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16 de maio de 2019

Atualização da produção científica do IFSC/USP – Abril 2019

Veja nesta nota a produção científica de nossa Unidade.

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  Abril  de 2019, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) no final da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico:

Journal of Materials Science, v. 54, n. 13, p. 9313-9320, July 2019 (CLIQUE AQUI)
 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de maio de 2019

Membrana celular como matéria prima para construir nanocápsulas

O Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), liderado pelo Prof. Valtencir Zucolotto, em estreita colaboração com o Instituto de Química da UNICAMP, liderado pelo Prof. Wagner Fávaro, acaba de concluir um trabalho em nanomedicina contra ao câncer, utilizando uma membrana celular como matéria prima para a fabricação de nanocápsulas para entrega de terapia em células tumorais. Recordamos que, usualmente, as nanocápsulas são feitas de outros materiais, incluindo polímeros, lipídeos, cerâmicas, etc.

Esta pesquisa, publicada no passado mês de fevereiro pela revista ACS – Applied Bio Materials, relata o trabalho multidisciplinar que foi feito, envolvendo aspectos relacionados com nanotecnologia, biotecnologia e biologia celular.

A nova nanocápsula foi construída com membranas celulares extraídas de cultura celular, prevendo-se, no futuro, que essas células possam ser recolhidas através de biópsias dos próprios pacientes. O trabalho consistiu em separar a membrana dessa célula colhida em cultura, substituindo todo o interior da mesma, onde foi colocado um quimioterápico, um extrato vegetal (betalapaxona), enquanto que no interior da célula se introduziu um nanobastão – ou nanorod de ouro; ou seja, a nanocápsula ficou funcionalizada com duas frentes de ataque. Como a membrana da nanocápsula tem a composição muito parecida com a da célula tumoral, o processo de reconhecimento é melhorado, a princípio, sem qualquer rejeição, pois o organismo tende a não reconhecer a nanocápsula como um corpo estranho. O processo final consiste em irradiar com luz infravermelha a nanocápsula, que, com o calor, libera os fármacos na célula doente, provocando a morte da mesma pela ação do fármaco e pelo aumento da temperatura (foto-hipertermia).

Todas as etapas de síntese e caracterização dessas nanopartículas foram realizadas no IFSC/USP pela Dra Valéria Marangoni, ex-aluna de doutorado no GNano, incluindo os testes in vitro em culturas celulares. A pesquisa passou para a vertente in vivo, na UNICAMP, onde foram induzidos tumores de bexiga em cobaias. Na sequência, o método e a irradiação foram utilizados apenas uma vez, por um par de minutos, tendo-se verificado que nenhum dos tumores cresceu, tendo mesmo alguns regredido.

Até onde se sabe, este é o primeiro trabalho do gênero a ser realizado no nosso país, sendo que o sistema poderá ser utilizado futuramente em qualquer tipo de tumor cancerígeno, através de aplicação intravenosa.

Para ter acesso ao artigo científico deste trabalho, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de maio de 2019

No IFSC/USP: “The optical response of a metal insulator transition”

Numa iniciativa conjunta do Café com Física e dos Seminários do Grupo de Óptica, realizou-se no dia 15 do corrente mês, no nosso Instituto, um Seminário Especial com a participação do Prof. Dr. Ricardo Lobo (CNRS – Sorbonne Université), subordinado ao tema The optical response of a metal insulator transition.

O palestrante demonstrou como a transição de fase entre um metal e um isolante é caracterizada por uma mudança monumental no espectro infravermelho e visível do material. No caso mais simples, a resposta ótica de um isolante é uma superposição de vibrações de rede (fônons) e excitações inter-banda. A passagem a um estado metálico é acompanhada da introdução de cargas livres que vão paulatinamente ocultar a resposta dos fônons com a concomitante aparição de um “pico de Drude”.

Contudo, o palestrante enfatizou que esta descrição, extremamente simplificada, perde sua validade na presença de desordem e de correlações eletron-fônon e eletron-eletron.

Neste seminário, Ricardo Lobo apresentou os modelos básicos para a descrição de espectros ópticos através da transição metal-isolante, tendo discutido a informação quantitativa presente na resposta ótica e como ela nos dá uma informação original sobre as excitações fundamentais em sólidos. Em particular, discutiu a relação entre a resposta ótica e a distribuição energética de cargas em um sólido, com exemplos em condutores e supercondutores não convencionais.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de maio de 2019

Programa do IFSC/USP traça destino de jovem doutor em Física

Muitos motivos podem levar um aluno a optar por estudar Física em sua vida, mas o recém doutor Vinícius Henrique Aurichio foi levado para essa área de conhecimento por acidente, literalmente.

Antes de passarmos à história de mais um doutor formado no IFSC, destaquemos o trabalho defendido em sua tese de doutorado, subordinado ao tema “Immersed–interface methods in the presence of shock waves” (Métodos de interface imersa na presença de ondas de shock). Um problema típico de engenharia envolvendo fluídos também envolve objetos sólidos interagindo com eles—uma peça de maquinário, ou a asa de um avião, por exemplo. Para estudar estes sistemas em um computador, temos que representar estes objetos que estão imersos de alguma maneira. Um método de interface imersa é uma das maneiras que podemos utilizar para fazer essa representação.

Vinicius ressalta que a grande vantagem de usar esse tipo de método é que ele, em geral, é mais rápido e as simulações que se conseguem fazer são igualmente mais rápidas porque essa malha é simples. E, como consequência, consegue-se fazer desenvolvimentos tecnológicos mais rápidos usando essa ferramenta. Ele afirma que é possível fazer o desenvolvimento mais rápido do projeto e dá um exemplo: “Ao invés de esperar três dias por um resultado, talvez consiga resolver o problema em duas ou três horas. Ou seja, a partir do momento em que você encontra alguma coisa interessante, você ou insiste nesse método com mais poder computacional, ou você vai usar um outro método que te proporcione mais detalhes, mas você já ajuda a filtrar o tipo de simulação que você precisa fazer”.

Aurichio afirma que a grande dificuldade de trabalhar com fluídos inicia-se exatamente na hora de começar a estudar o tema. “Subestimei um pouco o tamanho do problema, sabia que era difícil, mas não imaginava que era tão complexo assim. Em contraponto, o que facilitou meu trabalho foi o fato de sempre ter gostado de programação, o que reforçou minha determinação em fazer doutorado nessa parte de simulação”.

