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27 de março de 2014

A contribuição do IFSC-USP na efeméride

Por meio de uma deliberação da Assembleia Geral das Nações Unidas, celebra-se, em 2014, o Ano Internacional de Cristalografia, uma efeméride que tem o objetivo de reconhecer a importância desta ciência para a compreensão da natureza, bem como comemorar aIYC determinação da primeira estrutura cristalina, realizada em 1914 pelo físico australiano William Lawrence Bragg.

Além disso, o Ano Internacional da Cristalografia tem como outros objetivos primários aumentar a conscientização do público sobre a ciência da cristalografia e como ela sustenta a maioria dos desenvolvimentos tecnológicos em nossa sociedade moderna; inspirar os jovens através de exposições públicas, conferências e demonstrações práticas nas escolas, ilustrar a universalidade da ciência, promover a colaboração internacional entre cientistas de todo o mundo e promover a educação e pesquisa em cristalografia e sua interligação com outras ciências correlatas.

Para comemorar este Ano Internacional, o Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) realizará entre os dias 22 e 24 de setembro deste ano, no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron – Campinas, uma série de apresentações científicas com pesquisadores convidados, rg175tendo como ponto de partida trabalhos na área de biologia estrutural. O evento, designado Latin American Summit Meeting on Biological Crystallography and Complementary Methods, será como uma vitrine para o progresso que tem sido feito ao longo dos últimos vinte e cinco anos na área de cristalografia de proteínas e de áreas correlacionadas.

A escolha do local para este encontro se deve à construção do Sirius, nova fonte de luz síncrotron brasileira, o acelerador que representa o potencial da região para se tornar um dos grandes destaques da biologia estrutural.

O workshop organizado pelos docentes Glaucius Oliva (IFSC-USP), Antonio José Roque (LNLS-CNPEM), Iris Torriani (UNICAMP, IUCr), Kleber Gomes Franchini (LNBio-CNPEM), Richard Garratt (IFSC-USP) e Andre LB Ambrosio (LNBio-CNPEM), será integrado pelos seguintes palestrantes: Adriana Rojas (Espanha), Alejandro Vila (Argentina), Alejandro Buschiazzo (Uruguai), Beatriz Gomes Guimarães (França), Daniel Guerra (Peru), Fernando Goldbaum (Argentina), Glaucius Oliva (Brasil), Graciela Russomano (Paraguai), Juan Carlos Fontecilla (França), Luis Brieba (México), Martha Bunster (Chile), Pedro Alzari (França) e Raul Padrón (Venezuela). Além destes palestrantes, o evento também contará com a presença de Ada YonEDUARDO_HORJALESath, ganhadora do prêmio Nobel de Química em 2009.

Por outro lado, mas dentro do mesmo parâmetro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) promoverá entre os dias 8 e 16 de abril de 2014, o workshop Macromolecular Crystallography School: from data processing to structure refinement and beyond, que decorrerá no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas , no nosso Instituto.

O evento, voltado a estudantes de doutorado, pós-doutorado e jovens cientistas, é coordenado pelos docentes Eduardo Horjales (IFSC), Richard Garratt (IFSC), Ronan Keegan e Garib Murshudov (CCP4), e Alejandro Buschiazzo (Institut Pasteur de Montevideo).

A organização do evento, que trará diversas palestras, resoluções de problemas e tutoriais relacionados com cristalografia macromolecular, envolvendo o processamento de dados de difração, fase e estrutura de determinação e modelos refinados de validação, selecionará vinte alunos para serem beneficiados com bolsas integrais de participação.

O Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, teve sua origem na década de 60, através do trabalho pioneiro da Profa. Dra. Yvonne P. Mascarenhas, que iniciou seus primeiros projetos em Estrutura de Moléculas Pequenas e yvonnemEstudos de Materiais.

Tendo destaque tanto no âmbito nacional quanto internacional, o Grupo de Cristalografia do IFSC-USP prossegue com suas atividades de pesquisa, ensino e extensão, nas áreas de Cristalografia Estrutural, Cristalografia em Ciência dos Materiais, Polimorfismo em Cristais, Cristalografia de Proteínas, Modelagem Molecular, Biologia Molecular, Planejamento de Fármacos, Química Medicinal e Computacional.

O Grupo de Cristalografia do IFSC sedia o Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural – CBME, um dos CEPIDs da FAPESP (Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão), com diversos projetos de pesquisa em áreas aplicadas a doenças infecciosas tropicais e outras patologias humanas como câncer e osteoporose, bem como no estudo de patógenos de plantas de interesse ao agronegócio nacional. Além disso, o grupo do Instituto de Física de São Carlos desenvolve atividades de difusão e divulgação científicas voltadas a estudantes dos ensinos fundamental e médio, bem como ao diverso público de sua comunidade.

Assessoria de Comunicação

26 de março de 2014

Quantum phase transitions in a disordered Fermi liquid

Por meio do programa Café com Física, decorreu no dia 26 de março, pelas 16h30, na SalaCAF300 F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), a palestra intitulada Quantum phase transitions in a disordered Fermi liquid and the metal-insulator transition in two dimensions, ministrada pelo Prof. Alexander Punnoose, do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (IFT-UNESP).

Em sua dissertação, o docente discutiu o progresso teórico recente de sua compreensão dos líquidos de Fermi desordenados no contexto da teoria de escala, ferramenta analítica mais promissora disponível para compreender a física dos sistemas desordenados.

Além disso, o professor também argumentou que a transição metal-isolante, quando observada em duas dimensões, corresponde a um ponto crítico quântico.

Por fim, o especialista detalhou os resultados de diversos experimentos ao testar as previsões da teoria de escala.

Clique AQUI para acessar os Colóquios do IFSC-USP.

Assessoria de Comunicação

26 de março de 2014

Mechanics of the cell interface studied by model membrane systems

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) recebeu no dia 26 de março, pelas 12h50, no Anfiteatro Azul (LEF), a Profa. Dra. Margarida Staykova, do Departamento de Física e Química da Durham University, do Reino Unido, que ministrou o seminário Mechanics of the cell interface studied by model membrane systems.

Organizado pelo grupo de Óptica do Instituto, a palestra teve como foco a interface celular, que é resistente, ajustável e pode facilmente adaptar a sua área de superfície e morfologia às novas condições. Staykova usa os sistemas de modelos simplificados da interface celular e microscopia óptica para entender como as propriedades físicas de seus constituintes e suas interações dão ritos para tal superfície funcional.MARGARITA_STAYKOVA1-300

Deste modo, a palestrante discutiu suas recentes descobertas sobre a capacidade das membranas lipídicas para deformar e fluir sob perturbações mecânicas e no estado de acoplamento para estruturas celulares vizinhas.

Seu programa de experimentação visa lançar luz sobre mecanismos moleculares e físicas de macanotransdução em células, bem como aplicar estes princípios no projeto de biointerfaces sensíveis mecanicamente para aplicações biológicas e biomédicas.

Após terminar seus estudos de graduação em Biofísica na Universidade de Sofia, Bulgária, a Dra. Staykova foi para Alemanha, através de uma bolsa do DAAD, para fazer o seu doutoramento com o Prof. J. Gimsa, na Universidade de Rostock, onde se formou em 2006. Durante esse tempo ela estudou teoricamente a interação de campos eletromagnéticos de alta frequência com a mídia e celulares, em particular, com as membranas lipídicas.

Com um pós-doutorado no grupo do Dr. R. Dimova, no Max Planck Institute – Colóides e Interfaces (Alemanha), ela mudou para um projeto experimental no electro-manipulação e vesículas lipídicas. Em 2009, a especialista se mudou para a Universidade de Princeton, para o grupo do Prof. Howard A. Stone, tendo lançado as bases de sua pesquisa atual sobre biofísica de membranas biológicas. Desde outubro de 2013 é professora no Departamento de Física e Química da Durham University.

