Notícias

2 de janeiro de 2013

IFSC despede-se de 2012

A comunidade do IFSC reuniu-se no dia 21 de dezembro último em uma festa de confraternização de final de ano.

Docentes, pesquisadores, convidados, funcionários e colaboradores reuniram-se para se despedirem de 2012, já com os olhos postos em novos projetos, ideias e esperanças para 2013.

Reproduzimos, abaixo, alguns dos momentos que pautaram o referido convívio que marcou a despedida de mais um ano.

Assessoria de Comunicação

IMG_8534

IMG_8564

IMG_8471

IMG_8470

IMG_8457

IMG_8454

IMG_8430

IMG_8387

IMG_8384

IMG_8374

IMG_8325

IMG_8315

IMG_8308

IMG_8306

IMG_8287

IMG_8286

IMG_8247

IMG_8239

IMG_8236

IMG_8233

IMG_8232

IMG_8212

IMG_8204

IMG_8200

IMG_8193

IMG_8187

IMG_8186

IMG_8181

IMG_8180

IMG_8155

2 de janeiro de 2013

O registro impresso dos pioneiros da física

Na última sexta-feira, 14 de dezembro, reuniram-se, no auditório do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Prof. Sérgio Mascarenhas”, docentes, ex-docentes, alunos e servidores do IFSC para prestigiar o lançamento do livro “A física em São Carlos”, de autoria de Roberto Mendonça Faria (IFSC/USP) e Francisco Rolfsen Belda (Unesp).

Na cerimônia de lançamento, que durou cerca de uma hora e meia, CAPA_DO_LIVRO-300os autores apresentaram, com um pouco mais de detalhes, os desafios e a satisfação em registrar, nas 206 páginas do livro, a memória do Instituto de Física de São Carlos, dentro de sua contextualização histórica, abrangendo, inclusive, as primeiras décadas da física no Brasil e, especificamente, na cidade de São Carlos, passando por tópicos como o intercâmbio e qualificação dos pesquisadores, as contribuições à física e a expansão da física na USP de São Carlos.

Pouco depois disso, os pioneiros da física em São Carlos que estiveram presentes no evento foram homenageados. O diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes, além de brindes personalizados do Instituto, entregou-lhes estatuetas dos “Pioneiros da Física”.

Logo após, foi feita a distribuição gratuita do livro recém-lançado aos presentes. Um coquetel, realizado no andar térreo do IFSC, encerrou o evento oficialmente.

Para conhecer a intenção do escultor da estátua “Pioneiros da Física”, Antonio de Sant’Anna Galvão Leite, clique aqui.

Veja abaixo algumas imagens do lançamento do livro.

Lancamento-teste

 

Lancamento-1

Lancamento-2

Assessoria de Comunicação

22 de dezembro de 2012

Quais as nossas alternativas?

Um conjunto de crenças astrológicas, teorizado há muitos anos, tem tirado o sono de uma pancada de gente, inclusive dos mais céticos. Segundo uma das profecias da antiga civilização maia, o fim do mundo tem data marcada: 21 de dezembro, quando (de acordoApocalipse com a profecia) vários eventos cataclísmicos ocorrerão simultaneamente no planeta Terra e a humanidade passará para um novo “plano espiritual”, eufemismo para extinção completa dos seres humanos.

Mesmo que diversos estudiosos ou agências espaciais tenham desmentido a profecia, brinquemos de ficção científica: se, de fato, o planeta Terra sofrer diversos abalos naturais num futuro próximo e tivermos que procurar um novo lar, quais seriam nossas opções?

Num primeiro momento, um dos planetas mais notórios nas mídias viria como alternativa imediata: Marte. A princípio, é um planeta com algumas afinidades com a Terra: tem um dia com uma duração muito próxima do dia terrestre e o mesmo número de estações. Mas, embora já tenha recebido a visita de diversas sondas espaciais e robôs, os seres humanos não conseguiriam sobreviver nele. Apesar de o planeta ser rochoso e estar a uma distância equivalente à metade da distância da Terra ao Sol, sua atmosfera é composta principalmente de dióxido de carbono e a amplitude térmica pode variar de -220º C e a 420ºC num só dia marciano, inviabilizando a existência humana. A gravidade de 3,69m/s² também traria dificuldades de manter os pés no chão, mas esse, ainda, não seria o maior empecilho para se viver no planeta: até hoje não há certeza absoluta da existência de água (só encontrada em sua calota polar) e as tempestades de areia, que podem durar meses, são muito fortes, atingindo velocidades de até 400 km/h. “Caso fosse comprovada a existência de água em Marte, poderíamos retirar oxigênio por eletrólise para respiração humana, mas, mesmo assim, ficaria difícil viver no planeta, pois sabemos muito pouco sobre ele”, explica o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP),Francisco Eduardo Gontijo Guimarães.

Chico-MarteOutro empecilho seria chegar até lá: se usássemos um avião a jato (900 km/h) para chegar ao planeta vermelho, demoraríamos por volta de 8 anos. Uma nave espacial também não seria muito rápida: levaria cerca de 8 meses para fazer o trajeto.

Uma morada alternativa pouco cogitada, porém mais conveniente, seria a Lua. Supondo que aviões a jato fizessem trajetos da Terra à Lua, demoraríamos apenas 18 dias para chegar até ela. Com um foguete, ainda menos tempo: 3 ou 4 dias. Por outro lado, a Lua apresenta alguns problemas que inviabilizariam a sobrevivência humana em seu território: em razão da gravidade muito pequena (1,6m/s²), nenhuma molécula ficaria presa à sua gravidade para formar uma atmosfera. Além disso, as variações de temperatura são muito grandes, a incidência da luz do Sol é direta e não haveria trocas de calor com a atmosfera para manter o equilíbrio térmico.

A alternativa mais plausível aos humanos, até o momento, são as estações espaciais: satélites espaciais tripulados. As que existem até hoje são equipadas com placas para captação de energia solar e algumas possuem, até, reatores nucleares para geração de energia elétrica. “Hoje, não teríamos uma estação espacial capaz de alojar parte da humanidade. Mas, no futuro, acredito que o espaço será mais acessível”, afirma Francisco.

