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9 de abril de 2014

Sistemas de Gestão da Qualidade e os Laboratórios Universitários

No último dia 9 de abril, pelas 12h50, no Anfiteatro Prof. Horácio Panepucci, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), o especialista Paulo Galvão Leite apresentou a mais recente palestra da edição de seminários do Grupo de Óptica do IFSC.

Os Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) são um conjunto de princípios, práticas e técnicas, cujo campo de atuação é amplo a ponto de uma microempresa e um conglomerado de diferentes ramos de atividade utilizarem o mesmo ferramental. Sistemas laboratoriais como a ISSO 17.025 e as “Boas Práticas” (BPL) são os novos padrões de qualidade para análises (de água e sangue, por exemplo) e para registro de produtos farmacêuticos, agrícolas e PAULO_GALVO_LEITE1-300alimentícios.

Em sua palestra intitulada Sistemas de Gestão da Qualidade e os Laboratórios Universitários, além de ter abordado os fundamentos de SGQ, as linhas gerais da ISSO 17.025 e da BPL, Paulo discutiu os benefícios que estas ferramentas podem trazer na gestão dos laboratórios de pesquisa universitários.

Paulo Galvão é bacharel em química pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP) e especialista em Agricultura Biológica Dinâmica pela UNIUBE-Instituto Elo. Já trabalhou como químico responsável em uma ETE e em indústrias de adubos e sanitizantes; como inspetor de qualidade e como assistente e gerente de certificação de alimentos orgânicos e insumos agrícolas.

Além disto, Paulo também já desenvolveu equipamentos industriais e insumos agrícolas, trabalhou como consultor na elaboração de implementação de SGQ em laboratórios, e atualmente é químico responsável pela Cachaça Canaspirit e gerente da qualidade do Laboratório de Saneamento do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP).

Assessoria de Comunicação

9 de abril de 2014

OBF-2014 e OBFP-2014 já têm calendários definidos

Encontram-se já definidos os calendários referentes às duas olimpíadas de física programadas para 2014 (Olimpíada Brasileira de Física – OBF e Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas – OBFEP).

No que diz respeito à OBF-2014, a 1ª Fase ocorrerá no próximo dia 25 de maio, enquanto a 2ª Fase se realiza no dia 09 de agosto. A 3ª e última Fase acontecerá no dia 11 de outubro. Mais informações sobre a programação deste evento poderão ser coletadas, clicando AQUI.

No que diz respeito à OBFEP-2014, as inscrições para credenciamento das escolas vão até dia 17 de maio próximo, sendo que toda a programação está igualmente disponível no SITE DA SBF

Assessoria de Comunicação

8 de abril de 2014

O projeto que transformará a graduação

Cerca de 30 alunos assistem a uma aula em uma das salas dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Eles não são estudantes da universidade, mas sim de escolas públicas do ensino médio da cidade e região. À frente deles, um docente do IFSC ministra uma aula sobre conceitos básicos da Física Moderna e Contemporânea numa lousa eletrônica. De posse de um dispositivo eletrônico, que cabe na palma de suas mãos, os alunos respondem a questões lançadas pelo docente. Este, por sua vez, recebe o resultado em outro pequeno dispositivo, conseguindo, imediatamente, ter acesso ao número de erros e acertos dos aprendizes para cada uma das questões respondidas.

USP-logoA situação narrada acima, ocorrida no final do ano passado, descreve uma visita de alunos, inserida no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), coordenado, no IFSC, pelo docente Marcelo Alves Barros. Ela descreve novas ferramentas do ensino de graduação, uma realidade em algumas Unidades da USP graças ao Programa Pró-Inovação no Ensino Prático de Graduação (Pró-Inovalab), lançado pela Pró-Reitoria de Graduação da USP, em 2012.

Embora a situação descrita no primeiro parágrafo possa dar a entender que os beneficiários do programa serão alunos do ensino médio, na realidade, o público-alvo são os próprios universitários. Com o objetivo de “estimular o corpo docente a refletir sobre o ensino de graduação em suas Unidades e, consequentemente, melhorá-lo com fundamento em atividades sólidas e cientificamente relevantes”, o Pró-Inovalab, desde que foi instituído, tem tornado mais didático e até mesmo lúdico o ensino universitário.

Para fazer parte do programa e receber os recursos provenientes do mesmo, docentes das diversas Unidades da USP enviam propostas de projeto à Pró-Reitoria de Graduação. Os projetos são avaliados e os melhores são selecionados para que a Unidade da qual faz parte o autor (ou autores) do projeto receba uma verba que pode chegar até R$500 mil. O dinheiro é investido em ferramentas inovadoras, possibilitando um ensino de graduação mais didático e inteligível aos alunos de graduação.

No caso do IFSC, uma proposta de projeto, de autoria dos docentes Eduardo Ribeiro de Azevêdo e Valmor Roberto Mastelaro, foi enviada ao Pró-Inovalab e aprovada. A verba máxima foi conseguida e possibilitou que o objetivo do projeto em questão fosse viabilizado: a criação do Laboratório de Apoio ao Ensino de Física (LAEF). “A ideia principal foi montar um laboratório com vários recursos didáticos que os docentes pudessem tanto utilizar num espaço físico específico, como também solicitar equipamentos para uso em sala de aula nas disciplinas, sejam elas teóricas ou experimentais”, explica Eduardo.

O projeto foi constituído com a participação de todos os funcionários do LEF, com ações específicas dos funcionários Ércio Santoni e Jae de Castro Filho (responsáveis pela parte de Física Básica), Marcos Semenzato (responsável pela parte de Física Moderna), Daniele Santini (responsável pela infraestrutura computacional) e Herbert João (responsável pela parte de recursos didáticos). Além dos funcionários do LAEF, a montagem da nova infraestrutura também contou com a colaboração dos funcionários da oficina mecânica do IFSC na elaboração de kits didáticos e dos docentes Luiz Antonio de Oliveira Nunes (sistemas de aquisição em óptica), Sérgio Muniz (recursos didáticos), Lino Misoguti e Máximo Siu Li (laboratório de espectroscopia óptica), Sérgio Carlos Zílio (laboratório de lasers e óptica de Fourier) e José Fabian Schneider (elaboração e revisão de apostilas), além do apoio e participação efetiva do diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes.

O projeto concretizado

Feitas as aquisições, para que os docentes do Instituto tivessem conhecimento dos recursos disponíveis, uma página na internet, hospedada na página on-line do LEF (http://www.lef.ifsc.usp.br/labApoio/), foi desenvolvida. Nela, é possível encontrar a descrição dos novos recursos disponíveis e requisitá-los para o uso em aula. A sala do laboratório tem capacidade para aproximadamente 40 estudantes e poderá ser solicitada para aulas especiais de conteúdo prático ou demonstrativo.

