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23 de março de 2014

O GNano como contributo para a área de Nanomedicina

Graduado em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mestre e doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais pela mesma universidade, Valtencir Zucolotto é, atualmente, livre docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e a maior parte de seus trabalhos concentra-se na promissora área de nanotecnologia. Até o momento, Valtencir já publicou mais de 125 artigos em revistas internacionais e oito capítulos de livros, além de ter ganhado destaque em diversas mídias do país por suas pesquisas relacionadas à nanomedicina e nanotoxicologia. Abaixo, confira uma entrevista que o docente concedeu ao site do IFSC, na qual fala sobre projetos já realizados, parcerias e planos futuros relacionados aos estudos desenvolvidos por seu grupo de pesquisa no Instituto.

Você pode traçar um breve histórico sobre o Grupo de Nanomedicina e Nanotecnologia (GNano) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que é GNano-Zucocoordenado por você?

Sempre trabalhei com nanomateriais. Durante meu pós-doutoramento, comecei a trabalhar com a interface entre nanomateriais e biomateriais para biossensores. Logo que passei no concurso para ser professor do IFSC, em 2006, comecei a me aprofundar ainda mais nessa interface. Foi quando nasceu o Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicidade, o LNN, com a principal temática de desenvolvimento e aplicação de materiais nos problemas da medicina. Recentemente, essa temática foi expandida, também, para o estudo de todo potencial tóxico de nanomateriais para saúde, agricultura e meio ambiente, quando foi criado o grupo GNano. Nosso grupo de pesquisa é altamente multidisciplinar, e temos físicos, químicos, engenheiros, biólogos e farmacêuticos, somando cerca de 20 pesquisadores, desde alunos de iniciação científica até pós-doutores.

Sobre as pesquisas desenvolvidas no GNano, quais são aquelas que ainda estão em andamento?

O foco é o design e desenvolvimento de novos materiais para diagnóstico e terapia do câncer e o estudo da toxicologia de nanomateriais na saúde e no ambiente.

De todas as pesquisas que vem sendo desenvolvidas, quais são as parcerias que vêm sendo feitas, tanto com centros de pesquisa nacionais como também internacionais?

Por ser uma área multidisciplinar, precisamos de parcerias. Portanto, além das parcerias com vários grupos de pesquisa e docentes do próprio IFSC, nós temos colaborações com pesquisadores da Faculdade de Medicina [FM/USP], do Instituto do Coração [Incor/USP] e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto [FMRP/USP]. Além disso, estamos inseridos dentro de duas redes de pesquisa: uma coordenada pela professora Yvone Mascarenhas [IFSC/USP], da qual sou vice-coordenador, que é a Nanobiotec da CAPES, na qual vários grupos de pesquisa do Brasil participam, somando cerca de 60 pesquisadores. A outra é uma rede de nanotoxicologia do CNPq, da qual sou coordenador, e nela há cinco instituições envolvidas, entre elas Embrapa, FMTM [Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro] e Universidade Federal do Piauí [UFPI]. Esse é nosso cenário no Brasil. No exterior, temos colaborações com o MD Anderson Cancer Center , hoje talvez o maior hospital de oncologia pediátrica dos Estados Unidos; temos colaborações na área de biossensores com a Université Joseph Fourier [França ] e com a Universidad de Valladolid [Espanha]. Inclusive, nos últimos anos, muitos alunos nossos têm ido para esse locais e vice-versa, apoiados pelos programas de intercâmbio do IFSC. Outra grande parceria nossa é com o México, através do CIMAV [Centro de Investigación en Materiales Avanzados], do Cinvestav [Centro de Investigación y de Estudios Avanzados del Instituto Politecnico Nacional]. Finalmente, temos uma colaboração que reúne IFSC, FM e Universidade do Porto [Portugal].

Sobre a pesquisa com células-tronco, realizada pelo GNano, para o monitoramento dessas células implantadas no organismo, através de nanomateriais, quais são as perspectivas?

É uma colaboração com pesquisadores do Incor e com pesquisadores do Instituto de Física [IF/USP]. A ideia é desenvolver um método de acompanhamento das células-tronco através da incorporação de partículas magnéticas que não tenham problemas de toxicidade no organismo de forma que, ao implantá-las, seja possível, por ressonância magnética por imagem, saber onde estão essas células dentro da veia coronária, perto do coração, se não estão indo para locais diferentes. Já vimos que conseguimos incorporar essas nanopartículas nas células-tronco, que conseguimos vê-las por ressonância magnética, mas in vitro. No momento, estamos fazendo testes com animais para tentar fazer essa visualização. Na realidade, essa é uma pesquisa que está andando mais devagar.

Já sobre a pesquisa que faz a quantificação dos hormônios da tireoide, quais são as projeções futuras?

Essa é uma colaboração com o Grupo de Biotecnologia Molecular do IFSC, coordenado pelo professor Igor [Polikarpov]. Ele produziu o receptor nuclear e nós transformamos essa molécula num dispositivo, um chip de detecção, descartável, com a possibilidade de identificar e, em alguns casos, de quantificar os principais hormônios da tireoide. No nível acadêmico, todas as etapas já foram realizadas, ou seja, já provamos a viabilidade científica, patenteamos e publicamos o artigo científico em revista internacional. Daí para frente, vamos avançar se houver interesse de alguém ou de alguma indústria de desenvolver protótipos para uma possível comercialização.

Caso amanhã aparecesse uma empresa disposta a comercializar esse chip, quanto tempo levaria para que começassem os testes humanos?

Nesse caso específico, como não se trata de um teste feito dentro do corpo humano, ou seja, faz-se com amostras de humanos, demora menos tempo. Mas, ainda assim, levam anos, de dois a quatro, no mínimo.

Em relação à pesquisa que faz o diagnóstico precoce da diabetes, em que patamar ela se encontra?

O chip da diabetes, resultado de uma pesquisa financiada pelo CNPq e coordenada por mim, é o tema de uma dissertação de mestrado de uma de minhas alunas. A ideia é criar um chip capaz de identificar e codificar uma proteína, a adiponectina, e medir a diminuição dessa proteína em amostras e a relação com o desenvolvimento da diabetes tipo 2. Há alguns estudos na literatura que mostram essa relação, ou seja, por alguma “desajuste” fisiológico, uma variação negativa da quantidade de adiponectina pode indicar o aparecimento futuro ou a chance do desenvolvimento da diabetes tipo 2. Baseados nessas informações da literatura, iremos desenvolver um chip que quantifique a adiponectina de maneira rápida. Isso não existe, hoje. Estamos focados na produção do chip que, por amostras de sangue do paciente, irá monitorar e ver o nível da adiponectina e o médico é que saberá interpretar esse resultado. Isso eliminará os exames caros e demorados feitos, hoje, em laboratórios para esse tipo de diagnóstico. Já estamos na metade do projeto de mestrado, conseguimos alguns resultados de detecção. O que está faltando, somente, é a otimização do dispositivo.

Sobre a pesquisa de diagnóstico rápido e mais barato de leucemia, nota-se, pelas pesquisas citadas anteriormente, que a mesma metodologia foi utilizada. Você pode dizer o que tem em comum na metodologia para todas elas e quais são as diferenças?

