Dia 25 de junho – Instituto abre as portas de seus laboratórios para a sociedade

No próximo dia 25 de junho, a partir das 14h00, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) abrirá as portas dos seus Laboratórios de Física Moderna a toda a população, com o intuito de dar a conhecer a Física Quântica de forma acessível e envolvente. O evento, denominado “Casa Aberta IFSC/USP – Física Quântica […]

Dia 25 de junho – Instituto abre as portas de seus laboratórios para a sociedade

No próximo dia 25 de junho, a partir das 14h00, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) abrirá as portas dos seus Laboratórios de Física Moderna a toda a população, com o intuito de dar a conhecer a Física Quântica de forma acessível e envolvente. O evento, denominado “Casa Aberta IFSC/USP – Física Quântica […]

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Com participação do IFSC/USP e FCL/UNESP – Planta da medicina tradicional chinesa mostra potencial para proteger as células contra vírus respiratórios

Já imaginou se uma substância natural pudesse fortalecer nossas células e impedir que vírus respiratórios — como os da gripe ou da COVID-19 — conseguissem nos infectar? Esse foi o foco de uma pesquisa brasileira que mergulhou nas propriedades de uma molécula chamada baicaleína, encontrada em uma planta usada há séculos pela medicina tradicional chinesa (Scutellaria baicalensis / Escutelária Chinesa / Huang Qin / Raiz Dourada). Embora seja um nome pouco conhecido do público, a baicaleína pode estar entre as futuras armas no combate a infecções virais.

Os pesquisadores mostraram que essa molécula tem a capacidade de interagir com as membranas celulares humanas e, dependendo do tipo de célula, reforçar suas defesas naturais. Segundo o pesquisador do FCL/UNESP, Pedro Henrique Benites Aoki e um dos autores do estudo “Isso pode representar um novo tipo de proteção contra vírus que atacam o sistema respiratório, como o coronavírus, o vírus da gripe e o vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros”.

Um escudo invisível: como a baicaleína age nas nossas células

Todas as nossas células são envoltas por uma membrana — uma camada microscópica composta basicamente por gorduras (lipídios), que funciona como uma espécie de “parede inteligente”, controlando o que entra e sai. Quando um vírus ataca nosso corpo, ele precisa atravessar essa barreira para infectar a célula e, por isso, fortalecer essa estrutura é uma estratégia promissora para bloquear o início da infecção.

O estudo, publicado neste ano de 2025 na respeitada revista científica Langmuir (VER AQUI), investigou exatamente como a baicaleína interage com modelos de membranas celulares. Para isso, os cientistas utilizaram dois tipos diferentes de células humanas cultivadas em laboratório: as Células HEp-2, da região da faringe, que costumam ser altamente vulneráveis a infecções respiratórias, e as Células A375, da pele, que normalmente não são infectadas por vírus respiratórios.

E o que os pesquisadores descobriram foi surpreendente: Nas células HEp-2, a baicaleína ajudou a compactar e organizar melhor a membrana celular. Isso a torna mais rígida e resistente — dificultando a entrada de vírus. Já nas células A375, o efeito foi o contrário, ou seja, a membrana ficou mais fluida e desorganizada, sem efeitos protetores. Resumidamente, a baicaleína parece atuar de forma inteligente e seletiva, protegendo principalmente as células mais vulneráveis a infecções respiratórias.

Por que isso é um avanço importante?

Atualmente, a maioria dos medicamentos antivirais age, tentando impedir a sua replicação. Essa estratégia é eficaz, mas tem limitações, já que muitas vezes, quando os sintomas aparecem, o vírus já está bem instalado no organismo. Além disso, os vírus podem sofrer mutações e se tornar resistentes a esses medicamentos, como já aconteceu com várias variantes do SARS-CoV-2. A baicaleína traz uma proposta diferente, que é reforçar a defesa das células antes da infecção acontecer, tornando o corpo um terreno hostil para os vírus. Isso representa uma abordagem inovadora e complementar à medicina tradicional, podendo ser especialmente útil como forma de prevenção. Imagine um futuro em que pessoas com maior risco — como idosos, portadores de doenças respiratórias crônicas ou profissionais de saúde — possam tomar um suplemento com baicaleína para reduzir as chances de infecção em períodos de alta circulação viral. Parece promissor!

