Notícias

16 de agosto de 2011

Seminários internacionais são destaque no IFSC

O Instituto de Física de São Carlos recebeu na manhã desta terça-feira, dia 16, o pesquisador alemão Dr. Sascha Koëhler, do Grupo de MRI da Bruker Biospin – um centro de pesquisa com sede na Alemanha que produz e comercializa inovações tecnológicas nas mais diversas áreas do conhecimento, tendo início em 1960 com foco em Ressonância Magnética Nuclear.

Especialista nesta área, o pesquisador ministrou o seminário “Ultra-short TE sequences for MRI and MRS – UTE, ZTE and SWIFT”, falando sobre as novas funcionalidades dos sistemas Bruker para medidas com tempos ao eco ultracurtos, para uma audiência de pós-graduandos e docentes. Acompanhado do Professor Alberto Tannús, do próprio Instituto, o alemão visitou o Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag) do IFSC, conhecendo as dependências dos laboratórios e experimentando a infra-estrutura do Centro. O pesquisador demonstrou-se, ainda, bastante admirado com o curto período de tempo que os funcionários e pesquisadores do CIERMag levam para construir seus equipamentos. A resposta que o Instituto obtem desta interação internacional é muito importante, pois indica a paridade do IFSC com os grandes centros e empresas de todo o mundo.

Além deste pesquisador internacional, o IFSC também recebeu, na manhã desta terça-feira, o Professor Wojtek J. Zakrzewski, do Departamento de Ciências Matemáticas da University of Durham (EUA). O pesquisador participou de mais uma edição do tradicional ciclo de palestras intitulado “Café com Física”, discutindo a parceria recente que estabeleceu com o pesquisador Luiz Agostinho Ferreira, do grupo de Física Teórica do IFSC, em relação ao conceito de “quasintegrability”, ou seja, à idéia de alguns modelos teóricos serem “quase” integráveis. A parceria entre os dois pesquisadores já resultou em publicações e apresentações de nível internacional em julho deste ano, com alto fator de impacto no universo acadêmico. Agora, para os pesquisadores, o desafio é definir e consolidar o conceito, através de exemplos bem explorados e de amplo conhecimento entre pesquisadores da área.

A colaboração internacional no IFSC tem crescido consideravelmente nos últimos anos, conforme cresce sua notoriedade dos trabalhos que desenvolve e conforme consolida-se como um nome de referência no mundo todo. Cada vez mais, o Instituto consegue voltar os olhos internacionais para a América Latina e para o Brasil, mostrando suas inovações e trabalhos de pesquisa realizados e angariando maiores candidatos a colaborações que efetivamente contribuam com o desenvolvimento da área no país.

Fique atento aos próximos eventos do IFSC na página principal de nosso site.

Assessoria de Comunicação

11 de agosto de 2011

CIERMag recebe pesquisador da Alemanha

No dia 18 de agosto (quarta-feira), o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) receberá o Dr. Sascha Koehler, do Grupo de MRI da Bruker BioSpin-Germany, que estará visitando o Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag) do IFSC.

Sascha também ministrará o seminário “Ultra-short TE sequences for MRI and MRS – UTE, ZTE and SWIFT”, para falar das novas funcionalidades dos sistemas Bruker para medidas com tempos ao eco ultra curtos.

O seminário acontece às 9 horas, na sala Celeste (prédio da Administração, 2º piso) e a entrada para o evento é gratuita e todos estão convidados a participar.

Assessoria de Comunicação

11 de agosto de 2011

USP Recicla realiza primeiro evento do semestre

Nos dias 18, 20 e 21 de agosto, o projeto “USP Recicla”, em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos (IAUSC/USP) dá início às suas atividades do segundo semestre de 2011, trazendo palestras, mesas-redondas e oficinas, gratuitas a toda comunidade.

No dia 18, a partir das 9h30, tem início o “Seminário Universidade e Sustentabilidade”, no “Anfiteatro de Convenções Jorge Caron”. Abaixo segue a programação:

Horário

Atividade

8h30

Inscrições para o seminário

9h30

Abertura do seminário

10h00

Palestra: “A institucionalização da sustentabilidade na Universidade”

13h30

Mesa-redonda 1: “Práticas sustentáveis da USP/São Carlos”

16h00

Mesa-redonda 2: “Experiências de práticas sustentáveis da USP/São Carlos”

17h30

Palestra: “USP/São Carlos: que sustentabilidade queremos?”

 

Dois dias após o seminário, o programa oferecerá, também, a “Oficina de Formação de Estagiários e Voluntários do USP Recicla”, na sala do Matadouro (campus I da USP). Clique aqui para ter acesso à programação.

As inscrições, para os dois eventos, são gratuitas.

Sobre os eventos

As atividades têm como objetivo deflagrar, no campus da USP/São Carlos, o debate relacionado a temas da universidade sustentável, com a finalidade última de formular um plano de ações para incorporar a dimensão ambiental em todas as funções e operações da Instituição (ensino, pesquisa, planejamento e gestão) de maneira integrada.

No evento também serão apresentadas algumas experiências que indicam o modo pelo qual a comunidade da USP São Carlos e outras universidades vêm acolhendo o tema da sustentabilidade em suas atividades. Na oportunidade, será lançado o “Programa EESC Sustentável” e a apresentação da “Plataforma de Sustentabilidade Socioambiental nas Universidades”, criada no âmbito do convênio USP-UAM (Universidade Autônoma de Madrid – Espanha).

Espera-se estimular a participação da comunidade na elaboração das ações que serão desenvolvidas, para ambientalizar o campus de São Carlos, através da criação de grupos de trabalho. Neste sentido os promotores do evento convidam todos os alunos, docentes, funcionários e demais interessados a participarem desta oportunidade de reflexão e debate rumo à sustentabilidade.

Assessoria de Comunicação

 

 

9 de agosto de 2011

Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP normatiza casos de defesas por videoconferência

O Pró-Reitor de Pós-Graduação da USP assinou no início de agosto uma circular que normatiza os procedimentos adotados pelos Serviços de Pós-Graduação de todas as unidades no que diz respeito aos casos de defesas públicas de dissertações e teses realizadas através do uso da videoconferência.

Este recurso foi adotado com o objetivo de agilizar a formação e a realização das Bancas Examinadoras, no caso de qualquer Examinador de Universidades distantes enfrentar a impossibilidade de se deslocar à Unidade interessada para a sessão pública de defesa. No entanto, a utilização desta tecnologia deu origem a dúvidas sobre a assinatura dos Examinadores ausentes no Relatório de Defesa.

