Notícias

2 de dezembro de 2012

AlumnIFSC – Associação de Ex-Alunos do IFSC

A Associação de Ex-Alunos do IFSC (AlumnIFSC) realiza no dia 08 de dezembro (sábado) o seu II Encontro Anual, que decorrerá entre as 10 e as 12 horas no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas.

O evento, que terá entrada franca, contará com as participações do atual e ex-diretor do IFSC, na circunstância, Profs. Dr. Antonio Carlos Hernandes e Roberto Mendonça Faria, que discorrerão sobre a importância da associação, seus objetivos e projetos.

O evento contará ainda com uma mesa-redonda entre ex-alunos, onde se discutirão, dentre outros assuntos, a tradição do movimento e o fortalecimento dos laços que unem o IFSC à sociedade, bem como o planejamento de novas ações e iniciativas. Pelas 12h30 decorrerá um almoço convívio.

O AlumnIFSC tem atualmente como presidente o Prof. Dr. Antonio José da Costa Filho e como vice-presidente o Prof. Dr. Cleber Renato Mendonça, ambos docentes e ex-alunos do IFSC.

Assessoria de Comunicação

30 de novembro de 2012

Semana de 30 de novembro a 6 de dezembro de 2012

O_CEU_SOBRE_SAO_CARLOSAqueles que olharam para o céu no último dia 28, devem ter observado uma cena deslumbrante, logo após o pôr do Sol. A noite de primavera, naquela data, estava clara e com poucas nuvens, o que propiciou a observação do eclipse de Júpiter pelo nosso satélite natural na constelação de Touro, no céu de São Carlos. Esse fenômeno, raro, é uma conseqüência do alinhamento da Terra, da Lua e do planeta Júpiter em suas órbitas.

A passagem espetacular da Lua cheia por Júpiter durou pouco menos do que uma hora – entre 21 e 22 horas (veja ilustração no Quadro 1). Como Júpiter está estacionário em Touro, a duração do eclipse está associada somente ao movimento de translação da Lua em sua órbita, em torno da Terra.

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Quadro 1: Eclipse de Júpiter passando pela Lua ao entardecer do dia 28 de novembro (CLIQUE NA FIGURA PARA AMPLIAR)

Podemos estimar a duração do tempo de trânsito da Lua por Júpiter. O tamanho angular aparente da Lua é de aproximadamente 0,5 graus, praticamente o diâmetro de um lápis (7 milímetros), ao ocultarmos o disco lunar segurando o mesmo com os braços esticados. Já o nosso satélite natural faz uma translação completa (360 graus) em torno da Terra, em 29,5 dias em média. Logo, a Lua percorre aproximadamente 12,5 graus em um dia (24 horas) ou distância angular de 0,6 graus do seu diâmetro em aproximadamente uma hora. O Quadro 1 mostra, no entanto, que Júpiter passou a ¾ do centro do disco lunar, o que permite recalcular um tempo de trânsito da Lua por Júpiter de pouco mais que 40 minutos.

Nesse rápido movimento no céu, o nosso satélite natural percorre 2 constelações do Zodíaco em cada 5 dias. A Lua deixa Touro minguante no dia 29, com 98 % de seu brilho, e passa ao lado das estrelas Castor e Pollux, em Gêmeos, nas duas noites seguintes, para então entrar em Câncer no dia 3 de dezembro, com 82% de sua luminosidade. Isto significa que a cada dia ela nascerá mais tarde a Leste, deixando o céu mais escuro, propício para observação nas primeiras horas da noite. No dia 5 de dezembro, a Lua passa a ocupar a casa de Leão, com 65% de seu brilho, quando estará 5 graus (três dedos com os braços esticados) acima da estrela Regulus. Ela estará nascendo, nesse dia, por volta da primeira hora da madrugada do dia 6. Nessa semana, o Sol estará ocupando a constelação de Escorpião, fazendo oposição à Lua.

Aqueles que acordam cedo poderão observar Mercúrio, Vênus e Saturno a olho nú, um pouco antes do amanhecer, a Leste. O melhor horário é por volta das 5 horas e 40 minutos (veja ilustração no Quadro 2).

Mercúrio sai da claridade do Sol por poucas semanas, para aparecer rente ao horizonte. O pequeno planeta ocupa a órbita mais interna do sistema solar e possui um período orbital de apenas 88 dias. Como consequência, ele apresenta fases, como a Lua, e um rápido movimento aparente ao ser observado da Terra. A sua posição é sempre próxima ao horizonte, ao amanhecer ou ao anoitecer, o que compromete ainda mais a sua localização devido ao lusco fusco nesse período do dia.

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Quadro 2: (CLIQUE NA FIGURA PARA AMPLIAR)

A presença de outros astros nas proximidades de Mercúrio pode ajudar para onde olhar no céu e localizar esse planeta intrigante. Especialmente nessa semana, Saturno e Vênus estarão alinhados um pouco mais acima no horizonte (veja Quadro 2 ilustrativo).

O prolongamento de uma reta imaginária que passa pelos dois planetas, auxiliará na localização de Mercúrio mais abaixo em Libra, já que todos os planetas, incluindo o Sol e a Lua, percorrem aproximadamente a mesma trajetória (chamada de Eclíptica) no céu. Além disso, a semana será propícia para observar Mercúrio, que atinge elongação máxima de 20 graus (separação angular entre o planeta e o Sol, quando vistos da Terra) no dia 3 de dezembro.

O rápido planeta retoma seu movimento na direção ao Sol nos dias que se sucedem, mas agora na companhia de Vênus, que segue reluzente ao seu lado. Os dois planetas deixam Saturno para trás em Virgem, para se esconderem por algumas semanas por trás da luminosidade do Sol, em Escorpião, nesse final de primavera. Vale a pena acordar um pouco mais cedo, com os pássaros, para acompanhar a troca de pares na dança eterna desses planetas no céu de São Carlos.

Aqueles que observam o céu noturno devem ter percebido que os astros são distinguidos e facilmente localizados no céu pela comparação entre suas intensidades luminosas, definidas como brilho. A escala de magnitude aparente foi a maneira simples encontrada pelo homem para descrever as diferenças de brilho dos astros que observamos no céu noturno (Veja maiores detalhes dessa escala no Quadro 3).

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Quadro 3: Detalhes dessa escala de magnitude aparente

 

* Previsão fornecida pelo docente do IFSC, Prof. Dr. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães


Assessoria de Comunicação

30 de novembro de 2012

CDCC sedia seminário nacional e faz homenagem a Dietrich Schiel

Nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro será realizado, no Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC-USP), na cidade de São Carlos, o VIII Seminário Nacional do Programa ABC na Educação Científica.

A abertura do evento, na noite desta sexta-feira, 30 de novembro, acontecerá uma solenidade em homenagem ao Prof. Dietrich Schiel, falecido em 27 de outubro passado.

Docente aposentado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), o Prof. Schiel foi um dos fundadores do CDCC, tendo sido também seu diretor por diversos anos.

Entusiasta e militante do ensino de ciências no país, o Prof. Schiel foi um dos fundadores e ativo colaborador do Programa ABC na Educação Científica, até pouco antes de seu falecimento.

O seminário deste ano terá como foco inicial a realização de uma avaliação crítica a respeito do programa, ao longo de seus 11 anos de existência.

Olhando para os êxitos, mas também para as dificuldades, os participantes buscarão refletir sobre a experiência de um dos mais antigos programas de ensino de ciências no Brasil em atividade contínua. A partir de uma visita às experiências do programa em diversos estados e cidades, buscar-se-á debater as inquietações e tirar lições que ajudem a alimentar uma reflexão a respeito do futuro do programa.

Na segunda parte do seminário, os participantes discutirão cenários, desafios e possibilidades futuras para o programa. Questões como a continuidade do trabalho em função de mudanças governamentais, o engajamento efetivo de cientistas no cotidiano das atividades do programa, a construção de laços efetivos com educadores e as Faculdades de Educação, a articulação com o MEC e as Secretarias de Educação, dentre outras, terão que ser enfrentadas para que novos horizontes de atuação possam ser delineados.

Veja a programação completa clicando no link abaixo:

PROGRAMAÇÃO

Assessoria de Comunicação

30 de novembro de 2012

Cinquenta e oito estudantes estrangeiros procuram estágio no IFSC

Através de sua Comissão de Relações Internacionais, o IFSC abriu, em agosto último, as inscrições para o primeiro estágio de verão para alunos estrangeiros que estejam perto de terminar seus cursos de graduação, com particular destaque para aqueles que estudam nos ESTGIOS_DE_VERO-250países localizados na América Latina.

A resposta a esta iniciativa superou as melhores expectativas dos responsáveis pelo IFSC, tendo o Instituto recebido cinqüenta e oito candidaturas, inclusive de estudantes oriundos da Europa, África e Ásia, com uma supremacia numérica de candidaturas do Chile, como se demonstra abaixo:

Argentina – 04; Bolívia – 02; Chile – 20; Colômbia – 02; Egito – 01; França – 03; Itália – 01; México – 04; Paraguai – 02; Perú – 08; Índia – 02; Suíça – 01.