Outros benefícios da baicaleína

A baicaleína não é apenas antiviral. Ela também apresenta propriedades antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento celular, e anti-inflamatórias, que reduzem processos inflamatórios crônicos associados a várias doenças. Isso significa que seu uso pode trazer benefícios amplos à saúde, especialmente em situações que envolvem estresse celular, infecções ou lesões. Em estudos anteriores, por exemplo, a baicaleína já demonstrou proteger os pulmões de danos causados por vírus e melhorar a sobrevivência de células infectadas — inclusive em testes com o coronavírus.

O que falta para virar um medicamento?

Apesar dos resultados promissores, a baicaleína ainda não está disponível como tratamento aprovado contra infecções virais, isso porque a ciência exige um processo rigoroso para transformar descobertas de laboratório em medicamentos seguros e eficazes.

Contudo, as próximas etapas incluem:

a)Testes em células vivas e tecidos reais, para confirmar os efeitos observados em modelos simplificados;

b)Estudos em animais para entender como a baicaleína se comporta no organismo — como é absorvido, distribuído, metabolizado e eliminado;

c)Ensaios clínicos em humanos para avaliar segurança, dose ideal, possíveis efeitos colaterais e, claro, sua real eficácia;

d)Desenvolvimento de formulações práticas, como cápsulas, sprays nasais ou inaladores, que garantam que a baicaleína chegue ao local desejado — principalmente aos pulmões e vias respiratórias.

Ciência e natureza: uma parceria com grande futuro

Esse estudo mostra como a união entre a sabedoria tradicional e a pesquisa científica moderna pode gerar soluções inovadoras. Muitas vezes, a natureza já oferece moléculas potentes — e o papel da ciência é compreender como elas funcionam e como os cientistas a podem usar da melhor forma. “Num mundo que ainda enfrenta os impactos das pandemias e o surgimento de novas variantes virais, buscar estratégias que fortaleçam o organismo e atuem preventivamente é mais urgente do que nunca”, conforme afirma o docente, pesquisador do IFSC/USP e coautor deste estudo, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

A baicaleína urge como uma promessa nesse cenário e talvez, no futuro, essa molécula que hoje está nas raízes de uma planta ancestral possa estar nas farmácias, ajudando a proteger milhões de pessoas.

Bruna Alves Martins é a primeira autora deste estudo e faz parte do grupo Nanotec, coordenado pelo Prof. Dr. Pedro Henrique Benites Aoki. Ela realizou seu projeto de pesquisa de iniciação científica com bolsa Fapesp (2023/17301-5) durante a graduação em Engenharia Biotecnológica, investigando as interações moleculares do flavonoide baicaleína.

Ela segue investigando esse flavonoide agora no mestrado, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologia de Materiais (POSMAT), com bolsa Fapesp (2025/00626-4).

Para conferir esta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

IFSC /USP apresenta projeto na VIVATEC e brilha numa das maiores exibições de tecnologia da Europa

Apresentação feita pelo Prof. Vanderlei Bagnato em uma das arenas do evento, com o tema sobre saúde sempre está em evidência. Diversos professores da USP também falaram de assuntos importantes, como energia, clima e ambiente, entre outros outros

Desenvolver tecnologias, buscar parcerias e atacar problemas de alta relevância, passou a ser uma das missões de grandes instituições de ensino e pesquisa em todo mundo. Além disso, essas instituições se preocupam atualmente em mostrar o que fazem não apenas para externalizar suas conquistas, mas também para compartilhar com outras que vivem as mesmas necessidades. É assim que nascem as grandes parcerias e viabilizações tecnológicas.

