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17 de dezembro de 2020

Alunos da USP podem pedir transferência para cursos do ICMC

Em 2021, serão disponibilizadas 29 vagas nos cursos de graduação do Instituto

O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, divulgou as normas para o processo de transferência interna. Em 2021, serão disponibilizadas 29 vagas nos cursos de graduação do Instituto.

Para solicitar a transferência, é preciso ser aluno ativo da USP, não ter ultrapassado o tempo ideal de duração do curso de origem e ter aprovação em mais de 50% dos créditos.

A inscrição estará disponível a partir das 9 horas do dia 14 de janeiro exclusivamente por meio do formulário eletrônico disponível neste link www.icmc.usp.br/graduacao/ingresso – opção Transferência. O prazo para se registrar termina às 16 horas do dia 15 de janeiro.

A lista com os aprovados será publicada no dia 12 de fevereiro no site do ICMC. As matrículas deverão ser realizadas em março, conforme instruções que também serão divulgadas em fevereiro.

O edital completo com todos os detalhes do processo está disponível no link icmc.usp.br/e/1696d.

Veja, a seguir, os cursos que possuem vagas para ingresso no primeiro semestre de 2021:

-Bacharelado em Ciências de Computação (integral): 9 vagas;

-Bacharelado em Sistemas de Informação (noturno): 5 vagas;

-Bacharelado em Matemática (integral): 4 vagas;

-Bacharelado em Matemática Aplicada e Computação Científica (diurno): 7 vagas;

-Bacharelado em Estatística e Ciência de Dados (noturno): 4 vagas;

(Denise Casatti/ ICMCUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

16 de dezembro de 2020

IFSC/USP – Genossensor detecta o RNA do SARS-CoV-2

A  pandemia do COVID-19 evidenciou a necessidade de testes rápidos, precisos e de baixo custo.

Da experiência de muitos países, constatou-se que uma gestão adequada para minimizar os efeitos da pandemia depende da testagem em larga escala, como recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Duas abordagens principais têm sido utilizadas para detecção, sendo que nem sempre são adequadas para diagnóstico.

O método útil para detectar material genético do vírus SARS-CoV-2, que causa a COVID-19, é o chamado RT-PCR (de real-time polymerase chain reaction em inglês). O RT-PCR é sensível com alta taxa de acerto e pode detectar a infecção pelo vírus mesmo na ausência de sintomas.

A segunda abordagem consiste em detectar anticorpos induzidos pela infecção, o que tem sido feito por meio de testes sorológicos, ou testes rápidos. Em ambos os casos, a detecção de anticorpos é feita com imunossensores, que são biossensores contendo antígenos específicos para o anticorpo que se deseja detectar. Entretanto, como uma pessoa infectada pode demorar para gerar anticorpos, a detecção com imunossensores não se mostra adequada para o diagnóstico de infecção.

O grande problema de fazer o diagnóstico com o RT-PCR é o alto custo do teste, que requer equipamentos sofisticados e que só podem ser operados por técnicos especializados. Além disso, o teste é demorado, pois o processo todo requer algumas horas. Esses fatores podem explicar porque a porcentagem da população testada no Brasil é ainda muito baixa.

Uma alternativa para o RT-PCR seria empregar genossensores, que são biossensores que permitem a detecção de material genético, inclusive de vírus, a um custo muito menor, por não demandar o uso de equipamentos caros, ou sofisticados. De fato, já há genossensores para diagnosticar muitas doenças e o desenvolvimento de genossensores para o SARS-CoV-2 parece um caminho natural.

É isso que uma equipe multidisciplinar e multi-institucional acaba de fazer. Numa parceria entre pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Embrapa Instrumentação de São Carlos, Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, de Curitiba, e a Start U Cloning Solutions, foi criado um genossensor que pode ser capaz de detectar o RNA do SARS-CoV-2.

Coverart – COVID-Sensor

O genossensor é um produto da nanotecnologia, consistindo de uma camada ultrafina de um ácido e de uma sequência de DNA do SARS-CoV-2 (chamada de sonda), depositada sobre uma lâmina de vidro recoberta com ouro. Nos testes realizados pelo grupo, foi detectada uma sequência de DNA que simula o RNA do SARS-CoV-2. O resultado só é considerado positivo quando a sonda “reconhece” o DNA que simula o vírus. Os pesquisadores investigaram quatro técnicas para a detecção, a saber: medidas de impedância elétrica, medidas de impedância eletroquímica, medidas ópticas e análise de imagens dos genossensores empregando algoritmos de aprendizado de máquina (inteligência artificial).

A razão pela qual foram empregadas várias técnicas é para garantir um diagnóstico preciso de diferentes formas. Com medidas de impedância, por exemplo, consegue-se detectar o material genético com uma sensibilidade superior à da RT-PCR. Além disso, as medidas podem ser feitas utilizando um equipamento recém desenvolvido por pesquisadores do IFSC/USP e Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), cujo custo de componentes é inferior a  R$ 1.000,00.

Outra grande inovação no trabalho é o diagnóstico por análise de imagens, em que são obtidas imagens de microscopia dos genossensores que tiveram contato com amostras do DNA que simula o SARS-CoV-2. Essas imagens são processadas com técnicas computacionais para reconhecimento de padrões, uma estratégia de aprendizado de máquina, e o diagnóstico de positivo para o DNA do SARS-CoV-2 é obtido com precisão acima de 99%. O interessante dessa abordagem é que ela dispensa o uso de  equipamentos de medida: basta obter uma imagem. No trabalho desenvolvido, isso foi feito utilizando microscopia eletrônica de baixa resolução, mas os pesquisadores acreditam que o mesmo pode ser feito utilizando microscópios ópticos, que são muito mais acessíveis.

No trabalho realizado pela equipe, até o momento ainda não foram usadas amostras de pacientes, o que está previsto em uma próxima fase. A partir da experiência da equipe e de resultados da literatura para outros genossensores, acredita-se ser possível diagnosticar a COVID-19 em amostras de saliva ou de outros fluidos, como se faz hoje com o PCR.

Os resultados sobre esses genossensores foram consolidados num artigo recém submetido para publicação em 11 de dezembro de 2020 (portanto, ainda aguardando revisão por pares), intitulado “Detection of a SARS-CoV-2 sequence with genosensors using data analysis based on information visualization and machine learning techniques” (VER AQUI).

A equipe tem expectativa que pesquisadores e empresas possam empregar a tecnologia descrita no artigo para criar testes com genossensores em larga escala. A divulgação imediata dos resultados, mesmo antes da análise por uma revista científica, se deve à urgência da busca por soluções para o diagnóstico efetivo e de baixo custo da COVID-19.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2020

Contornando a pandemia – A experiência do IFSC/USP no Curso de Laboratório de Física Geral

Leandro de Oliveira preparando o laboratório para as filmagens

Como é do conhecimento público, as restrições causadas pela pandemia provocaram sérios problemas em âmbito global, e uma das áreas mais afetadas em todo o mundo foi o ensino, em todos os níveis. Na prática, todos os países tiveram que fechar escolas e universidades, medidas essas que afetaram milhões de alunos, familiares e professores, o que obrigou as autoridades a adotarem medidas alternativas para que a área de ensino simplesmente não “congelasse”: e o Brasil não foi exceção.

No meio da confusão causada pela pandemia que se estabeleceu no Brasil desde março deste ano, o ensino remoto apareceu como uma das formas mais eficazes de fazer com que os alunos continuassem seus estudos.

No que diz respeito ao ensino superior no Brasil e principalmente no estado de São Paulo, a direção da USP agiu no sentido de propor e dar condições à continuidade das atividades de forma não presencial. Um dos principais gargalos foram os cursos de laboratório, já que a percepção inicial foi que seria muito difícil realizar atividades satisfatórias de forma não presencial. Contudo, aos poucos, professores, técnicos e servidores das Unidades da Universidade de São Paulo conseguiram implementar estratégias e ações para que atividades não fossem totalmente descontinuadas, antevendo que as aulas presencias em laboratórios deverão ser repostas em tempo oportuno.

Um dos exemplos mais significativos é o do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com seu Curso de Laboratório de Física Geral, abrangendo em torno de 500 alunos de graduação por semestre, dos cursos de Física, Química, Matemática e Engenharias. O curso, que foi integralmente adaptado para sistema remoto, passou a congregar atividades através de videoaulas em que são mostrados fundamentos e execução de experimentos de onde os alunos coletam dados para posterior  análise e confecção de relatórios.

