Notícias

13 de agosto de 2012

Workshop da CGQP 2012

Na próxima terça-feira, 14 de agosto, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), por meio da Comissão Gespública de Qualidade e Produtividade (CGQP), realizará o Workshop CGQP 2012.

A abertura, marcada para às 14 horas, será feita pelo docente do IFSC e atual presidente da CGQP, Luiz Vitor de Souza. Na sequência, três palestras serão proferidas: Benefícios do esporte no dia-a-dia, pela personal trainer, Juliana Araújo, Reciclando conceitos do USP recicla, por Patrícia Silva Leme e Trabalhando em equipe, pelo consultor de RH da Support Assessoria, Sílvio Luiz de Flório.

O evento será realizado no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas” e todos estão convidados a participar.

Assessoria de Comunicação

10 de agosto de 2012

Câmara dos Deputados aprova lei que regulamenta a atividade

A Câmara dos Deputados, através da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, aprovou, no dia 08 de agosto, a proposta que regulamenta o exercício da profissão de Físico, medida esta que se encontra inserida no Projeto de Lei 1025/11, em que o profissional necessitará ter registro prévio em órgão competente do Poder Executivo para exercer sua atividade.

Depois de ter sido anteriormente aprovado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, o projeto segue agora para que o Senado Federal dê luz verde sobre o mesmo.

De acordo com o texto, poderão atuar, como físicos:

a) Os diplomados em Física por estabelecimentos de ensino superior, oficiais ou reconhecidos;

b) Os diplomados em curso superior similar, no exterior, após a revalidação do diploma, nos termos da legislação em vigor;

c) Os que, até a data da publicação da nova lei, obtiveram o diploma de mestrado em Física, em estabelecimentos de pós-graduação, oficiais ou reconhecidos, permitindo-se ao portador de diploma de doutorado em Física, obtido a qualquer tempo, o direito pleno do exercício da profissão;

d) Os que, à data da publicação da lei, embora não diplomados nas condições anteriores, venham exercendo efetivamente, há mais de quatro anos, atividades atribuídas ao físico.

Confira, no link abaixo, a íntegra da proposta.

Proposta:

 

Assessoria de Comunicação

10 de agosto de 2012

1ª Feira USP de Inovação e Empreendedorismo

USPitecA Universidade de São Paulo (USP), por meio da Agência USP de Inovação, promoverá a 1ª Feira USP de Inovação e Empreendedorismo, nos dias 23, 24 e 25 de agosto.

O objetivo da feira, que estará sediada na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP), é criar um ambiente motivador para a cooperação e parcerias entre universidade-empresa, bem como fomentar as atividades de empreendedorismo dos alunos e docentes da USP.

Portanto, o evento pretende colocar empresários em contato com as pesquisas tecnológicas, desenvolvidas na USP, que, posteriormente, poderão ser utilizadas para o desenvolvimento de novos produtos; para os estudantes de ensino médio e técnico será uma chance de aproximação maior com a ciência; para comunidade USP, uma troca de experiências entre diferentes áreas, além do ganho de proximidade entre conhecimento acadêmico e o mundo empresarial .

A EACH fica localizada na Avenida Arlindo Béttio, 1000, Emiliano Matarazzo, São Paulo-SP.

Mais informações sobre o evento podem ser acessadas através do endereço eletrônico

http://www.inovacao.usp.br/uspitec/

Assessoria de Comunicação

10 de agosto de 2012

Docentes e funcionários aposentados reúnem-se em pequeno convívio

Realizou-se hoje, dia 10 de agosto, às 9 horas, no hall superior do Prédio da Administração do IFSC, um encontro dos servidores aposentados do Instituto, cujo objetivo foi, além de proporcionar momentos de convívio e de reencontro entre amigos e antigos colegas, proceder ao Recadastramento Anual dos Servidores Aposentados da USP, conforme rege a Portaria GR-3026/96.

Estes foram, acima de tudo, momentos de alegria, com o Diretor do IFSC, Prof. Dr. Antonio Hernandes, realçando o contributo que cada docente e funcionário aposentado teve para o desenvolvimento e engrandecimento do Instituto, daí o agradecimento que fez a todos os convidados, tendo salientado o quanto eles são necessários para a instituição.

Para toda a comunidade do IFSC foi uma honra e alegria poder rever antigos companheiros de trabalho.

Confira, abaixo, alguns momentos desse convívio:

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Assessoria de Comunicação

10 de agosto de 2012

O IFSC nas feiras de profissões

Não tão antigas quanto os testes vocacionais, mas muito úteis para auxiliar na escolha da carreira de estudantes do ensino médio, as feiras de profissões promovidas por Universidades têm ganhado cada vez mais destaque.

Nos últimos meses, o estado de São Paulo sediou três importantes feiras de profissões, já bem notórias e de grande procura: a Feira de Profissões da USP- campi do interior, em sua 11ª edição, a Feira de Profissões da USP- capital, em sua 6ª realização e a Feira de Profissões da Unesp, a mais antiga delas, já em sua 15ª edição.

Feira-1Em todas elas foi montado um stand do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) para, mais do que mostrar os cursos oferecidos pelo Instituto, esclarecer dúvidas variadas dos futuros ingressantes e, dessa maneira, conseguir atrair alunos mais interessados e, sobretudo, conscientes. “Incluímos novas ações este ano, como o cadastro de alunos, para montarmos um banco de dados e sabermos, em primeiro lugar, se aquele aluno que passou pelo stand participou de nosso processo seletivo; em segundo, convidá-lo a visitar o Instituto, através do projeto 1Dia“, explica o educador do IFSC, Herbert Alexandre João.

