Notícias

21 de novembro de 2011

Última palestra do ano será apresentada pelo Prof. Dr. Miguel Nicolelis

A última palestra da programação do “Café com Física” em 2012 será realizada no próximo dia 22/11, terça-feira, com um seminário do Prof. Miguel Nicolelis (Neurobiology, Duke University Medical Center), intitulado “Computing with Neural Ensembles”.

Miguel Nicolelis é um médico e cientista brasileiro. Foi considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo no começo da década passada, segundo a revista “Scientific American”, além de considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. Nicolelis é o primeiro cientista a receber da instituição americana no mesmo ano o Pioneer e o Transformative R01 e o primeiro brasileiro a ter um artigo publicado na capa da revista Science.

Lidera um grupo de pesquisadores da área de Neurociência da Universidade Duke (Durham, Estados Unidos), no campo de fisiologia de órgãos e sistemas, na tentativa de integrar o cérebro humano com máquinas (neuropróteses ou interfaces cérebro-máquina). O objetivo das pesquisas é desenvolver próteses neurais para a reabilitação de pacientes que sofrem de paralisia corporal. Nicolelis e sua equipe foram responsáveis pela descoberta de um sistema que possibilita a criação de braços robóticos controlados por meio de sinais cerebrais. O trabalho está na lista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) sobre as tecnologias que vão mudar o mundo.

Veja abaixo o resumo de sua palestra no “Café com Física”.

Abstract: In this talk, I will review a series of recent experiments demonstrating the possibility of using real-time computational models to investigate how ensembles of neurons encode motor information. These experiments have revealed that brain-machine interfaces can be used not only to study fundamental aspects of neural ensemble physiology, but they can also serve as an experimental paradigm aimed at testing the design of modern neuroprosthetic devices. I will also describe evidence indicating that continuous operation of a closed-loop brain machine interface, which utilizes a robotic arm as its main actuator, can induce significant changes in the physiological properties of neurons located in multiple motor and sensory cortical areas. This raises the hypothesis of whether the properties of a robot arm, or any other tool, can be assimilated by neuronal representations as if they were simple extensions of the subject’s own body.

Horário: 14:30

Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas

Fiquem atentos à mudança em relação ao local e ao horário usuais e visitem o endereço http://www.ifsc.usp.br/~cafecomfisica para obter maiores informações sobre a proposta do programa.

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2011

Novas enzimas que degradam biomassa podem revolucionar biorrefinarias nacionais

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) aprovou neste último mês um importante investimento em uma pesquisa brasileira relacionada à otimização do processo de produção de bioenergia, investigando novos tipos de enzimas capazes de degradar biomassa. O projeto, que envolve pesquisadores de São Carlos, é uma colaboração com a Universidade de York (Reino Unido) e já recebe recursos europeus, mas o investimento brasileiro poderá dar ênfase significativa à posição de destaque do Estado de São Paulo na produção nacional de bioenergia e ampliar o reconhecimento do Brasil no que diz respeito às energias renováveis – uma das urgências mundiais mais imediatas.

bioenergia

Segundo dados da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade, em 2009, os biocombustíveis responderam por mais de 30% da oferta total na matriz energética estadual, e a participação de insumos primários renováveis como a cana-de-açúcar, o melaço e o bagaço ampliou em 95% a produção energética estadual. Agora, o estímulo e a articulação de atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico pode estar frente a frente com um novo auge, enxergando um grande potencial de aprimoramento de performance e custeio das biorrefinarias – as unidades produtivas de combustível, eletricidade e produtos químicos.


Sobre o projeto

Em 2009, a FAPESP estabeleceu por três anos um acordo de cooperação com os Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK, na sigla em inglês para Research Councils UK), tendo em vista apoiar o desenvolvimento de projetos de pesquisa cooperativos propostos por pesquisadores britânicos e brasileiros associados, fortalecendo os laços internacionais de pesquisa entre Brasil e Reino Unido.

As propostas elaboradas no âmbito deste acordo são submetidas diretamente aos RCUK, aos cuidados do Conselho de Pesquisa da área em questão, ou seja, os projetos são julgados pelos ingleses. Foi por essa razão que os pesquisadores brasileiros Igor Polikarpov (IFSC-USP), Eduardo Ribeiro de Azevedo (IFSC-USP), Sandro José de Souza (Ludwig Institute for Cancer Research) e Wanius José Garcia da Silva (UFABC) encararam a aprovação de sua proposta na Europa, em abril deste ano, como uma honra e, de certa forma, uma surpresa. “O Reino Unido tem uma taxa muito pequena de aprovação de projetos, aprovando apenas 10% das propostas, enquanto o Brasil aprova quase metade. Ter sido aprovado em segundo lugar foi uma grande satisfação”, comenta Polikarpov, coordenador do projeto de pesquisa.

A proposta brasileira, enviada ao BBSRC (Biotechnology and Biological Sciences Research Council) em outubro do ano passado, pode ser resumido como uma nova abordagem de investigação de enzimas presentes no processo de degradação do bagaço da cana-de-açúcar, pesquisa a qual se complementa uma proposta inglesa, liderada pelo professor Neil Bruce, da Universidade de York, que toma como objeto de pesquisa um produto parecido com o feno.

A idéia central deste projeto de pesquisa é encontrar diferentes enzimas capazes de degradar biomassa para aplicação em processos de produção de combustível e energia elétrica, em substituição às formas convencionais derivadas do petróleo.

E como isto é feito?

Segundo Polikarpov, os cientistas conseguem cultivar em laboratório, atualmente, apenas 1% dos microorganismos presentes no Universo, o que significa dizer que 99% destes microorganismos não podem ser apreendidos, são perdidos e morrem. Por essa razão, o procedimento mais comum é selecionar um conjunto destes microorganismos, sem distingui-los ou caracterizá-los, e sequenciar seu DNA – a chamada atitude “metagenômica”.

No entanto, esta técnica se revela pouco eficiente quando o caso não é estudar todos os genes, mas sim enzimas específicas, e, como é o caso desta pesquisa específica, enzimas que os microorganismos secretam. E, no que diz respeito à produção de energia, nada pode ser mais eficiente do que estas biomoléculas. As enzimas são especializadas na catálise (aceleração da velocidade) de reações biológicas, e esta característica inerente à sua natureza é infinitamente superior a qualquer catalisador já produzido pelo homem. Na atualidade, o fator que mais impede o aproveitamento pleno desta capacidade das enzimas é justamente o procedimento científico comumente aplicado na distinção, caracterização e posterior cultivo da enorme quantidade de microorganismos presente no processo de degradação de qualquer matéria. Segundo Polikarpov, “os microorganismos não conseguem transferir biomassa para dentro das células, mas eles a convertem em açúcar para energizar a célula, então essas proteínas que investigamos são excretadas para fora da célula”. Assim, no genoma das células, há apenas cerca de 5% de enzimas que de fato interessam aos pesquisadores.