Tito José Bonagamba

O êxito da criação da versão remota deste curso deve-se à participação ativa de todos os professores do Curso de Laboratório de Física Geral do IFSC/USP, sob a coordenação do Prof. Jean Claude M’Peko. Juntos com o Prof. M’Peko, os professores Alessandro Nascimento, Francisco Gontijo Guimarães, Paulo Miranda, e os técnicos Leandro de Oliveira, Claudio Boense Bretas e Carlos Nazareth Gonçalves, elaboraram as videoaulas de Laboratório de Física Geral I. O sucesso alcançado motivou o atual diretor do Instituto, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, a sugerir que as videoaulas de Laboratório de Física Geral II fossem gravadas e editadas com infraestrutura profissional da equipe de filmagem do PROVE, que integra o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF/IFSC). Os professores Eduardo Ribeiro de Azevêdo e Luiz Antonio de Oliveira Nunes, e o técnico Leandro de Oliveira, foram incumbidos de desenvolver e gravar as videoaulas de Laboratório de Física Geral II, que estão disponíveis para o público geral no endereço https://www.youtube.com/playlist?list=PLDre2jYH3njjMv8cYlDXmIZCO1qB5h9CU

Relatos sobre as atividades do Laboratório de Física Geral I a distância

No início das atividades acadêmicas de 2020, o Prof. Tito José Bonagamba (IFSC/USP) – responsável pelas disciplinas de Laboratório de Física Geral I e II para a Turma de Engenharia Aeronáutica, foi surpreendido, bem como todo o corpo docente da USP, pela pandemia, no momento em que ele estava, com grande motivação, recebendo os novos alunos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) – Aeronáutica, para o Curso de Laboratório de Física Geral I. Naquele momento, pairava uma dúvida geral sobre a continuidade do oferecimento do curso, já que eram esperadas inúmeras dificuldades associadas às aulas experimentais à distância. Contudo, o Prof. Tito José Bonagamba estava decidido, desde o primeiro momento, a seguir em frente, usando todos os recursos possíveis que tinha à disposição, em respeito ao sucesso dos ingressantes no vestibular.

“Tínhamos que recebê-los bem e seguir em frente, empregando todas as ferramentas de apoio às atividades didáticas à distância que tínhamos em mãos! Foi assim que agimos!”, sublinha o docente, recordando a forma como auxiliou na reestruturação do curso e no aperfeiçoamento das videoaulas, e como agiu nas orientações oferecidas aos alunos, sempre ouvindo suas sugestões e críticas, ininterruptamente construtivas.

Felipe Heringer

“No meu caso, decidi manter contato contínuo, principalmente por e-mails, orientando detalhadamente as atividades a serem realizadas através das videoaulas e do livro de práticas do curso, lendo e relendo várias vezes os relatórios encaminhados, emitindo pareceres e sugestões para o aperfeiçoamento dos mesmos, como ferramenta didática, recebendo e corrigindo as inúmeras versões revisadas, bem como tirando dúvidas em fluxo contínuo e célere, sempre com atendimentos personalizados, de forma gentil, compreensiva e colaboradora dos dois lados”, salienta o docente, acrescentando: “No final do semestre, os alunos apresentaram ótimo desempenho geral e eu acabei recebendo um certificado de excelência por ter sido escolhido pela Turma de Engenharia Aeronáutica, através da Secretaria Acadêmica da Engenharia Aeronáutica (SAAero), como o melhor docente dentre todos que ofereceram disciplinas a eles no primeiro semestre de 2020, honraria que divido com o coordenador do curso, Prof. Jean Claude M´Peko, a equipe de funcionários e docentes do IFSC/USP que produziu o material didático na forma de vídeos e o Prof. Jorge Henrique Bidinotto, do Departamento de Aeronáutica da EESC/USP, que, gentilmente, gravou uma aula especial sobre “Medidas Físicas associadas à Aeronáutica.”

O Prof. Tito José Bonagamba ressaltou, também, que fez questão de ter seu curso acompanhado pela equipe da SAAero e pelo Coordenador do Curso de Engenharia Aeronáutica, Prof. Hernan Dario Ceron Muñoz. “Enfim, superamos juntos os impactos da pandemia, empregando todas as ferramentas que tínhamos em mãos, com determinação e dedicação das duas partes. Todos saíram vencedores, preservando o planejamento acadêmico previsto”, comemora o Prof. Tito José Bonagamba.

Adaptação muito difícil

Felipe Heringer, aluno da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Curso de Engenharia Aeronáutica, relata como foi surpreendido durante a segunda semana de aulas na universidade, com a notícia de que as aulas presenciais estavam sendo suspensas devido à pandemia.

“Foi um pouco frustrante, depois de meses aguardando ansiosamente pelo início das aulas e um ano de estudos intensos, retornar para casa após um curto período de tempo e sem data para voltar a São Carlos. A USP foi uma das primeiras instituições de ensino públicas a iniciar o ensino remoto, o que foi bom, já que não “perdemos” o semestre. Com isso, todos nós, tanto discentes, quanto docentes, passamos por um período de adaptação um tanto difícil. Me habituar a assistir aulas, estudar e lidar com toda a minha vida acadêmica em casa foi bastante complicado, já que sempre fui acostumado a estudar fora de casa, na biblioteca da escola, ou numa sala do cursinho. Por conta de o ambiente de casa ter muitas distrações, essa adaptação com o ambiente foi difícil. Além disso, também tive que lidar com a dificuldade que tenho de me concentrar assistindo aulas pelo computador, e com incerteza da época sobre quando as aulas presenciais iriam retornar”, desabafa o aluno.

Mayra Lupatini

Contudo, segundo Felipe, os obstáculos foram superados, em sua maioria, com o transcorrer do semestre. “Dentre as coisas que considero que foram importantes nesse período, está o planejamento para realizar as tarefas propostas, sempre procurei fazê-las com antecedência, evitando imprevistos e me preparando melhor para as avaliações. Também está inclusa a participação em grupos extracurriculares, no meu caso, a secretaria acadêmica, SAAero e o Aerodesign. Eles tornaram possível um contato com colegas de sala, veteranos, pessoas de outros cursos, professores e problemas da universidade que não estavam relacionados à graduação. Com eles, pude me familiarizar melhor com a USP, mesmo longe. Definitivamente esses grupos fizeram a diferença nesse período. Especificamente na disciplina de Laboratório de Física Geral I, confesso que no começo estranhei realizar uma disciplina prática de forma virtual. Entretanto, ela acabou se tornando uma das que mais gostei de ter feito durante o primeiro semestre e aguardo ansiosamente para poder realizar os experimentos presencialmente”, pontua Felipe.

Para Mayra Lupatini, também aluna da EESC/USP, após a suspensão das aulas presenciais, em março de 2020, ocorreram algumas inseguranças quanto ao prosseguimento das aulas de maneira remota, principalmente nas disciplinas com atividades práticas, como as de Laboratório.  Na opinião da aluna, apesar das incertezas iniciais, a equipe responsável pela disciplina de Laboratório de Física Geral I se mostrou bastante organizada, célere e, criativa para avançar com a disciplina, sendo que a forma encontrada para dar prosseguimento às aulas de Laboratório de Física Geral I e II foi através de vídeos gravados.

Osvaldo Novais de Oliveira Junior

“Neles, os professores abordam alguns conceitos teóricos, realizam os experimentos, que em condições normais seriam realizados pelos alunos, e fornecem os dados necessários para a elaboração das análises e confecção dos relatórios. Acredito que a metodologia adotada tenha sido adequada diante do cenário da pandemia, visto que a não suspensão das aulas propiciou a manutenção do vínculo do aluno com a disciplina, fornecendo de maneira satisfatória, através dos vídeos e das apostilas, a parte teórica necessária para a compreensão dos experimentos, as metodologias e as técnicas para a redação de relatórios. Além disso, como há uma previsão para a reposição das atividades práticas, os alunos poderão posteriormente ter o contato com os experimentos já vistos na teoria e a lacuna da vivência no ambiente experimental será preenchida sem grandes prejuízos”, pontua Mayra.

Relatos sobre as atividades do Laboratório de Física Geral II à distância.

Para o docente do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, a necessidade inédita de que todas as aulas passassem a ser ministradas à distância, devido à pandemia do COVID-19 a partir do final de março de 2020, trouxe grande apreensão e incertezas, principalmente para as aulas práticas de laboratório de física, em particular, já que existiam muitas dúvidas sobre a viabilidade de cumprir o programa.

“No IFSC-USP, decidiu-se, então, prosseguir com as aulas mesmo diante dessas dúvidas. A estratégia adotada foi a de gravar a realização dos experimentos previstos, inclusive com a coleta de dados, para que os alunos pudessem preparar seus relatórios. Ou seja, os vídeos representariam uma simulação dos experimentos. Com o esforço de alguns abnegados professores, os vídeos foram produzidos e as disciplinas oferecidas via plataforma de ensino à distância adotada pela USP. Apesar dos imprevistos e improvisos, o programa das disciplinas de laboratório foi cumprido, e pelo que tenho notícias com alunas(os) e professoras(es) satisfeitas(os)”, enaltece o Prof. Osvaldo.

Para o professor, conquistou-se a confiança de que é possível utilizar meios eletrônicos e computacionais para aulas práticas, sendo que as disciplinas de laboratório estão sendo novamente oferecidas no segundo semestre, com uma vantagem adicional –  os vídeos dos experimentos são agora mais elaborados e editados profissionalmente.

“Acredito que a iniciativa de produzir esses vídeos trará ganhos que transcenderão o período da pandemia, o que não implica dizer que não haja problemas ou limitações. Por óbvio que a impossibilidade de as(os) alunas(os) realizarem os experimentos e manusearem elas(es) próprias(os) os instrumentos traz prejuízos ao aprendizado. De fato, o programa das disciplinas de laboratório só será considerado encerrado quando as(os) alunas(os) puderem voltar às atividades presenciais e realizarem os experimentos”, sublinha Osvaldo Novais.