Fundada em 1893, a Durham University, além de ser a primeira universidade do país aberta há mais de seiscentos anos, é a terceira instituição de ensino superior mais antiga da Inglaterra.

Assessoria de Comunicação

26 de março de 2014

Grupo de Biotecnologia Molecular

O Grupo de Biotecnologia Molecular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) abriu processo de seleção para bolsistas de Treinamento Técnico nas modalidades TT-2 e TT-3 (FAPESP).

A bolsa TT-2 é direcionada a alunos do último ano ou egressos do nível médio técnico, sem reprovações em seu histórico escolar e sem vínculo empregatício.

Já a bolsa na modalidade TT-3 é para alunos graduados do nível superior, sem reprovações em seu histórico escolar e sem vínculo empregatício. O tempo de duração da bolsa TT-3 será descontado caso o interessado venha a usufruir de bolsas diretas de Mestrado ou Doutorado.

Nos dois casos (TT-2 e TT-3) será exigida dedicação de 16 a 40 horas semanais a atividades de apoio ao projeto de pesquisa.

Os valores pagos serão proporcionais ao número de horas semanais. Para as modalidades TT-2 e TT-3 com 40 horas de dedicação, o valor atual é de R$ 703,20 e R$ 984,30, respectivamente.

O candidato deverá atuar em projetos voltados à aplicação de técnicas de biologia molecular e bioquímica nas áreas de bioenergia renováveis, etanol celulósico e “química verde”.

Os interessados deverão enviar uma carta de motivação, histórico escolar e curriculum vitae aos cuidados de Maria Auxiliadora Morim Santos no e-mail santosma@ifsc.usp.br

As vagas serão preenchidas conforme os candidatos adequados sejam identificados.

Assessoria de Comunicação

26 de março de 2014

Mestrando do IFSC-USP lança livro científico

Relógio Atômico Compacto é o título do livro publicado recentemente pela editora Novas Edições Acadêmicas, da autoria do mestrando do IFSC-USP, André de Freiras Smaira, em parceria com o Prof. Daniel Varela Guimarães (EESC-USP) e com a Dra. Stella Torres Müller (IFSC-USP).

Com oitenta páginas e segundo as informações que constam na andre300Aprópria publicação, o conteúdo procura responder, primeiramente, à pergunta “O que é e como funciona um relógio atômico e qual a diferença para um relógio compacto”, explicando desde sua estrutura até seu ciclo de funcionamento, passando pelos métodos de resfriamento, aprisionamento, interrogação e detecção dos átomos. O livro explica também as principais diferenças entre o TAC (nosso relógio compacto) e um relógio atômico geral, com aplicações, cálculos e simulações relativas a cada assunto.

Graduado e mestrando em Física Computacional pelo IFSC-USP, André Smaira, 23, atua na área de teoria em Física Atômica e Molecular, na sub-área de Átomos Frios, tendo como seu orientador o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC-USP).

A história da publicação de seu livro inicia-se com um convite da editora Novas Edições Académicas – cuja especialidade é a publicação de artigos científicos e dissertações -, após a publicação, no início de 2013, de um artigo de André na Revista Brasileira de Ensino de Física: nessa altura, o jovem aluno estava no meio de sua graduação. Sem muito material para aceder ao convite da editora, André Smaira resolveu o problema reunindo todos os seus relatórios de iniciação científica, criar links entre eles e adaptar seus textos para uma leitura mais linear: o livro_vander-100resultado está à vista.

André nasceu na cidade de São Paulo, tendo-se mudado para Minas Gerais, onde reside atualmente. Ingressou no IFSC-USP após ter participado na Escola de Física Contemporânea – 2008, organizada por nosso Instituto: Estava participando nessa escola e, de repente, vi um folder promocional dos cursos de física e os meus olhos se fixaram no Curso de Física Computacional. Foi uma espécie de transe e aqui estou, finaliza André Smaira.

Quanto ao seu futuro, André afirma que irá fazer o seu doutorado e o pós-doutorado no IFSC-USP, mas ainda não sabe se optará pela academia ou pelo setor produtivo, sendo que seu sonho é ser pesquisador ou programador numa grande empresa, tipo Google, IBM, etc.

Para os nossos alunos, fica aqui o exemplo da determinação, entusiasmo e entrega de André aos seus projetos, enquanto que para os nossos docentes fica a satisfação, em face aos resultados obtidos.

Assessoria de Comunicação

25 de março de 2014

Pró-Reitor apresenta diretrizes para a graduação da Universidade

O IQSC – Instituto de Química de São Carlos recebeu no período da tarde do dia 21 de março a visita do Pró-Reitor de Graduação da USP, docente e ex-diretor do IFSC-USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, que participou de um encontro com professores e alunos daquela Unidade da Universidade de São Paulo, abordando as novas diretrizes da graduação da Universidade de São Paulo lançadas no início desta nova gestão.

Tendo sublinhado que, pelo fato de ter dedicado quase catorze anos ao trabalho de divulgação científica – com a última experiência positiva alcançada com a criação da Assessoria de Comunicação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) -, o Pró-Reitor de Graduação informou que essa mesma metodologia e projeto estão já sendo implantados na Pró-Reitoria de Graduação da USP. Já no aspecto da Graduação na Universidade, que está sob sua alçada direta, Hernandes afirmou que a formação de alunos tem que abandonar o caminho estritamente técnico que foi trilhado nos últimos anos, havendo necessidade de estimular todas as unidades da USP para que olhem mais atentamente para as grades dos cursos, por forma a que os alunos desenvolvam outras atividades, para além das que são essencialmente letivas, tendo dado o exemplo das áreas de cultura, lazer e desporto, complementaridades que estarão sob a responsabilidade de cada unidade. Antonio Carlos Hernandes também enfatizou a necessidade de se poder permitir que alunos de determinada unidade possam fazer disciplinas em outra, incentivando-se, assim, a mobilidade interna como um todo, dando respaldo a uma demanda antiga dos estudantes, exatamente para que possa existir espaço para outras atividades, não só em períodos noturnos: As congregações deverão decidir sobre essa reformulação curricular, cabendo apenas à Pró-Reitoria de Graduação da USP dar um aval rápido a essa decisão, após uma análise ágil e sucinta. Estou esperançado que antes de Setembro ou Outubro deste ano tudo isso possa já estar implantado, sublinhou Hernandes.

Outro ponto ressaltado por Hernandes disse respeito à recuperação – necessária e urgente – de muitos espaços físicos da Universidade de São Paulo dedicados ao esporte, uma questão que já foi abordada recentemente com as Académicas da USP, tendo informado que irá dar todo o apoio para a reforma de todas essas infraestruturas espalhadas pelos diversos campi, contado para isso com o apoio das autarquias no sentido de minimizar ou mesmo anular impactos orçamentários negativos para a Universidade.