Inovalab-2Além do sistema de multimídia com LCD, computador e tela de projeção, a sala conta com lousa interativa sensível ao toque (Smart Board) e 12 laptops com softwares de processamento e aquisição de dados. Estão também disponíveis 50 licenças de software de laboratório virtual (para serem usados nos diversos laboratórios de computação do IFSC) e 25 CDs contendo uma enciclopédia com cerca de 600 vídeos de experimentos demonstrativos de Física, os quais também poderão ser retirados sob requisição. Disponibiliza-se ainda 25 dispositivos respondedores (clikers) juntamente com um software que, além de gerenciar as respostas, permitirá o uso de smarthphones como dispositivos respondedores. Há, ainda, um conjunto de kits para experimentos demonstrativos nas áreas de mecânica, ondas, termodinâmica, eletricidade e magnetismo e óptica, que permitem realizar os mais diversos experimentos de demonstração em sala de aula. Além dos kits de montagem, estão também disponíveis vários sensores (movimento, aceleração, força, pressão, temperatura, luz etc.) e interfaces de aquisição que permitem a tomada, análise e interpretação de dados com a utilização de computadores, facilitando o desenvolvimento dos referidos experimentos na própria sala de aula com projeção imediata dos resultados para um grande número de alunos. Para os experimentos não interfaceados ou visualização de montagens pequenas, está disponível também um kit de projeção com projetor LCD, câmera de vídeo e laptop.

As apostilas de laboratório do IFSC, escritas e revisadas por diversos docentes ao longo dos anos, estão sendo padronizadas com o apoio do setor gráfico do IFSC e os arquivos, em formato pdf, ficarão disponíveis para download. Outra novidade é que, com o apoio da biblioteca do IFSC, serão disponibilizados na página do LEF links para artigos de cunho didático que foram publicados por docentes do IFSC. “Foi feita uma triagem para disponibilizar os links, mas docentes que possam contribuir com artigos que não estão na lista poderão pedir a inserção através da própria página”, explica Eduardo.

A lousa eletrônica, citada no primeiro parágrafo desta matéria, foi instalada na sala 302, novo espaço criado especificamente para o Pró-Inovalab. Nesta sala, localizada no próprio LEF, os docentes poderão levar os alunos para ter aulas e explorar todos os novos recursos conseguidos através do programa. Além disso, novas práticas e experimentos foram inseridos nos laboratórios de física moderna. Em particular, criou-se um espaço no qual estão disponíveis um espectrômetro UV/Vis de alta resolução, um espectrômetro de FTIR e um kit de montagem e demonstração de princípios de lasers e óptica de Fourier. Dentro da filosofia do projeto, alguns desses experimentos também poderão ser requisitados para uso fora do laboratório, mediante disponibilidade. “A ideia geral do projeto não era simplesmente fazer novas aquisições, mas ter uma centralização dos recursos didáticos que pudessem ser fornecidos. A sala 302 é apenas o novo espaço físico, mas a ideia é reunir e dar o acesso a todos esses recursos pela página do Laboratório de Ensino”, explica Eduardo.

O compartilhamento na melhora do ensino

Inovalab-3Uma vez que o intuito maior em enviar um projeto ao Pró-Inovalab tenha sido reunir materiais em espaços específicos (físicos e virtuais), as vantagens para o ensino poderão ser sentidas imediatamente. “Uma das nossas preocupações foi de prover recursos que atendessem não só aos alunos do IFSC, mas principalmente aqueles de outras Unidades da USP de São Carlos atendidas pelo IFSC. Isso explica o foco em Física Básica, já que alunos dos cursos de física ministrados por docentes do IFSC para as outras Unidades também poderão ser beneficiados”, afirma Eduardo.

Outros projetos implantados no IFSC seguem filosofia parecida com o Pró-Inovalab, ou seja, de tornar o aprendizado mais dinâmico e aberto. “Não faltam projetos desse tipo no Instituto. O Pró-Inovalab vem para se somar a esse universo”, diz Eduardo.

Ele conta que o uso dos novos recursos fica a critério de cada docente, que poderá utilizá-los da maneira que achar mais adequada. No entanto, ele afirma que o emprego é bastante simples e espera que a aceitação por parte dos docentes seja positiva. “Estamos programando um curso para demonstração dos novos recursos e quando feita a solicitação, via página, um técnico do LEF ficará disponível para separar o material, podendo também auxiliar o docente na preparação da demonstração.”

No que diz respeito ao acesso e popularização desse tipo de instrumento nas escolas, a proliferação de softwares gratuitos e outras ferramentas didáticas sem custo têm tornado o aprendizado mais dinâmico em todas as esferas do ensino, inclusive no médio. Eduardo diz que este certamente não é o remédio que curará os males da educação no país. Mas, o aumento do uso de recursos auxiliares em salas de aula, tanto no ensino universitário quanto no fundamental e médio, deve se tornar uma tendência nos próximos anos e pode auxiliar de forma positiva na melhora do ensino. “No entanto, nada substitui a dedicação e conhecimento do professor e o comprometimento do aluno com seu próprio aprendizado”, ressalta o docente.

Assessoria de Comunicação

8 de abril de 2014

Concurso para preenchimento de quatro vagas para Professor Doutor

O Instituto de Física “Gleb Wataghin” da Universidade Estadual de Campinas (IFGW/Unicamp) está com inscrições abertas para o preenchimento de 4 (quatro) vagas para o cargo de Professor Doutor junto ao IFGW.

IFGWAs inscrições ocorrerão entre os dias 7 de abril e 9 de maio, das 9 às 12 horas ou das 14 às 17 horas e deverão ser feitas de forma presencial ou por procuração na secretaria do IFGW situada à Rua Sérgio Buarque de Holanda, 777, Cidade Universitária, Campinas (SP).

Para acessar os editais referentes a cada concurso, clique nos links abaixo:

Professor Doutor na área de Dispositivos Nanoestruturados – perfil desejado: experimental nas subáreas de dispositivos integrados, optomecânica, transporte e sensores avançados;

Professor Doutor na área de Informação Quântica experimental – perfil desejado: jovem pesquisador com característica de liderança para montar novo laboratório de pesquisa na área;

Professor Doutor na área de Física Experimental de Materiais Avançados – perfil desejado: experimental nas subáreas de Materiais Orgânicos, Materiais Emergentes (à base de carbono, grafeno, bucky-balls, nanotubos), Magnéticos não-usuais, isolantes topológicos, materiais vítreos, spintrônica, propriedades ópticas de materiais nanoestruturados;

Professor Doutor na área de Cosmologia Observacional.