Para o docente do IFSC/USP, também é inegável o prejuízo acadêmico da falta de contato e interação presencial entre alunas e alunos, e com professoras e professores, sendo que para o nosso entrevistado outro item prejudicado foi o da avaliação, pois ainda não se desenvolveram mecanismos eficazes para testes e exames não presenciais. Outros problemas – esses mais circunstanciais – têm a ver com a dificuldade de acesso ao conteúdo das disciplinas, quer seja por problemas de acesso à Internet, disponibilidade limitada de computadores para as atividades, ou mesmo ausência de local adequado e tranquilo para as(os) alunos estudarem. Esses últimos problemas tendem a ser exacerbados para estudantes de baixa renda e representam um desafio, como o é o da permanência estudantil.

Emanuel Alves de Lima Henn

“Concentro-me agora nos aspectos positivos da estratégia de ensino à qual fomos forçados, alguns dos quais completamente inesperados. O primeiro deles é que as(os) alunas(os) tiveram que aprender novas habilidades para confeccionarem os relatórios das práticas, isto é, tiveram que obter e analisar os dados a partir dos vídeos. Isso compensa, pelo menos em parte, a perda de aprendizagem pela falta de manuseio dos instrumentos. Outro aspecto relevante foi a possibilidade de uma nova gestão do tempo, tanto por alunas(os) e professoras(es). Com os vídeos dos experimentos disponíveis na Internet, alunas(os) puderam escolher os horários mais adequados para estudo, e o tempo de interação com as(os) professoras(es) pôde ser utilizado para sessões de dúvidas, discussão sobre o conteúdo das práticas e sobre os relatórios. A gravação de vídeos com roteiros bem planejados para as práticas e com edição profissional representou, para mim, o maior dos avanços. Além de servir aos propósitos atuais devido à pandemia, esses vídeos serão úteis por muito tempo. Não só para as disciplinas de laboratório, mas também para disciplinas teóricas. Para estas últimas há a vantagem de os conceitos teóricos virem acompanhados de demonstrações experimentais. Os vídeos também podem ser úteis para estudantes de outras instituições, em mais uma contribuição significativa do IFSC-USP para o ensino superior de física no País”, enfatiza o docente.

Contudo, o aspecto que mais atrai o Prof. Osvaldo é que parece ter sido encontrada uma maneira de atingir um objetivo que se busca há décadas, qual seja o de diminuir o tempo dos alunos em sala de aula, sem perda de conteúdo. “Com os vídeos de alta qualidade e com estudantes habituados a estudar a partir deles, poderemos no futuro empregar um modelo híbrido de aulas presenciais e à distância. As aulas e reuniões presenciais teriam um papel nobre de permitir discussões mais aprofundadas e interações entre alunas(os) e professoras(es) que vão além das dedicadas a conteúdos de disciplinas. Será uma oportunidade de enriquecermos a convivência acadêmica”, finaliza o docente.

Sarah Sab

Vitória Souza Ramos

Segundo o docente Emanuel Alves de Lima Henn, também membro da equipe de Laboratório de Física Geral II, “Uma disciplina de laboratório de Física contempla diversos aspectos durante o curso de uma aula singular: introdução teórica, demonstrações práticas dos conceitos e a efetiva coleta dos dados pelos alunos sob orientação do docente ministrante para posterior análise. Dadas as limitações de atividades presenciais, os vídeos produzidos pelos Profs. Eduardo Azevedo e Luiz Antônio cobrem esses três aspectos de forma magistral. A introdução teórica é completa e, de fato, valorizada, pois feita usando e abusando dos recursos que só são possíveis no vídeo. As demonstrações práticas são valorizadas, pois, uma vez mais, podem se valer de recursos de edição de vídeo e computacionais que não são possíveis de outra maneira e permitem explorar em detalhes os conceitos envolvidos de forma prática. Finalmente, a coleta de dados é feita mesclando a orientação personalizada aos cuidados que devem ser tomados com a liberdade aos alunos de “medirem” o máximo possível através do vídeo. Todos esses aspectos, com a vantagem para os alunos de poderem ver, rever, voltar, parar o vídeo a qualquer momento. Dessa forma, os vídeos que foram produzidos não só viabilizaram as aulas da disciplina, tornando o trabalho dos docentes muito mais um trabalho de orientação e destaque dos pontos principais como também se constituem como materiais valiosos para futuras versões da disciplina, mesmo que presenciais, como material de consulta e referência”, finaliza o docente.

As alunas Sarah Sab (Curso de Física Computacional) e Vitória Souza Ramos (Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares) dão o seu testemunho em relação ao Curso de Laboratório de Física Geral II, na versão remota.

“No caso da disciplina de Laboratório de Física II, as videoaulas foram satisfatórias, e possuem uma fundamentação teórica bem aprofundada. Essa fundamentação foi útil para Física II também, na segunda prova consegui resolver um exercício graças um conceito abordado em um dos vídeos de laboratório. Embora não substitua a prática presencial, a disciplina está tendo um bom andamento”, enfatiza Sarah.

Para Vitória “Desde a suspensão das aulas presenciais, foram várias as propostas de ensino encontradas para o acompanhamento dos estudantes nas matérias, mesmo que à distância. Especificamente em Laboratório de Física II, disciplina que requer práticas experimentais, é perceptível a preocupação e dedicação dos professores com o nosso aprendizado: videoaulas detalhadas e de ótima qualidade, a fim de diminuir os prejuízos causados pela falta de experimentos em laboratório, além de se colocarem à disposição para que enviemos mensagens por e-mail caso tenhamos dúvidas. Também são feitas atividades em plataformas digitais para nos familiarizarmos com o conteúdo. Embora as aulas remotas não substituam de fato as presenciais, estou satisfeita com o empenho da Universidade e principalmente do IFSC/USP em manter a qualidade do ensino. Tem sido uma época de muito aprendizado e desenvolvimento pessoal para mim e, acredito que, para todos os alunos que entraram na universidade para aprender e realizar seus sonhos. Parabenizo os docentes, monitores e funcionários do IFSC e os agradeço”, conclui Vitória.

PROVE – A indispensável experiência e parceria

A existência de parcerias de longa data veio, de alguma forma, suprir algumas das dificuldades provocadas pela pandemia no IFSC/USP. O caso concreto da PROVE, empresa de produção de vídeos educativos, sob a responsabilidade do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF-IFSC/USP), é um dos exemplos de sucesso.

“Começamos a trabalhar ininterruptamente nesse curso em meados de março último, logo no início da pandemia, tentando ajudar os professores a gravar suas aulas, e só depois é que iniciamos o trabalho já estruturado com o Prof. Eduardo Azevêdo, correspondendo, até agora, a mais de 300 horas no total. Tem sido muito pesado”, sublinha Brás José Muniz, responsável pela pequena equipe de profissionais.

Da esquerda para a direita – Marcel Firmino / Anderson Muniz e Brás José Muniz

A equipe do PROVE também não ficou imune aos efeitos da pandemia. “Outra grande dificuldade foi fazer a coleta de imagens fora do estúdio de gravação, nos laboratórios e em outros espaços, pois apenas um de nós podia fazer isso, para evitar problemas sanitários”, explica Anderson Muniz.

“Foi fundamental então a parceria da PROVE, que existe desde 1996 no IFSC/USP, e que inclui várias outras atividades. “Já produzimos largas centenas de vídeos institucionais, e trabalhos de toda a ordem e natureza”, pontua Marcel Firmino.

Um nova experiência na elaboração de material didático

Eduardo Azevêdo

A infraestrutura de laboratório e oficinas do IFSC-USP é nacionalmente conhecida e teve um papel fundamental na realização das atividades de Laboratório de Física Geral II. “

“Numa época tão crítica como a que vivemos é fundamental poder contar com uma boa infraestrutura física e de pessoal. Neste sentido, é importante ressaltar a atuação efetiva dos técnicos do laboratório de ensino de Física, Carlos Nazareth Gonçalves, Claudio Boense Bretas e Leandro de Oliveira e do técnico Ademir Moraes da oficina mecânica do IFSC-USP”, sublinha o Prof. Luiz Antonio de Oliveira Nunes.

