Laboratórios abertos à sociedade – IFSC/USP promove imersão no mundo da Física Quântica e celebra o “Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica”

No último dia 25 de junho, durante o período da tarde, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) transformou seus Laboratórios de Física Moderna em verdadeiros centros de descoberta e encantamento científico, ao realizar o evento “Casa Aberta IFSC/USP – Física Quântica em Ação”. A iniciativa, gratuita e aberta ao público, teve como missão […]

IFSC/USP faz chamada de pacientes diabéticos (Tipo-2) para tratamento ILIB

O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) está iniciando uma chamada de pacientes diabéticos (Tipo-2) para um projeto de tratamento com ILIB (Intravascular Laser Radiation of Blood), ou seja, irradiação de laser de modo intravascular com o objetivo de atingir o sangue – processo não invasivo. A aplicação é feita […]

Laboratórios abertos à sociedade – IFSC/USP promove imersão no mundo da Física Quântica e celebra o “Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica”

No último dia 25 de junho, durante o período da tarde, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) transformou seus Laboratórios de Física Moderna em verdadeiros centros de descoberta e encantamento científico, ao realizar o evento “Casa Aberta IFSC/USP – Física Quântica em Ação”. A iniciativa, gratuita e aberta ao público, teve como missão […]

IFSC/USP faz chamada de pacientes diabéticos (Tipo-2) para tratamento ILIB

O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) está iniciando uma chamada de pacientes diabéticos (Tipo-2) para um projeto de tratamento com ILIB (Intravascular Laser Radiation of Blood), ou seja, irradiação de laser de modo intravascular com o objetivo de atingir o sangue – processo não invasivo. A aplicação é feita […]

EVENTOS

COLÓQUIOS E SEMINÁRIOS

NOTÍCIAS

ICMC/USP publica nota de pesar pelo falecimento da professora emérita Maria Aparecida Soares Ruas

Professora do ICMC desde 1981, ela era uma reconhecida liderança na área de pesquisa em matemática, participando especialmente no estudo da Teoria de Singularidades

Com grande pesar, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, comunica o falecimento da professora emérita Maria Aparecida Soares Ruas, ocorrido no dia 30 de junho, aos 77 anos. Carinhosamente conhecida como Cidinha, ela se tornou docente do ICMC em 1981, onde fez mestrado e doutorado, tornando-se uma referência na matemática brasileira, com atuação destacada na área de pesquisa de Teoria de Singularidades .

“Hoje foi um dia muito triste para o ICMC. Perdemos uma pessoa muito querida, pela sabedoria, postura e gentileza”, lamentou o professor André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, diretor do ICMC. “Mas, ao mesmo tempo em que ficamos muito tristes, ficamos muito gratos, pela oportunidade que tivemos de conviver e aprender com a Cidinha”, completou.

Reconhecida liderança na área, a professora era membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Comitê de Avaliação de Matemática e Estatística do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além disso, era sócia fundadora e integrava a diretoria da Sociedade Brasileira de Matemática . Recentemente, em janeiro, foi recebido o Prêmio Latino-Americano de Liderança Matemática do Instituto de Ciências Matemáticas das Américas (IMSA). Em dezembro do ano passado, foi eleito membro titular da Academia Mundial de Ciências (TWAS).

Com mais de 80 artigos científicos publicados em periódicos internacionais, Cidinha participou da produção de cinco livros, e orientou alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. No ICMC, ocupou diversas cargas de liderança como chefe do Departamento de Matemática, presidente da Comissão de Pós-Graduação (em duas gestões), além de ter sido vice-diretora.

O impacto de sua atuação na matemática brasileira vai muito além da pesquisa, refletindo-se em seu compromisso com a formação de novas gerações e na internacionalização da ciência. Quem teve a oportunidade de conhecer-la confirmou que seu legado continuará para sempre vivo.

“A interação com os estudantes é do que mais gosto, sejam eles da graduação, pós-graduação ou até mesmo aqueles que já se formaram e ainda entram em contato. Aprendo com eles todo dia”, disse a professora em uma das muitas entrevistas que concedeu.

