Colóquios IFSC – Colloquium Diei

Notícias
5 de abril de 2024

Quarks, glúons e o momento magnético do múon

Neste colóquio, o palestrante apresentou alguns resultados da pesquisa em Física de Partículas — com foco na Cromodinâmica Quântica (QCD) — realizada por seu grupo, no IFSC/USP, nos últimos anos.

Irá focar, na segunda metade do colóquio, no momento magnético anômalo do múon (conhecido como “g-2”), sua importância para a física atual e qual o status da determinação desta grandeza no Modelo Padrão da Física de Partículas.

As recentes contribuições de seu grupo de pesquisa relativas à compreensão detalhada da componente de g-2 devida à QCD foram igualmente discutidas.

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de dezembro de 2023

O Prêmio Nobel de Física de 2023 e seu impacto científico, tecnológico e social

O IFSC/USP organizou no dia 01 de dezembro o seu último colóquio do ano de 2023, tendo como palestrante o Prof. Anderson S. L. Gomes, do Departamento de Física da UFPE, que fez sua apresentação de forma remota

Com o título “O Prêmio Nobel de Física de 2023 e seu impacto científico, tecnológico e social”, o convidado enfatizou que o citado Prêmio, edição 2023, foi concedido “pelos métodos experimentais que geram pulsos de luz de atosegundos para o estudo de dinâmica de eletrons na matéria”.

Em sua apresentação, o Prof. Anderson descreveu o caminho que levou Anne L”Huillier, Pierre Agostini e Ferenc Krausz a serem os agraciados, tendo descrito, na primeira parte da palestra, como as técnicas de geração pulsos ultracurtos na faixa de ps até fs evoluíram deste a invenção do laser em 1960 até o final dos anos 1980. Seguidamente, destacou as mudanças que permitiram a geração de pulsos de fentosegundos bem como a técnica de “chirped pulse amplificação” que premiou a Gerard Mourou e Donna Strickland o Nobel Física de 2018.

A partir da possibilidade de pulsos de altíssimas intensidades (> pW/cm2) foi possível, a partir da interação luz-matéria, a geração de pulsos com duração de atosegundos.

Já no final de sua apresentação, o palestrante mostrou aplicações potenciais, algumas já em andamento, de pulsos de atosegundos em tecnologia quântica e biofotônica.

(Rui Sintra – Jornalista)

24 de novembro de 2023

Química medicinal e descoberta de fármacos para doenças tropicais negligenciadas

O Prof. Leonardo Luiz (IFSC/USP) foi o palestrante convidado de mais um colóquio promovido pelo nosso Instituto e que ocorreu no dia 24 de novembro, tendo dissertado sobre o tema “Química medicinal e descoberta de fármacos para doenças tropicais negligenciadas”.

As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) são um grupo de 20 enfermidades que afetam mais de 1 bilhão de pessoas, principalmente aquelas que vivem em condições de vulnerabilidade socioeconômica em regiões tropicais e subtropicais do mundo.

Entre as DTNs, a leishmaniose, causada por mais de 20 espécies de protozoários do gênero Leishmania, causa mais de 1 milhão de novos casos a cada ano.

A doença de Chagas, por sua vez, é endêmica na América Latina. Causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, a doença afeta cerca de 7 milhões de pessoas em todo o mundo.

As alternativas terapêuticas para ambas as doenças são insatisfatórias e, portanto, há urgência para o desenvolvimento de novos medicamentos que apresentem maior eficácia e segurança.

A integração de métodos em Química Medicinal é uma abordagem moderna para planejar novos candidatos a fármacos para o tratamento destas doenças.

Neste colóquio, o palestrante abordou o uso de estratégias em Química Medicinal baseadas na estrutura do ligante e do receptor, a otimização múltipla de parâmetros, e como estas abordagens têm sido exploradas em projetos dedicados ao desenvolvimento de novas entidades químicas para DTNs.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2023

Perspectivas para o uso da terapia fotodinâmica na redução da resistência antimicrobiana

Em mais um colóquio promovido pelo nosso Instituto, ocorrido no dia 17 de novembro, a palestrante convidada foi a Profª Kate Blanco, do próprio IFSC/USP, que dissertou sobre o tema “Perspectivas para o uso da terapia fotodinâmica na redução da resistência antimicrobiana”.