O sucesso do stand do IFSC- que marca presença há alguns anos nas referidas feiras de profissões- não se deve somente aos bonitos e esclarecedores banners que o compõe: alunos de pós-graduação, educadores, técnicos e, inclusive, docentes, revezam-se nos eventos para proferir palestras, realizar experimentos e bater papo com os interessados. “Não conseguimos contabilizar quantos alunos passaram pelo stand nas três feiras, mas uma coisa é fato: o nosso stand sempre acaba sendo o mais visitado, inclusive mais do que o da medicina ou engenharia, pois chama muito atenção”, diz Herbert, referindo-se aos experimentos feitos no próprio stand do Instituto.

Embora com o mesmo objetivo (trazer esclarecimento aos vestibulandos sobre carreiras), a principal diferença entre as três feiras citadas referiu-se à quantidade de visitantes e a algumas atividades específicas. No caso da Unesp, os estudantes puderam assistir a palestras, e em São Paulo havia locais reservados para “rodas de conversa” com docentes de cursos específicos. “A feira da Unesp tem um aspecto regional, ou seja, não participaram dela alunos de cidades muito distantes de Araraquara. Já a feira de Ribeirão Preto trouxe muitos visitantes de diversas cidades do interior paulista. No caso da feira da capital, houve uma parceria da USP com a Secretaria de Educação do estado, para aumentar o número de visitantes e o conhecimento sobre os cursos de graduação da USP e daquilo que a própria Universidade tem a oferecer. Mas, mesmo com visitantes do interior, a maioria dos estudantes que passou pela feira da capital era de São Paulo ou da grande São Paulo”, conta Herbert.

Feira-2No entanto, traçar o perfil dos alunos que passaram pelos stands do IFSC não é tarefa simples, mas alguns feedbacks são imediatos. “Uma pergunta muito comum dos estudantes foi o que o físico faz, além de dar aulas. Quando explicávamos que o físico também pode fazer pesquisa, coisa que os estudantes não sabiam, ouvimos a resposta ‘ah, então é isso que eu quero’. Tivemos muitos retornos imediatos, a partir do momento que esclarecemos dúvidas dos alunos”, relembra o educador.

Herbert afirma que a escolha da carreira de um estudante não pode pautar-se, somente, “em um único parágrafo”, referindo-se à pequena quantidade de informações disponibilizadas nos manuais de estudantes. Ele também acredita que, com mais informações em mãos, a consequência futura é a diminuição da evasão nos cursos de ensino superior. “Nas feiras, jamais tivemos intenção de fazer propaganda de nossos cursos, mas sim prestar esclarecimentos”.

E, depois de ter passado alguns dias fornecendo o máximo de informações possível a estudantes nas feiras de profissões das quais participou, o desejo de Herbert vai mais longe: “Minha esperança é que os alunos prestem nossos cursos e, uma vez aprovados, que os finalizem”.

Como as Feiras podem auxiliar os estudantes?

De acordo com o docente e coordenador da Comissão de Cultura e Extensão (CCEx) do IFSC, Luiz Agostinho Ferreira, a escolha da carreira não é fácil, e a simples participação em uma feira de profissões não solucionará essa questão.

Contudo, ele ressalta a importância das feiras no fornecimento de informações aos estudantes. “Nas feiras, o estudante terá oportunidade de conversar com os professores, monitores, visitar stands e ver coisas novas”.

Feira-3Agostinho diz que a quantidade de informações conseguida dependerá do interesse do próprio aluno. “Ele não sanará todas as suas dúvidas, mas sairá da feira com muitas dicas de onde conseguir mais informações a respeito do curso, ou dos cursos de seu interesse”.

No caso do IFSC, o docente afirma que é muito importante que os monitores e docentes consigam passar aos visitantes do stand do que realmente se trata o curso de física. “A formação do físico é bem básica, mas isso dá uma versatilidade muito grande ao físico, permitindo que ele consiga se virar, mesmo em situações para as quais não foi treinado. Isso é um importante aspecto do curso de física que deve ser destacado”.

Para dar mais visibilidade à Física, Agostinho diz que, primeiramente, é preciso quebrar a imagem do físico como o “cientista maluco” e mostrar aos interessados que a física está mais próxima do dia-a-dia do que eles pensam. “Dessa forma, a física se mostrará acessível a todos e, certamente, o aumento do número de interessados em seguir essa carreira será uma consequência”, conclui o docente.

Clique nos links abaixo para conferir algumas das matérias veiculadas pela mídia sobre as Feiras de Profissões:

EPTV- região de Araraquara (Rede Globo);

EPTV- região de Ribeirão Preto (Rede Globo);

Jornal Hoje (Rede Globo).

Imagens: Cláudio Boense Bretas (IFSC/USP)

Assessoria de Comunicação

9 de agosto de 2012

Competição visa ao desenvolvimento de ações empreendedoras

SUSIEO Clube de Empreendedorismo de São Carlos lança o Desafio SUSIE, competição de planos de negócios destinada a alunos de cursos de graduação e pós-graduação.

O objetivo da competição é que os universitários tenham chance de desenvolver ações empreendedoras, sobre as quais possam pensar e agir, enxergando-as como oportunidades e transformando-as em iniciativas inovadoras, que gerem valor ao indivíduo e à sociedade.

As inscrições para o Desafio já estão abertas e podem ser feitas pelo endereço

http://www.clubedeempreendedorismosc.org/desafio/inscricao.html.

Mais informações sobre a competição podem ser encontradas em

http://www.clubedeempreendedorismosc.org/desafio/index.html.

Participe!

Assessoria de Comunicação

9 de agosto de 2012

Curso de liderança

O Clube do Empreendedorismo de São Carlos, em parceria com a AIESEC*, traz para São Carlos o Bota pra Fazer, curso de criação de negócios de alto impacto, utilizando a metodologia Fasttrac da estadunidense Kauffman Foundation e adaptado para o mercado brasileiro pela Endeavor.