A Diretoria do ICMC se solidariza com a família e amigos neste momento de dor e informa que decretou luto oficial por três dias no Instituto. O velório será realizado nesta terça-feira, dia 1º de julho, a partir das 10h30, no Velório Municipal Nossa Senhora do Carmo, em São Carlos. O sepultamento ocorrerá no mesmo dia, às 14h30, no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Carmo, também em São Carlos.

(Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP)

A diretoria e toda a comunidade do IFSC/USP junta-se às manifestações de pesar pelo falecimento da Profª Drª Maria Aparecida Soares Ruas, endereçando à família e amigos, bem como ao ICMC/USP, os mais sentidos pêsames.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

“Programa Vem Saber” (IFSC/USP) recebe a visita de quarenta professores da região de José Bonifácio (SP)

Experimentos de baixo custo

Para além de desenvolver atividades de difusão científica para estudantes e gestores de escolas de ensino médio, principalmente com o intuito de criar oportunidades para que os alunos transformem sonhos em realização pessoal e profissional, desde 2022 que o “Programa Vem Saber”, do IFSC/USP, se dedica também, de forma organizada e sistemática, a um projeto de formação continuada de professores da rede pública estadual – matemática, química, biologia, ciências do ensino fundamental e, prioritariamente, para os professores de física – através de um formato de orientação técnica com formações de oito horas de duração. Os coordenadores dessas orientações já tiveram a oportunidade de atender diversas regiões onde as mesmas ocorreram, por meio de parcerias estabelecidas com as diretorias regionais de ensino.

No passado dia 12 de junho, o “Programa Vem Saber” recebeu em suas instalações localizadas no Conjunto de Apoio Didático (Área-2 do Campus USP de São Carlos) cerca de quarenta professores pertencentes à Diretoria Regional de Ensino de José Bonifácio (SP), que abrange dezenove cidades. “Foi a terceira vez este ano que o “Vem Saber” organizou esta formação em sua sede, aqui na USP de São Carlos, favorecendo as vivências e experiências dos professores para que tudo isso contribua em suas atividades desenvolvidas em salas de aula”, sublinha o Prof. Herbert Alexandre João, coordenador do curso. Ao longo da manhã desse dia, os professores tiveram a oportunidade de conhecer os espaços de ensino e também de extensão do “Programa Vem Saber”, bem como alguns dos laboratórios de pesquisa da USP, localizados na Área-2 do Campus da Universidade.

O destaque do período da manhã foi a visita que os professores fizeram aos laboratórios do Grupo de Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas (NaCA),  acompanhados pelo coordenador do “Programa Vem Saber”, Prof. Antonio Carlos Hernandes, bem como ao laboratório de biologia estrutural do Grupo de Biofísica e Biologia Estrutural, onde se realizam pesquisas de cristalografia de proteínas, com o acompanhamento do Prof. Otavio Thiemann. Nesses laboratórios, os professores tiveram a oportunidade de compreender como se faz pesquisa, como ela sai da universidade e vira um produto, gerando impacto social. Observaram como se faz, por exemplo, um vidro ou uma cerâmica, como se define a estrutura de uma proteína, enfim, todo o processo de pesquisa dessas áreas.

Prof. Herbert Alexandre João – Trabalhar com os docentes a parte metodológica do ensino de ciências da natureza, especialmente de física, e a abordagem de elementos e de aspectos teóricos experimentais

Sessão sobre aspectos teóricos experimentais

Profª Telma Ravagnani

No período da tarde, os professores participaram no curso apresentado pelo Prof. Herbert Alexandre João, onde o intuito foi trabalhar com os docentes a parte metodológica do ensino de ciências da natureza, especialmente de física, e a abordagem de elementos e de aspectos teóricos experimentais. “Trazer ideias de experimentos, preferencialmente de baixo custo, mas que se alinhem com o currículo do ensino médio e do ensino fundamental, é algo bastante importante, principalmente porque geram um impacto na aprendizagem dos alunos, de tal maneira que possibilitem o uso de metodologias ativas associadas ao uso desses experimentos ou ao tratamento desses conceitos, fazendo com que os alunos possam se engajar mais na aprendizagem e também superar concepções alternativas conhecidas do ponto de vista da pesquisa e ensino de ciências”, pontua o docente.

