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24 de março de 2015

Edital de bolsas para curso na China

Santander_Universidades-_logoA Universidade de São Paulo (USP), através da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, anuncia a abertura do edital para o preenchimento de cinco vagas no programa Top China Santander Universidades para intercâmbio no período de 2 ou 3 de julho até 25 de julho de 2015.

Os interessados em participar do programa têm até 29 de março de 2015para se inscrever para participação no programa na Shanghai Jiao Tong ou na Peking University (China), exclusivamente via internet, através do sistema Mundus, na área de acesso público, ou diretamente pelo endereço eletrônico www.santanderuniversidades.com.br/bolsas

Com informações da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional

Assessoria de Comunicação

24 de março de 2015

Assinado o contrato para primeira fase da construção

No mês de fevereiro deste ano, o Prof. Dr. Tito J. Bonagamba, Diretor do Instituto de Física de São Carlos, assinou o contrato que viabiliza o início da primeira fase da construção do Polo Temático em Energias Renováveis e Meio Ambiente da USP – poloTErRA, uma infraestrutura que ficará implantada na Área II do Campus USP – São Carlos.

poloTErRA e Biotecnologias Sustentáveis

bioenergia250As novas tecnologias de bioenergia são consideradas necessárias para a redução do impacto ambiental em um contexto de crescimento populacional e econômico. A diminuição do impacto passa, invariavelmente, pela substituição total ou parcial dos combustíveis fósseis por alternativas renováveis. Nos países de maior desenvolvimento, estas preocupações têm fomentado o estímulo político, na forma de linhas de financiamento específicas nas pesquisas sobre bioenergias. Notadamente, combustíveis derivados de matrizes vegetais – como o etanol e os diversos tipos de biodiesel – têm sido reconhecidos como os principais substitutos dos combustíveis fósseis em matrizes energéticas de menores impactos. Estas substituições não ocorrem, no entanto, sem levantar dúvidas sobre a capacidade de produção, o custo social e a sustentabilidade econômica das culturas vegetais associadas, particularmente, às oscilações dos preços dos combustíveis tradicionais.

Esta preocupação é particularmente relevante no Brasil, um país que ainda está em desenvolvimento e que conta com uma ocupação demográfica baixa, tendo grandes possibilidades de aproveitamento dos recursos naturais disponíveis. Além disso, possui grandes reservas de biodiversidade, que qualquer perspectiva sensata de desenvolvimento deve considerar como áreas de preservação e aproveitamento sustentável.

Estas necessidades impõem, naturalmente, desafios para o desenvolvimento de tecnologias de bioenergia de baixo impacto ambiental. De acordo com o Prof. Dr. Igor Polikarpov, docente do IFSC/USP e um dos coordenadores do poloTErRA, o Brasil é, talvez, o único país que tem uma capacidade de desenvolver e implementar uma tecnologia economicamente viável de substituição de combustíveis fósseis, pelo uso do etanol da cana de açúcar; porém, a consolidação desta cultura requer o aproveitamento integral da biomassa, o aumento da produtividade por área plantada e desenvolvimento de outros materiais e produtos sustentáveis de maior valor agregado.

A USP, em seus diversos campi, congrega grupos de pesquisa que têm tradição em estudos voltados à bioenergia e que vem desenvolvendo linhas de pesquisa complementares, em vista da crescente demanda de tecnologias de energia renovável apoiadas pelas linhas de financiamento específicas das agências de fomento, salienta Igor Polikarpov, sublinhando que o protagonismo da USP nestes campos requer integração de esforços, além da disseminação de grupos de diversidade e especialidade distintas dentro de seu corpo docente. Para o docente da USP, é essencial que se criem mecanismos institucionais que estimulem a cooperação dessas equipes, o conhecimento mútuo da pesquisa desenvolvida e sua transferência nos vários níveis da pesquisa básica fundamental às linhas mais relacionadas ao setor produtivo, permitindo avanços científicos substanciais e o desenvolvimento tecnológico inovador. O apoio institucional também se justifica pelas diversas linhas de fomento específicas para a bioenergia, com ênfase em biocombustíveis de segunda geração.