Nesta apresentação, a palestrante abordou a aplicabilidade e eficácia da terapia fotodinâmica contra microrganismos, incluindo cepas resistentes a antibióticos.

A Profª Kate apresentou os mecanismos de ação da terapia fotodinâmica e como estes diferem dos tratamentos tradicionais, oferecendo potencial redução no risco de desenvolvimento de resistência. Ela discutiu, também, o desenvolvimento de novos fotossensibilizadores com maior seletividade e eficácia, bem como estratégias para a entrega direcionada desses compostos.

Além disso, a convidada explorou a interação da terapia fotodinâmica com outras abordagens terapêuticas para tratamentos mais eficazes de infecções resistentes, sendo que, para isso, foi igualmente apresentada a aplicabilidade da terapia fotodinâmica em diferentes contextos clínicos, incluindo os desafios atuais e as direções futuras para a pesquisa em terapia fotodinâmica.

 

(Rui Sintra – jornalista)

27 de outubro de 2023

Laboratório Nacional de Agro-fotônica (Lanaf)

A Drª Débora Milori (EMBRAPA) foi a palestrante convidada do colóquio do IFSC/USP ocorrido no dia 27 de outubro, tendo dissertado sobre o “Laboratório Nacional de Agro-fotônica”. A pesquisadora apresentou o Laboratório Nacional de Agro-fotônica (Lanaf),  localizado na Embrapa Instrumentação, em São Carlos, criado em 2021 para fortalecer a área de fotônica aplicada à agricultura, ao meio ambiente e à agroindústria. É um dos onze laboratórios integrantes do Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (Sisfóton-MCTI) e foi planejado para atuar em toda a cadeia de produção de alimentos, desde a análise de insumos, atividade agrícola, sustentabilidade ambiental, industrialização e/ou comercialização.

Segundo a palestrante, a missão do Lanaf é contribuir para a segurança alimentar e para a segurança do alimento brasileiro, buscando aumento da confiança dos consumidores e abertura de novos mercados internacionais.

Organizado no modelo de laboratório multiusuários, reúne uma equipe multidisciplinar com profissionais de Centros de Pesquisa da Embrapa, de universidades e da iniciativa privada, realizando pesquisas para o desenvolvimento de métodos, equipamentos e sensores que utilizem técnicas ou dispositivos fotônicos, tais como técnicas espectroscópicas, como infravermelho, LIBS (Espectroscopia de Emissão Óptica com Plasma Induzido por Laser), fluorescência e técnicas de imagens e as aplicações podem atender a demanda tanto para avaliação em laboratório como para o campo.

A Drª Débora Milori apresentou, em sua palestra, alguns resultados de pesquisa do Lanaf, tanto em parceria com universidades, como em projetos de inovação aberta com startups e empresas do agro.

(Rui Sintra – jornalista)

16 de outubro de 2023

Navegando na C&T e Educação – Um leve apanhado da vida nesta estrada – Alegrias, tristezas e curiosidades

Foi com grande expectativa que a comunidade do IFSC/USP acompanhou o Colóquio Especial ocorrido no dia 06 de outubro do corrente ano, subordinado ao tema “Navegando na C&T e Educação – Um leve apanhado da vida nesta estrada – Alegrias, tristezas e curiosidades” e apresentado pelo Prof. Roberto L. Lobo e Silva Filho, presidente do Instituto Lobo de Pesquisa e Gestão Educacional, ex-reitor da USP e ex-diretor do IFQSC/USP.