Mais informações sobre os concursos através do telefone (19) 3521-5301(19) 3521-5301 (Jandira) ou (19) 3521-5297(19) 3521-5297 (Marineuse).

Assessoria de Comunicação

8 de abril de 2014

Equipamento desenvolvido no IFSC-USP contribuirá no processo de emagrecimento

A pesquisadora – e também aluna de pós-doutorado – do Grupo de Óptica do IFSC-USP, Marcela Sene Fiorese, promoveu nas instalações de nosso Instituto, entre os dias 31 de março e 4 de abril, no horário compreendido entre as 10 e as 14 horas, uma avaliação da composição corporal, acompanhada de uma orientação para atividades físicas, uma iniciativa que esteve aberta à nossa comunidade.

Para essa avaliação, a especialista utilizou um aparelho importado pelo Grupo de Óptica, body-fat300ainda pouco utilizado no Brasil, que é capaz de calcular as gorduras corporal, muscular e visceral, além da taxa metabólica basal, bem como outras informações relevantes voltadas ao processo de emagrecimento.

Tal aparelho é apenas uma das ferramentas de avaliação utilizadas pela pesquisadora em seu projeto de pós-doutorado que está sendo realizado em conjunto com o doutorando Antonio Eduardo de Aquino Junior e com a aluna de pós-doutorado, Dra. Fernanda Oliveira Duarte, sob orientação dos docentes Vanderlei Bagnato (IFSC-USP) e Nivaldo Antonio Parizotto (UFSCar).

Esta pesquisa, que já atendeu aproximadamente 150 pessoas, onde 30% delas apresentaram problemas de sobrepeso ou obesidade, tem como principal objetivo levar à comunidade aquilo que é desenvolvido como pesquisa dentro do Campus USP – São Carlos: Como sou uma educadora física, achei interessante a solicitação que o Prof. Bagnato me fez em oferecer esta avaliação para a comunidade, não com o intuito de pesquisa em si, mas com o intuito de extensão, conta Marcela Fiorese.

Apesar do investimento feito com este aparelho que foi colocado à disposição da comunidade, o equipamento central do projeto de Marcela, que está sendo desenvolvido no Grupo de Óptica do IFSC-USP, é um protótipo de fototerapia que utiliza emissores de laser e que consiste em associar a tecnologia da fototerapia com o exercício físico. Constituído por uma espécie de manta que é colocada sobre o paciente, em áreas específicas do corpo (por exemplo, no tronco, coxa, etc.), ela fornece uma determinada dose temporária de luz infravermelha a partir do laser, possuindo um princípio fisiológico que otimiza a atividade celular de uma pessoa. Este método, associado a exercício físico e a uma reeducação alimentar, propicia o emagrecimento cadenciado e seguro do paciente, conforme já foi demonstrado por avaliações clínicas.

Quanto ao emagrecimento, Marcela diz que É um processo consciente. A pessoa sabe o que está fazendo, o que precisa fazer, e tem as ferramentas na mão. Não adianta eu dizer a alguém o que precisa fazer para emagrecer. A pessoa tem que entender que o próprio corpo ‘briga’ com ela. O corpo não quer deixar o indivíduo emagrecer, porque ele não foi feito para gastar energia e sim para guardar.

A obesidade é o grande alvo deste novo protótipo. Por ser considerada uma Doença Inflamatória Subclínica Crônica, a obesidade necessita de tratamento contínuo. Para Marcela, é alto o investimento que se dá a uma pessoa portadora de alguma doença associada à obesidade, tais como a resistência à Insulina, também conhecida como Pré-Diabetes, o Diabetes tipo 2, a hipertensão arterial e as dislipidemias, que é o excesso de colesterol e triglicérides circulantes. Além disso, a obesidade está associada à artrite – não só pelo excesso de peso, mas também pela inflamação da articulação. Doenças neurológicas, como Alzheimer e Parkinson, bem como a tentativa falha de engravidar, podem também estar associadas à obesidade.

Para a especialista, todas as enfermidades causadas pela obesidade estão relacionadas com o excesso de gordura. Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, a gordura não é um tecido que armazena energia excedente; ela é responsável pelo controle de nosso balanço energético. Logo, é ela quem decide se você se alimenta ou não.

avaliao350A gordura libera hormônios e proteínas que controlam diversas outras funções no nosso organismo. Por exemplo, o primeiro hormônio descoberto há 20 anos foi a Leptina, que atua no nosso cérebro desencadeando um sinal de saciedade. O oposto dela é a Grelina, hormônio liberado pelo nosso estômago. Quanto mais gordura uma pessoa tem, mais Leptina ela terá. Nosso cérebro fica resistente à ação da Leptina. Quando um indivíduo possui muita gordura, ele acaba produzindo outras substâncias proteicas que são chamadas de Citocinas. Elas podem ser inflamatórias ou anti-inflamatórias. Sendo assim, todo o processo inflamatório irá gerar um dano no tecido ou na célula. Então, essas doenças relacionadas à obesidade são decorrentes de todos estes processos inflamatórios: O problema é o excesso de gordura, porque quanto mais gordura, mais substâncias (hormônios e Citocinas) a pessoa terá. Mas, ainda assim, seu corpo resistirá, não deixando as substâncias serem efetivas. No caso da Leptina, o corpo do ser humano desencadeia processos de resistências às ações da Insulina, que é outro hormônio que controla o equilíbrio energético e que faz com que a pessoa desenvolva outros tipos de doenças, explica Fiorese.

Apesar do equipamento ainda ser considerado um protótipo, a jovem pesquisadora conta que o próximo passo será patenteá-lo e lançá-lo no mercado para clínicas, se possível ainda no decurso deste ano: O equipamento ainda precisa ser remodelado para passar nos testes de segurança. A partir do momento em que nós conseguirmos publicar os resultados promissores, uma empresa deverá produzi-lo, finaliza.

Marcela Sene Fiorese é doutora em Ciências Fisiológicas pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mestre em Bioengenharia pela Universidade de São Paulo (USP), possui graduação em Educação Física e Motricidade Humana pela UFSCar, e atualmente integra o Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, onde desenvolve seu pós-doutorado na área de Fototerapia.

Marcela, que também é colaboradora do Laboratório de Nutrição e Metabolismo, Aplicados ao Exercício do DEFMH-USFCAr, foi docente da Universidade Camilo Castelo Branco e professora substituta do Departamento de Educação Física da UFSCar. Possui experiência com ênfase em Bioquímica da Nutrição, atuando principalmente com os temas obesidade, exercício, nutrição, equipes multidisciplinares, metabolismo do tecido adiposo e novas tecnologias.