Foi com base nos pressupostos acima citados que se idealizou a criação do poloTErRA, um centro que integrará quatro unidades do Campus USP – São Carlos (Instituto de Física de São Carlos, Escola de Engenharia de São Carlos, Instituto de Química de São Carlos e Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação), visando ao desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico na área de “tecnologias verdes” e em energias renováveis e meio ambiente; fomentar a transferência tecnológica para empresas e/ou instituições renomadas no cenário nacional e internacional; realizar treinamento de recursos humanos em nível de graduação, pós-graduação e extensão; e gerar oportunidades através da nucleação de pequenas empresas de bases tecnológicas.

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Imagem exemplificativa do futuro edifício

Igor Polikarpov explica que estas iniciativas envolverão profissionais de todos os níveis – desde docentes a alunos de iniciação científica (IC), mestrandos, doutorandos e jovens doutores. A locação do poloTErRA no Campus II se integra ao Laboratório de Escoamentos Multifásicos Industriais (LEMI), financiado pela Petrobras, sendo que sua infraestrutura é constituída por espaço físico construído de acordo com os padrões e normas das designadas ‘construções verdes’.

Além do esforço dos grupos de pesquisa, a criação desse novo espaço no Campus II só foi concretizada através de um esforço enorme e constante durante as gestões dos dois mais recentes diretores do IFSC/USP – Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes (2010/2014) e Prof. Dr. Tito J. Bonagamba (atual Diretor do nosso Instituto).

As áreas de pesquisa envolvidas nessa iniciativa abrangem as Energias Renováveis (etanol da 1ª, 2ª e 3ª gerações; tecnologias de pré-tratamentos e hidrólise enzimática; estudos de parede celular de plantas e modificação na morfologia e composição de biomassa durante processos de pré-tratamentos e hidrólise; etc.), Biotecnologias (descoberta, caracterização e produção de novas enzimas e proteínas com aplicação biotecnológica; biotecnologia molecular e estrutural; clonagem, expressão e purificação de enzimas em larga escala; processos fermentativos; fotobioreatores; produção de bioprodutos e bioinsumos; entre outros), Tecnologias Ambientais, Química Verde, Bioinformática, etc. Neste sentido, o poloTErRA consolidará uma série de colaborações entre as já citadas unidades uspianas, que, no futuro, poderá se estender às demais instituições da Universidade de São Paulo.

O nosso Campus está se esforçando para captar recursos através de projetos de pesquisa. Estimamos que somente projetos já aprovados e ligados diretamente com as linhas de pesquisa em questão totalizem cerca de R$ 77 milhões. A captação expressiva de recursos e a aquisição de um parque de equipamentos, junto com o crescimento constante de docentes, resultaram em uma situação inaceitável de escassez de área útil para acomodar os professores, técnicos, alunos de graduação e pós-graduação, bem como os equipamentos de médio e grande porte, daí que as limitações de espaço são preocupantes, explica Polikarpov.

Segundo o pesquisador, a construção do primeiro prédio do poloTErRA eliminará um gargalo extremamente danoso para o desenvolvimento das pesquisas no Campus, permitindo a readequação e otimização de espaços e equipamentos das unidades envolvidas, de modo a beneficiar um grande número de usuários diretos e indiretos. A diversidade de grupos de pesquisa nas áreas em questão tem um grande potencial para a geração do desenvolvimento de novas tecnologias verdes e pesquisa de ponta, com foco no uso de recursos renováveis, explica Polikarpov.

A interação científica e tecnológica entre os professores e pesquisadores de diversas áreas será intensificada e ampliada através da criação e do compartilhamento de um espaço físico comum. Igor acredita que para realizar um “salto quântico” em qualidade e complexidade de pesquisa e tecnologia em energias renováveis e meio ambiente, é necessária a criação de espaços de trabalho nos quais professores de diversos departamentos possam atuar juntos, contribuindo ao desenvolvimento dos campos de pesquisa.