O que tem em comum é sempre a utilização de nanotecnologia para resolução de problemas médicos, isso permeia todos esses trabalhos. O que tem de diferente é que, no caso da leucemia, desenvolvemos um novo material com grande capacidade de enxergar células leucêmicas e outras tumorais. Uma parte já foi feita e, inclusive, com a patente em andamento. Agora, já desenvolvemos um chip que usa esse nanomaterial para fazer, por outra medida eletroquímica, e não óptica, a detecção de células leucêmicas. Agora, entraremos na terceira etapa: tratamento. Nesse caso, as nanopartículas levarão o remédio para as células leucêmicas para ver se, a entrega localizada do remédio, feita pela nanopartícula, é mais eficiente do que, simplesmente, aplicar o remédio no paciente. Isso é uma colaboração com pesquisadores do hemocentro de Ribeirão Preto [USP]. Já fizemos os testes in vitro e em Ribeirão já foram feitos testes com animais. Muito em breve teremos um novo artigo [científico] sendo processado. Portanto, a temática da leucemia está relacionada ao diagnóstico e à terapia, utilizando-se nanopartículas.

No que se refere à nanotecnologia aplicada à agricultura, você pode explicar melhor?

No GNano, nós também temos a utilização de nanomateriais no agronegócio, além do estudo da toxicidade desses materiais ao meio ambiente. Uma nova área no GNano é o estudo da toxicidade dos materiais para saúde, e sobre isso já temos diversos artigos publicados nas melhores revistas científicas internacionais. O que começamos a estudar recentemente é essa toxicidade no meio ambiente, ou seja, como os nanomateriais que vão para os rios ou qualquer outro ambiente aquático afetam algas, peixes etc. Temos duas alunas de pós-doutorado com projetos voltados a essa área. Na agricultura, fazemos pesquisas para desenvolver novos materiais que visam à melhora da eficiência para aplicação de fertilizantes e insumos agrícolas e já temos convênios do GNano, inclusive, com multinacionais. Graças a esse convênio, já montamos um centro de pesquisas, o Centro de Prospecção de Aplicação de Nanotecnologia no Agronegócio, e o principal objetivo é pensar em como a nanotecnologia pode melhorar o agronegócio, ou seja, como produzir fertilizantes menos tóxicos ao meio ambiente e mais seguros aos agricultores, por exemplo.

É possível adiantar algumas das perspectivas e planos futuros para o GNano? Quais as melhoras que se pretendem para as pesquisas já em andamento e quais as novidades que se pode esperar?

No que se refere à nossa infraestrutura, já conseguimos otimizá-la completamente, inclusive com reformas físicas (clique aqui para ver as fotos). Mas, nossos focos principais são dois: novos materiais para diagnóstico e terapias de outros tipos de câncer, mais controladas e menos agressivas, e o estudo de toxicidade de nanomateriais para o meio ambiente. Estas são linhas de pesquisa que irão perdurar no nosso grupo pelos próximos anos.

Assessoria de Comunicação

21 de março de 2014

Estrelas compactas: o melhor laboratório astrofísico do universo

Ocorreu na manhã do dia 21 de março, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), mais uma palestra do programa Colloquium diei, desta vez com o Prof. Rodrigo P. Negreiros, do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense – UFF, que ministrou o seminário Estrelas compactas: o melhor laboratório astrofísico do universo.rodrigo_negreiros300

Em sua apresentação, o docente mostrou como o estudo de estrelas compactas – objetos que nascem das extraordinárias explosões de estrelas massivas, conhecidas como Supernovas – podem nos ajudar a compreender melhor as propriedades da matéria bariônica, quando combinado com a quantidade incrível de recentes observações.

Outro destaque de sua palestra foi a apresentação dos modelos mais modernos utilizados para descrever a matéria em altas densidades, bem como as mais recentes simulações da evolução térmica de estrelas compactas.

Por fim, o professor apresentou o que se pode concluir pela comparação de suas previsões teóricas com as mais recentes observações.

Rodrigo Negreiros, que possui graduação e mestrado pela Universidade Federal Fluminense e Ph.D através da San Diego State University / Claremont Graduate University (USA), é professor no Instituto de Física da UFF e possui especialidade nas áreas de física nuclear e estrelas compactas, astrofísica relativística, métodos numéricos e física de matéria ultra-densa.

Assessoria de Comunicação

21 de março de 2014

Os caminhos do câncer de mama

Ela é a segunda neoplasia mais frequente em termos mundiais. Estamos falando do câncer de mama, um tema que foi destaque na edição do dia 18 de março de 2014 do programa Ciência às 19 Horas e que atraiu um público majoritariamente feminino. O evento, que decorreu no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), teve como palestrante o Dr. Diocésio Alves Pinto de Andrade, oncologista clínico do InORP – Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (SP).cancer300

De fato, aquele que é considerado o câncer mais prevalente e teoricamente tranquilo, é o câncer de pele não-melanoma, que apresenta lesões de pele comuns, ou seja, as tradicionais pintas na pele. Já o câncer de mama é a neoplasia mais frequente na mulher, enquanto o câncer de próstata é mais frequente no homem.

Para o Dr. Diocésio de Andrade, a explicação para o principal fator de risco no desenvolvimento do câncer de mama, nada mais é do que o fato de ser mulher: Convém recordar que o homem também pode ter câncer de mama, embora numa porcentagem muito baixa, mas pode acontecer, principalmente quando existe uma história familiar positiva. O câncer de mama é um câncer que geralmente tem um pico de incidência um pouco alto, que surge entre a quinta e sexta década de vida e, associado a isso, aparece com algumas alterações hormonais – uma alta exposição a estrógeno. Mulheres que têm a primeira menstruação muito cedo, ou têm a última menstruação muito tarde, que nunca engravidaram ou que não amamentaram, são mais propensas a desenvolver o câncer de mama: esse é o grupo de maior risco, sublinha o clínico.

Existe um grupo pequeno de tumores de câncer de mama que tem uma síndrome familiar positiva, que é uma mutação em alguns genes. O câncer de mama tem dois genes principais – e isso foi muito discutido no ano passado, quando a Angelina Jolie fez a mastectomia: nesse caso, foi a mutação dos genes BRCA1 e do BRCA2, que quando estão mutados, aumentam muito o risco do câncer de mama. Para Diocésio de Andrade, o aparecimento de um câncer de mama tem diversos motivos, não se podendo apontar uma única ou principal causa: Hábitos de vida também favorecem o desenvolvimento do câncer de mama, tais como a obesidade e o sedentarismo, embora o etilismo e o tabagismo sejam ainda temas controversos nesta área, pois não existe, por enquanto, uma relação causal entre esses dois vícios, mas os estudos demonstram uma certa probabilidade de eles eventualmente aumentarem o risco de câncer de mama, enfatiza Diocésio.

Quando falamos de câncer, em termos gerais, a forma mais eficaz para combater o mal é através da prevenção e, no câncer de mama, especificamente, existem formas de fazer uma prevenção secundária. E referimos a prevenção secundária, já que a prevenção primária consiste em um tratamento específico para que uma pessoa não desenvolva a doença: O câncer de mama não tem nenhum remédio, nenhuma mágica para o evitar. Prevenção secundária é diagnosticar cedo para você poder tratar bem e aumentar a chance de cura do paciente. Então, qual é a prevenção secundária no câncer de mama? Fazer mamografia, elucida o clínico.

diocsio375Contudo, segundo o especialista, existem duas correntes para a utilização desse exame mamográfico: a do Instituto Nacional do Câncer, que fala que a mamografia deve ser feita anualmente, entre os 50 e 69 anos de idade. Trata-se de uma política de saúde pública, então tem custo-benefício de gasto do governo. A outra corrente é subscrita pelas Sociedade Brasileira de Mastologia e Sociedade Americana de Cancerologia, que sugere que a mulher deverá fazer uma mamografia anual a partir dos 40 anos de idade. Diocésio de Andrade é a favor desta última corrente, alegando que quanto mais precoce for o exame, melhor, embora não discorde em absoluto da primeira corrente de opinião: Estudos mostram que a partir dos quarenta ou cinquenta anos, a incidência não é tão grande. Então, de forma alguma podemos considerar errado esse estudo do Governo, mas ainda assim prefiro indicar a realização desse exame a partir dos 40 anos de idade. Contudo, fazer uma mamografia antes dessa idade não adianta nada, a não ser que seja uma mulher que tenha um histórico de família com câncer de mama, ou seja, duas gerações consecutivas em que duas pessoas tiveram câncer de mama. Nesses casos, está indicado começar o rastreamento da doença de forma mais precoce, mas o exame não é mais a mamografia, mas o ultrassom de mama. Por quê? Porque a mama da pessoa mais jovem é muito densa e o raio emitido por uma mamografia não consegue diferenciar entre a densidade da mama e de um nódulo e, aí poderá haver um diagnóstico errado, aquilo que chamamos “falso negativo”. Assim, nesses casos, quem vai dar o resultado correto será o ultrassom da mama, explica o médico.