Luiz Antonio de Oliveira Nunes

A experiência na elaboração do material também foi enriquecedora para os professores, como relata o Prof. Eduardo Azevêdo. “Quando fui convidado pelo Prof. Luiz Antonio a participar da elaboração do material de Laboratório de Física Geral II a minha percepção inicial foi de que seria algo relativamente simples de ser executado, já que as práticas e apostilas já eram bem sedimentadas e seria basicamente narrar a execução dos experimentos. Porém, já em nossa primeira discussão, percebemos que não poderia ser uma simples transposição, pois o objetivo era que o estudante tivesse uma atitude ativa tanto na coleta quanto na análise dos dados. Para isso, seria necessário rever todas as formas de visualização dos resultados, adaptar experimentos para visualização em câmera lenta, melhorar consideravelmente o sistema de aquisição de dados e adaptar roteiros experimentais. Neste sentido, é importante ressaltar o excelente trabalho dos técnicos de laboratório, Leandro Oliveira e Ademir Moraes e do Prof. Luiz Antonio, com sua grande experiência na elaboração de instrumentação para ensino, bem como a total entrega e disponibilidade de toda a equipe do PROVE – Brás José Muniz, Anderson Muniz e Marcel Firmino. Além disso, achamos que seria fundamental incluir uma descrição teórica mais completa sobre o conteúdo da prática para que os alunos entendessem os experimentos e os fenômenos envolvidos. Tudo, porém, bem ilustrado com demonstrações experimentais e exemplos de aplicação e que, ao nosso ver, também poderia ser usado nos cursos de teoria. Ao final, foi um trabalho quase que exaustivo, mas bastante prazeroso e estimulante e ficamos satisfeitos com os resultados, tanto que colocamos o conteúdo público de modo alunos externos a USP possam usá-los eventualmente. Espero que tenhamos atingido o nossos objetivos ”, finaliza Eduardo Azevêdo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2020

Um novo caminho no enfrentamento da Fibromialgia

Um artigo científico publicado em novembro último pelo Journal of Novel Physioterapies, assinado por pesquisadores do IFSC/USP, UFSCar, Hagler Institute for Advanced Study (Texas A&M University), e pelas “Clínicas MultFISIO Brasil” de São Carlos e Ribeirão Preto, mostra os resultados de um estudo desenvolvido com 450 pacientes fibromiálgicos submetidos ao tratamento com equipamento que emite o ultrassom e o laser terapêutico de forma simultânea, utilizando todas as variações possíveis em aplicações na palma da mão.

Os pesquisadores conseguiram, nesse estudo, entender porque é fundamental a aplicação na palma da mão, resultando, com isso, uma diminuição drástica das consequências da Fibromialgia (doença ainda sem cura). “Na verdade, as mãos são os locais mais adequados para esse tratamento, tendo em consideração que é aí que existe uma maior quantidade de células receptivas em pacientes fibromiálgicos, comparativamente a quem não sofre da doença”, comenta o Dr. Antônio Aquino Jr., primeiro autor do artigo científico. Segundo o pesquisador, a palma da mão possui uma quantidade grande de terminações nervosas, possibilitando, assim, uma forma de tratamento sistêmico através do protocolo aplicado e equipamento desenvolvidos no IFSC/USP. Com a utilização combinada de ultrassom e laser, os pesquisadores conseguiram analisar a significativa melhora nos pacientes, principalmente na diminuição das dores e no progressivo aumento das atividades diárias.

Fernanda M. Carbinatto e Antônio Aquino Jr.

“O artigo científico mostra, claramente, os gráficos que indicam, porcentualmente, como os pacientes melhoram seu estado em apenas dez sessões. Em um universo de 240 pacientes selecionados para esta pesquisa, 70% manifestaram ao menos 50% de melhoras na dor, enquanto 60% relataram ao menos 50% de recuperação das suas atividades diárias”, enfatiza Aquino Jr, que complementa “Quando fazemos essa aplicação na palma da mão, ocorre uma recepção rápida das ondas ultrassônicas e da luz laser, possibilitando uma potencialização do efeito analgésico e anti-inflamatório junto ao sistema nervoso, proporcionando que o limar da dor do paciente fique normalizado. Assim, durante o sono, o paciente não acorda com tanta frequência, o que, com o decorrer do tempo, as sensações de fraqueza, fadiga e impossibilidade de movimentos diminuam drasticamente, levando à melhora de humor e de ansiedade, contribuindo para que ele reverta um quadro de depressão que na maior parte das vezes está associado à doença”, destaca Aquino Jr..

“Após os dados desta pesquisa clínica, o tratamento denominado “Fotossônico” segue em constante aperfeiçoamento, visando sempre melhorar a qualidade de vida do paciente fibromiálgico. No entanto, o tratamento não substitui a medicação prescrita pelos médicos, pelo que os pacientes fibromiálgicos deverão continuar a tomar seus remédios.”, relata Fernanda M. Carbinatto

Em São Carlos, a “MultFISIO Brasil” (Telf. (16) 3372-4508 / (16) 99762-7273), que também assina o artigo científico, direciona os pacientes para suas unidades distribuídas pelo país, a saber:

Ribeirão Preto (SP);

Jaú (SP);

São Paulo (capital) Bairro Santana;

São José dos Campos (SP);

Mogi Guaçu (SP);

Santos (SP);

Cuiabá (MT);

Assinam este artigo científico, os(as) pesquisadores(as):

Antonio Eduardo de Aquino Junior, Fernanda Mansano Carbinatto, Daniel Marques Franco, Juliana da Silva Amaral Bruno, Michelle Luise Souza Simão, Ana Carolina Fernandes, Ana Carolina Negraes Canelada, Neurivaldo Antonio Viviani Junior e Vanderlei Salvador Bagnato

Para conferir o artigo, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2020

Programa “USP VIDA” em apoio à pesquisa na Universidade

A Universidade de São Paulo (USP), ao participar intensamente no enfrentamento da COVID-19, com a atuação de seus cientistas, pesquisadores, professores e funcionários técnicos e administrativos, confirma que a ciência ocupa papel central nos desafios apresentados por uma pandemia que tem trazido impactos em todo o mundo.

Diante dessa que pode ser considerada a pior crise dos últimos tempos, as universidades, centros e laboratórios de pesquisa têm desempenhado sua missão de modo extraordinário na busca incessante para encontrar meios de conter a doença, sendo que a USP tem despendido todos seus esforços na busca de soluções em vacinas, medicamentos, desenvolvimento de testes, higienização, equipamentos e logística. E, ao mesmo tempo, não deixa de atuar direta e indiretamente nos diagnósticos, no atendimento hospitalar e nas internações.

Exemplos recentes podem ser destacados: o sequenciamento do vírus feito em tempo recorde o que possibilitou o trabalho de muitos laboratórios na busca incessante de antivirais e fármacos; e o desenvolvimento de um ventilador pulmonar mecânico, que poderá ser produzido por custo de R$ 1 mil frente aos R$15 mil cobrados em média no mercado.

Também foi criada a Rede USP para o Diagnóstico da Covid-19 em cinco centros de pesquisa da Universidade, com a missão de realizar diagnósticos moleculares, e o envolvimento de 17 laboratórios.

A luta frente à COVID-19, entretanto, é ampla.

A USP pode e deve fazer muito mais, mas precisa de sua ajuda. O Programa USP Vida foi criado com a finalidade de fazer avançar as pesquisas e ações na superação da covid-19.

Sua doação é a chave para progredirmos. Você poderá escolher em que pesquisa prefere doar – aplicar no desenvolvimento de vacina; em ações diagnósticas; no desenvolvimento de novos fármacos; em material de proteção para pacientes, profissionais da saúde e a sociedade em geral; ou no desenvolvimento de equipamentos. Pode, ainda, direcionar sua doação para um fundo único para que o Comitê Gestor aplique na pesquisa mais avançada no momento.

No site https://www.fusp.org.br/usp-vida você encontrará as formas de doações para pessoas jurídicas e físicas. As doações podem ser feitas por meio de depósito em conta corrente ou por pagamento em cartão de crédito.  Os recursos arrecadados serão gerenciados por um Comitê Gestor de Cientistas, coordenado pelo pró-reitor de Pesquisa da USP, e alocados em conta específica na Fundação de Apoio da Universidade de São Paulo – FUSP. Informações adicionais ou dúvidas podem ser encaminhadas ao e-mail: parcerias_usp@usp.br

Faça a diferença, doe e contribua para ajudar a salvar vidas.

DOE AGORA! Acesse https://www.fusp.org.br/usp-vida.

PROGRAMA USP Vida

(Com informações e imagens do Jornal USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de dezembro de 2020

“Carnathon USP” selecionará projetos para tornar campi mais sustentáveis

Estudantes de graduação e de pós-graduação têm até o dia 7 de janeiro de 2021 para inscrever projetos no Carnathon USP – uma competição que selecionará propostas para tornar a gestão dos campi da Universidade mais sustentável.

A iniciativa, promovida pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), tem o objetivo de fortalecer a ação conjunta de ensino, pesquisa e extensão, com resultados que beneficiem a comunidade, estimulem o pensar criativo e inovador dos estudantes e contribuam para uma formação mais cidadã.

“Como o Carnaval de 2021 será diferente por causa do cancelamento dos festejos, a Pró-Reitoria resolveu propor aos estudantes uma atividade produtiva para esse período. Por isso, o nome Carnathon”, explica a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado.

A realização do Carnathon USP conta com a parceria das Pró-Reitorias de Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação, das Prefeituras dos campi da USP, da Agência USP de Inovação, da Superintendência de Gestão Ambiental e da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp).

Soluções inovadoras

Os projetos devem oferecer soluções para questões enfrentadas pelas Prefeituras dos campi, dentro de seis campos temáticos específicos – gestões da água, energia elétrica, resíduos sólidos, mobilidade, saúde e bem-estar social –, além do campo “você traz sua ideia”, aberto a novas abordagens.