Chico-LuaCrenças religiosas, ceticismos ou misticismos à parte, sob uma perspectiva mais racional, Francisco acredita que o fim do nosso planeta pode acontecer de outras maneiras mais lógicas, mas que, no momento, são pouco prováveis. “Temos alguns fenômenos que podem influenciar a vida na Terra. O astronômico seria um choque com algum cometa ou asteroide*. As crateras na Lua mostram que esses eventos foram corriqueiros, mas a probabilidade de ocorrer um impacto de grandes proporções na Terra é de uma vez a cada cem mil de anos. Tivemos esse evento na Terra há 65 milhões de anos, quando os dinossauros foram extintos”, explica Francisco. “Erupções vulcânicas e terremotos também poderiam causar grandes desastres, mas até hoje esses eventos não foram capazes de extinguir a vida na Terra”.

Mesmo com tantos fenômenos naturais de ordem geológica e astronômica já ocorridos no mundo, Francisco acredita que, caso a Terra e a própria humanidade sejam extintas, o culpado por isso, ao que tudo indica, será o próprio homem. No que diz respeito ao conhecimento sobre novos mundos, Francisco afirma que ainda estamos na “pré-escola”. “Se fizermos uma comparação com a época das grandes navegações europeias, ainda temos que caminhar muito para desenvolver uma técnica eficaz que nos permita habitar novos mundos. Se conseguirmos sobreviver à poluição que causamos ou às bombas atômicas que produzimos, sem extinguir a humanidade, seremos capazes de ter uma sobrevida muito maior”.

Chico-TerraInclusive, essa também é uma opinião partilhada pelo famoso físico teórico, Stephen Hawking. Como Francisco, ele acredita que poderemos ser extintos por nossas próprias ações. Numa entrevista concedida ao site Big Think, o físico relembra da crise dos mísseis em Cuba e afirma que “é provável que a frequência dessas colisões aumente no futuro. Precisamos de muito cuidado e discernimento para negociar tudo isso com sucesso”.

Num primeiro momento, portanto, provavelmente seja mais relevante que o homem saiba lidar melhor com a tecnologia que produzimos do que investir mais tempo (e dinheiro) na busca de novos mundos. Talvez a profecia maia tenha errado na previsão do fim do mundo, mas agir como se ele fosse infinito colocará um limite na duração do universo e, consequentemente, à nossa própria existência.

*7 anos atrás, Júpiter foi rompido em vários pedaços devido a um choque com um asteroide de grandes dimensões.

Assessoria de Comunicação

20 de dezembro de 2012

Confira algumas imagens

Na tarde da última quarta-feira, 19 de dezembro, decorreu a cerimônia de Colação de Grau das turmas dos cursos de Bacharelado e Licenciatura do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Docentes, amigos e familiares estiveram presentes no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, para apoiar e parabenizar os 60 recém-formados dos respectivos cursos: Bacharelado em Física, Bacharelado em Física Computacional, Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares e Licenciatura em Ciências Exatas.

A cerimônia foi oficialmente aberta pelo docente e Diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes, que compôs a mesa de honra da solenidade, que esteve composta pelos seguintes docentes: Lidério Citrângulo Ioratti Júnior (paraninfo escolhido pela turma de Bacharelado em Física), Carlos Antonio Ruggiero (paraninfo escolhido pela turma de Bacharelado em Física Computacional), Luiz Nunes de Oliveira (paraninfo escolhido pela turma de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares), André Luiz Meleiro Porto (paraninfo escolhido pela turma de Licenciatura em Ciências Exatas), Valmor Roberto Mastelaro (presidente da Comissão de Graduação), Otávio Henrique Thiemann (presidente da Comissão de Pós-graduação), José Carlos Egues de Menezes (presidente da Comissão de Pesquisa), Luiz Agostinho Ferreira (presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária) e Salete Linhares Queiroz (coordenadora do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas).

Depois de breves discursos dos componentes da mesa de honra, oradores de cada uma das turmas de formandos fizeram discursos de agradecimento e homenagens aos respectivos paraninfos. Na sequência, todos os formandos fizeram o juramento, proferindo os termos de compromisso dos cursos junto aos colegas de turma. Logo após, foi novamente a vez de Hernandes proferir a fórmula de colação de grau.

Finalizando a cerimônia, que durou cerca de duas horas, os paraninfos de cada turma fizeram um breve discurso, agradecendo aos pais e alunos pela confiança e dedicação durante o curso de graduação dos formandos. Depois disso, os alunos foram chamados para receber os certificados de Colação de Grau.

Confira, abaixo, alguns momentos da Colação de Grau do IFSC do ano de 2012.

Colacao-12-1

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Colacao-12-6

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Colacao-12-5

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Colacao-12-4

Colacao-12-3

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Colacao-12-2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legenda das fotos (por ordem):

– Abertura oficial da cerimônia, feita pelo Diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes;

– Componentes da mesa de honra durante a execução do Hino Nacional;

– Componentes da mesa de honra. Da esquerda: Salete Queiroz, Egues de Menezes, Valmor Mastelaro, Luiz Nunes de Oliveira, Lidério Ioratti Jr., Antonio Carlos Hernandes, Carlos Ruggiero, André Meleiro, Otávio Thiemann e Luiz Agostinho Ferreira;

– Docentes, amigos e familiares durante a cerimônia;

– Homenagem ao paraninfo do curso de Bacharelado em Física;

– Juramento dos formandos;

Assessoria de Comunicação

18 de dezembro de 2012

Os mitos e as verdades sobre a visão

Como muitos sabem, o processamento de imagens pelos nossos olhos é feito da seguinte forma: partículas de luz (fótons) emitidas por uma fonte de luz qualquer (lâmpadas, velas, Sol etc.), que ao bater num objeto são refletidas, atingindo nossa retina, película “fotográfica” dos olhos, indo em seguida até o cérebro, através dos nervos ópticos, no qual as imagens serão, finalmente, formadas.

Mitos_da_visoAssim como o Sol, televisões ou monitores de computador – antigos ou modernos – são objetos que também emitem fótons. E, embora a radiação emitida por eles não possa prejudicar nossa visão, alguns “contratempos ópticos” podem ocorrer. “Dependendo da distância do objeto, a lente natural do olho precisa ser ajustada. Então, músculos ciliares presentes nos olhos para realizar esse ajuste, irão deformar a lente ocular. Se o objeto estiver muito próximo dos olhos, os músculos trabalharão mais para focalizar o objeto, causando fadiga aos outros músculos que se encontram em volta do olho e dores de cabeça ao observador”, explica o docente do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Philippe Wilhelm Courteille.