Por outro lado e para tirar algumas dúvidas, vamos supor que uma paciente desenvolve um câncer de mama, acaba por falecer devido às consequências dessa doença, e que ela tem filhos homens. O risco de eles terem um câncer em decorrência da doença da mãe é cerca de 1%, portanto, uma hipótese muito remota.

O câncer é uma realidade na vida de qualquer família, sendo difícil não haver alguém que não tenha tido um parente de primeiro grau que não teve algum tipo de câncer. É um problema que tem de se enfrentar, até porque a doença é, atualmente, um problema de saúde pública, cancerseiosendo a segunda causa de óbito no mundo, só perdendo para as doenças cardiovasculares – infarto e AVC. O câncer é uma doença terrível, porque ela sempre acha um caminho para se multiplicar, ou seja, ela descobre atalhos. Segundo Diocésio de Andrade, nos últimos dez anos, os estudos conseguiram diagnosticar várias dessas vias de acesso e, melhor do que isso, conseguiram-se desenvolver vários medicamentos contra essas vias. Só que as vias não são simples, pois cada mutação obriga a se descobrir um remédio: É uma batalha incessante: o tumor consegue entrar por um caminho, você vai, bloqueia essa via em uma determinada parte, e ele consegue fazer um desvio. Então, você sempre tem que correr atrás do câncer para “fechar as portas” e quando você fecha uma, ele dá a volta no corredor e abre outra porta. É mais ou menos esse comparativo, comenta nosso entrevistado.

Ao contrário do que se possa pensar, o câncer sempre existiu; a diferença é que não havia tecnologia para o diagnosticar, não existia qualquer método de imagem para diagnosticar um câncer, só que o intenso combate à doença teve um avanço exponencial nos últimos cinco anos: Em vez de falar em cura, eu prefiro muito mais abordar o diagnóstico precoce para aí sim, você poder fazer a cura através da cirurgia, do que demorar a diagnosticar e o câncer já estar espalhado e ficar difícil de curar. A “esperteza” do câncer para burlar todos os bloqueios é muito maior ainda do que o nosso conhecimento, conclui o médico.

Assessoria de Comunicação

20 de março de 2014

Diretrizes para a graduação da USP

Na próxima sexta-feira, dia 21 de março, pelas 14 horas, o Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes (IFSC-USP), apresentará a palestra intitulada “Diretrizes para a graduação da USP”, um evento que será coordenado pelo Prof. Dr. Artur Motheo e que ocorrerá no anfiteatro térreo do edifício Q1 – (IQSC – Instituto de Química de São Carlos).

Para se inscrever gratuitamente neste evento, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

20 de março de 2014

Acesso ao Mercado Brasil 2014

Nos dias 25 e 26 de março, ocorrerá a 2ª edição do Acesso Mercado Brasil, congresso que tem como objetivo principal a reunião de executivos do nível sênior de todo setor farmacêutico.

O evento será realizado no Hotel Mercure (São Paulo-SP) e os interessados poderão se inscrever pelo endereço eletrônico http://www.eyeforpharma.com/market-access-brazil/

Entre os palestrantes já escalados para o Congresso está Darcísio Perondi (Deputado Federal e Presidente da Frente Parlamentar da Saúde), David Uip (Secretário de Saúde de São Paulo), Ivo Bukaresky (Diretor de Gestão Institucional da ANVISA), Nelson Mussolini (Presidente Executivo da SINDUSFARMA), Marcelo de Franco (vice-diretor do Instituto BUTANTAN), Márcia Agosti (Gerente de Serviços Médicos da GE Brasil), entre outros representantes do setor de saúde e farmacêutico.

Para informações mais detalhadas sobre o evento, basta acessar seu site oficial.

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2014

Terapia Fotodinâmica: Estratégias para aumentar a eficiência de fotossensibilizadores

Por intermédio do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), ocorreu no dia 19 de março, pelas 12h50, no Anfiteatro Azul do Instituto, o seminário intitulado Estratégias para aumentar a eficiência de fotossensibilizadores em Terapia Fotodinâmica, CHRISTIAME_PAVANI2-300ministrado pela Profa. Dra. Christiane Pavani, do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP).

O entendimento dos mecanismos envolvidos nos processos fotoinduzidos é essencial para o desenvolvimento de estratégias para aumentar a eficiência de fotossensibilizadores, na Terapia Fotodinâmica.

Neste seminário, a pesquisadora abordou os parâmetros que têm se mostrado preponderantes na modulação da atividade de fotossensibilizadores em termos de danos em membranas miméticas e em células em cultura.

Christiane Pavani, que possui especialização em Gestão e Tecnologia Cosmética, é química e doutora pelo Departamento de Química da USP, de Ribeirão Preto. A docente é especialista nas áreas de síntese de porfirinas e derivados, interação de espécies reativas fotoinduzidas com sistemas biológicos (cultura de células e cabelo), fotoenvelhecimento, identificação de mecanismos e quantificação eficiência de proteção em ativos de origem natural e endocitose de nanopartículas.

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2014

Instituto de Física Teórica seleciona pesquisador permanente

O Instituto de Física Teórica da UNESP – Universidade Estadual Paulista, recebe até 30 de abril inscrições de interessados a uma vaga de pesquisador permanente em Física Teórica.

As áreas de interesse incluem Matéria Condensada, Informação Quântica, Sistemas Complexos, Átomos Frios, Gravitação/Cosmologia, Biologia Quantitativa e Mecânica Estatística. Em três anos serão abertas três vagas.

Dependendo da qualificação dos candidatos, as vagas poderão ser abertas em níveis mais altos, até o correspondente ao de professor titular.

Os interessados devem preencher o FORMULÁRIO e encaminhar currículo vitae, projeto de pesquisa e o endereço de e-mail de três professores que possam fornecer uma carta de recomendação.

Para mais informações, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2014

Divulgação dos vencedores de 2013 e novo calendário para 2014

A OBFEP-2013, Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas, edição 2013, está na sua reta final, divulgando os estudantes, professores e escolas que conquistaram prêmios em Nível Nacional.

Neste segundo ano em que a OBFEP foi aplicada nacionalmente, devido à escassez de recursos, foi limitado o número de inscrições de aluno por escola, mas, mesmo nessas condições, houve a inscrição de cerca de meio milhão de estudantes, o que demonstra, uma vez mais, o grande interesse em torno desse projeto.