Podem participar do Carnathon equipes formadas por até seis estudantes de graduação ou pós-graduação, supervisionados por um docente. As inscrições podem ser feitas de 4 de dezembro de 2020 a 7 de janeiro de 2021, por meio do Sistema Apolo.

No dia 27 de janeiro, será divulgada a lista dos projetos selecionados para participar da etapa final do Carnathon. Nesta fase, que vai de 28 de janeiro a 24 de fevereiro, as equipes selecionadas entrarão em contato com as Prefeituras dos campi nos quais seus trabalhos foram baseados, para obtenção de mais dados e detalhar melhor a proposta. Os projetos finalizados deverão ser encaminhados para a PRCEU até 24 de fevereiro.

Uma Comissão de Avaliação analisará os projetos finalistas e escolherá os três que receberão a distinção acadêmica. O projeto vencedor ganhará um prêmio no valor de R$ 10 mil, o segundo lugar receberá R$ 5 mil e o terceiro, R$ 3 mil.

Mais informações sobre o Carnathon USP podem ser encontradas no edital Fomento às Iniciativas de Cultura e Extensão ligadas aos desafios de inovação na gestão da sustentabilidade dos campi da USP, disponível na página da PRCEU.

(Por Erika Yamamoto – Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

14 de dezembro de 2020

Microagulhas dissolvíveis entregam fármacos para combater câncer de pele

Uma pesquisa desenvolvida pela Drª Michelle Barreto Requena, Pós-Doutoranda do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em colaboração com cientistas da Queen’s University of Belfast (UK), culminou com o desenvolvimento inovador de microagulhas dissolvíveis que permitem entregar fármacos para o combate do câncer de pele, via Terapia Fotodinâmica (TFD).

Tendo como base o trabalho desenvolvido em seu doutorado, consubstanciado em métodos mecânicos para melhorar a entrega de fármacos, a jovem pesquisadora Michelle Requena descobriu uma nova vertente em suas pesquisas quando realizou um “doutorado sanduiche” na Escola de Fármácia da Queen’s University of Belfast, no grupo de pesquisa especialista no desenvolvimento de microagulhas poliméricas, tendo focado o seu trabalho para área de tratamento do câncer de pele do tipo não melanoma.

Já no regresso ao IFSC/USP, Michelle testou o novo e inovador procedimento em modelos tumorais em camundongos, tendo obtido resultados muito superiores aos apresentados nas aplicações tópicas que usualmente são realizadas com aplicação de creme. Com o uso das microagulhas dissolvíveis, o fármaco foi disponibilizado de forma mais homogênea e em maiores profundidades nos tumores. Uma grande vantagem é que estes resultados foram obtidos com uma concentração de fármaco quatro vezes menor do que se é utilizado atualmente no creme, tornando o modelo de microagulhas dissolvíveis desenvolvido uma forma mais barata e eficiente de entrega.

“Cada arranjo cabe na ponta do dedo e contem 361 microagulhas em formato de pirâmide com 0,5 mm altura cada.  O arranjo é posicionado na superfície do tumor e pressionado por trinta segundos. Ele permanece inserido no tumor para que as microagulhas dissolvam por uma hora. Passado esse tempo, as microagulhas já foram dissolvidas e o fármaco absorvido pelo tumor e então, a região é iluminada com luz apropriada, dando inicio ao processo de TFD”, explica Michelle.

Com esta colaboração internacional, Michelle acredita que, através de parcerias com o setor produtivo, este tipo de microagulhas poderá começar a ser fabricado no Brasil, em curto prazo, uma vez que o material utilizado em suas pesquisas veio da Universidade de Belfast. “Este procedimento é minimamente invasivo, não causa qualquer dor ou sangramento durante a aplicação, mostrando-se bastante eficaz na entrega de fármaco e com grande possibilidade de combater o câncer de pele por TFD. Agora, aguardamos o melhor momento para fazermos os estudos clínicos em humanos e, se tudo correr como estamos prevendo, muito em breve poderemos ter este tipo de procedimento disponibilizado para a sociedade, quer em hospitais e centros de saúde, quer, ainda nos consultórios médicos, a um preço muito acessível”, complementa Michelle, sublinhando que o novo foco de sua pesquisa em seu Pós-Doutorado é melhorar ainda mais o tempo de dissolução das microagulhas.

Este trabalho de pesquisa foi publicado no Journal of Biophotonics em setembro do corrente ano, assinado por:

Michelle Barreto Requena (IFSC/USP) / José DirceuVollet-Filho (IFSC/USP) /Marlon Rodrigues Garcia (EESC/USP) / Sebastião Pratavieira (IFSC/USP) / Andi Dian Permana (School of Pharmacy – Queen’s University of Belfast – Department of Pharmaceutics – Faculty of Pharmacy – Hasanuddin University – Indonesia) / Patricia González-Vásquez (School of Pharmacy – Queen’s University of Belfast) / Clara Maria Gonçalves De Faria (IFSC/USP) / Ryan F. Donnely (School of Pharmacy – Queen’s University of Belfast) e Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP e Hagler Institute for Advanced Studies, Texas A&M University, College Station).

Para conferir o artigo científico relativo a este trabalho, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de dezembro de 2020

Atualização da produção científica do IFSC/USP em novembro de 2020

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de outubro de 2020, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico Journal of Photochemistry and Photobiology  (AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

11 de dezembro de 2020

Tendo como base os qubits – eis o Computador Quântico

Figura-1 – O chip do dispositivo Sycamore, com 53 qubits, feito pela Google – o computador quântico supercondutor. (Crédito:Erik Lucero)

Por: Prof. Roberto N. Onody*

Computadores clássicos baseiam-se em informações contidas em bits. O bit é uma variável que pode assumir apenas dois valores: 0 ou 1. Quando, no circuito, um capacitor está sem carga associamos o valor zero e quando está totalmente carregado associamos o valor um. O estado da memória de um computador nada mais é do que o conjunto dos valores de seus bits. Para alterarmos o estado da memória de um computador, precisamos de um código computacional, da mesma maneira que, para entendermos a evolução temporal de um sistema natural qualquer, precisamos das leis da Física.

Esse circuito de bits, composto por transistores e capacitores, formam a DRAM (Dynamical Random Access Memory). Se nós tivermos n bits, o número total de estados será 2n. Os estados 0 ou 1 correspondem, respectivamente, a ausência ou a presença de uma carga adicional no capacitor de, digamos, 300.000 elétrons. Por que tantos elétrons, por que não operar apenas com um único elétron? Os elétrons são partículas muito leves e estão em constante movimento. Se a carga presente no capacitor fosse de apenas um único elétron e, caso esse elétron vazasse do capacitor (migrando para um outro local), isto mudaria o estado do capacitor para zero e seria uma falha que, em computação, chamamos de erro. Porém, se de um total de 300.000 elétrons, apenas alguns poucos migrarem para outro local, isto não representará, de fato, em um grande problema. Mesmo assim, os circuitos eletrônicos checam constantemente o nível de carga e repõem a quantidade necessária para evitar erros.

Computadores quânticos se baseiam em qubits. Há várias maneiras de produzir qubits, por exemplo, através de circuitos supercondutores 1 ou da polarização dos fótons 2. Um resultado fundamental da Mecânica Quântica é que um sistema pode estar numa superposição de estados. Cada estado tem uma certa probabilidade de ocorrer. Para entendermos a superposição de estados quânticos, vamos comparar uma operação lógica num algoritmo clássico de 3 bits com outro de natureza quântica (veja Tabela 1).

No caso Clássico, vamos supor que o sistema está, inicialmente, no estado 010. Nos instantes seguintes, o algoritmo conduz o sistema para os estados 011, 101, 000, 010 e assim por diante. Um estado de cada vez. Já, no caso Quântico, vamos supor que inicialmente o estado inicial seja uma superposição de 010 e 011. No instante seguinte (veja Tabela 2), o sistema vai para uma combinação dos estados 001, 100 e 111, em seguida para uma mistura de todos os 8 estados.  Vemos que o computador quântico é mais rico e complexo do que o clássico, o que permite que ele seja mais rápido e eficiente na solução de determinados problemas.

Como vimos acima, pequenas flutuações no número de elétrons não afetam de maneira importante o computador clássico que é robusto (muitos bits) e tem autorregulagem (redundância). Mas essa checagem feita pelo sistema é uma interferência que destrói o estado quântico. Para diminuir essa flutuação do número de elétrons (ruído) devemos abaixar a temperatura do sistema. Foi o que fez a Google ao lançar mão dos supercondutores 1.

Para demonstrar a ‘supremacia’ (palavra utilizada originalmente pela Google, e, por ter uma conotação étnica, hoje em dia está sendo substituída pelo termo ‘vantagem’) do computador quântico em relação ao clássico, eles construíram um dispositivo (que chamaram de Sycamore) com 53 qubits feitos com circuitos supercondutores (veja Figura 1 no início da matéria). O material utilizado foi o Alumínio, que se torna supercondutor a 1 grau Kelvin.  Os elétrons se juntam numa única unidade e o qubit formado é, basicamente, um oscilador de elétrons. O sistema oscila entre o estado de mais baixa energia, que chamaremos de estado zero do qubit, e o primeiro estado excitado, que chamaremos de estado um do qubit. A frequência de ressonância desse oscilador é de 6 Ghz (micro-ondas), ou seja, a diferença de energia do estado um para o estado zero é muito pequena, cerca de 2,5 10 -5 eV. Isso equivale a uma temperatura de 0,3 Kelvin. A Google comparou o desempenho de Sycamore com o do supercomputador Summit no Teenessee. Concluiu que Summit levaria 10.000 anos para um cálculo que Sycamore levaria apenas 3 minutos e 20 segundos! Essa conclusão foi, porém, contestada logo em seguida.