O número alto de candidaturas obrigou a um esforço suplementar do IFSC para selecionar, equilibradamente, o lote de alunos estrangeiros que irão passar dois meses em São Carlos: assim, foram quinze os jovens selecionados, oriundos dos seguintes países:

Perú – 03; Suíça – 01; México – 01; Chile – 04; Colômbia – 03; Argentina – 02; Egito – 01.

Os alunos selecionados para este Estágio de Verão do IFSC trabalharão durante dois meses dentro dos laboratórios de pesquisa do Instituto, sob a supervisão de um docente, em um projeto de pesquisa escolhido pelo supervisor, e serão totalmente financiados pelo IFSC – passagem aérea, hotel e estada.

Os candidatos selecionados irão trabalhar nas seguintes áreas de pesquisa: Nanotoxicologia, Biologia Estrutural e Molecular, Campo de Materiais, Física Experimental da Matéria Condensada, Astrofísica, Química Medicinal, Novos Materiais, Computação Científica, Fotônica e Biofotônica, Mecânica Clássica e Cristalografia.

Elizabeth Cristina Conti, Assistente Técnico Acadêmica que acompanhou de perto a organização deste estágio, refere: Acredito que o grande empenho do Prof. Richard Charles Garratt, membro da CRInt – Comissão de Relações Internacionais do Instituto, na busca de docentes do IFSC interessados em receber alunos no âmbito desta ação, com a indicação de instituições latino-americanas, que poderiam aproveitar as férias longas de verão no hemisfério sul, bem como seu intenso entusiasmo desde a criação desta ação, foram determinantes no resultado da excelente procura pelos estudantes estrangeiros. De igual forma, segundo ela, a forma de divulgação da oportunidade de estágio também foi fundamental na grande repercussão do número de manifestações de interesse: O futuro dirá se o objetivo desta ação, de atrair potenciais candidatos para o nosso Programa de Pós-Graduação, será atingido, conclui.

Alunos oriundos de universidades de classe mundial

Para o Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, vice-diretor do IFSC, no Brasil não existe nenhum estágio nos moldes deste que foi lançado pelo Instituto: Fizemos uma divulgação muito grande junto das melhores universidades da América Latina, já que a nossa intenção é trazer alunos que queiram aproveitar o Verão para realizar este estágio e o calendário escolar ideal é o da América Latina, acrescenta o docente.

O fato de se terem candidatado cinqüenta e oito alunos de alto nível, oriundos de todos os países da América Latina, bem como alguns da Europa, África e Ásia, demonstra bem o interesse que este programa suscitou. Uma próxima chamada ocorrerá em abril de 2013 e o IFSC mudará o foco, indo tentar atrair alunos da Europa, América do Norte e Ásia.

Para o vice-diretor do IFSC, este programa de estágios é muito ágil, com pouca OSVALDO_JUNIORburocracia, permitindo que os alunos permaneçam entre nós durante dois meses, trabalhando em qualquer área de pesquisa que existe no Instituto de Física de São Carlos. E porque no IFSC as equipes de pesquisa são multidisciplinares, podem-se atrair físicos, químicos, engenheiros, biólogos, médicos, dentistas: É um atrativo muito grande, principalmente para os nossos alunos de graduação, já que eles terão a oportunidade de interagir com os seus colegas estrangeiros, conhecer novas culturas, novos idiomas e trocar experiências acadêmico-científicas, refere o vice-diretor do Instituto.

Osvaldo Júnior acredita que muitos desses alunos que visitarem o IFSC podem ser os futuros embaixadores do Instituto nos seus países de origem, reforçando a opinião de todos os cientistas estrangeiros que têm visitado o Instituto de Física de São Carlos, que é de elogios à qualidade da pesquisa que aqui realizada e que se encontra na fronteira entre a física e outras áreas correlatas.

A Internacionalização da USP

Para o diretor do IFSC, prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, existem dois pontos que o IFSC tem trabalhado arduamente: o primeiro tem a ver com a questão da mobilidade de seus alunos, uma política implantada em 2010 e que tem promovido a visita e estada de seus alunos em laboratórios de pesquisa de universidades no exterior, principalmente através do programa MIGRA: Esse programa foi um sucesso, mas a partir de 2011 quisemos dar outra dinâmica e lançamos um programa exatamente no sentido contrário, ou seja, começamos a trazer alunos estrangeiros para o Instituto, acolhendo-os por períodos de dois meses para a realização de estágios de pesquisa, contando, para isso, com os apoios das pró-reitorias de pesquisa e de pós-graduação da USP. Esse novo programa tem o objetivo claro da internacionalização que a Universidade de São Paulo está buscando, e que expõe não só a USP como um todo, comoANTONIO_HERNANDES2 o IFSC – neste caso concreto – aos olhos da América Latina, América do Norte e Europa: depois de termos constatado o número expressivo de publicações que o IFSC tem feito, todas elas de alto impacto, juntamente com a participação da instituição em convênios de cooperação científica, agora começamos a trazer o outro lado, ou seja, trazer os alunos estrangeiros para dentro do Instituto. E essa era a particularidade que faltava dentro da USP – ter dentro da universidade estudantes selecionados, oriundos de diferentes países, por forma a compor uma mescla de troca de culturas e de conhecimentos, que serão fundamentais para os nossos alunos, refere Hernandes.

Este programa de trazer jovens estudantes até o IFSC é extremamente inovador e começou no Instituto muito antes da institucionalização do mesmo. Como já foi referido, os grupos de pesquisa do IFSC fazem seu trabalho na fronteira do conhecimento e desde há muito tempo que estudantes de todos os continentes visitam o Instituto para aqui realizarem trabalhos científicos; só que a quantidade era reduzida porque o investimento para os acolher era disponibilizado apenas por cada grupo de pesquisa. Agora, o que o IFSC fez foi ampliar esse projeto rumo a horizontes mais latos.

Assessoria de Comunicação

30 de novembro de 2012

Alunos do IFSC são destaque nos EUA

Em outubro último, os estudantes do IFSC que compõem o designado IFSC OSA Student Chapter, conquistaram o 1º lugar na categoria Excelência, no “Frontiers in Optics”, um grande evento científico internacional, com periodicidade anual, que este ano decorreu em Rochester, nos Estados Unidos.

logo_Chapter200Para que se entenda melhor, o Frontiers in Optics é promovido pela The Optical Society (OSA), uma sociedade internacional que se dedica a congregar e promover a ciência e inovação nas áreas de óptica e fotônica, inclusive levando os conceitos científicos para fora da academia, ou seja, para mais perto do público leigo. Conectados com o OSA, existem os designados Student Chapter, estruturas acadêmicas formadas por estudantes de pós-graduação que se encontram espalhados por centenas de universidades em todo o mundo e que funcionam como apoio às atividades de divulgação dessas áreas do conhecimento. No Brasil existem nove Student Chapter e o do IFSC é um dos que tem maior representatividade.

Inserido no Frontiers in Optics, que é um evento que reúne os maiores pesquisadores da área e cujo foco é envolver os alunos de pós-graduação em discussões e trabalhos científicos junto com os cientistas, a edição de 2012 recebeu também (e como já tradição) um encontro dos líderes do Student Chapter – que são cerca de 300 em todo o JULIANAmundo -, de onde saiu a candidatura do IFSC OSA Student Chapter, que acabou por arrecadar o primeiro lugar na categoria Excelência, conforme explica a presidente da estrutura do IFSC, Juliana Pinto de Almeida:

Foi muito entusiasmante. Existem duas categorias de Student Chapter: aquela que congrega os grandes Student Chapter, que possuem mais de 300 integrantes e onde estão incluídas universidades dos Estados Unidos, Japão, etc., e a categoria que congrega os pequenos Student Chapter, com menos de 15 integrantes; foi exatamente neste último que apresentamos nossa candidatura ao prêmio, tendo sido um dos dois finalistas, concorrendo diretamente com o Student Chapter do Chile – e vencemos. É um prêmio importante, pois ele representa o reconhecimento do nosso trabalho ao longo do ano, com destaque para a organização da Escola Avançada de Óptica e Fotônica (EAOF), realizada em julho último. Além do prestígio que o prêmio acarreta, fomos ainda contemplados com US$ 1.000 que iremos aplicar em várias atividades dentro do nosso Chapter.

Ainda no EMERSON_BARBANOâmbito deste evento, os Chapters presentes foram convidados a participar de uma exposição em que o desafio foi montar diversos experimentos simples, relacionados com óptica e fotônica, com a condição de serem utilizados utensílios do dia-a-dia, objetos comuns, tudo isso dentro de uma caixa de sapatos, com o intuito de difundir o aprendizado dessas áreas junto do público leigo, inclusive junto das crianças, conforme explica Emerson Barbano, um dos integrantes do IFSC OSA Student Chapter:

Primeiro, decoramos essa caixa, chamada de OptiBox e fizemos uma logo legal que chamou imediatamente a atenção do público nessa exposição, a que demos o nome Playing With Optics. No interior da caixa colocamos cinco experimentos: o primeiro deles foi constituído por uma caneta de laser (laser pointer) e uma tela contendo um material luminescente. Aí, convidamos as pessoas para escrever seus nomes com a caneta laser nessa tela e os nomes ficavam visíveis estaticamente por um período de cerca de um minuto: chamamos a esse experimento Escreva com Luz, e as pessoas aderiram imediatamente ao mesmo, fazendo centenas de perguntas, foi muito legal. 

