Notícias

24 de junho de 2014

Prof. Richard Garratt indicado como Professor Honorário

richarg100O docente e pesquisador do IFSC-USP, Prof. Richard Garratt, foi nomeado Professor Honorário no Departamento de Bioquímica da University of Liverpool (UK), cargo que ocupará entre os dias 1º de julho do corrente ano e 30 de maio de 2017.

Richard Garratt beneficiará de todos os privilégios concedidos aos docentes e pesquisadores daquela universidade britânica, o que configura também uma honra, já que o docente representará direta e indiretamente a Universidade de São Paulo e o Instituto de Física de São Carlos, principalmente em suas interações, contatos e discussões sobre trabalhos científicos e acadêmicos que, certamente, serão debatidos e partilhados com seus pares britânicos.

Assessoria de Comunicação

23 de junho de 2014

Descoberta de novo sensor de ozônio destaca IFSC internacionalmente

Pesquisadores do Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do Instituto de Física de São Carlos (CCMC-IFSC/USP) e do Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (LIEC-IQ/Unesp) descobriram um novo sensor de gás ozônio, o que lhes rendeu destaque na publicação científica internacional Nanoscale*.

Sensor_de_ozonio-2Tudo teve início graças a uma colaboração de pesquisa entre o CCMC e o LIEC, através do docente Elson Longo, quando este, juntamente do então aluno de pós-doutorado, Laécio Cavalcante, realizou testes em laboratório com nanobastões do composto químico Tungstato de Prata (Ag2WO4). Durante o experimento, os pesquisadores observaram que, ao irradiar um feixe de elétrons sobre a amostra, nanopartículas de prata começavam a crescer sobre os bastões.

Tendo conhecimento de que, no CCMC, há um laboratório, sob coordenação do docente Valmor Mastelaro (CCMC-IFSC/USP), que realiza testes de detecção de gás, os pesquisadores da Unesp, juntamente com o pós-doutorando do LIEC, Luís Fernando da Silva, e da aluna de doutorado do CCMC, Ariadne Catto, iniciaram testes de detecção de gás utilizando o Tungstato de Prata.

Após os testes, foi verificado que o Ag2WO4., sem ser submetido a nenhuma irradiação, ao ser exposto ao ozônio em sua forma gasosa (O3 (g)), tinha sua resistência elétrica alterada. “Essa alteração da resistência, que é constante em circunstâncias normais, é interpretada como um sinal de que a amostra detectou o O3 (g), indicando que o tungstato de prata apresenta grande potencial para ser utilizado como um sensor resistivo de gás”, explica Luis Fernando. “Até então, na literatura não havia nenhuma constatação do composto como dispositivo de detecção de gás”.

A descoberta dos pesquisadores rendeu diversas informações valiosas. Durante os testes no laboratório do CCMC, eles verificaram que o tungstato de prata é capaz de detectar concentrações muito pequenas de O3 (g), o que o torna comercialmente viável, uma vez que o ozônio pode ser utilizado para diferentes finalidades, como no controle de pragas, na purificação de água (melhor desempenho que o cloro), na indústria eletrônica, entre outras. Contudo, quando seu limite excede 120 ppb (partes por bilhão), este vem a ser prejudicial à saúde humana, tornado-se necessário o seu controle e monitoramento contínuo. “Nosso sensor foi capaz de detectar quantidades menores do que Sensor_de_ozonio-1120 ppb, o que reforça a viabilidade de sua comercialização”, conta Luis Fernando.

Além do já citado, outra característica do tungstato de prata que o destaca dos sensores de ozônio já conhecidos (SnO2, WO3, In2O3, e ZnO) é que o tempo de resposta na detecção do O3 (g) é extremamente rápido. “O tempo de resposta é o tempo que o sensor leva para ‘sentir’ a presença do gás. Nos testes que fizemos, o tungstato de prata foi capaz de detectar o ozônio com um tempo médio de10 segundos”, elucida Luis Fernando. “Já em relação ao tempo de retorno, que é o quanto ele demora para retornar à sua condição original, também tivemos um desempenho extremamente satisfatório, com uma média de 13 segundos”.

Mesmo após os testes e verificações já citados, Luis Fernando e Ariadne ressaltam que, antes de se pensar numa produção em larga escala, algumas lacunas ainda precisam ser preenchidas. Isso porque das três principais características que um bom sensor de gás deve apresentar (sensibilidade, estabilidade e seletividade), duas delas ainda não foram testadas. “No momento, além de investigarmos a estabilidade do dispositivo, também estamos avaliando a seletividade deste quando exposto a gases oxidantes e redutores”, explica Luis Fernando.

Para uma possível comercialização, outro impasse ainda precisa ser resolvido: atualmente, o sensor só é acionado a uma temperatura de 300ºC, característica que limita sua portabilidade. Uma ideia, já em pauta, e que está sendo testada por Luis Fernando e Ariadne, é o acionamento do sensor empregando-se iluminação através de diodos emissores de luz (LED). “Caso nossos testes sejam bem-sucedidos, não haverá mais a necessidade de manter o sensor aquecido constantemente e a uma temperatura tão alta. Bastará deixar que um pequeno LED ilumine o dispositivo continuamente, o que é bem menos trabalhoso e exige um gasto muito menor de energia”, explica Luis Fernando.

Diante do que foi exposto, mesmo que algumas informações ainda precisem ser desvendadas, novas oportunidades de pesquisa são abertas pela descoberta dos pesquisadores, afinal, trata-se de um sensor quase totalmente inexplorado e com muito potencial- inclusive para venda. Luis Fernando afirma que o tungstato de prata é, sem dúvidas, um material promissor para a detecção do gás ozônio e oferece importantes possibilidades de aplicação. E, ao que tudo indica, em pouco tempo, novas surpresas já devem aparecer.

*Além do destaque na Nanoscale (http://pubs.rsc.org/en/Content/ArticleLanding/2014/NR/c3nr05837a#!divAbstract), o artigo dos pesquisadores foi considerado como “interesting paper” pela Materials Views (http://www.materialsviews.com/the-week-in-research-february-5th-2014/) e destacado como artigo do mês pelo Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) (http://sbpmat.org.br/en/artigo-em-destaque-novo-sensor-de-ozonio-baseado-em-nanobastoes-de-tungstato-de-prata/). Foi também destacado na publicação Materials Today (http://www.materialstoday.com/nanomaterials/news/a-new-ozone-sensor/#.Uz7qH5ytHlg.facebook)e na agência de notícias espanhola Sinc (http://www.agenciasinc.es/Noticias/Un-nuevo-sensor-mejora-la-eficiencia-en-la-deteccion-de-ozono)

Assessoria de Comunicação

18 de junho de 2014

Entre o sono, o sonho e o delírio

Está provado que o sono e os sonhos têm um papel fundamental na consolidação e reestruturação das memórias, considerado indispensável para o aprendizado e para a criação de novas ideias. Foi com este foco e com este preâmbulo que o Prof. Dr. Sidarta Ribeiro, pesquisador do Instituto do Cérebro – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), colocou em perspectiva diversas noções freudianas, entre as quais a que postula a semelhançaDREAMS200 entre sonho e delírio psicopatológico.