Figura-2 O supercomputador chinês TaihuLight, atualmente o mais rápido do mundo, é 10 -14 vezes mais lento que o dispositivo montado pela equipe de Zhong et al 2.  – o computador quântico fotônico (Crédito:Hansen Zhong)

Recentemente, Zhong et al. 2 estudaram a construção de um computador quântico fotônico (veja Figura 2). Em 2011, dois cientistas computacionais, Aaronson e Arkhipov, estudaram a chamada amostragem bosônica, que consiste em determinar a probabilidade de encontrar um bóson em uma dada posição, num sistema de muitos bósons em que se leva em conta as interferências de suas funções de onda. Eles obtiveram uma expressão com um número gigantesco de incógnitas e concluíram ser impossível resolvê-la através do uso de computadores clássicos.

Através de pulsos de laser, Zhong et al. 2 polarizaram fótons que depois foram deixados interferir uns com os outros, gerando assim, a amostra de fótons. Os qubits eram os próprios fótons. Tudo isso foi realizado a temperatura ambiente. A equipe chinesa utilizou então, fotodetectores capazes de registrar cada um dos fótons e medir sua distribuição. O problema da amostragem de bósons (aqui, fótons) estava resolvido.

Segundo os pesquisadores, o supercomputador chinês Sunway TaihuLight, atualmente o mais rápido do mundo, levaria 2,5 bilhões de anos para completar os cálculos, metade da idade da Terra. O experimento todo desenvolvido pela equipe chinesa levou apenas 200 segundos! Um resultado impressionante e muito animador!

Referências:

1 Arute, F. et al. Nature 574, 505–510 (2019)

2 Zhong,H.S. et al. Science,

   https://doi.org/10.1126/science.abe8770 (2020).

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

(Agradecimento: Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de dezembro de 2020

Pesquisadora do IFSC/USP conquista prêmio “The World Academy of Sciences” (TWAS)

A Pós-Doutoranda do IFSC/USP, Drª Anna Caroline Campos Aguiar, pertencente ao Grupo de Cristalografia de nosso Instituto, conquistou no final deste mês de novembro o TWAS- LACREP Young Scientists Prize 2020, na área de Ciências Médicas, atribuído pelo The World Academy of Sciences (TWAS).

Anna Caroline (33), com Mestrado e Doutorado realizados na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é neste momento Pós-Doutoranda no IFSC/USP e, também, professora afiliada na UNIFESP (Campus da Baixada Santista). No final do mês de novembro deste ano, a jovem pesquisadora viu seu memorial científico ser destacado na The World Academy of Sciences (TWAS), com a conquista do Prêmio TWAS-LACREP, que é o reconhecimento internacional dado às contribuições de jovens pesquisadores ativos, com idades até 40 anos, que desenvolvem seus trabalhos na América Latina e no Caribe.

A qualidade dos trabalhos de pesquisa de Anna Caroline chamaram a atenção da TWAS, principalmente pelo foco dado ao combate à malária. “A minha vida acadêmica e científica sempre foi focada no combate à malária, principalmente no desenvolvimento de anti-maláricos. Foi uma causa que abracei logo desde o início, procurando incessantemente por compostos bioativos que pudessem ter interatividade para bloquear o ciclo de vida do parasita. E esse entusiasmo, essa entrega, foram consolidados quando eu fiz meu “doutorado sanduiche” na Universidade Johns Hopkins (Escola de Saúde Pública), que é muito forte nesse tema. Outro momento importante na minha vida científica foi quando, posteriormente, iniciei meu trabalho de campo em Porto Velho, em 2011. Assim, desde esse ano que desenvolvo minha pesquisa nessa região, que é altamente endêmica para malária”, sublinha Anna Caroline.

Quando terminou seu doutorado, a jovem pesquisadora começou a trabalhar para a Medicines for Malaria Venture (MMV), desenvolvendo vários projetos igualmente relacionados com a malária, já que o principal objetivo dessa organização é encontrar candidatos clínicos para o tratamento da doença. “Todas as minhas contribuições científicas foram no sentido de avançar o conhecimento na busca de novos medicamentos contra a malária. É isso que faço até hoje”, enfatiza Anna Caroline, que acaba de ver aprovado um projeto seu na categoria de Jovem Pesquisador da FAPESP, na mesma área de pesquisa, através da UNIFESP e do IFSC/USP.

Em relação ao prêmio conquistado, no valor de 2.000 USD, Anna Caroline afirma que esse dinheiro vai ser aplicado em ciência. “Não vejo outra forma de gastar o dinheiro. O combate à malária é, para mim, uma meta, um modo de estar na vida, uma paixão, um destino. Não me vejo atuando em outra área qualquer. Este prêmio foi o reconhecimento do que eu venho fazendo desde os meus vinte e um anos, ou seja, durante doze anos consecutivos. Sinto cada vez mais que posso dar contribuições concretas no combate à malária em particular, e às doenças negligenciadas, como um todo”, conclui Anna Caroli, que pretende continuar a dividir seu tempo entre a ciência e a docência, já que, para ela “A formação de recursos humanos também não pode parar. Tenho igualmente a missão de repassar meus conhecimentos, minha experiência e minha filosofia de vida para os outros, para os estudantes”.

O IFSC/USP parabeniza Anna Caroline pelo sucesso alcançado, desejando-lhe as maiores felicidades para seu futuro.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação IFSC/USP

10 de dezembro de 2020

“Negligência Mortal” – um Game que ensina sobre doenças negligenciadas

O Jogo foi desenvolvido no Espaço Interativo de Ciências (São Carlos, SP), sede das atividades de Educação e Difusão Científica do CIBFar, com sede no IFSC/USP

Negligência Mortal (NM) foi desenvolvido como atividade pedagógica para estudantes do Ensino Fundamental e Médio. É uma mídia interativa onde o usuário irá atuar como um investigador no processo de aprendizagem sobre quatro doenças negligenciadas:  Malária, Doença de Chagas, Esquistossomose e Leishmaniose.

Essas doenças são temas de textos escolares e afetam populações ribeirinhas, de zonas rurais e urbanas, onde faltam tratamento de água, esgoto e meio ambiente degradado.

No jogo NM, o estudante assume o papel da Dra. Odete, médica epidemiologista brasileira que tem a missão de descobrir qual foi a doença que uma jornalista norte-americana contraiu durante uma visita de trabalho ao Brasil. Ao retornar ao seu país, a jornalista apresentou sintomas diversos, mas os médicos não conseguiram chegar a um diagnóstico. Foi então solicitada ajuda ao Ministério da Saúde no Brasil no sentido de auxiliar a equipe médica americana.

O desafio do jogador é descobrir que doença a jornalista contraiu, para isso ele ajudará a epidemiologista Odete a percorrer as regiões em que ela visitou. Durante o percurso, o jogador irá interagir com a população, fará anotações, e observará o ambiente em que vivem. No final, o jogador deve relacionar sintomas às enfermidades correspondentes e assim chegar ao diagnóstico da doença da jornalista.

Além do Negligência Mortal, o EIC/CIBFar já desenvolveu cerca de 30 games, sobre diferentes temas e formatos, como InfoGypti, Liga dados, Conhecimento na ponta dos dedos, Caça Palavras, Microscópio Virtual e outros. Alguns podem ser baixados de lojas de aplicativos e diretamente do site https://eic.ifsc.usp.br, alguns com versões para celulares, tablets, notebooks.

No link abaixo pode ser visto um “trailer” do jogo:

https://drive.google.com/file/d/14calWFwMeAbADfE109XEGqmFbFTHt8_4/view?usp=sharingPCs.

O EIC/CIBFar também está nas mídias sociais:

www.facebook.com/EIC.USP/

https://www.instagram.com/eiciencia/ https://www.youtube.com/c/EspaçoInterativodeCiências/

Contato: Profa. Leila Maria Beltramini – leila@ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2020

Novo equipamento desenvolvido no IFSC/USP na detecção de algumas formas de câncer

Lorenzo Buscaglia

O IFSC/USP acaba de desenvolver um protótipo portátil de um espectrômetro de impedância elétrica capaz de medir propriedades elétricas de diversos materiais, principalmente fluidos biológicos. Com esse novo instrumento, abre-se uma nova porta para a detecção de contaminações por vírus e bactérias, além de diversas doenças, como o câncer de mama, pâncreas, cabeça e pescoço, e próstata.