Em outro experimento a equipe do IFSC utilizou uma colher de sopa vulgar, contendo uma determinada porção de água. Os alunos dos IFSC desenharam um alvo no topo da mesa e colocaram essa colher com água a uma determinada distância do alvo: Aí, convidamos as pessoas a incidir um feixe de laser sobre a água. A missão delas era acrescentar ou retirar água da colher até que o reflexo do laser coincidisse com o centro do alvo. As pessoas fizeram fila para ver e testar nossos experimentos: nós não demos conta de atender a todos, pois todo o mundo fazia perguntas e queria experimentar, explica EmersonRENATO_MARTINS Barbano, sorrindo.

Outro experimento bastante interessante e que fez sucesso foi transformar essa nossa caixa em uma câmera de imagens – conta Renato Martins, igualmente integrante do IFSC OSA Student Chapter. Foi uma explicação básica de como se formam as imagens. Através de um orifício feito na caixa, colocamos nele uma lente e, com os nomes impressos na tela do evento anterior, em que as pessoas escreviam seus nomes com a caneta laser,  aproximamos eles da lente, na parte externa da caixa, e a imagem era reproduzida no interior dela, como se fosse um slide. Outro experimento foi feito utilizando uma seringa cheia de água, acoplada a um tubo de PVC, com um pedaço de insufilme. Com esse material nós conseguimos exemplificar as propriedades de uma lente com foco variável – convergente e divergente.

A EAOF – Escola Avançada de Óptica e Fotônica

Como já referimos, a grande qualidade na organização e no conteúdo da EAOF – Escola Avançada de Óptica e Fotônica terão sido os diferenciais para que o IFSC OSA Student Chapter conquistasse o primeiro lugar na categoria Excelência no Frontiers in Optics 2012, qualidade essa que, ao longo dos anos, transformou a EAOF em um dos principais destaques no IFSC.

A escola de 2012 demorou cerca de seis meses para ser organizada, já que tivemos que angariar os recursos financeiros para colocar ela de pé, como, por exemplo, junto ao CNPq, IFSC, pró-reitorias da USP e a algumas empresas que trabalham com óptica. O nosso planejamento foi baseado na qualidade do evento, principalmente dando ênfase à notoriedade dos pesquisadores nacionais e estrangeiros que foram convidados a dar as palestras; e foi um sucesso absoluto, já que um de nossos objetivos foi promover diálogos científicos intensos entre esses pesquisadores e os estudantes de pós-graduação inscritos (74), oriundos de diversos estados do Brasil, explica Juliana Pinto de Almeida.

A Escolalogo_eaof Avançada de Óptica e Fotônica, que ocorre a cada dois anos, é um evento bastante focado nessas duas áreas, apresentando cursos de curta duração, palestras, visitas a laboratórios, etc.. A edição de 2014 já está sendo idealizada e terá uma duração de quatro dias, voltada principalmente para alunos de pós-graduação, e que irá abranger diferentes tópicos das áreas de óptica e fotônica, por forma a que possa chamar o maior número possível de alunos.

Na edição de 2012, conforme referiu Juliana de Almeida, um dos valores agregados a esta escola foi o fato de alguns dos alunos que participaram da Escola terem já manifestado interesse em fazer pós-graduação no IFSC, o que demonstra a qualidade científica oferecida pelo Instituto nestas áreas do conhecimento.

“Semana de Óptica na Escola” e “Panoramas da Óptica”

Devido à sua periodicidade, no próximo ano não ocorrerá a Escola Avançada de Óptica e Fotônica, mas nem por isso as atividades irão diminuir. Assim, o Student Chapter do IFSC tem programadas duas iniciativas bastante interessantes. A primeira delas é a Semana de Óptica na Escola, um evento que se realizará no IFSC, em data a anunciar, inteiramente voltada para os alunos do Ensino Médio, com palestras simples que transmitirão conceitos básicos de óptica nas vertentes teórica e prática. Será a tentativa de motivar jovens estudantes a ingressar na academia e a seguir essa área do conhecimento, onde se aproveitará o evento para mostrar aos alunos como é um dia de universitário, com visitas ao restaurante universitário, biblioteca e laboratórios de pesquisa.

Outro evento que será destaque em 2013 será Panoramas da Óptica, que será constituído por um ciclo de palestras com a duração de um dia e que contará com a participação de vários pesquisadores. Este evento destina-se a alunos de graduação e opticsde pós-graduação, sendo um momento importante para a troca de experiências entre os participantes.

Quanto ao futuro dos três jovens alunos de pós-graduação integrantes do IFSC OSA Student Chapter, tudo indica que o mesmo já esteja traçado. Para Juliana Pinto de Almeida, O meu futuro parece previsível, mas tudo pode acontecer. Em princípio, o meu caminho será a Academia, nas áreas de pesquisa e de ensino. A escolha de Juliana é compartilhada por Emerson Barbano, que refere: Eu vou continuar a minha pós-graduação e claro que vou optar pela Academia, vou apostar na ciência. Quando às minhas preferências, elas são a USP (IFSC), UNICAMP ou Universidade Federal de Pernambuco. Renato Martins junta-se aos colegas, afirmando: Definitivamente, quero ser cientista e poder dar aulas. É uma questão de paixão. Quanto às minhas preferências, elas vão para a USP (IFSC) e UNICAMP, ou então para fora do estado de São Paulo.

Seja qual for seu destino profissional, o IFSC deseja a todos eles o maior sucesso: God Speed.


Assessoria de Comunicação

29 de novembro de 2012

Campos escalares em ação

Decorreu no dia 29 de novembro, na sala F-210 (IFSC), mais uma edição da bazeia250iniciativa denominada Café com Física, com o seminário intitulado Campos escalares em ação, apresentado pelo Prof. Dr. Dionízio Bazeia Filho, docente e pesquisador da UFPB – Universidade Federal da Paraíba.

O principal interesse do estudo relativo ao tema é investigar sistemas descritos por um ou dois campos escalares reais, sendo que o foco está na busca de soluções localizadas, denominadas defeitos topológicos, mostrando como obtê-los através de equações diferenciais de primeira ordem, bem como utilizá-los em diversas aplicações em Física, particularmente no estudo de condensados de Bose-Einstein.

Dionízio Bazeia Filho também considerou modelos com dinâmica generalizada, procurando identificar modelos gêmeos, que são modelos distintos, mas que apresentam o mesmo defeito topológico, com a mesma densidade de energia e, possivelmente, com a mesma estabilidade.

O palestrante apresentou seus estudos relativos à presença de defeitos compactos, que são soluções que vivem em um intervalo da reta real, fechado.

Por último, Bazeia Filho comentou como utilizar seus resultados para o estudo de problemas de interesse atual na área de Cosmologia, e em modelos de mundo-brana, com uma única dimensão extra, infinita.

Assessoria de Comunicação

29 de novembro de 2012

Como transformar a pesquisa científica em produtos e/ou serviços

Decorreu no dia 29 de novembro, na Sala de Seminários do Grupo de Óptica do IFSC, mais um seminário promovido pelo Laboratório de Biofotônica, do Grupo de Óptica, desta vez ministrado por Mardoqueu Martins da Costa, sócio-fundador e pesquisador/consultor da empresa BioDPI Indústria e Comércio de Equipamentos Médicos e Odontológicos.

Subordinado ao tema Desafios e oportunidade de se transformar a pesquisa científica em produtos e/ou serviços, este seminário abordou, diretamente, como é que o conhecimento adquirido por quem finaliza seus cursos de graduação ou de pós-graduação pode se transformar em resultados práticos, que cheguem à sociedade na forma de produtos e/ou serviços.

Mardoqueu utilizou o seu próprio caso como exemplo, onde, através seu conhecimento partiu para a criação da empresa Biopdi – Equipamentos Médicos e Odontológicos, tendo descrito quais são as oportunidades e desafios que existem para se ter uma empresa que faça pesquisa, com o foco de oferecer serviços ou produtos.

O palestrante possui Mestrado em Engenharia Elétrica pela Escola de Engenharia de São Carlos – USP (2010). Formado em Ciências Exatas com habilitação em Física pelo Instituto de Física de São Carlos – USP (2008) e possui formação técnica em Mecatrônica pela escola SENAI de São Carlos (2007). Possui experiência na área de Física e Engenharia, com ênfase em Espectros Moleculares e Interações de Fótons com Moléculas, atuando principalmente nos seguintes temas: Espectroscopia, Fluorescência, LEDs, LASER, processamento de imagens e instrumentação com o desenvolvimento de software e equipamentos de uso laboratorial e clínico. Mardoqueu é sócio-fundador e pesquisador/consultor da empresa BioDPI Indústria e Comércio de Equipamentos Médicos e Odontológicos.

Assessoria de Comunicação

29 de novembro de 2012

Formação básica aos alunos de graduação

Serão realizados, a partir do próximo ano, os Tutoriais de Física Teórica, com o âmbito de prover uma formação básica aos alunos de graduação, de modo a prepará-los para realizar pesquisa nessa área.

Os tutoriais serão realizados em duas etapas semestrais, sendo que o primeiro semestre consistirá de fundamentos e o segundo de projetos orientados em campos específicos.