Para o coordenador do “Programa Vem Saber”, Prof. Antonio Carlos Hernandes “Esta formação de professores, que estão com a disciplina de física atribuída, seja para o ensino médio, e/ou para o ensino de ciências, do fundamental II, é muito importante porque colabora no sentido de sanar concepções equivocadas sobre temas de física. Além disso, acredito que um dos pontos principais foi fazer os professores entenderem o caráter experimental da física. Assim, apresentamos vários experimentos de baixo custo, mas com alto potencial de transmitir conceitos e ressignificar o entendimento e o engajamento dos estudantes durante as aulas de física”, sublinha o docente.

Uma oportunidade extremamente importante

A Profª Telma Ravagnani é Professora Especialista de Currículo no Núcleo Pedagógico de Ciências e Biologia da Diretoria de Ensino da Região de José Bonifácio e foi ela a responsável por trazer os professores para esta sessão do “Programa Vem Saber”. Esta visita insere-se numa parceria que estava estabelecida desde há algum tempo com o IFSC/USP, no âmbito da Competição USP de Conhecimentos e Oportunidades (CUCO). Dessa forma, além de se aproximar os alunos da Universidade, como é o intuito do “Vem Saber”, os coordenadores do programa e a Diretoria de Ensino da Região de José Bonifácio entenderam que trazer os professores pela primeira vez na USP seria uma forma excelente de eles poderem ter essa vivência, essa experiência.

Materiais simples para serem utilizados em sala de aula

“Esta é uma oportunidade muito importante, porque esta formação enriquece. Porém, estar na universidade tem um enriquecimento ainda maior porque se amplia o repertório didático-metodológico do professor. Ele vai ter uma vivência. E a oportunidade que os professores tiveram de visitar os laboratórios aproxima-os da pesquisa, da ciência, para que eles levem isso para os alunos também. É uma forma de instigar os nossos estudantes a quererem percorrer o caminho acadêmico. Que não seja estanque, que ele termina ali no ensino médio. É um trabalho constante de convencimento, de orientação, de informação”, salienta Telma Ravagnani. “O professor volta revigorado. Porque estar na universidade ele relembra o tempo passado no ensino superior. Então, ele volta com mais ânimo para engajar os seus alunos…E, com outra bagagem, outro repertório. Inclusive, o que eu acho que é muito importante, que é sempre frisado para os professores, mas nada como vivenciar, é que no experimento, para desenvolver a aprendizagem não precisa ser algo muito elaborado, muito complexo. Você tem que partir de algo que é simples, do dia-a-dia, do cotidiano, de baixo custo, e que seja capaz de desenvolver a aprendizagem de verdade. Então, acho que é isso que é o grande “tchan” da coisa”, finaliza a professora.

Profª Paula Roberta

“Entusiasmo… Meu olho brilha!”

Paula Roberta é professora na EE Dr. Anísio José Moreira, em Mirassol (SP), e foi a primeira vez que participou deste programa do “Vem Saber”. “Que sensação maravilhosa! Dá vontade de voltar a ser aluna. Levo imensas informações para passar aos meus alunos. Foi um dia fascinante, porque a gente vê a ciência na prática. Não é só a teoria de livros. A gente a vê sendo utilizada no dia a dia, nos laboratórios de pesquisa… Vou falar do meu caso, que é a minha área. Eu vi a física viva. Não a física em letras, em números…. Você vê a ciência circulando. Onde brilha o olho. Pensei, eu quero voltar a isto tudo… Eu quero isso de novo… Agora, depois de ter assistido a tudo isto, posso fazer um monte de experimentos em minha escola. Simples, de baixo custo. Você leva daqui… Entusiasmo…Entusiasmo… Renovação do amor pela matéria”, conclui a professora, feliz e emocionada.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Com participação do IFSC/USP e FCL/UNESP – Planta da medicina tradicional chinesa mostra potencial para proteger as células contra vírus respiratórios

Já imaginou se uma substância natural pudesse fortalecer nossas células e impedir que vírus respiratórios — como os da gripe ou da COVID-19 — conseguissem nos infectar? Esse foi o foco de uma pesquisa brasileira que mergulhou nas propriedades de uma molécula chamada baicaleína, encontrada em uma planta usada há séculos pela medicina tradicional chinesa (Scutellaria baicalensis / Escutelária Chinesa / Huang Qin / Raiz Dourada). Embora seja um nome pouco conhecido do público, a baicaleína pode estar entre as futuras armas no combate a infecções virais.