Desenvolvido pelo Pós-Graduando Lorenzo Buscaglia (24) no decurso de seu mestrado em Física Aplicada/Instrumentação no IFSC/USP, sob supervisão do Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, com a colaboração do Prof. João Paulo Pereira do Carmo, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e com patrocínio da FAPESP, este novo equipamento portátil poderá detectar doenças através de sangue, suor, ou saliva, de forma rápida e barata, comparativamente a outros equipamentos do mercado, importados, e com alto custo, conforme explica Lorenzo. “De fato, já existem equipamentos que fazem estas detecções, mas eles são extremamente caros, pois além de incluir hardware de maior custo, são importados. Nosso grupo de pesquisa apostou em um modelo portátil e de baixo custo, pois a maioria também é pesada e não pode ser transportada. A versão comercial mais similar atualmente entrou no mercado em 2018, mas seu custo é da ordem de dois mil dólares, o que é inviável para muitas aplicações”, sublinha Lorenzo. O novo equipamento foi designado SIMPLE-Z, teve seu registro solicitado junto à Agência de Inovação da USP (AUSPIN) e está pronto para a fabricação em escala. Poderá ser facilmente adquirido pela classe médica, além de poder ser empregado em laboratórios de ensino em universidades e no ensino médio.

“A técnica de espectroscopia de impedância pode ser aplicada em inúmeras áreas da saúde e, inclusive, pode ser acoplada a dispositivos vestíveis. Dependendo do software instalado, poderá fornecer informações à distância, o que abre um novo universo de oportunidades”, comemora Lorenzo.

Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Para o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior “Um instrumento como o Simple-Z é um sonho antigo do Grupo de Polímeros e de seus parceiros nos trabalhos de sensores e biossensores. Sempre ficávamos frustrados de não poder fazer a detecção fora de um ambiente de laboratório, e os espectrômetros portáteis são muito caros. Com o Simple-Z, poderemos finalmente fazer medidas em qualquer lugar e a baixo custo. Ressalto que o custo do instrumento é barato porque o Lorenzo propôs soluções de software que eliminaram limitações dos componentes eletrônicos utilizados”.

O Simple-Z inclui circuitos que geram os sinais e medem a resposta, transmitindo a mesma de forma instantânea para o computador, onde fica registrada em uma base de dados. Para fazer a medição de qualquer fluido, basta ligar o aparelho num sensor ou biossensor sobre o qual é depositado o fluido. A detecção é assim feita em poucos minutos. Neste momento, falta apenas desenvolver uma interface amigável para um usuário sem nenhum tipo de treinamento.

Segundo o jovem pesquisador, o custo de mercado deste equipamento poderá ser de cerca de R$ 1.300,00 (~ U$D 250) cada unidade.

O “Simple-Z”

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2020

IFSC/USP seleciona voluntários para pesquisa em tratamento da Disfunção Temporomandibular (DTM)

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está selecionando voluntários de ambos os sexos, com idades entre 18 e 60 anos, para participarem da pesquisa de tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM), com o equipamento Vacumlaser, que promove a pressão negativa associada ao laser, e um outro equipamento – o Recúpero – que é constituído de ultrassom associado ao laser.

A DTM está muitas vezes associada a dores fortes na articulação temporomandibular, dor nos músculos da mastigação, dor ou desconforto para abrir a boca, pacientes que rangem os dentes e tem dor na face.

Esta é uma iniciativa do IFSC/USP, com o apoio da FAPESP e da empresa MMOPTICS, onde estarão vetados de participar pessoas com as seguintes características:

– Portadores de diabetes;

– Portadores de marca-passo;

– Pessoas com alterações de pressão arterial;

– Pessoas sob suspeita de infeção por COVID-19

– Grávidas;

– Portadores de fibromialgia;

Este tratamento está aprovado pelo Comité de Ética da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) sob o número CAE-09096219000008148.

Esta pesquisa de tratamento será realizada pela doutoranda Patricia Tamae, com supervisão do Dr. Vitor Hugo Panhoca e Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, pesquisadores do IFSC/USP.

Os interessados em participar desta pesquisa para tratamento da DTM deverão se inscrever, para realizar a triagem, enviando mensagem no whatsapp da pesquisadora Profa. Patricia Tamae, no número 16-99798-4665.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2020

USP e Secretaria de Educação de São Carlos juntas no projeto “Educação para Todos”

Numa feliz parceria entre a USP e a Secretaria Municipal de Educação de São Carlos, foi lançado no dia 03 do corrente mês, nas instalações da Fundação Educacional de São Carlos (FESC), o projeto denominado “Educação para Todos”, cujo principal objetivo é proporcionar o acesso dos estudantes do Ensino Fundamental I (1º ano aos 5º anos) e do Ensino Fundamental II e EJA (6º ao 9º ano) a atividades pedagógicas não presenciais, com a transmissão de videoaulas de reforço, produzidas e gravadas pela empresa de produção de vídeos educativos PROVE, parceira do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), sediada no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Participam destas transmissões as emissoras TVE, TV-USP – São Carlos, e TV Ônix.

Dentre os convidados que participaram neste lançamento presencial, que foi devidamente organizado, respeitando as medidas de segurança sanitária, estiveram presentes a Secretária Municipal de Educação, Cilmara Ruy e o diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e coordenador do CEPOF, Prof. Vanderlei Bagnato.

Para Cilmara Ruy, o nome escolhido para esta iniciativa – “Educação para Todos” – praticamente diz tudo, ou seja, o objetivo é que todos tenham acesso à Educação, através de soluções que auxiliem os jovens alunos a superarem as dificuldades causadas pela pandemia da COVID-19. “Fomos desenvolvendo ações que permitissem ajudar nossos alunos e aí surgiu a hipótese de realizar videoaulas, numa estreita parceria com a USP de São Carlos, e principalmente com o Prof. Vanderlei Bagnato e aí consolidamos um formato adequado para os nossos jovens alunos”, pontuou a Secretária Municipal de Educação, sublinhando o esforço que foi feito pela Prefeitura Municipal de São Carlos e pela USP de São Carlos. “As videoaulas tiveram a colaboração de professoras da rede municipal, que viram seu trabalho valorizado com a qualidade dos recursos oferecidos pela USP e pelo IFSC. De fato, é a primeira vez que estamos tendo contato com o sistema de videoaulas e só me resta agradecer aos professores e ao Prof. Vanderlei Bagnato, pedindo para que todos dêem sua melhor colaboração neste projeto”.

“A Prefeitura Municipal de São Carlos não tem que agradecer, pois somos uma instituição de ensino e pesquisa. Não estou fazendo um favor, já que é minha obrigação enquanto educador”. Foi assim que o Prof. Vanderlei Bagnato iniciou seu discurso improvisado, tendo seguidamente parabenizado os professores que contribuiram para a realização das videoaulas, enfatizando que “a escola é um lugar onde também se aprende a ser cidadão”.

Para Vanderlei Bagnato, os professores são verdadeiros heróis, sendo que a função do poder público é assumir a gestão e organização da educação. “Esta iniciativa comprova exatamente isso”, acrescentou o diretor do IFSC/USP, que terminou seu discurso afirmando: “Este material agora produzido deverá ser um ponto de apoio para a organização de mais ações similares para consolidar o projeto no futuro, mesmo que retomemos ao “normal”. Os dirigentes têm que ter a mesma coragem demonstrada agora pela Secretaria Municipal de Educação de São Carlos. A USP está totalmente disponível não só para este projeto, como para outros que venham a ser cogitados”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2020

Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior é eleito membro titular da ABC

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, foi eleito, no passado dia 03 de novembro, Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), na área de Ciências Físicas, em Assembleia-Geral Ordinária realizada pela entidade, onde também foram eleitos Membros Correspondentes, Colaboradores e Afiliados.

Osvaldo Novais tomará posse no dia 01 de janeiro, juntamente com os restantes eleitos, em cerimônia que será avaliada pela ABC devido à pandemia.

A comunidade do Instituto de Física de São Carlos congratula o Prof. Osvaldo por sua eleição.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de dezembro de 2020

FO/UNESP e IFSC/USP conquistam prêmio conjunto no 12º SBENDO

Um trabalho conjunto elaborado por pesquisadores da Faculdade de Odontologia da UNESP (Campus de Araraquara) e do IFSC/USP, apresentado de forma virtual na décima segunda edição do Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Endodontia (SBEndo), que este ano se subordinou ao tema O impacto da ciência e tecnologia no protocolo clínico, conquistou o primeiro lugar na categoria “Poster Científico”.

O trabalho foi assinado pelos pesquisadores Fernanda Ferrari Torres, Jáder Camilo Pinto, Juliane Maria Guerreiro-Tanomaru e Mário Tanomaru-Filho (todos da Faculdade de Odontologia da UNESP) e por Éverton Lucas-Oliveira e Tito José Bonagamba, do IFSC/USP, que contribuíram com sua expertise na técnica de microtomografia por raios-x (microct).

O título deste trabalho premiado foi Obturação de canais curvos: Avaliação por MICROCT variando tamanhos de Voxel e Métodos de Segmentação”.