A VIVATEC é uma das maiores exibições de tecnologia e desenvolvimento da Europa, uma feira que ocorreu entre os dias 11 e 14 de junho na cidade de Paris, tendo contado com a participação de mais de sessenta países e acolhendo cerca de vinte e cinco mil visitantes, com a participação de importantes organizações científicas e instituições de pesquisa.

A Universidade de São Paulo (USP) apresentou-se junto com a FAPESP em um funcional stand onde foram apresentados projetos de grandes áreas de interesse, como saúde, energia renovável, mobilidade urbana, eletrônica e sensores, e meio ambiente.  Dentre os projetos escolhidos para serem apresentados estiveram dois desenvolvidos pelo IFSC/USP e CEPOF: o primeiro, que consiste na quebra da resistência bacteriana aos antibióticos e o tratamento da pneumonia resistente, utilizando ação fotodinâmica; e o segundo, consistindo no uso do mesmo princípio para evitar infecções durante o processo de intubação de pacientes em hospitais.

Maquetes especiais demonstraram ao público os princípios de funcionamento da tecnologia

A exibição desses projetos foi feita no espaço de eventos, através de protótipos que explicaram os processos, sendo que as apresentações foram realizadas em um dos auditórios da feira. As tecnologias desenvolvidas foram extremamente bem recebidas, com visitação constante no stand de autoridades, delegações estrangeiras e empresas de diversos setores, especialmente de especialistas do Instituto Pasteur de Paris.

O professor da USP, Carlos Labate, o Secretário do Estado de São Paulo de C&T, Prof. Vahan Agopyan, Prof. Vanderlei Bagnato e o Reitor da USP, Prof. Carlotti, presentes no evento para fortalecer a presença da USP dentro da relevância que merece

A técnica para tratamento de pneumonia, que já foi demonstrada em experimentos in vitro, pequenos animais e porcos, segue agora para uma experimentação com ovelhas através do desenvolvimento natural de pneumonia, que está sendo feita em colaboração com a Texas A&M University dos EUA.

Vista parcial da feira

Em linhas gerais, a técnica usa processos amplamente estudados pelos laboratórios de biofotônica do IFSC/USP e CEPOF, que consiste na ativação de drogas, com luz, que destroem microrganismos através da geração intensa de radicais livres.  O processo começa através da inalação de uma substância fotossensível que carrega as moléculas para os pulmões, promovendo a absorção pelas colônias bacterianas. Em seguida, um sistema de lasers, desenvolvido em parceria com a empresa MMO de São Carlos através de um programa EMBRAPII, opera no infravermelho e realiza a iluminação externa no corpo, chegando dessa forma às diversas regiões infectadas, causando a eliminação parcial da infecção e promovendo a quebra da resistência aos antibióticos. Em seguida, a administração do antibiótico ajuda a eliminar totalmente a infecção.

Segundo o pesquisador responsável pela pesquisa, o docente do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato “A pesquisa é de grande relevância pois ataca um dos problemas mais sérios que temos, que é a eliminação de infecções que não respondem aos antibióticos. Já estamos realizando a eliminação das infecções de garganta com a mesma técnica, mas o desafio da pneumonia é especial por ser de alta complexidade“, explica o pesquisador.

O problema é de grande urgência e os diversos pesquisadores do CEPOF envolvidos na resolução deste problema – Vanderlei Bagnato, Cristina Kurachi, Kate Blanco e diversos alunos e pós-doutores – trabalham de forma intensa para se chegar rapidamente aos seres humanos e minimizar o crescimento dos milhares de mortes causadas pela pneumonia resistente em todo mundo. “O fato de tornarmos as bactérias susceptíveis novamente aos antibióticos é de extrema importância, pois temos, sim, excelentes antibióticos, apenas temos que eliminar os mecanismos criados pelas bactérias para não mais reagirem a eles, e isto já demonstramos” conclui Bagnato.