Inovação

igor_enzimasA novidade do projeto é que, tendo conhecimento da potencialidade destas enzimas e compreendendo seu funcionamento, os pesquisadores trabalharam no desenvolvimento de uma tecnologia que permite uma marcação mais exata de enzimas extracelulares, que estão fora da célula. O segredo é a exploração de um mecanismo de afinidade proteica que não atravessa membranas biológicas e, por isso, apenas acessa e marca proteínas extracelulares. “Com essa marcação, nós podemos ‘purificar’ parcialmente enzimas, ou seja, enriquecer a concentração das enzimas naquilo que você está extraindo da biomassa, neste caso a lignocelulose (princípio do bioetanol) e a cultura microbiana, e sequenciar pequenos pedaços destas proteínas – o que chamamos de procedimento proteômico”, confirma Polikarpov.

Desta forma, comparando as informações genômicas com as informações proteômicas – uma junção chamada de análise secretômica -, é possível caracterizar cada enzima de acordo com suas funções e encontrar com maior facilidade aquelas que se procura para sequenciar, sem precisar analisar um enorme conjunto de microorganismos, do qual 95% será inútil. Com estes procedimentos, é possível analisar as enzimas secretadas durante o processo de degradação da biomassa, que ocorre na hidrólise deste bagaço – quebra de um molécula através da água -, a reação que ocorre nas chamadas biorrefinarias, considerada um grande potencial para a substituição do petróleo na produção de combustível e energia elétrica, por exemplo.

Biorrefinarias

A grande vantagem do desenvolvimento desta pesquisa é a possibilidade de contribuir com o sucesso dessas biorrefinarias a longo prazo, barateando seu custo. A configuração atual das biorrefinarias requer o uso de ácido e de explosões de vapor para tratar a lignocelulose, o que é pouco eficiente e depende de energia elétrica, além de custar muito caro. Isso ocorria porque o processo de degradação da lignocelulose dependia justamente daquela pequena porcentagem de microorganismos que os cientistas conseguiam caracterizar, o que acabava por encarecer todo o processo. “Cerca de 25% do custo do biocombustível, hoje, é para o cultivo desta pequena quantidade de enzimas”, conta Polikarpov. Daí a grande importância de descobrir e identificar novas enzimas que degradem biomassa – mais termoestáveis, mais abundantes no Universo, mais eficientes – e contribuam para um maior entendimento deste processo, gerando novas atividades de pesquisa e aplicações industriais.

Assim, o financiamento desta pesquisa por agências de fomento nacionais e internacionais surge no momento certo, não apenas para suprir as necessidades da academia, mas para contribuir com a tendência dos desenvolvimentos de fontes alternativas de energia, o que se revela a cada dia uma urgência mundial e ainda apresenta muitos desafios e potencialidades a serem explorados, dependendo, evidentemente, de investimentos em larga escala. O apoio a pesquisas deste porte indica que a bioenergia é uma realidade consolidada no Brasil e, além disso, revela uma meta nacional ambiciosa em relação a grandes potências mundiais no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável. As expectativas que circulam na órbita da questão das energias renováveis, como a auto-suficiência em relação a combustíveis fósseis, o desenvolvimento tecnológico, acadêmico e industrial, a geração de empregos em logística, educação, profissionalização e a formação de recursos humanos, por exemplo, têm tornado a aliança entre desenvolvimento sócio-econômico e preservação ambiental uma marca nacional.

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2011

Inscrições abertas para o Programa de Incentivo à Docência

Estão abertas as inscrições para o Programa de Incentivo à Docência – Pós-Doutorando em Atividades Didáticas (PD-AD), para atuação no primeiro semestre de 2012.

O período de inscrições é de 21 de novembro a 2 de dezembro de 2011 e pode ser realizada na Assistência Técnica Acadêmica do IFSC, das 10h às 12h e das 14h às 16h.

Para se inscrever ao PD-AD, o pesquisador deverá:

1. Ser pós-doutorando ativo do IFSC;

2. Preencher requerimento fornecido pela Assistência Acadêmica, disponível AQUI;

3. Plano de trabalho elaborado em conjunto com o docente responsável pela disciplina (apenas para os selecionados pela Comissão de Seleção);

4. Documento assinado pelo(a) interessado(a), detalhando que as atividades didáticas são voluntárias cujo objetivo único é de aprimoramento didático, isentando a unidade de qualquer responsabilidade trabalhista;

5. Documento explicitando, caso possua, experiência prévia em atividades de ensino;

6. Bolsistas deverão apresentar autorização para agência de fomento/empresa para participar do Programa, independente da participação com ou sem auxílio financeiro;

As inscrições serão julgadas pelas Comissões de Graduação e de Pesquisa do IFSC/USP.

Para ter acesso à lista de disciplinas disponíveis para a atuação, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

18 de novembro de 2011

Professor Fernando Haas ministra palestra sobre plasmas quânticos

O Colóquio IFSC desta semana, como de praxe, foi realizado normalmente pela manhã no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas, com o público habitual, composto por docentes e alunos de graduação e pós-graduação do IFSC.

O palestrante, o professor Fernando Haas, da Universidade Federal do Paraná, que apresentou “Uma breve introdução aos plasmas quânticos”, tem grande renome nesta linha de pesquisa, tendo já publicado dois livros e, recentemente, um artigo na Brazilian Journal of Physics que, segundo informações do editor do periódico, pesquisador do próprio IFSC, tem tido um número significativo de acessos desde sua divulgação. Na palestra, ele abordou tópicos da Física de Plasma e da Física Quântica, áreas que normalmente são tratadas como assuntos separados mas que, em seus estudos, figuram como complementares. Atualmente, o pesquisador tem projetos colaborativos com a Alemanha, França, Suécia e Espanha, e afirma estar à procura de parceiros brasileiros.

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Segundo Haas, estar no IFSC é uma grande honra. Pela primeira vez em São Carlos, ele afirma que “é um prazer estar aqui e conhecer a cidade, que tem uma atmosfera científica e intelectual tão grande, com dois campus universitários de alto nível”.

Na próxima edição dos colóquios, a ser realizada no dia 25 de novembro, o IFSC receberá o pesquisador Oscar Eboli, do Instituto de Física da USP, para tratar do tema “Uma revolução na Física de Partículas: o que o Large Hadron Collider poderá nos ensinar”.

Assessoria de Comunicação

18 de novembro de 2011

Campus sedia eventos de Iniciação Científica em novembro

logo_siicuspNa próxima semana, nos dias 23, 24 e 25 de novembro, a USP-São Carlos receberá o 19º SIICUSP – Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP – Engenharias e Exatas, juntamente com o XXIII CICTE – Congresso de Iniciação Científica e Tecnológica em Engenharia. Os encontros são uma realização da própria Universidade de São Paulo, através do Centro de Tecnologia Educacional para Engenharia – CETEPE. A semana tem a característica de reunir estudantes de graduação e seus respectivos orientadores, de várias partes do país e do exterior, para a apresentação de trabalhos técnicos ou científicos.

Tanto o CICTE, congresso pioneiro em Iniciação Científica, como o SIICUSP, já se transformaram, depois de vários anos, em eventos de reconhecimento nacional e também internacional, graças à importante motivação que introduziram para a realização das atividades de iniciação científica e tecnológica.

Veja a programação abaixo, e participe.