Desta forma, fica estabelecido que o Presidente da Banca Examinadora deverá atestar devidamente que tais docentes participaram da defesa mediante recurso de videoconferência e, além disso, assinar o Relatório de Defesa no espaço reservado aos Examinadores ausentes.

Para verificar a portaria e os documentos na íntegra, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

9 de agosto de 2011

Cancelamento do seminário “Structure and self-assembling of Guanosine derivatives”

Por motivos particulares, o professor, Paulo Mariani, não poderá ministrar o seminário “Structure and self-assembling of Guanosine derivatives”, em princípio marcado para a próxima quarta-feira, 10 de agosto.

Seguem, abaixo, os próximos eventos a serem realizados no Instituto, durante o mês de agosto:

– “Colóquios em: introdução à Nanoplasmônica”: 9 de agosto, segundas e quartas-feiras, das 16 às 18 horas, sala de Seminários do Grupo de Óptica;

“Probing Electrons and Phonons in Graphene by Resonance Raman Scattering”: 12 de agosto, 10h30, auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”;

– Ciência às 19 horas: “A Ciência vista pelo surdo”: 16 de agosto, 19 horas, auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”;

– Colóquio Interdisciplinar da Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC: “Docência, Discência e Docência! E isso com a Ciência?”, 31 de agosto, 17 horas.

 

Assessoria de Comunicação

9 de agosto de 2011

CAPES lança edital para aquisição de equipamentos para cursos de Pós-Graduação

A Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES divulgou, no dia 8 de julho de 2011, que receberá das Instituições Públicas de Ensino Superior propostas para apoio à aquisição de equipamentos destinados a compor a estrutura de pesquisa dos Programas de Pós-Graduação recomendados pela CAPES. A proposta é apoiar propostas que visem atender a necessidade de equipamentos destinados à melhoria da estrutura de pesquisa científica e tecnológica dos Programas de Pós-Graduação, em todas as áreas do conhecimento, nas Instituições Públicas de Ensino Superior. Serão priorizados investimentos em equipamentos a serem compartilhados no desenvolvimento de pesquisas na instituição e em instituições parceiras.

A CAPES aplicará no âmbito deste edital o valor global equivalente a R$ 86.500.000,00 (oitenta e seis milhões e quinhentos mil reais)

As propostas devem ser submetidas eletronicamente pelo Pró-Reitor de Pós-Graduação (ou dirigente em cargo equivalente) até o dia 23 de agosto de 2011 através do endereço http://www.capes.gov.br/bolsas/programasespeciais/pro-equipamentos, e uma versão impressa deve ser submetida até o dia 24 de agosto de 2011.

 

Aqui você pode acessar o EDITAL e o FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO.

As dúvidas sobre o edital e a inscrição podem ser esclarecidas através do e-mail equipamentos2011@capes.gov.br ou da Central de Apoio ao Usuário da CAPES no telefone (61) 2022-6230.

Assessoria de Comunicação

2 de agosto de 2011

Realização de provas do concurso

Nos próximos dias 3 e 4 de agosto (quarta e quinta-feira), serão realizadas as provas para o concurso de Professor Doutor, na área de Ressonância Magnética em Imagens e Espectroscopia in vivo, com início às 8 horas do primeiro dia, na sala Celeste do IFSC (prédio da Administração, 2º andar).

Assessoria de Comunicação

1 de agosto de 2011

Vagas remuneradas para monitoria

De 2 a 12 de agosto, estarão abertas as inscrições para 16 vagas de monitoria no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) remuneradas, referentes ao 2º semestre de 2011.

As vagas são direcionadas a todos os alunos de graduação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), regularmente matriculados, nas diversas disciplinas oferecidas no curso (saiba mais).

Os interessados devem preencher a ficha de inscrição e entregá-la na Assistência Técnica Acadêmica do IFSC (2º andar, prédio da Administração) até o dia 12, no máximo.

As inscrições serão julgadas pela Comissão de Graduação e aprovadas pelo Conselho Técnico-Administrativo do IFSC/USP.

Assessoria de Comunicação

1 de agosto de 2011

Programa reinicia seu ciclo de palestras

O projeto “Colóquio Interdisciplinar da Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC” reinicia seu ciclo de palestras, trazendo o docente, Mario Sergio Cortella, para ministrar o colóquio, “Docência, Discência e Docência! E isso com a Ciência?”Col.

O evento será no dia 31 de agosto (quarta-feira), no auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, com início marcado para as 17 horas.

Coloquio-licenciatura

Sobre o programa

Uma vez por mês, todas às quartas-feiras, o “Colóquio Interdisciplinar da Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC” traz palestras, abordando os mais diferentes assuntos, em especial relacionados à educação.

Mesmo o público-alvo sendo, especialmente, professores, alunos do curso de licenciatura em Física e Ciências, em geral, toda comunidade é convidada a participar. A entrada é franca.

Para saber mais sobre o projeto, acesse http://www.coloquiolce.blogspot.com

Assessoria de Comunicação

1 de agosto de 2011

Premiação pode chegar até R$10mil

O prêmio “Mercosul de Ciência e Tecnologia” está com suas inscrições abertas até o dia 22 de agosto. Pesquisadores e estudantes do ensino médio e superior podem participar, mas devem estar vinculados ao Mercosul pela nacionalidade, naturalidade ou residência nos países membros- Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

O prêmio é uma iniciativa da Reunião Especializada em Ciência e Tecnologia (RECyT do Mercosul), com patrocínio da Sangari do Brasil e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e parceria da Unesco, do CNPq e do Movimento Brasil Competitivo (MBC).

Categorias e premiação:

– iniciação científica- estudantes e equipes do ensino médio, com, no máximo, 21 anos de idade (participação de professor/orientador opcional): R$2.000,00;

-estudante universitário- individual e sem limite de idade, no entanto, deve ser graduando (participação de professor/orientador opcional): R$3.500,00;

-jovem pesquisador- individual, para pesquisadores graduados, com, no máximo, 35 anos de idade: R$5.000,00;

-integração- equipes de pesquisadores graduados, sem limite de idade: Rid=”mce_marker”0.000,00.

Para ter acesso ao regulamento, na íntegra, e informações adicionais, acesse http://eventos.unesco.org.br/premiomercosul

Assessoria de Comunicação

 

1 de agosto de 2011

Encerramento da segunda edição contou, novamente, com presença de pais dos participantes

EFETec-11

Alegria somada a uma boa dose de satisfação. Com esse clima foi encerrada a 2ª edição da Escola de Física para Escolas Técnicas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) nesta última quinta-feira, 28 de julho.