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Diretor do IFSC/USP, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, com os membros da equipe durante a assinatura do contrato de construção do poloTErRA

Impactos

As unidades do Campus têm interagido de várias formas, tanto no Ensino como na Pesquisa. No Ensino, várias disciplinas básicas são ministradas por professores do nosso Instituto em cursos inseridos em outras instituições, da mesma forma que há aulas no IFSC/USP que são realizadas por professores dessas outras unidades. Entretanto, para o Igor Polikarpov, tais colaborações têm dificuldades de articulação, pois não há claro um apoio institucional e, muitas vezes, elas são prejudicadas pela separação departamental, disciplinar e fragmentação histórica dos grupos de pesquisa.

Nós prevemos um impacto extremamente significante da infraestrutura no desenvolvimento de interação entre todas as equipes do IFSC/USP interessadas em tecnologias e energias renováveis e meio ambiente, diz o docente, que acrescenta que a cidade de São Carlos é conhecida como a Capital da Tecnologia por sediar mais de 120 empresas de base tecnológica, que geram cerca de dois mil empregos de qualidade; além de duas universidades públicas de renome internacional (USP e Universidade Federal de São Carlos – UFSCar); um centro universitário privado (Unicep); duas unidades da Embrapa*; duas escolas técnicas e três incubadoras de empresas onde germinam ideias e onde são desenvolvidos produtos que contribuem para o desenvolvimento tecnológico do Brasil.

Panorama Orçamentário

Por seu turno, para Mauricio mauricio_350Schiabel, funcionário responsável da assistência técnica financeira do Instituto de Física de São Carlos, foi com bastante satisfação que o IFSC/USP concretizou já a licitação da primeira etapa de construção do poloTErRA, que abrange a colocação da estrutura metálica e sua cobertura.

Essa licitação foi feita no final de 2014, pelo valor de R$ 5.052.000,00 e já foi contratada uma empresa para a execução da construção desta etapa, explica Mauricio, que acrescenta que a conclusão desta primeira fase está prevista para outubro deste ano.

A partir de outubro, com o saldo dos recursos captados, será realizada a segunda licitação, considerada a etapa que tornará o prédio habitável. Quando percebermos um bom desenvolvimento na montagem das estruturas, já prepararemos a licitação dessa segunda fase, que deverá ser iniciada em agosto próximo, enfatiza Schiabel.

Esta segunda etapa deverá durar aproximadamente oito meses e o prédio deverá estar habitável em meados de agosto de 2016. Na atual conjuntura econômico-financeira da Universidade, o IFSC/USP mostra a sua força de realização e captação de recursos extra-orçamentários para o aumento do patrimônio da Universidade, sendo que esta obra dará um novo impulso no desenvolvimento de pesquisas voltadas às energias renováveis e à área de meio ambiente da USP-São Carlos, um tema que é de primordial importância para o nosso País, conclui Schiabel.

*Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Assessoria de Comunicação

23 de março de 2015

Oportunidade de colocação

A Bruker do Brasil está oferendo uma oportunidade de colocação para Especialista em Serviços, junto à Bruker BioSpin, integrando o time de Suporte e Manutenção.

O novo membro da Equipe de Serviço da Bruker BioSpin no Brasil será alocado no Rio de Janeiro, proporcionando acesso mais fácil e rápido para a base de clientes instalada no Rio de Janeiro.