Como evoluiu a mente humana, desde o sono de nossos ancestrais mais remotos até chegar à fenomenologia dos sonhos contemporâneos, utilizando dados da genética, neurofisiologia de sistemas e psicologia? Para o leigo, qual é a relação entre o sono e o sonho? Eles têm caminhos paralelos ou percorrer um mesmo trilho para a consolidação das memórias? Para Sidarta Ribeiro, o sono é muito mais antigo. Calcula-se que ele tenha tido sua origem há cerca de quinhentos milhões de anos, sendo, provavelmente, uma consequência natural existente nos mamíferos existentes nos últimos cem milhões de anos. O pesquisador afirma que existem muitas evidências de que o sono favorece a consolidação e o reprocessamento das memórias, enquanto que as evidências com relação aos sonhos são muito mais escassas: Apenas há três anos se demonstrou, num laboratório, que o conteúdo do sr300sonho favorece a cognição. Então, o que se acredita, hoje, é que o sonho é um epifenômeno do sono, mas que também tem valor cognitivo explica o docente.

Usualmente, as definições entre sonho e delírio são bem distintas, já que o delírio é tido como um reflexo de algum tipo de doença. Então, qual a diferença entre os dois estados? Para esta questão, Sidarta Ribeiro responde que, já no Século XIX, os pais da psiquiatria – como Emil Kraepelin e Freud – reconheciam uma semelhança muito grande entre sonho e psicose, especialmente no que dizia respeito aos sintomas positivos da psicose, como o delírio. Essa teoria, que foi muito consistente ao longo de várias décadas, perdeu espaço após os anos 1950 quando se descobriu que, modulando receptores de dopamina, era possível conter o delírio psicótico.

Mas, será que existe, de fato, uma relação entre esses dois estados? Sim, existe, afirma Sidarta Ribeiro porque sem o sistema dopaminérgico, envolvido em recompensa e punição, não há sr2-300sonho, embora exista o denominado sonho REM, que é o sono que, tipicamente, contém os sonhos. Então, na verdade, essa afirmação de que sonho se parece com delírio psicótico, hoje é muito forte porque existe um mecanismo que é exatamente o sistema dopaminérgico.

Palestrante convidado da última edição do programa promovido e realizado pelo IFSC-USP, Ciência às 19 Horas, que decorreu no dia 05 de junho, a palestra proferida pelo Prof. Sidarta Ribeiro atraiu cerca de quatro centenas de pessoas que lotaram por completo o Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos, para ouvir o cientista discorrer sobre Sonhos, memórias e loucuras.

O Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde Sidarta Ribeiro desenvolve sua atividade, foi criado em 1995, quando neurocientistas brasileiros que trabalhavam nos EUA e na Europa, começaram a cogitar a ideia de regressar ao Brasil, com a intenção de promover uma repatriação para um revigorar o país através de talentos que se encontravam no exterior. Embora tenha sido um processo longo, o certo é que em 2011, no dia INSTITUTO_DO_CREBRO-30013 de maio, foi enfim criado o Instituto do Cérebro, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, voltado principalmente para pesquisa. Ainda hoje, dos dezessete professores que estão nesse instituto, cinco são estrangeiros, havendo a intenção de, pelo menos, manter vinte e cinco a trinta por cento de professores não brasileiros.

No que diz respeito ao Laboratório Sono, Sonhos e Memória – o lar de Sidarta Ribeiro na UFRN, muitas das pesquisas desenvolvidas nessa infraestrutura são voltadas à cognição de mamíferos (macacos, ratos e gatos), mas também tem uma pesquisa importante com células tronco, reprogramação celular, além de outras linhas de pesquisa, de informática, mas, certamente, a parte de memória e de aprendizado é muito sólida. O laboratório navega em diferentes modelos de testes, desde ratos e camundongos até o ser humano, no sentido de tentar entender como, em diferentes níveis, se o processam as memórias, conscientes ou inconscientes, levando ao aprendizado durante o sono e a vigília.

Uma segunda linha de pesquisa deste laboratório diz respeito à comunicação vocal e competência simbólica em animais não-humanos. O foco é o sagui (Callithrix jacchus), uma espécie bastante vocal de macaco do novo-mundo. Atualmente, o laboratório dedica-se ao estudo etológico do repertório vocal do sagui, bem como ao mapeamento, por meio da expressão de genes imediatos dependentes de cálcio, das áreas e vias cerebrais relacionadas à audição e produção das vocalizações.

Mais informações sobre o instituto e o trabalho laboratorial de Sidarta Ribeiro poderão ser encontradas, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação

18 de junho de 2014

Escola São Paulo de Ciência Avançada

Realiza-se entre os dias 10 e 17 do próximo mês de outubro, na UNICAMP, a Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), que este ano abordará o tema Presente e o Futuro da Bioenergia. O evento, que é apoiado pela FAPESP, será organizado pela Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (FEA/UNICAMP), o Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (NIPE) e Programa Integrado de Doutorado em etanol200aBioenergia daquela universidade.

A programação da Escola contará com a presença de especialistas de diferentes áreas ligadas à bioenergia, como Glaucia Mendes Souza, da Universidade de São Paulo (USP), que falará sobre o Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN); Marcelo Menossi Teixeira, da UNICAMP, que abordará os avanços na genômica da cana-de-açúcar; Mislav Oreb, da University of Frankfurt, Alemanha, cuja apresentação tem como tema Biocombustíveis além do etanol, Stenbjörn Styrin, da University of Uppsala, Suécia, que falará sobre fotossíntese; e Robbert Kleerebezem, da Delft University of Technology, Holanda, que apresentará a aula A biorefinery from municipal wate as a raw material: utopia or reality.

O Prof. Igor Polikarpov (IFSC-USP) é um dos membros do comitê organizador deste evento direcionado a estudantes de graduação e de pós-graduação e a jovens pesquisadores (doutores há cinco anos ou menos).

Todas as atividades serão realizadas na Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da UNICAMP, localizada na Avenida Albert Einstein, 500, na Cidade Universitária Zeferino Vaz, em Campinas (SP).