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Assessoria de Comunicação

18 de novembro de 2011

A ciência em prol da humanidade

CT

Para grande maioria, Ciência parece algo distante e extremamente difícil de ser compreendida. Enquanto a segunda afirmação, em um país como o nosso- e até mesmo em grande parte dos países do mundo- tem sentido e, infelizmente, acaba sendo uma realidade, a primeira, por outro lado, é errônea.

Do mais leigo ao mais entendido sobre qualquer assunto de natureza científica, nesse quesito a ciência é democrática: de alguma maneira, todos nós somos afetados por uma descoberta, pesquisa ou estudo.

E uma coisa é certa: o crescimento de um país e o conforto da sociedade depende, muitas vezes em primeiro lugar, do grau de desenvolvimento científico e tecnológico do mesmo. Ao observar nações de primeiro mundo, é possível notar que seus governos investem, expressivamente, em pesquisas. Em conjunto, empresas sediadas nesses países financiam estudos e contratam pesquisadores em seu quadro de prestação de serviços.

E no Brasil? Como funcionam os investimentos em Ciência e Tecnologia (C&T)?

Por aqui, os investimentos em C&T são bons. Atualmente, são em torno de R$30 bilhões em C&T, mais ou menos 1,9% do PIB brasileiro. Para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), 1,1% do PIB é direcionado. Mesmo assim, ainda estamos um pouco distantes do ideal.

Ao mesmo tempo, com a crise financeira que se abateu sobre Estados Unidos e Europa, e que atinge o Brasil, mesmo que muito pouco, os investimentos em C&T podem recuar, em curto prazo. “Com incertezas e flutuações no mercado, temos um setor vulnerável para lidar com essa situação”, afirma José Fabian Schneider, docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Um novo paradigma científico/tecnológico

O futuro de C&T, no país, pode estar na formação de grandes redes de pesquisa, que já fazem parte do cenário brasileiro. Exemplos disso são os Centros de Pesquisa de Inovação e Difusão (CEPID) e os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). “Esses centros obrigam os pesquisadores a formar grandes redes. Pesquisadores trabalhando sozinhos não é algo que funciona muito bem. Já os centros de pesquisa incitam colaborações entre diversas instituições e linhas de pesquisa interdisciplinares que, no final do caminho, serão direcionadas a pesquisas aplicadas”.

Nos casos de CEPID e INCT, além do citado acima, estes incentivam pesquisas básicas, difusão e aplicação, em termos de patentes e tecnologia, embora ainda não estejam definidas as áreas para as quais tais pesquisas serão direcionadas. “Olhando pela perspectiva do estado de São Paulo, que é privilegiado, não podemos reclamar sobre o volume de recursos. O que é preciso ser discutido é como agências de fomento irão investir em programas de pesquisa”, diz Schneider.

No que diz respeito à pesquisa aplicada, o Brasil fica atrás de muitos países. Nos Estados Unidos, por exemplo, o governo é o protagonista em financiar pesquisas básicas. Por outro lado, quando se trata da parte aplicada, a indústria entra no cenário e investe pesado e, na realização de tais pesquisas, elas disparam na frente de governo, Universidades e outras instituições sem fins lucrativos. “Nossa pesquisa básica compete frente a frente com países desenvolvidos. Mas, entre básico e aplicado, aqui existe um grande abismo. Parte disso é culpa nossa [acadêmicos] e também do sistema produtivo, que investe pouco ou quase nada”, afirma o pesquisador.

Schneider, que trabalhou em alguns projetos na Alemanha, conta que a maioria dos estudantes, ao terminar o doutorado, por exemplo, já passa a trabalhar na indústria. “Trabalhei em departamentos de química e vi que o contato com a indústria é enorme. Lá existem muitas parcerias entre universidades e empresas. Para as empresas, não deixa de ser um investimento de risco, pois o resultado final pode ser um produto científico relevante, mas a ideia pode não servir. Por outro lado, se o produto dá certo, o retorno é muito grande”, diz.

Enxergar além: uma questão de saúde pública

SchneiderNo próprio IFSC, muitos exemplos servem para dar corpo ao que já foi escrito. Diversas pesquisas aplicadas, principalmente relacionadas ao tratamento e diagnóstico de doenças, criação de novos materiais- como nanomateriais e células fotovoltaicas-, bioenergia, softwares etc. são desenvolvidas no Instituto. “Tudo isso começa na pesquisa básica, mas é preciso de um parceiro ‘do outro lado’ para nos dizer do que o mercado precisa. Esse parceiro não saberá como gerar as demandas da sociedade e é aí que os pesquisadores entram”, conta Schneider.

O docente ainda deixa claro que muitos investimentos dão resultado em médio e longo prazo. Novos materiais podem demorar até dez anos para poderem ser utilizados. Mas, a continuidade da pesquisa e, sobretudo, o investimento na mesma, deve ser constante.

Isso traz ganhos que vão além da saúde física da população. Os benefícios financeiros, através da inovação, são significativos e, a partir do momento que se opta por transformar uma pesquisa em produto, o país pode gerar mais empregos e mais dinheiro, obviamente. “Se o pesquisador ajuda no desenvolvimento de algum produto, faz a patente e consegue comercializá-lo no mercado externo, entra dinheiro em nossa balança comercial”, explica Schneider.

Exemplo disso foi um produto desenvolvido na empresa Opto. Jarbas Caiado de Castro Neto, atual presidente da empresa e um de seus fundadores, conta que “o ‘refletor odontológico’, que foi desenvolvido em 1990, teve grande sucesso no exterior, pois vendíamos por menos da metade do preço cobrado internacionalmente. Chegamos a ter mais de 50% do mercado mundial com ele”, conta.

Um novo olhar vindo da academia

No caso da Universidade de São Paulo (USP), a Agência USP de Inovação é um bom exemplo e tem servido como ótimo instrumento para auxiliar pesquisadores. “O papel da Agência é fundamental para nós! Sabemos como escrever um artigo científico, mas não conhecemos os passos e trâmites para se solicitar uma patente, questões legais envolvidas etc., e a Agência cuida disso tudo”, conta Schneider que, há dois anos, patenteou um material fotocrômico, produzido por seu grupo de pesquisa, que detecta radiações ultravioletas e faz dosimetria através dessas radiações.

Outra questão relevante, que deve ser pensada, com urgência, principalmente no caso brasileiro, é como atrair mais pesquisadores e dar continuidade às pesquisas de qualidade, quando a educação básica é tão defasada. Na opinião de Schneider, no que cabe à Universidade, é essencial que se divulgue o que vem sendo realizado, de uma maneira simples e inteligível. “Se as pessoas não se dão conta da importância disso tudo, elas não defenderão esses investimentos. É preciso que a ciência esteja presente nas comunidades, seja nas escolas, em eventos, em shoppings, aonde for! Essa é uma das maneiras de se atrair jovens talentos”.

Ainda de acordo com o docente, os CEPID terão papel importante nesse quesito, pois ficarão atentos com a divulgação de tudo o que for feito e concluído por pesquisadores. “Mostrar aos jovens como funciona a ciência e que é possível realizá-la e entendê-la: esse é o maior incentivo ao futuro pesquisador”.