Uma história rica

Quando estava na 5ª série, por volta de seus onze anos de idade, acidentalmente teve seu braço machucado e, certa vez, em seu período de recuperação, sua professora pediu-lhe para buscar um livro na biblioteca e ele pegou justamente um sobre Física, fato que, segundo o jovem doutor, mudaria sua vida para sempre: “Eu descobri, entre outras coisas, como é que se calculava a velocidade dos objetos em movimento e já achei incrível. Lembro-me de ter falado comigo mesmo: nossa é isto aqui! O pessoal fala que é difícil, mas eu vou em frente” afirma Vinicius, divertindo-se ao lembrar o episódio. Foi a partir daí que começou sua grande jornada pelo mundo da Física. Desde  então, o jovem começou a desenvolver cada vez mais interesse nesse campo e buscar mais conhecimentos. Ele afirma que sempre esteve envolvido com atividades na área e que desde seu 2º e 3º colegial alguns professores o incentivaram muito a ingressar na área de Exatas, em especial nas Olimpíadas de Física, nas quais atuou diversas vezes.

Natural de São José dos Campos,  Vinícius Henrique Aurichio afirma que a entrada no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi marcada por sua participação na Escola de Física Contemporânea: Participei, adorei e acabei vindo para cá”, comenta nosso entrevistado. Vinícius exalta que a estrutura oferecida pelo IFSC/USP, tanto no ensino quanto nos laboratórios, tem a mesma qualidade do que as escolas do exterior: “Tive várias conversas com pessoas de outros países e a gente não perde em nada em educação de qualidade, aqui, algo que me deixou muito feliz e plenamente convicto de que a minha escolha tinha sido certa”, enfatiza, acrescentando que o contato com os professores e pesquisadores do Brasil e do exterior foi fundamental para sua formação: “Durante a graduação, passei dois meses na Inglaterra, depois no mestrado fiz outras visitas e já no doutorado tive participação em congresso internacional. Então, estive sempre buscando manter o contato com esses pesquisadores, lá fora, tudo proporcionado pelo IFSC/USP”.

Para Vinicius, a Física é uma forma de traduzir o mundo, de resolver os problemas de todo tipo para um formato matemático que possibilite entender melhor como eles funcionam. É realmente entender quais são os pontos fundamentais de cada um dos problemas e trazer eles para um formato que seja amplamente suscetível de resolução , em geral, um formato matemático, seja com auxílio de computação, ou não, como foi em seu caso.

E ser um Físico é conseguir fazer essa tradução, conseguir encontrar o que é mais importante em determinado problema e decidir a melhor estratégia para resolvê-lo.

A escolha pela Física foi feita justamente por nosso entrevistado ter muita vontade de entender tudo, muita curiosidade em saber como as coisas funcionam. Vinícius afirma que o fato de ele ter essa ferramenta, que é a Física, que proporciona a forma de entender as coisas, foi o que o incentivou cada vez mais a ir por esse caminho.

O jovem doutor relata que em seu mestrado estudou uma área da Física Teórica, mais pura, pois ele gostava bastante dessa parte mais matemática. Mas, chegou um ponto em que sentiu falta de ver a aplicação mais direta dos problemas que estava tentando resolver. Então, ele decidiu ir para a área de simulação computacional e escolheu um problema com aplicação clara, que é a simulação de fluídos: “Eu já tinha dúvidas se queria (ou não) continuar na área acadêmica quando iniciei meu doutorado: assim, fiz questão de escolher um tema bastante aplicável fora do mundo acadêmico, e que me proporcionasse não só todo aprendizado que a Física ia me trazer – essa parte da Física mais avançada – mas também ferramentas de computação, pois tinha plena convicção que elas me abririam mais portas”.

Aurichio revela que já saiu da área acadêmica e que desde há um ano está trabalhando em uma instituição bancária: ele explica como usa a Física nas suas funções. “Essa parte de resolver problemas, de identificar os pontos mais importantes, decidir qual que é a melhor abordagem para determinado problema, usar programação para resolver problemas, é o que faço hoje, então, nesse ponto, deu certo a minha ideia que veio lá de trás ao escolher uma área que fosse me proporcionar isso depois Contudo, não é Física, certo? Então, simplesmente uso o raciocínio e as capacidades que aprendi na Física para fazer esse trabalho”, comenta, deixando uma espécie de mensagem para os alunos mais jovens. “Algo que me ajudou muito em todo curso e mesmo no mestrado e doutorado, foi ter iniciativas próprias. Então, se você acha um tema interessante, seja ele qual for, vai por conta própria, pede ajuda, pede indicação de livros para seus professores. Não espere que vá ter tudo nas aulas. Expanda os horizontes, tanto na área acadêmica, quanto na área produtiva: não se restrinja a um grupo de pesquisa. Faça seus contatos e aproveite tudo que o IFSC/USP te oferecer, pois com isso você irá crescer na carreira e ser feliz na sua profissão”, conclui o jovem.

(Entrevista: Lilian Tarin / Superv. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de maio de 2019

Roberto Menezes Serra (UFABC) apresenta colóquio no PPGF/UFSCar

Realiza-se no próximo dia 16 de do corrente mês, pelas 16h30, na Sala de Seminários ”Swieca Nova”, mais um colóquio inserido no Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos (PPGF/UFSCar), subordinada ao tema Demônios de Maxwell e a inversão da seta termodinâmica do tempo em sistemas quânticos, que será apresentado pelo Prof. Dr. Roberto Menezes Serra (UFABC).

Produção de entropia é um fato ubíquo da natureza; acontece invariavelmente em uma diversidade de circunstancias, impondo limites para aplicações tecnologias, processos biológicos e até mesmo processamento de informação.

Este fenômeno é ainda mais provocativo a nossa intuição sobre irreversibilidade em contextos que envolvem mecânica quântica e estão fora (longe) do equilíbrio termodinâmico. Neste caso a observação de flutuações de energia é fundamental para a descrição de quantidades termodinâmicas.

O desenvolvimento de técnicas de controle coerente associadas a Ciência e Tecnologia da Informação Quântica (ocorridos nas últimas décadas) nos permitem acessar tais flutuações de energia e testar suas consequências no laboratório. Podemos agora criar verdadeiros Demônios de Maxwell, que “desafiam” a segunda lei da termodinâmica, em experimentos reais.

Para além disso, podemos ainda usar características quânticas como correlações não clássicas para inverter o que chamamos de “seta termodinâmica do tempo” (pelo menos em certo intervalo de tempo).