Outro ponto focado pelo Pró-Reitor de Graduação foi a Valorização da Graduação: Em vinte e cinco anos de existência da Pró-Reitoria de Graduação, nunca se entendeu muito bem porque é que essa valorização não foi feita. Já constituímos um grupo de trabalho para avançar nesse tema, mexendo, inclusive, na estrutura da carreira, de modo a criar possibilidades para que pessoas que tenham a qualificação ideal possam ser contratadas mesmo sem o título de doutor, como é o caso, por exemplo, de docentes de diversas áreas das artes, ou mesmo professores de Libras: neste último caso, já é difícil encontrar um profissional dessa área, sendo quase impossível achar um com doutorado. Temos que trazer essas pessoas e temos cerca de cento e vinte dias para apresentar respostas para isso, elucidou Hernandes.PRG_-_HERNANDES_350-MAR2014

Outro ponto mencionado pelo Pró-Reitor de Graduação teve a ver com a evasão de alunos na USP, um fato que, pare ele, não constitui problema, já que tem de se olhar a Universidade de forma global, abrangente. Hernandes afirmou que, ao contrário do que se pensa, a Universidade de São Paulo tem três mil alunos a mais do que deveria ter (total atual=58.000), pelo que a preocupação está na retenção de alunos na USP e não na evasão, que representa, em muitos casos, uma segunda titulação, erros de reflexão sobre os cursos escolhidos, falta de vocação, etc.. Contudo, é a forma de ingresso de alunos na USP que preocupa Hernandes, já que, para o Pró-Reitor de Graduação o vestibular não é o melhor mecanismo e já deixei isso claro em conversa mantida recentemente com responsáveis pela FUVEST. Embora seja um meio necessário, existem outras formas de se garantir a diversidade dentro da USP, de outros mecanismos de ingresso para determinados cursos, sem ser através do vestibular.

Já no que diz respeito à Inclusão, a USP está já em contato permanente com a UNICAMP e UNESP para, juntas, delinearem caminhos e estratégias mais eficazes. Hernandes sublinhou, na sua palestra, que tentar atingir 50% dos alunos das escolas públicas, tal como indica o governo, vai ser muito difícil, até pelas características dos ensinos fundamental e médio brasileiro, que está abaixo das expectativas: Todo mundo tem uma solução mágica para a Graduação, enfatizou, com humor, o palestrante. A USP tem que dar um passo em frente e contaminar as restantes universidades e o próprio Estado para uma transformação real dos ensinos básico e médio, começando, inclusive, pela valorização dos professores. Desde quando se pode cativar um professor com um salário de R$ 1.800,00? Já esperamos muito tempo para dar este passo e agora está na hora de fazê-lo”, sublinhou Hernandes. Na sua fala, o palestrante indicou que se deve aproveitar o potencial que existe nas três universidades estaduais paulistas e entrar com eficácia no seio da sociedade. Para isso, a proposta é tentar validar as disciplinas que são feitas nas três universidades, no sentido de poder oferecer, inclusive, um duplo-diploma reconhecido pelas três instituições, para determinados cursos.

Os últimos dois temas abordados por Antonio Carlos Hernandes focaram a internacionalização, e a divulgação científica. Quanto ao primeiro, o orador salientou a expansão rápida da mobilidade internacional entre estudantes, através do programa federal Ciência sem Fronteiras, mas sublinhou, em contraponto, o controlo deficitário dos alunos que saíram para esse programa, bem como a qualidade dos mesmos, em termos académico-científicos. A USP está já marcando reuniões com a CAPES e CNPq no sentido de que as universidades públicas paulistas possam compartilhar do referido programa.

Já na área da divulgação científica, Hernandes informou que a Pró-Reitoria de Graduação está já reformulando o seu site e que em colaboração estreita com as assessorias de comunicação instaladas nas diversas unidades dos campi da USP se fará uma identificação de quais as profissões que os alunos optam quando saem da universidade, informações essas que irão estar disponíveis, num futuro próximo, aos públicos internos e externos da Universidade.

Rematando sua palestra, Antonio Carlos Hernandes enfatizou que todo esse trabalho, esse projeto, é para ser executado ainda este ano e que existe a necessidade urgente de promover o diálogo e a interação entre as unidades da USP, principalmente na área de Graduação, tendo em vista um objetivo maior, que é a formulação da política de ciência básica e de ensino superior no país para os próximos anos.

Assessoria de Comunicação

24 de março de 2014

IFSC-USP recebe melhores alunos do Brasil

O Instituto de Física de São Carlos (USP) recebe, no decurso desta semana, 17 alunos de OIF1-300todo o Brasil para as provas de seleção para a formação das equipes que representarão o Brasil na Olimpíada Internacional de Física – 2014, que este ano decorrerá na cidade de Astana, Casaquistão, e na Olimpíada Iberoamericana de Física – 2014, que ocorrerá na cidade de Assunção, Paraguai.

Durante este período, os alunos serão submetidos a duas provas teóricas e duas avaliações experimentais, que decorrerão no IFSC-USP, sendo que ambas as avaliações terão como base o programa da Olimpíada Internacional de Física (IPHO).

A divulgação dos resultados finais ocorrerá até o próximo dia 11 de abril.

Alunos selecionados nos diversos estados:

Ceará: Alan Machado Dias; Felipe de Castro Silva; Gabriel Bandeira Farias; Gabriel Oliveira Martins; Jefferson Gabriele Collaço; João Lucas Miranda Francelino; Kevin de Lima Alves; Marcos Moreira Saraiva; Matheus Carius Castro; Pedro Alves de Souza Neto; Pedro Jorge de Luz Alves; Victor da Rocha Sales e Matheus Carioca Sampaio.

Pernambuco: Matheus Dias Maciel.

Piauí: Pedro Jorge Luz Alves Cronemberger;

São Paulo: Augusto Damschi Bernardi; Daniel Mitsutani e Henrique Martinez Rocamora.

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Na foto acima, os 17 alunos selecionados, acompanhados pelos professores e por responsáveis pelas provas de seleção, momentos antes da realização da primeira prova teórica (IFSC-USP).

Assessoria de Comunicação

24 de março de 2014

Profa. Judith Howard dá palestra no IFSC-USP

A renomada pesquisadora britânica, Profª Judith Howard, do Departamento de Química da Durham University (UK), visitará o nosso Instituto no próximo mês Sciencefrontpagede maio, estando programada a realização de uma palestra para o dia 21 desse mês, em local e horário que serão anunciados em breve.

Neste mês de março, a pesquisadora britânica foi destaque – com chamada integral de capa – na prestigiada revista científica “Science”, com a publicação do trabalho intitulado “Cutting-Edge Techniques Used for the Structural Investigation of Single Crystals”, sendo que essa edição da revista constituiu um número especial dedicado às comemorações do Ano Internacional da Cristalografia, efeméride que assinala a passagem do primeiro centenário da introdução desta área científica.

Recorde-se que a Profª Judith Howard foi uma das palestrantes convidadas durante a cerimônia de abertura do Ano Internacional da Cristalografia (UNESCO), que ocorreu em janeiro último, em Paris (França), sublinhando-se o fato de ela ter sido presidente da Associação Britânica de Cristalografia entre os anos de 1992 e 1996.

Confira AQUI o trabalho científico publicado na revista “Science”, da autoria de Judith Howard (Durham University – UK) e Michael Probert (Newcastle University – UK).

Assessoria de Comunicação

24 de março de 2014

Mechanics of the cell interface studied by model membrane systems

No dia 26 de março, pelas 12h50, no Anfiteatro Azul do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), a Dra. Margarita Staykova, do Departments of Physics and Chemistry – Durham University (UK), apresentará o seminário subordinado ao tema Mechanics of the cell interface studied by model membrane systems, um evento acadêmico Margarita_Staykova2_Weborganizado pelo Grupo de Óptica do IFSC-USP.

A interface celular é resistente, ajustável e pode facilmente adaptar a sua área de superfície e morfologia às novas condições, sendo que Staykova usa os sistemas de modelos simplificados da interface celular e microscopia óptica para entender como as propriedades físicas de seus constituintes e suas interações dão ritos para tal superfície funcional.

Assim, em sua palestra, a pesquisadora discutirá suas recentes descobertas sobre a capacidade das membranas lipídicas para deformar e fluir sob perturbações mecânicas e no estado de acoplamento para estruturas celulares vizinhas.