Tendo como atividade final a apresentação de seminários por todos os participantes da Escola, tratando dos mais variados temas da Física, a atividade tomou toda manhã e foi responsável por lotar o anfiteatro azul do prédio de Laboratórios de Ensino de Física (LEF), no qual pais, alunos, professores e alguns curiosos prestigiaram tanto a apresentação dos seminários, quanto a premiação, ocorrida na sequência.

EFETec-12“Atividades como essa são muito importantes, pois dão chance a eles [participantes] desenvolverem ainda mais seus conhecimentos. Deveriam existir mais coisas como essa”, elogia Edna, mãe de Gabriel Martins do Santos, aluno da ETEC “João B. L. Figueiredo” (Mococa-SP).

Gabriel demonstra o mesmo entusiasmo. “Gostei muito das aulas de óptica. Nunca tínhamos visto algo assim!”, diz. Mesmo decidido a seguir carreira na engenharia mecatrônica, Gabriel conta que a Escola lhe trouxe uma nova visão sobre a ciência. “Eu achava que a física fosse algo bem pacato, mas é muito interessante, com muitas áreas de trabalho possíveis”.

A mesma opinião é compartilhada por Felipe Renan da Cruz Rocha, aluno da ETEC “Salles Gomes” (Tatuí). Embora sem ter definido sua carreira, admite que a Escola, certamente, terá influência sobre ela. “Tínhamos uma visão e, depois dessa experiência, essa visão ficou totalmente diferente, o que influencia muito”. Sobre a melhor parte da Escola, ele destaca a preparação dos seminários. “Apesar de ter sido muito corrido, é a hora que temos o apoio de todos os professores, monitores e parceiros de grupo. Essa relação foi muito legal para desenvolver um bom seminário”.

EFETec-13Os pais de Felipe, que também prestigiaram o encerramento da EFETec, ficaram tão surpresos e satisfeitos quanto o filho. “Estou encantado com esse projeto! Muito bonito e muito importante. Mostrou-nos que a educação oferecida aos alunos, aqui, é realmente tão boa como ouvimos falar. Felipe tem todo nosso apoio, caso escolha a física como carreira”, elogiou Airton, pai do aluno.

Depois da apresentação dos dez seminários, a comissão avaliadora, composta pelos docentes, Antonio Carlos Hernandes, Daniel Vanzella, Eduardo Azevêdo, Leonardo Maia e José Fabian Schneider, premiou grupos e alunos.

EFETec-10

 

Sobre a EFETec, Hernandes, docente e diretor do IFSC, e principal idealizador do projeto, quando questionado sobre as diferenças entre a segunda e primeira edição (realizada em março deste ano), afirma que ambas foram bem-sucedidas. “Houve uma mudança no nível dos alunos, pois na primeira edição adotamos um critério diferente de escolha, mas a maioria deles atendeu nossas expectativas e o mais importante é o amadurecimentos que verificamos nos participantes”. Sobre a influência exercida nos alunos para escolha da carreira, Hernandes esclarece: “Como a física é nossa carreira, ficamos muito felizes se os alunos também a escolhem. Mas, a ideia principal é permitir ao aluno que ele tenha uma boa qualificação para saber o que fazer na área de exatas. Ele passa a conhecer nossos cursos e ter uma ideia mais clara do que se faz em ciências exatas. Se ele fará física ou engenharia é uma opção que deixamos em aberto”, finaliza.

Assessoria de Comunicação

 

1 de agosto de 2011

IFSC sedia 3 dos 43 Núcleos de Apoio à Pesquisa aprovados pela reitoria

No início de julho, a Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) aprovou 43 novos Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAP), com o intuito primordial de integrar especialistas e pesquisadores, das mais diversas áreas de conhecimento da Universidade, em prol do desenvolvimento científico e tecnológico. O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) teve um projeto contemplado em cada uma das três diferentes categorias, algo muito positivo, não somente ao Instituto, mas para o campus e, sobretudo, para o próprio município de São Carlos

O mundo globalizado tem traçado novos paradigmas. Um deles, que ainda caminha a passos tímidos, mas promissórios, é a parceria entre empresas e universidades, especialmente nas áreas de Ciência e Tecnologia (C&T).

No caso da USP, esta, utilizando-se de recursos próprios para investir em Núcleos de Pesquisa, alterou seu investimento inicial de R$40 mi para R$70 mi, em razão da grande quantidade de propostas qualitativas enviadas por pesquisadores de todos os campi. No campus de São Carlos serão seis novos núcleos, três deles coordenados por docentes do IFSC.

Tão interdisciplinares quanto o próprio Instituto são os projetos aprovados por seus docentes. “A característica do IFSC é única, pois ser multidisciplinar está em sua origem. Hoje temos dentistas, engenheiros, bioquímicos, farmacêuticos, engenheiros e físicos contratados como professores. De 77 professores que somos, todos atuamos em diferentes áreas”, esclarece Antonio Carlos Hernandes, atual diretor do Instituto e coordenador de um dos NAPs aprovados.

A importância em abrigar tais núcleos no Instituto, e nas outras Unidades do campus, traz benefícios que ultrapassam os muros da universidade. “Mais de 100 propostas foram submetidas e 43 foram consideradas, pela comissão, de nível internacional”, comenta Hernandes. “O IFSC tem um grande diferencial, que é ter a pesquisa como carro-chefe. Esse reconhecimento tem aparecido sistematicamente. Ao longo dos últimos 11 anos, a característica do Instituto de sediar grandes projetos tem sido mantida e todos os docentes envolvidos trabalham integralmente para isso”.

Alguns números do Instituto

Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAP): 3

Centros de Pesquisa em Inovação e Difusão (CEPID): 2

Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT): 3

No caso dos NAPs, três categorias para enquadramento dos projetos foram definidas pela USP, nas quais o IFSC marcou presença em cada uma delas. Embora coordenados por docentes do Instituto, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) também é parceira nos projetos. “Quem ganha com isso é o Instituto, o campus e a cidade, porque você traz recursos, e parte deles, também, é investida no município”, afirma Hernandes.

Com capacidade intelectual significativa e uma multidisciplinaridade única, o Instituto, através de seus docentes, tem o suporte necessário para manter-se como protagonista em grandes projetos de pesquisa. “Tudo começa na ‘raíz’ do Instituto, isto é, temos três cursos de graduação, dos quais dois são cursos de interface, que é a Física Computacional e o de Ciências Físicas e Biomoleculares. Ou seja, os cursos de graduação já têm essa ‘cara’ multidisciplinar”, conta o diretor.