Neste colóquio, o palestrante apresentará experimentos recentes envolvendo sistemas quânticos onde Demônios de Maxwell e máquinas nanoscópicas são testadas. Mostrará como controlar e até mitigar a irreversibilidade e como inverter a seta termodinâmica do tempo em escala quântica. Discutirá as consequências destes experimentos e o surgimento de uma nova área de pesquisa que vem sendo chamada de “Termodinâmica Quântica”.

Por último, Roberto Menezes Serra falará também sobre o impacto destes avanços teóricos e experimentais em aplicações reais e para o entendimento dos limites da emergente tecnologia quântica, que deve revolucionar o processamento de informação (computadores quânticos), comunicação (criptografia quântica) e a metrologia (sensores quânticos) no presente século.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

14 de maio de 2019

USP Inovação: Incentivos fiscais e captação de recursos para inovação

A Agência USP de Inovação, em parceria com o Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP, promove no dia 3 de junho, a partir das 14h30, no Espaço de Eventos do IEA-RP, a conferência subordinada ao tema Incentivos fiscais e captação de recursos para inovação.

No evento, o presidente da Gestiona, Sidirley Fabiani, vai abordar as oportunidades trazidas por leis e programas que permitem concessão de incentivos fiscais a empresas que investem em pesquisa e  desenvolvimento, como a Lei do Bem, a Lei da Informática e o programa Rota 2030.

O palestrante vai discutir ainda a atuação do Sistema Nacional de Inovação, que integra poder público, universidades, institutos de pesquisa e empresas em torno de iniciativas dessa natureza.

Sidirley Fabiani é graduado em engenharia mecânica e administração pela USP e mestrando em empreendedorismo e inovação, também pela USP. Atuou como gestor de projetos e consultor em empresas como Petrobras, Vale, Gerdau, Syngenta, Votorantim e Citibank. Fundou e preside atualmente a Gestiona, uma consultoria especializada nas áreas de gestão da inovação com ênfase em políticas públicas, gestão do conhecimento, gestão financeira e engenharia.

As inscrições para a conferência são gratuitas e podem ser feitas clicando AQUI.

Mais informações: iearp@usp.br ou pelo telefone (16) 3315-0368.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de maio de 2019

Aluno do IFSC/USP em projeto de pesquisa nos EUA

General Atomics – San Diego (EUA) (foto General Atomics)

Yuri Peres Asnis (22) é aluno do Curso de Bacharelado em Física, no nosso Instituto (IFSC/USP) e ano passado, em pleno terceiro ano de graduação, foi notificado de que tinha sido selecionado para uma bolsa da Universidade para realizar trabalhos de pesquisa na conceituada empresa General Atomics, especializada em projetos de defesa. Através dessa bolsa de empreendedorismo disponibilizada pela Agência USP de Inovação (AUSPIN), os alunos de graduação da Universidade ficam incentivados a desenvolverem projetos nas mais variadas áreas do conhecimento, sendo que o período de intercâmbio pode variar de dois a seis meses. Ao todo, a Auspin disponibiliza R$ 1 milhão para os auxílios. O diferencial é que essa bolsa tem como premissa a independência do aluno nas escolhas. É de sua responsabilidade definir o projeto e a instituição de destino (centro de pesquisa, empresa preferencialmente com base tecnológica, universidades etc.), sendo que foi assim que Yuri chegou à General Atomics.

A empresa é filiada ao Departamento de Energia americano e está sediada em San Diego, Califórnia. O estudante do IFSC/USP chegou aos Estados Unidos no dia 25 de janeiro e desde então desenvolve sua pesquisa no setor nuclear. Morando a 20 Km da General Atomics, ele contou para o “Jornal da USP” (em matéria da responsabilidade de Maria Paula Andrade) que a rotina é tranquila, mas o estudo do projeto está sendo bem difícil. Ele quer contribuir no avanço da fusão termonuclear como um recurso energético adicional, já que ela é uma potencial fonte de energia segura, sem emissão de carbono e ilimitada.
Segundo Yuri, diferentemente dos reatores de fissão nuclear, como o de Chernobyl, que utiliza elementos radioativos e o remanescente pode ser perigoso para o meio ambiente e saúde, caso seja exposto, a fusão nuclear tem como subproduto o hélio, um gás que não reage quimicamente com outra substância e não polui.

Outro benefício da fusão termonuclear é liberar cerca de quatro milhões de vezes mais energia do que em reações químicas, como a queima de carvão, petróleo ou gás, e quatro vezes mais energia que a fissão nuclear. “Mas é difícil fazer fusão nuclear porque precisa de uma pressão e temperatura muito grandes dentro do reator. Como não conseguimos reproduzir tamanha pressão, aumentamos a temperatura, que é a chave para fazer fusão”, explica o estudante de Física.
Dentro dos reatores de fusão nuclear, são observadas instabilidades. “Quando isso acontece, o campo magnético carrega energia e a libera para o plasma. Isso acaba esquentando o plasma – o que é bom. Só que ninguém sabe o porquê disso acontecer.” O projeto dele quer descobrir a natureza que fica por trás dessas instabilidades. “Sabendo o motivo, você pode aprimorá-las.”

Ainda na graduação, mas já um cientista

A experiência o fez sentir na pele as dificuldades de ser um cientista. “Estou aprendendo como é trabalhar em uma área acadêmica, tendo que lidar com frustrações e cálculos errados.” No entanto, a pesquisa caminha para o progresso e o quase físico acredita que a experiência abrirá muitas portas em um futuro próximo.

Yuri conheceu seu orientador, Gustavo Paganini Canal, professor do Instituto de Física (IF) da USP, em São Paulo, lendo um artigo sobre fusão nuclear. Como no IFSC ainda não há essa área de pesquisa, resolveu entrar em contato com o professor da capital. “Quando estava fazendo a iniciação científica, descobri sobre a bolsa de empreendedorismo e sugeri para o meu orientador. Ele falou que a General Atomics seria o melhor lugar para aplicar.”

Ele conta que a empresa admite diversos estrangeiros de todo o mundo. “Estou morando com dois suecos e dois finlandeses, o que está sendo uma experiência muito boa.”

A diferença mais perceptível, para ele, é em relação à infraestrutura. “A pesquisa no Brasil é muito boa, mas a estrutura aqui é diferenciada”, destaca. A General Atomics fica localizada em um grande parque científico, com várias empresas das mais diversas áreas tecnológicas. A qualidade de trabalho é um diferencial para o andamento da sua pesquisa.

Yuri Asnis nos laboratórios da General Atomics (foto arquivo pessoal)

“Eu recebi o dinheiro da Auspin para fazer a pesquisa aqui. Pelo edital, não posso receber nenhum dinheiro externo. Mas a bolsa está sendo o suficiente”, afirma o estudante de Física.

