Notícias

27 de novembro de 2014

Dia Mundial de Luta contra a AIDS

O Campus USP – São Carlos vai participar da Campanha Nacional de Luta contra a AIDS, que ocorrerá nos dias 1º, 2 e 3 de dezembro, e cuja celebração mundial acontece exatamente no dia 1º.

Esta ação no Campus USP – São Carlos é promovida pelo Governo do Estado de São Paulo e pela Prefeitura Municipal de São Carlos, através do Centro de Atendimento a Infecções Crônicas, que desde há vários anos realiza campanhas de testagem para o HIV, sífilis e hepatites virais B e C.

As ações no Campus USP – São Carlos serão desenvolvidas por uma equipe de professores e alunos do Curso Técnico de Enfermagem da ETEC Paula Souza, com distribuição de folhetos informativos e preservativos, oferecendo, também, orientações sobre a temática relacionada com doenças sexualmente transmitidas (DST).

Sublinhe-se que o Centro de Atendimento a Infecções Crônicas desenvolve, com frequência, ações de saúde pública voltadas à população do Município de São Carlos, promovendo eventos, panfletagem, realização de testes rápidos para diagnóstico precoce das infecções, bem como tratamentos imediatos.

Colabore e adira com esta campanha.

Assessoria de Comunicação

27 de novembro de 2014

Pesquisadores conquistam “Prêmio Eduardo Carone Filho”

No âmbito da realização do IV Fórum Internacional de Transplantes do Aparelho Digestivo, que ocorreu entre os dias 12 e 14 de novembro, em São Paulo, os pesquisadores Orlando Castro-e-Silva, José Dirceu Vollet-Filho, Erio David Mente, Ajith Kumar Sankarankutty, Maria Eliza Jordani de Souza, Marina Rodrigues Garcia da Silveira, Cristina Kurachi e Vanderlei Salvador Bagnato, conquistaram o Prêmio Eduardo Carone Filho, na modalidade de Apresentação Oral.

O trabalho premiado foi subordinado ao tema Laser-induced Fluorescence Spectroscopy for the Structural and Biochemical Evaluation of the Liver During all Phases of Orthotopic Liver Transplantation. Definition of a Fluorescence Pattern.

Assessoria de Comunicação

27 de novembro de 2014

O futuro das angioplastias

É comum o depósito de placas de colesterol no interior dos vasos sanguíneos do corpo humano, o que impede a circulação normal de sangue no organismo e obstrui artérias- inclusive as coronárias. O método mais comum utilizado para impedir o bloqueio de artérias e vasos é a angioplastia, que consiste na inserção de um pequeno tubo metálico de aço inox ou platina na artéria, chamado stent, e que serve como “ponte” para o fluxo sanguíneo, impedindo a obstrução futura de artérias.

Schneider-_Stent-2Porém, embora já estabelecida há muitos anos, aproximadamente um terço das pessoas que são submetidas a essa cirurgia sofrem com algum tipo de problema futuramente. No caso do implante de stents, o processo cirúrgico pode criar uma ferida na parede do vaso, gerando um coágulo sanguíneo, o que pode se tornar uma fonte de obstrução local. Outro problema é a detecção do stent pelo organismo como um agente estranho, o que causa o disparo de respostas imunológicas e desencadeia o crescimento de células sobre a placa metálica, o que, no futuro, pode gerar novas obstruções.

Para tentar sanar esses problemas específicos, o docente do Grupo de Ressonância Magnética do Instituto de Física de São Carlos (GRMN- IFSC/USP), José Fabian Schneider, em conjunto com pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB/Unicamp) e do Departamento de Química a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP) têm trabalhado na criação de um filme biocompatível para ser depositado sobre a superfície do aço cirúrgico, impedindo, entre outras coisas, a resposta imunológica do organismo humano.

Porém, a missão é mais complicada do que parece: além de biocompatível, o filme deve apresentar resistência mecânica e química. “O ideal é conseguirmos que esse filme proteja a placa metálica e evite o crescimento de células sobre a superfície. Dessa forma, o corpo não conseguirá ‘enxergar’ o metal, evitando a resposta imune do organismo”, explica o docente.

Esse seria o objetivo final da pesquisa, mas diversas etapas vêm antes disso, algumas, felizmente, já concluídas pelos pesquisadores. Baseando-se em protocolos já existentes para se testar esse tipo de material em condições similares às encontradas no organismo, os pesquisadores criaram alguns protótipos, e dois deles já apresentaram resultados favoráveis, o que rendeu uma publicação no Canadian Journal of Chemistry (clique aqui para acessar o artigo).

O que cabe ao IFSC

Por sua complexidade, a pesquisa exige que pesquisadores de diversas áreas estejam envolvidos. O papel de Schneider e seus colaboradores é a análise química do filme. A deposição do filme sobre a placa metálica é feita de forma líquida. Depois de algumas reações químicas, parte do líquido evapora, restando apenas um material de textura plástica. É esse “resto” que precisa conter todas as propriedades favoráveis já mencionadas anteriormente (biocompatibilidade, flexibilidade, porosidade etc.) “As reações químicas que ocorrem nesses processos são inúmeras e o resultado de cada uma delas deve ser analisado”, conta Schneider.

Schneider-_Stent-1Através da espectroscopia por ressonância magnética nuclear, os pesquisadores do IFSC analisam, em escala atômica, quais ligações químicas se formam para saber se o filme possui as propriedades exigidas e compatíveis ao organismo. “Muitas variáveis precisam ser analisadas nesse processo, e ainda tem mais um detalhe: tudo precisa ser feito em temperatura ambiente, já que um dos objetivos posteriores é inserir moléculas de fármacos no filme, e, em altas temperaturas, elas não resistem e se degradam”, explica Schneider.

Uma vez que se tenha encontrado um filme ideal para ser depositado sobre a placa metálica, o próximo passo é encontrar moléculas de fármacos que possam ser incorporadas a ele. O intuito é que essas moléculas impeçam a formação futura de coágulos sanguíneos ou de placas colestéricas- o que ocorre com frequência com aqueles que já passaram pela cirurgia de angioplastia. “O filme que estamos criando servirá também como um suporte para as moléculas do fármaco”, elucida o docente.