O curso terá um total de 30 horas, que serão distribuídas em 10 aulas semanais, de três horas cada uma, entre os dias 18 de agosto e 20 de outubro.

Os interessados podem inscrever-se através do endereço http://www.clubedeempreendedorismosc.org/artigo/56/inscricoes-bota-pra-fazer/.

Maiores informações podem ser obtidas pelo site do Clube do Empreendedorismo.

*plataforma internacional que possibilita o desenvolvimento pessoal e profissional de jovens estudantes, através de programas de trabalho em equipe, liderança e intercâmbio

Assessoria de Comunicação

9 de agosto de 2012

Um gigante no ensino superior do Brasil

Acabam de ser divulgados os expressivos números que compõem e caracterizam a USP – considerada a melhor universidade do Brasil e da América latina -, segundo dados do Anuário Estatístico da Universidade de São Paulo, base de dados referente a 2011.

Com 5.940 docentes e 16.512 técnicos administrativos, a USP possui 89 unidades distribuídas pelos campi de São Paulo, Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos.

O índice mostra 91.019 alunos matriculados, entre outros números disponibilizados na figura abaixo.

USP_numeros2012

 

Assessoria de Comunicação

8 de agosto de 2012

Workshop CGQP – 2012

A Comissão Gespública de Gestão da Qualidade e Produtividade realiza no próximo dia 14 de agosto, entre as 14 e as 16 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, o Workshop CGQP – 2012, na sua 5ª edição.

As inscrições poderão ser feitas no endereço http://www.ifsc.usp.br/qualidade

 

Assessoria de Comunicação

8 de agosto de 2012

10 de agosto: Encontro de Servidores Aposentados

Vai decorrer no dia 10 de agosto, pelas 09 horas, no hall superior do Prédio da Administração do IFSC, um encontro dos servidores aposentados do Instituto.

Este encontro, além de proporcionar momentos de convívio e de reencontro entre amigos e antigos colegas, servirá igualmente para que o IFSC proceda ao denominado Recadastramento Anual dos Servidores Aposentados da USP, conforme rege a Portaria GR-3026/96.

Para a comunidade do IFSC será uma honra e alegria poder rever antigos companheiros de trabalho e dialogar com amigos de longa de data, recordando um passado que, contudo, não se encontra tão longe.

 

Assessoria de Comunicação

8 de agosto de 2012

A Escola de Física Contemporânea do IFSC no contexto educacional

Dentre os diversos grupos que têm frequentado a Escola de Física Contemporânea, um evento promovido anualmente pelo IFSC, a constatação é que dentre trinta ou quarenta alunos considerados bons, só três ou quatro é que emergem como excelentes. simboloAtrás dessa evidência estão, segundo o Prof. Leonardo Paulo Maia, docente do IFSC, as deficiências existentes na educação básica e a ausência de uma cultura de valorização do conhecimento em nossa sociedade.

A sociedade brasileira ainda mantém uma perspectiva muito negativa em relação às oportunidades das carreiras científicas, como se o cenário fosse o mesmo da década de 1990: Hoje, com a expansão do sistema federal de ensino superior e oportunidades decorrentes da aceleração econômica, a situação é bem melhor em termos de mercado de trabalho, mas, naquela época, as universidades brasileiras contratavam pouquíssimos pesquisadores – relata o docente que, à época, temia ingressar em uma carreira que se tornasse um beco sem saída. Acabou optando por engenharia não por vocação, mas sim por um misto de busca de segurança e falta de informação, sem saber que quase a totalidade dos engenheiros no Brasil acabava realizando atividades de vendas ou gestão, mais distantes dos fundamentos científicos. O Prof. Leonardo acabou abandonando a engenharia e se formou em Física, embora também relate instabilidades durante sua trajetória acadêmica posterior, sempre pelas incertezas sobre as oportunidades na carreira científica.

O Prof. Leonardo Maia acompanha, desde 2010, a já tradicional Escola de Física Contemporânea (EFC), um evento promovido pelo IFSC, que tem como objetivos principais mostrar a alunos talentosos como é o mundo da pesquisa e como funcionam alguns dos principais grupos de pesquisa no país, bem como qual é a importância da ciência e tecnologia na geração de conhecimento e riquezas. Outro objetivo importante deste evento é captar alunos para um vetor importante para o país – o empreendedorismo. O docente considera o evento extremamente importante para atrair pessoas qualificadas na área da física, até porque – segundo nosso entrevistado – o cenário da ciência nacional e suas perspectivas melhoraram muito:

leonardo2012

Nos perfis dos grupos de alunos que participam da Escola de Física Contemporânea não consigo identificar uma grande mudança ao longo dos anos. A média de participantes é em torno de trinta ou quarenta estudantes e sempre tem três ou quatro alunos brilhantes, eu diria excepcionais, sendo que os restantes se enquadram naquilo que eu considero o que deveria ser um estudante típico da USP, e isso demonstra um pouco o que se passa no nosso país, em termos relativos. Se tentarmos posicionar a USP dentro do Brasil e se posicionarmos o Brasil dentro do cenário internacional, surge a questão: Quem somos nós?… Somos um país com pouca tradição em cultura científica, mas por outro lado queremos alcançar posições economicamente mais respeitáveis, como, por exemplo, atingir o patamar da 5ª ou 4ª economia mundial. Se fizermos análises, por correlação, do investimento feito em pesquisa e em desenvolvimento científico, versus a nossa posição econômica, chegamos à conclusão que somos um país grande, que temos um mercado enorme, possuímos uma estruturaplateia socioeconômica baseada em serviços, só que, em contraponto, o nosso investimento em ciência, principalmente em cultura científica, é muito pequeno, contrariando todas essas ambições econômicas. Se nossa educação fosse melhor e houvesse mais valorização das carreiras científicas, todos os alunos que participassem de um evento como a EFC, na USP, deveriam ser excelentes e a maioria deles não deveria ter nenhum receio de seguir uma carreira científica – refere Leonardo Maia.