Para obter mais informações sobre esta Escola, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

17 de junho de 2014

Escola de Inverno em Física e Neurociência

Realiza-se entre os dias 11 e 17 de agosto, no Instituto Internacional de Física – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Escola de Inverno Física e Neurociência, um evento que reunirá um vasto grupo internacional de físicos e neurocientistas de elevado nível, que irão oferecer, durante uma semana, aulas a estudantes de pós-doutoramento e pós-graduação, com discussões intensivas e aprofundadas sobre a estrutura física e matemática da função cerebral, bem como o problema inverso, i.e. a decodificação da atividade cerebral.

instituto_internacional_de_fsica_-_ufrn250Dirigida pelos professores Sidarta Ribeiro e Sergio Neuenschwander, do Instituto do Cérebro (UFRN), Guillermo Cecchi, IBM (Yorktown Heights, USA), os tópicos desta escola se concentrarão em temas, como, por exemplo, Redes Complexas no Cérebro, Criticalidade e Mecânica Estatística de Não Equilíbrio em Redes Neurais,Termodinâmica da Psicofísica e do Comportamento, Fisiologia Integrativa; e Novas Matemáticas para o cérebro.

Estarão presentes, como palestrantes, pesquisadores oriundos da Índia, Reino Unido, Estados Unidos, Argentina e Brasil, entre eles o pesquisador do IFSC-USP, Prof. Dr. Reynaldo Pinto.

As inscrições estão abertas até dia 31 de julho, sendo que a acomodação e translado será oferecido para aqueles que se qualificarem para ajuda financeira.

Para mais informações sobre esta Escola, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

17 de junho de 2014

Possível identificação dos Majoranas em medidas de correntes elétricas

Abordagens experimentais desenvolvidas e efetivadas por uma equipe de pesquisadores do IFSC-USP levou ao estudo de um sistema fisico e propor possíveis assinaturas experimentais para a possivel identificaçao dos denominados majoranas, em medidas de correntes elétricas, considerada uma das partículas de mais difícil detecção por parte da comunidade de físicos teóricos – os designados férmions de Majorana; embora a Revista Science tenha publicado, em 2012, uma série de resultados mostrando sua existência, uma série de questionamentos foi levantada por parte da comunidade científica.

Agora, com as estratégias publicadas neste ano pela Physical Review-B, assinadas pelo Prof. Dr. José Carlos Egues (IFSC-USP) e sua equipe, formada por Edson Vernek, físico da Universidade Federal de Uberlândia atualmente em estágio de pós-doutorado com Egues, Poliana Penteado, da USP em São Carlos, e Antonio Carlos Seridonio, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Ilha Solteira, existe por fim uma proposta detalhada com três formas diferentes de executar esse sistema, nas quais se pode verificar a presença do chamado “modo de Majorana”.

Este trabalho foi recentemente publicado na revista Pesquisa FAPESP, em matéria assinada por Reinaldo José Lopes.

Para conferir o citado trabalho, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

16 de junho de 2014

Inscrições para o Workshop on Writing and Editing Scientific Manuscript

Realiza-se entre os dias 29 de julho e 1º de Agosto, ICB-USP, o Workshop on writing and editing scientific manuscript, um evento organizado pelo Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP), conjuntamente com a Sociedade Brasileira de Fisiologia (SBFis) e a American Physiological Society (APS).

Este curso será voltado a alunos de pós-graduação, pós-doutorandos e pesquisadores em geral e será ministrado (em idioma inglês) por instrutores membros da APS, com experiência em edição de revistas científicas.

Atendendo a que apenas existem 25 vagas para este evento, a inscrição obriga a que o interessado seja autor principal de um artigo (em vias de publicação) em qualquer área da Fisiologia e fazer a inscrição até dia 30 de junho.

O workshop ocorrerá no ICB/USP, situado na Avenida Professor Lineu Prestes, 2415, na Cidade Universitária, em São Paulo.

Para mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

16 de junho de 2014

Opto Eletrônica no programa espacial sino-brasileiro

A empresa Opto Eletrônica, sediada na cidade de São Carlos desde 1985 e fundada por ex-alunos e pesquisadores do IFSC-USP, acaba de concluir um de seus mais extraordinários trabalhos, fruto de cerca de dez anos de pesquisa e aplicação, ao enviar neste mês de junho, para a China, a câmera MUX para o programa CBERS-4, constituindo grande parte da contribuição brasileira no programa espacial conjunto entre China e Brasil (CBERS – China-Brazil Earth Resources Satellite), onde será integrada ao satélite sino-brasileiro. Pesquisadores e técnicos formados nas diversas unidades do Campus USP – São Carlos (IFSC, EESC, entre outros), contribuíram para este sucesso nacional, que eleva cbers150ainternacionalmente não só o nome da empresa são-carlense, como também o país.

Depois da construção do modelo que serviu para teste e onde foram feitas todas as experiências funcionais e a integração com os outros equipamentos do satélite, foi finalmente validada a confecção das próximas câmeras que serão enviadas ao espaço.

Esta é a segunda câmera MUX desenvolvida pela empresa são-carlense, já que a primeira se perdeu durante o fracassado lançamento do CBERS-3, em dezembro do ano passado, na China, quando uma falha em um dos estágios do foguete propulsor gorou todo o esforço desenvolvido. O trabalho da Opto representa um marco para nosso país, já que é a primeira vez na história que uma câmera de satélite é desenvolvida cem por cento em território e com tecnologia nacionais. Para Mario Stefani, Diretor P&D da Opto, foi uma completa surpresa a empresa ter vencido a licitação para este grande projeto, uma história que começou há cerca de vinte anos e que nada teve a ver com programas espaciais.

Na verdade, em 1989, a empresa participou demedidorlaser250 uma licitação promovida pela Vale do Rio Doce, para construir um sistema de laser de baixa potência, um laser de HeNe desenvolvido pelos pesquisadores oriundos do IFSC-USP, para alinhamento da estrada de ferro; e tinha que ser de baixa potência porque, nessa época, muita gente acreditava que o feixe de laser era prejudicial para a saúde, mesmo mortal. Com o sucesso desse equipamento e com a desmistificação da tecnologia laser, ela começou a ser aplicada em diversas situações e produtos, a tal ponto que a Opto começou a desenvolver, a partir desse pequeno equipamento, outros mais sofisticados que, inclusive, ainda hoje são disponibilizados tanto para equipamentos médicos, quanto para equipamentos destinados às forças armadas não só do Brasil, como de outros países.