Concluída essa etapa, os resultados trarão soluções práticas que serão muito bem-vindas. Primeiramente, a angioplastia será melhorada e poderá se tornar um tratamento com rejeição praticamente zero por qualquer organismo. Além disso, os resultados também poderão ser extrapolados para o melhoramento de outras cirurgias que envolvem a colocação de materiais metálicos no corpo como, por exemplo, implantes metálicos nos ossos. “Atualmente, esses implantes são feitos com titânio. Porém, efeitos negativos em longo prazo já foram encontrados. Nossa pesquisa, se bem sucedida, poderá auxiliar em pesquisas que visem ao aprimoramento desses implantes”, conclui Schneider.

Assessoria de Comunicação

26 de novembro de 2014

FAPESP abre chamada de propostas para PIPE

A FAPESP lançou uma chamada de propostas para o 1º Ciclo de Análise de 2015 do Programa FAPESP – Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), estando reservados até R$ 15 milhões para o atendimento às propostas selecionadas. O prazo final para a submissão de projetos no SAGe é dia 2 de fevereiro de 2015.

As propostas de financiamento devem conter projetos de pesquisa que possam ser desenvolvidos em duas etapas: 1) demonstração da viabilidade tecnológica de produto ou processo, com duração máxima de nove meses e recursos de até R$ 200 mil; 2) desenvolvimento do produto ou processo inovador, com duração máxima de 24 meses e recursos de até R$ 1 milhão.

Quando os proponentes já tiverem realizado atividades tecnológicas que demonstrem a viabilidade do projeto podem submeter propostas diretamente à Fase 2.

Podem apresentar propostas pesquisadores vinculados a empresas de pequeno porte (com até 250 empregados), com unidade de pesquisa e desenvolvimento no Estado de São Paulo.

Para acessar o manual completo para submissão de propostas, clique AQUI.

 

A FAPESP divulgará o resultado enviando a cada proponente os pareceres técnicos dos avaliadores. Os pareceres podem ser úteis para o aperfeiçoamento da proposta, seja ela aprovada ou não. Em caso de não aprovação o proponente poderá aperfeiçoar a proposta, corrigindo as falhas apontadas, e submeter nova solicitação em edital subsequente.

Para obter mais informações sobre a chamada, clique AQUI.

 

Para atender os interessados em participar da chamada, será realizada no dia 16 de dezembro, das 9h às 12h, no Auditório da FAPESP, uma reunião técnica sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa.

Para se inscrever nesse workshop, que é gratuito, clique AQUI.

 

Mais informações, pelos telefones (11) 3838-4362 / 3838-4394 / 3838-4216

Assessoria de Comunicação

26 de novembro de 2014

Projeto: Detecção da Doença Renal Crônica rende medalha de bronze

Recentemente, uma equipe formada por pesquisadores de diversos grupos de pesquisa do IFSC-USP, como, por exemplo, o Grupo de Cristalografia, Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF)Grupo de Biofísica Molecular “Sérgio Mascarenhas” e do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia, juntamente com pesquisadores de outras unidades da Universidade de São Paulo, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), conquistou a medalha de bronze no International Genetically Engineered Machine – iGEM 2014, uma competição internacional focada na área de biologia sintética, que reuniu 245 equipes formadas por estudantes de graduação e pós-graduação oriundos de diversos países, em um evento que ocorreu na cidade de Boston, Massachusetts, EUA.

O projeto, desenvolvido pelo grupo, verte sobre um Lais300biodetector bacteriano capaz de diagnosticar a Doença Renal Crônica (DRC), de forma precoce. A DRC, que afeta milhões de pessoas no mundo, sendo que grande parte delas não tem consciência disso, é caracterizada por alterações nas funções e na estrutura dos rins. No teste de diagnóstico realizado atualmente, através da quantificação de Creatinina no sangue, as variações nas taxas desse biomarcador só são perceptíveis em estágios mais avançados da doença. Se conseguirmos detectar a Doença Renal Crônica em seus primeiros estágios, poderemos oferecer uma qualidade de vida melhor aos pacientes e um tratamento mais simples, explica Laís Ribovski, aluna de mestrado do IFSC-USP que integrou a citada equipe.

Para detectar os primeiros estágios da doença, os jovens pesquisadores propõem unir diversas partes de um DNA – cada parte com uma função -, programando a bactéria Bacilus subtilis para identificar alterações no nível de Cistatina C no sangue. Este outro biomarcador trata-se de uma proteína que, assim como a Creatinina, está ligada a taxa de filtração glomerular e, por isso, também permite detectar alterações na estrutura e funções dos rins. Contudo, o aumento nas concentrações de Cistatina C já é evidente em estágios menos avançados.

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Para o time, o próximo passo é finalizar a ligação de todos os “pedaços” de DNA. Com isso feito, o circuito será calibrado para as faixas de Cistatina C que eles pretendem distinguir no sangue: Nós já temos o módulo e detecção deste biomarcador montado em uma membrana da Bacilus subtilis, bem como o processo de montagem do circuito interno. Além disso, estabelecemos a barreira de expressão do nosso circuito e conseguimos provar que ele funciona, mas agora precisamos reunir todos os módulos para finalizá-lo, explica Laís. 

Também de acordo com Danilo Keiji Zampronio, aluno de graduação do IFSC-USP e igualmente integrante da equipe, o projeto ainda renderá bastante pesquisa e estudo até que possa ser uma solução disponível no mercado, uma vez que os pesquisadores precisam terminar seu circuito, patenteá-lo, caracterizá-lo e padronizá-lo através de diversos testes. Acredito que esse nosso projeto deverá ser comercializado daqui a três ou quatro anos, afirma ele.

O reconhecimento no iGEM 2014

Para Danilo, a grande importância do iGEM foi compreender que os alunos têm todas as ferramentas para desenvolver esse ramo da ciência no Brasil e que o Instituto de Física de São Carlos pode oferecer aos seus alunos a infraestrutura e conhecimento para isso. Percebi que, com tudo aquilo que aprendemos no IFSC, temos a capacidade de trabalhar com biologia sintética sem limitação alguma. Nós saímos do evento com a vontade de mudar o mundo“, diz ele. O estudante ainda conta que, além de ter seu trabalho reconhecido e prestigiado em âmbito internacional, uma das grandes vantagens de participar de premiações como esta é a bagagem de novos conhecimentos e experiências que os estudantes adquirem durante os estudos de seus projetos.