Na perspectiva do docente, o Brasil surge como uma “bolha”, onde a posição econômica do país está melhorando, em que a qualidade de vida da população melhorou, mas tudo isso se deve a uma expansão do crédito, a uma tributação maior, a uma política de transferência de renda que, num primeiro momento é essencial, mas, segundo Maia, tudo isso deveria ser uma espécie de ensaio ou de preparação do terreno para um cenário diferente:

Deveria estar já em execução a criação de infraestruturas logísticas para a construção de novos portos, estradas, rodovias e, principalmente, de infraestruturas culturais, o que não tem acontecido até agora. O governo investiu demais – e mal, na minha opinião – na expansão do sistema federal de educação, sem planejamento e sem cobranças e investir mal é a mesma coisa que não investir – pontua Maia.

Para o docente do IFSC, o brasileiro não respeita muito o conceito do “conhecimento”, e a palavra “professor” é desprestigiada:

Se olharmos para os países mais desenvolvidos, vemos que a procura por cursos relacionados com ciências exatas tem caído gradativamente e isso é um problema sério para a humanidade; mas, pelo menos, existe um mínimo de admiração, de orgulho e de respeito por quem escolhe essas carreiras, ao contrário do Brasil, onde as pessoas dão risada e comentam “AH! Quem sabe faz e quem não sabe ensina” ou “na teoria a prática é outra”; enfim, as pessoas brincam com os professores e isso não é inocente. E é neste cenário que nossos alunos vivem. No Brasil, o que se valoriza é ter um emprego onde se ganhe muito dinheiro: ponto final! É óbvio que se se não é estimulado, compensado e admirado, as pessoas que têm vocação acabam se dispersando, se desinteressando, participante1mudando de rumo. Poucas pessoas se interessam por seguir a carreira do magistério porque num cenário como este ninguém quer ensinar; se ninguém quer ensinar – e por maiores que sejam nossos valores – é claro que não tem alunos brilhantes em quantidade suficiente e isso joga a área educacional para baixo. Você vê a USP, que é a melhor universidade do país e da América Latina e logo imagina que ela deveria ter um vasto lote de alunos espetaculares, que poderiam ir para o MIT ou para Princeton, só que nós não temos essa quantidade que tanto ambicionamos. Daí, o nível de nossos alunos da Escola de Física Contemporânea se manter inalterado, ou seja, tem sempre apenas três ou quatro alunos considerados excepcionais. A Escola de Física Contemporânea é um buscador de mentes brilhantes e temos dificuldades em encontrá-las: o verdadeiro problema está na educação básica, já que é através dela que se motiva não só os jovens, mas também os pais, no conceito de apostar e acompanhar a educação de seus filhos, e participando, como se vê na Escola de Física Contemporânea – comenta o docente.

Então, qual será a perspectiva, em termos da educação nacional? Para o Prof. Maia, essa perspectiva é negativa em relação à possibilidade de uma evolução rápida e eficaz na educação brasileira, já que ele considera que não parece haver uma disposição real para se fazer um trabalho profundo nessa transformação que tanto se ambiciona:

Veja os exemplos de Cingapura e Coréia do Sul. Os professores são considerados verdadeiros educadores e orientadores, não só dos estudantes como de seus pais; esses professores têm uma elevada qualificação técnica, são muito bem remunerados, beneficiam-se de infraestruturas verdadeiramente espetaculares, são valorizados, e incutem um respeito enorme na sociedade. Por outro lado, grande parte dos alunos participantesformados no ensino médio desses países é motivada a seguir a carreira de seus mestres, tornando-se, por isso, excelentes professores. Você vê isso no Brasil? Claro que não. Poderá ser o melhor dos alunos, mas é quase certo que ele não irá seguir o magistério. Não vejo nenhuma iniciativa que vise dar uma reviravolta na educação nacional, e isso começa pela falta de valorização dos professores, pela falta de infraestruturas adequadas, seguras e modernas. Se começássemos agora com esse planejamento, talvez uma próxima geração pudesse trilhar um caminho com qualidade. Sou muito cético em relação a isso. É preciso investir no ensino básico para resolver os problemas culturais e educacionais do país e obtermos um desenvolvimento científico realmente de qualidade – refere o docente.

O Prof. Leonardo Maia faz questão de deixar uma mensagem para os alunos:

Incentivo os alunos a entrarem no IFSC para fazer física. Existem mais oportunidades de trabalho do que nunca, por isso aproveitem agora, pois o ambiente é propício e não é só como pesquisadores nas universidades, já que hoje, o Brasil vive um momento em que, pela primeira vez na sua história, até as multinacionais estão começando a fazer pesquisa e desenvolvimento em nosso território e é necessária gente qualificada. Fica o desafio – termina nosso entrevistado.

Assessoria de Comunicação

8 de agosto de 2012

“Construção de um Bisturi Ultrassônico”

No seminário do Laboratório de Biofotônica, do Grupo de Óptica, marcado para o dia 09 de agosto, pelas 13 horas, na Sala de Seminários do referido grupo, o palestrante será Thiago Balan Moretti, aluno de Mestrado do programa de Interunidades em Ciência e Engenharia de Materiais da USP, que apresentará o trabalho intitulado Construção de um Bisturi Ultrassônico.

Com efeito, os materiais piezelétricos vêm sendo utilizados em várias aplicações na área da saúde e dentro dessas aplicações pode-se destacar os transdutores ultrassônicos piezelétrico de potência.

Thiago Moretti está desenvolvendo de um bisturi ultrassônico que permitirá realizar cortes homeostáticos, bem como cauterização dos tecidos biológicos.