A Sociedade Brasileira de Endodontia é uma entidade que busca promover a Endodontia como campo de estudo e atuação, valorizando os pesquisadores e profissionais dessa especialidade através de ações que auxiliam na formação e aperfeiçoamento dos endodontistas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de dezembro de 2020

Em experimentos realizados nos LSND e FERMILAB – O quarto Neutrino

Resultados experimentais (Fermilab). Probabilidade de oscilação dos neutrinos versus distância (em escala logarítmica). Neutrinos do múon (vermelho), Neutrinos do tau (azul), Neutrinos do elétron (verde) e Neutrinos estéril (cinza). – Crédito: American Physical Society/ Carin Cain

Por: Prof. Roberto N. Onody*

Os neutrinos são partículas elementares que interagem através da força gravitacional e da força nuclear fraca. São muito evasivos e de difícil detecção. Eles são produzidos pela interação fraca e estão sempre associados a um lépton carregado: um elétron, um múon ou um tau. Dizemos que há 3 tipos de neutrinos ou 3 sabores (na linguagem da mecânica quântica). Há cerca de duas décadas sabe-se que esses três tipos podem se transformar uns nos outros – a chamada oscilação do neutrino. Essa descoberta levou ao Prêmio Nobel de Física de 2015.

A possibilidade de existir um quarto neutrino, o neutrino estéril, surgiu após os resultados de experimentos realizados no Laboratório Nacional de Los Álamos (LSND) e no Fermilab (Mini Booster Neutrino Experiment, MiniBooNE) 1.  Esses experimentos detectaram um excesso de neutrinos do elétron a partir de um feixe de neutrinos do múon. Para reconciliar os dados experimentais com a teoria, foi proposto um quarto neutrino. Eles calcularam que diferença da massa ao quadrado entre o neutrino estéril e do neutrino do elétron, isto é, m2estéril – m2elétron, deveria ser de 1 eV2 (eletronvolt ao quadrado).

O neutrino estéril não interage pela força fraca, mas poderia participar do processo de oscilação dos outros três (ativos) neutrinos e, eventualmente, causar a transformação do neutrino do múon em neutrino do elétron em curtas distâncias.

Se ele existir, o Modelo Padrão (atualmente, nossa melhor teoria para as partículas elementares e suas interações) teria de ser modificado ou estendido. Os neutrinos estéreis seriam também ótimo candidatos para compor a Matéria Escura, com consequências importantes na Cosmologia.

A distância necessária para que um neutrino se transforme em outro tipo de neutrino, depende das energias dos neutrinos envolvidos e da diferença de suas massas ao quadrado.

Recentemente 2, dois enormes grupos internacionais de pesquisa, com mais de 260 cientistas, realizaram experimentos que testaram a existência do neutrino estéril.

O grupo MINOS+ 2 investigou o desaparecimento de neutrinos do múon, produzidos por um acelerador no Fermilab. Com seus detectores posicionados a distâncias entre 1 e 735 km, eles obtiveram a curva de probabilidade de oscilação do neutrino como função da distância3 (veja figura). Vemos que a probabilidade de formação do quarto neutrino é praticamente nula, a não ser a curtas distâncias de uns poucos quilômetros. Por outro lado, a uma distância de cerca de 500 km, a probabilidade de o neutrino do múon ter-se transformado em neutrino do tau é de quase 50%.

Já o grupo Daya Bay 2, na China, acompanhou o desaparecimento de anti -neutrinos do elétron produzidos por seis reatores nucleares, com 8 detetores colocados a distâncias entre 360m e 1,9 km.

Os grupos do MINOS+ e do Daya Bay combinaram, então, seus dados. Seus resultados eliminaram qualquer possibilidade de que a diferença dos quadrados das massas do neutrino estéril e do neutrino do elétron (mass splitting) esteja no intervalo entre 10 – 4 a 10 3 eV2, o que contradiz o valor de 1 eV2, estimado pelos próprios autores que propuseram a existência do neutrino estéril 1.

Conclusão – muito embora a existência do neutrino estéril ainda não possa ser totalmente descartada, sua realidade é bastante improvável.

Referências:

1 A. Aguilar et al. (LSND Collaboration), Phys. Rev. D 64, 112007 (2001) e A. Aguilar-Arevalo et al. (MiniBooNE Collaboration), Phys. Rev. Lett. 110, 161801 (2013).

2 P. Adamson et al, Phys. Rev. Lett. 125, 071801 (2020)

3 V. Niro e P. Machado, Physics 13, 123 (2020)

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

(Agradecimento: Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

27 de novembro de 2020

Bio-impressão 3D para o estudo do aneurisma cerebral

Por: Prof. Roberto N. Onody*

Um aneurisma cerebral é uma dilatação anormal da parede de uma artéria no cérebro que, ao romper-se, provoca hemorragia que pode resultar num acidente vascular cerebral (AVC). No AVC há perda de circulação e oxigenação do cérebro que, se não socorrido prontamente, pode levar ao óbito.

O modelo de aneurisma bio-impresso. Em verde, as células endoteliais, em vermelho o coágulo. (Crédito: Jang et al. 1)

Os aneurismas podem ser congênitos ou formados por traumas, infecções e hipertensão arterial. Acredita-se que 1 em cada 15 pessoas desenvolva um aneurisma ao longo de sua vida. Após a ruptura do aneurisma cerebral, há cerca de 25% de probabilidade de morrer em 24 horas, 25% de vir a falecer em 3 meses e 25% de deixar uma sequela permanente. O socorro médico, em geral, consiste em dois tratamentos: clipagem do aneurisma com microcirurgia intracraniana e endovascular, com a embolização ou oclusão do aneurisma com stents ou espirais de platina. Após a inserção da mola de platina no saco formado pelo aneurisma, forma-se um trombo que estanca a hemorragia. O tratamento endovascular tem sido o preferido pelos médicos nos últimos anos, pois é menos invasivo, mais barato e o paciente permanece menos tempo hospitalizado. Dessa maneira, a pesquisa recente tem sido direcionada para desenvolver novos dispositivos e novos materiais para a técnica endovascular. Certamente, uma avaliação in vitro da performance de coagulação desses dispositivos e de previsão antecipada dos seus efeitos, antes de implantá-los no paciente, é muito importante.

Com esse objetivo, cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore1 (EUA) utilizaram hidrogel de fibrina-gelatina para imprimir, em 3D, uma estrutura na forma de um aneurisma. O material utilizado – hidrogel de fibrina-gelatina, foi escolhido por dois motivos: ter a mesma rigidez mecânica dos tecidos cerebrais e por ser transparente, permitindo visualizar e medir a variação do fluxo do plasma nos vasos bio-impressos. Isso tornou possível a equipe comparar seus resultados experimentais com aqueles computacionais, baseados em modelos 3D de dinâmica dos fluidos.

Esses vasos bio-impressos tiveram suas paredes internas revestidas com células endoteliais microvasculares do cérebro humano. Em seguida, eles injetaram plasma sanguíneo de bovinos nos vasos. Controlando a velocidade do plasma, eles provocaram hemorragia no saco do aneurisma (pré-fabricado na junção de três vasos, veja figura). Iniciaram então, o tratamento médico propriamente dito. Conduziram, através de um micro cateter, uma espiral de platina até o aneurisma.  Em pouco tempo, eles observaram a formação de um coágulo em torno da mola de platina!

Portanto, essa técnica abre espaço para se estudar novos materiais bio-compatíveis, a eficiência de dispositivos de embolização, fornece informações hemodinâmicas e permite determinar o tempo de cura do tratamento utilizado 2.

1 Lindy K Jang , Javier A Alvarado , Marianna Pepona , Elisa M Wasson , Landon D Nash , Jason M Ortega , Amanda Randles, Duncan J Maitland , Monica L Moya and William F Hynes, Biofabrication 13 (2021) 015006

2 https://www.sciencealert.com/scientists-have-3d-printed-a-living-brain-aneurysm-out-of-human-cells

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

(Agradecimento: Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Figuras: Simptomi Bolesti e Bio-impressão 3D para o estudo do aneurisma cerebral

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de novembro de 2020

IFSC/USP – Bolsa de Pós-Doutorado em Astrofísica de Partículas

O Grupo de Astrofísica de Partículas do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo convida para aplicações para uma posição de pós-doutorado com foco especial no âmbito científico do Observatório CTA.

Os principais assuntos de interesse são: conexão de raios gama e raios cósmicos, incluindo efeitos de propagação, matéria escura, violação da invariância de Lorentz e física de chuveiros atmosféricos extensos.

Data limite para inscrições – 15 de dezembro de 2020.

A vaga está aberta a brasileiros e estrangeiros.

Exigências:

– Doutorado em física, astronomia ou equivalente, defendido nos últimos 7 anos;

– Papel ativo no cenário internacional;

– Excelentes habilidades de trabalho em equipe;

– Excelentes habilidades de comunicação e bons conhecimentos de inglês.

Condições: a bolsa de estudos é oferecida pela FAPESP dentro do Projeto Temático por um período de 12 meses. O(A) candidato(a) selecionado(a) deverá começar a trabalhar no início de 2021.

Inscrição: as inscrições devem incluir um Curriculum Vitae curto com uma lista de publicações (favor destacar 5 publicações) e endereços de e-mail de duas pessoas que possam ser contactas para referências.

As inscrições devem ser enviadas para vitor@ifsc.usp.br.

O selecionado receberá Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 7.373,10 mensais e Reserva Técnica equivalente a 15% do valor anual da bolsa para atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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