Os novos NAPs do Instituto

Centro de Tecnologia em Materiais Híbridos- coordenação: Antonio Carlos Hernandes

Centro de Instrumentação para Estudos Avançados de Materiais Nanoestruturados e Biossistemas- coordenação: Igor Polikarpov

Núcleo de Apoio à Pesquisa em Óptica e Fotônica- coordenação: Vanderlei Salvador Bagnato

O maior desafio dos NAPs é manter a atuação na fronteira do conhecimento, por longo tempo, o que exige dos participantes uma atualização contínua, trazendo sempre novos resultados e inovações. “Será preciso angariar alunos frequentemente, trazer pessoas para fazer pós-doutorado, pesquisadores internacionais etc. A USP deu o start, mas os núcleos deverão ter a capacidade para gerar recursos próprios”, esclarece Hernandes.

Parceria público-privada

No caso do NAP coordenado por Hernandes, ele conta que trabalha com o desenvolvimento de novas metodologias. “Ofereceremos potenciais projetos a serem desenvolvidos em parceria. Para isso, serão feitos convênios entre empresa e universidade, dentro das normas previstas pela USP. Outro apoio será o suporte a alguns ensaios dos quais a indústria precisa, o que também será feito através de convênios”.

Hernandes destaca um ponto relevante, sobre o assunto: São Carlos tem em torno de mil indústrias, sendo 20% delas de base tecnológica (conhecidas pelo termo spin off). Gerar novas empresas é um ponto importantíssimo para o desenvolvimento, e a solução para isso, de acordo com Hernandes, é, justamente, incentivar os alunos. “Ao longo do desenvolvimento dos NAPs, os alunos que tiverem mais aptidão montarão suas próprias empresas. Muito mais do que uma filosofia, essa é uma meta”.

Ficar atrás ou estar à frente do novo processo tecnológico globalizado depende não somente do esforço de pesquisadores em gerar conhecimento, mas também do próprio empresário, disposto a enxergar na pesquisa ponto fundamental para o desenvolvimento. “Temos uma cultura empresarial que não vê o investimento em pesquisas como um negócio rentável. Se a indústria deixar de ser coadjuvante para tornar-se protagonista, investindo em conhecimento, ela deve, necessariamente, aproximar-se da universidade. Temos grandes expectativas e ideias de convencer indústrias em financiar nossos estudos, o que irá gerar riquezas para os dois lados”, esclarece Hernandes.

Embora o retorno não seja imediato, ele é um fato. A visão da empresa é importante para informar à universidade sobre as demandas de mercado. Esta, por sua vez, desenvolverá pesquisas que atendam a essa demanda. “Se isso não acontece, acabamos desenvolvendo pesquisas que ficam paradas aqui, enquanto, no exterior aproveitam-se desse conhecimento, para produzir”, diz Hernandes. “Se uma empresa faz estudos de novas tecnologias, ela terá uma inserção maior no mercado global. As grandes empresas brasileiras, como a Petrobrás e Embraer, fazem muitos investimentos em tecnologia. Mas, essa não é uma cultura generalizada no Brasil e o país precisa dessa guinada”.

Embora lentamente, uma nova cultura tem sido firmada. Nesse aspecto, o Brasil tem progredido, e grandes empresas têm absorvido, cada vez mais, o potencial de pesquisas acadêmicas. “Já tivemos momentos em que as indústrias nem cogitavam passar perto da Universidade e tínhamos a esperança dessa melhora. Hoje, já somos capazes de gerar empresas de base tecnológica, ou seja, esse progresso já é um fato”, conclui Hernandes.

Assessoria de Comunicação

29 de julho de 2011

Estudo do cérebro de moscas para compreensão do cérebro humano

 

Moscas-1Rapidez, equilíbrio, robustez e extensa literatura. Esses são os principais motivos pelos quais a espécie Chrysomya megacephala, comumente encontrada, tornou-se principal objeto de estudos dos laboratórios de Física Computacional e Instrumentação Eletrônica, Neurofísica, Dipterlab e Neurodinâmica do IFSC. “A marinha americana adoraria fazer um F-16 com a capacidade performática de uma mosca”, brinca Lírio Onofre B. de Almeida, especialista em Laboratório do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do Instituto.

A pesquisa, já desenvolvida no IFSC há uma década, em princípio coordenada pelo docente, Roland Köberle, e atualmente pelo docente, Reynaldo Daniel Pinto, é pioneira na América do Sul e, no mundo todo, poucos laboratórios fazem pesquisas semelhantes. “No hemisfério sul do planeta, apenas na Austrália utilizam invertebrados, como gafanhotos e abelhas- que tem detecção de movimento mais lento do que as moscas para esse tipo de pesquisa”, conta Lírio.

Mas, como se tornou possível a análise de um inseto tão pequeno e, mais do que isso, a investigação de seu código neural, principal objetivo da pesquisa citada? Para compreender, é preciso começar do início da história.

As possibilidades

Foi o criador da química moderna, o francês Antoine Lavoisier, que tornou, mundialmente conhecida, a famosa “Lei da Conservação das Massas”, com o popular lema “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. A natureza de encarregou de fazer jus ao postulado, criando mecanismos semelhantes a todos os seres vivos, inclusive entre moscas e humanos, com as devidas adaptações.

Moscas-2Mas, sejam os animais vertebrados ou invertebrados- incluindo-se, algumas vezes, plantas-, todas as informações e sensações ocorridas nos organismos são transmitidas da mesma maneira: neurônios com sinais elétricos e químicos. Analisar como elas se processam em estruturas mais simples, como moscas, pode auxiliar no entendimento de estruturas mais complexas. “Um único neurônio já pode ser considerado um sistema complexo. Partimos do pressuposto de que, uma vez compreendido mecanismos mais simples, pela similaridade entre organismos, poderemos decodificar como o processamento de informações ocorre no cérebro humano”, explica Lírio.

Mas, nessa pesquisa, embora o intuito primordial seja analisar como informações e sensações codificadas e processadas no sistema visual das moscas, as consequências desse resultado podem ir além do que se imagina, onde, até mesmo, a tecnologia será diretamente afetada, no futuro.

O caminho

São duas as maneiras como as informações são transmitidas pelo sistema nervoso em organismos: pulsos elétricos, que fazem isso de maneira muito rápida, e neurotransmissores, que o fazem de forma mais lenta. “A reação de uma mosca é extremamente rápida, por isso o interesse em estudá-la”.

Moscas-3O tempo de processamento do sistema visual da mosca é da ordem de 30 milissegundos (30×10-3s) e o neurônio desse sistema tem um tempo de recuperação (descanso entre um pulso e outro) da ordem de 2 milissegundos (2×10-3s). “Poucos pulsos são suficientes para se codificar e processar o estímulo visual apresentado para a mosca. Através de ferramentas matemáticas e computacionais estes dados são analisados”, explica Lírio.