Porém, entre verdades e mentiras daquilo que pode prejudicar nossa visão, os adoradores de óculos de sol a “preço de banana” devem ficar atentos: esse tipo de óculos geralmente é feito com lentes que são incapazes de refletir os raios ultravioletas emitidos pelo Sol. “As lentes dos olhos interagem com a radiação ultravioleta, ficando mais rígidas. Os óculos de sol de boa qualidade impedem que esses raios passem por suas lentes e, consequentemente, pelas lentes dos olhos. Mas, óculos de sol feitos com lentes ruins só escurecem a visão, sem filtrar os raios que penetram diretamente nos olhos”, explica PhilippMitos_da_viso-1e.

Segundo o docente, óculos de sol de boa qualidade devem bloquear os raios solares ultravioletas antes de atingir os olhos. Do contrário, estes raios podem causar lesões ou doenças oculares, como a catarata e o envelhecimento prematuro. “Óculos de sol de má qualidade podem causar o efeito inverso, não protegendo os olhos contra os raios ultravioleta e dilatando as pupilas, fazendo com que a exposição aos raios solares seja ainda maior”, afirma. “Importante também é a proteção lateral, para impedir os raios de atingir os olhos pelos lados”.

Ainda de acordo com Philipe, os óculos ideais absorvem completamente os raios ultravioletas. Quem quer proteção extra, pode, ainda, optar por óculos com lentes polarizadas, que filtram até 99% da luz refletida na horizontal.

Já no caso das televisões e monitores de computador, o vidro com que a tela será feita deve ser capaz de absorver a maior quantidade possível de fótons de luz emitidos. Nesse ponto, a modernidade nos trouxe mais segurança: as telas dos aparelhos modernos absorvem praticamente todos os fótons emitidos. “Telas antigas ou modernas não emitem radiação ultravioleta, mas somente fótons visíveis em três cores, por exemplo, vermelho, verde, azul. A retina do olho humano tem receptores diferentes para essas cores, permitindo, por recombinação, a impressão de imagens coloridas”, elucida Philipe.

Mitos_da_viso-2Outros tipos de radiação também podem prejudicar nossa visão. Aqueles que gostam de ver a “dança do prato”, no micro-ondas, também devem ficar atentos, pois nossos olhos são formados por muitas moléculas de água e as micro-ondas são responsáveis por evaporá-las. “Se ficamos muito próximos das micro-ondas, elas podem causar pequenos prejuízos”, complementa Philippe. “Em princípio, radiação no regime de micro-onda pode causar catarata. Mas, os aparelhos são seguramente blindados e não há perigo quando a porta está fechada”, ressalva.

Entre mitos e verdades sobre o que pode ou não prejudicar nossa visão, vale uma verdade (quase) universal: qualquer diferença reside na dosagem que se recebe de cada uma delas. Mas, quando se trata de qualquer tipo de radiação, fique atento: a maior parte delas é invisível e nunca se sabe a dosagem que está sendo absorvida pelo nosso organismo.

Assessoria de Comunicação

17 de dezembro de 2012

Revista THE sublinha produção científica em SP e no Brasil

A revista britânica Times Higher Education (THE), especializada em ensino superior e pesquisa, e igualmente conhecida pela edição de rankings de universidades no mundo, divulgou no dia 13 de dezembro uma reportagem que versa sobre o interesse político e acadêmico internacional nas instituições de pesquisa brasileiras e na sua crescente produção científica, no financiamento generoso oferecido a projetos e a intenção do Brasil de ocupar papel destacado no cenário acadêmico global.

De acordo com a Agência Fapesp, que cita a revista, esse interesse pode ser justificado pelos recentes cortes nos orçamentos para o ensino superior na Europa e nos Estados Unidos, bem como pela crescente capacidade de investimento do Brasil em pesquisa e desenvolvimento (P&D), que hoje supera a do Canadá e da Itália, segundo o relatório El Estado de la Ciencia 2011, da Rede Ibero-Americana e Interamericana de Indicadores de Ciência e Tecnologia (Ricyt), que inclui Espanha e Portugal, além de países das Américas.

Para a THE, esse aumento de despesas com P&D no Brasil é proporcional à duplicação do número de artigos de autores brasileiros no Science Citation Index (SCI), da Thomson Reuters, entre 1997 e 2007, que colocou o país na 13ª posição entre os maiores produtores de ciência no mundo.

A THE destaca a 158ª posição da Universidade de São Paulo na edição 2012-13 de seu ranking de universidades, relacionando-a a seu orçamento e ao apoio da FAPESP.

As três universidades estaduais públicas paulistas, com foco em pesquisa, somam uma receita equivalente a 9% da arrecadação fiscal do Estado e também se beneficiam de recursos da FAPESP, que opera com o repasse de 1% da mesma fonte.

A publicação ainda destaca a eficiência do processo de avaliação, o equilíbrio da divisão de recursos para formação de pesquisadores, a pesquisa acadêmica e para a inovação, o foco científico na biodiversidade, agricultura e bioenergia.

Em sua análise do sistema de ensino superior e da produção científica no Brasil, a Times Higher Education aponta o desequilíbrio da atividade científica entre os estados brasileiros, a pouca autonomia de um grande número de universidades públicas federais e as queixas de seus pesquisadores quanto a baixos níveis de remuneração e burocracia para importação de equipamentos científicos.

Para a revista, a internacionalização continua sendo um dos maiores desafios enfrentados pelas universidades brasileiras: nos anos 1970 e 1980, as universidades federais contavam com a possibilidade de enviar estudantes para fazer pós-graduação no exterior, mas a expansão de cursos no país limitou o intercâmbio que se procura recuperar com o Programa Ciência sem Fronteiras, que inclui a vinda de pesquisadores estrangeiros.

Questões sobre a diversidade das instituições de ensino superior, quantidade de jovens que ingressam em seus cursos, acesso de estudantes de escolas públicas e particulares ao ensino superior gratuito e a introdução do sistema de cotas também são tratadas no texto da THE.