Os objetivos de seu programa de experimentação visam elucidar sobre os mecanismos moleculares e físicos de macanotransdução em células e aplicar esses princípios no projeto de biointerfaces sensíveis mecanicamente para aplicações biológicas e biomédicas.

A Dra. Staykova terminou seus estudos de graduação em Biofísica da Universidade de Sofia, Bulgária. Pouco depois foi para Alemanha, através de uma bolsa do DAAD, para fazer o seu doutoramento com o Prof. J. Gimsa, na Universidade de Rostock, onde se formou em 2006. Durante esse tempo ela estudou teoricamente a interação de campos eletromagnéticos de alta frequência com a mídia e celulares, em particular, com as membranas lipídicas. Com um pós-doutorado no grupo do Dr. R. Dimova, no Max Planck Institute – Colóides e Interfaces (Alemanha), ela mudou para um projeto experimental no electro-manipulação e vesículas lipídicas. Em 2009, ela se mudou para a Universidade de Princeton, para o grupo do Prof. Howard A. Stone, tendo lançado as bases de sua pesquisa atual sobre biofísica de membranas biológicas. Desde outubro de 2013 é professora no Departamento de Física e Química da Durham University.

Fundada em 1893, a Durham University é uma instituição de ensino superior localizada na cidade de Durham, no norte da Inglaterra e é a terceira mais antiga instituição de ensino superior do Reino Unido.

Assessoria de Comunicação

24 de março de 2014

Prof. Sérgio Mascarenhas dialoga com calouros

“Entrar na USP – São Carlos é uma grande vitória e uma oportunidade única”. Este é o preâmbulo da palestra que o Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) fará no próximo dia 25 de março, a partir das 19 horas, em mais uma edição do programa “Ciência às 19 Horas”, particularmente dedicada aos calouros que começam agora sua vida acadêmica no Campus USP – São Carlos.

O pioneiro do Instituto de Física de São Carlos, que dá seu nome ao Auditório do Instituto onde decorrerá o evento, irá abordar o grau de responsabilidade que o estudante passa a ter ao ingressar na USP, até porque nele são depositadas todas as esperanças numa sociedade que o vê como o principal protagonista para um desenvolvimento nacional e internacional.

Sérgio Mascarenhas ainda mostrará, na sua apresentação, como o estudante poderá aproveitar as grandes oportunidades que se lhe colocam na Universidade de São Paulo para usufruir das riquezas aliadas ao conhecimento, cultura, interdisciplinaridade e inovação, dentro de um ambiente formador de um alto padrão, inclusive internacional.

Assessoria de Comunicação

23 de março de 2014

O GNano como contributo para a área de Nanomedicina

Graduado em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mestre e doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais pela mesma universidade, Valtencir Zucolotto é, atualmente, livre docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e a maior parte de seus trabalhos concentra-se na promissora área de nanotecnologia. Até o momento, Valtencir já publicou mais de 125 artigos em revistas internacionais e oito capítulos de livros, além de ter ganhado destaque em diversas mídias do país por suas pesquisas relacionadas à nanomedicina e nanotoxicologia. Abaixo, confira uma entrevista que o docente concedeu ao site do IFSC, na qual fala sobre projetos já realizados, parcerias e planos futuros relacionados aos estudos desenvolvidos por seu grupo de pesquisa no Instituto.

Você pode traçar um breve histórico sobre o Grupo de Nanomedicina e Nanotecnologia (GNano) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que é GNano-Zucocoordenado por você?

Sempre trabalhei com nanomateriais. Durante meu pós-doutoramento, comecei a trabalhar com a interface entre nanomateriais e biomateriais para biossensores. Logo que passei no concurso para ser professor do IFSC, em 2006, comecei a me aprofundar ainda mais nessa interface. Foi quando nasceu o Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicidade, o LNN, com a principal temática de desenvolvimento e aplicação de materiais nos problemas da medicina. Recentemente, essa temática foi expandida, também, para o estudo de todo potencial tóxico de nanomateriais para saúde, agricultura e meio ambiente, quando foi criado o grupo GNano. Nosso grupo de pesquisa é altamente multidisciplinar, e temos físicos, químicos, engenheiros, biólogos e farmacêuticos, somando cerca de 20 pesquisadores, desde alunos de iniciação científica até pós-doutores.

Sobre as pesquisas desenvolvidas no GNano, quais são aquelas que ainda estão em andamento?

O foco é o design e desenvolvimento de novos materiais para diagnóstico e terapia do câncer e o estudo da toxicologia de nanomateriais na saúde e no ambiente.

De todas as pesquisas que vem sendo desenvolvidas, quais são as parcerias que vêm sendo feitas, tanto com centros de pesquisa nacionais como também internacionais?

Por ser uma área multidisciplinar, precisamos de parcerias. Portanto, além das parcerias com vários grupos de pesquisa e docentes do próprio IFSC, nós temos colaborações com pesquisadores da Faculdade de Medicina [FM/USP], do Instituto do Coração [Incor/USP] e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto [FMRP/USP]. Além disso, estamos inseridos dentro de duas redes de pesquisa: uma coordenada pela professora Yvone Mascarenhas [IFSC/USP], da qual sou vice-coordenador, que é a Nanobiotec da CAPES, na qual vários grupos de pesquisa do Brasil participam, somando cerca de 60 pesquisadores. A outra é uma rede de nanotoxicologia do CNPq, da qual sou coordenador, e nela há cinco instituições envolvidas, entre elas Embrapa, FMTM [Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro] e Universidade Federal do Piauí [UFPI]. Esse é nosso cenário no Brasil. No exterior, temos colaborações com o MD Anderson Cancer Center , hoje talvez o maior hospital de oncologia pediátrica dos Estados Unidos; temos colaborações na área de biossensores com a Université Joseph Fourier [França ] e com a Universidad de Valladolid [Espanha]. Inclusive, nos últimos anos, muitos alunos nossos têm ido para esse locais e vice-versa, apoiados pelos programas de intercâmbio do IFSC. Outra grande parceria nossa é com o México, através do CIMAV [Centro de Investigación en Materiales Avanzados], do Cinvestav [Centro de Investigación y de Estudios Avanzados del Instituto Politecnico Nacional]. Finalmente, temos uma colaboração que reúne IFSC, FM e Universidade do Porto [Portugal].

Sobre a pesquisa com células-tronco, realizada pelo GNano, para o monitoramento dessas células implantadas no organismo, através de nanomateriais, quais são as perspectivas?

É uma colaboração com pesquisadores do Incor e com pesquisadores do Instituto de Física [IF/USP]. A ideia é desenvolver um método de acompanhamento das células-tronco através da incorporação de partículas magnéticas que não tenham problemas de toxicidade no organismo de forma que, ao implantá-las, seja possível, por ressonância magnética por imagem, saber onde estão essas células dentro da veia coronária, perto do coração, se não estão indo para locais diferentes. Já vimos que conseguimos incorporar essas nanopartículas nas células-tronco, que conseguimos vê-las por ressonância magnética, mas in vitro. No momento, estamos fazendo testes com animais para tentar fazer essa visualização. Na realidade, essa é uma pesquisa que está andando mais devagar.

Já sobre a pesquisa que faz a quantificação dos hormônios da tireoide, quais são as projeções futuras?

Essa é uma colaboração com o Grupo de Biotecnologia Molecular do IFSC, coordenado pelo professor Igor [Polikarpov]. Ele produziu o receptor nuclear e nós transformamos essa molécula num dispositivo, um chip de detecção, descartável, com a possibilidade de identificar e, em alguns casos, de quantificar os principais hormônios da tireoide. No nível acadêmico, todas as etapas já foram realizadas, ou seja, já provamos a viabilidade científica, patenteamos e publicamos o artigo científico em revista internacional. Daí para frente, vamos avançar se houver interesse de alguém ou de alguma indústria de desenvolver protótipos para uma possível comercialização.