Para Bruno Ono Bruno300(IFSC-USP), outro jovem pesquisador da equipe, a premiação ajudou bastante alguns de seus colegas da Biofísica. Muitas pessoas desistem do curso por não terem perspectiva de onde trabalharão ou o que farão futuramente. Agora, quando chegam no iGEM, eles se descobrem quando percebem que tudo o que aprenderam no curso faz muito sentido para quem quer trabalhar com biologia sintética e com outros campos que dela se ramificam, completa.

Danilo ainda conta que foi por muito pouco que sua equipe não conquistou a medalha de ouro: Dava para agarrar o ouro na premiação. É preciso ter organização e traçar um objetivo. Ano que vem levaremos um projeto para conquistar a medalha de ouro, afirma o aluno que, assim como seus colegas, já está animado para o iGEM 2015.

A equipe já começou a marcar reuniões para, inclusive, trazer novos integrantes ao grupo, já que haverá muito trabalho pela frente para conquistar a tão sonhada medalha de ouro do iGEM. Para Danilo Zampronio, agora todos da equipe sabem exatamente o que deve ser feito e as etapas que precisam ser concluídas, e isso trará mais resultados à equipe e à Universidade.

Colaborações nacionais e internacionais

Para os três pesquisadores, o iGEM é muito mais do Danilo300que uma competição onde os participantes têm que criar circuitos, o evento é também uma oportunidade de se relacionar com alunos dos quatro cantos do planeta e firmar novas colaborações. Eu acho que a pesquisa deveria sempre ser feita em parcerias e focada no impacto social, tornando a ciência acessível à sociedade, diz Danilo Zampronio.

Além da parceria que os alunos do IFSC criaram dentro da própria USP, já que esse grupo inclui estudantes de outras Unidades da nossa Universidade, os jovens contam que tiveram a oportunidade de conhecer equipes de outras instituições brasileiras – UFAM, UFMG e UFPE – e, inclusive, de outros países, como Holanda, França, Reino Unido e Noruega, já tendo colaborado com alguns grupos destes países trocando experiências, discutindo trabalhos, traduzindo cada trabalho para diversos idiomas e estabelecendo uma rede de comunicação que se estenderá em outros projetos e futuras edições do iGEM.

No final do iGEM 2014, a equipe uspiana participou de uma reunião com outros grupos da América Latina, onde foi ressaltada a importância de serem criadas relações profissionais entre os grupos dos países latino-americanos. Estas parcerias permitem um intercâmbio de tarefas. Por exemplo, se uma universidade não tem um determinado equipamento, e nós temos, eles podem nos enviar os materiais para fazermos as medidas aqui. O interessante, também, é que essas cooperações entre universidades estão se tornando comuns no iGEM, fortalecendo as pesquisas e atraindo mais estudantes, finaliza Laís.

Assim, além de se empolgarem em fazer pesquisa, aprendendo cada vez mais, os jovens cientistas participantes do iGEM têm mostrado, de certa forma, o quanto é importante criar colaborações com outras instituições para fundamentarem suas pesquisas, enxergando as demais equipes como parceiras e não como concorrentes. É a aposta na interdisciplinaridade.

Nesta ocasião, o grupo aproveita para deixar os agradecimentos especiais àqueles que possibilitaram sua participação nesta edição do iGEM, sendo eles o Diretor do IFSC-USP, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, o próprio Instituto de Física de São Carlos, as empresas Braskem, São Carlos Química, Life Technologies, e os laboratórios CEPOFGNano, Grupo de Biofísica Molecular “Sérgio Mascarenhas” e Biomol.

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Para saber mais sobre o citado grupo e suas pesquisas, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

25 de novembro de 2014

Curso Métodos da Cristalografia Estrutural

Estão abertas até o dia 27 de novembro as inscrições para o Curso Métodos da Cristalografia Estrutural, realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal do Ceará (UFC), sob a responsabilidade do docente e pesquisador do IFSC-USP, Prof. Javier Ellena.

As aulas ocorrerão entre os dias 2 e 4 de dezembro, na Sala de Seminários do Departamento de Física – bloco 926, do Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail labcres@fisica.ufc.br.

As vagas são limitadas.

A atividade integra as realizações do Ano Internacional da Cristalografia, que comemora o centenário do nascimento da cristalografia de raios-X.

O objetivo do curso, aberto ao público em geral, é apresentar noções básicas de cristalografia, assim como os métodos para o processamento e análise de estruturas cristalinas. Mais informações pelo telefone 85 – 3366 – 9910.

Assessoria de Comunicação

24 de novembro de 2014

Fenômenos fotoinduzidos em vidros calcogenetos

No dia 24 de novembro, o Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos recebeu a Profa. Dra. Silvia Helena Santagneli, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), que ministrou a palestra Fenômenos fotoinduzidos em vidros calcogenetos, que aconteceu na sala de seminários do Grupo.

Os vidros calcogenetos pertencem a um importante grupo de materiais inorgânicos que possuem um ou mais elementos calcogênios – S, Se ou Te – em sua composição, ligados covalentemente com formadores de rede tais como As, Ge, Sb, P. Em sua palestra, Silvia mostrou que esses materiais apresentam boa estabilidade térmica e química, alto índice de refração e transparência na região do infravermelho.

Silvia300Uma das propriedades bastante estudada nos vidros nesses materiais vítreos é a fotossensibilidade, que apresenta uma variedade de fenômenos fotoinduzidos como fotoexpansão, fotocristalização, fotodissolução, etc. Estes fenômenos têm sido estudados extensivamente, levando a inúmeras aplicações como, por exemplo, mídia para armazenamento de informações ópticas, grades holográficas eficientes, microlentes, células solares, entre outras. Neste sentido, Silvia abordou a fotossensiblilidade dos vidros calcogenetos, que ocorre devido à tendência de mudança nas ligações químicas, quando exposto à luz com comprimento de onda próximo a borda de absorção. O mecanismo envolve a criação de pares de elétrons-buraco, que mudam a valência dos átomos vizinhos e suas ligações químicas, criando defeitos. Segundo Silvia, estes estados induzidos pela luz são fisicamente próximos uns dos outros, possibilitando a quebra e restauração de ligações ou mesmo a formação de novas ligações químicas, resultando assim em uma mudança macroscópica nas propriedades físicas do material, proporcionando uma ampla variedade de fenômenos fotoinduzidos.

A Profa. Silvia Santagneli possui graduação em Licenciatura em Química e mestrado e doutorado em Química pela (UNESP). Atualmente ela é técnica de laboratório na citada Universidade, tendo experiências na área de Química, com ênfase em Química de Materiais, atuando principalmente nos seguintes temas: vidros calcogenetos e fosfatos, biomateriais e Ressonância Magnética Nuclear (RMN) no estado sólido.

