos futuros docentes deve ser prioridade. Maurício cita o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) como uma das ações implementadas para melhorar esse quadro. “Trata-se de um programa que tem um objetivo muito simplório, mas que tem tido um impacto muito grande. Através dele, você tenta aproximar os alunos da licenciatura à arte de ser professor. A taxa de evasão nos cursos de licenciatura diminuiu muito depois do lançamento desse programa”, conta.

Maria Regina traz um cenário mais otimista. Embora o quadro macro se apresente desanimador, ela afirma que há muitas escolas e professores que sabem como trabalhar o conteúdo em sala de aula. Mas faz uma ressalva. “Muitas ações, como, por exemplo, a formação continuada de professores, acaba sendo uma gota no oceano. Há pouco espaço para ver os frutos dessas ações, especialmente no estado de São Paulo, com sua enorme diversidade e tamanho da rede de ensino”.

Na opinião de Cibelle, no que se refere à educação nas disciplinas de ciências exatas, já se chegou ao “fundo do poço” e a tendência, a partir de agora, é a melhora, mesmo que de forma lenta e gradual. Para ela, iniciativas como a SeLic podem trazer esclarecimentos aos alunos, estimulando-os a finalizar o curso de licenciatura e seguir a carreira docente. “A SeLic priorizou o tema do futuro da carreira docente, pois esse é um tema que incomoda, mas de maneira positiva, pois incita reflexão por parte dos alunos”.

SeLic-1Na SeLic, que será encerrada em 24 de agosto, tanto Maria Regina quanto Maurício proferiram palestras. Com o foco de suas pesquisas voltado ao ensino, o lema foi motivar os ouvintes das referidas palestras. Porém, o verdadeiro desafio posto aos docentes brasileiros, além de prender a atenção do aluno em sala de aula, é conseguir recompor sua valorização. Como isso pode ser feito?

Não há ainda uma resposta concreta para tal pergunta. Maria Regina diz que é preciso “pensar novo”. Maurício, citando ideias do filósofo francês, Gaston Bachelard, acredita que a criação, imaginação e racionalidade se combinam para trazer a capacidade de aprendizado no mundo atual.

Mas, independente de quaisquer ações, novas ou antigas, os professores precisam ainda vencer muitos desafios. Recompor a valorização dos docentes pode ser o primeiro passo para que a educação do país saia do “fundo do poço” e chegue a um nível aceitável. E, com isso em prática, pode ser que as próximas gerações de educadores tenham motivação e estímulo suficiente para pintar um cenário ideal para educação brasileira.

Assessoria de Comunicação

28 de agosto de 2012

USP é primeira ibero-americana

O Scimago Lab divulgou a terceira edição do Ranking Ibero-Americano SIR, onde constam 1.401 instituições de ensino superior que publicaram pelo menos um artigo científico indexado na base de dados Scopu,s no período de 2006 a 2010.

Universidades brasileiras são destaque no ranking, ocupando quatro posições entre as dez primeiras. A Universidade de São Paulo (USP) é a número 1, com um índice de 44.610 no indicador de Produção Científica, que mede o número de documentos publicados por cada instituição. A Universidad Nacional Autónoma de México vem em segundo lugar, com 18.350.

A terceira posição, entre os países ibero-americanos, ficou com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 16.154 de Produção Científica, seguida pela Universitat de Barcelona (15.290), Universidade Estadual Paulista, Unesp (15.047) e Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ (13.560).

Completam a lista das dez primeiras, quatro universidades da Espanha: Universitat Autònoma de Barcelona, Universidad Complutense de Madrid, Universitat de Valencia e Universitat Politècnica de Catalunya.

A Universidade do Porto é a primeira portuguesa, em 11º, e a Universidad de Buenos Aires a primeira argentina, em 14º.

Das 100 instituições de ensino superior com melhor colocação no SCImago Institutions Rankings, 29 são do Brasil – o México vem na segunda posição, com 14. Entre as 100 instituições da América Latina, o Brasil responde com quase metade – 48.

O Ranking SIR apresenta quatro indicadores que retratam a investigação das instituições e oferecem um meio de análise para avaliar o rendimento científico. Além da Produção Científica, utiliza taxa de Colaboração Internacional, a Qualidade Científica Média e a taxa de Publicação em Revistas de Prestígio, que indicam, respectivamente, o grau de internacionalização, a visibilidade científica e a capacidade que têm as instituições de ensino superior para publicar nas revistas com mais prestígio.

No SIR World Report 2012, que avalia 3.290 instituições, a USP está atrás apenas da Universidade Harvard (Estados Unidos), do Instituto Max Planck (Alemanha) e das universidades de Tóquio (Japão), Toronto (Canadá) e Tsinghua (China) entre as institituições de ensino superior – não considerando as academias de ciência e centros nacionais de pesquisa.

O SCImago Institutions Rankings é um projeto de avaliação da investigação científica em universidades e instituições de pesquisa desenvolvido pelo grupo SCImago a partir da base de dados Scopus da Elsevier, resultado do acordo de colaboração entre as entidades.

Mais informações sobre este assunto poderão ser encontradas no site www.scimagoir.com

 

Assessoria de Comunicação, com informações da Agência FAPESP

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