Para ver o artigo original clique no link abaixo.

THE

Assessoria de Comunicação

14 de dezembro de 2012

A solidariedade da levedura

Histórias de mães que sacrificam a própria vida em prol da sobrevivência dos filhos não é novidade no mundo dos animais. Mas, parece que no mundo microscópico esse é um feito inédito.

LeveduraUma descoberta de pesquisadores da University of California (UCSF), que rendeu publicação na famosa revista científica, Science, mostrou que o fungo Saccharomyces cerevisiae, levedura utilizada na produção de pães, cervejas e, inclusive, etanol, ao dividir suas células, passa um número acima do necessário de mitocôndrias (órgão celular responsável pela produção de energia) à célula filha para garantir sua sobrevivência.

Normalmente, a quantidade de mitocôndrias necessária para sobrevivência de células filhas do referido fungo é proporcional ao seu volume. Mas, o que os pesquisadores da UCSF observaram é que a quantidade transmitida é extrapolada. Tendo-se em mente que, para cada geração do fungo, mais mitocôndrias são transferidas de mãe para filha, chega-se a certo ponto em que a célula mãe fica sem nenhuma mitocôndria, não conseguindo, portanto, produzir energia, e morrendo.

Tal observação, contudo, não poderia ser feita com tanta precisão pelos pesquisadores da UCSF, caso não contassem com o auxílio do Grupo de Computação Interdisciplinar (GCI) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), graças a uma parceria feita há cinco anos entre a UCSF e o IFSC, através do docente Luciano da Fontoura Costa.

Utilizando-se dos conhecimentos das três frentes de pesquisa com as quais o GCI trabalha*, Luciano e seus colaboradores – entre eles o pós-doutorando da UCSF, Matheus Palhares Viana – analisaram imagens de uma estrutura reticulada que fica em volta da mitocôndria da Saccharomyces cerevisiae e fizeram medidas geométricas (comprimento dos ramos da retícula, ângulos que formam umas com as outras, volume etc.) e topológicas (quantidades de pontos de ligação entre as retículas) de tal estrutura, com um principal objetivo: fazer comparações entre células mães e filhas, células de diferentes linhagens ou, ainda, entre células mutantes. “Nós fazemos, no computador, a reconstrução das imagens enviadas pelos pesquisadores da UCSF, com o objetivo de caracterizá-las e fazer comparações entre elas. Demoramos em torno de uma hora para análise completa de cada imagem”, conta o docente.

Para fazer tais medidMitocondria-1-as, Luciano e seus colaboradores utilizaram-se de softwares criados por eles próprios. Através desses dados, os pesquisadores norte-americanos poderão retirar informações preciosas, inclusive o motivo pelo qual as células mães da Saccharomyces cerevisiae repassam mais mitocôndrias do que o necessário para suas filhas, resposta desconhecida até o momento.

A colaboração da UCSF com o grupo de Luciano continua, mas, no momento, todas as análises de imagens solicitadas já foram concluídas. “Para nós foi muito importante trabalhar com esses pesquisadores, pois eles têm acesso a experimentos em laboratório, possibilitando sempre que novos experimentos sejam feitos, comprovando ou não as hipóteses geradas”, afirma Luciano.

Sobre a “solidariedade extra” da levedura em relação às suas filhas, a explicação, certamente, virá à tona num futuro próximo. Mas, se a razão de tal atitude seguir a mesma lógica da dos animais, os cientistas chegarão à conclusão de que o amor pelas crias e o desejo de propagação da espécie é um atributo de muitos seres vivos, inclusive dos microscópicos.

A imagem acima foi extraída da tese do ex-aluno do IFSC, Matheus Palhares Viana, que pode ser acessada através do endereço

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-23052011-082033/en.php

*Análise de Imagens e visão, reconhecimento de padrões e redes complexas

Assessoria de Comunicação

12 de dezembro de 2012

Colaboradores do INOF lançam livro

Jonh_WeinerDurante esta semana, ocorre o pré-lançamento do livro “Light-matter interaction: physics and engineering at the nanoscale” (em português, “Interação luz-matéria: física e engenharia em nanoescala”), de autoria do docente da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Frederico Dias Nunes, e do professor visitante do Grupo de Óptica (GO) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Jonh Weiner.

Nas 280 páginas que compõe o livro, os autores- ambos colaboradores do Instituto Nacional de Óptica e Fotônica (INOF), coordenado pelo docente do IFSC, Vanderlei Salvador Bagnato- discorrem sobre fenômenos físicos, plasmônica, mesoscópica, nanofotônica e outros termos relacionados ao assunto principal do livro, que lhe dá o título.

O lançamento oficial do livro está programado para fevereiro de 2013.

Sobre os autores

Frederico Dias Nunes é graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (1971), mestre e doutor em Física pela Universidade Estadual de Campinas-Unicamp (1974 e 1977). Atualmente é professor associado da UFPE no Departamento de Eletrônica Orgânica e Sistemas. Tem parceria ativa com o INOF, onde desenvolve pesquisas na área Nanoplasmônica. Para acessar seu currículo Lattes, clique aqui.

Jonh Weiner é graduado em química pela University of Pennsylvania (EUA), doutor pela University of Chicago (EUA) e pós-doutor pela Yale University (EUA). Lecionou na Maryland University (EUA), onde pesquisou como a luz poderia ser usada no controle de colisões atômicas reativas e ionizantes. Desenvolveu, também, técnicas ópticas de resfriamento e aprisionamento de átomos, o que levou a rápidos avanços na física de colisões frias. Já na Université Paul Sabatier (França), criou um grupo de pesquisa que explorou a localização espacial da luz, utilizando escalas abaixo do limite de difração convencional. Atualmente, auxilia pesquisadores do IFSC no estabelecimento de um programa experimental e computacional de pesquisa em nanociência e tecnologia óptica.

Com informações da coordenação de Difusão Científica e Inovação do Grupo de Óptica

Assessoria de Comunicação

11 de dezembro de 2012

16th. Brazilian Workshop on Semiconductor Physics

Encontram-se abertas as inscrições de trabalhos para o BWSP – 16th Brazilian Workshop on Semiconductor Physics, um evento que completará o seu 30º aniversário e que decorrerá entre os dias 05 e 10 de maio do próximo ano, num resort localizado em Itirapina, na região de Brotas (SP).