A Premiação Nacional, explicitada abaixo, foi elaborada conforme o Regulamento da OBFEP 2013. As escolas indicadas na Tabela 1 são aquelas que, de acordo com o item 5.6 do Regulamento, obtiveram maior pontuação em cada Unidade da Federação (UF), sendo uma federal, uma estadual e uma municipal. Observe-se que, em algumas Unidades da Federação, não há indicação de todas as três modalidades de escola; isto se deve ao fato de nessas Unidades não existir escola dessa modalidade com alunos premiados. Em outras, existe mais que uma escola classificada por modalidade, o que se deve a empates na pontuação.

Os professores indicados, de acordo com o item 5.4.3 do Regulamento, estão divididos em duas Tabelas:

(i) Tabela 2 – professores de escolas federais (um para cada UF) que obtiveram maior número de pontos na sua respectiva UF e professores de escolas municipais (um para cada UF) e estaduais (um para cada UF) que obtiveram a maior pontuação na sua UF;

(ii) Tabela 3 – professores de escolas municipais e estaduais que obtiveram a maior pontuação na classificação nacional independente da UF.

A relação dos estudantes é feita pela ordem alfabética dos nomes e a dos professores e escolas pela ordem alfabética das Unidades da Federação (UF):

Resultados:

9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

3ª E 4ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

TABELA 1 – ESCOLAS PREMIADAS

TABELA 2 – PROFESSORES PREMIADOS POR MODALIDADE EM CADA UF

TABELA 3 – PROFESSORES DE ESCOLAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS PREMIADOS

 

Inscrições OBFEP 2014 começam no dia 22 de março

As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas 2014 ficarão abertas até o dia 17 de maio. Fique atento para ao CALENDÁRIO , REGULAMENTO  e PROGRAMA GERAL 

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2014

Prof. Tito Bonagamba toma posse

O dia 17 de março de 2014 fica marcado pela posse2014-1cerimônia de posse do novo Diretor do IFSC-USP, prof. Tito José Bonagamba, evento que ocorreu no período da manhã desse dia, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) e que foi presidido pelo Reitor da USP, Prof. Dr. Marco António Zago, tendo sido acompanhado pelo Pró-Reitor de Graduação, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes e pelo Secretário Geral da Universidade de São Paulo, Prof. Dr. Ignácio Maria Velasco.

Perante grande número de público pertencente à comunidade de nosso Instituto, de inúmeros convidados pertencentes aos altos escalões da USP e de outras instituições de ensino superior e de pesquisa, bem como representantes da Prefeitura Municipal de São Carlos, além de diversas entidades de âmbito social, a cerimônia iniciou-se com a execução do Hino Nacional, através da interpretação da soprano, Profa. Yuka de Almeida Prado, acompanhada pelo Prof. Rubens Ricciardi, docente do Departamento de Música da FFCLRP-USP, tendo-se seguido o registro de presenças, a leitura do Termo de Compromisso e a assinatura do Termo de Posse.

posse2014-2No seu discurso e após ter agradecido a todos quanto, ao longo do tempo, engrandeceram a Universidade de São Paulo e suas Unidades, Tito Bonagamba fez um agradecimento especial á própria comunidade do IFSC-USP – docentes, chefes de departamento, presidentes das diversas comissões, alunos e servidores, tendo-os englobado na denominação de “meus amigos”, justificando um pouco a emoção que sentia naquele momento – e que era visível.

Após ter feito uma retrospectiva da história da USP e da criação dos campi no interior do Estado de São Paulo que, segundo o orador, provocaram uma transformação no Brasil ao longo dos últimos 61 anos, Tito Bonagamba verteu seu discurso na criação do Instituto de Física de São Carlos (1994), novamente dentro de uma perspectiva histórica, elencando todos quantos, no decorrer dos anos, se dedicaram à gestão da Unidade – Sérgio Mascarenhas Oliveira, Eurípedes Malavolta , Enéas Salati, Milton Ferreira de Souza, Roberto Leal Lobo e Silva Filho, Horácio Carlos Panepucci, Oscar Hipólito, Yvonne Primerano Mascarenhas, Roberto Mendonça Faria, Glaucius Oliva e Antonio posse2014-4Carlos Hernandes.

O novo diretor do IFSC-USP elegeu como principais prioridades de sua gestão:

1) Manter, com todo vigor, a qualidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão já existentes no IFSC;

2) Intensificar e diversificar nossas atividades com alunos do ensino médio, envolvendo-os mais ainda nos nossos diversificados programas a eles dedicados, através do nosso Curso de Licenciatura em Ciências Exatas, bem como nas várias iniciativas que se encontram em curso – “Universitário por um dia”, “Cientista do amanhã”, “Escola de física contemporânea”, “Olimpíadas de física – em conjunto com a SBF”, entre outras, e envolvendo ações com instituições próximas à nossa Unidade, tais como a Delegacia de Ensino da Região de São Carlos, a Prefeitura de São Carlos e o CDCC.

3) Promover contínua discussão e propor aprimoramentos aos cursos de graduação e pós-graduação, acompanhando a grande atenção que está sendo dada a esse tema pela nova Gestão da USP, formando alunos com elementos que permitam suas inserções, tanto na academia quanto fora dela, aproveitando melhor as características dos profissionais da área de Física nas quatro frentes de formação que são ofertadas no IFSC-USP – Física, Física Computacional, Ciências Físicas e Biomoleculares e Licenciatura em Ciências Exatas -, essa última oferecida em parceria com o ICMC e o IQSC, procurando uma maior aproximação à Sociedade;

posse2014-34) Aprimorar a formação humana dos alunos de graduação e pós-graduação, bem como dos docentes e funcionários e da comunidade local, com o oferecimento de concertos e palestras sobre temas da atualidade, com o apoio de outras Unidades da USP, com destaque para o Departamento de Música da FFCLRP e a da FFLCH;

5) Estimular a integração entre os docentes que atuam em linhas de pesquisa que resultam em produtos de interesse para sociedade, com perspectivas de geração de patentes, criação de spin-outs e interação com empresas qualificadas, promovendo ainda mais essa importante e reconhecida característica da Unidade, de modo a aumentar as colaborações fora da academia, tornando essa atividade também tradicional e natural para o IFSC-USP.

Desse modo, segundo Tito Bonagamba, se encontrarão novas possibilidades de pesquisa envolvendo projetos sofisticados com empresas qualificadas, incluindo a participação dos alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado, criando novas perspectivas de emprego para alunos e egressos, seguindo um caminho solidário com a nova Reitoria da USP, preocupados com a utilização racional dos recursos, a qualidade dos nossos cursos de graduação e pós-graduação, a manutenção do sucesso dos nossos projetos de pesquisa básica e aplicada, e a forte aproximação com a sociedade (terceiro setor).

Por seu turno, em seu discurso, o Reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, agradeceu o ex-diretor do Instituto de Física de São Carlos – IFSC e atual Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, pelo trabalho realizado durante os quatro anos em que exerceu o cargo de direção do Instituto. Em suas manifestações, posse2014-5o Reitor comentou que tem insistido no aspecto da grande diversidade da Universidade que, segundo ele, exige um planejamento diferenciado nos cursos, nos institutos de pesquisa e de ciências básicas, bem como nas escolas profissionais: “O novo diretor, Prof. Tito J. Bonagamba, o Pró-Reitor de Graduação, Prof. Antonio Carlos Hernandes e a Comissão de Graduação irão trabalhar em conjunto para facilitar a tramitação, a aprovação e a implantação de mudanças curriculares, fortalecer o treinamento de docentes e ampliar o uso das técnicas digitais para o ensino. Nesta missão, a participação dos estudantes é fundamental. Todos nós queremos que os estudantes da USP participem da carreira política da Universidade e se interessem pelo sistema de escolha de dirigentes, reitores, da composição dos colegiados e da questão do orçamento. Mas, para isso, é essencial que participem também da vida de suas unidades, das propostas de avaliação da mudança no ensino e da vida esportiva e artística do campus, salientou Zago.