Os pesquisadores mostraram que essa molécula tem a capacidade de interagir com as membranas celulares humanas e, dependendo do tipo de célula, reforçar suas defesas naturais. Segundo o pesquisador do FCL/UNESP, Pedro Henrique Benites Aoki e um dos autores do estudo “Isso pode representar um novo tipo de proteção contra vírus que atacam o sistema respiratório, como o coronavírus, o vírus da gripe e o vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros”.

Um escudo invisível: como a baicaleína age nas nossas células

Todas as nossas células são envoltas por uma membrana — uma camada microscópica composta basicamente por gorduras (lipídios), que funciona como uma espécie de “parede inteligente”, controlando o que entra e sai. Quando um vírus ataca nosso corpo, ele precisa atravessar essa barreira para infectar a célula e, por isso, fortalecer essa estrutura é uma estratégia promissora para bloquear o início da infecção.

O estudo, publicado neste ano de 2025 na respeitada revista científica Langmuir (VER AQUI), investigou exatamente como a baicaleína interage com modelos de membranas celulares. Para isso, os cientistas utilizaram dois tipos diferentes de células humanas cultivadas em laboratório: as Células HEp-2, da região da faringe, que costumam ser altamente vulneráveis a infecções respiratórias, e as Células A375, da pele, que normalmente não são infectadas por vírus respiratórios.

E o que os pesquisadores descobriram foi surpreendente: Nas células HEp-2, a baicaleína ajudou a compactar e organizar melhor a membrana celular. Isso a torna mais rígida e resistente — dificultando a entrada de vírus. Já nas células A375, o efeito foi o contrário, ou seja, a membrana ficou mais fluida e desorganizada, sem efeitos protetores. Resumidamente, a baicaleína parece atuar de forma inteligente e seletiva, protegendo principalmente as células mais vulneráveis a infecções respiratórias.

Por que isso é um avanço importante?

Atualmente, a maioria dos medicamentos antivirais age, tentando impedir a sua replicação. Essa estratégia é eficaz, mas tem limitações, já que muitas vezes, quando os sintomas aparecem, o vírus já está bem instalado no organismo. Além disso, os vírus podem sofrer mutações e se tornar resistentes a esses medicamentos, como já aconteceu com várias variantes do SARS-CoV-2. A baicaleína traz uma proposta diferente, que é reforçar a defesa das células antes da infecção acontecer, tornando o corpo um terreno hostil para os vírus. Isso representa uma abordagem inovadora e complementar à medicina tradicional, podendo ser especialmente útil como forma de prevenção. Imagine um futuro em que pessoas com maior risco — como idosos, portadores de doenças respiratórias crônicas ou profissionais de saúde — possam tomar um suplemento com baicaleína para reduzir as chances de infecção em períodos de alta circulação viral. Parece promissor!

Outros benefícios da baicaleína

A baicaleína não é apenas antiviral. Ela também apresenta propriedades antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento celular, e anti-inflamatórias, que reduzem processos inflamatórios crônicos associados a várias doenças. Isso significa que seu uso pode trazer benefícios amplos à saúde, especialmente em situações que envolvem estresse celular, infecções ou lesões. Em estudos anteriores, por exemplo, a baicaleína já demonstrou proteger os pulmões de danos causados por vírus e melhorar a sobrevivência de células infectadas — inclusive em testes com o coronavírus.

O que falta para virar um medicamento?

Apesar dos resultados promissores, a baicaleína ainda não está disponível como tratamento aprovado contra infecções virais, isso porque a ciência exige um processo rigoroso para transformar descobertas de laboratório em medicamentos seguros e eficazes.