As responsabilidades inerentes ao cargo serão:

• Manutenção e instalação de equipamentos de RMN e EPR no Brasil e América do Sul;

• Prestação de assistência técnica remota e on-site, para ajudar a solucionar problemas e reparação de equipamentos;

• Coordenação na resolução de problemas com outros departamentos, incluindo engenharia, atendimento ao cliente, vendas e aplicação, para agilizar reparos;

• Desenvolvimento e realização de treinamento sobre o funcionamento seguro dos equipamentos e demonstração de técnicas para os clientes e membros da equipe;

• Desenvolvimento de atividades de instalação de equipamentos, planejamento e coordenação, incluindo investigação e resolução de relatórios de clientes de preocupações técnicas, com equipamentos de teste avançado;

• Apoio ao cliente nas especificações técnicas do laboratório;

• Instalação de sistemas ou acessórios novos ou modificados, nas instalações do cliente, para garantir a funcionalidade completa de acordo com as especificações;

• Elaboração de relatórios de desempenho, avaliação e documentação dos clientes e representantes de campo, bem como a inspecção de produtos com defeito ou danificados, para determinar a natureza e dimensão do problema;

• Análise, revisão e inspeção para determinação de fontes de problemas, recomendando a reparação, substituição ou outra ação corretiva;

• Servir de elo de comunicação entre o cliente e a empresa, para garantir a eficiência do serviço ao cliente;

• Execução de outras tarefas que sejam necessárias.

Requere-se do candidato:

Qualificações acadêmicas ao nível de Bacharelado em química, bioquímica, física ou engenharia em RMN, sendo desejável experiência em EPR;

• Capacidade comprovada na resolução de problemas relacionados com hardware de equipamentos;

• Boa comunicação e apresentação, com facilidade de discurso oral e escrito;

• Conhecimento de software para Internet, conhecimento de Microsoft Windows e Linux (básico) sistemas operacionais, Microsoft Office;

• Bons conhecimentos de Inglês falado e escrito;

• Carteira de motorista válida, sem penalidades;

• Passaporte válido e que tenha disponibilidade para viagens nacionais e internacionais com alta frequencia.

O que oferece a Bruker do Brasil:

Pacote de benefícios abrangentes e competitivos, incluindo:

• Seguro de saúde – Sul América ING, para o empregado e seus dependentes, válido em todo o território nacional, com a totalidade dos encargos cobertos pelo empregador;

• Seguro odontológico – Sul América ING -, para o empregado e seus dependentes, válido em todo o território nacional, com a totalidade dos encargos cobertos pelo empregador;

• Seguro de vida – Itaú;

• Plano de previdência privada – empregador paga até 2% do salário mensal do empregado, juntamente com a contribuição do empregado;

• Carro alugado pela empresa;

• Ferramentas de funcionamento: Notebook, modem para conexão 3G e ferramentas de serviço;

• Reembolso de despesas de viagem, com base na política interna da empresa.

Para maiores informações, contatar Guilherme Zampronio, através do email guilherme.zampronio@bruker.com

Assessoria de Comunicação

23 de março de 2015

Edital de bolsas para curso na Espanha

A Universidade de São Paulo (USP), através da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, anuncia a abertura de edital de quatro vagas para o Programa Top Espanha Santander Universidades, para intercâmbio de 29 de junho a 23 de julho de 2015.

Santander_Universidades-_logoOs interessados em participar da seleção têm até 29 de março para se inscrever, exclusivamente via internet, através do sistema Mundus, na área de acesso público, ou através do endereço eletrônico http://www.santanderuniversidades.com.br/bolsas

Os contemplados receberão passagem aérea de ida e volta do Brasil à Espanha, transporte de sua cidade de origem até São Paulo, curso de três semanas de língua e cultura espanhola na Universidad de Salamanca, hospedagem em residência universitária com pensão completa e seguro viagem.

Com informações da Agência USP Internacional

Assessoria de Comunicação

23 de março de 2015

Novo dispositivo permite diagnóstico preditivo do Diabetes mellitus tipo 2

Principios_De_Diabetes_150Um novo sistema desenvolvido pelo Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano/IFSC) possibilita, de forma rápida e fácil, o diagnóstico preditivo do Diabetes mellitus tipo 2 – doença crônica que afeta o metabolismo da glicose, principal fonte de energia do nosso corpo. A pesquisa inovadora é descrita na dissertação da aluna de doutorado do citado Grupo, Laís Canniatti Brazaca.