O sistema é constituído por um transdutor ultrassônico, que transforma um sinal elétrico em ondas mecânicas, sendo destas transmitidas a uma haste que transmite ao tecido, sendo que o desenvolvimento deste projeto resultará em uma inovação tecnológica na área da saúde, contribuindo para o progresso tecnológico do país.

Thiago possui graduação em Licenciatura em Ciências Exatas pela Universidade de São Paulo (2010) e curso técnico-profissionalizante pela Escola Senai Antônio Adolpho Lobbe (2007). Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Medidas Elétricas, Magnéticas e Eletrônicas e em Instrumentação.

Assessoria de Comunicação

8 de agosto de 2012

Gravitação quântica de laços in 3D.

Realiza-se no dia 09 de agosto, pelas 16h30, na Sala F-210 do IFSC, mais uma edição do “Café com Física”, tendo como convidado o Prof. Dr. Olivier Piguet, do Departamento de Física da UFV – Universidade Federal de Viçosa, que dissertará sobre o tema Gravitação quântica de laços in 3D. Um observável quântico pode ter um limite clássico nulo?

Nesta palestra, Piguet apresentará uma introdução à Quantização de Laços da Gravitação (LQG), através de um modelo simples em três dimensões: a “Gravitação Chern-Simons” com constante cosmológica e parâmetro de Barbero Immirzi.

Em três dimensões, a gravitação é topológica e não apresenta graus de liberdade nem observáveis locais. Constrói-se a teoria quântica calculando um observável global análogo aos observáveis “área” e “volume” da LQG em quatro dimensões, e com um espectro também caracterizado para conjuntos de números semi-inteiros (“spins”).

Verifica-se que o correspondente clássico desse observável é nulo.

Uma palestra a não perder.

 

Assessoria de Comunicação

7 de agosto de 2012

Brasil toma banho de bronze e arrecada medalha de ouro

Na edição nº 43 da Olimpíada Internacional de Física (IPhO International Physics Olympiad), que decorreu recentemente na Estônia, o Brasil conquistou a medalha de ouro por intermédio do aluno do Ensino Médio do Colégio Objetivo Integrado, de São Paulo, Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho , um jovem que já tinha mostrado suas habilidades e conhecimentos na antiga Escola de Física Avançada, um evento promovido pelo IFSC.

Na opinião do docente e pesquisador do IFSC, Prof. Euclydes Marega, líder da equipe brasileira e que assumiu igualmente o treinamento deste jovem para a competição, Ivan já tinha mostrado todo o seu valor na Olimpíada Brasileira de Física, motivo pelo qual foi selecionado para representar o país naquela que é considerada uma competição extremamente exigente e difícil.

Esta é a segunda medalha de ouro que o Brasil conquista nesta competição científica, que este ano reuniu representantes de 81 países – a primeira medalha foi conquistada em 2011, em Bangkok – Tailândia -, colocando nosso país entre os dez melhores neste evento, entre os quais se contam China, Coréia do Sul, Japão, Estados Unidos, Hungria e Alemanha.

Por outro lado, a equipe brasileira conseguiu ainda conquistar três medalhas de bronze, com as participações brilhantes dos estudantes Guilherme Renato Martins Unzer, José Luciano de Morais Neto e Lara Timbó Araújo.

Quanto ao conjunto de provas desta olimpíada, a prova teórica teve três questões que exigiram cinco horas para resolução, enquanto que, com igual tempo, a prova prática ofereceu dois experimentos: no 1º experimento, os alunos mediram as características não lineares de um diodo túnel, cuja característica principal é a resistência diferencial negativa; num segundo experimento foi determinada a permeabilidade magnética da água, a partir da deformação na superfície da água provocada por um magneto de Neodímio. Neste último experimento foi utilizada a mesma técnica para se medir pequenos deslocamentos de Microscópios de Força Atômica a partir da reflexão de um feixe de laser na superfície da água curvada pelo campo magnético. O impressionante deste experimento é a possibilidade de se medir variação na superfície da água com precisão micrométrica. Uma cópia das provas (em português) pode ser obtida no Blog da Olimpíada http://obfblog.blogspot.com.br/

O excelente desempenho mostrado por Ivan na Olimpíada Brasileira de Física, onde ganhou uma medalha de prata, foi a rampa de lançamento para a prova de seleção internacional, que decorreu no IFSC, e daí para a prova máxima internacional, na Estônia.

A Olimpíada de 2013 realiza-se na capital da Dinamarca – Copenhagen.

A foto abaixo mostra, em pé, da esquerda para a direita: Guilherme Renato Martins Unzer (medalha de Bronze), Prof. Euclydes Marega Junior (Lider da Equipe Brasileira), Prof. Ronaldo Fogo (observador), Prof. Antonio Pedrine (Observador), Prof. Leonardo Bruno (Observador);

Agachados, igualmente da esquerda para a direita: José Luciano de Morais Neto (medalha de Bronze), Lara Timbó Araújo (medalha de Bronze) e Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho (medalha de Ouro).

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Assessoria de Comunicação

7 de agosto de 2012

O “divino” bem mais próximo

Quatro décadas foi o tempo gasto, oito bilhões de euros foi o dinheiro investido e milhares de cientistas do globo foram envolvidos para a maior descoberta dos últimos anos.

Estamos falando da nova partícula elementar que ganhou notoriedade no mundo todo, nos últimos meses, e que carrega um nome onipotente, onipresente e onisciente: a partícula de Deus, ou Bóson de Higgs, como seu inventor, Peter Higgs, prefere que se refiram a ela, para não causar atritos com os religiosos de plantão.

CERN-1Nos últimos meses, pesquisadores e mídia fizeram um grande alvoroço pela “quase” descoberta de uma partícula que, ao que tudo indica, é a responsável por dar massa aos elétrons, prótons e nêutrons (partículas elementares da física) e que manterá em pé o famoso “Modelo Padrão” que explica como se comportam todos os componentes e forças da natureza, salvo a gravidade (explicada pela relatividade geral).