Confira abaixo as medidas exatas do Índice de Massa Corporal (IMC), medida universal proposta pela Organização Mundial de Saúde utilizada para calcular o grau de obesidade:

Eutrófico (Normal): de 20 a 24,9 kg/m²

Sobrepeso: de 25 a 29,9 kg/m²

Obesidade: maior ou igual a 30 kg/m²

Assessoria de Comunicação

7 de abril de 2014

Professor da Michigan University ministrará palestra

No próximo dia 8, terça-feira, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) promoverá o seminário Campus Sustentável, que será conduzido pelo docente da Michigan University (UMICH), Robert Warren Marans.

Logo após a apresentação do projeto, será realizado um debate com representantes dos campi do interior da USP com o objetivo de conhecer e discutir a experiência da UMICH e subsidiar ações para serem implantadas na própria USP.

O evento, que terá início às 9h30, no anfiteatro “Jorge Caron”, será apresentado em inglês e os interessados  deverão se inscrever através do endereço eletrônico http://www.eesc.usp.br/eesc_sustentavel/ A inscrição é gratuita.

Com informações da assessoria de comunicação da EESC

Assessoria de Comunicação

7 de abril de 2014

II Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference

Ocorrerá entre os dias 20 e 24 do próximo mês de outubro, no Centro de Convenções de Campos do Jordão (SP), a 2 ª Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference (BBEST), um evento internacional que mantém sua periodicidade inicial – trienal -, com foco para a área de bioenergia.

Nesta conferência serão apresentadas as mais recentes conquistas científicas nessa área do conhecimento, bem como as evoluções tecnológicas verificadas nos últimos anos, negócios e políticas para o desenvolvimento do setor.

Um conjunto importante de pesquisadores abordará temas bastante variados, como, por exemplo, biomassa, tecnologias relacionadas com biocombustíveis, química do álcool, engenharias e sustentabilidade. Nomes importantes da área científica do nosso país já confirmaram sua presença, como são os casos, dentre outros, de José Goldemberg e Hernan Chaimovich (USP), Carlos Joly (UNICAMP) e Carlos Henrique de Brito Cruz (FAPESP), bem como a participação de cientistas oriundos dos EUA, Índia, Quênia, Reino Unido, Suécia, Áfrida do Sul, Holanda, Ilhas Maurício e Alemanha.

Este evento contará com uma área especialmente concebida para acolher uma exposição dedicada às empresas nacionais e estrangeiras, por forma a apresentarem suas tecnologias relacionadas à bioenergia em genética, enzimas, leveduras, produção de culturas de biomassa, etanol e biodiesel processos de engenharia, instalações industriais, biorrefinarias, motores e células de combustível, entre outros temas.

Para obter mais informações sobre este evento, ou para fazer sua inscrição, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

7 de abril de 2014

Terapia Fotodinâmica poderá ajudar a tratar pneumonia

Uma técnica que está sendo aplicada para diferentes patologias – e que tem sido profusamente desenvolvida no Grupo de Óptica do IFSC-USP – é a Terapia Fotodinâmica: um composto fotossensível torna-se ativo quando exposto à luz, promovendo um efeito terapêutico no local de sua aplicação. Quando o alvo do tratamento é um microrganismo, a técnica recebe o nome de Inativação Fotodinâmica, e não há relatos do desenvolvimento de resistência até então. Diante deste panorama, o Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (USP) iniciou uma pesquisa para estabelecer um protocolo seguro, eficiente e não invasivo para o tratamento de pneumonia por Terapia Fotodinâmica. A técnica poderá ser auxiliar, pneumoniaquando aplicada com associação ao método convencional (antibióticos), diminuindo carga bacteriana, permitindo ação dos antibióticos e melhorando a resposta do organismo. Para que o tratamento seja menos invasivo possível, estamos testando fotossensibilizadores que possam ser inalados pelo paciente e que são ativados com Lasers na região do infravermelho, para que possa ser realizada iluminação extracorpórea.

O projeto iniciou-se em 2013 e é dividido em duas frentes: estudos in vitro, liderado pela mestranda do Programa de Pós-Graduação do IFSC (Física Aplicada Biomolecular), Ilaiáli Souza Leite, sob orientação da Dra. Natalia Mayumi Inada (Grupo de Óptica), pesquisa que recebeu Menção Honrosa no III SIFISC (2013); e estudos in vivo em modelo animal, projeto da doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UFSCar, Mariana Carreira Geralde, orientada dos Profs. Drs. Vanderlei Salvador Bagnato e Cristina Kurachi. Além de estudos visando estabelecer um protocolo seguro, investiga-se os efeitos da inativação fotodinâmica sobre o sistema imunológico, para determinar se a técnica auxilia os mecanismos de defesa, como a fagocitose de bactérias pelo macrófago alveolar. A Profa. Dra. Alexandra Ivo de Medeiros, do Laboratório de Imunologia da UNESP de Araraquara, é a colaboradora principal.

Os resultados preliminares são promissores: testes in vitro demonstraram redução significativa de uma das principais bactérias responsáveis pela pneumonia, a Streptococcus pneumonia, utilizando quantidades micromolares do fotossensibilizador. No modelo animal (camundongos do tipo hairless, desprovidos de pelos), verificou-se, por imagens de fluorescência, que após a instilação do composto fotossensível (aplicação da solução nas narinas, assemelhando-se ao uso de descongestionantes nasais), a substância se distribuiu nos pulmões. Nos experimentos de interação da luz na região do infravermelho e no tecido, observou-se que no comprimento de onda testado a iluminação é capaz de atravessar os pulmões. Experimentos futuros testarão a eficácia da inativação fotodinâmica no modelo animal, o impacto da técnica sobre o sistema imunológico e a eficácia contra uma cepa bacteriana resistente a antibióticos – a Klebsiella pneumoniae.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as infecções das vias aéreas inferiores estão entre as dez maiores causas de morte no mundo, ocupando o terceiro lugar (Gráfico). Em TERAPIA_FOTODINMICA_PARA_DOENAS_RESPIRATRIAS_-_04_ABRIL_2014dez anos (entre 2000 e 2011), foi responsável por 3.2 milhões de mortes em todo mundo*. A pneumonia é uma dessas infecções e segundo a UNICEF, a cada 30 segundos, uma criança menor de cinco anos de idade morre de complicações da doença, liderando o ranking das causas de mortalidade infantil**.