Novamente, no IFSC, várias ações dessa natureza são realizadas: “Universitário por Um Dia”, Escolas Avançadas e visitas ao CDCC são algumas das iniciativas que tentam aproximar estudantes do ensino médio da vida acadêmica.

Portanto, o que se pode notar é que, para que haja um desenvolvimento genuíno na sociedade, puxado pela ciência, tecnologia e inovação, é preciso uma colaboração coletiva. Governo, empresas e Universidades, com certeza, são os protagonistas nesse cenário e os responsáveis para que a história do desenvolvimento brasileiro tenha um autêntico final feliz.

Fontes: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/09/para-o-governo-empresas-investem-pouco-em-inovacao.html

http://www.ifi.unicamp.br/~brito/artigos/fsp/c&t01a.html

Assessoria de Comunicação

17 de novembro de 2011

Simpósio em Ciências e Engenharia de Materiais realiza palestras no IFSC

Ocorreu na manhã deste dia 17 de novembro, no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas do IFSC, a abertura oficial do Simpósio em Ciência e Engenharia de Materiais (SICEM), do Programa Interunidades da USP São Carlos. Esta é a 14ª edição do evento, que ocorre anualmente desde 1998, como uma organização dos próprios alunos do programa com o apoio da Comissão de Pós-Graduação. O objetivo, segundo os organizadores, é estreitar as relações entre os professores e alunos das três unidades participantes do programa (IFSC, EESC e IQSC).

O SICEM é uma ótima oportunidade para os alunos do programa, que podem apresentar seus trabalhos e discuti-los com especialistas em diversas áreas, ampliando sua visão e buscando novas idéias que viabilizem seus projetos e aprimorem seus resultados.

Na abertura, tomou a palavra a Prof. Dra. Lauralice Canale, presidente da Comissão de Pós-Graduação Interunidades em Ciência e Engenharia de Materiais, e também Victor Luiz Barioto, da secretaria de Pós-Graduação do mesmo programa, ambos enfatizando a importância do crescimento de um programa com estas características e apontando vias possíveis de contribuição. Na sequência, teve início a primeira palestra do evento, ministrada pelo pesquisador Celso Valentim Santilli, do Instituto de Química da Unesp de Araraquara, com o tema: “Como o conhecimento da estrutura pode inspirar o desenvolvimento de novos materiais funcionais?”.

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O evento será realizado entre os dias 17 e 18 de novembro, com apresentação de pôsteres no salão social do CAASO e palestras ministradas no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas. Para ter acesso à programação na íntegra, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

17 de novembro de 2011

Informática em favor da minoria

LabMacambiraO advento do Linux, núcleo de sistema operacional, criado em 1996, pelo finlandês Linus Torvalds, é um marco bem conhecido no desenvolvimento de programas de computador chamados de software livre. Este compreende, classicamente, quatro liberdades: a de executar o programa por qualquer motivo, a de acessar o código-fonte para estudá-lo e modificá-lo e redistribuir copias do programa e suas modificações.

Desde o Linux, um número maior de desenvolvedores de software, incluindo profissionais, estudantes e, principalmente, amadores, passou a desenvolver programas livres para atender aos mais diversos objetivos. O “Lab Macambira”, composto por artistas e programadores, com experiência acumulada pelo desenvolvimento da cultura digital no país, guiou-se pela criação de programas que atendessem a interesses da população, buscando, portanto, suprir demandas sociais, no que se refere, principalmente, ao acesso à tecnologia e informações essenciais a essas comunidades.

A base de tudo foram projetos de software livre e aberto, como o próprio Linux, o projeto BSD e a Free Software Foundation (FSF), pontos de partida aos desenvolvedores para criar tais programas.

Utilizando-se do Linux como alicerce para criação dos programas- já que sem um sistema operacional, não poderíamos acessar a internet, ou mesmo escrever um texto-, desenvolvedores de software livre e articuladores, através do contato com diversas comunidades, passaram a perceber as necessidades destas últimas e criar programas de computador que pudessem auxiliá-las na resolução de alguns problemas, principalmente de cunho social.

Mas, de que maneira?

As demandas partem não somente de população de baixa renda. Populações indígenas e quilombolas compõem algumas das comunidades com as quais os desenvolvedores têm contato e buscam produzir tais softwares. O Lab Macambira possui um levantamento geral de demandas, através do contato com essas comunidades, e a partir delas [demandas] são desenvolvidos os softwares como, por exemplo, um programa de georeferenciamento, para demarcar áreas geográficas onde as comunidades quilombolas e indígenas habitam. “Muitas pessoas da comunidade morreram nos últimos anos, simplesmente porque muitos fazendeiros as expulsaram de suas terras e não há provas para mostrar que essas comunidades locais as habitavam”, conta Renato Fabbri, aluno de doutorado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e um dos idealizadores do Lab Macambira.

Outro exemplo de aplicação desenvolvida pelo Lab veio tratar das conferências sobre os direitos da criança e do adolescente, um assunto de imensa proporção. “Se ocorresse um levantamento transparente e verdadeiro, feito pelos órgãos públicos, os dados seriam assustadores, logo isso tende a ser mascarado, inclusive por instituições privadas. De que maneira? Transformando a conferência em algo artificialmente lúdico, por exemplo. No final, apenas poucas pessoas fazem a deliberação, montando um documento e postando em algum local na Web. Dificilmente o documento será encontrado por alguém”, elucida Renato.

A saída para esse problema foi criar a “Conferência Permanente”, plataforma digital em código aberto para conferências sobre os Direitos das Crianças e dos Adolescentes do Estado de São Paulo, onde as pessoas, que fazem parte das conferências, se cadastram e, através de espaços disponibilizados para fóruns, postagem de fotos e demais dados, atualizam os usuários sobre o andamento das deliberações, bem como sobre as últimas novidades das resoluções propostas.

“Ágora Communs” é um outro exemplo, programa que viabiliza deliberações on line- escutas e levantamentos de demandas da sociedade. “Como o código para criação dessa plataforma está todo on-line, o Lab encoraja sua distribuição. Inclusive, o ‘Ágora’ deu origem ao ‘Delibera’, que atualmente está em uso pela ONU* em mais de 90 países”, conta Renato.

Seguindo a trilha de pão contemporânea

A exploração do audiovisual – junção de som, imagem e vídeo – pelos desenvolvedores também ganha destaque nos software criados. “A população precisa ser capaz de gerar conteúdo, e, como acreditamos na tecnologia aberta, trabalhamos na geração de ferramentas livres para criação audiovisual”, explica o doutorando. Segundo ele, essa é uma forma pela qual a população pode ser capaz de se apropriar de tecnologia verdadeiramente.

LabMacambira-1Os códigos abertos para expansão e melhoramento desses softwares, e a criação de outros, são publicados sob uma licença. Assim, assegura-se que os novos códigos criados e utilizados sejam também livres. É a tecnologia sob domínio público, mas sempre tendo-se em mente manter as quatro liberdades. Dessa forma, todos têm acesso ao que foi criado, podendo, assim, fazer melhoras contínuas.

O “Lab Macambira”, atualmente, conta com 15 membros em dedicação diária, 12 sendo desenvolvedores, além de diversos colaboradores, onde se incluem cientistas sociais, designers, artistas e jornalistas.