O curso do primeiro semestre será feito em dez aulas expositivas, mais três aulas de resolução de exercícios e dúvidas, a serem realizadas no período noturno em caráter semanal, começando na primeira semana de Março e se estendendo até a primeira semana de Junho.

Todos os alunos estão convidados a participar e solicita-se aos interessados que preencham o formulário que se encontra no link abaixo, até o dia 20/12/2012, para que possa estruturar melhor o curso de acordo com a audiência.

Mais detalhes sobre os dias e horários do curso serão enviados para os e-mails cadastrados no formulário.

Quaisquer dúvidas encaminhar para o e-mail tutoriateorica@gmail.com ou diretamente com os organizadores.

A ementa do primeiro semestre, será: O experimento da Dupla Fenda e comportamento quântico; Operadores e Observáveis; Hamiltoniana e Evolução Temporal; Spin 1/2; Oscilador Harmônico; Momento Angular; O Átomo de Hidrogênio; Teoria de Perturbação; Partículas Idênticas.

TUTORIA DE FÍSICA TEÓRICA

Assessoria de Comunicação

28 de novembro de 2012

Transistores de Efeitos de Campo para Eletrônica Orgânica

Realizou-se no período da tarde do dia 27 de novembro, no IFSC, um Seminário Especial do Grupo de Polímeros conduzido pelo aluno de pós-graduação, Dr. Alexandre Maciel, subordinado ao tema Transistores de Efeitos de Campo para Eletrônica Orgânica.

IMG_8057Sabendo-se que a eletrônica digital desempenha um papel essencial no desenvolvimento e manutenção dos padrões de vida em todo o mundo e que a peça fundamental para a criação desta era tecnológica é, sem dúvida alguma, o transistor, com o aparecimento de novos materiais a busca por transistores que oferecem novas oportunidades de processamento e aplicação abriu portas para a criação de uma nova área – a eletrônica orgânica.

Na sua apresentação, o palestrante deste seminário discorreu sobre um estudo experimental e teórico de transistores de efeito de campo a base de filmes finos orgânicos, tendo sido caracterizados transistores usando um derivado de pentaceno como camada ativa em um dispositivo feito sobre Si-SiO2.

Alexandre Maciel mostrou que a inclusão do semicondutor orgânico em uma matriz polimérica isolante ajuda a manter a estabilidade termo mecânica do dispositivo.

Também foram construídos e caracterizados transistores usando RR-P3HT como semicondutor e PMMA como isolantes.

Finalmente, o palestrante apresentou um modelo de corrente de canal baseado na resolução 2D numérica da equação de Poisson, usando as idéias de Vissenberg – Matters para a concentração de cargas em função do potencial local.

Assessoria de Comunicação

27 de novembro de 2012

A procura por novos planetas distantes 110 anos-luz da Terra

A notícia correu célere através dos media nacionais e internacionais, já que se trata de um dos projetos mais ambiciosos liderados por uma equipe de cientistas brasileiros. Tentar descobrir novos planetas distantes 110 anos-luz da Terra.

galaxy-200Com efeito, coube a uma equipe de cientistas da USP, liderada pelo Prof. Jorge Meléndez, astrônomo do IAG – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, liderar este projeto, que conta ainda com a participação de pesquisadores dos Estados Unidos, Alemanha e Austrália: o intuito é, durante oitenta e oito noites, a partir de um telescópio localizado no Chile e pertencente ao ESO – European Southern Observatory, descobrir novos planetas localizados “perto” da Terra, a uma distância de 110 anos-luz (cerca de 9,46 trilhões de quilômetros).

Esta pesquisa iniciou-se em 2005, quando a equipe analisou estrelas conhecidas como gêmeas solares, nome que foi dado por elas apresentarem características semelhantes ao Sol, já que possuem brilho, temperatura e aparência físicas parecidas com o nosso astro-rei.

Em 2009, os cientistas descobriram que a composição química do Sol era diferente da de outras estrelas gêmeas e, ao aprofundar os estudos, notaram que o Sol apresentava deficiência de determinados elementos químicos, sendo que esses elementos são justamente aqueles usados para formar planetas rochosos.

A missão seguinte dos astrônomos foi calcular quanto desse material faltava à massa total do Sol e a conclusão foi que a deficiência constatada nessa estrela era da mesma ordem que a massa dos planetas rochosos do Sistema Solar, como Mercúrio, Terra, Vênus e Marte.

Segundo o líder do projeto, não foi apenas uma coincidência qualitativa em relação ao new_planets-250tipo de elemento químico que estava faltando ao Sol, mas também quantitativa.

Com base nessa descoberta, os pesquisadores passaram a procurar planetas ainda não conhecidos e que eventualmente possam estar em torno das tais gêmeas solares, estudando qual seria a relação entre as anomalias químicas de cada estrela, individualmente, e a presença de diferentes tipos de planetas.

A continuação da pesquisa teve como foco uma dessas gêmeas, aquela que para todos os efeitos era a mais parecida com o Sol, mas não foi detectado nenhum planeta próximo dela;  em outubro do ano passado, os cientistas ampliaram a observação das gêmeas do Sol para uma amostra de setenta estrelas, procurando por novos planetas.

Embora na notícia que circulou nos media tenha sido referido que não havia uma estimativa de quantos planetas poderiam ser descobertos a essa distância, o certo é que, em face deste conjunto de observações, as chances de descoberta são muitos boas, até devido ao fato do telescópio que está sendo utilizado ter uma precisão extraordinariamente boa, o que pode permitir, inclusive, a detecção de planetas com dimensões reduzidas.

Mas, qual é a importância para o Brasil em liderar estes estudos? Na opinião do IMG_7860Prof. Luiz Vitor de Souza Filho, docente do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do IFSC-USP e cuja sua área de pesquisa é Astrofísica de Partículas, o IAG-USP tem uma grande tradição na área de análises de dados em observatórios, sendo que nos últimos cinco anos o Instituto se fortaleceu, principalmente em recursos humanos altamente capacitados, em função dos dois observatórios que o Brasil construiu no Chile – O Gemini e o SOAR -, o que se traduziu num crescimento muito grande nas pesquisas efetuadas. Com a construção desses dois observatórios, o IAG-USP, que já era uma referência, virou um ponto de excelência para esse tipo de análise, e essa liderança, em termos internacionais, aparece de forma natural. Não só no contexto desses dois observatórios, mas também tendo como base a construção de outros, o Chile aparece sempre como o favorito para acolher essas infraestruturas e isso tem um motivo: é que, no mundo, não existe céu mais limpo do que o do Chile e isso, claro, é fundamental para realizar observações minuciosas.

A importância de se buscar novos planetas que ficam a 110 anos-luz da Terra é algo que pode intrigar os leigos, principalmente quanto à utilidade desse trabalho: o Prof. Luiz Vitor explica qual a intenção:

Estejam eles a que distância estiverem, é sempre importante encontrar planetas que possam ter condições de gerar vida. Quanto mais nós podermos avançar nessa busca, maior é a chance de encontrarmos novos planetas e a finalidade é entender, através dessas eventuais descobertas, quais são as condições que deram origem à nossa vida, à vida na Terra; quais são as condições específicas que fazem um planeta gerar vida. Sabemos da existência de algumas, como a água, por exemplo, e de outros elementos que podem originar vida, mas quanto mais sistemas solares (estrelas e planetas) você conseguir estudar, maior será a chance de se entender quais são os parâmetros que dão origem à vida.

Essa tentativa de se descobrir o que existe no universo profundo deriva da impossibilidade de não se conseguir simular, dentro de um laboratório, com detalhes específicos, as condições existentes em um planeta – atmosfera, eletricidade, umidade, iluminação solar, etc -, embora já se tenha tentado. Daí, que a melhor maneira para ir mais além neste conhecimento seja explorar sistemas solares reais e contar com a sorte de encontrar um planeta que apresente condições para se alimentar a teoria referente à origem da vida. 110 anos-luz é, no conceito do entendimento humano, uma distância enorme, gigantesca, quase incalculável: contudo, essa distância é considerada relativamente pequena tendo em conta o próprio universo, como explica o Prof. Luiz Vitor:

Nós consideramos 110 anos-luz uma distância curta, como se aquilo que procuramos estivesse na nossa vizinhança – que chamamos de “Universo Local”; mas essa distância é extremamente longa quando a medimos relativamente ao nosso sistema solar. Eu acredito que eso-mercopress350este projeto que está sendo liderado pelo Prof. Meléndez poderá facultar a descoberta de muitos planetas. Há grandes possibilidades de sucesso com a utilização deste tipo de telescópio do ESO, que se denomina VLT – Very Large Telescope, havendo já a intenção de se construir outro denominado E-ELT – European Extremely Large Telescope, ainda mais potente.

Quanto ao ESO, é do conhecimento público que o Brasil está tentando ser membro desse órgão, embora ele seja estritamente dedicado aos países europeus. Apesar disso, o Brasil já se candidatou a um lugar nessa organização e essa é uma discussão que está em pauta junto da comunidade científica brasileira, já que o preço para essa inclusão é muito elevado, na ordem dos milhões de dólares.