A tecnologia da Opto foi percebida pelo INPE (Instituto Nacionais de Pesquisas Espaciais), que, na época, acabou coincidindo com o início de uma discussão que visava estabelecer um acordo entre a China e o Brasil para a colocação, em órbita terrestre, de um satélite de assessoramento remoto dedicado à área de preservação ambiental. Com a China mostrando-se inflexível e determinada a construir todas as câmeras que iriam equipar o satélite, argumentando que o Brasil não tinha meios técnicos nem know-how para tal, coube ao Prof. Luiz Miranda, do INPE, defender a competência brasileira – e da Opto, em particular -, já que ele tinha acompanhado todos os anteriores trabalhos realizados pela empresa são-carlense. Depois de uma briga diplomática intensa, os chineses concordaram com os termos e a Opto, vencendo a licitação, começou a construir não só a MUX, como também a WFI.

As particularidades das câmeras MUX e WFI

A câmera MUX (multiespectral regular) é a mais sofisticada. Ela consegue visualizar seja o que for até vinte metros do solo, possuindo quatro bandas espectrais que têm a função de controle mux-1-300ambiental: elas servem justamente para enxergar diversas particularidades, por cálculo da resposta espectral diferencial, como, por exemplo, se a água está contaminada, se a vegetação está indo bem, se o solo está sendo bem utilizado, se tem acidez, se está degradado, se houve áreas sujeitas a incêndios, etc.. Enfim, essa câmera possui uma série de funções ambientais, só pela análise diferencial dessas quatro bandas: É uma câmera de alta resolução, colocada a oitocentos quilômetros de altitude e ela enxerga detalhes de vinte metros do solo. É como se de São Carlos você conseguisse enxergar um carro em Brasília. Então, foi um desafio tecnológico muito grande, explica Mario Stefani.

A outra câmera é a WFI-OMB (campo largo), que tem resolução do solo de wfi-1-300oitenta e seis metros, mas ela enxerga a setecentos quilômetros. Ela é feita com as mesmas quatro bandas, mas sua função é para uma monitoração mais ampla, com menos detalhe, servindo para proporcionar uma visão geral da área que se pretende analisar. Sumariamente, a WFI-OMB faz uma primeira passagem – a pessoa vê onde é que está dando problema -, e depois muda para a MUX para observar os detalhes, o que significa dizer que, com essas duas câmeras, cerca de noventa por cento das aplicações ambientais, críticas para o Brasil, poderão ser resolvidas.

Segundo Mario Stefani, o projeto sofreu alguns boicotes ao longo do seu desenvolvimento, até porque a MUX é uma câmera que tem funções estratégicas na área econômica: Com ela, você vai poder saber como será a safra de soja ou da cana-de-açúcar. Ela detecta, por exemplo, se haverá mux-2-350uma seca no norte do Mato Grosso e, se isso acontecer, qual será a implicação que vai ter em termos económicos. Ela consegue saber onde estão sendo feitas queimadas, etc.. Temas, como água, agricultura e reflorestamento, são questões de soberania e a MUX tem essa função estratégica“, acrescenta Stefani.

Na sequência de todo este trabalho e investimento, assim que o equipamento estiver em órbita, todos os interessados poderão baixar gratuitamente as imagens captadas pela MUX, através do site do INPE, sendo a primeira vez que isso será feito no Brasil sem depender de imagens de outros satélites americanos e europeus, muito bons, só que possuem igualmente outras finalidades que não interessam ao Brasil. O lançamento do CBERS-4 está programado para o próximo mês de dezembro.

A burocracia e o arcabouço jurídico

Com o dinheiro recebido no início deste trabalho, a Opto gerou outras oportunidades, como, por exemplo, na aplicação em produtos da área médica, de defesa, bem como na criação de uma infraestrutura técnica e humana incomparável que, aliás coincide com uma das grandes estratégias dos Estados Unidos, conforme explica Stefani: O americano faz isso mux-3-350muito bem: ele cria esses programas espaciais – de defesa ou não -, que acabam incentivando as empresas a gerarem uma série de spin-offs. Então, essa receita é positiva. O problema no Brasil é a falta de continuidade e esse arcabouço jurídico que existe. Nós até brincamos, argumentando que, se se o governo compra um foguete ou satélite, essa compra é abrangida pela mesma lei que prevê a compra de um alfinete ou de um rolo de papel higiênico. Quando você vai analisar um projeto de satélite, o próprio tribunal de contas não tem condições técnicas para analisar que é um projeto de risco tecnológico alto e, por isso – por segurança e até por questões de código de servidor público -, acaba aplicando as mesmas decisões, sanções, parâmetros de custo e as mesmas jurisprudências que vão para as compras de material de uso comum, o que é incompreensível.

Mario Stefani afirma que o Brasil é imaturo em termos de arcabouço acadêmico, jurídico e empresarial para esses projetos: Se hoje eu chegasse e dissesse que o Brasil vai ter que fazer um programa Apollo, mesmo que o país tivesse recursos ilimitados, ele não conseguiria. Não por questões técnicas ou por falta de conhecimento, mas sim por questões gerenciais e de arcabouço jurídico. O Brasil é incapaz e não tem mecanismos legais para permitir um projeto desse tipo; essa é a constatação triste. E é exatamente isso que precisamos passar para a juventude, que de alguma stefani350forma vai ter a responsabilidade de ter que mudar essa legislação, acrescenta Stefani, complementando que a juventude que hoje está no IFSC e na EESC tem que ser empreendedora, e receber um pouco deste conhecimento, experiência de vida empresarial, de forma que viabilize seu sucesso na criação de riqueza futura para o país.

A Opto Eletrônica S/A é uma empresa de tecnologia no ramo de optoeletrônica, com atuação nas áreas médica, industrial, de componentes ópticos, aeroespacial e de defesa. Em dezembro de 2009, a Opto recebeu o Prêmio FINEP de Inovação na Categoria Média Empresa. Hoje, a empresa está constituída em uma planta industrial no município, além de departamento comercial e assistência técnica na capital paulista, três laboratórios antirreflexo (São Paulo, Fortaleza, Porto Alegre) e unidades no exterior (Opto-USA).

A área aeroespacial da Opto nasceu em 1994 com o propósito de fazer pesquisa, desenvolvimento de produtos e prestar consultoria em optrônica aplicada à área aeroespacial. O principal cliente final da empresa são-carlense é o boverno brasileiro, por meio de seus institutos de pesquisas, agências do setor e forças armadas, uma área que presta igualmente serviços para outras empresas que necessitem integrar em seus produtos e subsistemas a equipamentos do setor.