O trabalho do “Lab Macambira” é feito de forma autônoma, com auxilio de diversas fontes por prestação de serviço e colaboração. Diversos pontões de cultura digital investiram nesta frente de desenvolvimento de software livre, e, mais recentemente, o pontão de cultura digital “Nós Digitais”** apóia o grupo para ampliá-lo e mobilizá-lo. “Desde que foram criados por Gilberto Gil, enquanto ministro da cultura, os pontões souberam utilizar suas verbas de maneira inteligente, e muitas pessoas têm sido beneficiadas”, afirma Renato, que finaliza dizendo que “é muito mais legal viver ajudando outras pessoas”.

Para aqueles com interesse em um contato mais próximo com o projeto e seus integrantes, na próxima semana, o Espaço Macambira será parte integrante do Festival Contato, que acontece a partir do dia 14 de novembro, em São Carlos ou no início de dezembro, onde o Lab marcará presença no Festival  Internacional de Cultura Digital, que será sediado no Rio de Janeiro.

Para conhecer melhor o “Lab Macambira”, os programas desenvolvidos, seus membros e outras informações, clique aqui.

*Organização das Nações Unidas

**entidades da sociedade civil que estabelecem convênios com o Ministério da Cultura

Assessoria de Comunicação

16 de novembro de 2011

Última palestra do ano aborda potencial transformador da ciência

No próximo dia 22 de novembro, o tradicional ciclo de palestras “Ciência às 19 horas”, promovido mensalmente pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), encerra seu ano letivo apresentando a última palestra deste ano de 2011.

O “Ciência às 19 horas” é um ciclo de divulgação científica que há mais de seis anos trabalha em palestras destinadas à difusão de conhecimento para a população em geral. Por esta razão, a última palestra do ano pode ser considerada uma discussão sobre o próprio objetivo que incentiva o trabalho dos organizadores, e também um balanço geral do trabalho feito ao longo deste ano.

A edição da próxima terça-feira, 22, a ser apresentada pelo renomado médico e cientista Miguel Nicolelis, tratará do tema “A ciência como agente de transformação social”, apontando o potencial da ciência básica e aplicada de contribuir com o desenvolvimento de regiões menos favorecidas. Mais especificamente, Nicolelis discorrerá sobre uma iniciativa que, desde 2003, coordena institutos de pesquisa independentes em áreas estratégicas do Brasil para desenvolver, além de pesquisa de nível mundial, ações educacionais e sociais. A Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa (AASDAP) atualmente integra, na região Nordeste, dois centros de pesquisas em neurociências, um centro de saúde voltado a cuidados materno-infantis e um centro de educação científica com três unidades.

A palestra de Nicolelis será realizada às 19 horas do dia 22 de novembro (terça-feira), no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas do IFSC-USP. O “Ciência às 19 horas” é gratuito e não necessita de inscrição prévia. Toda a comunidade está convidada.

http://www.ciencia19h.ifsc.usp.br

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Assessoria de Comunicação

14 de novembro de 2011

Gérard Moss recebe Comenda de Membro do Império Britânico

O engenheiro suíço, naturalizado brasileiro, Gérard Moss, idealizador do projeto denominado RIOS VOADORES – cujo objetivo é estudar os cursos de água atmosféricos que transportam umidade e vapor de água da Bacia Amazônica para outras regiões do Brasil – vai ser condecorado pela Rainha de Inglaterra, Elizabeth II, em cerimônia que decorrerá na próxima sexta-feira, dia 18 de novembro, no Palácio de Buckingham, em Londres.

Recordamos que Gérard Moss esteve já no IFSC em novembro de 2010, onde ministrou a palestra intitulada “RIOS VOADORES: O PAPEL DA FLORESTA AMAZÔNICA NO CLIMA BRASILEIRO”, no âmbito do programa CIÊNCIA ÀS 19 HORAS.

O projeto de Gérard Moss foi matéria de destaque em diversos programas transmitidos pela BBC, tendo o engenheiro levado palestras a 286 escolas britânicas, com cursos para cerca de 19 mil alunos, daí o reconhecimento da rainha por seu trabalho.

Recordamos que o projeto RIOS VOADORES é coordenado pelo Prof. Éneas Salati, com o apoio da Petrobrás.

 

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2011

Professor de música da USP recebe Grammy Latino

Gustavo Silveira Costa, professor do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP) acaba de receber prêmio de melhor álbum de música clássica do Grammy Latino 2011.

O prêmio concedido foi em virtude do álbum “Brazilian Guitar Quartet plays Villa-Lobos”, composto pelo Quarteto Brasileiro de Violões, grupo do qual Gustavo é um dos integrantes juntamente com os músicos Everton Gloeden, Tadeu do Amaral e Luiz Mantovani.

Clique aqui para ver um vídeo sobre o CD “Brazilian Guitar Quartet plays Villa-Lobos”

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2011

Confira algumas fotos

Foi encerrada hoje, 11 de novembro, a 2ª edição da “Semana da Escrita Científica” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

O evento, sediado no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, contou com a participação de diversos alunos e estudantes de várias Unidades da USP, bem como de outras Universidades.

Foram mais de 400 inscritos e sete mini-cursos, ministrados entre 9 e 11 de novembro, por docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para visualizar algumas fotos do evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2011

Pesquisador do IFSC fala sobre rumos da Física no século XXI

Após um recesso devido a semanas de eventos e feriados, o Colóquio IFSC voltou à ativa na manhã desta sexta-feira, 11 de novembro, recebendo um pesquisador da casa para ministrar palestra. O professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior dissertou sobre os desafios e oportunidades para a Física no século XXI, com o objetivo, segundo ele próprio, de instigar a reflexão dos alunos e pesquisadores ali presentes.

O Professor Osvaldo tem relações com o IFSC há muitos e muitos anos. Atualmente docente do Grupo de Polímeros, completou sua graduação no próprio Instituto, em 1982. Hoje ele sustenta o significativo número de 376 artigos publicados, com mais de 500 citações e 4 registros de patente. Ainda assim, modestamente, o pesquisador chamou sua palestra de “pretensiosa”, afirmando que nesta ocasião quebraria uma das regras do fazer científico (“sempre falar menos do que se sabe”), falando sobre aquilo que estaria além de seu conhecimento, com o intuito de provocar os presentes e chamar a atenção para os rumos da ciência, já reproduzindo em sua fala uma das necessidades mais relevantes do século XXI: a expansão das fronteiras do conhecimento.

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Assim, ele discorreu sobre aquilo que chamou de 4º paradigma da ciência, a saber, a ECiência – a ciência que se utiliza de postulados empíricos, teóricos e computacionais, em uma era onde há uma enorme quantidade de informação online, de forma acessível e barata. Porém, o pesquisador enfatizou a diferença entre informação e conhecimento, uma diferença que, segundo ele, deve ser transformada em similaridade, a fim de democratizar e universalizar de fato os dados de pesquisas e o conhecimento daí proveniente.

Para ilustrar, Osvaldo falou sobre o papel dos físicos na contemporaneidade e citou o exemplo de sensores e biossensores, área em que é especialista, mais especificamente de modelagem molecular, apresentando vias de se melhorar a performance da análise de dados em grandes quantidades.