Há anos, constam na literatura médica diversos trabalhos que relacionam o aparecimento do Diabetes mellitus tipo 2 à baixa produção do hormônio adiponectina nos indivíduos. De acordo com o Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, Coordenador do GNano/IFSC e orientador do trabalho de Laís, essa relação é pouco abordada pelos médicos, até porque o Enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA), método de análise clínica da referida proteína, é de alto custo, sendo realizado em poucos laboratórios. Essa foi a motivação para criarmos um sistema de biossensor para quantificar e detectar esse hormônio com rapidez e facilidade, diz ele.

Os exames em laboratório Zucolotto_350foram realizados com amostras do plasma – sangue purificado – de pacientes do Instituto do Coração (Incor/USP), que foram divididos em três categorias: “obeso”, “controle” e “diabético”. Os experimentos foram então comparados com os testes de ELISA e foram obtidos resultados bastante semelhantes. Valtencir Zucolotto elucida que o biossensor foi desenvolvido para ser de fácil manuseio, de forma que tanto os médicos quanto os pacientes possam utilizá-lo. Daí uma de suas vantagens: A ideia é que o nosso dispositivo seja muito mais fácil e simples, tal como o dispositivo que mede a glicemia e que pode ser comprado na farmácia, explica.

De acordo com os pesquisadores do IFSC/USP, o intuito do novo dispositivo não é substituir as análises realizadas com o ELISA: deverá ser uma ferramenta complementar. Nosso biossensor, cuja patente já foi depositada, é bastante promissor. Mas não há a necessidade de substituir o ELISA, porque, após utilizar o sistema desenvolvido no IFSC, o indivíduo poderá confirmar o resultado através desse tratamento tradicional, que hoje é o único teste de adiponectina disponível.

Las_350Com o desenvolvimento desta tecnologia inovadora, mais médicos poderão solicitar o exame e um número maior de pacientes poderá realizar os testes de adiponectina, de forma bem mais acessível. Sabendo que a produção dessa proteína está diminuindo no corpo do indivíduo, o paciente poderá refletir na mudança de hábitos para que a doença não se desenvolva, uma vez que a falta de exercícios físicos e o cigarro, por exemplo, são fatores que contribuem para a evolução do Diabetes, conclui Laís Brazaca.

A próxima fase desse projeto é encontrar empresas interessadas em produzir o aparelho e, posteriormente, comercializá-lo. Enquanto isso, a jovem pesquisadora se dedica a um novo trabalho, cujo principal objetivo é desenvolver um biossensor capaz de diagnosticar, de forma precoce, o Alzheimer.

Assessoria de Comunicação

20 de março de 2015

História e atividades da IBM Research – Brasil

Ulisses_250Na mais recente edição do Colloquium diei, que aconteceu na manhã do dia 20 de março, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos, o Prof. Ulisses Thibes Mello, atual Diretor da IBM Research – Brasil – IBM Distinguished Engineer, ministrou a palestra História e atividades da IBM Research – Brasil, uma iniciativa inserida em mais uma ação da Comissão de Inovação Científica e Tecnológica do IFSC/USP – CICT, que promove o tema Ciência na Indústria no IFSC.

Em sua apresentação, Ulisses discutiu a história da instalação do Centro de Pesquisas da IBM no Brasil nesses últimos cinco anos, tendo também abordado as áreas-foco do laboratório (recursos naturais, computação cognitiva, sistemas de engajamento e tecnologias industriais).

Além disso, o docente descreveu, sumariamente, os principais objetivos da IBM em algumas áreas, como, por exemplo, inversão sísmica, análise de dados de media social, otimização estocástica aplicada à mineração e nanotecnologia aplicada à recuperação de hidrocarbonetos.