Tendo como foco, desde sua criação (1983), o encontro e troca de experiências entre a comunidade brasileira e especialistas internacionais na área de semicondutores, a edição de 2013 deste workshop lançará a discussão sobre os seguintes temas:

– Fabricação de nanoestruturas;

– Interfaces e materiais massivos;

– Poços quânticos e estruturas de baixa dimensionalidade;

– Grafeno e nanotubos de carbono;

– Nanofotônica e óptica quântica com o uso de semicondutores;

– Física e dispositivos operando em Terahertz;

– Semicondutores de gap largo;

– Informação quântica;

– Semicondutores orgânicos;

– Novos materiais e dispositivos;

Nesta edição, além da realização de palestras convidadas e de sessões de pôsteres, serão aceitos pedidos de apresentações orais dos participantes.

Além do programa científico, um exclusivo programa social está sendo preparado para os participantes.

Para obter mais informações sobre este importante evento e/ou fazer a inscrição, acesse o link abaixo:

 

BWSP

Assessoria de Comunicação

10 de dezembro de 2012

Pesquisadores estrangeiros visitam o IFSC para possível parceria

CPqNa tarde de segunda-feira, 10, alunos e docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estiveram reunidos na sala Celeste, onde o docente e presidente da Comissão de Pesquisa do IFSC, José Carlos Egues de Menezes, fez uma breve apresentação do Instituto para o diretor do Max Planck Institute (Potsdam-Alemanha), Helmut Möhwald, e para docente da Concordia University (Montreal-Canadá), Christine DeWolf.

Dentre os tópicos discutidos na reunião, Egues falou sobre os Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAPs) presentes no IFSC, Grupos de Pesquisa, programas de intercâmbio, trabalhos e parcerias com universidades estrangeiras, entre outras coisas.

A reunião foi encerrada com a discussão sobre possíveis colaborações entre as universidades citadas e a troca de ideias entre os pesquisadores estrangeiros e os demais presentes.

Assessoria de Comunicação

10 de dezembro de 2012

Cerimônia de abertura da II Conferência USP de Nanotecnologia

Decorreu no dia 06 de dezembro, no Hotel Broa Golf Resort, em Itirapina, a cerimônia de abertura de um dos mais importantes eventos científicos do ano: II Conferência USP de Nanotecnologia.

Perante uma plateia constituída por alunos e pesquisadores nacionais e estrangeiros, coube ao Pró-Reitor de Pesquisa da USP, Prof. Dr. Marco Antônio Zago, presidir a mesa de honra, composta por membros do comité organizador do evento – Profs. Drs. Antonio Carlos Hernandes e Osvaldo Novais do Oliveira Júnior, respectivamente, diretor e vice-diretor do IFSC, Albérico Borges Ferreira da Silva, diretor do IQSC, e Hernan Chaimovich, representante da FAPESP e orador convidado para a palestra de abertura do evento.

Na sua alocução inicial, o Prof. Marco Zago deu as boas-vindas e agradeceu a presença dos participantes, tendo referido a importância da realização das conferências USP, já que elas abordam um lato espectro de temáticas, como, por exemplo, antropologia, sociologia, ciências políticas, neurociências, nanotecnologia, etc..

Na opinião do Pró-Reitor de Pesquisa da USP, é responsabilidade das universidades organizarem este tipo de evento, reunindo estudantes e pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento, por forma a ampliar e difundir as discussões que habitualmente decorrem, uma vez por ano, promovidas pelas sociedades científicas nacionais. Para o Prof. Marco Zago, estas discussões são importantes, inclusive para o desenvolvimento científico nacional.

A palestra de abertura, intitulada Desafios e Oportunidades em Ciência, Tecnologia e Inovação, foi apresentada pelo Prof. Dr. Hernan Chaimovich, representante da FAPESP, que dissertou sobre diversos aspectos relacionados com a ciência brasileira, com principal destaque para os números crescentes relativos à ciência que se faz no Estado de São Paulo.

A ênfase da apresentação de Chaimovich recaiu sobre o número de cientistas, publicações científicas e níveis de impacto, comparativamente aos índices nacionais e internacionais, bem como o papel da FAPESP no apoio aos cientistas paulistas.

O alto nível dos palestrantes convidados para esta conferência permitirá traçar um panorama da fronteira do conhecimento, não só em aspectos fundamentais de nanociência e nanotecnologia, como de suas aplicações, em que os principais tópicos repousam sobre os temas relacionados com energia renovável, incluindo as várias maneiras de converter a energia solar.

Outros tópicos em destaque compreenderão discussões sobre:

– Técnicas de nanofabricação, permitindo desenvolver novas arquiteturas moleculares para aplicações em sensores, displays, e células solares;

– Manipulação de sistemas nanoestruturados, fazendo a ponte entre o mundo nanoscópico e a aplicação real no mundo macroscópico;

– Sistemas de liberação controlada de fármacos e de compostos anticorrosão;

– Simulações computacionais para estudar propriedades de membranas de bactérias, gerando conhecimento essencial para o design de novos fármacos;

– Novos estudos visando à eletrônica orgânica, em que se empregam materiais orgânicos para realizar funções de circuitos eletrônicos, memórias, displays e geração de energia.

Este evento prolongou-se até dia 09.

 

Assessoria de Comunicação

10 de dezembro de 2012

II Encontro Anual reúne antigos alunos

O Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas acolheu, na manhã do dia 08 de dezembro, o II Encontro Anual da AlumnIFSC – Associação dos Ex-Alunos do Instituto de Física de São Carlos, um evento onde se discutiram a tradição do movimento e o fortalecimento dos laços que unem o IFSC à sociedade.

A mesa de honra foi MESADEHONRA300constituída pelo Diretor do IFSC, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, pelos atuais presidente e vice-presidente da AlumnIFSC, Profs. Drs. Antonio José da Costa Filho e Cleber Renato Mendonça, o presidente cessante do órgão (mandato 2010-2012), Prof. Dr. Luiz Nunes de Oliveira, o Chefe do Departamento de Física e Informática, Prof. Dr. José Fernando Fontanari, e o Chefe do Departamento de Física e Ciência dos Materiais, Prof. Dr. Francisco Castilho Alcaraz.