Quanto à pesquisa, o reitor afirmou que ela deve ser o centro da vida do Instituto de Física de São Carlos. O sucesso será medido com a descrição dos resultados acrescentados no conhecimento, através dos progressos tecnológicos e da ativa participação da inovação, enfatizou o Reitor, que salientou que o Instituto deve ser um nicho de informação de jovens pesquisadores e não apenas um local para completar créditos ou acrescentar mais uma tese ao repositório da Universidade. Mas, para isso, o Pró-Reitor de Pesquisa deverá trabalhar ativamente com o novo diretor para implantar um centro de gerenciamento de projetos que funcione efetivamente e atenda a todos os docentes e pesquisadores das unidades, concluiu Zago.

Assessoria de Comunicação

18 de março de 2014

Um novo método de diagnóstico

De acordo com “Balanço da Dengue”, realizado pelo Ministério da Saúde, em 2013, foram registrados 1,4 milhões de casos prováveis da doença no país. O aumento anual desses números chama ainda mais atenção de profissionais da saúde que, constantemente, trazem informações à população de como prevenir-se contra a doença que, muitas vezes, pode ser fatal.

Sob orientação do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Francisco Guimarães, a aluna doutorado, Alessandra Figueiredo, resolveu dar uma força às pesquisas relacionadas a doenças negligenciadas e, com o auxílio do pós-doutorando, Nirton Cristi Silva Vieira, detectou moléculas produzidas pelo vírus da dengue e conseguiu desenvolver uma maneira muito mais rápida para diagnosticar a doença. “A dengue é uma doença que carece de métodos de diagnósticos rápidos e baratos, e diante desse fato propomos o desenvolvimento de um dispositivo imunossensor para o diagnóstico precoce da dengue utilizando transistores como transdutores de sinal”, esclarece Francisco.

Chico-_dengueUm infectado pela dengue tem no sangue alta concentração da proteína NS1,  produzida pelo vírus. Porém, depois do 6º dia de infecção, a produção de anticorpos aumenta e o organismo, automaticamente, entra num processo de cura. Durante os seis primeiros dias de infecção, não é possível diagnosticar a doença (que, algumas vezes, é confundida com outras infecções) e, no caso de reincidências, a dengue pode ser fatal. “Na primeira vez que a pessoa é infectada, não há tanto problema. Mas, se ela é infectada consecutivamente, a probabilidade de contrair dengue hemorrágica, que é letal, é maior. Por isso, é muito importante que as pessoas saibam se já foram infectadas o quanto antes, para não correr risco de morte”, conta Alessandra.

Para solucionar esse problema do desconhecimento da infecção, Alessandra e Nirton construíram um imunossensor, constituído por uma plataforma sensível à proteína NS1, e um sistema de medida, que será capaz de diagnosticar a denge em meia hora, diferente dos métodos tradicionais que levam dias para realizar a mesma tarefa. “A vantagem desse sistema é o transistor de efeito de campo, que pode ser utilizado diversas vezes. Só precisaremos trocar a plataforma sensível para realização de cada exame”, explica Nirton.

A inovação da pesquisa em questão foi ainda mais além. Enquanto os imunoensaios tradicionais utilizam anticorpos de mamíferos como receptores de NS1, os pesquisadores utilizaram, pela primeira vez, anticorpos de galinha (IgY) para a mesma finalidade. “Isso é bastante vantajoso, tanto do ponto de vista comercial, pois os anticorpos IgY são de facilmente obtidos e purificados a partir da gema do ovo, quanto do ponto de vista bioético”, enfatiza Nirton.

Outra novidade está relacionada à forma de detecção: geralmente, imunossensores eletroquímicos detectam proteínas através de reações indiretas envolvendo anticorpos secundários e outras biomoléculas (enzimas, por exemplo) que geram íons. “Uma vez que a proteína NS1 interage com o anticorpo IgY depositado sobre o plataforma [eletrodo], ela muda a estrutura de carga da superfície e, assim, somos capazes de detectar pequenas alterações na distribuição de carga superficial de forma direta”, explica Francisco. “Diante disso, desenvolvemos um sistema supersensível, capaz de detectar uma pequena quantidade de carga sem a necessidade de geração de íons”.

Sobre os “kits de diagnóstico da dengue”, do qual fará parte o imunossensor mencionado acima, a produção em larga escala será de responsabilidade da empresa “DNA Apta” (São José do Rio Preto- SP), que é parceira no projeto, produzindo e fornecendo os novos anticorpos para a pesquisa em questão. Nirton e Francisco ainda enfatizam o caráter multidisciplinar da pesquisa, que também contou com a colaboração do docente do IFSC, Valtencir Zucolotto, e do apoio técnico do engenheiro do Instituto, Haroldo Arakaki. “São várias áreas do conhecimento envolvidas no projeto, tivemos todo o apoio necessário aqui no IFSC”, relatam os pesquisadores.

O preço de custo do kit ainda não está definido, mais gira em torno de R$100,00, bem mais em conta do que outros que existem no mercado. O mais popular entre eles é o “teste Elisa”, de custo mais elevado e mais demorado para apresentar o diagnóstico da doença. O método e a pesquisa foram recentemente patenteados* e, depois dos testes devidos e aprovação da ANVISA**, será possível reduzir a ansiedade do paciente infectado pela epidêmica doença.

* A patente está sob o título “Microdispositivos detectores do vírus da dengue; processo de produção de microdispositivos detectores do vírus da dengue

**Agência Nacional de Vigilância Sanitária


Assessoria de Comunicação

18 de março de 2014

IFSC-USP e universidades de Birmingham e Nottingham (UK) mais unidas

Terminou no dia 14 de março, o I Transatlantic Workshop on Methods for Multimodal Neurosciences Studies, um evento que constituiu a primeira reunião científica proveniente de um recente acordo de cooperação estabelecido entre pesquisadores brasileiros e pesquisadores das University of Nottingham e University of Birmingham – Reino Unido.

TeTRANSATLANTICndo como palco o Hotel Fazenda Colina Verde, na cidade de São Pedro (SP), esta iniciativa reuniu pesquisadores, alunos e jovens pesquisadores que atuam na área de neurociências, em torno de uma abordagem e discussão dos mais recentes resultados obtidos nas inúmeras pesquisas realizadas no Brasil e no Reino Unido, sobre as múltiplas áreas de interesse mútuo dos pesquisadores.

Embora o evento tenha durado três dias, desde muito cedo se constatou que as hipóteses de estabelecer cooperações académicas e científicas eram bastante fortes, consubstanciadas FERNANDO_PAIVAnos inúmeros resultados que foram divulgados pelos palestrantes convidados.

Para o pesquisador, Prof. Fernando Paiva (CIERMag/IFSC-USP), líder do Comité Organizador, o objetivo deste encontro foi amplamente conseguido, com a abertura de uma colaboração científica e académica ampla em todas as áreas que foram abordadas no workshop. De igual forma, o Prof. Alberto Tannús, igualmente responsável pela organização do evento, declarou que desde 2007 se aguardava pela realização deste evento, tendo sublinhado que existem todas as possibilidades para que, talvez já a partir deste ano, as universidades que estiveram presentes neste encontro intensifiquem uma aproximação, uma cooperação mais sólida entre pesquisadores e alunos.