Assessoria de Comunicação

20 de março de 2015

Time da USP desenvolve projeto para participação

destaque150_-_ed._2015Após ter recebido a medalha de bronze no International Genetically Engineered Machine – iGEM 2014, o time iGEM – Brasil – USP 2015, que agora é formado por cerca de 20 jovens estudantes oriundos de grupos de pesquisa* da Universidade de São Paulo, prepara-se para participar da edição deste ano do evento que acontecerá entre os dias 24 e 28 de setembro, em Boston, Massachusetts, Estados Unidos. A competição anual, que reúne equipes de universidades do mundo todo, estimula a criação de projetos envolvendo Biologia Sintética, área que tem grande potencial de desenvolvimento em nosso país e que consiste na aplicação de conhecimentos biotecnológicos e de engenharia.

Para participar da competição, os pesquisadores do time iGEM – Brasil – USP 2015 estão desenvolvendo um microrganismo geneticamente modificado, que será capaz de acelerar a degradação da borracha, em particular do pneu, que poderá ser reutilizado para novas finalidades. Com isso, será possível a criação de biorreatores capazes de diminuir drasticamente o tempo de degradação natural da borracha, que varia entre 500 e 1000 anos.

No Brasil, estima-se que 17 milhões de pneus são descartados anualmente, o que representa 70% do descarte total de borracha no país. Tal quantidade descartada já supera a capacidade de reciclagem, reutilização e até mesmo de armazenamento apropriado desse material. Esta realidade propicia o crescimento de mosquitos vetores, disseminando doenças como dengue e malária.

Laís Ribovski, estudante de Las_Ribovski_350doutorado do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano/IFSC-USP) e membro do time, explica que desde a criação do primeiro pneu no mundo, nenhum outro foi completamente degradado: Pensamos em uma forma de degradá-lo mais rápido. Existem várias maneiras de reciclá-lo, mas isso representa uma parcela muito pequena do total da produção de pneu. Além disso, os métodos atuais de reciclagem apresentam um gasto energético elevado.

A proposta dos pesquisadores uspianos é unir enzimas capazes de quebrar ligações químicas e superexpressá-las em um microrganismo, permitindo que elas interajam com o polímero do pneu, quebrando as ligações da borracha e originando novas moléculas químicas, ou polímeros, que poderão ser utilizados para outros fins. Após a montagem do circuito genético, os pesquisadores planejam testar os organismos em biorreatores para otimização do processo.

Las_Brazaca_350A pesquisadora Laís Brazaca, outra aluna de doutorado do GNano e que também integra a referida equipe, diz que ambas as bactérias das quais são retiradas as enzimas que são inseridas em um terceiro microrganismo têm capacidade de degradar a borracha, mas cada uma faz isso de maneira diferente e, além disso, apenas pequenas quantidades das enzimas são produzidas, daí a necessidade de unir e superexpressar essas moléculas.

A equipe está na fase final de elaboração do circuito para que possa iniciar sua montagem e em seguida os testes efetivos no polímero. As enzimas tratadas já são reportadas individualmente na literatura quanto a sua eficiência na degradação do látex. Assim, o grupo almeja otimizar os resultados que, de acordo com Laís Ribovski, têm apresentado boas perspectivas. Nós esperamos construir o circuito biológico em breve, para que possamos fazer outros testes e toda a sua caracterização, conclui.

Para que o projeto seja concretizado e o esforço desses jovens estudantes seja reconhecido durante o iGEM 2015 – e não só ao longo da competição -, o time brasileiro necessita de financiamento, pelo que decidiu fazer uma campanha de crowdfunding – “vaquinha” – para custear o projeto com a ajuda de todos que queiram cooperar (CLIQUE AQUI SE PRETENDER CONTRIBUIR). Além disso, o vídeo promocional feito pelos próprios pesquisadores pode ser assistido neste LINK! Outras informações podem ser obtidas na página do FACEBOOK do time ou no FOLDER do grupo.