Na sua alocução, o Diretor do IFSC, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, recordou o surgimento da AlumnIFSC e as iniciativas que a associação realizou até o presente, a consolidação do órgão e o recente aparecimento de uma nova associação de alunos no Campus I da USP de São Carlos, nomeadamente na Escola de Engenharia, o que demonstra a importância dessas associações, não só incentivando os ex-alunos a ingressarem na associação, como também em motivarem os jovens estudantes a ingressarem nos vários cursos da USP-São Carlos e no IFSC, em particular.

O discurso seguinte foi do Prof. Dr. Antonio José da Costa Filho, atual presidente da AlumnIFSC, que agradeceu o apoio incondicional que o IFSC tem dado à associação. Para Costa Filho, a AlumnIFSC continuará a fomentar novas ações, tendo sempre como foco o crescimento do próprio IFSC.

Por outro lado, o Prof. Dr. Luiz Nunes de Oliveira, que igualmente usou da palavra, referiu a importância e agradeceu às pessoas que deram origem ao AlumnIFSC – Profs. Drs. Glaucius Oliva, Antonio Carlos Hernandes e Vanderlei Bagnato -, tendo sugerido que a Congregação do IFSC possa ter um representante da AlumnIFSC, já que, em sua opinião, os alunos deverão ter voz nesse órgão.

Livro: A Física em São Carlos

Antecedendo a realização de uma mesa redonda subordinada ao tema Reminiscências do Passado: Trabalho Presente e Desafios Futuros, foi exibido a versão final do novo vídeo institucional do IFSC e a avant première do livro intitulado A Física em São Carlos, da autoria do jornalista Francisco Rolfsen Belda e do docente do IFSC, Prof. Dr. Roberto Mendonça Faria, tendo este último comentado a novel publicação.

Para o Prof. Roberto Faria “o momento é de festa, porque se o IFSC possui uma associação ativa, isso é sinônimo que o Instituto existe, de fato, comprovando sua importância no contexto científico e tecnológico nacional”.

O docente fez um breve resumo do livro, tendo recordado que o IFSC começou em uma sala localizada debaixo de uma escada, no antigo prédio da escola de Engenharia FARIA300(onde atualmente se localiza o CDCC). Segundo o co-autor do livro, o mesmo não pretende ser um documento histórico, procurando, entretanto, resgatar a memória para que o leitor possa entender como é que o Brasil se desenvolveu nas áreas de ciência e tecnologia, ao mesmo tempo que menciona algumas passagens históricas da cidade de São Carlos, que começou a sua ascensão econômica pelo cultivo da cana de açúcar, passando ao café, e atraindo um número expressivo de imigrantes italianos, alemães, espanhóis, etc.. Com a crise do café, a cidade começou a ter uma atividade artesanal forte, com o início das designadas “indústrias familiares”: toalhas, tapetes, lápis, confecções de roupas (alfaiates). A partir da década de 1950, São Carlos começou a ter indústrias com carácter tecnológico (geladeiras e lápis) e nessa sequência se criou a Escola de Engenharia de São Carlos, que deu uma nova conotação à cidade: a partir de 1956, o Brasil começa a fazer ciência e São Carlos fez parte desse “motor”.

O livro A Física em São Carlos será lançado oficialmente no dia 14 de dezembro, pelas 15 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, com entrada franca.

A mesa redonda subordinada ao tema Reminiscências do Passado: Trabalho Presente e Desafios FuturosMESAREDONDA300, que encerrou a solenidade, foi constituída pelas seguintes personalidades: Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas, docente sénior do IFSC; Prof. Dr. Glaucius Oliva, docente e pesquisador do IFSC, atual Presidente do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Prof. Dr. Luiz Nunes de Oliveira, docente e pesquisador do IFSC; Prof. Dr. Sílvio Crestana, pesquisador da EMBRAPA – INSTRUMENTAÇÃO; Prof. Dr. Tito Bonagamba, docente e pesquisador do IFSC; Dra. Carolina Rodrigues de Souza, ex-aluna e professora na área de educação da UFSCar; Dr. Paulo Henrique Dias Ferreira, pós-doutorando no Grupo de Fotônica do IFSC; Mestra Hilde Harb Buzzá, doutoranda no Grupo de Óptica do IFSC; Prof. Dr. Antonio José da Costa Filho, como mediador.

Este encontro terminou com um churrasco que decorreu em uma chácara da cidade de São Carlos.

Assessoria de Comunicação

7 de dezembro de 2012

Rock´n física

Quem já fez compras on-line, deve se lembrar das usuais sugestões que o site utilizado para esse fim faz para a compra de outros produtos similares ao recém-adquirido. Ao comprar um computador, é comum aparecer a sugestão de compra de um HD externo, uma webcam ou até mesmo um mouse sem fio.

Dbora-_inteligncia_artificialPara nós, seres humanos pensantes e racionais, essa parece uma ação simples e óbvia; mas, para um computador, nem tanto. Basta pensarmos que este não tem raciocínio e que todas as informações fornecidas ou recebidas por ele devem, obrigatoriamente, ser transformadas em números. Por isso, não é à toa que uma das profissões do momento seja a de programador, o responsável por transformar qualquer informação em números, único “idioma” compreendido pelos computadores.

A doutora em física computacional do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Débora Cristina Corrêa, sob orientação do docente, Luciano da Fontoura Costa, durante anos de pesquisa, tem analisado as possibilidades de traduzir gêneros musicais para o “computadorês”. Ela analisou músicas de rock, reggae, blues e country e, através de seus ritmos característicos, tentou encontrar uma fórmula capaz de transformar as canções em linguagem binária, dando a chance aos computadores de, sozinhos, identificarem esses gêneros. “Antes de entrar na Universidade, no curso de computação, eu já tinha formação em piano. No final de minha graduação, surgiu a oportunidade de trabalhar com harmônicos e foi quando eu comecei a tentar ligar as duas coisas: música e informática”, relembra.

Para construir partituras em linguagem computacional, a pesquisadora se utilizou do método de Markov, que consiste na identificação de padrões rítmicos das músicas, ou seja, uma sequência de duas ou três notas musicais constantemente repetidas nas canções, capazes de classificá-las em um dos gêneros citados anteriormente. Para compreensão mais clara: duas batidas rápidas e uma mais demorada, caracterizam o reggae, enquanto batidas rápidas constantes representam o rock, e assim por diante.