Já seu orientador no Brasil, Gustavo Paganini Canal, fez o caminho inverso de Yuri. Recentemente, foi contratado como professor da USP depois de ficar dez anos fora do País fazendo seu doutorado e pós-doutorado. Voltou para estimular o desenvolvimento de pesquisas na área de fusão nuclear no Brasil.

No Instituto de Física, há o Laboratório de Física de Plasmas TCABR, um dos laboratórios que impulsionaram a criação do Departamento de Física Aplicada na USP e importante para o desenvolvimento da área no Brasil.

Yuri volta dia 27 de junho ao Brasil para terminar os estudos e se formar, mas conta que tem projetos para um futuro próximo. “Meu orientador, de São Paulo já me ofereceu uma bolsa de doutorado direto para fazer aqui.” Mas essa não é sua única opção, Yuri também fala da possibilidade de receber um convite direto da General Atomics para desenvolver mais pesquisas por lá, depois de se formar. O certo é que ele pretende voltar para San Diego “de algum modo ou de outro”. Por enquanto, ele continua desenvolvendo sua pesquisa em um dos mais renomados centros de energia nuclear do mundo.

(Com informações de Jornal da USP / Maria Paula Andrade)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de maio de 2019

Seminário NaCa: “Gas sensors based on rGO-ZnO nanocomposites”

O Pós-doutorando na área de Física da Matéria Condensada, Dr. Bruno Sanches de Lima (IFSC/USP), foi o convidado do último Seminário do Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas – NaCa, que trouxe o tema Gas sensors based on rGO-ZnO nanocomposites.

O palestrante demonstrou um caminho mais ecologicamente correto e barato para produzir filmes finos deste nanocompósito baseado em rGO e ZnO e também o desempenho de detecção de gás deste nanocompósito que foi avaliado em relação à detecção de ozônio.

Lima explicou quais os materiais nanocompósitos à base de óxido de grafeno reduzido (rGO) e óxido metálico de semicondutores (SMOx) têm atraído a atenção da comunidade científica, principalmente devido à grande variedade de propriedades físicas e potenciais aplicações, como materiais de células solares, supercapacitores, materiais fotocatalíticos e produtos químicos sensores.

Lima ressaltou que diferentes procedimentos de síntese têm sido empregados para produzir materiais com propriedades reguláveis e com homogeneidade microestrutural. Neste contexto, o aluno relatou vários métodos baseados em laser que têm sido apontados como uma maneira “mais verde” e eficiente para reduzir o óxido de grafeno, tendo explanado sobre a redução de filmes de óxido de grafeno pela irradiação desses filmes com laser Nd: YAG de nanossegundos com comprimento de onda ajustado em 266 nm. Ele afirmou, por último, que as nanopartículas de ZnO foram depositadas sobre a camada de rGO por meio de pulverização com magnetron RF.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de maio de 2019

Como as florestas brasileiras foram construídas pelos índios

Como as florestas brasileiras foram construídas pelos índios: exemplos do sudoeste da Amazônia é o título da próxima palestra inserida no programa Ciência às 19 Horas, que ocorrerá no próximo dia 15 de maio, a partir das 19 horas, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) e que será apresentada pelo Prof. Eduardo Góes Neves, pesquisador do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP).

Esta palestra trará dados arqueológicos e históricos que mostram como o sudoeste da Amazônia vem sendo ocupado por povos indígenas há cerca de dez mil anos. Novos dados indicam que houve uma grande atividade humana, a tal ponto de tornar impossível separar as paisagens da história dos povos indígenas e de outros povos da floresta que lá viveram. Tais paisagens milenares estão atualmente ameaçadas pelo desmatamento descontrolado, que não apenas leva à perda da biodiversidade local, como, também, ameaça o patrimônio cultural da região.

As palestras do programa Ciência às 19 Horas, que ocorrem mensalmente no IFSC/USP, têm entrada gratuita e são abertas à comunidade, contando com transmissão ao vivo pela IPTV.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

10 de maio de 2019

“Finding Needles In The Quantum Haystack With The LHC”

No último dia 10, o Colloquium Diei trouxe o Prof. André Lessa, da UFABC, como convidado do programa do IFSC/USP para sua palestra Finding Needles In The Quantum Haystack With The LHC.

O palestrante explicou como o Grande Colisor de Hádrons (LHC) está atualmente colidindo prótons nas mais altas energias já produzidas em laboratório. Ele afirmou que durante os últimos anos, o LHC coletou uma quantidade impressionante de dados, o que permite investigar a natureza do mundo quântico de alta energia.

Em seu colóquio, o palestrante trouxe uma discussão geral sobre como LHC permite sondar novos estados quânticos que estavam presentes apenas na origem do Universo. Também foram discutidas algumas das ferramentas computacionais que foram desenvolvidas nos últimos anos para lidar com a enorme quantidade de dados gerados pelo LHC.

O convidado ressaltou que o desenvolvimento dessas ferramentas tornou-se essencial para permitir confrontar um amplo espectro de novos modelos de física com os dados do LHC.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de maio de 2019

CEPOF/IFSC-USP comemora os 150 anos da Tabela Periódica

O CEPOF – Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica do IFSC/USP, dentro de suas várias atividades de difusão, lançou recentemente uma programação especial na TV/USP de São Carlos e no Canal Youtube em homenagem às comemorações dos 150 anos da primeira organização da Tabela Periódica feita pelo químico russo  Dmitri Ivanovic Mendeleiev e publicada em 1869.

Uma sequência de vídeos já está sendo exibida no Canal 10 da Net de São Carlos (TV USP) que contextualizam a importância da “Tabela Periódica”, retratando sua história, significados e exemplificando como ela foi organizada.

Da mesma forma, uma série de episódios mais curtos explicarão cada um dos mais de 120 elementos nela contidos, elucidando como cada um deles ele foi descoberto, onde ele se encontra na natureza, a sua importância e onde ele é utilizado.

Os vídeos estão disponíveis no Canal do Youtube do CEPOF, através de uma playlist, sendo que para ter acesso a essa programação basta se inscrever no Canal e deixar seus comentários.

Esta é uma iniciativa do Diretor do IFSC/USP, Profº Dr. Vandelei Bagnato, e do docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Sebastião Pratavieira, que contaram com a colaboração da equipe do Prove – Produção de Vídeos Educacionais da TV USP – na produção e edição desta série para comemorar este grande evento da história dos elementos químicos.