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Time iGEM – Brasil – USP 2015

*O time é formado por pesquisadores dos seguintes Grupos: Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano/IFSC), Biofísica Molecular “Sérgio Mascarenhas” (IFSC), Cristalografia (Laboratórios de Química Medicinal e Computacional, e de Cristalografia e Biologia Estrutural, também do IFSC), Física Computacional (Laboratório de Neurobiofísica do nosso Instituto) e do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF).

19 de março de 2015

Edital de bolsas para Fundación Botín

A Universidade de São Paulo (USP), através da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, publicou edital de bolsas da Fundación Botín para o fortalecimento da Função Pública na América Latina, programa intensivo de formação nos Estados Unidos, Espanha e Brasil.

Fundacion_BotinOs interessados deverão se inscrever até 8 de abril de 2015, às 12 horas (horário de Brasília), exclusivamente pela internet, através do sistema Mundus.

O programa consiste num curso que se iniciará em 3 de outubro na Brown University (EUA), continuará nas cidades de Madrid e Santander (Espanha) e terminará na Fundação Getúlio Vargas (Brasil) em 18 de novembro.

A seleção final será realizada pela Fundación Botín, que selecionará 32 participantes e 15 suplentes- não há vagas reservadas para cada universidade participante.

Para acessar o edital do programa na íntegra, clique aqui.

Com informações da Agência USP Internacional

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2015

Effective Field Theory @LHC

Camila_250Na mais recente edição do Journal Club, que decorreu na manhã do dia 19 de março, na Sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a pesquisadora Camila Sampaio Machado, do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (IFT-UNESP), ministrou o seminário Effective Field Theory @LHC, onde abordou o bóson de Higgs no Large Hadron Collider – LHC e explicou os conceitos da Teoria de Campo Efetivo (EFT, na sigla em inglês).

Camila Machado tem graduação e bacharelado em Física pela Universidade de São Paulo, e mestrado também pela USP. Atualmente, ela é doutoranda no Instituto de Física Teórica da UNESP, tendo grande interesse nas áreas de Física de Partículas e Física Hadrônica.

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2015

Nanowetting: Liquid-Solid Interaction at the Nanometer Scale

Mathias_250Em mais uma edição do Café com Física, que aconteceu no dia 18 de março, na sala F-147, do Instituto de Física de São Carlos, o pesquisador Mathias Steiner, da IBM – Brasil, apresentou a palestra Nanowetting: Liquid-Solid Interaction at the Nanometer Scale, onde falou sobre a interação entre o estado sólido e líquido na escala nanométrica.

Sediada nos Estados Unidos, a International Business Machines (IBM) é uma companhia multinacional que desenvolve e comercializa hardwares e softwares. Com mais de 300 mil colaboradores espalhados pelo mundo, a IBM implantou uma filial no Brasil em 1917, época em que ainda era conhecida como Computing Tabulating Recording Company.

Sublinhe-se que este Seminário foi o primeiro realizado dentro da ação da CICT – Comissão de Inovação Científica  e Tecnológica do IFSC -, promovendo o tema Industrial Research / Ciência na Indústria no IFSC.

Assessoria de Comunicação

19 de março de 2015

Docentes do IFSC integram a comissão da SBPC Jovem

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Como já é do conhecimento público, realiza-se entre os dias 12 e 18 de julho, a 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), um evento que ocorrerá na Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. No âmbito desta reunião, decorrerá, também, a denominada SBPC Jovem, cuja comissão organizadora presidida pela Profa. Ducinei Garcia, da UFSCar, conta com a participação dos Profs. Drs. Valter Líbero e Valtencir Zucolotto, do Grupo de Física Teórica e do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos, respectivamente.

Realizada desde 1948, com a participação de membros de sociedades científicas, autoridades e gestores do sistema nacional de ciência e tecnologia, a citada reunião anual promove a difusão dos principais avanços da ciência nas diversas áreas do conhecimento, através de conferências, simpósios, mesas-redondas, encontros, sessões especiais, minicursos, apresentações de pôsteres, entre outras atividades. Comemorando o Ano Internacional da Luz, que será celebrado pela comunidade científica ao longo de 2015, o tema desta edição da SBPC será Luz, Ciência e Ação.