No resumo de sua palestra, o Prof. Lobo optou apenas por informar os tópicos de sua apresentação oral, tais como: Revolta contra a desigualdade / Busca do conhecimento – a beleza da física / A luta pela ciência brasileira – inovanddo / Gestão da educação / Defesa da autonomia universitária e da gestão consequente / Experiência internacional USA e Europa / A formação de quadros para a educação superior / O combate à evasão / A tecnologia e formação de engenheiros CAPES e CNI / e, levantando debates em assuntos de educação, ciência e tecnologia, subtemas que aumentaram ainda a curiosidade de como seria a sua intervenção.

Antes mesmo do início deste colóquio, tivemos a oportunidade de dialogar com o palestrante, principalmente sobre duas das particularidades do título apresentado – alegrias e tristezas. Para o Prof. Lobo, no capítulo das alegrias, existiram duas de grande significado. A primeira foi ter sido convidado, em 1972, pelo Prêmio Nobel da Química (1968), Prof. Lars Onsager, para viajar até Miami (EUA) e participar em um simpósio de homenagem a esse laureado, onde, em sua alocução, apresentou um trabalho da autoria do Prof. Lobo. “Eu era ainda muito novo e ele era já um senhor. Sem nos conhecermos pessoalmente, o Prof. Lars me chamou para casa dele e foi sensacional essa troca de experiências e de conhecimentos. Conversamos longamente e chegou um momento em que eu expliquei para ele que estava tentando trazer para o Instituto gente madura. Sorrindo, ele disse que eu não precisava de gente madura, já que alguém como eu, que era capaz de conduzir um grupo lato, aos trinta e poucos anos, não precisaria de muito mais. Foi um incentivo muito grande que recebi dele”, comemorou, sorrindo, o Prof. Lobo. Outra alegria do Prof. Lobo foi quando ele recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Purdue (EUA), uma honraria que foi sugerida por seu orientador.

No capítulo dedicado às tristezas, o Prof. Lobo sublinhou que a maior delas foi quando saiu da reitoria da USP depois de, segundo ele, “terem sido quatro anos de imenso trabalho, muito cansaço, além de ter minha mãe doente”. O Prof. Lobo foi o primeiro reitor da USP sob o conceito da autonomia. “Tive que reeducar toda a Universidade de São Paulo com um orçamento próprio, sem o controle do Estado. Tive que mudar a forma de distribuição de recursos e tudo isso originou um trabalho muito grande, com ‘brigas’ com o governador Fleury sobre as cotas de ICMS, etc.. Quando você tem um orçamento fixo, quanto mais alunos você coloca na universidade melhor é para qualquer governo, sendo que é pior para a própria universidade, já que ela fica com muito mais gente para gerir, com a mesma verba”, sublinhou o Prof. Lobo.

Outra tristeza mencionada pelo pesquisador foi que, nesse mesmo período que esteve à frente dos destinos da USP e por ocasião da aquisição de um equipamento oriundo de Israel, ele terá sido acusado injustamente de superfaturamento do material. Nesse período, a USP era invejada por muitas outras instituições, graças à sua pujança. Então, recebemos vários equipamentos de Israel, sendo que o pagamento era feito através de troca por café, uma negociação que nesse tempo era perfeitamente legal, sem a introdução de divisas. De repente, surgiu um escândalo nos jornais provocado por um professor do Estado de São Paulo, alegando que esse equipamento estava superfaturado, algo perfeitamente absurdo, constatado, inclusive, pelos mais diretos colaboradores, todos docentes da USP. Isso me desgastou muito, mas, o que que mais me entristeceu foi que ninguém da Universidade de São Paulo levantou um dedo para me defender publicamente. Então, em face a isso, eu não tinha mais nada que fazer na USP, até porque a partir daí a Universidade começou a ser objeto de briga entre os partidos políticos”, concluiu o palestrante.

Este colóquio especial contou com uma introdução feita pelo Prof. Glaucius Oliva, tendo o Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, agraciado o palestrante com uma placa de homenagem em nome da Unidade.

(Rui Sintra – Jornalista)

Acompanhe a transmissão ao vivo, no dia do colóquio (sextas-feiras às 10h30).

 

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