Ficha Técnica:

Adaptação texto e Ilustrações: Viviani Marchi e Marcel Eduardo Firmino

Filmagem e Edição: Brás José Muniz.

Edição Final: Marcel Eduardo Firmino

Abertura e Cenário: Anderson Muniz

Idealização e Supervisão Geral: Vanderlei Salvador Bagnato

Apresentação: Vanderlei Salvador Bagnato e Sebastião Pratavieira

Para acessar a playlist no Youtube, clique na imagem acima

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

9 de maio de 2019

“IFSCão” – 2ª Dog Therapy” invade USP de São Carlos

Luis Gustavo Marcassa

A Área-1 do Campus da USP – São Carlos é inegavelmente movimentado pelos alunos e funcionários que ocupam o dia-a-dia da instituição. Entretanto, o dia primeiro do corrente mês foi marcado por presenças atípicas: fora o fato do feriado do “Dia do Trabalho”, cães e seus donos invadiram o gramado do edifício E1 da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), localizado em frente ao prédio administrativo do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), para a realização da 2ª edição do IFSCão – Dog Therapy.

Iniciativa da Comissão de Graduação do IFSC/USP, o “IFSCão” surgiu com o intuito de trazer ao corpo acadêmico um ambiente universitário mais acolhedor e dinâmico. Segundo o idealizador do projeto, o presidente da Comissão de Graduação do IFSC/USP, Prof. Luis Gustavo Marcassa, embora já ciente dos resultados da dog therapy em universidades do exterior, a experiência e a ideia de aplicá-la ao IFSC/USP ocorreu quando aguardava seu voo em um aeroporto americano. “Outro dia eu estava aguardando meu voo em um aeroporto, nos Estados Unidos, e lá eles tinham um cachorro para dog therapy. O objetivo daquele cachorro como “funcionário” era acalmar as pessoas naquele ambiente”, menciona Marcassa. “Achei muito interessante e surgiu a ideia! Parece que os participantes gostaram muito e nessa edição trouxeram seus cachorros”, comemora.

A adestradora, Daniela Ribeiro, também deu seu parecer sobre o evento. “Muitos donos acreditam que o cachorro não possa se socializar, que tenha medo e possa ser mordido, mas em um evento deste porte, com supervisão e muita responsabilidade, eu acho de extrema importância, tanto para saúde do animal quanto para a do dono”, ressalta Daniela. “Até mesmo um cachorro que não tem o hábito de sair e se relacionar com outros cães, pode vir para um evento como este. Cada dono sabe os limites do temperamento do próprio cão, então é uma opção mantê-lo afastado do grupo inicial e tentar uma aproximação assistida com um dos cães mais dóceis e sociáveis, como o Paçoca, que é amigo de todo mundo”, refere-se Daniela ao participante mais interativo do “IFSCão”.

Daniela – adestradora

Quanto aos benefícios da dog therapy, Daniela afirma que esses surtem efeitos tanto para os cães quanto para os donos. “Os benefícios da dog therapy são para ambos, mas principalmente para o cachorro. No geral, os cães não têm tanto acesso a uma área verde como esta aqui, na USP, e isso é muito importante para eles. Cheiros novos, conhecer os cães, fazer essa socialização, são fatores importantes para o desenvolvimento do cão. Já para as pessoas, manter um relacionamento com o animal é de extrema importância, porque eles exercem uma função de fio terra, na qual basta o contato para descarregar nossas energias”, diz a profissional, ressalvando sua fala no IFSCão anterior. “É claro que manter um relacionamento com um bichinho não é o único meio de descarregar essa energia. Na minha fala anterior, eu disse que uma pessoa que não gosta de cachorros não é uma pessoa normal, mas isso é uma visão minha. Não quis dizer que é um indício de algum problema clínico, apenas que não consigo imaginar alguém que não goste de cães”, retifica.

Sobre o público, o “IFSCão – 2ª edição” foi marcado pela presença tanto por alunos e funcionários do IFSC/USP, quanto por amantes de animais de dentro e fora do meio uspiano. Aluna do curso de Sistemas da Informação do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC/USP), Marina não hesitou em levar “Amora”, de apenas um ano, para interagir com outros cães. “Eu gosto muito de cachorros e como a “Amora” é muito nova eu resolvi trazê-la para socializar com outros cães, porque ela é muito medrosa”, explica. “Achei uma iniciativa muito boa, porque além de promover uma interação entre os animais, o projeto une pessoas com interesses comuns. Pretendo voltar na próxima edição”, afirma.

Samuel e família

O evento também contou com a presença de familiares de funcionários do IFSC/USP. O servidor Samuel compareceu ao evento na companhia da esposa, Jaqueline e de sua filha, e os três cachorros, “Pipoca”, “Malu” e “Nutella”. “Nós todos gostamos muito de animais, especialmente cachorros, então, quando o meu marido recebeu o comunicado sobre o “IFSCão” ficamos muito interessados”, diz Jaqueline. “Eu gostei muito da iniciativa e acredito que projetos como esse tragam muitos benefícios, tanto para nós quanto para os cachorros. Isso reúne as pessoas e provoca uma troca de experiências quanto a uma paixão em comum”, completa.

Como bom evento do IFSC/USP, a presença dos alunos de graduação e pós-graduação foi fundamental. As alunas de Física Computacional e Ciências Físicas e Biomoleculares, Karen e Carol, compareceram a segunda edição do “IFSCão”  com “Babi”, a cachorrinha de Carol. “Nós recebemos o comunicado da realização do evento e ficamos muito interessadas. Nós sempre passeamos juntas, com a “Babi” e com o “Toby”, que é o cachorro da Karen. Como iria ocorrer o evento, nós só resolvemos trocar o horário do passeio”, fala Carol. “É uma iniciativa muito legal, especialmente para nós que não somos da cidade. Entrar em contato com outros donos e trocar dicas, contatos de veterinários da cidade, por exemplo, é muito interessante. Já para os cachorros, é bem legal eles entrarem em contato com outros, porque no caso da “Babi”, ela só via o “Toby”, completa. Mas afinal, porque o “Toby” não veio? “O “Toby” ultrapassa o sociável”, comenta Karen, bem humorada. “Ele gosta muito da companhia de outros cães e ficaria muito agitado. Às vezes tenho dificuldades para controlá-lo, então achei melhor deixá-lo em casa”, finaliza.

Vela AQUI algumas fotos do evento.