O maior foco desta área está no desenvolvimento, a baixo custo, de hardwares e softwares que integrem tecnologias de óptica, laser e eletrônica adequadas tanto a áreas medicas quanto às áreas aeroespaciais. A equipe Opto é composta, em sua maioria, por engenheiros (incluindo mestres e doutores), físicos e técnicos, envolvidos em todas as fases dos programas, desde a especificação e desenvolvimento, ao longo de todos os testes, avaliações, certificações e operação inicial. A Opto conta ainda com sala limpa, para montagem e integração de sistemas, e sala escura, para testes ópticos de precisão, ampla gama de instrumentos para desenvolvimento de testes e validação de sistemas optoeletrônicos embarcados em missões criticas.

Assessoria de Comunicação

13 de junho de 2014

Imaging Techniques for Plankton Detection

No último dia 13 de junho, pelas 12h50, no Anfiteatro Azul, do Instituto de Física de São Carlos, decorreu mais um seminário do Grupo de Óptica do IFSC, desta vez, com o Prof. Dr. Filippo Ghiglieno, do Departamento de Física da UFSCar, que ministrou a palestra intitulada Imaging Techniques for Plankton Detection.

Um enorme progresso tecnológico, tanto de aquisição de imagem digital, quanto de processamento, ocorreu nos últimos anos com o desenvolvimento de novas ferramentas para a detecção automática de plâncton e reconhecimento. No entanto, ainda existem desafios consideráveis, já que os tamanhos corporais e morfologias são extremamente variáveis dentro das comunidades de plâncton.

filippo-300Em sua apresentação, o docente abordou as atuais técnicas baseadas na imagem 2D para caracterizar o tamanho e as formas dos organismos, que são rápidas, mas sofrem de profundidade de foco limitado, imposto pela ampliação necessária. Consequentemente, as imagens contêm borrões e focos ruins que limitam aplicações bem-sucedidas de análises. A lente digital in-line, que possui menos holografia, é uma ferramenta promissora para a amostra de monitoramento em ambiente líquido.

Além disso, o Prof. Filippo falou sobre a compacidade de instalação e a profundidade de foco livre desses equipamentos, que representam as grandes vantagens em comparação com todas as técnicas microscópicas. Muitas câmeras disponíveis no mercado, com diferentes velocidades de gravação, resoluções de pixels e tamanhos de detectores, podem satisfazer as necessidades de aplicações dos clientes. Todas essas características convergem na direção de um compacto em instrumento. Neste contexto, um ponto-chave é o software para a reconstrução 3D.

Tendo como base as câmeras digitais, Filippo construiu sua própria configuração óptica e, em paralelo, desenvolveu um manual com interface ergonômica para fornecer aos cientistas que ainda não possuem tanta experiência no campo da holografia, uma ferramenta de fácil utilização para aplicações oceanográficas. Assim, Ghiglieno apresentou os resultados preliminares e promissores em termos de resolução e velocidade de processamento desse projeto.

O Prof. Filippo Giovanni é bacharel em física teórica do Istituto Di Fisica Di Torino, Itália, mestrado em Telecomunicações e em Bioinformática, pela Scuola Superiore G. Reiss Romoli e Fondazione per le Biotecnologie, respectivamente, e doutorado em Ciência dos Materiais e Tecnologia da Politecnico di Torino, também na Itália. Ele tem experiência em Física, com foco em Óptica, Lasers, Física do Estado Condensado de Substâncias, atuando principalmente nos seguintes temas: aplicações de telecomunicações, optoeletrônica, materiais, fibra óptica, óptica não-linear e detecção e geração de TeraHertz.

Assessoria de Comunicação

13 de junho de 2014

A busca por novas tecnologias de sequenciamento de DNA

O Prof. Alexandre Rocha, do Instituto de Física Teórica da UNESP, foi quem apresentou a mais recente edição do Colloquium diei, que decorreu no último dia 13 de junho, pelas 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP). No colóquio intitulado A busca por novas tecnologias de sequenciamento de DNA: detecção de biomoléculas em nanoporos de grafeno, Rocha abordou a busca pelo sequenciamento de um genoma através de tecnologias rápidas e baratas.

A informação contida num genoma pode ser utilizada para determinar predisposições alexandre_rocha-300genéticas a doenças e ajudar na compreensão do código genético. Infelizmente, as técnicas atuais mostram sinais de saturação com custo ainda superior ao patamar em que poderiam ser utilizadas corriqueiramente na medicina.

Nesse sentido, Rocha falou sobre uma das tecnologias que apresentam o maior potencial para revolucionar a área: a utilização de nanoporos tanto biológicos quanto de estados sólidos. Já no segundo caso, Rocha contou que o grafeno é um dos fortes candidatos para tal aplicação. Por fim, o docente mostrou como as simulações computacionais, que combinam métodos clássicos e quânticos, podem ajudar no entendimento dos mecanismos de detecção de nucleotídeos e nas propostas de novos dispositivos de sequenciamento.

O Prof. Alexandre Rocha, que possui graduação e mestrado em Física Pura pela Universidade Estadual de Campinas e doutorado em Física pela Trinity College Dublin, já foi pesquisador pós-doutor do Departamento de Materiais e Mecânica, do Instituto de Física da USP, professor visitante da Universidade Federal do ABC, Santo André, e membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Entre 2010 e 2012 ele exerceu o cargo de vice-coordenador do programa de pós-graduação em Nanociências e Materiais Avançados, e desde junho de 2012 é pesquisador do Instituto de Física Teórica da UNESP.

Assessoria de Comunicação

11 de junho de 2014

V Escola Avançada de Óptica e Fotônica

Encerram-se no dia 30 de junho as inscrições para a V Escola Avançada de Óptica e Fotônica, evento organizado pelo IFSC-OSA Student Chapter, apoiado pela CAPES, e que será realizado entre os dias 22 e 24 do próximo mês de julho, no Anfiteatro Prof. Horácio C. Panepucci (IFSC-USP).

Voltado aos alunos de graduação, pós-graduação e docentes, o curso, ministrado por renomados pesquisadores nacionais e internacionais, tem como objetivo enfatizar os fundamentos básicos e os recentes resultados e avanços na área de óptica e fotônica, oferecendo aos participantes a oportunidade de adquirir conhecimentos básicos e uma visão geral desses tópicos.

logo_IFSC_OSA-150Além disso, esta edição de 2014, coordenada pelo Prof. Dr. Lino Misoguti (IFSC-USP), sempre traz uma palestra sobre inovação tecnológica a fim de divulgar entre os estudantes, as possibilidades e dificuldades relacionadas à criação e sobrevivência de uma empresa de alta tecnologia no Brasil, bem como uma sessão de pôsteres para apresentação dos trabalhos realizados pelos alunos participantes.