Afetando os pulmões, provoca o acúmulo de líquidos e secreções nos alvéolos, dificultando a respiração. Seus sintomas podem ser febre, tosse, dor no peito, náusea e falta de ar. É também um quadro comum entre pacientes hospitalizados que necessitam de ventilação mecânica para respirar. Pode ser causada por fungos, vírus ou bactérias, sendo este último o agente mais comum. Em casos mais severos, o uso de antibióticos é indicado, porém o tratamento é cada vez mais dificultado devido a diminuição da resposta efetiva dessa classe de medicamento. É necessário, então, que tratamentos alternativos ou complementares sejam desenvolvidos e utilizados.

Referências:

1 – World Health Organization (WHO). In: Media Centre, New Releases, 16 June 2006. Available in: http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2006/pr32/en/ Accessed in: 18 July 2013.

2 – World Health Organization (WHO). In: Media Centre, New Releases, 12 November 2013. Available in: http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2013/world-pneumonia-day-20131112/en/  Accessed in: 02 April 2014.

(Gráfico 01): WHO: Media Centre. In: The top ten causes of death. Fact sheet nº310, updated July 2013. http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs310/en/  Accessed in 02 April 2014.

Assessoria de Comunicação

4 de abril de 2014

Um passo importante na luta contra a doença de Chagas

Uma equipe multidisciplinar de pesquisadores brasileiros, liderada pelo Prof. Adriano D. Andricopulo (IFSC-USP), deu um importante passo nas pesquisas na área de doenças tropicais negligenciadas, com um foco especial para a doença de Chagas. A equipe conseguiu avanços expressivos no desenvolvimento e otimização de um conjunto de inibidores potentes da enzima cruzaína de Trypanosoma cruzi, protozoário responsável pela doença de Chagas.TRABALHO_ADRIANO250

Este trabalho, que ilustra a capa da edição atual da consagrada publicação científica Journal of Medicinal Chemistry, permite uma extraordinária evolução na pesquisa relacionada ao combate das doenças parasitárias, já que o processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos é longo e complexo. Embora voltados para doenças parasitárias, os resultados obtidos por meio deste trabalho poderão, inclusive, ser utilizados num futuro próximo para quaisquer tipos de doenças: o foco é tornar o candidato a fármaco extremamente potente e seletivo, de tal forma que os pacientes recebam uma menor dosagem do medicamento, em um menor número de vezes por dia. Outro benefício, este de carácter social, é que quanto menor for a dose administrada, mais barato será esse fármaco e isso é fator relevante, tendo em consideração, principalmente, as doenças parasitárias, que estão incluídas no grupo das designadas Doenças Tropicais Negligenciadas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Este trabalho é considerado ADRIANO_ANDRICOPULO325uma nova e promissora etapa nos esforços que estão sendo feitos na área de química medicinal no Brasil, com o intuito de desenvolver candidatos a fármacos para a doença de Chagas.

Além de Adriano Andricopulo, a equipe de pesquisadores é composta pelo Prof. Glaucius Oliva, pelas Dras. Renata Krogh e Ana Sales, e pelas doutorandas Ivani Pauli e Mariana Souza, todos eles do Laboratório de Química Medicinal e Computacional (LQMC) do IFSC-USP, que é sede do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um CEPID FAPESP. A equipe conta com a importante colaboração do Prof. Luiz C. Dias e do Dr. Marco Dessoy, do Instituto de Química da UNICAMP, responsáveis pela síntese dos inibidores, e da Profa. Rafaela S. Ferreira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais.

Para acessar o trabalho publicado no Journal of Medicinal Chemistry, bem como visualizar a chamada de capa, clique nos links abaixo.

ARTIGO

CAPA

Assessoria de Comunicação

4 de abril de 2014

Convite aos docentes e pesquisadores

O Jornal USP convida todos os docentes e pesquisadores dos campi da USP do interior do Estado a enviar artigos de opinião, por forma a serem publicados nessa publicação.

Os temas desses artigos deverão estar relacionados com a área de atuação de cada autor e que sejam de interesse do público leigo, devendo cada artigo ter até 6.500 toques (incluindo espaços).

Os artigos poderão ser enviados para o email rccastro@usp.br

Assessoria de Comunicação

4 de abril de 2014

Dinâmica não-linear e caos em lasers

O Prof. Dr. José R. Rios Leite, do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi o convidado de mais uma edição do programa Colloquium diei, onde ministrou a palestra subordinada ao tema Dinâmica não-linear e caos em lasers, que aconteceu na manhã do dia 04 de abril, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP).

JOS_RIOS_LEITEA dinâmica não linear de sistemas dissipativos trouxe um grande impacto para as ciências e engenharias, na segunda metade do século XX.

Um marco nestes desenvolvimentos foi a demonstração feita por E. Lorenz, de que sistemas determinísticos de baixa dimensionalidade apresentam comportamento com aparência de aleatórios. Desde então, o conceito de caos determinístico acentuou-se como tema de pesquisa na matemática de sistemas ergódicos, nas ciências básicas e até no estudo da evolução de sistemas ecológicos. Na física, a dinâmica de osciladores não-lineares tem exemplos em muitas subáreas.

Assim, o docente descreveu como osciladores de lasers apresentam uma dinâmica caótica com propriedades de interesse científico fundamental e para aplicações nas engenharias.

O Prof. José Leite possui graduação em Engenharia Elétrica pela UFPE – Universidade Federal de Pernambuco, mestrado em Física pela PUC – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutorado em Física realizado no MIT – Massachusetts Institut Of Technology. Atualmente é professor titular da Universidade Federal de Pernambuco.

Para acessar os Colóquios do IFSC-USP, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

4 de abril de 2014

IFSC sediará próximo QIADay

No dia 24 de abril, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) sediará o QIADay, curso de treinamento voltado a profissionais da área de exatas e biológicas.

QiagenO evento, que terá início às 8h30, será composto por palestras e demonstrações de algumas das novas tecnologias produzidas pela empresa QIAGEN para amostras e ensaios para diagnóstico molecular, pesquisas aplicadas, fármacos e LS.

Os interessados deverão fazer sua inscrição através do endereço eletrônico www.treinamentoslatam.com/eventos.php. A inscrição é gratuita.

O QIADay será realizado no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP). Para mais informações sobre o evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

3 de abril de 2014

Unveiling the physics of hair shapes

No último dia 03 de abril, pelas 10h45, na Sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), a jovem pesquisadora do Instituto, Krissia de Zawadzki, apresentou a palestra Unveiling the physics of hair shapes, seminário inserido na programação do Journal Club.