A próxima edição do Colóquio será no dia 18 de novembro, às 10h30, no Auditório prof. Sérgio Mascarenhas, apresentando o Prof. Fernando Haas, da UFPR, que intitulou sua fala como “Uma breve introdução aos plasmas quânticos”.

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2011

A Física e as doenças negligenciadas: o exemplo da esquistossomose

As doenças negligenciadas são um grupo de doenças tropicais, endêmicas – concentradas em um determinado espaço –, que se manifestam especialmente entre as populações mais pobres da África, Ásia e América Latina. Entre estas doenças, as mais conhecidas são a leishmaniose, a doença de Chagas, a hanseníase, a raiva, a esquistossomose, a dengue e a doença do sono.

Apesar de algumas das doenças negligenciadas serem consideradas prioritárias para a Organização Mundial da Saúde, todos os anos, essas doenças fazem aproximadamente um milhão de vítimas fatais. Isso porque as medidas preventivas e o tratamento para algumas dessas doenças até são conhecidos, mas não são disponíveis justamente nas áreas mais pobres do mundo.

esquistossomaDentre estas doenças, destaca-se a esquistossomose, por ser a forma de parasitose mais grave, matando milhares de pessoas por ano. Diferentemente dos parasitas causadores da maioria das doenças negligenciadas, como a doença de Chagas, a Raiva ou a Leishmaniose, que são causadas por vírus ou por organismos unicelulares, o Schistosoma mansoni é um parasita multicelular, visível a olho nu, que circula na corrente sanguínea. Por essa razão, o Schistosoma está constantemente exposto à ação do sistema imunológico de seu hospedeiro, mas ainda assim, resiste bravamente às investidas contra si. A esquistossomose acaba sendo uma infecção crônica, existindo relatos de pessoas que padeceram durante décadas desta enfermidade.

Atualmente, há um medicamento indicado para o tratamento da esquistossomose, considerado bastante eficaz e barato, custando apenas US$ 0,20 por pessoa por ano. Por que, então, a doença não é erradicada? O problema fundamental é que a droga apenas elimina a forma adulta do parasita, mas o meio ambiente ainda continua contaminado. As cercarias continuam vivas, contaminando ambientes aquáticos. Sem modificar este ambiente, o ser humano voltará a ser infectado.

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Além disso, o fato de existir apenas um medicamento contra uma enfermidade torna grande a possibilidade de que o organismo causador adquira imunidade contra o próprio medicamento. É um grande risco que, com o uso constante desta droga, acabe se selecionando formas resistentes contra ela. Desta forma, é um dos grandes desafios da saúde humana atualmente desenvolver, de maneira eficaz, um tratamento e, sobretudo, uma prevenção contra a doença.

esquis_itchNeste sentido, há uma série de projetos contemporâneos, nas mais diversas áreas do conhecimento, engajados na resolução deste problema, e também de várias outras doenças negligenciadas. No Instituto de Física de São Carlos, há pesquisas sendo desenvolvidas relativas à Doença de Chagas, à Leishmaniose e, também, à Esquistossomose. O docente Ricardo de Marco, do grupo de Biofísica Molecular “Sérgio Mascarenhas”, se dedica aos estudos do genoma e do transcriptoma do parasita, além de proteínas importantes na sua relação com o hospedeiro, tendo feito descobertas inéditas no último ano.

Duas facetas da pesquisa

Na primeira linha de pesquisa, De Marco desenvolve um estudo bioinformático do genoma e do scriptoma deste parasita. Com isso, um dos principais objetivos é entender a organização do genoma do parasita, o que significa dizer que um dos focos da pesquisa são elementos de transição, elementos autônomos que vão criando várias cópias de si dentro do genoma. “É quase como se fosse um parasita dentro do genoma”, compara o pesquisador.

Segundo De Marco, quando a ciência descobriu estes elementos no genoma, pesquisadores de fato acreditaram se tratar de um parasita dentro do genoma. Entretanto, ao comparar com outros organismos, percebeu-se que todos os eucariontes têm estes elementos e que eles têm um caráter parasitário mas ao mesmo tempo existe a hipótese de que eles gerem uma dinâmica dentro do genoma.

No caso específico do Schistosoma, analisando a evolução de seu genoma, De Marco viu que a atividade destes elementos é muito grande em termos de transcrição. Daí decorre a hipótese de que seu funcionamento oferece certa flexibilidade evolucionária ao parasita, até porque sobrevive em um ambiente com alta pressão evolutiva, exposto ao sistema imune do ser humano. “Para o Schistosoma, é extremamente necessário ter um genoma que se modifique com o passar do tempo”, reflete o pesquisador. E completa: “Isto é negativo, por um lado, já que a probabilidade de ter indivíduos com defeitos nos genomas morrendo é maior, mas do outro lado tem-se a facilidade para se adaptar a desafios do ambiente em que vive, o que significa uma vantagem em termos de população do parasita”.

Do ponto de vista da ciência aplicada, esta descoberta pode vir a prejudicar as expectativas de erradicação do parasita e consequentemente da doença, já que a população dos parasitas se torna mais heterogênea, com indivíduos diferenciados em seu genoma. “Mesmo havendo um tratamento mais eficaz, há alguma probabilidade de que uma parcela da população sobreviva aos efeitos do medicamento, devido às características diferenciadas, e posteriormente se reproduza novamente”, explica De Marco.

Uma segunda etapa desta pesquisa relacionada ao Schistosoma mansoni é a análise informática de transcritos de genoma. Em uma colaboração com São Paulo, o trabalho é o sequenciamento do RNA – o ácido ribonucleico, uma molécula em cadeia simples com estrutura semelhante ao DNA que existe na célula como produto direto dos genes –, utilizando sequenciadores de última geração que oferecem uma quantidade enorme de dados. A nível molecular, para entender o organismo do parasita, a primeira coisa a ser feita é caracterizar os genes. Nisso, já houve grandes avanços, com relevantes projetos contando com importante participação brasileira, e hoje os transcritos do parasita são descritos muito mais facilmente. No entanto, ainda existe uma lacuna, lacuna esta que o esforço de sequenciamento do grupo de De Marco tenta suprir.

Uma outra faceta do trabalho relacionado ao Schistosoma mansoni é o trabalho com proteínas que estão envolvidas na relação entre parasita e hospedeiro. Ricardo de Marco, com a colaboração de grupos do IQ-USP e da University of York (Inglaterra), descreveu de maneira inédita um grupo de genes que possuem exons (regiões codificantes do RNA mensageiro, que compõem o gene com os íntros, as regiões não codificantes do RNA m) muito pequenos, denominados micro-exons (ver artigo aqui). Este sistema genético complexo nunca havia sido descrito em nenhum organismo e permite a produção de proteínas secretadas pelo parasita que possuem alto grau de variação. O Schistosoma é o único organismo que teve esta classe de genes descrita. O interessante deste sistema é que o parasita pode retirar qualquer um dos exons ali presentes e isso forma uma nova proteína sem afetar o resto da proteína, que permanece idêntica. “Isso é um mecanismo de variação proteica”, explica De Marco. “Outros parasitas como a tripanosoma também possuem mecanismos de variação antigênica, mas utilizando mecanismos completamente diferentes – mecanismos clonais, com várias cópias do mesmo gene – mas nada igual ao schistosoma”, completa. A hipótese a partir destas constatações é de que esse mecanismo de variação de proteínas esteja relacionado de alguma forma com mecanismos de variação antigênica e estas, por sua vez, sejam uma forma de fugir do sistema imunológico do hospedeiro. É uma hipótese bastante viável pois uma das formas do sistema imunológico combater os ataques ao corpo humano é mobilizar anticorpos, e esses anticorpos são produzidos através do reconhecimento de algumas partes de proteínas. Se a proteína está sempre variando, o sistema imunológico não sabe quais anticorpos produzir, e o parasita vai dominando o corpo cada vez mais.