As propostas e novas tecnologias desenvolvidas pelo IFSC/USP e CEPOF sempre estão dentro dos grandes desafios que a ciência enfrenta hoje, para ter a relevância necessária em resolver grandes problemas.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Com novas tecnologias – Pacientes com fibromialgia permanecem vários anos sem processos dolorosos

Duas pacientes com fibromialgia relatam ausência de dores ao longo de vários anos, após realizarem tratamentos com ação combinada de laser e ultrassom na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), uma infraestrutura sediada na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC), ao abrigo de uma parceria que completou recentemente dez anos.

Esses tratamentos foram essenciais para a diminuição das dores causadas pela fibromialgia nestas duas pacientes? Sim, foram, mas existem outros fatores que também se apresentaram determinantes para o bem estar e a recuperação da qualidade de vida de Joana D’Arc e de Thiacy Sant’Anna.

Joana D’Arc Ribeiro de Lima Ventura (São Paulo) – sete anos sem dores

Joana D’Arc Ribeiro de Lima Ventura (62) mora na cidade de São Paulo, no Bairro Santana e sofre de fibromialgia desde os 28 anos de idade. Sua história de saúde conta com a realização de largas centenas de exames, passagens por UTI e medicação “pesada” – incluindo morfina -, tendo chegado a se locomover com o auxílio de cadeira de rodas. Uma luz brilhou no final do túnel quando, em 2018, seu filho assistiu a uma reportagem publicada na USP de São Carlos que convocava pacientes voluntários para uma pesquisa e um tratamento inovador com a finalidade de atenuar os efeitos da fibromialgia. Joana D’Arc se inscreveu na pesquisa e foi selecionada para esse programa.

Joana D’Arc Ribeiro de Lima Ventura

“Essa pesquisa compreendia a realização de dez sessões do novo tratamento. Meu Deus… Ao final da segunda sessão cheguei no hotel por volta das quinze horas e dormi…. dormi… dormi… Capotei até às cinco horas da manhã! Fazia uns quinze ou vinte anos que eu não dormia bem, não só por causa das dores, mas também devido à dificuldade no sono, algo que também é característico da fibromialgia. Sinceramente, não estava acreditando na transformação pela qual passei quando concluí as dez sessões do tratamento, cada dia melhorando mais em todos os sentidos. Minha vida mudou completamente. As dores desapareceram, a qualidade do sono ficou fantástica, o foco, a cognição e a concentração despontaram – eu padecia muito – e, repare, comecei a ter vontade de estudar – algo que enquanto doente não tinha passado por minha cabeça”, relata Joana, de alguma forma emocionada.

Na verdade, Joana D’Arc decidiu, em 2020, fazer uma faculdade de fisioterapia e seguir a área de tratamentos de fibromialgia. “Eu trabalhava com o meu esposo numa corretora de seguros, mas exercia o meu trabalho em “home office” porque não tinha condições de caminhar nem de dirigir, ou seja, nada que envolvesse movimentos. Algum tempo após o tratamento decidi fazer a faculdade, tendo prometido a mim mesma que tudo aquilo que eu fosse estudar – graduação, mestrado, especialização -, tudo, mesmo, seria sobre fibromialgia para gritar ao mundo que essa doença existe, que judia e humilha, mas que existe algo que pode aliviar os sintomas e auxiliar na recuperação da qualidade de vida. E foi assim que me formei, abrindo, na sequência, um consultório no bairro onde resido aqui em São Paulo – Bairro Santana”, comemora Joana D’Arc.

Thiacy Sant’Anna

Em seu consultório, Joana D’Arc já atendeu – e continua a atender – centenas de pacientes fibromiálgicos utilizando os protocolos e equipamentos desenvolvidos no IFSC/USP. “Os especialistas costumam dizer que cerca de 4% da população mundial é acometida por fibromialgia, mas eu tenho certeza que essa porcentagem é muito maior. Quando os médicos chegam ao diagnóstico de fibromialgia é porque já descartaram todos as restantes hipóteses. Então, foram tantas coisas horríveis por que passei que agora consigo ver que ter ido para São Carlos e trazer para São Paulo essas novas tecnologias para ajudar mais pessoas, talvez tenha sido a missão de minha vida. Eu sei que a fibromialgia permanece comigo; às vezes, sabe, sinto algum desconforto, mas o certo é que desde junho de 2018, está completando agora sete anos, que não tenho qualquer crise, não tenho aquelas dores horrorosas e não tomo mais nenhuma medicação”, sublinha Joana D’Arc.