Caso amanhã aparecesse uma empresa disposta a comercializar esse chip, quanto tempo levaria para que começassem os testes humanos?

Nesse caso específico, como não se trata de um teste feito dentro do corpo humano, ou seja, faz-se com amostras de humanos, demora menos tempo. Mas, ainda assim, levam anos, de dois a quatro, no mínimo.

Em relação à pesquisa que faz o diagnóstico precoce da diabetes, em que patamar ela se encontra?

O chip da diabetes, resultado de uma pesquisa financiada pelo CNPq e coordenada por mim, é o tema de uma dissertação de mestrado de uma de minhas alunas. A ideia é criar um chip capaz de identificar e codificar uma proteína, a adiponectina, e medir a diminuição dessa proteína em amostras e a relação com o desenvolvimento da diabetes tipo 2. Há alguns estudos na literatura que mostram essa relação, ou seja, por alguma “desajuste” fisiológico, uma variação negativa da quantidade de adiponectina pode indicar o aparecimento futuro ou a chance do desenvolvimento da diabetes tipo 2. Baseados nessas informações da literatura, iremos desenvolver um chip que quantifique a adiponectina de maneira rápida. Isso não existe, hoje. Estamos focados na produção do chip que, por amostras de sangue do paciente, irá monitorar e ver o nível da adiponectina e o médico é que saberá interpretar esse resultado. Isso eliminará os exames caros e demorados feitos, hoje, em laboratórios para esse tipo de diagnóstico. Já estamos na metade do projeto de mestrado, conseguimos alguns resultados de detecção. O que está faltando, somente, é a otimização do dispositivo.

Sobre a pesquisa de diagnóstico rápido e mais barato de leucemia, nota-se, pelas pesquisas citadas anteriormente, que a mesma metodologia foi utilizada. Você pode dizer o que tem em comum na metodologia para todas elas e quais são as diferenças?

O que tem em comum é sempre a utilização de nanotecnologia para resolução de problemas médicos, isso permeia todos esses trabalhos. O que tem de diferente é que, no caso da leucemia, desenvolvemos um novo material com grande capacidade de enxergar células leucêmicas e outras tumorais. Uma parte já foi feita e, inclusive, com a patente em andamento. Agora, já desenvolvemos um chip que usa esse nanomaterial para fazer, por outra medida eletroquímica, e não óptica, a detecção de células leucêmicas. Agora, entraremos na terceira etapa: tratamento. Nesse caso, as nanopartículas levarão o remédio para as células leucêmicas para ver se, a entrega localizada do remédio, feita pela nanopartícula, é mais eficiente do que, simplesmente, aplicar o remédio no paciente. Isso é uma colaboração com pesquisadores do hemocentro de Ribeirão Preto [USP]. Já fizemos os testes in vitro e em Ribeirão já foram feitos testes com animais. Muito em breve teremos um novo artigo [científico] sendo processado. Portanto, a temática da leucemia está relacionada ao diagnóstico e à terapia, utilizando-se nanopartículas.

No que se refere à nanotecnologia aplicada à agricultura, você pode explicar melhor?

No GNano, nós também temos a utilização de nanomateriais no agronegócio, além do estudo da toxicidade desses materiais ao meio ambiente. Uma nova área no GNano é o estudo da toxicidade dos materiais para saúde, e sobre isso já temos diversos artigos publicados nas melhores revistas científicas internacionais. O que começamos a estudar recentemente é essa toxicidade no meio ambiente, ou seja, como os nanomateriais que vão para os rios ou qualquer outro ambiente aquático afetam algas, peixes etc. Temos duas alunas de pós-doutorado com projetos voltados a essa área. Na agricultura, fazemos pesquisas para desenvolver novos materiais que visam à melhora da eficiência para aplicação de fertilizantes e insumos agrícolas e já temos convênios do GNano, inclusive, com multinacionais. Graças a esse convênio, já montamos um centro de pesquisas, o Centro de Prospecção de Aplicação de Nanotecnologia no Agronegócio, e o principal objetivo é pensar em como a nanotecnologia pode melhorar o agronegócio, ou seja, como produzir fertilizantes menos tóxicos ao meio ambiente e mais seguros aos agricultores, por exemplo.

É possível adiantar algumas das perspectivas e planos futuros para o GNano? Quais as melhoras que se pretendem para as pesquisas já em andamento e quais as novidades que se pode esperar?

No que se refere à nossa infraestrutura, já conseguimos otimizá-la completamente, inclusive com reformas físicas (clique aqui para ver as fotos). Mas, nossos focos principais são dois: novos materiais para diagnóstico e terapias de outros tipos de câncer, mais controladas e menos agressivas, e o estudo de toxicidade de nanomateriais para o meio ambiente. Estas são linhas de pesquisa que irão perdurar no nosso grupo pelos próximos anos.

Assessoria de Comunicação

21 de março de 2014

Estrelas compactas: o melhor laboratório astrofísico do universo

Ocorreu na manhã do dia 21 de março, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), mais uma palestra do programa Colloquium diei, desta vez com o Prof. Rodrigo P. Negreiros, do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense – UFF, que ministrou o seminário Estrelas compactas: o melhor laboratório astrofísico do universo.rodrigo_negreiros300

Em sua apresentação, o docente mostrou como o estudo de estrelas compactas – objetos que nascem das extraordinárias explosões de estrelas massivas, conhecidas como Supernovas – podem nos ajudar a compreender melhor as propriedades da matéria bariônica, quando combinado com a quantidade incrível de recentes observações.

Outro destaque de sua palestra foi a apresentação dos modelos mais modernos utilizados para descrever a matéria em altas densidades, bem como as mais recentes simulações da evolução térmica de estrelas compactas.

Por fim, o professor apresentou o que se pode concluir pela comparação de suas previsões teóricas com as mais recentes observações.

Rodrigo Negreiros, que possui graduação e mestrado pela Universidade Federal Fluminense e Ph.D através da San Diego State University / Claremont Graduate University (USA), é professor no Instituto de Física da UFF e possui especialidade nas áreas de física nuclear e estrelas compactas, astrofísica relativística, métodos numéricos e física de matéria ultra-densa.

Assessoria de Comunicação

21 de março de 2014

Os caminhos do câncer de mama

Ela é a segunda neoplasia mais frequente em termos mundiais. Estamos falando do câncer de mama, um tema que foi destaque na edição do dia 18 de março de 2014 do programa Ciência às 19 Horas e que atraiu um público majoritariamente feminino. O evento, que decorreu no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), teve como palestrante o Dr. Diocésio Alves Pinto de Andrade, oncologista clínico do InORP – Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (SP).cancer300

De fato, aquele que é considerado o câncer mais prevalente e teoricamente tranquilo, é o câncer de pele não-melanoma, que apresenta lesões de pele comuns, ou seja, as tradicionais pintas na pele. Já o câncer de mama é a neoplasia mais frequente na mulher, enquanto o câncer de próstata é mais frequente no homem.

Para o Dr. Diocésio de Andrade, a explicação para o principal fator de risco no desenvolvimento do câncer de mama, nada mais é do que o fato de ser mulher: Convém recordar que o homem também pode ter câncer de mama, embora numa porcentagem muito baixa, mas pode acontecer, principalmente quando existe uma história familiar positiva. O câncer de mama é um câncer que geralmente tem um pico de incidência um pouco alto, que surge entre a quinta e sexta década de vida e, associado a isso, aparece com algumas alterações hormonais – uma alta exposição a estrógeno. Mulheres que têm a primeira menstruação muito cedo, ou têm a última menstruação muito tarde, que nunca engravidaram ou que não amamentaram, são mais propensas a desenvolver o câncer de mama: esse é o grupo de maior risco, sublinha o clínico.