No final do ano passado, quando diversos veículos de comunicação falaram, incansavelmente, sobre o Bóson de Higgs, o que noticiavam era a possível (e provável) existência da partícula. “Os cientistas escolhem um padrão para definir algo como uma descoberta ou um indício. Existe um nível de confiança medido matematicamente, e pode variar numericamente. Descoberta é quando esse número é acima de 5 sigmas. Com o nível de confiança 5, a probabilidade de erros é muito pequena. Na penúltima divulgação do Bóson de Higgs, o nível de confiança era 3. Com o aumento dos dados e uma reanálise mais inteligente, conseguiu-se chegar ao nível de confiança 5”, explica o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e membro do Observatório de Raios Cósmicos “Pierre Auger”, Luiz Vitor de Souza Filho.

BosonOu seja, a partícula que, hipoteticamente, poderia existir, foi encontrada no último dia 4 de julho e a notícia espalhou-se rapidamente, mas com as devidas ressalvas. Cientistas do CERN* declararam no site oficial do Centro que “experimentos veem um forte indício da presença de uma nova partícula, que poderia ser o Bóson de Higgs, em uma região de massa em torno de 126 GeV**. No entanto, quando Higgs criou a teoria do Bóson, previu sua massa em 125 GeV e, depois de diversas varreduras feitas pelo LHC, em locais diferentes, uma nova partícula foi encontrada numa região de massa 125 GeV, muito próxima às coordenadas de Higgs, levando a crer que se tratava da mesma partícula.

Os principais envolvidos nos experimentos ainda não fizeram nenhuma publicação oficial sobre a descoberta. Falta confirmar, efetivamente, a existência do Bóson e, depois disso, definir suas propriedades. “Partículas elementares são definidas por diversas propriedades. Elétrons, por exemplo, têm massa, carga, spin etc. No caso do Bóson de Higgs, somente sua massa foi medida. Os pesquisadores, que estão sendo muito cautelosos, querem definir as outras propriedades do Bóson para soltar uma única publicação, mais completa”, conta Vitor.

As próximas interrogações dos físicos

A principal dificuldade dos pesquisadores e estudiosos do Bóson de Higgs era saber sua exata localização. Desafio vencido, os próximos passos são promissores e uma enorme gama de oportunidades se coloca à frente. “Sabendo-se, agora, onde a partícula está, é possível começar a estudá-la e definir suas características”, explica Vitor. E, tais definições são a chave para desvendar tantos outros mistérios, como, por exemplo, entender como se formam a energia e matéria escuras que compõe mais de 90% do Universo. “Uma vez que o mecanismo de construir massas está descoberto, pode-se começar a fazer suposições de como é possível construir matéria escura e qual mecanismo de partículas gera essa matéria”, explica Vitor.

Para alguns, pode parecer uma grande perda de tempo e dinheiro. Mas, até para os mais céticos não há como negar que se trata de uma descoberta importante que, em algum momento, trará consequências para todos. “Nenhum modelo teórico foi capaz de explicar como a massa é criada e essa pergunta é tão fundamental que, Newton, Galileu, os gregos, faziam a mesma pergunta dentro de seu contexto histórico. É, sem dúvidas, um marco na ciência que pode ser comparado com outros importantes, como a descoberta do DNA”, afirma o docente. “É empolgante testemunhar uma descoberta como essa, que teve sua predição feita há quase meio século”.

Diante de tal quadro, o físico escocês que perdoe a todos que apelidaram sua descoberta com um nome tão religioso. Mas, depois de saber um pouco mais sobre a – recentemente tão famosa – partícula de Deus, não há como não pensar que ela seja espirituosa e, sobretudo, tão poderosa, como seu carinhoso apelido indica.

*Centro Europeu para Pesquisas Nucleares

**Gigaelétronvolts: unidade de medida de energia que, no caso, é usada como unidade de massa. A forma mais completa da unidade seria GeV/c², aonde o c² vem da famosa equação de Einstein, E=m.c² (a abreviação sem o c² é usada corriqueiramente)

Assessoria de Comunicação

7 de agosto de 2012

O físico médico

A física médica, mesmo não sendo tão conhecida pelo público em geral, já há algum tempo é protagonista na vida de alguns pesquisadores. A maior parte dos físicos médicos, antes da prática, realiza treinamento, com nível de especialização, em hospitais escolas voltados ao tratamento de câncer, como por exemplo, o INCA [Instituto Nacional do Câncer] situado no Rio de Janeiro, e o Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, entre outras instituições no país que cumprem essa missão. Esse treinamento existe para as especialidades de Radioterapia, Medicina Nuclear e Radiodiagnóstico. Depois disso, tais profissionais colocam em prática o conhecimento físico na área da saúde, trabalhando em clínicas e hospitais voltados ao diagnóstico e tratamento de câncer.

Devido a dissemiRicardo-2nação de cursos de graduação com ênfase em física médica, essa área do conhecimento tem despertado o interesse das instituições acadêmicas e diversas dissertações de mestrado e teses de doutorado tiveram temas voltados à Física Médica. Hoje em dia, encontrar físicos médicos, com titulação acadêmica, trabalhando em hospitais, já é algo comum.

A experiência de Ricardo Alberto Giannoni, pesquisador do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), pouco difere da descrição acima. Depois de se formar físico, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), de concluir seu mestrado em Física Aplicada no Instituto de Física de São Carlos (IFQSC/USP) e de se doutorar pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez treinamento na área de radioterapia e atuou como físico médico em radioterapia por cinco anos em diversos hospitais do país.