(Carolina Falvo: Estag. Jornal. / Superv. Rui Sintra)

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de maio de 2019

Número recorde de inscritos na Escola de Física Contemporânea (EFC-2019)

O número de alunos interessados em frequentar a Escola de Física Contemporânea (EFC) – edição de 2019 – bateu todos os recordes, com 367 inscritos, sendo 234 oriundos do estado de São Paulo e 133 dos restantes estados do País.

A EFC-2019 realiza-se entre os dias 30 de Junho e 06 de julho próximos, sendo uma atividade de extensão que ocorre anualmente e tendo como público alvo alunos talentosos do ensino médio (2º e 3º anos) que apresentam interesse particular pela área de Física.

Os alunos agora selecionados para participar da escola serão informados até o dia 20 de maio e terão a oportunidade de assistir a aulas ministradas por professores da USP, de conviver com cientistas de um dos maiores centros de pesquisa multidisciplinar da América Latina, de visitar laboratórios de pesquisa do mais alto nível e de conhecer indústrias de tecnologia de ponta que nasceram dentro dos laboratórios de pesquisa do IFSC/USP.

A partir de agora, a comissão organizadora da EFC-2019 terá a dura missão de selecionar os 30 alunos que irão efetivamente participar da Escola, em regime de internato no IFSC/USP, durante uma semana inteira, com direito a alimentação, hospedagem em hotel com a presença de monitores e todo o restante apoio logístico, por forma a que os objetivos da Escola sejam atingidos.

Após a devida informação aos alunos selecionados, divulgaremos neste website sua procedência.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de maio de 2019

Biofotônica: do controle microbiológico ao câncer – novas perspectivas

O Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos (PPGF-UFSCar) realiza no próximo dia 09 de do corrente mês, a partir das 16h30, na Sala de Seminários “Swieca Nova”, mais um seminário, desta vez com a participação do Prof. Vanderlei Bagnato, Diretor do IFSC/USP, que dissertará sobre o tema Biofotônica: Do controle microbiológico ao Câncer – novas perspectivas.

Nesta apresentação, Bagnato mostrará os desafios atuais em temas relacionados com as ciências da vida e de como a física pode contribuir para vencê-los. Em especial, apresentará diversos problemas ligados ao controle de micro-organismos  e tratamento do câncer.

Além destes temas, o palestrante abordará o problema de segurança microbiológica em alimentos, além de detalhes relativos de como as ciências básicas podem contribuir para a resolução desses e de outros problemas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de maio de 2019

Pró-Reitor de Graduação da USP faz visita-surpresa ao IFSC

O Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Edmund Chada Baracat e a Pró-Reitora Ajunta, Profª Maria Vitória Lopes Bentley, fizeram uma visita-surpresa ao nosso Instituto, tendo mantido uma reunião rápida com o Presidente da Comissão de Graduação do IFSC/USP, Prof. Luís Gustavo Marcassa e os coordenadores dos cursos de nosso Instituto, onde foram discutidos o apoio da Pró-Reitoria de Graduação na reforma de algumas salas de aula, bem como novas formas de ingresso na USP e, em particular no nosso Instituto, através das Olimpíadas de Física.

Coordenador do Curso de Bacharelado em Física, Prof. José Fabian Schneider, Pró-Reitor de Graduação, Prof. Edmund Baracat, Presidente da Comissão de Graduação, Prof. Luís Marcassa, Pró-Reitora Adjunta de Graduação, Profª Maria Vitória Bentley, Coordenadora do Curso de Bacharelado em Física Computacional, Profª Tereza Mendes, Coordenadora do Curso de Licenciatura Interunidades em Ciências Exatas, Profª Cibelle Celestino Silva, e o Coordenador do Curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares, Prof. Alessandro Nascimento

Com um excelente humor, na saída da reunião o Prof. Baracat reafirmou que o IFSC/USP, de forma geral, é uma Unidade de excelência dentro da USP, com excelentes atuações na Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação “(…)E também em ações de Extensão, como é o caso da “Dog Therapy”, brilhantemente lançada pelo Prof. Luís Marcassa(…)”.

(Foto: Ricardo Rehder Cardoso)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

3 de maio de 2019

Serrapilheira lança nova chamada pública de Divulgação Científica

O Instituto Serrapilheira lançou no passado dia 02 de maio a sua segunda chamada pública de Divulgação Científica, para a seleção de trinta e cinco iniciativas para participar do Camp Serrapilheira, um grande evento com workshops, palestras e debates sobre os desafios atuais da divulgação científica, realizado no segundo semestre, no Rio de Janeiro.

As inscrições para a chamada pública vão até 07 de junho.

São bem-vindas iniciativas de formatos variados: arte, ciência cidadã, educação, jornalismo impresso ou digital, mídias digitais, museus, eventos, programas, rádio e televisão. Também buscamos projetos que não se enquadrem no sentido clássico de divulgação científica, bem como as multidisciplinares.

No Camp Serrapilheira, a ideia é reunir pessoas de todo Brasil com interesse por novas formas de comunicar a ciência em um ambiente criativo e estimulante. No encontro de quatro dias, os divulgadores têm contato com referências internacionais na área, formam redes de colaboração e concorrem a recursos financeiros do Instituto para realizar projetos voltados à promoção do pensamento científico.

Após participar do Camp, os trinta e cinco selecionados serão convidados a elaborar e apresentar projetos de divulgação científica ao Serrapilheira. Na segunda etapa, até catorze iniciativas serão contempladas com um apoio de até R$ 100 mil, cada, para investir na viabilização do projeto selecionado.

Alguns exemplos dos 14 projetos que já conquistaram este apoio em 2018 e compõem a primeira turma de grantees da Divulgação Científica do Serrapilheira, são o Computação Sem Caô (uma série de vídeos na internet que usa assuntos do dia a dia para explicar conceitos de ciência da computação);  o 37 graus (podcast que conta histórias com um pé na ciência); a BORI (agência que fará a ponte entre cientistas brasileiros e jornalistas para divulgar a pesquisa produzida no país); o Cientista Beta (que leva a iniciação científica ao Ensino Médio e incentiva que alunos se tornem pesquisadores); e o Silo – Arte e Latitude Rural (que vai promover um laboratório de experimentação e inovação cidadã em comunidades da Serrinha do Alambari – RJ).

“Um dos principais objetivos do Camp Serrapilheira é mapear iniciativas de divulgação científica que trazem novas formas de falar sobre o papel da ciência na construção da nossa história e do nosso pensamento”, explica a diretora de Divulgação Científica, Natasha Felizi. “Queremos chamar a atenção do público e da própria comunidade de cientistas para a importância de extrapolar os limites acadêmicos ao abordar temas científicos, como fazem os divulgadores e divulgadoras apoiados pelo Instituto Serrapilheira”.