Em seus trabalhos, Krissia investiga como uma curvatura natural afeta a configuração de uma haste elástica fina suspensa sob seu próprio peso, como, por exemplo, quando um único fio de cabelo cai por gravidade.

Além disto, a aluna do IFSC-USP combina experiências numéricas e análises KRISSIA_ZAWARDSKI300teóricas para explorar as formas de equilíbrio estabelecidas pelos efeitos acoplados de elasticidade, curvatura natural, geometria não-linear e de gravidade. Zawadzki também analisa a estabilidade de configurações planas e descreve a localização de padrões de helicoidais para longas hastes. As formas observadas e os seus limites de fase associados são racionalizadas com base nos ingredientes físicos subjacentes.

Neste sentido, modelos que descrevem a forma de estruturas filamentosas curvas têm muitas aplicações, incluindo DNA, tubos e cabos como, por exemplo, o cabelo encaracolado.

Em sua apresentação, Krissia discutiu o recente artigo intitulado Shapes of Suspended Curly Hair, de J. T. Miller, A. Lazarus, B. Audoly e P. M. Reis, e também mostrou uma visão física do estudo de formas capilares.

Krissia, que possui bacharel em Física Computacional e mestrado em Ciências pelo IFSC-USP, atuou como pesquisadora nas áreas de Processamento de Imagens e Reconhecimento de Padrões. Como aluna de mestrado, passou a estudar a área Física da Matéria Condensada, com foco no problema Kondo e no Grupo de Renormalização Numérica. Atualmente, é estudante de doutorado no Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, dedicando-se à pesquisa em Teoria do Funcional da Densidade.

Clique AQUI para conferir toda a programação do Journal Club.

Assessoria de Comunicação

3 de abril de 2014

Panorama Mundial das Usinas Nucleares

O IFUSP – Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP) promove no dia 10 de abril, pelas 16 horas, no Auditório Abrahão de Moraes (IFUSP), o colóquio subordinado ao tema Panorama Mundial das Usinas Nucleares, com a participação da professora Emico Okuno, do Instituto de Física da USP.

Okuno apresentará um panorama atual dos reatores nucleares do mundo, relacionando os que estão em operação, em construção e os desativados. Serão abordadas também questões relativas aos rejeitos nucleares.

O Auditório Abrahão de Moraes fica na Rua do Matão, travessa R, 187, na Cidade Universitária, em São Paulo.

Para mais informações, consulte o site da CP-IFUSP

Assessoria de Comunicação

2 de abril de 2014

Equipamento de Radiologia Digital Odontológica

O Anfiteatro Azul, localizado no edifício do LEF – Laboratórios de Ensino do Instituto de Física (IFSC-USP), recebeu no dia 02 de abril, pelas 12h50, o engenheiro Elizeu da Silva Ribeiro (IFSC), que por meio de mais uma iniciativa do Grupo de Óptica, apresentou o seminário intitulado Equipamento de Radiologia Digital Odontológica.

Atualmente, a maioria dos sistemas de radiologia odontológica é analógica, o que consiste na revelação de filmes, e isso implica o uso de substâncias químicas que causam diversos transtornos, como dificuldade no armazenamento, tempo de revelação e descarte.

ELIZEU_SILVA_RIBEIRO300O sistema de revelação digital elimina esses problemas, pois se baseia em materiais sensíveis aos Raios-X, que apresentam fotoluminescência e são reutilizáveis. Assim, em sua palestra, o especialista apresentou as vantagens de uma melhor resolução e facilidade no processamento da imagem, através desse método.

Elizeu Ribeiro possui graduação em Engenharia Elétrica pelo Centro Universitário Central Paulista e atualmente é engenheiro no Laboratório de Apoio Tecnológico do IFSC-USP. Possui especialização em Gerenciamento e Execução de Projetos e Inovação pela Agência USP de Inovação e no desenvolvimento de sistemas ópticos para equipamentos das áreas médica, odontológica, iluminação e sinalização.

Assessoria de Comunicação

2 de abril de 2014

Linguagem natural e a influência nas mídias sociais

O estudante de doutorado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Renato Fabbri, envolve-se frequentemente em projetos de temática social, especialmente em pesquisas que relacionam sociedade e meios tecnológicos. Dessa atividade resultou, inclusive, seu atual projeto de doutorado, orientado pelo docente do IFSC, Osvaldo Novais de Oliveira Jr., que consiste numa pesquisa sobre redes complexas e processamento de linguagem natural para o aproveitamento da sociedade.

Renato_FabbriPara dar corpo à tese, Renato elaborou experimentos, tendo como palco redes sociais, que consistiu principalmente no seguinte: fazer análises das relações virtuais e definir critérios para seu próprio relacionamento com tais redes.

Sendo assim, o pesquisador fez experimentos de difusão e coleta de informações. Para um destes experimentos, escolheu a rede social Facebook, através de seu próprio perfil, e a acionou da seguinte maneira: ordenou seus amigos por “conectividade”, ou seja, dos menos conectados (poucos amigos em comum com Renato) aos mais conectados (muitos amigos em comum com Renato). “Minha principal ideia foi a de escolher um tecido social e percorrê-lo, enviando mensagens e coletando o retorno destas pessoas. Comecei a enviar, primeiramente, aos menos conectados, que reconheci como ‘fronteira de mundo’, pois quase todos os amigos deles não são amigos meus, e acionar progressivamente os mais conectados, chamados ‘hubs'”, explica o pesquisador.

Depois de “ativar” os destinatários, ou seja, enviar uma mensagem para cada um deles (no caso, uma mensagem descrevendo sua pesquisa com redes complexas, resultados e propósitos), Renato coletou resultados interessantes. Um deles foi a observação da diferença nas reações das pessoas a cada vez que a rede era acionada. Na primeira vez que percorreu a rede, a reação foi de surpresa; na segunda ativação, o estranhamento e curiosidade deram lugar à colaboração na transmissão da informação; no terceiro envio, os usuários se prontificaram para se vincular ao trabalho, propondo visitas, troca de conhecimentos, apresentações, enfim, todo o tipo de colaborações e parcerias.

O título do trabalho, “Uso de redes complexas e processamento de linguagem natural para o aproveitamento das propriedades naturais das estruturas sociais”, a princípio de difícil entendimento, tem tudo a ver com o que foi dito até o momento. Isto é, a principal intenção do trabalho é um maior aproveitamento das estruturas sociais que já existem em rede (no caso do experimento citado, esse aproveitamento foi através do Facebook) pela sociedade, para fins que lhe sejam convenientes. “No experimento em questão, tentei entender como se dá a circulação de informações. Mas, através disso, é possível encontrar pistas para a conveniente circulação de várias outras coisas, como de bens ou de notícias da mídia independente, por exemplo”, afirma Renato.