Esta etapa do trabalho, agora, tem como objeto privilegiado estas proteínas. “Queremos saber como é a estrutura destas proteínas, tentamos reproduzi-las, investigar se interagem com proteínas humanas e assim desvendar qual é exatamente seu papel na relação parasita/hospedeiro”, explica o pesquisador.

E a Física?

A Física está presente nestas pesquisas com uma série de princípios que regem o funcionamento dos equipamentos mais importantes utilizados no sequenciamento dos genes em questão. Por exemplo, em alguns estudos específicos de proteínas, é necessário emitir algum tipo de radiação para interagir com a proteína, ou verificar o quanto ela fica carregada ou como ela faz um percurso ao passar por um campo magnético, para medir certas propriedades. “A Física é uma ferramenta muito importante, até para mim, que não sou Físico de formação, para perceber dados específicos em sistemas biológicos”, explica De Marco.

Pesquisa básica

Muito antes de um conhecimento tornar-se um bem prático, um benefício aplicado diretamente na sociedade, ele precisa ser inteiramente investigado e desvendado dentro de centros de pesquisa – esta é a chamada pesquisa básica. Nesta etapa da pesquisa, a preocupação fundamental é examinar detalhadamente o objeto de pesquisa, exame que, apesar de não ter um fim prático específico como objetivo imediato, é fortemente inspirado pelas necessidades observadas na sociedade. A pesquisa com o parasita causador da esquistossomose, por exemplo, não procura desenvolver de fato uma droga, ou um tratamento, para a doença, mas seu potencial é incalculável. “Ninguém cria um medicamento contra um organismo sem entender este organismo”, afirma o pesquisador. Entender a atuação de um parasita pode, inclusive, ampliar o entendimento do ser humano sobre seu próprio sistema imunológico, já que o Schistosoma domina e controla facilmente as investidas do corpo do hospedeiro contra si. “Se algum dia a medicina conseguir controlar o sistema imunológico do ser humano da mesma maneira que este organismo controla, poderíamos resolver problemas como a rejeição de órgãos transplantados ou de qualquer tipo de implantes, só para citar alguns exemplos”, comenta De Marco.

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Esta pesquisa é um importante primeiro passo para a evolução do entendimento desse mal que acomete a humanidade, e pode ter uma continuidade muito significativa para a ciência mundial. Afinal, “a ciência se constrói com acúmulo de conhecimento”, afirma o pesquisador. É quando as peças do quebra-cabeça se encaixam que é possível criar uma utilidade prática para a sociedade comum, do ponto de vista da ciência aplicada. E os resultados significativos da ciência básica, por um lado, criam grande expectativa na sociedade, e por outro, incentivam a investigação mais profunda de muitos outros tópicos que permanecem obscuros para a humanidade, dentro do mundo acadêmico.

Assessoria de Comunicação

11 de novembro de 2011

Confira edital para Técnico de Gráfica

O Serviço de Pessoal do IFSC divulgou na manhã desta sexta-feira, 11, o edital de abertura de concurso público para o preenchimento de 1 vaga de Técnico de Gráfica (Grupo Técnico 1A) e outras que surgirem durante o prazo de validade do mesmo.

Para ter acesso ao edital, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2011

Conheça os três indicados à vice-diretoria do IFSC

Por erro, iniciamos esta noticia da seguinte forma: “Em votação ocorrida em 10 de novembro, durante toda manhã, docentes e representantes dos servidores técnico-administrativos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) indicaram para o cargo de vice-diretor o docente, Osvaldo Novais de Oliveira Júnior”, quando, na verdade, a informação correta é a seguinte:

O Colégio Eleitoral, composto por membros da Congregação e dos Conselhos Departamentais do IFSC, definiu na manhã de hoje (10) os três nomes que compõem a lista tríplice na eleição para Vice-Diretor do IFSC: Prof.Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, Prof.Dr. Tito José Bonagamba e Prof. Richard Charles Garratt.

No primeiro escrutínio foi eleito o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, com 26 votos. No segundo escrutínio, nenhum nome obteve a maioria absoluta de votos. No terceiro, os Profs. Tito José Bonagamba e Richard Charles Garratt obtiveram 17 e 13 votos, respectivamente.

A lista já foi encaminhada ao Magnífico Reitor, que escolherá um dos nomes para ocupar o cargo.

Clique no nome dos indicados para acessar seus respectivos currículos:Osvaldo-1

 

 

 

Osvaldo Novais de Oliveira Júnior

 

Tito 

 

 

  Tito José Bonagamba

 

Richard  Richard Charles Garratt

 

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2011

Mídia local destaca Semana de Recepção dos Calouros do IFSC

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), depois de ser reconhecido, por unanimidade, pelo júri do Grupo de Trabalho Pró-calouro da Pró-Reitoria da USP, como Unidade que melhor recepcionou seus calouros, em 2011, ganhou destaque no jornal da EPTV (afiliada da rede Globo em São Carlos e região).

O docente do IFSC, Valmor Roberto Mastelaro, foi o entrevistado da matéria- que falou sobre a nova resolução do Ministério da Educação (MEC) de acompanhar mais de perto os trotes que alunos do ensino superior brasileiro têm praticado nas Universidades.

Para assistir à reportagem, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

10 de novembro de 2011

Grande número de participantes assistiu aos dois mini-cursos ministrados no segundo dia do evento

Semana-3Dando continuidade à “II Semana da Escrita Científica” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), às 14 horas, teve início o mini-curso “Como escrever bons artigos científicos: estrutura e linguagem”, que contou com uma plateia numerosa.

Ministrado pelo docente do IFSC, Valtencir Zucolotto, que discorreu sobre diversos tópicos importantes para escrita do artigo científico, como descrição de estilo e linguagem, Zucolotto também enfatizou a importância do artigo para a vida do pesquisador e da própria sociedade. “O artigo científico é o produto da pesquisa e a maneira de divulgar os excelentes resultados conseguidos por ela”, afirmou.

Após um breve coffee break, os participantes retornaram ao auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, onde o evento está sendo realizado, para o segundo e último mini-curso do dia, “Gestor de referências: ZOTERO”, ministrado pelos docentes, Jandira Ferreira de Jesus Rossi (UFSCar) e Renan Carvalho Ramos (Unesp).

A “II Semana da Escrita Científica” terá seu encerramento amanhã, 11 de novembro, com o mini-curso “O que acontece com o artigo após a submissão”, que será ministrado pelo docente do IFSC, Osvaldo Novais de Oliveira Jr. e terá início às 14 horas, novamente no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”.