Assessoria de Comunicação

24 de novembro de 2014

Semana da Escrita Científica: mais um ano de sucesso

“Só uma boa escrita pode trazer a visibilidade da qual o Brasil necessita cientificamente”. A frase anterior fez parte do discurso proferido pelo vice-diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Osvaldo Novais de Oliveira Jr., durante a abertura da 5ª edição da Semana da Escrita Científica, evento anual organizado pelo IFSC através do docente e presidente da Comissão de Cultura e Extensão (CCEx), Valtencir Zucolotto, e que conta com a organização e total apoio das funcionárias da Biblioteca do IFSC.

SEC_5-_logoA temática escolhida para a 5ª edição do evento foi “A internacionalização das revistas brasileiras”, e durante os dois dias de duração da Semana (19 e 20 de novembro), diversas autoridades em escrita científica, reconhecidas nacional e internacionalmente, passaram pelo Instituto para ministrar palestras informativas e, sobretudo, para colocar os mais de 350 inscritos a par da importância de uma boa escrita científica para se fazer conhecer- pesquisa e pesquisador- Brasil afora.

A palestra inaugural foi ministrada pelo assessor de informação e comunicação em Ciência da FAPESP, Abel Packer, que trouxe informações e dados a respeito da publicação científica no Brasil, destacando as iniciativas e ações da Scientific Eletronic Library Online (SciELO), da qual, inclusive, é coordenador através da FAPESP.

Na sequência, foi a vez do docente do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp e editor associado do Brazilian Journal of Physics, Alberto Saa. Com a palestra intitulada “A nova fase do Brazilian Journal of Physics“, o editor fez um breve histórico sobre a referida publicação, perpassando pelas importantes contribuições dadas por ela desde sua origem, dificuldades financeiras, ferramentas de editoração, estrutura hierárquica etc., encerrando as apresentações do dia 19.

No dia 20, a Semana teve início logo cedo com a primeira parte do curso “Redação Científica”, ministrada pelo do próprio Zucolotto. Logo após, entrou em cena o docente da Unesp, Gilson Volpato, para ministrar a segunda parte do curso. Num tom descontraído e didático, ambos reforçaram a importância de se fazer entender através de artigos científicos para que as pesquisas sejam devidamente conhecidas, além de enfatizar como os mesmos artigos, quando bem escritos e inteligíveis, podem lançar seus respectivos autores para o conhecimento e reconhecimento internacional.

Para dar início às atividades diurnas, esteve presente o docente da Faculdade de Odontologia de Araraquara (Unesp) e presidente da Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC), Sigmar de Mello Rode. Apresentando alguns dados interessantes a respeito das publicações científicas brasileiras, o foco de sua palestra foi na ética- ou falta dela- por parte dos pesquisadores brasileiros no que diz respeito ao plágio e fraudes cometidas no meio acadêmico, relacionadas a trabalhos científicos. Sigmar também contou parte do histórico da ABEC, falando sobre a origem da associação e principais objetivos.

Logo depois, a chefe da Seção de Tratamento e Informação da biblioteca da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Flávia Cassin, deu uma aula sobre a ferramenta EndNote Web, realizando atividades práticas de busca.

Finalmente, e como parte de uma das principais atividades de Semana, houve o lançamento do livro Writing Scientific Papers in English Successfully: Your Complete Roadmap, que foi apresentado pelo docente e vice-diretor do IFSC, Osvaldo Novais de Oliveira Jr., um dos autores do livro juntamente com os docentes Valtencir Zucolotto (IFSC/USP) e Sandra Maria Aluísio (ICMC/USP). Além dos participantes da Semana da Escrita Científica, o lançamento também foi contemplado pelo diretor do IFSC, Tito José Bonagamba, pelo diretor do ICMC, Alexandre Nolasco de Carvalho, pela vice-diretora do ICMC, Maria Cristina Ferreira de Oliveira e pelo docente da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), Pietro Ciancaglini.

De acordo com Osvaldo, “o lançamento deste livro é um sonho que se tornou realidade, resultado de um trabalho de quase 20 anos”. O docente fez uma rápida coletânea do conteúdo do livro, resumindo cada capítulo- um deles, inclusive, a base para sua palestra “Learn by doing”, que encerrou a Semana.

Para finalizar o evento, foram realizados os sorteios de brindes aos participantes, incluindo-se DVDs com o curso completo de Escrita Científica e um tablet.

Abaixo, confira algumas imagens da edição de 2014 da Semana da Escrita Científica:

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Fotos

1- Osvaldo Novais de Oliveira Jr.

2- Abel Packer

3- Aberto Saa

4- Valtencir Zucolotto

5- Gilson Volpato

6- Sigmar de Mello Rode

7- Flávia Cassin

8- Tito José Bonagamba

9- Participantes contemplados no sorteio de brindes

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2014

Aluna de doutorado expõe pesquisa na área de Spintrônica

A edição do Journal Club realizada nesta quinta-feira, 15 de setembro, trouxe uma estudante interna para expor sua pesquisa. Aluna de doutorado do Instituto orientada pelo Professor José Carlos Egues de Menezes, Poliana H. Penteado discutiu com colegas sobre a pesquisa que desenvolve desde 2008, ano em que ingressou no curso de doutorado, intitulada:”Ferromagnetic STM tip operating as a spin-diode”.

DSC07425Na apresentação de Poliana, o professor Egues contou que Poliana entrou em seu grupo de pesquisa de Spintrônica em 2008, e desde então tem desenvolvido diversos projetos na área. Disse, ainda, que Poliana é, no momento atual, a “expert local” na pesquisa de “topological insulators” (ou isolantes topológicos), já que se trata ainda de uma pesquisa em desenvolvimento no país.

Para empreender este projeto inovador, Poliana passou dois meses em Uberlândia, onde trabalhou em colaboração com os pesquisadores Fabrício M. Souza e Edson Vernek (UFU), e hoje conta com o auxílio de Antônio C. Seridonio, da UNESP. A pesquisa, apresentando seus resultados finais, pode inovar a área de Spintrônica e contribuir para o crescimento da sua área de pesquisa que, como dito, ainda é pouco difundida no Brasil.