Uma aplicação mais imediata seria fazer um paraplégico andar. Mas, para a Física é simplesmente compreender a codificação e decodificação das informações. “Estaríamos dando um passo muito grande, em termos de eficiência”, diz Lírio.

Por que as moscas tornaram-se objeto principal de estudos

Há quase cem anos, as partes neurológicas e anatômicas desses insetos já são estudadas por biólogos. Além da visão muito bem desenvolvida, seu sistema de voo é extremamente eficiente e habilidoso. “A mosca, em princípio, possuía quatro asas, mas, com a evolução, duas delas se transformaram em ‘giroscópios’, possibilitando um domínio, ainda maior, sobre o voo”, conta Lírio.

Moscas-4Além das razões citadas acima, a mosca oferece outra vantagem: “É sempre difícil realizar experiências com animais in vivo. Por ser um inseto muito robusto, a mosca é capaz de permanecer viva, durante uma microcirurgia, implante de microeletrodos e aquisição dos sinais enviados por seus neurônios, durante experimentos”, explica.

Resultados da pesquisa e projeções futuras

Moscas-5Diversos grupos uniram-se para desenvolver pesquisas semelhantes à citada. No caso do estudo do cérebro da mosca, no IFSC, além dos próprios físicos, grande parte dos pós-graduandos veio do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, mas engenheiros eletrônicos e físicos computacionais do Instituto também participam do projeto. “A precisão para geração dos estímulos e a aquisição de dados dos sinais neurológicos exige equipamentos especiais, não disponíveis no mercado. Métodos computacionais, nesse aspecto, são fundamentais para trazer essa exatidão”, conta Lírio.

Roland, por dois anos, realizou estudos no Centro de Pesquisas “NEC Worldwide”, em Princeton (EUA), junto a Rob de Ruyter van Steveninck, um dos grandes estudiosos do assunto, o que possibilitou novas perspectivas ao IFSC. O Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da Unesp-Rio Claro, através do docente, Guilherme Gomes, realizou diversos experimentos junto aos pesquisadores do IFSC, para coleta de dados pertinentes à pesquisa.

E, num esforço conjunto, os estudiosos, aos poucos, constroem equipamentos para desvendar a comunicação entre neurônios dos pequenos insetos. O resultado, certamente, será um grande passo para ciência.

Assessoria de Comunicação

 

29 de julho de 2011

Uma carreira em ascensão

 

FC-1Matemática, Física, Linguística, Neurociência e Computação. A união de todas essas diferentes áreas, num único curso, pode parecer, em princípio, impossível ou, ao menos, pouco provável.

Oferecido em poucas universidades brasileiras como graduação, o curso de física computacional propõe, justamente, a união das mais diversas áreas do conhecimento, e traz forte conteúdo em ciências exatas, especialmente em física, matemática e computação, concretizando uma ideia e uma multidisciplinaridade, em princípio, difícil de imaginar.

A principal dúvida dos interessados seria a seguinte: qual o diferencial entre um curso de computação e a física computacional. O esclarecimento, embora carregue uma dose de abstração, é simples: sendo a física prioridade e base do curso de física computacional, o raciocínio moldado no estudante é diferente, e abre um leque de possibilidades distinto daquele apresentado em cursos de computação. “O físico computacional tem mais ferramentas, além das de computação, e trabalha, principalmente, na resolução de modelos e problemas”, explica Guilherme Matos Sipahi, coordenador do curso de Física Computacional, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

No caso do IFSC/USP, o curso, anteriormente habilitação do bacharelado em Física, há seis anos foi transformado em curso de graduação, com uma grade curricular composta por disciplinas como física, cálculo, mecânica clássica e laboratório de física, mas também com grade específica e relacionada diretamente à computação, como arquitetura de computadores, microprocessadores e computação concorrente (computação paralela). “Nosso curso oferece conhecimentos em áreas de aplicação, matemática e programação, e a formação dos alunos é focada para construção de novos modelos a serem utilizados e a implementação de novos experimentos e medidas”, explica Sipahi.

Aplicações da Física Computacional

GuilhermeSe no princípio de tudo, físicos tinham, apenas, teoria e experimentos como base para investigação dos fatos, a criação de modelos computacionais é uma nova possibilidade para comprovação dos diversos fenômenos que nos rodeiam.

Mas, se não ficou claro entender o que faz o físico computacional, exemplifiquemos através da própria história.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas se comunicavam através de códigos criados por uma máquina chamada “Enigma”. A engenhoca alemã servia para a troca de mensagens encriptadas, dando aos nazistas grande vantagem sob os adversários. Até que, 20 anos após sua criação, o “enigma” foi, finalmente, desfeito por diversos pesquisadores dos EUA e Europa- entre eles físicos- que decodificaram as mensagens dos nazistas, resultando na derrota alemã na Guerra e num rumo completamente diferente para história da humanidade. O aparelho decodificador recebeu o nome de Colossus I.

Começava aí uma revolução científico-tecnológica. Através das novas máquinas, cálculos começaram a ser feitos muito mais rapidamente, imensos espaços para armazenamento de informações e dados foram criados, além do surgimento e gradual aprimoramento de uma máquina que faz trabalhos contínuos por períodos intensos. “Você pode deixar um computador trabalhando uma noite inteira. Diferente de um ser humano, ele nunca ficará cansado, nem terá seu desempenho reduzido”, explica Guilherme.

Do primeiro computador, criado em Princeton, em 1952- batizado “Máquina de von Neumann-, passando pelo Colossus I até os computadores atuais, novos softwares e hardwares foram sendo criados e aperfeiçoados com a colaboração de inúmeros físicos e seu modo de raciocínio peculiar. “O físico não é matemático, químico ou engenheiro, mas transita entre estas áreas distintas e pode servir de ponte entre elas”, conta Guilherme.

Outra exemplo de área em que a física computacional pode ser utilizada com sucessso é a meteorologia, que utiliza fenômenos físicos e computação de alto desempenho para a confecção de programas (softwares) que fazem a previsão do tempo.

O desenvolvimento de modelos computacionais pelo físico permite, também, a realização de experimentos inviáveis como, por exemplo, calcular a velocidade de espalhamento de uma forte epidemia em um país ou da temperatura terrestre para os próximos 20 anos. “Os experimentos controlados em física permitem descobrir ou confirmar fenômenos esperados, como o aquecimento global”, explica Guilherme.

Outras simulações como desdobramento de proteínas, túnel de vento e colisão de carros, movimento da terra em torno do sol etc. só são viáveis graças aos programas desenvolvidos, baseados na criação e interpretação de equações matemáticas e teorias físicas. Predições baseadas em modelos computacionais, hoje, estão presentes em qualquer atividade que necessite de alta tecnologia. “Por exemplo, estruturas das rochas do pré-sal podem ser simuladas por modelos computacionais desenvolvidos com esse intento”, afirma o docente.