Existe um grupo pequeno de tumores de câncer de mama que tem uma síndrome familiar positiva, que é uma mutação em alguns genes. O câncer de mama tem dois genes principais – e isso foi muito discutido no ano passado, quando a Angelina Jolie fez a mastectomia: nesse caso, foi a mutação dos genes BRCA1 e do BRCA2, que quando estão mutados, aumentam muito o risco do câncer de mama. Para Diocésio de Andrade, o aparecimento de um câncer de mama tem diversos motivos, não se podendo apontar uma única ou principal causa: Hábitos de vida também favorecem o desenvolvimento do câncer de mama, tais como a obesidade e o sedentarismo, embora o etilismo e o tabagismo sejam ainda temas controversos nesta área, pois não existe, por enquanto, uma relação causal entre esses dois vícios, mas os estudos demonstram uma certa probabilidade de eles eventualmente aumentarem o risco de câncer de mama, enfatiza Diocésio.

Quando falamos de câncer, em termos gerais, a forma mais eficaz para combater o mal é através da prevenção e, no câncer de mama, especificamente, existem formas de fazer uma prevenção secundária. E referimos a prevenção secundária, já que a prevenção primária consiste em um tratamento específico para que uma pessoa não desenvolva a doença: O câncer de mama não tem nenhum remédio, nenhuma mágica para o evitar. Prevenção secundária é diagnosticar cedo para você poder tratar bem e aumentar a chance de cura do paciente. Então, qual é a prevenção secundária no câncer de mama? Fazer mamografia, elucida o clínico.

diocsio375Contudo, segundo o especialista, existem duas correntes para a utilização desse exame mamográfico: a do Instituto Nacional do Câncer, que fala que a mamografia deve ser feita anualmente, entre os 50 e 69 anos de idade. Trata-se de uma política de saúde pública, então tem custo-benefício de gasto do governo. A outra corrente é subscrita pelas Sociedade Brasileira de Mastologia e Sociedade Americana de Cancerologia, que sugere que a mulher deverá fazer uma mamografia anual a partir dos 40 anos de idade. Diocésio de Andrade é a favor desta última corrente, alegando que quanto mais precoce for o exame, melhor, embora não discorde em absoluto da primeira corrente de opinião: Estudos mostram que a partir dos quarenta ou cinquenta anos, a incidência não é tão grande. Então, de forma alguma podemos considerar errado esse estudo do Governo, mas ainda assim prefiro indicar a realização desse exame a partir dos 40 anos de idade. Contudo, fazer uma mamografia antes dessa idade não adianta nada, a não ser que seja uma mulher que tenha um histórico de família com câncer de mama, ou seja, duas gerações consecutivas em que duas pessoas tiveram câncer de mama. Nesses casos, está indicado começar o rastreamento da doença de forma mais precoce, mas o exame não é mais a mamografia, mas o ultrassom de mama. Por quê? Porque a mama da pessoa mais jovem é muito densa e o raio emitido por uma mamografia não consegue diferenciar entre a densidade da mama e de um nódulo e, aí poderá haver um diagnóstico errado, aquilo que chamamos “falso negativo”. Assim, nesses casos, quem vai dar o resultado correto será o ultrassom da mama, explica o médico.

Por outro lado e para tirar algumas dúvidas, vamos supor que uma paciente desenvolve um câncer de mama, acaba por falecer devido às consequências dessa doença, e que ela tem filhos homens. O risco de eles terem um câncer em decorrência da doença da mãe é cerca de 1%, portanto, uma hipótese muito remota.

O câncer é uma realidade na vida de qualquer família, sendo difícil não haver alguém que não tenha tido um parente de primeiro grau que não teve algum tipo de câncer. É um problema que tem de se enfrentar, até porque a doença é, atualmente, um problema de saúde pública, cancerseiosendo a segunda causa de óbito no mundo, só perdendo para as doenças cardiovasculares – infarto e AVC. O câncer é uma doença terrível, porque ela sempre acha um caminho para se multiplicar, ou seja, ela descobre atalhos. Segundo Diocésio de Andrade, nos últimos dez anos, os estudos conseguiram diagnosticar várias dessas vias de acesso e, melhor do que isso, conseguiram-se desenvolver vários medicamentos contra essas vias. Só que as vias não são simples, pois cada mutação obriga a se descobrir um remédio: É uma batalha incessante: o tumor consegue entrar por um caminho, você vai, bloqueia essa via em uma determinada parte, e ele consegue fazer um desvio. Então, você sempre tem que correr atrás do câncer para “fechar as portas” e quando você fecha uma, ele dá a volta no corredor e abre outra porta. É mais ou menos esse comparativo, comenta nosso entrevistado.

Ao contrário do que se possa pensar, o câncer sempre existiu; a diferença é que não havia tecnologia para o diagnosticar, não existia qualquer método de imagem para diagnosticar um câncer, só que o intenso combate à doença teve um avanço exponencial nos últimos cinco anos: Em vez de falar em cura, eu prefiro muito mais abordar o diagnóstico precoce para aí sim, você poder fazer a cura através da cirurgia, do que demorar a diagnosticar e o câncer já estar espalhado e ficar difícil de curar. A “esperteza” do câncer para burlar todos os bloqueios é muito maior ainda do que o nosso conhecimento, conclui o médico.

Assessoria de Comunicação

20 de março de 2014

Diretrizes para a graduação da USP

Na próxima sexta-feira, dia 21 de março, pelas 14 horas, o Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes (IFSC-USP), apresentará a palestra intitulada “Diretrizes para a graduação da USP”, um evento que será coordenado pelo Prof. Dr. Artur Motheo e que ocorrerá no anfiteatro térreo do edifício Q1 – (IQSC – Instituto de Química de São Carlos).

Para se inscrever gratuitamente neste evento, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

20 de março de 2014

Acesso ao Mercado Brasil 2014

Nos dias 25 e 26 de março, ocorrerá a 2ª edição do Acesso Mercado Brasil, congresso que tem como objetivo principal a reunião de executivos do nível sênior de todo setor farmacêutico.

O evento será realizado no Hotel Mercure (São Paulo-SP) e os interessados poderão se inscrever pelo endereço eletrônico http://www.eyeforpharma.com/market-access-brazil/

Entre os palestrantes já escalados para o Congresso está Darcísio Perondi (Deputado Federal e Presidente da Frente Parlamentar da Saúde), David Uip (Secretário de Saúde de São Paulo), Ivo Bukaresky (Diretor de Gestão Institucional da ANVISA), Nelson Mussolini (Presidente Executivo da SINDUSFARMA), Marcelo de Franco (vice-diretor do Instituto BUTANTAN), Márcia Agosti (Gerente de Serviços Médicos da GE Brasil), entre outros representantes do setor de saúde e farmacêutico.

Para informações mais detalhadas sobre o evento, basta acessar seu site oficial.

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2014

Terapia Fotodinâmica: Estratégias para aumentar a eficiência de fotossensibilizadores

Por intermédio do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), ocorreu no dia 19 de março, pelas 12h50, no Anfiteatro Azul do Instituto, o seminário intitulado Estratégias para aumentar a eficiência de fotossensibilizadores em Terapia Fotodinâmica, CHRISTIAME_PAVANI2-300ministrado pela Profa. Dra. Christiane Pavani, do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP).

O entendimento dos mecanismos envolvidos nos processos fotoinduzidos é essencial para o desenvolvimento de estratégias para aumentar a eficiência de fotossensibilizadores, na Terapia Fotodinâmica.

Neste seminário, a pesquisadora abordou os parâmetros que têm se mostrado preponderantes na modulação da atividade de fotossensibilizadores em termos de danos em membranas miméticas e em células em cultura.