Joana acredita que o surgimento da fibromialgia pode ter sido causado pela perda de seu pai, há muitos anos atrás, um trauma psicológico que poderá ter sido o gatilho para toda a situação. Para manter a sua atual qualidade de vida, Joana D’Arc pratica exercícios físicos diários, como hidroginástica e natação, evitando, por outro lado, exercícios de impacto. Quanto ao futuro, Joana pretende ajudar o maior número de pacientes fibromiálgicos em seu consultório. “Se Deus quiser irei ajudar ainda muitas pessoas. Tudo isso graças à equipe do cientista do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, por ter tido essa visão inovadora, e ao Dr. Antônio Aquino Junior, da UTF, que tão bem coordena o setor de tratamentos”, conclui Joana D’Arc.

Thiacy Sant’Anna (Saquarema – RJ) – três anos sem dores

Thiacy Sant’Anna (79) mora na cidade de Saquarema (RJ) e sofre de fibromialgia desde criança, tendo a sua vida sido pautada por centenas de internamentos, muito deles no Hospital das Clínicas, em São Paulo, ao que se agravou o fato de ter tido quadros com problemas cardiológicos – quatro infartos -, embora considere que em relação a isso fez os devidos tratamentos, encontrando-se perfeitamente bem.

Foi em 2018 que um amigo de Thiacy deu a informação que estaria em execução na USP de São Carlos um novo tratamento para as consequências de fibromialgia. “Não perdi um minuto sequer, fiz minha inscrição e fui aceita. Foi tão impressionante que ainda hoje custa a acreditar. Já na segunda aplicação da série de dez sessões eu já me senti bem. Na minha quarta semana de tratamento eu já não tinha dores e regressei a casa. Contudo, em 2019 e 2022, as dores regressaram e novos tratamentos foram realizados, sendo que desde o último tratamento feito em 2022 não tenho qualquer dor, já passaram três anos”, sublinha Thiacy. Segundo ela, sua vida mudou radicalmente, e para manter a forma física e evitar que as dores regressem começou a praticar Pilates e hidroginástica, algo que virou uma rotina em sua vida, ao mesmo tempo que, independentemente de sua idade, fundou e começou a desempenhar funções em uma cooperativa de habitação.

Dr. Antonio Aquino (IFSC/USP)

Em simultâneo, Thiacy está pensando em sugerir a instalação de um equipamento dedicado ao tratamento da fibromialgia em um consultório médico em sua cidade – Saquarema (RJ). “Quero trazer esse equipamento para cá. Como minha sobrinha é enfermeira, ela pode receber o devido treinamento e utilizar esse equipamento para beneficiar muitas outras pessoas que padecem dessa doença”, finaliza Thiacy Sant’Anna.

Devolver a qualidade de vida aos pacientes

“Nosso aprendizado junto à fibromialgia não para em momento algum”, destaca o pesquisador do IFSC/USP e coordenador dos tratamentos realizados na UTF, Dr Antonio Aquino. “Desde 2017, tivemos muitos colaboradores, onde alguns ficaram pelo caminho, mas neste ano de 2025 reunimos uma equipe afinada, que quer, em cada dia que passa, fazer a diferença e não apenas na fibromialgia. Nossa felicidade em devolver a qualidade de vida, o sorriso aos pacientes é o que nos impulsiona a fazer melhor. Hoje, já estamos numa sexta versão do modelo de tratamento, monitoramos de forma diferente a evolução da intervenção com Laser e Ultrassom e estamos a poucos passos de continuar essas mudanças positivas, tudo isso sob a coordenação do Prof. Vanderlei Bagnato, sublinha Antonio Aquino.