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2014

Sabores pesados: o futuro da física de partículas

Tendo em vista que a observação direta de novas partículas parece pouco provável em um futuro próximo, as medidas de precisão – como as realizadas na Física de Sabores Pesados – se apresentam como o caminho mais promissor para uma melhor compreensão das interações fundamentais.

Com esta premissa, o Prof. Dr. Leandro Salazar de Paula, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ministrou a palestra Sabores pesados: o futuro da física de partículas, na mais recente edição do Colloquium diei, que ocorreu no dia 21 de novembro, pelas 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP).

Leandro300Os objetos de estudo mais fundamentais da Física são as partículas e como elas interagem entre si. Ou seja, quais forças são responsáveis por atrair ou repelir elétrons, prótons, nêutrons, quarks entre outras. Tais interações são oriundas de apenas quatro forças, duas das quais são mais conhecidas pelo público geral: a da gravitação, que nos permite estar fixados ao solo, por exemplo, e a eletromagnética, que explica fenômenos ligados à corrente elétrica e ao magnetismo. As forças fraca, forte e eletromagnética são bem explicadas pelo chamado “modelo padrão da física de partículas elementares”, ou simplesmente pela “mecânica quântica”, teoria que permitiu explicar a estrutura da matéria. Neste sentido, o pesquisador descreveu o modelo padrão e, posteriormente, discutiu os desafios da primeira fase de operação do LHC, como a observação do Bóson de Higgs.

Leandro Salazar de Paula, que possui graduação, mestrado e doutorado em física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é coordenador do Laboratório de Física de Partículas Elementares do Instituto de Física da referida universidade, onde trabalha com ênfase em Física Experimental de Altas Energias, atuando principalmente com os temas: violação de CP, Física do b, trigger e LHCb.

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2014

Molecular Imaging in Oncology

No último Café com Física, que ocorreu no dia 20 de novembro, na sala F-210 (IFSC-USP), o Prof. Robert Jeraj, do Department of Medical Physics – University of Wisconsin, EUA, apresentou a palestra intitulada Molecular Imaging in Oncology.

Robert250Em seu seminário, Robert Jeraj abordou a imagem molecular que está emergindo como grande ferramenta na investigação oncológica. De acordo com o docente, ela possui uma especificidade inédita na detecção das principais características do câncer, podendo avaliar os efeitos de vários tratamentos de tumores.

Robert Jeraj, que obteve seu bacharelado e doutorado em física pela University of Ljubljana, Eslovênia, atua com ênfase em imagem molecular, terapia de radiação, optimização, entre outras áreas. Além de integrar o corpo docente da University of Wisconsin, Robert é membro da American Association of Physicists in Medicine (AAPM), European Society of Therapeutic Radiology and Oncology (ESTRO), Australasian College of Physical Scientists and Engineers in Medicine (ASPSEM), American Nuclear Society (ANS), European Nuclear Society (ENS) e Institute of Physics (IoP).

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2014

Termografia: uma aliada da medicina

Os corpos animados e inanimados poderem emitir, ou absorver radiação infravermelha, sendo esta oriunda de movimentos rotacionais moleculares. Como o corpo humano é composto por células vivas e dependendo do tecido, órgão, ou localização que ocupam, ele emite mais, TERMOGRAFIAou menos radiação eletromagnética. Essa radiação pode, portanto, ser medida com muita precisão e daí poder-se aferir e conferir desvios da normalidade do corpo humano como um auxílio para a área médica. Essas mensurações das radiações infravermelhas servem para pesquisas médicas, testes de novas drogas, prevenção de doenças ou epidemias, além de poderem controlar a evolução de tratamentos com bastante frequência, uma vez que esse tipo de exame é destituído de qualquer risco para o paciente.

O Programa Ciência às 19 horas, promovido e realizado mensalmente pelo IFSC-USP, despediu-se do ano 2014 com a realização da palestra intitulada Termografia: a detecção do infravermelho no corpo humano para auxílio na medicina, um tema que foi abordado no dia 18 de novembro último pelo Dr. Antonio Carlos de Camargo Andrade Filho, Coordenador da Rede Lucy Montoro – Unidade de Jahú.

Embora esse tema seja apaixonante, do ponto de vista científico, também é interessante conhecer a história – embora resumida – de como apareceu essa técnica. De fato, ela remonta ao período da II Guerra Mundial, quando os aliados buscavam um método que pudesse detectar movimentos suspeitos das forças do Eixo – navios, aviões e comboios de veículos -, principalmente em locais com pouca visibilidade ou mesmo em períodos noturnos, o que de fato conseguiram fazer. Contudo, segundo Andrade Filho, o domínio da tecnologia, naquela época, era bastante primitivo, o que postergou o pleno desenvolvimento dessa técnica em cerca de vinte anos, nomeadamente com o advento da guerra fria, através da introdução dos mísseis intercontinentais. Rússia, EUA, Suécia, Japão, além de países mais próximos da então União Soviética, temiam o aparecimento súbito de mísseis que não pudessem ser abatidos, principalmente devido às suas velocidades; e foi a partir daí que a detecção precoce desses mísseis, à partir do momento do seu lançamento, passou a ser possível com a tecnologia que se desenvolveu nessa época e que, entretanto, cresceu e evoluiu muito.

Simultaneamente, a TERMOGRAPHY250classe médica que trabalhava ao serviço das forças armadas na Europa ocidental e oriental, junto com alguns de seus colegas asiáticos e americanos, começou a pensar no uso civil e pacífico dessa técnica, no campo da medicina, principalmente voltada para a detecção precoce de doenças, ou no auxílio de diagnósticos clínicos. Embora a intenção fosse altruísta e importante, o certo é que essa tecnologia, por ser extremamente sensível para fins militares, ficou de certa forma bloqueada para utilização da área da medicina, daí que esses médicos puderam avançar muito pouco na utilização da detecção do infravermelho do corpo humano para fins de diagnóstico. Só com a queda do Muro de Berlim e com a pulverização da ex-URSS, essa tecnologia passou a ser mais divulgada no meio civil, tendo começado, então, a existir um interesse crescente no uso da detecção das anomalias do infravermelho do corpo humano, uma tecnologia que é considerada muito sensível, só que de baixa especificidade, e que auxilia bastante o médico,.