Após a abertura oficial, que decorrerá na manhã do dia 22 de julho, o Prof. Sérgio Ricardo Muniz, (IFSC-USP), apresentará a palestra fototonica300Quantum simulations in the lab, seguida pela Extreme Nonlinear Optics: From High Harmonic Generation to Attosecond Physics, ministrada pelo docente Edilson Lucena Falcão Filho (DF-UFPE).

Na parte da tarde, os alunos assistirão ao colóquio The technological reinvention of silk, apresentado pelo Prof. Fiorenzo Omenetto (Tufts University-USA), seguindo-se a palestra do Prof. Sidney Ribeiro (UNESP-Araraquara), intitulada New Photonic materials based on biopolymers.

No dia 23, pela manhã, o docente Luis Humberto da Cunha Andrade (CInAM-UEMS), ministrará o seminário Advance in materials forward towards smart white-light e, posteriormente, o Prof. Satoshi Kawata (Osaka University-Japão), apresentará a palestra Nanophotonics: Manipulating light beyond its classical limits. Ainda no mesmo dia, o Prof. Anderson Freitas (IPEN) comandará o colóquio Optical coherence tomography development and it’s apllications.

logo_eaof-250-1No último dia do curso, o Prof. Newton Neto (INFIS-UFU) apresentará a palestra The photon, the molecule and the Wardrobe: The chronicles of photophysics; antes das apresentações dos pôsteres e do encerramento do referido evento, o docente Miled Hassan Y. Moussa (IFSC-USP) ministrará o colóquio Engineering atom-field interactions confined to subspaces of the Fock space in cavity QED and íon traps and applications.

Para conferir a programação completa da V Escola Avançada de Óptica e Fotônica, clique AQUI

Já àqueles que quiserem obter mais informações sobre as inscrições, que se iniciaram no dia 30 de maio, e como já citamos no início deste texto, se encerrarão no dia 30 deste mês, clique AQUI

IFSC OSA Student Chapters

O IFSC OSA Student Chapters é uma iniciativa da Optical Society of America (OSA), que visa incentivar a criação de grupos de estudantes interessados em óptica e fotônica. Atualmente, existem aproximadamente cento e oitenta e sete OSA Students Chapters em mais de trinta países, constituindo uma rede internacional de estudantes. Tal iniciativa promove diversas atividades, palestras, encontros, escolas e networkings empresariais ao redor do mundo, e publica inúmeras revistas de âmbito científico e tecnológico.

Assessoria de Comunicação

10 de junho de 2014

Osvaldo Novais de Oliveira Jr. lança “As linguagens do conhecimento”

Cerca de centena e meia de convidados participaram, no dia 06 de maio, do lançamento oficial do livro As linguagens do conhecimento, uma obra da autoria do docente do IFSC-USP, Osvaldo Novais de Oliveira Junior, um evento que ocorreu no Espaço 7, uma das mais bonitas infraestruturas culturais existentes na cidade de São Carlos.

Como não poderia deixar de ser, a maioria dos convidados vieram da área leitor300acadêmica, principalmente de universidades como, USP, UFSCar, UNESP, UNIFESP e UNICEP, entre outras, além da presença de muitos amigos e colaboradores do escritor.

Autor de inúmeros textos que abordam diversas problemáticas de ordem acadêmica e científica que foram escritos através dos anos e postados em seu próprio blog, Osvaldo Novais decidiu selecionar os principais textos, editando-os e transformando-os em peças literárias bem organizadas e de fácil leitura, lançando, inclusive, diversas questões: qual a conexão entre Einstein e os aparelhos de GPS que colocamos em nossos carros, ou ainda o motivo pelo qual não conseguimos falar com computadores.

A publicação de Osvaldo Novais discorre, ainda, sobre a importância da educação e do método científico, bem como aplicações, principalmente relacionadas com física, nanotecnologia e computação.

No seu discurso de apresentação do livro, Osvaldo Novais sublinhou a importância da parceria estabelecida com seu próprio filho, o estudante de linguística Caio Novais de Oliveira, editor da obra, bem como o incentivo que recebeu de toda a restante família, amigos e colegas para a confecção desta nova obra, após o sucesso alcançado com a publicação anteriormente lançada, igualmente de sua autoria, intitulada A Física a serviço da sociedade.

Abaixo publicamos algumas imagens relativas ao evento.

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Assessoria de Comunicação

10 de junho de 2014

Concessão de Bolsas de Mestrado em Auxílios Jovens Pesquisadores

A FAPESP anunciou, recentemente, a possibilidade de solicitação de Bolsas de Mestrado como parte integrante do orçamento referente a Auxílios Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes (JP).

Esta medida tem o objetivo de estimular a participação e vinculação de bolsistas de Mestrado a Auxílios Jovens Pesquisadores, consistentes com a valorização da responsabilidade do pesquisador responsável sobre a aplicação e o controle dos recursos concedidos.

A Instrução Normativa DC 026, válida a partir de 1º de junho de 2014, define as rotinas relativas à indicação, seleção e substituição de bolsistas de Mestrado vinculados a Auxílios JP.

Existem duas modalidades de vínculo de bolsas MS: Bolsas MS solicitadas como proposta regular (individual), seguindo os procedimentos tradicionais da FAPESP, nas quais se indica o vínculo a um auxílio vigente, na modalidade JP; e Bolsas MS solicitadas como parte integrante do orçamento de um auxílio JP. A presente norma trata apenas desta modalidade de bolsa vinculada.

Em ambos os casos, deverão ser observadas as regras da FAPESP para o Programa de Bolsas de Mestrado, cujas informações poderão ser consultadas, clicando AQUI.

Quanto à norma para concessão de Bolsas de Mestrado vinculadas a Auxílios Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes (Instrução Normativa DC 026), ela poderá ser consultada, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação

9 de junho de 2014

USP tem número recorde de ingressantes de escolas públicas

O número de ingressantes de escolas públicas aprovados no Vestibular (32,3%) foi o maior registrado na Universidade, desde a criação do Programa de Inclusão Social (INCLUSP), em 2006. Desse total, 17,2% são alunos que se declararam pretos, pardos e indígenas (PPI) e que cursaram o ensino fundamental e médio em escolas públicas. No ano passado, essa porcentagem foi de 13,9%.