Tenho disponibilidade total para integrar esta larga colaboração e iniciar um trabalho intenso no MESAREDONDAsentido de saber por onde começar, já que foram tantos os tópicos e temas que aqui foram discutidos e desenvolvidos, comentou, por sua vez, o Prof. Dr. Edson Amaro Jr., pesquisador do HC-USP e igualmente palestrante convidado, ao dar ênfase às dezenas de áreas correlatas envolvidas neste workshop, uma declaração que foi complementada pelo Prof. Dr. Fernando Cendes, da UNICAMP, que salientou o quanto a programação do evento foi produtiva em duas áreas científicas distintas – humana e animal. Cendes sublinhou, ainda, a urgência de começarem a ser traçadas estratégias para que se iniciem os intercâmbios entre estudantes de pós-graduação e pesquisadores dos dois países, no sentido de se alcançarem resultados de pesquisa que possam ser traduzidos em papers conjuntos: Se você quiser caminhar depressa, esta colaboração não pode ficar estática, ou seja, ela deverá ser implementada já. Há que fazer um trabalho de fundo para que a pesquisa conjunta avance e para que os befícios surjam rapidamente, disse Fernando Cendes.PETER_MORRIS

Para o Prof. Peter Morris, docente e pesquisador da University of Nottingham (UK) e principal articulador no envolvimento prático das duas universidades britânicas neste evento este workshop teve a particularidade de identificar áreas muito importantes na área dos estudos das Ciências Neurológicas, com especial destaque para a diversidade de técnicas que foram apresentadas: para nós foi uma surpresa e abriu o nosso espectro. Cientistas brasileiros e britânicos têm muito para oferecer e se isso for feito em conjunto, os benefícios para seus respectivos países serão enormes. Por isso, devemos aproveitar ao máximo os projetos que foram aqui apresentados, tornando-os uma espécie de semente para o que iremos fazer seguidamente, comentou Morris.

Temas e palestrantes convidados

Como já se citou nesta matéria, foram vários os temas abordados neste workshop, com destaque para: Espectroscopia de Ressonância Magnética Multinuclear – Metabolismo Cerebral, Espectroscopia de Ressonância Magnética In Vivo – Doenças Psiquiátricas, Neuroimagens em Epilepsia, Estudo da Epilepsia – Uso Clínico de EEG e fMRI, Fisiologia dos Tecidos, Ressonância Magnética na Sala de Autópsias, dentre outros.

GRUPO

Os palestrantes convidados para este evento foram: Peter Morris (University of Nottingham), Maria Otaduy (USP), Carlo Rondinoni (HC-USP-Ribeirão Preto), Graça Martin (HC-USP), Andrew Bagshaw (University of Birmingham), Guilherme Beltramini (UNICAMP), Ana Carolina Coan (UNICAMP), Susan Francis (University of Nottingham), Renata Leoni (USP-Ribeirão Preto), Rickson Mesquita (UNICAMP), John Jeferrys (University of Birmingham), Luciene Covolan (UNIFESP), Fernando Cendes (UNICAMP), Alberto Tannús (CIERMag/IFSC-USP), Paul Glover (University of Nottingham), e Edson Amaro Jr. (HC-USP/H.Albert Einstein-SP).

Ficou estabelecido que uma segunda edição deste evento ocorrerá novamente no Brasil, em 2016, com temática mais alargada, tendo em vista a participação de mais cientistas e estudantes.

Assessoria de Comunicação

17 de março de 2014

Manipulating a Single Si donor in GaAs

KONRADDecorreu no dia 17 de março, pelas 14h, na Sala de Seminários do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), a palestra subordinada ao tema Manipulating a Single Si donor in GaAs, apresentada pelo Prof. Dr. Paul M. Koenraad, do Department of Applied Physics, da Eindhoven University of Technology, Holanda.

Com mais de vinte anos de experiência na investigação em heteroestruturas de semicondutores, o docente Paul Koenraad, que é coautor de mais de 150 artigos científicos, é considerado um dos maiores especialistas na aplicação de técnicas de varredura de sonda, no estudo das propriedades spintrônicas, eletrônicas e fotônicas de nanoestruturas individuais automontadas e impurezas de materiais semicondutores.Universities-and-colleges-in-Netherlands-Eindhoven

Sediada na Holanda, a Eindhoven University of Techonlogy é uma universidade de pesquisa especializada em ciência e tecnologia de engenharia. Seus programas de educação, pesquisa e valorização de conhecimento contribuem para a solução dos principais problemas sociais, bem como para o aumento da prosperidade e bem-estar, incidindo sobre as áreas estratégicas de Energia, Saúde e Mobilidade Inteligente.

Além disso, outros objetivos da universidade são desenvolver a inovação tecnológica e obter bom nível de progresso em ciências de engenharia, através da excelência em núcleos de pesquisa e inovação na educação.

Assessoria de Comunicação

14 de março de 2014

Tudo o que você sempre quis saber sobre o câncer de mama

Por meio do programa Ciência às 19 Horas, realiza-se no dia 18 de março, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), a palestra Tudo o que você sempre quis saber sobre o câncer de mama, que será apresentada pelo Dr. Dicésio Alves Pinto de Andrade, do Instituto Oncológico de Ribeirão Preto (InORP).

A fim de esclarecer as inúmeras dúvidas a respeito dos fatores de risco, diagnóstico, tratamento, efeitos colaterais e muitos outros temas relacionados ao câncer de mama, 2ª neoplasia mais frequente que acomete mulheres em todo o mundo, perdendo apenas para os tumores de pele não-melanoma, o Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama – GBECAM lançou um livro de perguntas e respostas, cujo conteúdo foi o tema central da palestra em questão.

Fundado em 2005, o GBECAM tem como objetivo de programar, desenvolver e facilitar a realização de estudos clínicos multi-institucionais de qualidade científica e ética em câncer de mama no Brasil, bem como auxiliar programas educativos de esclarecimento e prevenção do câncer de mama.

Assessoria de Comunicação

14 de março de 2014

O futuro da biologia estrutural

Por meio do programa Colloquium diei, decorreu na manhã do dia 14 de março, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (USP), a palestra O futuro da biologia estrutural, apresentada pelo Prof. Dr. Richard C. Garratt (IFSC-USP).

Por volta de 1960, as primeiras estruturas cristalográficas de proteínas foram determinadas e revelaram simultaneamente a sua beleza e complexidade.

Neste sentido, em sua palestra, o docente falou sobre o tempo gasto na determinação de uma nova estrutura, que diminui a ordem de décadas para apenas alguns dias GARRATT_300_-_2014em casos favoráveis, devido aos avanços tecnológicos em áreas que vão desde a biologia molecular até aceleradores de partículas – por consequência, o número de estruturas mantidas no Protein Data Bank cresceu de 60 até cerca de 100.000 nos dias de hoje.

Para finalizar, Garratt apresentou uma visão pessoal do estado da arte e do que se pode esperar do futuro em termos de novas tecnologias e aplicações.

Richard Charles Garratt, bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, possui graduação em Ciências Médicas Básicas e Bioquímica pela University of London, Reino-Unido, e mestrado e doutorado em Cristalografia, também pela mesma universidade. Atualmente é professor titular da Universidade de São Paulo e tem experiência na área de Biologia Estrutural, usando técnicas de cristalografia de proteínas e modelagem molecular.

Suas linhas de pesquisa incluem Cristalização e Determinação da Estrutura de Proteínas; Biologia Molecular; Produção e avaliação de recursos didáticos na área de biologia estrutural e biotecnologia destinados a ensino fundamental, médio e superior; Cristalografia de Proteínas; Modelagem Molecular; Planejamento racional de drogas farmacêuticas; Estudos estruturais e correlações com a função biológica entre formas nativas, desnaturadas e reenoveladas, investigadas por métodos espectroscópicos, de proteínas de interesse biotecnológico, e RMN de proteínas e peptídeos.