Assessoria de Comunicação

9 de novembro de 2011

Por que ele é tão importante para pesquisadores e sociedade?

Semana_da_EscritaO que um artigo científico tem em comum com prosa ou poesia? Praticamente duas características: são definidos como gênero textual e possuem um formato específico e muito bem definido. Mas, diferente dos dois últimos gêneros, conhecidos por quase todas as pessoas, especialmente no mundo literário, o artigo científico (AC) é protagonista, em grande parte das vezes, somente na vida de pesquisadores e, paradoxalmente, a maioria de seus autores ainda não sabe como escrevê-lo corretamente. “Professores universitários, por exemplo, são contratados para ensino, pesquisa e extensão. Enquanto pesquisadores, seu produto final deve ser a divulgação dos excelentes resultados obtidos em suas pesquisas. É justamente através do artigo científico que isso será feito”, explica Valtencir Zucolotto, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e responsável por ministrar cursos sobre Escrita Científica, há seis anos.

Condição sine qua non para criação de um artigo científico, de acordo com o docente, é ter uma resposta: se a ideia ou hipótese inicial sugerida na pesquisa foi respondida e uma tese ou metodologia foi criada, é hora de passá-la para o papel. “Mas, isso não significa, necessariamente, que você já terá suporte necessário para escrever o artigo científico. Você precisa saber como escrevê-lo”, afirma o docente.

Do básico ao essencial

Diferente do pensamento de muitos, o artigo científico não é um simples texto onde será relatado o resultado de uma hipótese estudada. Existem padrões, não só ao que se refere à gramática, mas ao formato, que deve ser muito bem definido.

Dentre os formatos possíveis para um AC, um deles refere-se à extensão: comunications ou letters têm, no máximo, duas páginas; o artigo regular– o mais conhecido e mais utilizado pelos acadêmicos- se divide em tópicos (resumo, introdução, experimento, resultados e discussões, conclusões e referências) e tem uma média de 5 a 10 páginas. Finalmente, os artigos de revisão são aqueles onde diversos autores escrevem sobre um tema específico, e tem, em média, 30 a 40 páginas. “Para cada um desses casos, existe uma estrutura. Por isso, na hora de escrever um artigo, essa é a primeira definição a ser feita, para que o autor esteja atento ao formato que deve ser seguido”, exemplifica Zucolotto.

Com a pesquisa em mãos e o formato definido, o que será descrito deve ser inédito. O avanço da pesquisa e sua contribuição devem estar claros. Nem toda pesquisa poderá “se tornar” artigo científico se não atender a essas premissas. Além disso, os resultados ou ideias devem estar muito bem organizados e inteligíveis. “O que editores de grandes revistas querem são publicações significativas de trabalhos, não importa a qual área pertença”, afirma o professor.

Como se fazer entender?

Zuco-1Mesmo que o formato esteja perfeito e dentro dos parâmetros exigidos, se o AC não for bem explicado, pode ir por água abaixo. Afinal, como dar valor àquilo que não pode ser compreendido? Mas, cuidado: fazer-se entender não significa abdicar de alguns termos técnicos e muito menos da boa gramática. De acordo com Zucolotto, duas palavras definem um bom artigo científico: clareza e concisão. “A linguagem técnica não deve ser deixada de lado, mas deve ser escrita de uma maneira fácil e correta. Sem clareza e concisão, o artigo pode até vir a ser publicado, mas não causará impacto nos leitores”.

Depois de alguns anos ministrando cursos de escrita científica, Zucolotto conta que a maior dificuldade dos brasileiros, especificamente, é, justamente, não conseguir visualizar o artigo científico como um gênero literário. “Se a pessoa não conseguir compreender o formato daquele documento, ela não conseguirá escrevê-lo, mesmo que seu inglês e sua gramática sejam impecáveis”.

O ponto em comum

Tal desconhecimento tem uma razão: falta de cursos que orientem sobre a escrita científica. Consciente desse problema, a USP tem dado atenção ao assunto. Muitas iniciativas vêm sendo tomadas pela Universidade, através da Pró-Reitoria de Pesquisa e, uma delas, é o oferecimento dos, tão importantes, cursos de orientação para escrita de publicações científicas. Zucolotto é um exemplo: foi contratado para coordenar workshops de capacitação para professores de várias Unidades da USP, durante o segundo semestre de 2011.

Para um pesquisador, o AC é parte de seu trabalho. Em algum momento, ele deverá escrevê-lo, utilizando-se de bom senso e preocupando-se com a qualidade daquilo que será redigido. “O parâmetro mais fácil para se medir o impacto dos artigos diz respeito às revistas científicas que darão conhecimento ao mesmo. As áreas experimentais têm mais artigos publicados, primeiro pelo grande número de revistas e depois pela quantidade de pesquisas abertas”, conta o docente.

A sociedade, por outro lado, só pode ter conhecimento daquilo que é estudado e desenvolvido por cientistas através desses artigos. O conhecimento não pode ficar restrito ao ambiente acadêmico. “O primeiro passo para melhoria da qualidade de vida do ser humano é a divulgação das pesquisas científicas. Com isso, será possível pensar em maneiras melhorá-la, efetivamente”, finaliza Zucolotto.

Oportunidade de ouro

Na próxima semana, a partir do dia 9 de novembro (quarta-feira), o IFSC inaugura a “2ª Semana da Escrita Científica”, da qual toda comunidade pode participar (embora o público-alvo seja, especialmente, pesquisadores).

Além de tutoriais, a Semana discutirá, fortemente, os plágios e fraudes em ciências, de maneira geral, e ferramentas para evitá-los.

A programação contará com diversos mini-cursos, ministrados por especialistas no assunto, incluindo docentes de outras Universidades e do próprio IFSC. Clique aqui para acessar o site do evento e inscrever-se .

Assessoria de Comunicação

9 de novembro de 2011

Evento conta com mais de 400 participantes

Aconteceu, em 9 de novembro, a abertura da “II Semana de Escrita Científica” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

O evento, iniciativa da Diretoria e Biblioteca do IFSC, teve mais de 400 inscritos, e trará diversos mini-cursos, com diferentes temáticas, todas relacionadas à importância da escrita científica, assim como suas vertentes.

A abertura da Semana foi feita pelo diretor da Unidade, o docente, Antonio Carlos Hernandes, junto ao coordenador da Semana, o docente, Valtencir Zucolotto.

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Hernandes defendeu a importância da divulgação científica e da produção científica em língua estrangeira. Discorreu, também, sobre a internacionalização da Universidade, através de intercâmbio entre alunos e professores, estes últimos sendo metas do IFSC, no sentido de ministrar cursos aos alunos do Instituto.

Ainda no dia 9, estão programados três mini-cursos, que serão ministrados por docentes de outras Universidades. No dia 10, o próprio Zucolotto ministrará o mini-curso “Como escrever bons artigos científicos: estrutura e linguagem”. Outros dois mini-cursos também serão realizados.

No último dia do evento, 11 de novembro, será um único mini-curso, que terá início às 14 horas.

Para ter acesso à programação completa do evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

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