Christiane Pavani, que possui especialização em Gestão e Tecnologia Cosmética, é química e doutora pelo Departamento de Química da USP, de Ribeirão Preto. A docente é especialista nas áreas de síntese de porfirinas e derivados, interação de espécies reativas fotoinduzidas com sistemas biológicos (cultura de células e cabelo), fotoenvelhecimento, identificação de mecanismos e quantificação eficiência de proteção em ativos de origem natural e endocitose de nanopartículas.

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2014

Instituto de Física Teórica seleciona pesquisador permanente

O Instituto de Física Teórica da UNESP – Universidade Estadual Paulista, recebe até 30 de abril inscrições de interessados a uma vaga de pesquisador permanente em Física Teórica.

As áreas de interesse incluem Matéria Condensada, Informação Quântica, Sistemas Complexos, Átomos Frios, Gravitação/Cosmologia, Biologia Quantitativa e Mecânica Estatística. Em três anos serão abertas três vagas.

Dependendo da qualificação dos candidatos, as vagas poderão ser abertas em níveis mais altos, até o correspondente ao de professor titular.

Os interessados devem preencher o FORMULÁRIO e encaminhar currículo vitae, projeto de pesquisa e o endereço de e-mail de três professores que possam fornecer uma carta de recomendação.

Para mais informações, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2014

Divulgação dos vencedores de 2013 e novo calendário para 2014

A OBFEP-2013, Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas, edição 2013, está na sua reta final, divulgando os estudantes, professores e escolas que conquistaram prêmios em Nível Nacional.

Neste segundo ano em que a OBFEP foi aplicada nacionalmente, devido à escassez de recursos, foi limitado o número de inscrições de aluno por escola, mas, mesmo nessas condições, houve a inscrição de cerca de meio milhão de estudantes, o que demonstra, uma vez mais, o grande interesse em torno desse projeto.

A Premiação Nacional, explicitada abaixo, foi elaborada conforme o Regulamento da OBFEP 2013. As escolas indicadas na Tabela 1 são aquelas que, de acordo com o item 5.6 do Regulamento, obtiveram maior pontuação em cada Unidade da Federação (UF), sendo uma federal, uma estadual e uma municipal. Observe-se que, em algumas Unidades da Federação, não há indicação de todas as três modalidades de escola; isto se deve ao fato de nessas Unidades não existir escola dessa modalidade com alunos premiados. Em outras, existe mais que uma escola classificada por modalidade, o que se deve a empates na pontuação.

Os professores indicados, de acordo com o item 5.4.3 do Regulamento, estão divididos em duas Tabelas:

(i) Tabela 2 – professores de escolas federais (um para cada UF) que obtiveram maior número de pontos na sua respectiva UF e professores de escolas municipais (um para cada UF) e estaduais (um para cada UF) que obtiveram a maior pontuação na sua UF;

(ii) Tabela 3 – professores de escolas municipais e estaduais que obtiveram a maior pontuação na classificação nacional independente da UF.

A relação dos estudantes é feita pela ordem alfabética dos nomes e a dos professores e escolas pela ordem alfabética das Unidades da Federação (UF):

Resultados:

9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

3ª E 4ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

TABELA 1 – ESCOLAS PREMIADAS

TABELA 2 – PROFESSORES PREMIADOS POR MODALIDADE EM CADA UF

TABELA 3 – PROFESSORES DE ESCOLAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS PREMIADOS

 

Inscrições OBFEP 2014 começam no dia 22 de março

As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas 2014 ficarão abertas até o dia 17 de maio. Fique atento para ao CALENDÁRIO , REGULAMENTO  e PROGRAMA GERAL 

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2014

Prof. Tito Bonagamba toma posse

O dia 17 de março de 2014 fica marcado pela posse2014-1cerimônia de posse do novo Diretor do IFSC-USP, prof. Tito José Bonagamba, evento que ocorreu no período da manhã desse dia, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) e que foi presidido pelo Reitor da USP, Prof. Dr. Marco António Zago, tendo sido acompanhado pelo Pró-Reitor de Graduação, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes e pelo Secretário Geral da Universidade de São Paulo, Prof. Dr. Ignácio Maria Velasco.

Perante grande número de público pertencente à comunidade de nosso Instituto, de inúmeros convidados pertencentes aos altos escalões da USP e de outras instituições de ensino superior e de pesquisa, bem como representantes da Prefeitura Municipal de São Carlos, além de diversas entidades de âmbito social, a cerimônia iniciou-se com a execução do Hino Nacional, através da interpretação da soprano, Profa. Yuka de Almeida Prado, acompanhada pelo Prof. Rubens Ricciardi, docente do Departamento de Música da FFCLRP-USP, tendo-se seguido o registro de presenças, a leitura do Termo de Compromisso e a assinatura do Termo de Posse.

posse2014-2No seu discurso e após ter agradecido a todos quanto, ao longo do tempo, engrandeceram a Universidade de São Paulo e suas Unidades, Tito Bonagamba fez um agradecimento especial á própria comunidade do IFSC-USP – docentes, chefes de departamento, presidentes das diversas comissões, alunos e servidores, tendo-os englobado na denominação de “meus amigos”, justificando um pouco a emoção que sentia naquele momento – e que era visível.

Após ter feito uma retrospectiva da história da USP e da criação dos campi no interior do Estado de São Paulo que, segundo o orador, provocaram uma transformação no Brasil ao longo dos últimos 61 anos, Tito Bonagamba verteu seu discurso na criação do Instituto de Física de São Carlos (1994), novamente dentro de uma perspectiva histórica, elencando todos quantos, no decorrer dos anos, se dedicaram à gestão da Unidade – Sérgio Mascarenhas Oliveira, Eurípedes Malavolta , Enéas Salati, Milton Ferreira de Souza, Roberto Leal Lobo e Silva Filho, Horácio Carlos Panepucci, Oscar Hipólito, Yvonne Primerano Mascarenhas, Roberto Mendonça Faria, Glaucius Oliva e Antonio posse2014-4Carlos Hernandes.

O novo diretor do IFSC-USP elegeu como principais prioridades de sua gestão:

1) Manter, com todo vigor, a qualidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão já existentes no IFSC;

2) Intensificar e diversificar nossas atividades com alunos do ensino médio, envolvendo-os mais ainda nos nossos diversificados programas a eles dedicados, através do nosso Curso de Licenciatura em Ciências Exatas, bem como nas várias iniciativas que se encontram em curso – “Universitário por um dia”, “Cientista do amanhã”, “Escola de física contemporânea”, “Olimpíadas de física – em conjunto com a SBF”, entre outras, e envolvendo ações com instituições próximas à nossa Unidade, tais como a Delegacia de Ensino da Região de São Carlos, a Prefeitura de São Carlos e o CDCC.

3) Promover contínua discussão e propor aprimoramentos aos cursos de graduação e pós-graduação, acompanhando a grande atenção que está sendo dada a esse tema pela nova Gestão da USP, formando alunos com elementos que permitam suas inserções, tanto na academia quanto fora dela, aproveitando melhor as características dos profissionais da área de Física nas quatro frentes de formação que são ofertadas no IFSC-USP – Física, Física Computacional, Ciências Físicas e Biomoleculares e Licenciatura em Ciências Exatas -, essa última oferecida em parceria com o ICMC e o IQSC, procurando uma maior aproximação à Sociedade;

posse2014-34) Aprimorar a formação humana dos alunos de graduação e pós-graduação, bem como dos docentes e funcionários e da comunidade local, com o oferecimento de concertos e palestras sobre temas da atualidade, com o apoio de outras Unidades da USP, com destaque para o Departamento de Música da FFCLRP e a da FFLCH;

5) Estimular a integração entre os docentes que atuam em linhas de pesquisa que resultam em produtos de interesse para sociedade, com perspectivas de geração de patentes, criação de spin-outs e interação com empresas qualificadas, promovendo ainda mais essa importante e reconhecida característica da Unidade, de modo a aumentar as colaborações fora da academia, tornando essa atividade também tradicional e natural para o IFSC-USP.