Finalmente, outra área de atuação da física computacional é a instrumentação científica avançada, voltada para implementação de novas medidas experimentais e uso de novas tecnologias. “Aparelhos de instrumentação médica, por exemplo, têm que ser construídos, o que obriga o desenvolvimento de novas tecnologias”, explica Guilherme.

Oportunidades de trabalho

Embora indefinido, o Mercado de trabalho para o físico computacional é crescente, uma vez que o uso de computadores se estende, estando presente nas principais atividades do setor produtivo.

Indústrias de aeronáutica, automobilísticas e de telecomunicações têm empregado físicos computacionais, além de empresas financeiras, interessadas na modelagem estatísticas para análise do mercado financeiro. “Há três anos, executivos da Microsoft fizeram um recrutamento para empregar brasileiros na empresa. Dos 20 selecionados, 2 eram ex-alunos nossos”, relembra Guilherme.

No final da história, é claro que a pesquisa ainda faz o papel principal na vida do físico computacional. Mas, no mercado globalizado e informatizado, a quantidade de portas abertas para esse profissional tem aumentado a passos largos e, sobretudo, muito promissores.

Assessoria de Comunicação

21 de julho de 2011

Inscrições para representantes dos servidores técnicos administrativos no Conselho Universitário

Conforme portaria divulgada em quatro de julho de 2011, estão abertas as inscrições para a Eleição dos representantes titulares e suplentes dos servidores técnicos e administrativos junto ao Conselho Universitário. As inscrições podem ser feitas até as 17h do dia 10 de agosto de 2011 através de requerimento na Secretaria Geral da USP ou na Diretoria das Unidades, mediante declaração de que o candidato é servidor no exercício de suas funções.

A eleição, pelo voto direto e secreto, dos três representantes dos servidores técnicos e administrativos e seus suplentes, será realiza em única fase, no âmbito do IFSC, no dia 24 de agosto de 2011, das 9h às 19h30.

Acesse aqui a portaria.

Assessoria de Comunicação

19 de julho de 2011

O Físico que foi para a Microsoft

Ser dono de uma vaga em grandes e globais empresas como Google, Facebook ou Microsoft é o sonho de muitos, sejam brasileiros, sejam europeus, sejam os próprios estadunidenses. Mas, para a grande maioria, a oportunidade de ocupar um cargo de destaque em organizações desse porte parece um sonho impossível de se concretizar, exceto quando ele se torna realidade

Andre-1

 

André Muezerie, hoje com 34 anos, quando criança não pensava em ser médico ou advogado, como a grande maioria, mas tinha uma certeza: “Queria algo na área de exatas. Eu gostava bastante de matemática, de montar e desmontar aqueles brinquedos, do tipo Lego, que te dão bastante liberdade para criar coisas”, relembra.

Mesmo passando perto de optar pela engenharia como carreira profissional, no cursinho, através de um de seus professores, André teve conhecimento do curso de Física, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com ênfase em Física Computacional, que trazia um conteúdo forte em exatas, além de uma grade disciplinar com teor direcionado à computação.

Depois de formado, André iniciou seu mestrado, emendou o doutorado, ambos no IFSC. “Até o início de meu doutorado, eu estava inclinado a seguir carreira acadêmica. Ao longo dos quatro anos de doutorado é que a ideia de trabalhar em empresas foi aparecendo”, conta.

Com o doutorado finalizado, ele passou a trabalhar na empresa “3WT”, uma startup*. Depois de algum tempo, um colega o informou sobre o recrutamento que a Microsoft estava fazendo, na época, para contratação de novos funcionários. “Enviei meu currículo e, depois de algum tempo, recebi e-mail do headhunter**, encarregado de contratações na América do Sul, que agendou uma entrevista, em inglês, por telefone”.

Depois de passar por análise de currículo, entrevista por telefone e entrevista presencial, em São Paulo, com executivos da Microsoft, André seria selecionado para ocupar a vaga no grupo Failover Clusters– um recurso do Windows Server. “Na entrevista presencial, cinco profissionais da Microsoft me entrevistaram, em inglês, e formação e habilidades técnicas foram questionadas”, relembra. “Foi muito bom ser aprovado, mas a notícia ruim é que eu teria, ainda, que esperar pelo visto de trabalho, que só foi conseguido depois de sete ou oito meses que eu tinha sido, oficialmente, contratado”.

Já nas terras do Tio Sam

Depois de quase um ano de espera entre a primeira entrevista com executivos da Microsoft e liberação do visto de trabalho da embaixada estadunidense no Brasil, em outubro de 2007, André, finalmente, desembarcou na cidade sede da Microsoft, Redmond (Washington-EUA), acompanhado de sua esposa.

Incumbido de trabalhar com o Windows Server– software voltado para corporações- um dos principais produtos da Microsoft, André afirma que o curso de Física Computacional foi- e é- muito importante para o desenvolvimento de seu trabalho. “O que aprendi na parte computacional, obviamente, me ajuda muito. Já meus conhecimentos de física e matemática obtidos no curso, auxiliam-me na resolução e análise de problemas”.

Já em relação ao salário, ele afirma que “o que eu ganho, mesmo sendo brasileiro, é exatamente o mesmo que um estadunidense, exercendo a mesma função, e é compatível com o salário de empresas do mesmo porte, como Google. Uma das diretrizes da Microsoft é não discriminar pessoas por sua origem, religião etc. As oportunidades que os brasileiros têm são as mesmas de indianos, chineses e estadunidenses que trabalham lá”.

Ele conta que outros brasileiros trabalham com ele, inclusive um colega da turma de Física Computacional, além de engenheiros elétricos, “alguns deles formados na EESC/USP***”.

Além do ótimo salário, a empresa oferece benefícios, como convênios médico e odontológico e cursos internos e externos. “Dentro da empresa, desenvolvemos produtos novos. O ano passado, submeti uma patente sobre um produto que desenvolvi”, diz André.

Física Computacional x Computação

Mas, no final das contas, qual a diferença entre os dois cursos?

A Ciência da Computação é focada no estudo de algoritmos, suas aplicações e implementações, na forma de software. Simplificando, é o conjunto de técnicas que possibilitam a criação de programas de informática.

A Física Computacional, por outro lado, além de oferecer uma ampla base sobre funcionamento, operação e programação de computadores, dá ênfase à modelagem de problemas físicos, para que possam ser resolvidos com o auxílio da computação. De acordo com Guilherme Matos Sipahi, professor e coordenador do curso de Física Computacional do IFSC/USP, “o jeito de pensar do físico, moldado por seus estudos em teorias físicas, oferece um raciocínio diferente do profissional formado em ciências da computação. O físico computacional tem mais ferramentas, além das de computação, e trabalha, principalmente, na resolução de modelos e problemas, propondo soluções criativas”.