Segundo o Prof. Luiz Vitor, existem determinados setores científicos nacionais que defendem a proposta, argumentando que, caso o Brasil seja membro, o nosso país poderá vir a ter dados importantes, que de contrário nunca terá; outras correntes opinativas são contra a proposta, argumentando que a comunidade científica brasileira ainda não está suficientemente madura para usufruir desses dados, em virtude do custo-benefício; ou seja, serão poucos os pesquisadores que irão se beneficiar de algo que é extremamente caro.

Este projeto liderado pela USP está sendo financiado pelo próprio ESO, sendo que o mesmo se prolongará até 2015.

A expectativa é que durante os próximos meses de Janeiro e Março de 2013, quando os cientistas embarcarem novamente para o Chile, haja a hipótese de se obterem dados que possam levar ao anúncio da primeira descoberta de um planeta distante 110 anos-luz da Terra.

(* Foto ESO by Mercopress)

Assessoria de Comunicação

26 de novembro de 2012

II Conferência USP de Nanotecnologia – 2012

A região de São Carlos irá abrigar um dos mais importantes eventos científicos do ano – a II Conferência USP de Nanotecnologia -, que ocorrerá entre os dias 6 e 9 do próximo mês de dezembro, no Hotel Broa Golf Resort, no município de Itirapina, próximo a São Carlos. A abertura da Conferência, na noite do dia 6, será feita pelo Prof. Marco Antonio Zago, pró-reitor de pesquisa da USP, seguida de uma palestra do Prof. Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

A repercussão da conferênciananotechnology foi tão positiva, que motivou a American Chemical Society (ACS) – uma das maiores sociedades científicas do mundo – a oferecer prêmios para os melhores pôsteres a serem apresentados na mesma, sendo que editores-chefes de três revistas da ACS participarão da conferência, como palestrantes convidados, entregando prêmios no valor de US$ 7.000,00.

A II Conferência USP de Nanotecnologia representará grande oportunidade para os cientistas e estudantes brasileiros interagirem com renomados pesquisadores internacionais, em várias áreas de nanociência e nanotecnologia.

O programa foi concebido de maneira a contar com grande número de estrangeiros vindos da América do Norte, Europa e Ásia.

Num momento em que a visibilidade da ciência brasileira vem aumentando consideravelmente, esta conferência servirá como fórum para discussões acerca do futuro da nanotecnologia.

O alto nível dos palestrantes convidados na conferência permitirá traçar um panorama da fronteira do conhecimento, não só em aspectos fundamentais de nanociência e nanotecnologia, como de suas aplicações. Apenas para destacar alguns tópicos, serão discutidas novas formas de energia renovável, incluindo as várias maneiras de converter a energia solar.

Haverá palestras sobre grafeno, que é o material mais investigado em ciência no mundo, devido ao seu potencial de revolucionar a eletrônica. Também serão destaques os novos materiais compósitos de cerâmica, em que conceitos de nanotecnologia foram empregados para melhorar seu desempenho e permitir utilização em aplicações na Terra e no espaço, como na nave U.S. Space Shuttle.

Alguns outros tópicos: Técnicas de nanofabricação, permitindo desenvolver novas arquiteturas moleculares para aplicações em sensores, displays, e células solares; Manipulação de sistemas nanoestruturados, fazendo a ponte entre o mundo nanoscópico e a aplicação real no mundo macroscópico; Sistemas de liberação controlada de fármacos e de compostos anticorrosão; Simulações computacionais para estudar propriedades de membranas de bactérias, gerando conhecimento essencial para o design de novos fármacos; Novos estudos visando à eletrônica orgânica, em que se empregam materiais orgânicos para realizar funções de circuitos eletrônicos, memórias, displays e geração de energia.

A política científica no Brasil também terá destaque, com palestras do diretor científico da Fapesp, Prof. Brito Cruz, do coordenador de nanotecnologia no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. Adalberto Fazzio, e do presidente do CNPq, Prof. Glaucius Oliva.

Vários renomados pesquisadores brasileiros confirmaram já sua presença, como são os casos de Ado Jório, da Universidade Federal de Minas Gerais; Antonio José Roque da Silva, diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron; Henrique Toma, do Instituto de Química da USP; José Nelson Onuchic, ex-professor do Instituto de Física de São Carlos e atualmente líder de um grande grupo de pesquisa na Rice University, em Houston, Texas; e Thereza Soares, da Universidade Federal de Pernambuco.

Assessoria de Comunicação

26 de novembro de 2012

Escola Avançada de Biofotônica – 2013

Encontram-se abertas as inscrições para a participação na Escola Avançada de Biofotônica, um evento promovido e organizado pelo CePOF – Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica, que decorrerá no IFSC entre os dias 11 e 19 de abril de 2013.

Contando com o apoio da FAPESP, este evento abordará um conjunto lato de tópicos, como, por exemplo, microscopia e imagem, técnicas não lineares, técnicas de espectroscopia, terapia fotodinâmica, diagnóstico e tratamento do câncer, e controle microbiológico, estando já confirmada a presença de um conjunto de renomados palestrantes oriundos do Canadá, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Itália e Suécia.

Os participantes terão a oportunidade de apresentar os seus resultados de pesquisa nas sessões de pôsteres.

Para obter mais informações sobre este evento e/ou fazer sua inscrição, acesse o link abaixo.

ESCOLA AVANÇADA DE BIOFOTÔNICA 

 

Assessoria de Comunicação

23 de novembro de 2012

Semana de 23 a 29 de novembro

O Sol deixa a constelação de Libra para ocupar a constelação de Escorpião nessa semana. Isto significa que Escorpião, que dominou o céu noturno de São Carlos por toda a primavera, agora sai de cena, se escondendo por trás da luminosidade do Sol pelos próximos seis meses.O_CEU_SOBRE_SAO_CARLOS

Este é um dos primeiros sinais de que a estação das flores e do plantio dos cereais no hemisfério sul vai, lentamente, cedendo lugar ao verão que se aproxima. Mas a ausência da exuberância de Escorpião, que tem a estrela Antares como sua maior representante, é compensada pelo aparecimento da deslumbrante constelação de Touro, em oposição.

Touro está nascendo a Leste por volta das 20 horas ao pôr do Sol, acompanhado por Orion à sua direita, a constelação do guerreiro, que tem as Três Marias e a Nebulosa de Orion como seus maiores representantes. A riqueza do entorno de Touro se completa com a constelação de Cão Maior, alinhada mais à direita, que tem Sirius como a estrela mais brilhante de todo o céu visível a olho nu.

Touro é ornamentado pelas Plêiades e as Híades, enormes aglomerados estelares, e tem Júpiter 100% reluzente como planeta residente, posicionado bem ao lado da estrela Aldebaram, o “olho do Touro”. Todo esse conjunto percorrerá o céu de São Carlos por toda a noite, podendo ser observado um pouco ao Norte, se a forte nebulosidade desse final de primavera permitir.

O céu estará iluminado pela Lua crescente, esta semana, o que dificultará a observação. Ela estará em Peixes no dia 23 de novembro, após o pôr do Sol, bem acima de nossas cabeças com 82% de sua iluminação. Aqueles que estão atentos perceberão que nosso satélite percorre uma distância angular de, praticamente, 15 graus (veja Quadro 1 ilustrando diferentes tamanhos angulares) no período de um dia.

Essa deslocação se deve ao seu movimento de translação de 29,5 dias em torno da Terra. A Lua passará por Aries no dia 25 nessa trajetória e entrará em Touro no dia 27 de novembro. No dia 28 teremos Lua cheia. Nesse dia ocorrerá a conjunção de nosso satélite com Júpiter. Nessa aproximação espetacular, o disco da Lua de meio grau de arco (largura de um lápis observado com o braço esticado) fará o eclipse de Júpiter. Esse encontro dos dois astros será visto a olho nu no intervalo curto de uma hora entre 21 e 22 horas do dia 28 (veja o Quadro 2 ilustrativo), bem ao horizonte a Leste. O eclipse de júpiter começa por volta das 21h08 e termina em torno das 22h00. Quem continuar a observação verá a Lua se distanciando de Júpiter durante toda a noite. Vale a pena economizar um tempinho para ver este espetáculo sem igual.

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Quadro 1: Ilustração dos diferentes tamanhos angulares e a sua relação a tamanhos de objetos e mão

O uso de binóculo pode facilitar a observação desse encontro raro, pois a grande luminosidade da Lua cheia ofuscará a observação de Júpiter nas suas proximidades.

Já aqueles que têm a oportunidade de observar o fenômeno através de um telescópio verão Júpiter se esconder e sair por trás da Lua nos seus pequenos detalhes. Exatamente nesse mesmo momento, Ganímedes, a maior das Luas Jovianas (Io, Europa, Ganímedes e Calisto) descobertas por Galileu Galilei, em 1610, estará em trânsito pelo disco luminoso do maior planeta do sistema solar (veja ilustração detalhada do fenômeno no Quadro 2). Ganímedes é o maior satélite natural do Sistema Solar (5.262 Km), sendo maior em diâmetro do que Mercúrio (3.800 Km). Com o período orbital de 7,1 dias, o satélite passará frente a Júpiter em menos de uma hora.

quadro2

Quadro 2: Conjunção entre a Lua cheia e Júpiter no dia 27/11 entre 21 e 22 horas (Clique aqui para ver mais detalhes)

Outra conjunção espetacular entre dois planetas poderá ser observada um pouco antes do nascer do Sol do dia 27 de novembro. Vênus estará a uma distância angular de apenas 0,3 graus de Saturno, ou seja, a metade do tamanho aparente da Lua (veja Quadro 1 ilustrativo). Nesse dia, os dois planetas gigantes nascerão juntos a Leste, por volta das 4 horas e 47 minutos, e estarão visíveis acima do horizonte até 5 horas 50 minutos, quando serão encobertos pelos primeiros raios solares.