Os diversos vínculos criados trouxeram resultados promissores ao projeto do doutorando: além do expressivo feedback dos usuários das redes sociais, parcerias foram concretizadas. As aproximações incluem acadêmicos de diversas Unidades da USP e de outras Universidades, como o antropólogo Massimo Canevacci (IEA/USP), a filósofa Marília Pisani (CCNH/UFABC), a psicóloga Deborah Antunes (UFC) e o linguista e matemático Bento Silva (FCL/Unesp). Incluem também instituições de renome, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Secretaria Geral da Presidência da República (SGPR). “Nas três rodadas de envio de mensagens, consegui, ainda, doações que somaram pouco mais de R$3 mil para investir no aprimoramento desse projeto”, conta Renato. “O termo ‘física antropológica’ é por vezes usado para definir este tipo de intervenção na própria rede, uma vez que, na metodologia utilizada, sou a própria ‘cobaia’ do estudo. O termo se deve, inclusive, às contribuições do professor Massimo, que é compreendido com um ‘antropólogo da cultura digital’.”

Renato_Fabbri-1O projeto continua caminhando a passos largos. Dos resultados colhidos até o momento, o pesquisador destaca as rotas que se formam para transmissão dos assuntos difundidos. “Mesmo pessoas que não se conheciam e não me conheciam, começaram a trocar informações. Foi algo muito bonito de ver! Sugerem veias cognitivas no tecido social”, comemora Renato.

Sobre as perspectivas futuras para o projeto, uma das frentes do trabalho é a observação da correlação entre traços topológicos e textuais, estudo em andamento e em parceria com pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, incluindo o físico Leonardo Maia (IFSC/USP) e, novamente, Marília Pisani e Deborah Antunes. Outra frente, mais prática, já se concretiza e é reforçada pela consultoria formalizada com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/ONU), uma colaboração chancelada pela SGPR, em consonância com tratados internacionais, para a orientação e proposição de aplicação destes experimentos e entendimentos na difusão e coleta de informações (e bens) para usufruto da sociedade, com especial atenção à gerência do Estado pela Sociedade, junto à própria Presidência. “Tudo está disponibilizado em tecnologias abertas, livres, para que a própria sociedade possa gerir o Estado, com maior entrega das possibilidades, incluindo transparência”, conclui o pesquisador.

Assessoria de Comunicação

1 de abril de 2014

Seleção de bolsistas para pós-doutorado

O Núcleo de Apoio à Pesquisa Nanofísica Quântica (NAP Q-NANO/IFSC-USP) abriu edital para seleção de candidatos para uma bolsa de pós-doutorado, em substituição, previstas no Programa de Apoio à Pesquisa da Reitoria da USP. A bolsa em questão terá vigência até 12 de agosto de 2014.

As inscrições ocorrem entre 1º de abril e 1º de maio sendo necessário que os candidatos cumpram os seguintes pré-requisitos: ser pesquisador portador do título de doutor, não ter vínculo empregatício e dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas de pesquisa, ser indicado pelo supervisor depois de selecionado e apresentar currículo atualizado e publicado na plataforma Lattes CNPq.

Os inscritos deverão enviar ao coordenador do NAP Q-NANO, José Carlos Egues de Menezes, a seguinte documentação: currículo Lattes e carta de intenções, com descrição da pesquisa realizada em seu programa de doutorado, enquadrada na área de concentração da chamada em questão (física da matéria condensada: fenômenos dependentes de spin).

A documentação deverá ser entregue no endereço do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP)- Avenida Trabalhador Sancarlense, 400, campus I, São Carlos-SP, Departamento de Física e Ciência Interdisciplinar, A/C Prof. José Carlos Egues de Menezes, Grupo de Física Teórica, sala 11, 1º andar, Prédio da Administração do IFSC.

Para acessar o edital da seleção, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

1 de abril de 2014

Pós-doutorado em Física Nuclear de Altas Energias

O Projeto Temático designado Física Nuclear de Altas Energias no RHIC e LHC, apoiado pela FAPESP, tem três oportunidades de Bolsa de Pós-Doutorado para pesquisa na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Desta forma, a USP oferece duas vagas para a pesquisa intitulada Física de quarks pesados no experimento ALICE, sendo que os candidatos devem possuir título de doutor em física de altas energias, conhecimento de inglês e/ou português, experiência em programação C++ e pelo menos uma publicação em revista revisada por pares.

Os interessados devem encaminhar os currículos ao pesquisador Marcelo Gameiro Munhoz munhoz@if.usp.br ou suaide@if.usp.br.

Para mais informações sobre a oportunidade, clique AQUI.

A outra vaga é oferecida pelo Grupo de Íons Pesados de São Paulo, no âmbito do projeto Fenomenologia de Hidrodinâmica em Colisões de Íons Pesados. O candidato trabalhará na Unicamp e espera-se que ele tenha experiência em física experimental de alta energia e na área específica do projeto.

Para concorrer a esta vaga, o candidato deve encaminhar currículo vitae e duas cartas de recomendação ao pesquisador Jun Takahahsi, através do email jun@ifi.unicamp.br

Clique AQUI para mais informações sobre a oportunidade.

A data-limite para inscrições é 10 de abril de 2014.

A vaga está aberta a brasileiros e estrangeiros. O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 5.908,80 mensais, acrescida de Reserva Técnica. A Reserva Técnica de Bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.

Caso o bolsista de PD resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio Instalação.

Para mais informações sobre a Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP, consulte o SITE.

Outras vagas de Bolsas de Pós-Doutorado, em diversas áreas do conhecimento, estão no site FAPESP-Oportunidades. Clique AQUI para consultar.

Assessoria de Comunicação

1 de abril de 2014

Palestra do Dr. Mandip Sachdeva

A Sala Celeste (IFSC-USP) recebeu no dia 31 de março, pelas 16h, o Dr. Mandip Singh Sachdeva, docente do College of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences, da Florida A&M University, que ministrou a palestra subordinada ao tema Nanoparticle constructs for targeting tumor cells and overcoming the skin barrier function: New paradigms.MANDIP_SACHDEVA300

Sachdeva, que cursou seu doutorado na Dalhousie University, no Canadá, em 1986, possui conhecimento em formulação de sistemas de transporte de drogas, tais como lipossomas, nanopartículas, microesferas poliméricas, e biomateriais para transporte de drogas de pequenas moléculas e proteínas, bem como sua avaliação in vitro e in vivo.