Entre suas idas e vindas no mundo da pesquisa, Ricardo afirma que todo aprendizado da graduação é importante. “Quando trabalhamos na área radioativa e nuclear utilizamos conceitos aprendidos em mecânica quântica e eletromagnetismo, entre outros, que servem de base para entender as tecnologias que temos hoje”.

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Na CNEN desde 2002, Ricardo trabalha em um ambiente de pesquisa interdisciplinar. Atuou no programa de inspeções da CNEN em radioterapia e medicina nuclear e teve a chance de conhecer a maioria das clínicas e hospitais dedicados ao tratamento de câncer do país. No instituto em que trabalha há engenheiros, agrônomos, biólogos etc. Atualmente no IRD, o foco é a avaliação de dosimetria pessoal interna, ou seja, avaliar e medir a contaminação gerada por elementos radioativos em trabalhadores que atuem na área radioativa ou nuclear e de pacientes que foram submetidos a diagnósticos ou terapias de medicina nuclear. Avaliar a qualidade de ambientes de trabalho periculosos e como eles afetam a vida dos trabalhadores é necessário. “Nesses ambientes há a possibilidade de contaminação, pois trabalha-se constantemente com elementos radioativos”, explica o pesquisador.

Depois de dez anos na CNEN, Ricardo diz que aqueles que trabalham junto dele no IRD desenvolvem diversas pesquisas práticas e teóricas, utilizando-se, inclusive, de modelos computacionais para avaliação de trabalhadores e pacientes. “Dependemos bastante da interação com outras instituições”, como o INCA [Instituto Nacional do Câncer] e hospitais em geral, que nos permitem o acesso a pacientes. Seria necessário construir um centro de tratamento de câncer de alta complexidade no IRD, se quiséssemos desenvolver pesquisa sem depender de outras instituições. Porém, ainda que isso fosse viável, devido a interdisciplinaridade, a colaboração entre instituições é sempre necessária.

No que se refere ao futuro da física médica, Ricardo aposta em terapias gênicas para o tratamento e prevenção de câncer. Mas, ele faz uma ressalva: é preciso que o país melhore questões básicas, como educação e saúde, para ter a capacidade de chegar a esse patamar científico. “Hoje, a maioria dos tumores, quando identificados precocemente, tem alta probabilidade de cura, mas a grande dificuldade é fazer esse diagnóstico precoce para poder fazer uma terapia de caráter curativo”, afirma o pesquisador.

Diante do quadro descrito, parece que mais janelas se abrem ao físico, mas algumas barreiras ainda precisam ser vencidas. Os pesquisadores já estão fazendo sua parte. Só resta, agora, que o país aumente sua prioridade em saúde e educação para que se alcance um patamar ótimo de avanço científico e, consequentemente, tecnológico.

Assessoria de Comunicação

6 de agosto de 2012

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de julho, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) do lado direito da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisadores do IFSC, no periódico RSC Advances.

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Assessoria de Comunicação

6 de agosto de 2012

USP sobe para a 15ª posição

A USP está em 15º lugar na lista das melhores instituições de ensino superior, segundo uma nova edição do ranking mundial Webometrics Ranking of World Universities, que considera os conteúdos disponibilizados na internet, especialmente os relacionados a processos de geração e comunicação acadêmica de conhecimento científico.

A nova lista foi divulgada na passada quinta-feira.

Na versão anterior, de janeiro do corrente ano, a USP aparecia em 20º lugar, enquanto que no ano passado a universidade ocupava a 43ª posição.

Tendo a Universidade de Harvard, o MIT e a Universidade de Stanford ocupando o topo do ranking, a USP aparece à frente de instituições norte-americanas de renome, como Yale, Pennsylvania e Chicago.

Assessoria de Comunicação

2 de agosto de 2012

XII Jornada Brasileira de Ressonância Magnética

Termina, no dia 03 de agosto, a XII Jornada Brasileira de Ressonância Magnética, um evento promovido pela AUREMN – Associação de Usuários de Ressonância Magnética Nuclear, em colaboração direta com o IFSC, e que teve seu início no dia 30 de julho último.

Neste evento, de caráter multidisciplinar, estiveram reunidos professores, pesquisadores, especialistas usuários de espectrômetros de RMN oriundos da academia e da área produtiva, além de estudantes de graduação e de pós-graduação das áreas diretas e correlatas da Química e Física, que discutiram, com profundidade, os novos avanços nas diferentes aplicações da Ressonância Magnética, além de terem assistido, com entusiasmo, ao interessante Mini-Curso intitulado Introdução à Instrumentação para RMN.

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Em entrevista exclusiva à Assessoria de Comunicação do IFSC-USP, o Prof. Antonio Gilberto Ferreira, docente e pesquisador da UFSCar, Chairman desta jornada, referiu que este evento começou da melhor forma, com a realização de um mini-curso que foi ministrado por docentes do IFSC:

Posso dizer que esse curso foi um sucesso absoluto e essa constatação veio do levantamento que a organização fez junto de todos os participantes. Esse foi um curso único, até porque o Instituto de Física de São Carlos deve ser a única instituição publicobrasileira que tem um corpo docente altamente qualificado para ministrar o mesmo, já para não falar em toda a infraestrutura fantástica existente aqui, para esta área científica – referiu Gilberto Ferreira.

O mini-curso abordou aspectos eletrônicos voltados para a área de RMN, tendo o mesmo antecedido a jornada promovida pela AUREMN, que foi igualmente extremamente rica:

Estou certo que o acolhimento aos visitantes, proporcionado pelo IFSC e pela própria cidade de São Carlos foi excelente e tenho a certeza que todos saem daqui com a sensação de que valeu a pena o deslocamento até à nossa cidade para assistir a este evento magnífico, que tratou, dentre outros temas, de novos aspectos da fenomenologia que está envolvida na ressonância magnética, com demonstrações práticas e didáticas. Uma coisa é você ler os livros que tratam do assunto, outra coisa é você ver, com experimentos, o que está acontecendo, e isso foi fantástico. Estou muito feliz – concluiu o Chairman das jornadas.