O Dr. Andrade Filho explicou o significado do termo baixa sensibilidade: Por exemplo, uma ressonância magnética tem uma especificidade maior na área anatômica e morfológica, mas baixa especificidade na área metabólica: por outro lado, a termografia tem uma alta sensibilidade para detectar qualquer anomalia de emissão do infravermelho do corpo humano. Qualquer doença, por menor acometimento que possa causar, já dá uma anomalia da emissão do infravermelho – para mais ou para menos – e isso a ressonância magnética, a tomografia, a cintilografia, bem como outros exames subsidiários médicos, não têm essa sensibilidade, mas têm especificidades maiores em cada área, de tal maneira que a termografia médica situa-se como um exame de triagem, mostrando se o paciente tem alguma anomalia, ou não.

Contudo, segundo nosso entrevistado, outra importância desse exame é na prevenção de epidemias. Por exemplo, ao nível de aeroportos, portos, estações ferroviárias e estações rodoviárias, uma câmera termográfica colocada nos locais de embarque e desembarque pode detectar, com muita sensibilidade, alguém que esteja iniciando um quadro infeccioso – por exemplo, pelo vírus ebola, gripe aviária, gripe suína, etc. Ao nível de centro cirúrgico, a termografia também se mostra quase que imprescindível nos dias de hoje: Essa tecnologia pode auxiliar um cirurgião cardíaco, por exemplo, que está fechando uma artéria andradefilho300coronária de um paciente e quer saber se essa artéria vai funcionar – ou não – após a sua religação. Antigamente, só se sabia esse resultado depois que o cirurgião fechava o peito do paciente, sem se poder antever ou acompanhar em tempo real a eventual ocorrência de uma trombose. Se algo corresse mal, havia a necessidade de abrir o peito desse paciente novamente. Hoje não, explica Andrade Filho, que acrescenta: Hoje, um cirurgião, com uma câmera de termografia, conecta-se à artéria coronária, solta o fluxo sanguíneo e em tempo real vê se o músculo está recebendo toda a irrigação necessária ou se a artéria está profundindo normalmente, não tendo a necessidade de reabrir o paciente novamente.

Na Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão, essa técnica já se encontra bastante difundida, ao contrário do que acontece no Brasil, que só agora começa a ter uma expansão mais lata: Eu estudo isso há quase 29 anos e, no início, éramos apenas dois médicos que utilizavam isso no Brasil. Atualmente, o nosso país já conta com uma sociedade médica com titulação para isso, além de cursos específicos de formação para essa área, comenta Andrade Filho.

Sendo uma aliada da medicina, a termografia já está num curso de desdobramento e, neste momento, ela já participa nos chamados exames acoplados, como, por exemplo, a utilização do Raio-X acoplado à termografia, da ressonância magnética acoplada à termografia e, mais recentemente, o próprio software da ressonância magnética está conseguindo fazer, no mesmo momento, a termografia de todos os planos dos tecidos, de tal maneira que a Ressonância Magnética Termográfica torna-se um exame muito mais completo, mais específico e mais sensível: A termografia, desdobrando-se na sua utilização ao nível de pronto-socorro e de centro cirúrgico, pode salvar muitas vidas, principalmente pela sua facilidade de uso e de sua grande sensibilidade, conclui Andrade Filho.

Assessoria de Comunicação

20 de novembro de 2014

Palestras de docentes da UNESP e da University of Edinburgh

Paul300Na tarde do dia 20 de novembro, no edifício do Instituto de Física de São Carlos, localizado na Área II do Campus USP São Carlos, o Prof. Paul Michels, da University of Edinburgh*, Escócia, Reino Unido, apresentou a palestra Development of selective trypanocidal compounds targeted against the glycolytic enzymes of the parasites, um seminário promovido pelo Laboratório de Química Medicinal e Computacional do IFSC-USP.

Posteriormente, a Profa. Dra. Marcia Graminha, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), apresentou o seminário Avaliação da atividade anti-Trypanosomatidae e potencial mecanismo de ação de compostos ciclopaladados.

Marcia Graminha tem bacharelado e mestrado em Ciências Biológicas pela USP, doutorado em Genética e pós-doutoramento em Biologia Molecular de Leishmanias, também pela Universidade de São Paulo. Desde 2011 ela é docente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP de Araraquara, tendo experiência na área de genética, com ênfase em Genética Molecular e de Microorganismos, e Parasitologia Molecular, atuando principalmente nos temas de busca de novos fármacos, bioinformática, expressão gênica e de leishmanias.

*Sediada no Reino Unido, a University of Edinburgh integra cursos de humanas, ciências sociais, medicina e veterinária, bem como de ciência e engenharia. Fundada em 1583, a instituição de ensino e pesquisa é considerada a mais antiga universidade da Escócia.

Assessoria de Comunicação

20 de novembro de 2014

Seminário discute o papel da USP como geradora de conhecimento

Em comemoração ao 80º Aniversário de sua criação, a USP promove o ciclo de seminários intitulado A USP e a Sociedade, com o objetivo de apresentar e discutir a contribuição da Universidade e sua interação com a sociedade em diferentes áreas.

No próximo dia 24 de novembro (segunda-feira), o último seminário do ciclo debaterá o papel da Universidade como geradora do conhecimento em padrão de excelência. A mesa do evento será coordenada pelo presidente da Fapesp, Celso Lafer, e terá como convidados o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso; o ex-ministro da Educação, José Goldemberg, e o vice-presidente da Fapesp, Eduardo Moacyr Krieger.

Os seminário, com início às 9h45 e encerramento previsto para as 12h, será realizado na Sala do Conselho Universitário (Rua do Anfiteatro, 513, na Cidade Universitária, em São Paulo). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site alusivo aos 80 anos da USP. Os eventos também terão transmissão simultânea pela IPTV-USP.

Mais informações pelo e-mail usp80anos@usp.br ou pelo telefone (11) 2648-0042.

Assessoria de Comunicação

20 de novembro de 2014

A Docência na USP: Desafios e Inovações

Promovido pela Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo, realiza-se no dia 26 de novembro, entre as 08 e as 17 horas, no auditório Francisco Romeu Landi – Poli USP, o III Simpósio da PRG, subordinado ao tema A Docência na USP: Desafios e Inovações.

O evento tem o objetivo de socializar experiências no ensino desenvolvidas por docentes das diferentes Unidades que contribuam para a busca da excelência nos cursos de graduação da USP.

Mais informações sobre inscrições para este evento e sua programação, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

20 de novembro de 2014

Caracterização de componentes eletrônicos

O Brasil nunca sediou empresas nacionais voltadas ao desenvolvimento de dispositivos e materiais semicondutores, o que o torna um país microeletronico150inteiramente dependente no que se refere à criação de produtos eletrônicos, que inclui componentes eletrônicos para uso em circuitos de computação, telefonia e em circuitos de potência.