Saturno encontra-se residente em Virgem por mais de dois anos devido ao longo período orbital de 29 anos. Já Vênus percorre a sua órbita em torno do Sol em apenas 210 dias, o que possibilita o acompanhamento da aproximação e afastamento desse planeta em relação a Saturno num intervalo de poucos dias (veja o Quadro 3 que ilustra o cenário do céu sobre São Carlos por volta das 5h30min).

Vênus pode ser distinguido de Saturno por sua luminosidade. Por estar mais próximo do Sol, Vênus estará 100 vezes mais brilhante que Saturno nessa semana. A estrela vespertina segue seu percurso nos dias que sucedem a máxima aproximação na direção de Mercúrio, que realiza movimento contrário rente ao horizonte.

QUADRO_3

Quadro 3: Conjunção entre Vênus e Saturno no dia 28/11 por volta das 5 horas e 40 minutos (clique aqui para ver mais detalhes)


* Previsão fornecida pelo docente do IFSC, Prof. Dr. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães

Assessoria de Comunicação

23 de novembro de 2012

Ressonância Magnética Eletrônica: princípios e aplicações

graeff250Decorreu na manhã do dia 23 de novembro, no Auditório Sérgio Mascarenhas, a última palestra deste ano inserida no programa Colloquium diei, tendo como convidado o Prof. Dr. Carlos Frederico de Oliveira Graeff, docente do Departamento de Física da Faculdade de Ciências de Bauru – UNESP, que abordou o tema intitulado Ressonância Magnética Eletrônica: princípios e aplicações.

O palestrante abordou a técnica de ressonância magnética eletrônica, surgida em 1945, quando Zavoisky realizou seus primeiros experimentos de ressonância paramagnética eletrônica.

Com efeito, esta técnica desenvolveu-se de forma muito rápida, tornando-se em uma poderosa ferramenta, com especial incidência em várias áreas, como, por exemplo, em nanotecnologia.

Neste evento, além ter feito uma breve introdução aos princípios físicos de funcionamento da técnica, o Prof. Dr. Carlos Graeff apresentou ainda algumas técnicas avançadas, como a ressonância magnética detectada eletricamente – a denominada RMDE -, tendo ilustrado alguns exemplos desta última na caracterização de dispositivos orgânicos.

 

Assessoria de Comunicação

23 de novembro de 2012

A Física e Medicina caminhando juntas

Dentre as mais variadas saídas profissionais para quem se forma em Física, uma delas começa agora a emergir no mercado de trabalho brasileiro e a ganhar cada vez mais destaque: o Físico Médico.

Algumas das particularidades dessa profissão foram apresentadas e discutidas nacerebroimagemrmn última edição de 2012 do programa Ciência às 19 Horas, que decorreu no dia 13 de novembro, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, tendo como convidada a Profa. Dra. Gabriella Castellano, docente do Grupo de Neurofísica do Instituto de Física Gleb Wataghin (UNICAMP), que dissertou sobre o tema Onde a Física e a Medicina se encontram: Física Médica e Neurofísica.

Nesta interessante palestra, além dos aspectos relacionados com o fato de a Física poder auxiliar no entendimento do cérebro humano e nas doenças que o podem afetar, a pesquisadora incidiu uma atenção particular sobre a atividade do Físico Médico – ainda pouco divulgada entre nós -, bem como o entrelaçamento que existe entre as áreas da Física e da Medicina, nesse seu trabalho.

As áreas mais importantes da designada Física Médica são, a radioterapia, medicina nuclear e a radiologia ou radiodiagnóstico, sendo que todas elas envolvem o conhecimento e manuseamento de equipamentos complexos, lidando-se diretamente com radiação ionizante. Daí a necessidade de se ter um profissional que tenha conhecimento, aptidão e especialização neste tipo de radiação, sabendo antecipadamente como ela interage com os tecidos do corpo humano e quais os danos e benefícios que ela pode causar nas pessoas: esse profissional é o Físico Médico.

Sempre que uma estrutura hospitalar possui equipamentos desse tipo, torna-se necessária a presença de um Físico Médico. Atualmente, os hospitais têm investido na compra de equipamentos de radioterapia, que servem, principalmente, para tratamento de vários tipos de câncer: daí que os Físicos Médicos sejam considerados peças fundamentais nesses procedimentos, porque uma vez que o médico diagnostica qual é o tipo de câncer que um paciente tem, prescrevendo um tratamento, quem irá fazer o planejamento desse mesmo tratamento, juntamente com o médico, será o Físico Médico, cabendo a este
sugerir qual será o melhor tipo de terapia que irá ser utilizado para tratar esse tumor, de que forma é que a radiação irá ser canalizada, se haverá – ou não – riscos de reações adversas, quais os ângulos que deverão ser aplicados na radiação, qual a intensidade dela,
etc. E o objetivo é sempre tentar destruir o tumor sem danificar ou comprometer rmn22todo o tecido que se encontra em redor dele e que está são. Sobre o enquadramento legal desta atividade profissional, Gabriela Castellano explica:

Atualmente, existe uma legislação que obriga os centros de radioterapia a terem no seu quadro de recursos humanos a figura do Físico Médico. Contudo, para outras áreas, como a medicina nuclear e o radiodiagnóstico, ainda não existe legislação, mas está-se caminhando nesse sentido. Na medicina nuclear, o usual é utilizarem-se radiofármacos, que são moléculas que possuem elementos radioativos e que ao serem ingeridas ou injetadas nos pacientes emitem radiações internas que podem ser utilizadas para se fazerem imagens de determinadas partes do corpo humano. É óbvio que toda a manipulação desses radiofármacos precisa ser executada por profissionais altamente qualificados e especializados, que tenham o conhecimento necessário para calcular a dose certa que pode ser administrada em determinado paciente, exatamente para que seja possível fazer uma determinada imagem e não outra coisa qualquer que possa prejudicar esse paciente. Por outro lado, como os radiofármacos geralmente são feitos nos próprios centros de medicina nuclear, há a necessidade de existirem Físicos Médicos nesses locais, por forma a que o trabalho deles tenha uma sequência lógica, principalmente na interligação com o pessoal de radiofarmácia.

A formação de um físico médico e sua saída para o mercado de trabalho

A Física Médica é uma disciplina multidisciplinar, onde o físico tem que ter conhecimentos vários, não só no aspecto da física comum, como também nas áreas de medicina, psicologia, biologia, química e, inclusive, conhecimentos profundos em matemática e computação, porque esse profissional irá lidar com softwares extremamente complexos e com algoritmos complicados, principalmente para captura e tratamento de imagens com definições de alto padrão: o público está habituado aos tão conhecidos Raios-X, mas este tipo de imagem nada tem a ver com esse tipo de radiologia convencional. Há quem questione se este profissional é um físico, ou se, é um médico: na verdade, ele é um físico e não um médico, mas trabalha lado-a-lado com os médicos, em parceria estreita com eles. Quanto à formação destes profissionais, a Profa. Gabriela Castellano adianta algumas informações importantes:

Vou dar o exemplo da UNICAMP, onde existe um curso de graduação em Física Médica, em que o aluno faz a maioria de suas disciplinas dentro da área da física básica, passando depois para disciplinas específicas: biologia, medicina, física aplicada à medicina, física de radioterapia, física de medicina nuclear, física de radiologia, etc., tudo isso já canalizado, como se vê, para a área médica. São quatro anos de curso, acrescido de um ano de estágio em um hospital ou clínica, e mais um período de residência em Física Médica num centro de radioterapia, para depois ingressar definitivamente em um hospital ou centro. Contudo, um dos problemas no Brasil, nesta área, é que existem pouquíssimos centros que oferecem esse tipo de residência na área de Física Médica, mas há a esperança de que esse panorama possa mudar, já que foi lançado recentemente um edital tendo em vista a possibilidade de serem oferecidas mais bolsas destinadas à residência; como informação complementar, essas residências têm uma carga horária pesada – cerca de 60 horas semanais –, o que demonstra o quanto um Físico Médico fica preparado para exercer sua atividade.