Com efeito, além de todo esse desenvolvimento, o grupo tem ainda a missão de ensinar aos profissionais de saúde a forma correta de aplicar o tratamento, tornando-os ainda mais capacitados. “Cada vez que pensamos em fazer a diferença, lembramos da frase popular de Albert Einstein “Insanidade é fazer a mesma coisa várias vezes e esperar resultados diferentes”. Por isso, seguimos inovando”, completa o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Com participação do IFSC/USP – Cientistas brasileiros criam composto que bloqueia e elimina células do câncer de pele mais agressivo

Nova substância à base de metal raro mostra potencial para frear o crescimento do melanoma e provocar a morte das células doentes sem afetar as saudáveis; descoberta pode abrir caminho para tratamentos mais seguros e eficazes

Pesquisadores brasileiros estão mais próximos de oferecer uma nova esperança para o tratamento do melanoma, o tipo mais perigoso de câncer de pele. Em um estudo publicado na revista Pharmaceuticals, os cientistas mostraram que uma substância criada em laboratório, que combina o metal rutênio com uma molécula derivada da antraquinona, foi capaz de interromper o crescimento de células de melanoma e ainda induzir sua morte.

O melanoma é considerado um dos cânceres de pele mais agressivos por sua alta capacidade de se espalhar para outras partes do corpo. Apesar dos avanços recentes em tratamentos como a imunoterapia e medicamentos-alvo, muitos pacientes ainda enfrentam limitações, seja pela baixa resposta clínica ou pelos efeitos colaterais severos. Por isso, o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas segue sendo uma das grandes prioridades da ciência médica.

O composto desenvolvido pelos pesquisadores atua como uma espécie de bloqueio para as células tumorais. Em condições normais, as células do corpo passam por diversas etapas para crescer, se dividir e se multiplicar. O novo composto interrompe esse ciclo logo no início, impedindo que as células do melanoma avancem em sua multiplicação.

Menos danos às células saudáveis

Um dos grandes diferenciais desse novo composto é sua seletividade. Enquanto os tratamentos convencionais contra o câncer, como a quimioterapia, costumam afetar tanto células doentes quanto saudáveis, provocando efeitos colaterais como queda de cabelo, náuseas e fadiga , os testes laboratoriais com a nova substância indicaram uma ação preferencial sobre as células de melanoma, com mínima interferência nas células normais.

O que é o rutênio

O rutênio é um metal de transição ainda pouco conhecido pelo grande público, mas que apresenta propriedades químicas interessantes. Diferentemente de outros metais utilizados em terapias anticâncer, como a platina, compostos de rutênio podem ser menos tóxicos e mais eficazes na identificação e destruição seletiva de células tumorais.

Prof. Javier Ellena (IFSC/USP)

O estudo reforça o papel da química medicinal e da química bioinorgânica na criação de moléculas inteligentes, que interagem de maneira mais precisa com alvos celulares, ampliando as possibilidades de tratamentos mais seguros e eficazes.

Próximos passos

Até o momento, o composto foi testado apenas em células cultivadas em laboratório. Segundo o professor Javier Ellena, do IFSC-USP, que participou da pesquisa “ainda será necessário avançar para testes em modelos animais e, posteriormente, em humanos – um processo que pode levar vários anos”. Ainda assim, os cientistas estão otimistas já que os resultados iniciais apontam para uma estratégia promissora na luta contra o melanoma.

Se os próximos testes confirmarem o potencial da substância, ela poderá, no futuro, tornar-se uma alternativa mais eficaz e menos agressiva no combate ao câncer de pele mais perigoso.

Colaboração entre instituições brasileiras

O estudo contou com a colaboração de pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa do país, incluindo o Instituto de Química da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), o Departamento de Ciências Biomédicas da UNIFAL-MG, Departamento de Química da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), Instituto de Física de São Carlos da USP (IFSC-USP) e o Departamento de Química da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

Para acessar o artigo científico completo, publicado na Pharmaceuticals, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

IFSC EM PROL DA SOCIEDADE

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