Contudo, as próximas etapas incluem:

a)Testes em células vivas e tecidos reais, para confirmar os efeitos observados em modelos simplificados;

b)Estudos em animais para entender como a baicaleína se comporta no organismo — como é absorvido, distribuído, metabolizado e eliminado;

c)Ensaios clínicos em humanos para avaliar segurança, dose ideal, possíveis efeitos colaterais e, claro, sua real eficácia;

d)Desenvolvimento de formulações práticas, como cápsulas, sprays nasais ou inaladores, que garantam que a baicaleína chegue ao local desejado — principalmente aos pulmões e vias respiratórias.

Ciência e natureza: uma parceria com grande futuro

Esse estudo mostra como a união entre a sabedoria tradicional e a pesquisa científica moderna pode gerar soluções inovadoras. Muitas vezes, a natureza já oferece moléculas potentes — e o papel da ciência é compreender como elas funcionam e como os cientistas a podem usar da melhor forma. “Num mundo que ainda enfrenta os impactos das pandemias e o surgimento de novas variantes virais, buscar estratégias que fortaleçam o organismo e atuem preventivamente é mais urgente do que nunca”, conforme afirma o docente, pesquisador do IFSC/USP e coautor deste estudo, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

A baicaleína urge como uma promessa nesse cenário e talvez, no futuro, essa molécula que hoje está nas raízes de uma planta ancestral possa estar nas farmácias, ajudando a proteger milhões de pessoas.

Bruna Alves Martins é a primeira autora deste estudo e faz parte do grupo Nanotec, coordenado pelo Prof. Dr. Pedro Henrique Benites Aoki. Ela realizou seu projeto de pesquisa de iniciação científica com bolsa Fapesp (2023/17301-5) durante a graduação em Engenharia Biotecnológica, investigando as interações moleculares do flavonoide baicaleína.

Ela segue investigando esse flavonoide agora no mestrado, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologia de Materiais (POSMAT), com bolsa Fapesp (2025/00626-4).

Para conferir esta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

IFSC /USP apresenta projeto na VIVATEC e brilha numa das maiores exibições de tecnologia da Europa

Apresentação feita pelo Prof. Vanderlei Bagnato em uma das arenas do evento, com o tema sobre saúde sempre está em evidência. Diversos professores da USP também falaram de assuntos importantes, como energia, clima e ambiente, entre outros outros

Desenvolver tecnologias, buscar parcerias e atacar problemas de alta relevância, passou a ser uma das missões de grandes instituições de ensino e pesquisa em todo mundo. Além disso, essas instituições se preocupam atualmente em mostrar o que fazem não apenas para externalizar suas conquistas, mas também para compartilhar com outras que vivem as mesmas necessidades. É assim que nascem as grandes parcerias e viabilizações tecnológicas.

A VIVATEC é uma das maiores exibições de tecnologia e desenvolvimento da Europa, uma feira que ocorreu entre os dias 11 e 14 de junho na cidade de Paris, tendo contado com a participação de mais de sessenta países e acolhendo cerca de vinte e cinco mil visitantes, com a participação de importantes organizações científicas e instituições de pesquisa.

A Universidade de São Paulo (USP) apresentou-se junto com a FAPESP em um funcional stand onde foram apresentados projetos de grandes áreas de interesse, como saúde, energia renovável, mobilidade urbana, eletrônica e sensores, e meio ambiente.  Dentre os projetos escolhidos para serem apresentados estiveram dois desenvolvidos pelo IFSC/USP e CEPOF: o primeiro, que consiste na quebra da resistência bacteriana aos antibióticos e o tratamento da pneumonia resistente, utilizando ação fotodinâmica; e o segundo, consistindo no uso do mesmo princípio para evitar infecções durante o processo de intubação de pacientes em hospitais.

Maquetes especiais demonstraram ao público os princípios de funcionamento da tecnologia

A exibição desses projetos foi feita no espaço de eventos, através de protótipos que explicaram os processos, sendo que as apresentações foram realizadas em um dos auditórios da feira. As tecnologias desenvolvidas foram extremamente bem recebidas, com visitação constante no stand de autoridades, delegações estrangeiras e empresas de diversos setores, especialmente de especialistas do Instituto Pasteur de Paris.