Depois de transformar em linguagem computacional certo número de músicas, Débora chegou a resultados interessantes, tendo como base o ritmo: viu que, com o passar dos anos, alguns gêneros musicais (com destaque para o rock) tiveram períodos curtos de renovação, ou seja, alteraram-se mais rapidamente, dando origem a subgêneros. Outra informação interessante foi ver a sobreposição de ritmos entre os gêneros. “Vimos que algumas amostras de reggae, por exemplo, têm padrões similares ao blues. Nós analisamos a evolução dos gêneros e como ela ocorreu e o que foi incorporado aos gêneros, isso tudo de forma quantitativa, ou seja, em números. A evolução da música é constantemente estudada, mas sempre foi feita de forma subjetiva”, explica a pesquisadora.

Nisso tudo, a física entrou quando Débora utilizou sistemas complexos para fazer sua análise. Tais sistemas fazem ligações e conexões possíveis, nesse caso, entre os gêneros musicais, e identificam, em linguagem binária, em que momento há similaridades entre as músicas.

Dbora-_inteligncia_artificial-1Embora a pretensão final de Débora seja, justamente, desenvolver um software capaz de distinguir os gêneros musicais, ela confessa que ainda são necessárias algumas análises mais detalhadas dos gêneros, que não levem em consideração apenas o ritmo das músicas. Outros itens que compõe as canções, como tempo, batida, melodia ou, sob uma outra ótica, escolhendo-se um dos instrumentos presentes na canção, como guitarra, baixo ou qualquer outro instrumento, podem ser usados para classificá-las. “Algumas características são comuns em gêneros musicais diferentes, o que pode criar equívocos na hora da identificação pelo computador. E alguns instrumentos poderão ser mais discriminativos dos gêneros musicais, ou seja, podem ser um filtro mais exato”, elucida Débora.

Mas, num futuro próximo, com mais dados em mãos e análises mais precisas, a criação do software será consequência e os benefícios que poderá trazer não serão usufruídos apenas pela poderosa indústria fonográfica. Embora com linguagem numérica, o computador será capaz de compor canções que despertem alegria, tristeza, euforia, ansiedade ou qualquer característica subjetiva que seja conveniente ao usuário. “Digamos que um ator de filmes queira músicas que lhe causem tensão na hora de atuar ou um instrutor de academias de ginástica queira trilhas sonoras que motivem os alunos. Isso será feito com facilidade”, exemplifica Débora.

Embora pesquisas nessa área sejam cada dia mais crescentes, o diferencial da pesquisa de Débora consiste no fato de que poucos estudiosos do assunto, até o momento, analisaram músicas de forma tão objetiva. Mas, na referida pesquisa, as emoções também são levadas em conta. Só que, nesse caso, o esforço para identificá-las não contará somente com o auxílio de seres humanos.

Assessoria de Comunicação

7 de dezembro de 2012

Destaque para o IFSC

No início do mês de novembro, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) realizou a 17ª edição da “Maratona de Programação”, competição que reuniu jovens pesquisadores de todo país, somando cerca de 150 estudantes, divididos em 50 equipes.

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), por sua vez, não somente marcou presença como também trouxe um importante diferencial: a mestranda de Física Computacional, Krissia Zawadski, uma das únicas mulheres inscritas na competição. “Essa foi a primeira vez que uma equipe de física conseguiu se classificar para final” comemora a aluna.

Embora pela primeira vez na final da Maratona, de acordo com Krissia, o IFSC já participou duas outras vezes da competição, a primeira delas em 2009, por iniciativa do aluno André Ismaira, também do curso de Física Computacional.

Em 2012, Krissia atuou como treinadora da equipe que, essencialmente, é uma função em que exerce o papel de orientadora do grupo nos treinos on-line e hierarquiza as questões que devem ser solucionadas.

Sobre a equipe de aluMaratona-logonos do IFSC na Maratona, Krissia fez questão de destacar a participação do aluno de doutorado, Paulo Matias. Já tendo participado de outras duas edições como treinador, este ano o estudante entrou como competidor e teve importante papel para classificação do IFSC para final da competição paranaense. Além dele, também fizeram parte da equipe de competidores o mestrando Vinicius Aurichio, e, novamente, André Ismaira.

O treinamento da equipe, de acordo com Krissia, é baseado na resolução de problemas, disponibilizados no site da Universidad de Valladolid. “Eu sempre aconselhei à equipe que tentasse resolver os problemas mais difíceis de maneira rápida”, relembra a treinadora.

Krissia explica que as equipes vencedoras foram aquelas que conseguiram resolver os problemas sugeridos num menor espaço de tempo. E, embora a equipe do Instituto tenha começado em 1º lugar, conquistaram o 21º lugar na classificação final. “Levando-se em consideração que os problemas foram diretamente relacionados à computação, podemos considerar esse resultado como satisfatório”.Maratona-Londrina-1

Krissia diz que, ao que tudo indica, dificilmente o IFSC participará da competição no próximo ano. Por já atingirem a idade limite de participação na competição, os atuais competidores do Instituto já não podem mais se inscrever. “Os alunos mais novos não têm tanto interesse em participar desse tipo de competição, o que dificulta a formação de uma nova equipe”, opina a atual treinadora.

De qualquer maneira, ela reforça o espírito de amizade e colaboração que a competição desperta nos participantes. “Mais do que a competição em si, reforça-se o espírito colaborativo, já que todos os membros da equipe precisam trabalhar juntos para resolver os problemas”.

Sobre a participação feminina na competição, Krissia conta que houve, apenas, três competidoras e quatro treinadoras e ela afirmou ser assustadora a grande diferença entre homens e mulheres. Mas, sua presença na “Maratona de Programação” (assim como das outras poucas competidoras) mostra um novo cenário e composição apresentados nos cursos da área de exatas e o fato de as mulheres estarem, cada vez mais, conquistando seu espaço e, sobretudo, sua importância nessa área.