Assessoria de Comunicação

14 de março de 2014

Vencedores do Concurso de Ilustrações e Fotografia

No último sábado (08 de março), os alunos vencedores do concurso de fotografias e ilustrações da Olimpíada Brasileira de Física receberam medalha de ouro, em evento realizado no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do IFSC – USP, na presença de centenas de alunos e seus familiares. O evento premiou os alunos melhores colocados nas provas da Olimpíada, em 2013, e também os melhores colocados nas Atividades Paralelas, coordenadas pelo Prof. Euclydes Marega Jr e organizadas pela Dra. Wilma Barrionuevo, ambos do Grupo de Óptica do IFSC.

A votação das melhores ilustrações e fotos foi realizada por 3 categorias de jurados: (a) jurado popular, pela internet; (b) Jurado ao vivo, constituído por professores, alunos e funcionários do IFSC e (c) Jurado técnico, formado por profissionais do IFSC e da Embrapa.

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Na foto acima, a equipe organizadora do evento, sob coordenação do Prof. Euclydes Marega Jr. e os alunos recebendo medalhas pela melhor foto e melhor ilustração.

Resultados:

CONCURSO DE ILUSTRAÇÕES

Tema: FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA

Aluno: Thaynã Benício Da Silva – 1º colocado pelo Júri Técnico – 1º colocado pelo Júri Popular ao vivo – 2º colocado pelo Júri Popular – Internet – E.E. Afonso Pena Junior – São Tiago, MG – Professor Responsável: Ronaldo Antonio de Castro;

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 Aluna: Marina Tieko I. Tavares Medeiros – 1ª colocada pelo Júri Popular ao vivo – 2ª colocada pelo Júri Técnico – 3ª colocada pelo Júri Popular – Internet – Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo – São Paulo, SP – Professor Responsável: Humberto Durans Kinjo;

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Aluna: Beatriz Gomes Ferreira- 1ª colocada pelo Júri Popular – Internet – 3ª colocada pelo Júri Popular ao vivo – 3ª colocada pelo Júri Técnico – Colégio COC Osasco – Osasco, SP – Professor Responsável: – Douglas Pedroso;

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Concurso de Fotografias – Tema Livre

1º colocado: Allan dos Santos Costa – Colégio Rembrandt COC – Bauru, SP;

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2º colocado: Marcelo Henrique Bittencourt – Colégio Estadual Amâncio Moro – Corbélia,PR;

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3º colocado: Ana Lucia de Campos – E.E. Afonso Pena Junior – São Tiago, MG;

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3º colocado: Matheus Henrique Silva de Assis- E.E. Afonso Pena Junior – São Tiago, MG;

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Honra ao Mérito: – Aluno Leonardo Tancredi – Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, SP;

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1º colocado internet – Júri Popular – Silas Tadeu de Castro Martins, MG;

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Honra ao Mérito: Prof. Celio Ribeiro – EEM Pe Marcelo Cunha – Trairi, CE;

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Assessoria de Comunicação

 

 

 

 

13 de março de 2014

Beyond Born and Oppenheimer

Através do programa Journal Club, decorreu na manhã do dia 13 de março, no Anfiteatro Prof. Horacio C. Panepucci, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), o seminário intitulado Beyond Born and Oppenheimer, ministrado pelo aluno de doutorado do nosso Instituto, Celso Ricardo Caldeira Rêgo.celsoricardo

Em sua palestra, o estudante discutiu sobre o artigo denominado Exact Factorization of the Time-Dependent Electron-Nuclear Wave Function, da autoria de Ali Abedi, Neepa T. Maitra e E. K. U. Gross.

Por fim, Celso Caldeira apresentou uma decomposição exata da função de uma onda completa em um sistema de núcleos e elétrons, que evolui em um potencial externo dependente do tempo.

O palestrante é Bacharel e Mestre em Física pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), professor assistente na Universidade do Estado do Amazonas (USA) e atualmente realiza seu doutorado no Programa de Pós-Graduação em Física do Instituto de Física de São Carlos.

Assessoria de Comunicação

13 de março de 2014

VIII Workshop CeProBIO/SUNLIBB 2014

Ocorrerá entre os dias 17 e 20 de março, no Hotel Maresias Beach, em São Sebastião (SP), o VIII Workshop CeProBIO/SUNLIBB 2014, evento que visa estreitar a parceria que existe entre pesquisadores brasileiros e europeus.FP7-1

Aprovado pelo programa Seventh Framework Programme – FP7, da Comissão Europeia, e em cooperação com o Ministério das Relações Exteriores, por meio do CNPq, o projeto tem uma visão bastante aplicada e conseguiu juntar excelentes grupos brasileiros em conjunto com parceiros da União Europeia. Em território nacional existem aproximadamente cinquenta instituições, enquanto que na Europa o projeto conta com a participação de catorze universidades e empresas privadas, todas focadas no desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de biocombustíveis de segunda geração.

O Centro de Processos Biológicos e Industriais para Biocombustíveis (CeProBIO), cujo pesquisador responsável é o docente Igor Polikarpov, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), é um projeto que visa melhorias e avanços tecnológicos em relação a matérias primas originárias da biomassa, técnicas de convenção e da sustentabilidade.

O Centro propõe um modelo industrial de produção de etanol celulósico que seja passível de integração ao arranjo produtivo já existente em regiões desenvolvidas do Brasil, ou que possa ser implementado em áreas cujas infraestruturas agroindustriais ainda estejam em fase de consolidação.

ethanolO modelo inovador prevê a diminuição drástica e a eventual eliminação da necessidade de qualquer insumo de origem fóssil por meio do reaproveitamento dos resíduos, efluentes e emissões na geração de energia e produção de produtos químicos de valor.

Atualmente, a produção industrial de etanol celulósico não é viável economicamente e sua sustentabilidade econômica, ambiental e social, só poderá ser alcançada através de um esforço orquestrado de ações voltadas para a pesquisa científica fundamental, aplicada e tecnológica.

Assim, e para que se entenda melhor, o CeProBIO está estruturado em oito projetos, sendo eles:

1. Genética de Plantas e Microrganismos;

2. Descoberta de Genes e Genômica Funcional para Metabolismo de Parede Celular de Cana-de-Açúcar;

3. Florestas e Plantações Energéticas Brasileiras para a Produção Sustentável de Bioetanol Celulósico;

4. Estrutura Molecular de Carboidratos e Legnina e a Degração da Parede Celular das Plantas;

5. Enzimas em Bioenergia;

6. Processos Industriais para a Produção de Etanol de Segunda Geração e Co-Geração de Produtos Químicos “Verdes”;

7. Produção de Biodiesel de Microalgas em Escala Industrial;

8. Impactos da Produção de Biocombustíveis no uso da Água e na Emissão de Carbono.

Já o projeto europeu, designado Sustainable Liquid Biofuels from Biomass Biorefining (SUNLIBB), coordenado pelo Prof. Simon Macqueen-Mason, da Universidade de York, Reino SUNLIBB_logoUnido, tem como objetivo combinar os pontos fortes das pesquisas europeias e brasileiras, com o intuito de abrir novos caminhos à produção de bioetanol e lignocelulose, trazendo mais benefícios ambientais.

O projeto em questão também irá agregar a experiência prática brasileira no cultivo de cana-de-açúcar, bem como a engenharia de processo de bioetanol com a experiência europeia na área genômica, botânica e química verde.