Assessoria de Comunicação

1 de agosto de 2012

Áreas matemáticas solucionam questão

Uma pesquisa feita pelo docente da UFU – Universidade Federal de Uberlândia (MG) e simultaneamente aluno do ICMC – Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (Campus de São Carlos – USP), Prof. André Ricardo Backes, intitulada Estudos de métodos de análise de complexidade em imagens, foi premiada com uma Menção Honrosa no Prêmio CAPES de Teses – 2011, promovido pela CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

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Para o orientador de André Backes, Prof. Odemir Bruno, docente do IFSC, a pesquisa é, de fato, extraordinária, e era esperada alguma repercussão, exatamente pelo trabalho desenvolvido.

Conhecidos de longa data – no ICMC, André foi orientado por Odemir até ao momento em que este docente mudou para o IFSC -, o autor do estudo é classificado por Odemir como uma pessoa excepcional, tendo encarado com coragem e determinação seu projeto de doutorado, o que, em princípio, era considerado um grande desafio.

O que André Backes tentou fazer foi estabelecer um link, um elo entre três diferentes áreas da matemática, com o intuito de resolver um único problema, quando, geralmente, se explora uma determinada ferramenta para resolver apenas um único problema: resumidamente, Backes convergiu três ferramentas na área da matemática, completamente distintas entre si – Autômatos, Redes Complexas, e Fractais (objetos geométricos que podem ser divididos em partes, cada uma das quais semelhante ao objeto original) – e comprovou o quanto elas estavam relacionadas com a resolução da Medida de Complexidade de Imagens.

Complicado entender? Claro! Vamos então popularizar os conceitos, decodificando-os. O que é a Medida de Complexidade de Imagens? É um atributo visual onde se tenta medir quanto complexo é um objeto, uma imagem. E o que é mais complexo? Uma imagem da cidade de São Paulo ou uma imagem da floresta Amazônica? Essa questão é considerada abstrata…

Assim, existe uma metodologia matemática que tenta fazer com que isso não seja tão subjetivo, e o que se fez foi extrair medidas concretas em cima disso: A forma clássica de se resolver uma Medida de Complexidade de Imagens é através de Fractais e isso já é muito conhecido na literatura. Além de estudar os Fractais e de propor alguns IFSC_032métodos novos, dentro dessa área, para resolver o problema, o que Backes fez foi ir mais além: envolveu, nessa questão, as Redes Complexas e os Autômatos e conseguiu demonstrar que existe um link entre os três e que funciona para resolver a questão da Medida de Complexidade de Imagens. E esta descoberta não apareceu por mero acaso, já que Backes previa esse resultado ao propor seu trabalho. Fiquei muito impressionado com sua coragem – ressalta Odemir.

Tal como acontece no campo da ciência, o andar no inexplorado oferece o risco de não se descobrir nada de novo e foi esse mesmo risco quie André Backes correu. Contudo, e tentando decodificar ainda mais este trabalho do docente da UFU, pergunta-se: qual será a aplicação prática do mesmo? Com efeito, Backes trabalhou em três frentes – reconhecimento e mapeamento de plantas, um projeto já em desenvolvimento pela equipe de Odemir Bruno -, imagens médicas, e monitoramento de imagens urbanas, via satélite. tumorPor exemplo, na área da saúde, o trabalho de Backes poderá auxiliar a diagnosticar precocemente a formação de tumores: repare-se que é referido FORMAÇÃO de tumores, ou seja, tumores que ainda não existem, na prática:

É verdade, essa ferramenta propicia que a máquina veja coisas que o homem não consegue enxergar. Por exemplo, se houver alguma combinação celular mostrada numa imagem de formação de um tumor, que aos olhos humanos passa completamente despercebida, a máquina detecta imediatamente e informa. Nessa linha de visão computacional, com a qual trabalhamos, mais do que fazer o computador enxergar o mundo como um ser humano faz, do ponto de vista da versatilidade – observar uma obra de arte, dirigir um carro, jogar futebol ou ver um filme, por exemplo -, o ponto fulcral é poder-se criar nas máquinas uma visão específica: daí que esta ferramenta é capaz de diagnosticar a futura existência de um tumor, ou reconhecer e mapear plantas de uma floresta e, aí sim, ela é melhor que um ser humano – sublinha Odemir Bruno.

Outro projeto em que o Backs trabalhou foi no monitoramento de imagens urbanas, via satélite. A ferramenta é capaz de, através da imagem de uma cidade, fazer uma análise do seu grau de desenvolvimento – graus de qualidade de vida, assimetrias arquitetônicas, déficits de espaços verdes e de lazer, amplitude e qualidade de vias de comunicação, dimensão e aproveitamento de quadras e praças públicas, etc -, podendo comparar esses dados com outros (por exemplo, do IBGE) e, a partir daí, poder ajudar os órgãos públicos a fazer correções:york2

Eu diria que é um olhar matemático sobre a urbe. Resumidamente, esta nova ferramenta está apta a trabalhar, neste momento, em prol da identificação, mapeamento e reconhecimento de plantas nas florestas, e em imagens médicas: quanto às imagens urbanas ainda vai demorar algum tempo, até porque tudo depende de diversos fatores e aspectos – conclui Odemir Bruno.

O trabalho de André Backs foi já mencionado em dez das mais importantes revistas científicas internacionais de sua área de pesquisa, o que demonstra a qualidade do mesmo.

Backs e Odemir vão continuar a trabalhar juntos nesta linha de pesquisa, numa parceria que muito honra o IFSC e dignifica o país.

Assessoria de Comunicação

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