O pesquisador também possui vasta experiência em farmacologia do câncer, biologia e terapêutica, com ênfase em câncer de pulmão, câncer do pâncreas e co-culturas de linhas celulares de diferentes cânceres para estudo da angiogênese. Além disso, o pesquisador possui experiência em permeações, irritações e toxicologias de pele.

O Dr. Sachdeva atua também na área de sistemas de distribuição de inalação e nasal, com ênfase em proteínas e peptídeos de entrega e desenvolvimento de modelos in vitro para cicatrização de feridas e triagem de drogas anticâncer.

A Florida A&M University, também conhecida como Florida Agricultural and Mechanical University (ou FAMU), é uma universidade pública localizada em Tallahassee, no Estado da Flórida, Estados Unidos. O College of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences tem como principal objetivo preparar alunos para a área farmacêutica.

Assessoria de Comunicação

31 de março de 2014

Como planejar o futuro dos jovens estudantes

O decano e pioneiro do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas, foi a grande atração de mais uma edição do programa Ciência às 19 Horas, que mensalmente é organizado pelo nosso Instituto e cuja particularidade é ser um evento aberto à sociedade, onde são abordados diversos temas de interesse do público em geral, com a participação de especialistas das mais diversas áreas do conhecimento.campus_usp_-_sc300

A palestra que o Prof. Dr. Sérgio Mascarenhas proferiu no final da tarde do dia 25 de março, embora fosse essencialmente dedicada aos calouros que recentemente entraram no Campus – USP de São Carlos, despertou também o interesse de outro tipo de público, certamente interessado nas ideias, projetos e opiniões de uma personalidade que está intrinsecamente ligada com a Universidade de São Paulo e, consequentemente, com a cidade, que alberga outras importantes universidades, institutos e centros de pesquisa.

Dialogar com Sérgio Mascarenhas é, acima de tudo, penetrar numa fonte de conhecimento riquíssima, numa experiência de vida com 86 anos, é sentir o pulsar do coração do homem que continua a dar tudo de si como cientista e professor: é, enfim, entrar também no mundo e na rica história da própria Universidade de São Paulo que, com objetivos claros e definidos, soube se expandir para o interior do Estado.

Para Sérgio Mascarenhas, qualquer jovem estudante que entra na USP – São Carlos pode-se considerar vitorioso por ter atingido essa meta importante e por ter alcançado uma oportunidade única, entusiasmo esse que é contrabalançado pelo grau de responsabilidade que o estudante passa a ter ao ingressar na Universidade, até porque nele são depositadas todas as esperanças numa sociedade que o vê como o principal protagonista para o desenvolvimento nacional e internacional. O principal objetivo do Prof. Sérgio Mascarenhas é manifestar aos jovens alunos como cada um deles poderá aproveitar as grandes oportunidades que se lhe colocam pela frente, principalmente com o intuito de poderem usufruir das riquezas aliadas ao conhecimento, cultura, interdisciplinaridade e inovação, dentro de um ambiente formador e detentor de alto padrão, inclusive internacional.

Um aluno que passou no vestibular e que chega à Universidade de São Paulo, já é um privilegiado sobre vários aspectos: primeiro, porque ele entra numa universidade que é a melhor do Brasil e, sem dúvida, a melhor da América Latina. Aliado a esse fator e em segundo lugar, entrar no Campus de São Carlos é outro privilégio, porque a cidade de São Carlos é uma urbe relativamente pequena, mas suficientemente grande para satisfazer uma qualidade de vida muito elevada, principalmente se tivermos em conta as áreas intelectual, cultural, bem como a qualidade de vida comportamental que é oferecida aos jovens, onde eles podem não só conviver entre si, como também com outras gerações, entre as quais aquela que estou inserido, já que tenho 86 anos, comenta Sérgio Mascarenhas.

sergiom375Relativamente ao trabalho de docência e de pesquisa, Sérgio Mascarenhas sublinha que um professor só é considerado bom quando seu aluno for melhor que ele e, quando isso não acontece, a missão do mestre falha porque a cadeia foi cortada, o conhecimento não foi repassado, não foi melhorado, aprimorado. A mensagem que Sérgio Mascarenhas enviou para os alunos do Campus de São Carlos (USP), no decurso de sua palestra, foi que eles deverão estar muito atentos para o seu país, devendo-se preocupar com os destinos do Brasil, já que existe a necessidade absoluta de se pensar no desenvolvimento nacional através de uma nova filosofia, traduzida através da ciência, tecnologia e inovação, aliada a uma cultura humanística que faça dessa mesma ciência algo que traga benefícios para o ser humano, tal como aconteceu com a ideia do Renascimento: Acho importante dar dicas aos alunos de como devem estudar, quais os livros mais importantes que o jovem tem que ler sobre o Brasil e o mundo, colocando em todos eles questões como: Quem sou eu? Para onde vou? Que farei dessa vida jovem que tenho e que é o maior potencial que o Brasil tem? O que é que eu vou fazer do Brasil, enfatiza o mestre.

O pesquisador do IFSC-USP também se mostra bastante preocupado com o êxodo de alunos de excelência para universidades e grandes centros de pesquisa existentes no exterior, defendendo que há necessidade urgente de implementar uma política que incentive essas jovens mentes brilhantes a regressar ao seu país de origem, nem que seja por períodos anuais ou semestrais, caso seus desejos sejam de fato residir no estrangeiro: Nada impede esses jovens ficarem no exterior, mas seria bom que pelo menos pudessem trazer de lá o benefício da experiência que estão tendo. Eu chamo isso de “Brain Gain”; neste momento, o que estamos assistindo é um “Brain Drain”, ou seja, a fuga de cérebros. Sérgio Mascarenhas confirmou que há cerca de trinta anos realizou dois projetos nesse sentido, quando da criação do Departamento de Física da UNICAMP, tendo apresentado também, recentemente, alguns projetos nesse sentido junto do CNPq, FAPESP e MEC, uma missão que, para ele, precisa ser completada.

Quando questionado sobre o longo caminho percorrido na área da ciência e do ensino, Sérgio Mascarenhas salientou que aprendeu muito com os erros que cometeu e que, por isso, pensa sempre em um futuro mais brilhante, na tentativa de sempre poder fezer melhor do que já fez até o momento: Não gosto de viver no passado. Todavia, viver do passado tem uma vantagem e uma desvantagem e explico sempre isso utilizando a frase de um amigo meu: ‘Quero que a passagem seja o meu conselheiro, mas não o meu ditador’. Eu penso muito mais no futuro do que no passado e, se não for assim, sou pedra no caminho do poeta, conclui Sérgio Mascarenhas.

Assessoria de Comunicação

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