Criado em 2017, o Instituto Serrapilheira é a primeira instituição privada, sem fins lucrativos, de fomento à ciência no Brasil. Foi criado para valorizar o conhecimento científico e aumentar sua visibilidade, contribuindo para a construção de uma cultura de ciência no país.

O Instituto atua em duas frentes: Ciência e Divulgação Científica. Nesta última, além de mapear o cenário da área no Brasil, o Serrapilheira também sugere novas estratégias e propõe espaços formativos e colaborativos entre os divulgadores brasileiros.

Para consultar esta chamada, clique na imagem acima.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

3 de maio de 2019

Heitor Shimizu fala sobre Agência FAPESP de Divulgação Científica

No último dia 03 do corrente mês, o programa semanal Colloquium Diei do IFSC/USP apresentou o tema: “A Agência FAPESP e a divulgação em uma Agência de Fomento à Pesquisa” com o coordenador do Setor Online da FAPESP, Heitor Shimizu.

O palestrante trouxe um pouco da história da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), tendo começado por fazer uma breve súmula quando a FAPESP teve suas primeiras ações de divulgação científica, em 1992 e quando em 1995 foi lançado o boletim Notícias FAPESP, o qual se tornaria a revista Pesquisa FAPESP quatro anos depois.

Em 2003 foi lançada a Agência FAPESP, hoje com mais de 110 mil assinantes de seu boletim diário em português e semanal em inglês e espanhol.

Shimizu salientou o fato de, atualmente, a divulgação da FAPESP contar com diversos outros veículos, como o programa Ciência Aberta, o Boletim Pesquisa para Inovação e mais de uma dezena de sites.

Em sua apresentação, Heitor também discorreu sobre a importância e os desafios de divulgar para vários públicos (cientistas, estudantes, jornalistas, políticos e o público geral) as ações de uma agência pública de fomento à pesquisa.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de maio de 2019

IFSC/USP: Seminário sobre oportunidades de pesquisa na Alemanha

Universidade Humboldt – Alemanha

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realiza no próximo dia 16 de maio, a partir das 14 horas, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, o seminário “Oportunidades de Pesquisa na Alemanha”, com a participação de pesquisadores que mantém vínculos e projetos colaborativos com diversas universidades e centros de pesquisa na Alemanha, como, por exemplo, Universidade Técnica de Munique, Universidade de Münster, Universidade de Berlim, Fundação Humboldt e o Centro Alemão de Ciência e Inovação.

No âmbito deste evento, diversos ex-bolsistas brasileiros darão depoimentos de suas experiências vividas na Alemanha, bem como as condições e vantagens de fazer pesquisa naquele país europeu.

As inscrições (gratuitas) para este seminário encerram dia 10 de maio.

Para se inscrever, clique na imagem abaixo.

Participe!!! Esta pode ser a sua chance de ter uma experiência científica e acadêmica fantástica!

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de maio de 2019

No IFSC/USP: extrato de açafrão mata larvas do Aedes Aegypti

Um extrato bem concentrado, designado “curcumina”, que resulta a partir do açafrão da terra (cúrcuma), colocado em contato com a luz do sol, mostrou-se eficaz no combate à larva do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras doenças, conseguindo matar essa larva entre 3 e 48 horas. O estudo e pesquisa foram realizados por pesquisadores do Grupo de Óptica de nosso Instituto, que conseguiram que a substância (curcumina) seja “amiga” do meio ambiente (não poluente), sendo, inclusive, mais eficaz que os tradicionais larvicidas.

Segundo a pesquisadora Drª Natália Inada, em declarações ao “G-1” “Após as larvas comerem a curcumina, em contato com o oxigênio presente no ambiente e com uma iluminação, ocorre uma reação de dentro para fora, destruindo essas mesmas larvas”.

O extrato tem aplicação simples. É só misturar o pó com um pouco de água e aplicar nos locais que podem servir de criadouro do mosquito, como pratos de plantas e/ou pneus. Os testes foram feitos em quintais de seis casas de São Carlos por três meses.

A pesquisa teve financiamento do Ministério da Saúde, que aguarda a sua finalização para avaliar a possibilidade de liberar a substância para o controle da dengue.

Os pesquisadores estão reunindo documentos pra encaminhar, ainda no primeiro semestre, para os órgãos competentes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para a aprovação do uso da substância no sistema público de saúde.

Segundo também declarações ao “G-1”, o Prof. Vanderlei Bagnato, do Grupo de Óptica do IFSC/USP, seu grupo de pesquisa está trabalhando em um convênio com empresas para produzir essa substância em alta quantidade, atendendo a que os métodos tradicionais utilizados não estão sendo capazes de resolver os problemas causados pelo Aedes aegypti.

Estes resultados dão sequência a uma série de estudos e pesquisas realizadas pelo IFSC/USP desde há alguns anos sobre esta temática e outras relacionadas, como o vírus Zika, como abaixo se exemplifica.

As redes do IFSC contra o zika vírus – https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/as-redes-do-ifsc-contra-o-zika-virus/

Estrutura de proteína crucial à replicação do vírus Zika é elucidada – https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/estrutura-de-proteina-crucial-a-replicacao-do-virus-zika-e-elucidada/

Processo que mata larvas do Aedes aegypti é elucidado https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/processo-que-mata-larvas-do-aedes-aegypti-e-elucidado/

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

2 de maio de 2019

“EFC-2018” impulsionou jovem a ingressar no IFSC/USP

O que é necessário para formar um bom cientista? O questionamento inicia uma longa lista de respostas – longa demais para apenas alguns parágrafos – mas que para o ingressante do Curso de Bacharelado em Física, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), Vinícius Pereira Pinto (18 anos), a curiosidade corresponde à síntese ideal.

Natural de Itaú de Minas (MG), Vinícius nunca escondeu a paixão pelo universo científico que, intensificada pela curiosidade irrefreável do garoto, ganhou ainda mais espaço após o primeiro contato com a disciplina de Física, no primeiro ano do Ensino Médio. “Logo de cara eu percebi que aquela era uma área que se eu tivesse a oportunidade de me aprofundar na graduação aprenderia muito mais e seria feliz profissionalmente”, relata Vinícius. “Com autoconhecimento, percebi que me tornaria um bom pesquisador e que escolher Física como graduação me proporcionaria uma ótima oportunidade para isso”.