No Brasil, rmn1a demanda por esses profissionais está crescendo muito, mas ainda existem dois problemas que necessitam ser resolvidos: o primeiro, diz respeito à legislação, porque embora seja importante o trabalho do Físico Médico, esta profissão tem ainda que ser reconhecida legalmente na área específica da radioterapia e essa falta de reconhecimento faz com que muitas clínicas e hospitais ainda prescindam da contratação desses profissionais, o que, para nossa entrevistada, é um erro. O segundo problema diz respeito aos próprios médicos, que são proprietários ou possuem cargos de administração em hospitais, que ainda não perceberam a importância de ter um Físico Médico ao seu lado, até para gerir e manusear, de forma correta, equipamentos que são extremamente sensíveis e fidedignos, dependendo deles e dos resultados alcançados o sucesso dos diagnósticos e tratamentos de seus pacientes. Fazendo uma comparação, nesta área, com a realidade norte-americana, o Brasil ainda está engatinhando:

Nos Estados Unidos, o Físico Médico é o profissional mais bem pago em todas as áreas da Física Aplicada e tem uma demanda muito grande. Por exemplo, no Brasil existem alguns (poucos) equipamentos de ressonância magnética e outros mais dedicados à medicina nuclear, enquanto que nos Estados Unidos existem largas centenas desses equipamentos que estão distribuídos pelos principais hospitais e clínicas. Por outro lado, no Brasil existe apenas um técnico – designado de Cientista Clínico, cuja sua missão – conjuntamente com os pesquisadores – é desenvolver protocolos específicos em ressonância magnética, principalmente no capítulo de geração de imagens: não só ele é o único no Brasil a fazer esse trabalho, como também ele é o único com essa especialidade abaixo da linha do Equador. Comparativamente, só nos Estados Unidos existem cerca de trinta cientistas clínicos para esse objetivo. Agora, imaginemos quantos equipamentos de ressonância magnética existem nos Estados Unidos e quantos existem no nosso país, conclui Gabriela Castellano.

Assessoria de Comunicação

22 de novembro de 2012

I Seminário Italo – Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação

O IFSC recebe nos dias 21 e 22 de novembro, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, o I Seminário Italo – Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação, um evento que é organizado conjuntamente pela Agência USP de Inovação e pela Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura (SP), com a colaboração direta do CEPOF – Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica e INOF – Instituto Nacional em Óptica e Fotônica, entidades estas que se encontram sediadas no IFSC-USP.

bagnato2012-300A cerimônia de abertura deste evento, que antecedeu os trabalhos científicos, decorreu na manhã do dia 21 de novembro, com o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador da Agência USP de Inovação / Coordenador do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica – CePOF – IFSC – USP / Coordenador do Instituto Nacional de Óptica e Fotônica – INOF – IFSC – USP, e responsável pelo evento, dando as boas vindas aos participantes. Na sua alocução, Bagnato referiu-se à importância e à necessidade da inovação e do desenvolvimento tecnológico estarem sempre presentes no seio da sociedade, principalmente em termos empresariais.

O orador sublinhou que quando se fala na necessidade de inovar, isso quer dizer que há que ter em conta não só sucessos, como também prevenir os fracassos, tendo dado o exemplo concreto da empresa “Toalhas de São Carlos”: Ao mesmo tempo em que vemos empresas florescer em nossa cidade, resultado de apostas no campo da inovação e no desenvolvimento tecnológico, vemos também empresários se suicidando, exatamente por não ter sido incorporada alguma forma de inovação em suas empresas. Foi o infeliz caso, por exemplo, da empresa “Toalhas São Carlos”, com o empresário enfrentando sérias dificuldades, como o algodão brasileiro com preço igual ao tecido chinês, e aí os problemas cresceram: câmbio, a política tributária e a falta de inovação para enfrentar o problema. Foi uma perda muito grande para todos nós e para a cidade, lamentou Bagnato.

Para o organizador do evento, Inovação é uma palavra muito bonita e está de alguma forma em moda, mas agregada a ela tem que haver outra – Conhecimento. A universidade gasta o seu tempo integral produzindo esse Conhecimento e tem a obrigação de disseminá-lo; principalmente a USP, que é a maior universidade do Brasil e da América Latina, em termos de recursos, com um orçamento anual de 4 bilhões, isto sem contar os projetos. E a USP tem que atender à população e tem que incrementar e disseminar a Inovação. Temos assumido e realizado iniciativas que levam ao setor produtivo alguma coisa; não apenas o Conhecimento, mas também o rigor científico e a reflexão. A universidade de São Paulo, através da Agência USP-Inovação, tem levado algumas iniciativas. Por exemplo, a indústria têxtil do estado de São Paulo, que é a que emprega maior número de mulheres, precisa urgentemente apostar na inovação, quer em termos de administração, quer na condução de sua produção, no controle de qualidade, etc.. Este é um exemplo objetivo e esta é uma preocupação nossa, referiu o organizador do evento.

Quanto ao evento, propriamente dito, o Prof. Vanderlei Bagnato referiu que as relações com a Itália resumem-se a uma questão de paixão, atendendo a que o Brasil tem em sua cultura a marca de Itália, já que foram os italianos que fizeram a história industrial do estado de São Paulo. Temos que continuar a acentuar esta relação, não só do ponto de vista diplomático, mas também e principalmente do ponto de vista científico, produtivo e de inovação. Nós queremos que a Itália seja a porta de entrada para o Brasil, na Europa, assim como queremos que o Brasil seja a porta de entrada para a Itália, na América Latina. Acabei de voltar de Itália, recentemente, e segundo o próprio Papa Bento XVI, a ciência não é mais um reduto, ela é, sim, um fator de ligação entre as nações. E então temos que fazer isso mesmo, os cientistas têm que fazer isso. No campo empresarial, muitos empresários brasileiros olham a Itália como a “mãe”, já que o país foi o maior cliente do Brasil durante muito tempo. No presente momento, em que o Brasil tem necessidade de ampliar sua economia, de cooperar com o exterior, a Itália é o porto seguro para os brasileiros. italia2012-300Este simpósio tem o objetivo de ser o primeiro encontro focando ciência, inovação e tecnologia, dando sequência a algo que é histórico, já que a USP foi criada por iniciativa de acadêmicos italianos, que se radicaram no Brasil, acentuou Bagnato, concluindo seu discurso.

O segundo orador desta cerimônia de abertura foi o Dr. Eduardo Pollastri, Presidente da Câmara Italo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura – SP e senador italiano (mandato 1006-2008), que agradeceu o convite feito para participar no seminário, tendo-se manifestado extremante contente por regressar a uma cidade que lhe outorgou o título de cidadão honorário da cidade de São Carlos, onde 50% de sua população são descendentes de italianos. Falou sobre o êxodo de milhões de italianos para o exterior, entre os séculos XIX e XX, principalmente para a América do Norte e América do Sul, tendo referido que eles contribuíram decisivamente para o desenvolvimento dos países que os receberam. Referiu-se ainda à atual crise europeia e à forma como a Itália escapou dela, tendo apelado aos empresários descendentes de italianos que invistam em seu país. A finalizar seu discurso, Eduardo Pollastri exemplificou como frases célebres se podem enquadrar no presente momento: Cinquenta e cinco anos antes de Cristo, um senador romano, de nome Marco Túlio Cícero, disse: “O orçamento nacional deve ser equilibrado, a dívida pública deve ser reduzida e a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos aos governos estrangeiros devem ser reduzidos, se a nossa nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viverem por conta públicas”. Estas palavras foram proferidas há mais de dois mil anos e continuam atuais, cheias de sabedoria, finalizou o presidente da Câmara Italo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura – SP.

Esta cerimônia de abertura do I Seminário Italo – Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação encerrou com a entrega de condecorações especiais atribuídas pela Câmara Italo-Brasileira de Comércio Indústria e Agricultura – SP aos Profs. Drs. Vanderlei Bagnato, Antonio Carlos Hernandes, Diretor do IFSC, Yvonne Mascarenhas e Sérgio Mascarenhas, pesquisadores pioneiros da física em São Carlos, e Elson Longo, em representação das comunidades acadêmicas da UFSCar e da UNESP.

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Por seu turno, o Prof. Vanderlei Bagnato ofereceu uma placa comemorativa do evento, em nome da comunidade do IFSC e da cidade de São Carlos ao Dr. Eduardo Pollastri.

Assessoria de Comunicação

22 de novembro de 2012

Segunda fase recebeu 50 mil alunos

Um milhão e duzentos mil alunos fizeram a primeira fase da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) no dia 04 de setembro de 2012. Esta é a primeira vez que a OBFEP ocorre em todo território brasileiro, sendo que em 2010 e 2011 o evento aconteceu de forma piloto em alguns estados, como uma atividade da OBF (Olimpíada Brasileira de Física).

Participam da OBFEP estudantes do Ensino Médio e do último ano do Ensino Fundamental de escolas municipais, estaduais e federais.

No modelo aplicado em 2012, a OBFEP ocorre em duas fases, sendo a primeira fase constituída por uma prova teórica e a segunda composta por uma parte teórica e uma prática.

A segunda fase ocorreu no dia 10 de novembro último para cerca de 50 mil estudantes e cada aluno, além da prova teórica, recebeu um kit com o qual fez experimentos, compreendendo medidas e análise dos resultados.kit

O kit experimental utilizado na OBFEP 2012 foi desenvolvido no Instituto de Física de São Carlos, a um custo de aproximadamente R$ 5,00/unidade.

A ideia do experimento deste ano foi de questionar os alunos sobre as propriedades de uma mola helicoidal e conceitos de elasticidade que estão presentes no dia-a-dia de todos, como por exemplo, na suspensão de automóveis e motos, que possuem uma mola na composição do conjunto junto com o amortecedor. Para cada veiculo é necessário um tipo de mola com características específicas. Estas características foram determinadas pelos alunos no experimento.

O objetivo do experimento é despertar no aluno seu talento criativo e inovador necessário para o Brasil hoje.