O professor da USP, Carlos Labate, o Secretário do Estado de São Paulo de C&T, Prof. Vahan Agopyan, Prof. Vanderlei Bagnato e o Reitor da USP, Prof. Carlotti, presentes no evento para fortalecer a presença da USP dentro da relevância que merece

A técnica para tratamento de pneumonia, que já foi demonstrada em experimentos in vitro, pequenos animais e porcos, segue agora para uma experimentação com ovelhas através do desenvolvimento natural de pneumonia, que está sendo feita em colaboração com a Texas A&M University dos EUA.

Vista parcial da feira

Em linhas gerais, a técnica usa processos amplamente estudados pelos laboratórios de biofotônica do IFSC/USP e CEPOF, que consiste na ativação de drogas, com luz, que destroem microrganismos através da geração intensa de radicais livres.  O processo começa através da inalação de uma substância fotossensível que carrega as moléculas para os pulmões, promovendo a absorção pelas colônias bacterianas. Em seguida, um sistema de lasers, desenvolvido em parceria com a empresa MMO de São Carlos através de um programa EMBRAPII, opera no infravermelho e realiza a iluminação externa no corpo, chegando dessa forma às diversas regiões infectadas, causando a eliminação parcial da infecção e promovendo a quebra da resistência aos antibióticos. Em seguida, a administração do antibiótico ajuda a eliminar totalmente a infecção.

Segundo o pesquisador responsável pela pesquisa, o docente do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato “A pesquisa é de grande relevância pois ataca um dos problemas mais sérios que temos, que é a eliminação de infecções que não respondem aos antibióticos. Já estamos realizando a eliminação das infecções de garganta com a mesma técnica, mas o desafio da pneumonia é especial por ser de alta complexidade“, explica o pesquisador.

O problema é de grande urgência e os diversos pesquisadores do CEPOF envolvidos na resolução deste problema – Vanderlei Bagnato, Cristina Kurachi, Kate Blanco e diversos alunos e pós-doutores – trabalham de forma intensa para se chegar rapidamente aos seres humanos e minimizar o crescimento dos milhares de mortes causadas pela pneumonia resistente em todo mundo. “O fato de tornarmos as bactérias susceptíveis novamente aos antibióticos é de extrema importância, pois temos, sim, excelentes antibióticos, apenas temos que eliminar os mecanismos criados pelas bactérias para não mais reagirem a eles, e isto já demonstramos” conclui Bagnato.

As propostas e novas tecnologias desenvolvidas pelo IFSC/USP e CEPOF sempre estão dentro dos grandes desafios que a ciência enfrenta hoje, para ter a relevância necessária em resolver grandes problemas.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

IFSC EM PROL DA SOCIEDADE

IFSC/USP faz chamada de pacientes diabéticos (Tipo-2) para tratamento ILIB

O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) está iniciando uma chamada de pacientes diabéticos (Tipo-2) para um projeto de tratamento com ILIB (Intravascular Laser Radiation of Blood), ou seja, irradiação de laser de modo intravascular com o objetivo de atingir o sangue – processo não invasivo. A aplicação é feita […]

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Já imaginou se uma substância natural pudesse fortalecer nossas células e impedir que vírus respiratórios — como os da gripe ou da COVID-19 — conseguissem nos infectar? Esse foi o foco de uma pesquisa brasileira que mergulhou nas propriedades de uma molécula chamada baicaleína, encontrada em uma planta usada há séculos pela medicina tradicional chinesa […]

Com participação do IFSC/USP – Cientistas brasileiros criam composto que bloqueia e elimina células do câncer de pele mais agressivo

Nova substância à base de metal raro mostra potencial para frear o crescimento do melanoma e provocar a morte das células doentes sem afetar as saudáveis; descoberta pode abrir caminho para tratamentos mais seguros e eficazes Pesquisadores brasileiros estão mais próximos de oferecer uma nova esperança para o tratamento do melanoma, o tipo mais perigoso […]

Estudo revela a “agressividade” em bactéria comum em gestantes – Resistência a antibióticos e risco de infecções graves

Um estudo recente feito por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e publicado no passado mês de março na revista científica Pathogens, deu a conhecer uma descoberta preocupante sobre a bactéria Streptococcus agalactiae, conhecida popularmente como estreptococo do grupo B (GBS). Presente naturalmente no organismo de […]