Nelma-_mulheres_na_cincia-4

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

7 de dezembro de 2012

Docente do IFSC assina editorial sobre ciência na América Latina

O docente e pesquisador do IFSC, Prof. Dr. Glaucius Oliva, que desempenha atualmente as funções de Presidente do CNPq, assina, conjuntamente com a Profa. Dra. Celia Garcia, do Departamento de Fisiologia da USP, e com o Prof. Armando Parodi, Presidente do Conselho Nacional de Pesquisa da Argentina, o Editorial da Revista Science, edição publicada no dia 30 de novembro.

Subordinada ao tema O Crescimento da Ciência na América Latina, a contribuição de Glaucius GLAUCIUSOliva no referido editorial ilustra o modo como a Ciência, Tecnologia e Inovação têm emergido, de forma rápida, nos principais países latino-americanos, em comparação com os habituais “gigantes”, principalmente os da América do Norte, Ásia e Europa.

Para o pesquisador do IFSC, o sucesso desse crescimento deve-se, em grande parte, ao sábio investimento que está sendo feito nas pessoas – alunos e pesquisadores -, proporcionando a oportunidade de saírem para o exterior e regressarem trazendo para seus países de origem o know-how adquirido, implementando e desenvolvendo aí, suas próprias idéias, projetos e trabalho.

De forma clara, Glaucius Oliva faz um resumo dos projetos, ações e investimentos feitos principalmente no Chile, Argentina e Brasil, dando como exemplo, no nosso país, o sucesso alcançado através do programa de âmbito nacional designado Ciência sem Fronteiras, lançado em julho de 2011.

Para o docente do IFSC, existe um desejo crescente nos países latino-americanos em educar as gerações atuais nas melhores instituições de ensino superior do mundo, por forma a promover uma ciência “globalizada” que trabalhe em prol da humanidade, e para que uma nova geração de líderes possa emergir à luz da ciência, tecnologia e inovação, por forma a que seus países possam competir economicamente no cenário internacional.

O Prof. Dr. Glaucius Oliva será nosso entrevistado, em data próxima, onde na oportunidade explanará estas e outras idéias, com destaque para as particularidades e a aceitabilidade externa do programa Ciência sem Fronteiras.

Clique no link abaixo para acessar o original do Editorial da revista Science

SCIENCE

Assessoria de Comunicação

6 de dezembro de 2012

Pesquisadores do IFSC estão entre os novos eleitos

A ABC – Academia Brasileira de Ciências- elegeu, recentemente, 36 cientistas de excelência, oriundos de todas as áreas do conhecimento abrangidas pelo órgão, que passam a integrar seus quadros de Membros Titulares e Correspondentes.

Desse seleto lote de pesquisadores, figuram dois docentes do IFSC, na circunstância, os Profs. Drs. Roberto Mendonça Faria (área de Ciências Físicas) e Richard Charles Garratt (área de Ciências Biomédicas).

A cerimônia de Posse dos novos membros decorrerá na sede da ABC, no dia 7 de maio do próximo ano.

O IFSC parabeniza seus dois docentes por esta distinção.

 

Assessoria de Comunicação

5 de dezembro de 2012

Prof. Sérgio Mascarenhas recebe título Doutor Honoris Causa

O docente e pesquisador do IFSC, Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas, recebeu no dia 23 de novembro o título de Doutor Honoris Causa, atribuído pela UFSCar – Universidade Federal de São Carlos, sob proposta do DEMA – Departamento de Engenharia de Materiais daquela Universidade.

A Mesa de Honra esteve composta pelo Reitor da UFSCar, Prof. Targino de Araújo Filho, pelo Vice-Reitor, Prof. Adilson de Oliveira, o Chefe de Departamento do Centro de Exatas e Tecnologia, Prof. Paulo Caetano e o Chefe de Departamento do DEMA, Prof. Pedro Nascente, e ainda pelo deputado federal e ex-reitor daquela universidade, Prof. Newton Lima, e o ainda Prefeito da cidade de São Carlos e igualmente ex-reitor da UFSCar, Prof. Oswaldo Barba.

Representandosergio_300 o IFSC, nesta cerimônia, esteve o seu diretor, Prof. Antônio Carlos Hernandes.

Apontado como personalidade relevante no mundo acadêmico e científico do Brasil, o Prof. Sérgio Mascarenhas foi sempre considerado um homem que se colocou na fronteira de novas idéias inovadoras, tendo sido pioneiro na criação do Curso de Materiais da UFSCar, no decurso da década de 1970, fundador do departamento de Física e de Ciência dos Materiais na EESC-USP – Escola de Engenharia de São Carlos e do IQSC-USP – Instituto de Química e Física de São Carlos, tendo sido, neste último, seu primeiro diretor. Sérgio Mascarenhas foi ainda o precursor do Centro Nacional de Instrumentação Agropecuária da EMBRAPA, em São Carlos, tendo contribuído, entre 1969 e 1970, de forma ativa, na implantação e estabelecimento da UFSCar.

A comunidade do IFSC cumprimenta e parabeniza o Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas.

 

Assessoria de Comunicação

5 de dezembro de 2012

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em novembro, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) do lado direito da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisadores do IFSC, no periódico CrystEngComm.

novembro-12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

3 de dezembro de 2012

Docente do IFSC tem aula mais acessada

Em matéria publicada no site da Folha de São Paulo, em 3 de dezembro, são comentadas as iniciativas da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) em disponibilizar diversas vídeo-aulas, possibilitando, dessa forma, maior democratização do conhecimento.

A reportagem ainda destaca a grande procura pela aula “Introdução às derivadas e integrais”, ministrada pelo docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Vanderlei Salvador Bagnato, que está em 1º lugar entre as mais acessadas pelos internautas.

Outra aula do docente, denominada “Cálculo e derivadas”, está em 3º lugar como a mais vista (a 2ª aula mais acessada é “A água como recurso cada vez mais limitante”, ministrada pela docente do Instituto de Biocicência (IB/USP), Ana Lúcia Brandimarte).

Para acessar a reportagem on-line da Folha de São Paulo, clique aqui.

Para acessar o Portal de Conferências e Aulas da USP, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

3 de dezembro de 2012

Nova chefia

A partir do dia 28 de novembro, o Grupo de Física Teórica conta com nova chefia.

Assumiu a chefia, nesta data, o docente, José Abel Hoyos Neto, em substituição ao docente Miled Youssef Moussa, que chefiou o grupo por quatro anos.

Assessoria de Comunicação

 

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..