Desse modo, segundo Tito Bonagamba, se encontrarão novas possibilidades de pesquisa envolvendo projetos sofisticados com empresas qualificadas, incluindo a participação dos alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado, criando novas perspectivas de emprego para alunos e egressos, seguindo um caminho solidário com a nova Reitoria da USP, preocupados com a utilização racional dos recursos, a qualidade dos nossos cursos de graduação e pós-graduação, a manutenção do sucesso dos nossos projetos de pesquisa básica e aplicada, e a forte aproximação com a sociedade (terceiro setor).

Por seu turno, em seu discurso, o Reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, agradeceu o ex-diretor do Instituto de Física de São Carlos – IFSC e atual Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, pelo trabalho realizado durante os quatro anos em que exerceu o cargo de direção do Instituto. Em suas manifestações, posse2014-5o Reitor comentou que tem insistido no aspecto da grande diversidade da Universidade que, segundo ele, exige um planejamento diferenciado nos cursos, nos institutos de pesquisa e de ciências básicas, bem como nas escolas profissionais: “O novo diretor, Prof. Tito J. Bonagamba, o Pró-Reitor de Graduação, Prof. Antonio Carlos Hernandes e a Comissão de Graduação irão trabalhar em conjunto para facilitar a tramitação, a aprovação e a implantação de mudanças curriculares, fortalecer o treinamento de docentes e ampliar o uso das técnicas digitais para o ensino. Nesta missão, a participação dos estudantes é fundamental. Todos nós queremos que os estudantes da USP participem da carreira política da Universidade e se interessem pelo sistema de escolha de dirigentes, reitores, da composição dos colegiados e da questão do orçamento. Mas, para isso, é essencial que participem também da vida de suas unidades, das propostas de avaliação da mudança no ensino e da vida esportiva e artística do campus, salientou Zago.

Quanto à pesquisa, o reitor afirmou que ela deve ser o centro da vida do Instituto de Física de São Carlos. O sucesso será medido com a descrição dos resultados acrescentados no conhecimento, através dos progressos tecnológicos e da ativa participação da inovação, enfatizou o Reitor, que salientou que o Instituto deve ser um nicho de informação de jovens pesquisadores e não apenas um local para completar créditos ou acrescentar mais uma tese ao repositório da Universidade. Mas, para isso, o Pró-Reitor de Pesquisa deverá trabalhar ativamente com o novo diretor para implantar um centro de gerenciamento de projetos que funcione efetivamente e atenda a todos os docentes e pesquisadores das unidades, concluiu Zago.

Assessoria de Comunicação

18 de março de 2014

Um novo método de diagnóstico

De acordo com “Balanço da Dengue”, realizado pelo Ministério da Saúde, em 2013, foram registrados 1,4 milhões de casos prováveis da doença no país. O aumento anual desses números chama ainda mais atenção de profissionais da saúde que, constantemente, trazem informações à população de como prevenir-se contra a doença que, muitas vezes, pode ser fatal.

Sob orientação do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Francisco Guimarães, a aluna doutorado, Alessandra Figueiredo, resolveu dar uma força às pesquisas relacionadas a doenças negligenciadas e, com o auxílio do pós-doutorando, Nirton Cristi Silva Vieira, detectou moléculas produzidas pelo vírus da dengue e conseguiu desenvolver uma maneira muito mais rápida para diagnosticar a doença. “A dengue é uma doença que carece de métodos de diagnósticos rápidos e baratos, e diante desse fato propomos o desenvolvimento de um dispositivo imunossensor para o diagnóstico precoce da dengue utilizando transistores como transdutores de sinal”, esclarece Francisco.

Chico-_dengueUm infectado pela dengue tem no sangue alta concentração da proteína NS1,  produzida pelo vírus. Porém, depois do 6º dia de infecção, a produção de anticorpos aumenta e o organismo, automaticamente, entra num processo de cura. Durante os seis primeiros dias de infecção, não é possível diagnosticar a doença (que, algumas vezes, é confundida com outras infecções) e, no caso de reincidências, a dengue pode ser fatal. “Na primeira vez que a pessoa é infectada, não há tanto problema. Mas, se ela é infectada consecutivamente, a probabilidade de contrair dengue hemorrágica, que é letal, é maior. Por isso, é muito importante que as pessoas saibam se já foram infectadas o quanto antes, para não correr risco de morte”, conta Alessandra.

Para solucionar esse problema do desconhecimento da infecção, Alessandra e Nirton construíram um imunossensor, constituído por uma plataforma sensível à proteína NS1, e um sistema de medida, que será capaz de diagnosticar a denge em meia hora, diferente dos métodos tradicionais que levam dias para realizar a mesma tarefa. “A vantagem desse sistema é o transistor de efeito de campo, que pode ser utilizado diversas vezes. Só precisaremos trocar a plataforma sensível para realização de cada exame”, explica Nirton.

A inovação da pesquisa em questão foi ainda mais além. Enquanto os imunoensaios tradicionais utilizam anticorpos de mamíferos como receptores de NS1, os pesquisadores utilizaram, pela primeira vez, anticorpos de galinha (IgY) para a mesma finalidade. “Isso é bastante vantajoso, tanto do ponto de vista comercial, pois os anticorpos IgY são de facilmente obtidos e purificados a partir da gema do ovo, quanto do ponto de vista bioético”, enfatiza Nirton.

Outra novidade está relacionada à forma de detecção: geralmente, imunossensores eletroquímicos detectam proteínas através de reações indiretas envolvendo anticorpos secundários e outras biomoléculas (enzimas, por exemplo) que geram íons. “Uma vez que a proteína NS1 interage com o anticorpo IgY depositado sobre o plataforma [eletrodo], ela muda a estrutura de carga da superfície e, assim, somos capazes de detectar pequenas alterações na distribuição de carga superficial de forma direta”, explica Francisco. “Diante disso, desenvolvemos um sistema supersensível, capaz de detectar uma pequena quantidade de carga sem a necessidade de geração de íons”.

Sobre os “kits de diagnóstico da dengue”, do qual fará parte o imunossensor mencionado acima, a produção em larga escala será de responsabilidade da empresa “DNA Apta” (São José do Rio Preto- SP), que é parceira no projeto, produzindo e fornecendo os novos anticorpos para a pesquisa em questão. Nirton e Francisco ainda enfatizam o caráter multidisciplinar da pesquisa, que também contou com a colaboração do docente do IFSC, Valtencir Zucolotto, e do apoio técnico do engenheiro do Instituto, Haroldo Arakaki. “São várias áreas do conhecimento envolvidas no projeto, tivemos todo o apoio necessário aqui no IFSC”, relatam os pesquisadores.

O preço de custo do kit ainda não está definido, mais gira em torno de R$100,00, bem mais em conta do que outros que existem no mercado. O mais popular entre eles é o “teste Elisa”, de custo mais elevado e mais demorado para apresentar o diagnóstico da doença. O método e a pesquisa foram recentemente patenteados* e, depois dos testes devidos e aprovação da ANVISA**, será possível reduzir a ansiedade do paciente infectado pela epidêmica doença.

* A patente está sob o título “Microdispositivos detectores do vírus da dengue; processo de produção de microdispositivos detectores do vírus da dengue

**Agência Nacional de Vigilância Sanitária


Assessoria de Comunicação

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