Em novembro de 2014, com o intuito de criar uma colaboração com o Instituto de Física de São Carlos (USP), Emmanuel Petitprez, (ex-aluno de doutorado do IFSC-USP e pesquisador visitante da empresa CEITEC S.A. – RS), juntamente com Ronald Tararam, (pesquisador especialista da CEITEC), passou alguns dias trabalhando em conjunto com o Prof. Dr. Euclydes Marega Júnior (IFSC-USP) em nosso Laboratório de Nanofabricação, onde realizaram diversos Emmanuel_Petitprez-250testes em circuitos microeletrônicos.

Emmanuel Petitprez, que além de pesquisador visitante da CEITEC, trabalha na STMicroelectronics, França, conta que o principal objetivo de sua vinda à nossa Unidade foi avaliar o desempenho do equipamento disponível no laboratório do Instituto de Física de São Carlos, utilizado na realização de análise ou caracterização de circuitos eletrônicos. Nós pretendemos criar um convênio com o IFSC-USP para que os especialistas da CEITEC possam aproveitar a infraestrutura da instituição para caracterizar materiais que produzem os circuitos integrados, explica.

De acordo com o Prof. Euclydes Marega Júnior, nas décadas de 60 e 70 houve a criação de uma indústria voltada ao desenvolvimento de materiais semicondutores no Brasil, porém, no final da Euclydes250década de 80, esse mercado faliu devido à política de abertura de mercado adotada pelo próprio país. Entre 1990 e 2005, o Brasil teve muita carência no campo de desenvolvimento de circuitos integrados. Hoje, inclusive, todos os produtos eletrônicos encontrados no Brasil são importados.

Após esse período, em 2006, na cidade de Porto Alegre (RS), foi criada a já citada CEITEC S.A., uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que atua no segmento de semicondutores, desenvolvendo soluções para identificação automática e para aplicações específicas, projetando, fabricando e comercializando circuitos integrados para aplicações como identificação de animais, medicamentos entre outros.

Se concretizada, essa nova colaboração deverá fortalecer as pesquisas produzidas na área de caracterização desses materiais semicondutores, abrindo novas portas para a realização de futuros projetos entre ambas as instituições.

Assessoria de Comunicação

19 de novembro de 2014

Pibid seleciona bolsistas

Quem está cursando Licenciatura em Matemática ou Licenciatura em Ciências Exatas (núcleo geral ou habilitação em Matemática) pode se inscrever, até 30 de novembro, no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) da Capes.

PIBIDO valor da bolsa é de R$ 400,00 e, durante o período de sua vigência, o bolsista deverá dedicar-se, no mínimo, 30 horas mensais às atividades do Programa. O processo de seleção dos candidatos será baseado em critérios classificatórios que envolvem entrevista, análise de histórico escolar e disponibilidade. As entrevistas serão realizadas nos dias 4 e 5 de dezembro e, até 3 de dezembro, será divulgado o horário que cada candidato deverá comparecer para participar do processo. Já a divulgação dos selecionados acontecerá no dia 5 de dezembro.

Os interessados devem preencher a ficha de inscrição disponível no site do ICMC e enviá-la por e-mail, juntamente com o histórico escolar completo (incluindo as reprovações), conforme consta no edital do Programa.

Mais informações:

Edital do Programa e ficha de inscrição: icmc.usp.br/e/38e04

E-mail: pibid.2015.1s@gmail.com

Telefone: (16) 3373.9711

Por assessoria de comunicação do ICMC

Assessoria de Comunicação

19 de novembro de 2014

Some Remarks on the Quantum Hall Effect

Vincent250Após ter apresentado duas palestras no mini curso intitulado Some Remarks on the Quantum Hall Effect, o Dr. Vincent Pasquier, do Institut de Physique Theórique, Saclay, França, encerrou o evento com seu terceiro seminário, ministrado na sala F210 (IFSC-USP), na manhã do dia 19 de novembro. Nesta última palestra, o Dr. Vincent descreveu os recentes MPS (Matrix Product States), tendo relacionado o efeito Hall com as deformações de algumas áreas de preservação.

O Dr. Vincent Pasquier, diretor de pesquisa do Institut de Physique Theórique, Saclay, atua na área de física teórica, com ênfase em matéria condensada, efeito Hall quântico, emaranhamento, física matemática e com modelos integráveis.

Assessoria de Comunicação

19 de novembro de 2014

Aluna do IFSC-USP vence Prêmio SISCA – 2014

150Durante este mês de novembro, Anielle Coelho Ranulfi, aluna de doutorado do Instituto de Física de São Carlos, conquistou o primeiro lugar na 6ª edição do Prêmio Dow-USP de Inovação em Sustentabilidade (Sustainability Innovation Student Challenge Award – SISCA 2014), com seu projeto de mestrado intitulado Utilização de técnicas espectroscópicas no estudo e caracterização de doenças em citros: HLB (greening) e cancro cítrico, orientado pela pesquisadora Dra. Débora Milori, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa.

Voltado a alunos de mestrado e doutorado da Universidade de São Paulo, o Prêmio SISCA é uma iniciativa da empresa Dow, em parceria com o Instituto de Química da USP (IQ-USP), que tem como objetivo incentivar ideias, soluções e tecnologias em inovação, auxiliando a promoção da USP e fomentando colaborações acadêmicas entre os países da América Latina.

Nesta sexta edição, que contou com oitenta trabalhos inscritos, os alunos abordaram temas como saúde, meio ambiente, clima, energia, segurança de produtos, comunidade e química sustentável, sendo que todos os projetos foram analisados por docentes da própria Universidade.

Anielle Ranulfi, que recebeu um prêmio de R$ 22 mil reais – R$ 6 mil para o segundo colocado e R$ 1 mil para os que foram contemplados com a menção honrosa -, conta que seu projeto chamou bastante atenção do comitê julgador, principalmente pelo fato de ser uma pesquisa interdisciplinar, abrangendo conceitos de agronomia, física, química, biologia, fitopatologia, reconhecimento de padrão, computação e outras áreas do conhecimento.