Esse grupo representa um novo rol de beneficiados pelos bônus do INCLUSP este ano e podiam receber até 5% de bonificação. No Vestibular 2014, os bônus voltados para alunos oriundos de escolas públicas poderiam chegar a até 25%, dependendo do grupo em que o candidato se inseria (veja tabela abaixo).

Mudança no sistema de bonificação

O Conselho de Graduação aprovou mudanças no sistema de bonificação do INCLUSP. A partir do próximo vestibular, o candidato de escola pública receberá a porcentagem total da bonificação, dependendo do grupo em que se inserir. Até este ano, o bônus era concedido de acordo com o desempenho do candidato na prova da Fuvest. O mínimo de acertos na prova continuará o mesmo: 27 questões. Neste vestibular, a média dos bônus concedidos foi de 9%.

Outra novidade é que a nota de corte será calculada a partir das notas obtidas já com a bonificação. De acordo com o Pró-Reitor de Graduação da USP, Antonio Carlos Hernandes, simulações mostraram que, com a mudança, a nota de corte deverá subir de um a dois pontos e a expectativa é de que em 2015 o número de ingressantes de escolas públicas chegue a até 38%.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

9 de junho de 2014

Resultados do Curso de Fundamentos da Administração

A fim de fornecer um panorama de novas oportunidades de engajamento e colaboração no funcionamento institucional, o Instituto de Física de São Carlos (USP) realizou no dia 06 de junho, o Workshop Resultados do Curso de Fundamentos da Administração, organizado pelo Comitê de Treinamento e Desenvolvimento da Unidade (T&D).tit2-250

Na cerimônia de abertura, o Diretor do IFSC-USP, Prof. Dr. Tito José Bonagamba iniciou seu discurso ressaltando a importância do conselho do referido curso dentro de uma unidade de ensino e pesquisa da USP: Em termos gerais, o IFSC é conhecido e em todas as reuniõesque se realizam na Universidade de São Paulo, o Instituto sempre é colocado em destaque. Realmente, o IFSC é um órgão visto com muito respeito, disse Bonagamba.

O Diretor ainda relembrou a visita feita pelo Reitor da Universidade, Marco Antonio Zago, ao Instituto, onde afirmou que era importante a implantação de um centro de gestão em que houvesse uma administração exemplar em todos os campi. Além disso, o Diretor agradeceu a administração do T&D pela atitude e afirmou que o Instituto oferecerá todo o apoio à iniciativa.

Antes de dar início aos trabalhos, o Prof. José Fabian Schneider (IFSC-USP) fez uma breve fabian250apresentação sobre o curso de Fundamentos da Administração, tendo reforçado que a ideia é fornecer elementos da teoria da administração para desenvolver competência, analisar o funcionamento das organizações e contribuir na atuação dos funcionários. Além disso, de acordo com o docente, outra meta do curso é desenvolver habilidades e atitudes de valores na gestão: O objetivo não é simplesmente discutir os fundamentos teóricos, mas também focar na resolução de problemas.

Seguidamente, os funcionários participantes do curso de extensão em Fundamentos da Administração, realizado recentemente no Departamento de Engenharia de Produção da EESC, apresentaram para a comunidade do IFSC os seus trabalhos de conclusão. Cada equipe apresentou uma proposta de solução para um desafio administrativo real, utilizando as ferramentas fornecidas pelo curso, orientado para a resolução de problemas.

Assessoria de Comunicação

9 de junho de 2014

Avaliando estrutura e função no glaucoma: oportunidades de pesquisa

No último dia 06 de junho ocorreu mais um seminário do Grupo de Óptica do IFSC-USP, na sala de seminários do grupo, pelas 12h50, desta vez, com a presença do Prof. Dr. Augusto Paranhos Junior, que apresentou a palestra Avaliando estrutura e função no glaucoma: Oportunidades de pesquisa.paranhos300

Na sua apresentação, Paranhos destacou o tema Glaucoma, doença definida como uma neuropatia óptica associada a danos estruturais típicos do nervo óptico, que também pode estar associada a alterações funcionais.

Por fim, o Prof. Augusto abordou o fato dessa doença também ser considera pela Organização Mundial de Saúde, a primeira causa de cegueira irreversível na população mundial, e também apresentou oportunidades de pesquisa para os que atuam ou pretendem trabalhar nessa área.

Paranhos possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Goiás, mestrado e doutorado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo e livre docência também por esta Universidade. Ele tem experiência na área de medicina, com ênfase em cirurgia oftalmológica e atua com os temas glaucoma, oftalmologia, disco óptico, tonometria e catarata.

Assessoria de Comunicação

9 de junho de 2014

Projeto do IFSC destaca-se e ganha financiamento internacional

A Global Innovation Iniciative (GII) é uma iniciativa que foi criada em 2013 com o intuito de formar parcerias de pesquisa internacionais, intermediadas pelos consulados dos Estados Unidos e Reino Unido, visando estreitar relações multilaterais entre os países do globo. Para isso, a organização exerce o papel de financiadora de projetos de pesquisa com foco em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, sendo que tais projetos devem estar relacionados a questões de importância global “que promovem uma investigação de ponta e fortalecem parcerias”, de acordo com definição do próprio site da GII.

GII-_IgorNão é preciso dizer que muitos cientistas foram atraídos pela iniciativa e, especialmente, pelas propostas de financiamento oferecidas por ela. Diante disso, no ano passado, centenas de projetos foram submetidos à GII, mas somente 23 selecionados, entre eles um de autoria colaborativa entre o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através do docente Igor Polikarpov, em parceria com a Universidade de Bath (representando Reino Unido) e a Universidade do Estado de Ohio (representando EUA). “A ideia de parceria nesse projeto surgiu durante uma reunião promovida pela Pró-Reitoria de Relações Internacionais da USP, Sandpit Workshop, e que estimulou a viagem de alguns pesquisadores da USP para Bath, onde ocorreu a reunião”, relembra Igor.

Sobre o projeto

A proposta dos pesquisadores de Bath, Ohio e Brasil é direcionada a duas vertentes: a primeira seria para o estudo de enzimas capazes de decompor materiais plásticos e de compósitos. Como bem se sabe, plásticos vêm sendo produzidos e utilizados cada vez mais mundo afora e o tempo de decomposição desse tipo de material é muito longo (uma garrafa pet, por exemplo, demora 400 anos para se decompor). “Nos últimos anos, experimentos demonstraram que algumas enzimas conseguem degradar alguns tipos de plásticos num tempo muito menor. Se formos capazes de desenvolver cepas de bactérias que produzam essas enzimas de maneira eficiente, conseguiremos degradar esse tipo de material muito mais rapidamente”, explica o docente.