André, da mesma forma, diz que a Física Computacional oferece uma base forte em computação, mas também conteúdo voltado à matemática e resolução de problemas físicos. “A Física Computacional desenvolve mais a mente da pessoa, para resolver problemas e equações”.

Aos futuros ingressantes no curso, ele afirma que oportunidades existem e o curso de Física Computacional oferece muitas. “Um dos questionamentos que eu ouvia das pessoas era o que eu faria depois de formado. Falavam que ser professor seria minha única alternativa, mas eu sempre disse que existiam outras, o que foi comprovado”.

Já em seu caso particular, quando questionado sobre voltar ou não ao Brasil, André é breve: “Essa é a eterna dúvida de todo brasileiro que trabalha aqui nos Estados Unidos”, finaliza.

* empresa iniciante, com modelo de negócios repetível e escalável

** contratado da empresa, com missão de buscar executivos e profissionais pré-definidos para um cargo

***Escola de Engenharia de São Carlos

Assessoria de Comunicação

 

 

 

 

19 de julho de 2011

Docente do IFSC comenta pesquisa que desenvolve em parceria com Petrobrás

 

Nelma-1O misterioso e desconhecido mundo subterrâneo sai dos roteiros de ficção científica para, hoje, ocupar espaço cada vez mais importante na vida real. Exemplo disso é a pesquisa da docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Nelma Regina Segnini Bossolan que, desde 2007, em parceria com a Petrobrás, tem feito a caracterização de comunidades microbianas, que vivem em plataformas aquáticas de petróleo- e próximas a elas. “Conhecer essas comunidades é importante, pois elas vivem num ambiente pouco acessível, com uma profundidade que alcança cerca de 1.000, 2.000 metros”, explica a pesquisadora.

De acordo com Nelma, o principal objetivo é descobrir o comportamento de tal comunidade e como esta pode influenciar o meio em que vive, inclusive na formação do valioso combustível. “Os organismos que vivem nas plataformas são, praticamente, bactérias, e podem ter influência, inclusive, na qualidade do petróleo que está sendo formado, motivo pelo qual torna-se de grande importância conhecê-las e saber como elas se comportam”, conta.

Dividido em duas fases, o projeto com a Petrobrás teve sua primeira etapa finalizada em 2010. “Eu já tinha um contato com o Centro de Pesquisas da Petrobrás desde meu doutorado e, em 2007, fui convidada pela bióloga, Dra. Antonia G. Torres Volpon, do Centro de Pesquisas da Petrobrás, para desenvolver uma parceria de estudos”, conta Nelma.

Desbravando o desconhecido

Principal responsável pela origem do projeto foi uma alternativa, encontrada por empresas mundiais de petróleo e já em ação em algumas partes dos oceanos, que consiste no uso de reservatórios “vazios” de petróleo para armazenamento do gás carbônico. “O CO2 já é utilizado na forma liquefeita em processos de retirada de petróleo das camadas profundas. Com a injeção de CO2, o óleo fica menos viscoso. Depois se injeta água e, com isso, arrasta-se, com mais facilidade, esses ‘restos’ do petróleo, que ficam retidos nos reservatórios”, esclarece Nelma.

Atualmente, as companhias de petróleo já estudam possibilidades de utilizar reservatórios de petróleo esgotados de óleo e usá-los para armazenamento de CO2. Dessa forma, são dois problemas solucionados de uma única maneira: recuperação do petróleo retido nos reservatórios e emissão reduzida de um dos maiores inimigos da camada de ozônio, grande responsável pelo tão comentado aquecimento global. “Por já ser uma tecnologia utilizada, pensou-se em usar esses reservatórios para o armazenamento de CO2. Em vez de ser lançado na atmosfera, estoca-se nos reservatórios. E as empresas de petróleo, por contribuírem com a emissão do CO2, têm investido tempo e dinheiro nessas pesquisas, para reduzir esse impacto ambiental”, esclarece.

 

A pesquisa no IFSC

Para essa nova experiência, reservatórios terrestres têm servido de cobaia. No Brasil, um reservatório explorado pela Petrobrás na região nordeste é o principal candidato, por já estar quase esgotado. Cabe à pesquisadora fazer o controle e estudo da comunidade de bactérias que vivem nesse reservatório. “Se há escape de CO2 desses reservatórios, por exemplo, toda comunidade microbiana do solo e outros organismos podem sofrer alterações. É preciso pensar em todas essas etapas”.

Nelma-2

 

Além de estudar essas comunidades, Nelma também será responsável por fazer análises detalhadas das mesmas. “O ambiente no qual essas bactérias vivem é peculiar, pois é superaquecido, com alta salinidade e sem oxigênio. O organismo, para viver ali, precisa possuir condições muito especiais”, diz.

Através de muitas análises e estudos, benefícios podem ser conseguidos, A docente compara a a peculiaridade dessas bactérias à diversidade existente na Amazônia, no seguinte sentido: da mesma forma que se desconhece o potencial de muitos tipos de organismos e plantas que vivem na floresta, bactérias que vivem em reservatórios de petróleo podem carregar um valor que, no momento, é desconhecido, situação que pode ser alterada, através de estudos mais aprofundados. “Não conseguimos pensar, nesse momento, em aplicações para cura de doenças, mas a utilização dessas bactérias ou produtos gerados por elas, num futuro, para processos industriais e, até mesmo, recuperação do ambiente, é algo que não pode ser descartado”, afirma.

Experiências concretizadas

No laboratório de Biofísica Molecular “Sergio Mascarenhas”, localizado nas dependências do IFSC, Nelma cultiva bactérias em ambientes simulados, que carregam as mesmas características do habitat original dessas comunidades. “Fizemos o cultivo das bactérias em meio de cultura líquidos, num ambiente com maior quantidade de CO2 que o original e vimos que não houve alteração na diversidade, ou seja, as bactérias conseguiram sobreviver”.

Na próxima fase do projeto, a docente, com pesquisas teóricas e em campo, fará um acompanhamento para verificar se as primeiras bactérias analisadas permanecem ou não na nova amostra. “As mesmas bactérias que estão nos reservatórios, agora, são as mesmas que analisamos no passado? Esse exame será focado em tópicos, como eventual alteração na diversidade”, conta.