O objetivo do projeto de Anielle é avaliar duas técnicas Anielle1-350fotônicas, sendo elas a espectroscopia de fluorescência induzida por laser (LIFS) e a espectroscopia de emissão óptica de plasma induzido por laser (LIBS), a fim de diagnosticar o Greening – Huanglongbing (HLB) -, e o cancro cítrico, duas das principais doenças bacterianas que atingem as frutas cítricas e causam danos substanciais ao setor produtivo.

O HLB, doença de difícil controle, pode ser transmitido de uma árvore para outra através de um determinado inseto, o Diaphorina Citri S que, ao se alimentar da fruta, pode entrar em contato com a bactéria causadora da doença e, logo em seguida, transmiti-la a uma árvore sadia. Entre os principais sintomas estão manchas amareladas irregulares nas folhas das árvores, que se iniciam em um pequeno ramo, até atingir toda a copa. Os sintomas também podem aparecer nos frutos, que se apresentam deformados, assimétricos e com manchas verde-claras, sementes abortadas e com acidez acentuada. Causado pela bactéria Xanthomonas citri, o cancro cítrico provoca lesões nas folhas, frutos e ramos, tendo como principal agente transmissor as chuvas com vento e a circulação de material contaminado na plantação.

O principal meio de diagnóstico dessas doenças é a inspeção visual, fator que nem sempre ajuda a identificar todas as árvores infectadas. No caso do HLB, sabemos que há um acerto de apenas 47% por esta forma de diagnóstico, considerando apenas as plantas sintomáticas. Essa taxa de acerto é muito baixa, ou seja, se houver 100 árvores em fase sintomática em um pomar, apenas 47 são identificadas pelas equipes de inspeção, sem contar que este método não considera a existência das plantas ainda em fase assintomática: estima-se que para cada árvore sintomática presente no campo existam outras duas ou três já contaminadas e em fase assintomática, explica a jovem pesquisadora.

Anielle2-350O primeiro método proposto pela estudante do IFSC-USP é a técnica de espectroscopia de fluorescência induzida por laser, que é incidido nas folhas da árvore, fazendo com que os compostos orgânicos se excitem e decaiam na sequência. Esta, por sua vez, é captada por uma fibra óptica que conduz a luz até um espectrômetro ligado a um computador dedicado à aquisição e tratamento dos dados. Folhas de plantas em diferentes estágios da doença e folhas de árvores sadias variam a concentração de compostos orgânicos e, consequentemente, a fluorescência destas apresenta intensidades variadas. É através das variações observadas nos espectros LIFS das diferentes amostras que se busca o diagnóstico das doenças.

Já a espectroscopia de emissão óptica de plasma induzido por laser é uma técnica de análise multi elementar bastante rápida e eficiente, em que, com uma única medida, os pesquisadores obtêm um espectro contendo linhas discretas de emissão, através das quais é possível identificar praticamente todos os elementos da tabela periódica que estão presentes na tal amostra. Com essa técnica, alcançamos uma taxa de acerto superior a 80% no diagnóstico das doenças HLB e cancro cítrico e, para gerar essa porcentagem, utilizamos espectros LIBS em folhas em fase sintomáticas e assintomáticas das doenças em estudo, e também amostras de folhas sadias, completa Anielle. 

Sendo assim, com ambas as metodologias propostas em seu projeto, Anielle conseguiu demonstrar que há um grande potencial em diagnosticar tais doenças através das técnicas propostas, o que, obviamente, é um avanço que deverá refletir no aumento da produção e comercialização das frutas cítricas, uma vez que será muito mais simples, eficiente e rápido analisar a sanidade de árvores e controlar o espalhamento dessas doenças bacterianas que não têm cura e levam à morte da planta.

IFSC-USP como base profissional

Antes de ingressar na Universidade de São Paulo, Anielle já via a USP como uma instituição de prestígio. Quando se tornou aluna do Instituto de Física de São Carlos, ela conta que teve a certeza de que o IFSC realmente tinha alto potencial para oferecer, como, por exemplo, excelentes ferramentas e docentes de alta qualidade para contribuir com sua formação profissional: Ter ingressado no IFSC foi o maior passo que dei em minha carreira. Na Universidade eu construí amigos e fui muito feliz, aliás, sou feliz, e o Instituto de Física de São Carlos é a minha base, pois é nele que eu vejo exemplos, oportunidades, onde eu aprendi a ser resistente, persistente e forte. Me transformei em uma pessoa que não desiste de seus objetivos, revela a estudante do IFSC-USP. 

Há pouco tempo, Anielle tinha dúvidas em relação ao seu futuro e caminhava para atuar na área acadêmica. No entanto, após conhecer mais sobre a empresa Dow, idealizadora do Prêmio SISCA, a estudante do Instituto soube que a empresa multinacional possui laboratórios de pesquisa e desenvolvimento em diversas áreas, dentre elas uma relacionada à agricultura, tendo enxergado uma grande oportunidade de ingresso na área industrial. Meu objetivo é trabalhar em alguma empresa ou laboratório que saiba aproveitar toda a minha experiência adquirida no mestrado e também todo o conhecimento e habilidade que estou buscando com o doutorado, seja em empresas localizadas no Brasil ou no exterior, finaliza.

Para conferir o projeto de Anielle, clique AQUI 

Assessoria de Comunicação

18 de novembro de 2014

Scaling in cold few-atom systems in different dimensions

Tobias1-250Em mais um seminário promovido pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, que ocorreu no dia 18 de novembro, na sala de seminários do citado Grupo, o Prof. Dr. Tobias Frederico, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA, ministrou a palestra Scaling in cold few-atom systems in different dimensions, onde dissertou sobre a s-wave Feshbach, tendo destacado correlações independentes de sistemas com três corpos.

O Prof. Tobias possui graduação, mestrado e doutorado em física pela Universidade de São Paulo, sendo, atualmente, docente do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Ele tem experiência na área de física, com ênfase em Física Nuclear, atuando principalmente nos seguintes temas: Sistemas Quânticos de Poucos Corpos, Átomos Ultrafrios, Núcleos Exóticos Leves, Frente de Luz, QCD, Modelos à Quarks Constituintes e Estrutura de Mésons e Bárions.

O ITA

Localizado no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – DCTA, na cidade de São José dos Campos, interior paulista, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica é uma instituição pública ligada ao Comando da Aeronáutica – COMAER e que oferece cursos de graduação, em diversas áreas da engenharia, e de pós-graduação, nos campos de engenharia, física e ciências e tecnologias espaciais.

Assessoria de Comunicação

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