A segunda vertente da pesquisa, embora tenha um foco muito parecido, vai por um caminho completamente diferente: em vez de degradar o material que já existe, propõe a criação de um “plástico novo”, mais limpo e principalmente renovável. Dessa forma, nossos computadores, por exemplo, em vez de terem seus componentes feitos de silício ou cobre, seriam substituídos por uma matéria-prima limpa e altamente biodegradável. “Imagine que conseguíssemos imprimir uma placa-mãe de um computador em papel ou com uso de um plástico biodegradável?”, elucida Igor.

GII-_Igor-1Com os objetivos claros e bem traçados, as três instituições envolvidas no projeto tem papéis bem definidos. A Universidade de Bath possui um forte Centro de Química Renovável; os pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio tem experiência na parte de engenharia de materiais. No caso do IFSC, a maior contribuição será relacionada ao trabalho com enzimas, com as quais Igor já trabalha há muitos anos e já encontrou resultados interessantes. “Seguindo já algumas linhas que estão sendo desenvolvidas em nosso Grupo [de Biotecnologia Molecular], como o estudo de hidrolases de glicosídeos um dos principais componentes da biomassa, também estudaremos diferentes enzimas capazes de degradar polímeros”, explica Igor.

De acordo com o docente, embora abarque importantes instituições de pesquisa, o TransAtlantic Discovery, Characterization and Application of Enzymes for the Recycling of Polymers and Composites (titulo do projeto em questão) inicia-se com um pequeno apoio financeiro, mas seus objetivos são ambiciosos e, sendo os estudos bem-sucedidos, o projeto servirá de base para expressivas ações futuras, como a substituição de plásticos por outro material completamente sustentável. “O objetivo principal desse projeto, em princípio, é a troca de ideias e experiências entre pesquisadores de diferentes locais, o intercâmbio de estudantes etc., fortalecendo a integração entre os grupos”, afirma o docente.

A principal vertente

Descobrir novas enzimas, mais eficientes para a degradação dos polímeros comuns, ou encontrar um novo substituto para o plástico comumente utilizado hoje? Embora qualquer um dos dois projetos seja desafiador, Igor diz que a produção de um novo material passa por um caminho mais “claro”. “Os polímeros comuns frequentemente possuem ligações que não são encontradas em biopolímeros e não são produzidas por organismos vivos, como plantas, por exemplo. Por isso, muitas vezes não existem enzimas com capacidade de quebrar essas ligações, permitindo que esse material se decomponha mais rapidamente na natureza”, explica Igor.

Mas, Igor afirma que, independente da vertente escolhida, dois grandes desafios se colocam à frente, e ressalta que qualquer contribuição relevante será válida, pois trata-se de projetos com temáticas globais e de importância para qualidade da vida no planeta e, claro, dos próprios seres que o habitam.

Assessoria de Comunicação

6 de junho de 2014

Vaga para Professor Doutor no IFSC

Tem início, hoje, 6 de junho, as inscrições para o provimento de um cargo para Professor Doutor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) nas áreas de Teoria dos Campos ou Matéria Condensada Teórica, Biofísica Teórica ou Experimental, Cristalografia de Pequenas Moléculas ou Nanobiotecnologia.

Os interessados têm até 4 de agosto de 2014 para fazer sua inscrição, que deve ser feita pessoalmente ou por procuração na Assistência Acadêmica do IFSC/USP, que fica localizada à Avenida Trabalhador sancarlense, 400, Centro, São Carlos, SP.

O vencimento para o cargo em questão é de R$9.184,94.

Para informações detalhadas sobre o processo seletivo, acesse o edital completo do concurso.

Assessoria de Comunicação

6 de junho de 2014

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em maio de 2014, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) do lado direito da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Molecular endocrinology.

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Assessoria de Comunicação

6 de junho de 2014

Exercício, nutrição e sono no aprendizado escolar

Em mais uma edição do Colloquium diei, o Prof. Sidarta Ribeiro, do Instituto do Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ministrou a palestra Exercício, nutrição e sono no aprendizado escolar, evento que ocorreu no último dia 06 de junho, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), pelas 10h30.

Na sua apresentação, o pesquisador mencionou que na maioria dos países os estudantes vão às escolas experimentando os efeitos fisiológicos de dietas pobres, noites mal dormidas e carências nas oportunidades de exercícios e lazer. Isto significa que, independentemente dos métodos pedagógicos utilizados, os estudantes de baixo nível socioeconômico terão dificuldades de aprendizado, determinadas por fatores fisiológicos.

sidartar300Em sua palestra, o docente explicou que o cérebro é, de longe, o maior consumidor de glicose dentre todos os órgãos do corpo. Sem surpresas, a glicose administrada pouco antes do aprendizado fortalece a consolidação de memórias. Sidarta também contou que há evidências de que o exercício físico beneficia a cognição em sinergia com a estimulação sensorial nova, através de uma variedade de mecanismos que incluem a regulação positiva de fatores neurotróficos, bem como o aumento da neurogênese e do tamanho do hipocampo.

Durante sua apresentação, Ribeiro sublinhou que entre os requisitos fisiológicos para o aprendizado, o sono é um dos mais promissores para melhorar substancialmente a qualidade do aproveitamento escolar. Além disso, a sonolência em sala de aula é considerada inimiga dos professores, embora exista um grande acúmulo de evidências de que o sono favorece a consolidação e reestruturação de memórias.

Por fim, Sidarta Ribeiro afirmou que é preciso investigar sistematicamente a utilização da dieta, do sono e do exercício físico, para otimizar o aprendizado escolar, isto porque no contexto brasileiro de subdesenvolvimento educacional, o investimento na resolução de fatores fisiológicos limitantes para o aprendizado escolar pode permitir avanços substantivos, rápidos e em larga escala.

Além de ser professor de neurociências e Diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o Prof. Sidarta Ribeiro é bacharel em ciências biológicas pela Universidade de Brasília, mestre em biofísica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutor em comportamento animal pela Universidade Rockefeller e pós-doutorado em neurofisiologia pela Universidade Duke, EUA.

Ele também tem experiência nas áreas de neuroetologia, neurobiologia molecular, e neurofisiologia de sistemas, atuando principalmente nos seguintes temas: sono, sonho e memória; plasticidade neuronal; comunicação vocal; competência simbólica em animais não-humanos e neuroeducação. Atualmente, Sidarta é coordenador do comitê brasileiro do Pew Latin American Fellows Program in the Biomedical Sciences e membro do comitê científico do Latin American School of Education, Cognitive and Neural Sciences.

Assessoria de Comunicação

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