Nesse ambiente inóspito e único, as bactérias competem entre si para sobreviver. No entanto, as mais “fortes” podem causar alguns problemas no meio em questão, como degradação do petróleo e até mesmo corrosão das plataformas. Por isso, esse estudo prévio assume importância, uma vez que determinará se a injeção de CO2 deve, ou não, continuar. “Isso leva tempo, pois os reservatórios são muito extensos e os efeitos não são imediatos, especialmente no tocante ao meio ambiente. Chamamos isso de ‘estudo de impacto’. Já temos conhecimento do tipo de bactéria que vive lá. Nessa segunda etapa do projeto acompanharemos como fica a diversidade, depois da injeção do CO2, no reservatório”.

Perspectivas e benefícios a curto, médio e longo prazo

Nelma-3Mesmo sem muitos dados concretos, a docente acreditaque os impactos que tais bactérias podem vir a sofrer não são grandes, a ponto de impedir o uso da nova tecnologia de armazenamento do CO2. “É muito importante saber se esse armazenamento pode vir a prejudicar o meio ambiente e as comunidades que vivem nesse meio. Se a porcentagem de CO2 não for drasticamente alterada, as comunidades microbianas não serão prejudicadas”, afirma a docente.

Os benefícios ao meio ambiente e, consequentemente, à sociedade, são vários. Primeiramente, a quantidade de CO2 despejada será muito menor, o que contribuirá com a qualidade do ar que respiramos e diminuirá o aquecimento global. Nas plataformas, através da limpeza feita, mais petróleo poderá ser aproveitado e, finalmente, no que se refere à pesquisa de Nelma, especificamente, o conhecimento sobre a comunidade microbiana é de grande importância. “Depois de concluir alguns tópicos do estudo que me cabem, deixo dados disponíveis para comunidade industrial, por exemplo, que poderá se utilizar dessas informações para o desenvolvimento de produtos”, explica. “Isso é uma contribuição para a pesquisa básica e aplicada. Se a técnica para armazenamento de CO2 for vista como algo possível, isso será muito importante para indústria brasileira”.

No caso do pré-sal, Nelma explica que, em princípio, não há nenhuma relação direta de aplicação do sequestro de CO2, mas é de interesse da indústria de petróleo também caracterizar as comunidades microbianas que vivem nessas camadas. “O problema de corrosão das tubulações é muito sério e comum. O estudo das bactérias pode prevenir isso”, conta a docente.

Parcerias no projeto

Nelma-4Além da Petrobrás, graduandos e pós-graduandos que trabalham no laboratório de Biofísica, na primeira fase do projeto, Nelma contou com a colaboração da docente Maria Bernadete Varesche da Silva, do Laboratório de Processos Anaeróbios, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC)..

Sobre um destaque em sua pesquisa, Nelma elege a caracterização das bactérias feita até o momento. “Os dados a que chegamos batem com dados pré-existentes na literatura”, conta. “Conseguimos, também, padronizar uma metodologia de análise molecular, algo que não foi simples”. Além disso, ela destaca a relação da pesquisa básica com o conhecido problema da indústria petroleira: poluição do meio ambiente.

Dessa forma, com uma dinâmica constante em suas pesquisas, em colaboração com outros pesquisadores, Nelma afirma que, num futuro próximo, sociedade e indústrias petroleiras serão beneficiadas pelas descobertas e estudos aplicados, dando uma cara mais definida ao misterioso, porém complexo, mundo das águas.

Assessoria de Comunicação

12 de julho de 2011

Tutorial prestará auxílio a pesquisadores para importação de mercadorias


No dia 10 de julho, foi lançado em Goiânia (GO), o Tutorial Importação para Pesquisa (TIP), com o objetivo primordial de orientar pesquisadores, instituições e despachantes aduaneiros em importações no Regime Simplificado e Regime Normal.

Outro objetivo do TIP é facilitar o cumprimento da lei 8.010/90, que prevê isenção de impostos e taxas, além de ser uma importante ferramenta para promover a multiplicação de recursos disponíveis para área científica e acadêmica.

O novo projeto teve coordenação de Solange Rezende Oliveira, docente do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), através do Centro de Competência de Software Livre do ICMC, que desenvolve o tutorial, juntamente ao setor de Importação do CNPq e a empresa ICMC Jr.

Tal iniciativa foi introduzida pelo próprio CNPq, com o lançamento do “CNPq Expresso”, que teve duas vertentes: criar parcerias com Anvisa, Receita Federal e Vigiagro para liberações mais rápidas no aeroporto de Guarulhos (que concentra 60% das importações, atualmente) e o lançamento de um projeto que simulasse importações, objetivando que documentos fossem enviados corretamente.

Através do novo tutorial, será possível atender à demanda de treinamento para o selo CNPq Expresso- que visa facilitar as importações para pesquisa científica e tecnológicas, por instituições e pesquisadores credenciados pela entidade.

Entenda a importância do TIP

Desde o lançamento da lei 8.010/90, importações para pesquisas científicas e tecnológicas podem ter isenção de impostos e taxas sobre quaisquer produtos importados, o que promoveu aumento de recursos disponíveis à pesquisa. No entanto, para usufruir de tais isenções, é necessário que pesquisadores e importadores gerais possuam uma licença para a isenção fiscal e demais licenças- referentes, inclusive, a inspeções de controle sanitário para liberação de cargas.

O TIP, on-line e interativo, prestará auxílio a diversos pesquisadores que, por falta de conhecimento e orientação em relação aos documentos necessários, acabam tendo suas mercadorias retidas.

Para informações adicionais acesse http://tip.cnpq.br ou escreva para tip@cnpq.br

Assessoria de Comunicação

12 de julho de 2011

Programa reinicia seu ciclo de palestras no próximo mês


Reinicia-se, em agosto, o “Ciências às 19 horas”, ciclo de palestras mensais de divulgação científica, dirigido ao público leigo.

A próxima palestra, marcada para o dia 23 de agosto, será proferida por Vivian Mary Barral Dodd Rumjanek, professora titular do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), intitulada “A Ciência vista pelo surdo”.

A palestra será realizada no auditório do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), “Prof. Sérgio Mascarenhas”, às 19 horas, e a entrada é gratuita, estando toda comunidade convidada a participar.

Sobre o “Ciência às 19 horas”

O programa, organizado desde agosto de 2004, pelo IFSC, tem como principal objetivo trazer o conhecimento científico à população, numa linguagem acessível a todos.

As palestras do programa são gravadas em DVD e disponibilizadas ao público através da Biblioteca do IFSC/USP, transmitidas pelo canal local da TV a cabo, NET e também no site do programa.

Para informações sobre o programa, programação e download das palestras já realizadas, acesse http://www.ifsc.usp.br/ciencia19h

Assessoria de Comunicação

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..