A Física é uma ciência natural baseada na compreensão de fenômenos naturais a partir da observação e coleta de resultados e para tanto foi criada uma metodologia conhecida como “metodologia científica”. A formalização destes resultados é feita a partir de uma teoria da qual é possível prever outros fenômenos.

Entendendo melhor a OBFEP

A OBFEP acontece em duas fases. Da primeira fase participam os estudantes inscritos pelas escolas: esses estudantes fazem uma prova objetiva composta por quinze questões, cada uma delas com quatro alternativas, das quais apenas uma é correta; a prova é realizada na própria escola durante os turnos de um dia da semana.

A COBFEP fornece o gabarito, os professores corrigem a prova e lançam no banco de dados da OBFEP a nota e o nome dos 5% de alunos inscritos com melhor classificação em cada série/ano da escola, levando em consideração todos os turnos; nesse momento também é registrado o nome do professor de cada estudante classificado para a segunda fase.

A segunda fase tem uma prova discursiva e uma prova prática; para a prova prática, cada estudante recebe um kit para realizar a(s) experiência(s) proposta(s) e responder a questões relativas aos fatos observados.

Deve-se observar que para cada milhão de estudantes inscritos para a primeira fase, faz-se necessário a confecção e envio para as escolas de cinqüenta mil kits para a parte prática, o que exige recursos e planejamento logístico. A segunda fase ocorre sob a responsabilidade dos coordenadores estaduais, em Centros da Aplicação escolhidos pela coordenação estadual. Os estudantes vencedores da OBFEP, assim como seus professores, escolas e secretarias de educação, são premiados com medalhas, certificados e/ou troféus

Alunos mais criativos e inovadores para um Brasil de futuro

Os objetivos gerais da OBFEP é criar nos jovens estudantes um perfil diferente, visando o desenvolvimento rápido do país através de uma educação que se baseie não só na teoria, como na prática cotidiana. Não basta o aluno decorar livros, conceitos e fórmulas, já que só isso não basta para que ele tenha sucesso absoluto no mercado de trabalho ou na academia: o intuito é ter alunos que tenham idéias próprias, que sejam criativos e inovadores e não caixas de ressonância que promovem estagnação social, econômica e educacional.

As universidades e as empresas de alta tecnologia sentem a falta dessa mão de obra qualificada, sentem falta de jovens inovadores, e esse déficit tem que ser combatido logo na educação básica, formando e aproveitando mentes revolucionárias. Daí que estas ações da OBFEP têm em vista contribuir para a melhoria da qualidade do ensino em ciências na educação básica, promover maior inclusão social por meio da difusão da ciência e ampliar o uso das tecnologias da informação e da comunicação, com fins educacionais.

Por último, a OBFEP está contribuindo para ampliar e abrir novos canais de colaboração entre universidades, institutos de pesquisa, sociedades científicas e escola públicas, fomentando, assim, a integração entre escola e comunidade.

Para mais informações, consulte o site Portal: www.obfep.org.br

 

 

 

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2012

Pesquisador de São Carlos regressa ao Brasil

É sempre grande o orgulho que a comunidade do IFSC sente quando algum de seus membros – pesquisadores, alunos ou funcionários – se destaca por sua total entrega e devoção ao trabalho, sendo, por isso, enaltecido dentro ou fora do Brasil.

Esse sentimento, aliado a uma enorme satisfação, “inundou” o IFSC quando, recentemente, o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato foi indicado membro da Academia de Ciência do Vaticano, tendo recebido das mãos do Papa Bento XVI a medalha que confere essa distinção.

A notícia publicada no site G1 (Globo), datada de 19 de novembro, e que, com a devida vênia, aqui reproduzimos na íntegra, é elucidativa da importância que se reveste esse acontecimento .

“Um pesquisador da USP de São Carlos (SP) agora tem livre acesso ao Vaticano. De volta ao Brasil, Vanderley Bagnato trouxe uma medalha que recebeu VANDERLEI_BAGNATO350do papa Bento XVI por ser membro da Academia de Ciência em Roma.

Ele pegou na minha mão e perguntou sobre o Brasil, a importância que a ciência tem. A gente tem que entender que o Brasil é um país em que todo o mundo está apostando, inclusive o papa, disse Bagnato, que é mestre e doutor em física.

Cerca de setenta pesquisadores de vários países fazem parte da Academia e Bagnato é o único pesquisador que mora no Brasil. Na cerimônia de posse, realizada no último dia 7 com a participação de representantes da igreja católica, o professor recebeu das mãos do papa a medalha que, para o cientista, representa um passaporte para o Vaticano.

O pesquisador tem fé que a ciência se torne uma ligação entre os povos. A colaboração científica só aproxima as pessoas e resolve problemas sociais. O Vaticano certamente está preocupado em utilizar a ciência dessa maneira e utilizá-la além do avanço do conhecimento. Está interessado no progresso da humanidade e tudo o que está ao seu redor, disse.

Academia

A Academia foi criada em 1603 em Roma. Em mais de 400 anos passaram por lá grandes cientistas, como Galileu. Hoje o grupo se reúne com o papa para falar sobre questões científicas polêmicas para a igreja.

A equipe medalha_-_FOTO_PAULO_CHIARI-EPTVliderada por Bagnato já realizou diversos trabalhos inovadores, como um relógio atômico que mede o tempo com precisão. O professor também se destacou por pesquisas com o uso do laser na odontologia e na medicina. Entre os aparelhos desenvolvidos na USP está um equipamento usado para o diagnóstico e tratamento de um tipo de câncer de pele.

Foi muito importante para mim e eu considero uma contribuição que eu dei para a sociedade brasileira, disponibilizando a ela aquilo que pode ter de mais moderno em tecnologia para o seu próprio tratamento da saúde, disse o pesquisador.

A Academia de Ciência do Vaticano conta ainda com outro brasileiro, Miguel Nicolelis, mas ele mora nos Estados Unidos.”

(Foto da medalha da autoria de Paulo Chiari – EPTV)

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2012

I Encontro Regional dos Membros Afiliados da ABC/SP

Decorrerá nos dias 29 e 30 de novembro, no Auditório Wilson de Souza Lopes, da Universidade Presbiteriana Mackenzie (Rua Piaui, 143, 11º andar – Consolação, São Paulo), o I Encontro Regional dos Membros Afiliados da ABC/SP, um evento gratuito e aberto ao público, que contará com apresentações científicas de todos os afiliados e duas mesas redondas, das quais participarão lideranças acadêmicas nacionais, discutindo temas atuais e de interesse geral.

Este I Encontro Regional dos Membros Afiliados da Academia Brasileira de Ciências do Estado de São Paulo foi idealizado com o objetivo de promover a integração transdisciplinar entre as diferentes áreas do saber, representadas pelos membros afiliados da ABC de São Paulo, e o intercâmbio de experiências com os membros seniores da ABC, presenças fundamentais para o sucesso da reunião.

Os destaques da programação são:

No dia 29/11, 5a feira, das 16h às 18h30, haverá a primeira mesa redonda, subordinada ao tema Integridade Científica. O mediador será o membro afiliado da ABC, Hamilton Varela, e os debatedores serão Elizeu Coutinho de Macedo (Mackenzie), Fernando Galembeck (Grupo de Estudos sobre Ética em Ciência, membro titular da ABC), Luiz Carlos Dias (Coordenador de Área Capes, IQ/Unicamp, membro titular da ABC) e Roberto Gomes S. Berlinck (IQSC/USP).

No dia 30/11, 6a feira, das 14h30 as 16h30, realiza-se a segunda mesa redonda, subordinada ao tema Desafios e Oportunidades em Ciência, Tecnologia e Inovação. O mediador será o membro afiliado da ABC, Adriano D. Andricopulo e os debatedores serão o presidente do CNPq e membro titular da ABC, Glaucius Oliva; o vice-presidente da ABC Hernan Chaimovich (IQ-USP/Fapesp) e o membro titular da ABC, José Eduardo Krieger (Incor HC- FM/USP).

A comissão organizadora deste Encontro é composta por: Adriano D. Andricopulo (IFSC-USP); Antônio José da Costa Filho (FFCLRP-USP); Carlos Eduardo Pellegrino Cerri (ESALQ-USP); Hamilton Varela (IQSC-USP); Paulo Sergio Boggio (Mackenzie); Thiago Mattar Cunha (FMRP-USP); Valtencir Zucolotto (IFSC-USP).

Assessoria de Comunicação

21 de novembro de 2012

Seminário com Prof. Alexandre Marletta (UFU)

Decorreu no dia 20 de novembro, no período da tarde, mais um seminário especial promovido pelo Grupo de Polímeros do IFSC, desta vez com a PROF200participação do Prof. Alexandre Marletta, pesquisador visitante do IFSC, no Grupo de Polímeros, e docente do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que dissertou sobre o tema Dependency of non-homogeneity energy dispersion on absorbance line-shape of luminescente polymers, ou seja, sobre as propriedades fotofísicas de polímeros, que são fundamentais para descrever as propriedades de polímeros luminescentes em geral.

Como tem sido habitual em outros seminários promovidos pelo IFSC, que são sempre abertos à comunidade são-carlense, também este se transformou num profícuo diálogo científico entre o palestrante e os participantes.

Assessoria de Comunicação

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