Para fugir da dependência dos combustíveis fósseis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, sem agravar ainda mais os impactos ambientais na agricultura, os pesquisadores têm como meta utilizar a sustentabilidade ambiental de biomassa lignocelulósica como matérias-primas – cana-de-açúcar e milho, para a produção de bioetanol.

O processamento de biomassa, a partir destas matérias-primas, pode permitir uma produção rentável de etanol, agregar valor ao processo global de conversão de biomassa em biorrefinação, atualizando resíduos e subprodutos, melhorar o processo de conversão pelo qual se pode produzir açúcares para fermentação, bem como certificar que os novos processos desenvolvidos cumpram os requisitos de sustentabilidade através da redução das emissões de gases de efeito estufa.

Por tudo isto, o VIII Workshop CeProBIO/SUNLIBB 2014 reveste-se de particular interesse para todos os pesquisadores envolvidos, elevando a imagem do Brasil dentro e fora de suas fronteiras.

Assessoria de Comunicação

12 de março de 2014

Experimental investigation of quantum fluctuation relations

LUCAS_CLERINo âmbito do programa Café com Física, decorreu no dia 12 de março, pelas 16h, na Sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos, a palestra intitulada Experimental investigation of quantum fluctuation relations, apresentada pelo Prof. Lucas Chibebe Céleri, do Instituto de Física da Universidade Federal de Goiás – IF-UFG.

Em sua apresentação, o docente dissertou sobre o recente aumento da teoria da informação quântica, que trouxe novos avanços no que agora é chamado de termodinâmica quântica.

Um destes desenvolvimentos é a relação da flutuação quântica, cuja versão clássica foi testada experimentalmente em vários contextos. No entanto, sua validade para o mundo quântico ainda aguarda por uma verificação experimental.

Por fim, Lucas Céleri também apresentou tal relação em conjunto com um experimento projetado para testá-lo no regime quântico, utilizando fótons individuais.

Assessoria de Comunicação

12 de março de 2014

Efeitos potenciais no papel da irisina e fatores anorexígenos e oreoxígenos

Decorreu no dia 12 de março, pelas 13h, na Sala de Seminários do Grupo de Óptica, a palestra subordinada ao tema Fototerapia e exercício físico aeróbio: efeitos potenciais no papel da irisina e fatores anorexígenos e oreoxígenos, ministrada pela pesquisadora Marcela Sene Fiorese, do Instituto de Física de São Carlos.go122014-300

Diante da etiologia da obesidade, a principal forma de tratamento é a regulação do balanço energético, seja pela diminuição da ingestão calórica e/ou aumento do gasto energético, para que haja a redução do tecido adiposo.

Neste sentido, em sua palestra, Fiorese discutiu a interação entre os tecidos muscular e adiposo que, assim como a regulação neuroendócrina, tem sido reconhecida como fator importante na manutenção da massa corporal, com destaque à Irisinia.

Outro destaque da apresentação foram as evidências experimentais do uso do laser terapêutico que, quando combinado com o exercício aeróbico, controla o perfil lipídico, bem como a redução da massa do tecido adiposo, sugerindo assim, um aumento da atividade metabólica e alterações no metabolismo lipídico.

Assessoria de Comunicação

12 de março de 2014

Como viajar no tempo

Hollywood já fez muito dinheiro com este enredo e milhões de pessoas já sonharam com o dia em que uma máquina do tempo as transportasse ao passado para que fosse possível fazer muitas coisas de maneira diferente. Mas, a viagem no tempo, como a conhecemos nos filmes de ficção científica, é impossível de ser realizada. Pelo menos esse é o estágio de nosso entendimento tendo como base as leis físicas escritas até o momento.

Dani-_viagem_no_tempo-1Mas, antes de dar um fim ao sonho de tantas pessoas, podemos dizer que, em certo sentido, as viagens no tempo são possíveis, sim. Só não o são da maneira que gostaríamos. Segue a explicação.

Para entender como e que tipo de viagem no tempo poderia ser realizada pelos seres humanos, a primeira coisa a ser feita seria entender melhor o conceito de tempo, em si. Sabe-se que o tempo juntamente com o espaço formam uma “teia” indissociável chamada “espaço-tempo”. A percepção de cada pessoa imersa nesse espaço-tempo depende da maneira como cada um se move. No entanto, “embora tenhamos liberdade para caminhar em qualquer direção no espaço, no tempo isso não é possível e temos a percepção de sermos obrigados a caminhar sempre para frente, em direção ao futuro, e nunca para trás”, explica o docente de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Daniel A. Turolla Vanzella.

O que se aprendeu com a relatividade, formulada por Albert Einstein em 1905, é que o tempo não é o mesmo para todos (diferente do que Isaac Newton supôs quando formulou suas leis da Mecânica). Isso quer dizer que pessoas que realizam trajetórias diferentes terão uma percepção diferente do tempo. “O que determina essa diferenciação é o movimento que cada pessoa realiza. A percepção do tempo é diferente para as pessoas, dependendo da velocidade entre elas. Mas, para se sentir essa grande diferença, essas velocidades têm que ser próximas à velocidade da luz”, elucida Daniel. “Cada observador percebe a separação do espaço-tempo em espaço e tempo de maneira distinta”.

Para citar um exemplo concreto do que foi escrito acima, imagine a seguinte situação: uma pessoa parada na Terra e outra parada dentro de um foguete, com velocidade de deslocamento próxima à velocidade da luz, afastando-se da Terra e, depois de algum tempo, retornando ao planeta. “Enquanto para aquele que estava dentro do foguete vai ter-se passado, por exemplo, apenas um ano, para a pessoa que ficou parada na Terra terão se passado dez, cem ou mil anos. Tudo dependerá de qual foi a velocidade com que o foguete se deslocou. Isso é um tipo de ‘viagem ao futuro'”.

Dentro desse cenário possível de “viagem ao futuro”, ninguém ainda conseguiu realizá-la dessa maneira tão dramática, na prática. Isso porque, de acordo com Daniel, ainda não existe tecnologia que nos possibilite viajar a velocidades tão altas como as necessárias no exemplo acima.

Dabi-_viagem_no_tempoQuanto a uma viagem ao passado, isso é algo impraticável. Isso porque o tempo se move para frente e nunca para trás – que é o que possibilitaria uma volta ao tempo. “Para realizar uma viagem ao passado, a trajetória de alguém no espaço-tempo deveria ser ‘circular’, e isso é impossível, no melhor de nosso entendimento atual”, afirma Daniel.

Mas, se por um lado, o homem não conseguiu desenvolver um veículo capaz de fazer viagens a velocidades próximas a da luz, fazer com que partículas fundamentais (como prótons, elétrons e nêutrons) realizem as “viagens ao futuro” já é algo comum em muitos laboratórios de pesquisa do mundo. Os nêutrons, por exemplo, produzidos comumente em reações nucleares, vivem em torno de 12 minutos e depois se desintegram. No entanto, nêutrons se deslocando de maneira muito mais rápida, demoram em torno de uma hora para se desintegrar. “O simples fato de ter alta velocidade já faz com que o tempo passe mais devagar. Ou seja, este fato, que em escala humana é fora do comum, já é muito bem testado no mundo das partículas elementares”.

Mesmo diante do que foi descrito, não é preciso perder todas as esperanças de uma viagem no tempo como as encenadas nos filmes. Ainda que isso seja impossível no momento, muitas teorias já foram desfeitas e reformuladas com conclusões totalmente distintas. No entanto, com o avanço da tecnologia atual, a torcida de alguns pode ficar para que o homem produza um veículo de locomoção rápido o suficiente para que se tenha a chance de, ao menos, avançar no tempo.

Assessoria de Comunicação

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