Mesmo já tendencioso quanto ao futuro ensino superior, as dúvidas ainda assombravam o estudante. Como uma resposta dos céus – ou da internet -, foi navegando no Facebook que o atual ifscano ficou ciente de um evento já tradicional deste Instituto: a Escola de Física Contemporânea do ano de 2018 já estava com as inscrições abertas. “Eu estava no Facebook vendo as últimas publicações de conhecidos quando de repente surgiu um link de inscrição para a EFC. A publicação não era de ninguém muito próximo – talvez de um amigo de amigos em comum – que deu a sorte de aparecer na minha página inicial. Eu fiquei curioso e resolvi pesquisar mais para entender do que se tratava: era a minha cara. Fiz a inscrição sem nem mesmo consultar meus pais, mas depois sentamos todos juntos e decidi pagar os custos da Escola com o dinheiro que tinha guardado da minha bolsa de Iniciação Científica”, comenta Vinícius. “Depois dessa experiência, decidi sempre divulgar para antigos colegas de escola. Até mesmo quem não quer seguir Física como graduação acaba se interessando pela Escola. É uma experiência muito bacana!”, complementa.

Turma de alunos selecionados para a Escola de Física Contemporânea 2018 (EFC-2018) – Vinicius é o sétimo na primeira linha de estudantes

Sobre a Escola de Física Contemporânea, Vinícius ainda menciona a importância do contato prévio com a estrutura e funcionamento do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) para decidir de vez entre o interior são-carlense e a capital paulista no momento de inscrição dos vestibulares. “Quando tomamos uma decisão importante é natural querer o melhor, e eu sabia que, independentemente do curso, a Universidade de São Paulo (USP) é a melhor. Eu pretendia prestar Física, mas não fazia ideia que a Universidade tinha dois campi com o mesmo curso: eu acreditava que existisse apenas em São Paulo”, admite. “A EFC me fez perceber que São Carlos também era alternativa; bastava escolher. Vir para São Carlos e viver uma parcela do que a cidade, a estrutura e o funcionamento do Instituto proporcionam bastou para escolher o polo do interior. Ambos os Institutos têm alta qualidade de ensino e oportunidade de pesquisa, mas o fato de São Carlos ser mais próxima da minha cidade e menor que São Paulo, pesou na hora de escolher”.

O impacto das escolhas também atingiu Vinícius durante a decisão do curso. Segundo o estudante, o apoio dos pais e a base sólida de ensino proporcionado pelos profissionais do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS – Campus Passos), onde fez o Ensino Médio, foi imprescindível para o jovem ter alcançado a concorrida vaga na universidade. “Eu sempre tive muito claro que queria morar fora de casa, fazer faculdade fora. Fui gradualmente mostrando o que queria fazer da minha vida e por mais que meus pais talvez preferissem cursos mais bem pagos, nunca me impediram de cursar o que eu tinha vontade. Eu estava convencido e eles sabiam que não me fariam mudar de ideia: tudo na base de muito apoio e respeito”, menciona. “Também muito importante para eu estar onde estou hoje foi a educação que recebi no Instituto Federal. Lá, eu adquiri muita bagagem, tanto para minha vida pessoal, quanto acadêmica: me tornei mais preparado, decidido, e sei que tudo foi graças aos bons professores que tive, onde eu estudei”.

Sobre a preparação para o vestibular e estudos no geral, Vinícius aponta seus erros e acertos e compara os ritmos de estudo no ensino médio e curso superior. “A preparação para o vestibular foi complicada para mim, porque eu não tinha um ritmo regular de estudo. Apesar disso, minha dedicação era máxima em sala de aula e é a isso que eu devo a minha aprovação. Foi graças a minha bagagem”, relata. “Agora, na universidade, eu estou empenhado a organizar meus horários de estudo. Embora tenha menos aulas do que tinha no ensino médio, a exigência da graduação é muito maior e o meu nível de dedicação deve ser rigoroso. Agora, é ainda mais importante aprender a estudar”, constata Vinícius.

Vinicius e colegas de grupo na apresentação final da EFC-2018

Agora ingressante do Bacharelado em Física, o mineiro não falta em expectativas quanto ao curso e a experiência universitária e ainda revela o interesse por atividades extracurriculares. “Quero aproveitar o curso e a universidade o melhor possível, não apenas quanto a oportunidades de aprendizado. Assim como o desenvolvimento intelectual, a chance de sair de casa e estudar com pessoas diferentes possibilita a construção de novas amizades e amadurecimento. Acredito que tudo será oferecido”, relata. “Sobre interesses ‘desvinculados’ a graduação, estou tentando não me comprometer com tanta coisa agora no início do curso. Eu sou muito envolvido em atividades extras, mas não quero me comprometer muito agora no início do curso. Por enquanto, estou participando do Clube de Astronomia, que se reúne semanalmente em atividades organizadas pelos próprios alunos; mas também pretendo entrar para o FoCA – o grupo de fotografia do CAASO. A fotografia foi meu hobby durante cerca de seis anos e, honestamente, estava com medo de não ter um grupo como este”, comenta Vinicius, bem humorado. “Como é um campus onde predominam as ciências exatas, ter um grupo de fotografia foi uma surpresa boa”.

Quanto a construção da carreira após a graduação, Vinícius tem ideia sólida sobre o próprio destino profissional. “Eu considero continuar na Academia: fazer pós-graduação e me tornar pesquisador em Física Teórica – área que eu tenho maior interesse. O que eu ainda não tenho certeza é se quero exercer a pesquisa dentro ou fora do país, porque além de depender muito das minhas futuras oportunidades na graduação e pós-graduação, para ser pesquisador no Brasil é necessário ser também docente, o que não me agrada”, diz. “Ser um bom professor requer muita didática e paixão por ensinar, a ponto de inspirar seus alunos a serem professores. Não acho que tenho didática para ser docente e, no momento, lecionar não é o meu objetivo de carreira, então quero achar uma maneira de conciliar essas duas vontades”.

Afinal, o que é formar um bom cientista? Para Vinícius, a resposta da questão vem acompanhada de mensagem simples, mas verdadeira: reconhecer-se como cientista antes de tudo. “Escolher o curso é muito importante, é claro, mas não é preciso ter pressa. Feita a escolha, é necessário lutar por ela e não apenas “passar por passar” no vestibular. Além disso, entrar na universidade e não absorver nada – seja como físico ou como pessoa – não vale nada; é preciso dar o seu melhor naquilo que você faz para não se tornar um adulto frustrado. Seja físico por prazer, não por obrigação, porque o que te faz um bom cientista é se sentir completo com aquilo que você escolheu”.

(Carolina Falvo – Estag Jornalismo /Superv. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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