O Prof. Valter Líbero, que também é Diretor do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC – São Carlos), explica que o objetivo da SBPC Jovem é desenvolver atividades voltadas a alunos do ensino fundamental e médio. Nós convidamos centros de divulgação e museus para que participem e mostrem seus trabalhos aos jovens estudantes, sublinha o docente. As atividades da SBPC Jovem serão realizadas, em sua maioria, em uma tenda com cerca de 2000 m2, que estará instalada no campus da UFSCar.

Entre as atrações, poderemos ter um caminhão especialmente projetado para divulgação científica, uma exposição de trabalhos de alunos da rede de ensino básico, o circo da ciência com experimentos interativos, projetos elaborados por docentes de diversas instituições, entre várias outras atividades. O docente do nosso Instituto, que está participando da organização da SBPC Jovem pela primeira vez, ressalta que a escolha que a SBPC fez em realizar sua reunião em São Carlos foi um fato importante, até porque a cidade sedia duas universidades de renome (Universidade de São Paulo e Universidade Federal de São Carlos – UFSCar), bem como o CDCC, que realiza trabalhos de divulgação científica em São Carlos e região.

Estima-se que cerca de 30 mil Valter_Lbero_350pessoas de todo o País participem desta edição, que será um evento histórico para nós de São Carlos. Ao longo dos anos, a SBPC conseguiu uma grande repercussão, levando pessoas de todo o Brasil a discutirem os temas mais diversos da ciência. Isso é uma característica bastante interessante do evento, diz Valter Líbero.

Além dos Profs. Valter Líbero e Valtencir Zucolotto, também fazem parte da organização da SBPC Jovem os seguintes docentes: Ducinei Garcia, Carla Regina Silva, Ana Laura Junqueira, Monalisa Sampaio Carneiro, Karina Omuro Lupetti, Ana Cláudia Lessinger, Pedro Manoel Galetti Júnior e Marta Cristina Marjotta. Por outro lado, os Profs. Drs. Richard Garratt, Sérgio Mascarenhas e Vanderlei Bagnato, também do IFSC/USP, integram, por sua vez, a Comissão de Programação Científica do evento, ao lado de docentes de outras instituições.

As inscrições para participar do evento encerram-se no dia 24 de março. Para saber mais sobre a 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, acesse AQUI.

Assessoria de Comunicação

18 de março de 2015

Uma análise dos principais indicadores de desempenho (1987-2013)

Por:

José Goldemberg (a)

Joaquim José de Camargo Engler (b)

INTRODUÇÃO

Desde 1987 a USP publica um Anuário Estatístico que “tem por objetivo consolidar as informações básicas sobre a Universidade para servir de instrumento para o planejamento de suas atividades e fornecer subsídios para o processo decisório a nível central e das Unidades Universitárias”*.

Durante os últimos 27 anos o Anuário foi publicado sem interrupções, mantendo basicamente inalterado sua estrutura. Nele são incluídas informações demográficas (sobre o corpo docente, servidores e discentes), informações acadêmicas (cursos oferecidos na graduação e pós-graduação), produção científica, acervo das bibliotecas, área física e orçamento. A evolução das atividades da USP é resumida em 42 Indicadores de Desempenho.

Trata-se portanto de uma riquíssima fonte de informações que permite uma análise da evolução histórica e do progresso da Universidade, constituindo uma abrangente prestação de contas à sociedade.

Tentamos aqui fazer uma análise preliminar dos dados disponíveis utilizando um certo número de indicadores que nos parecem capturar as características mais importantes do que ocorreu nas últimas décadas.

EVOLUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

A Figura 1 mostra a evolução da arrecadação do ICMS do Estado de São Paulo (quota parte do Estado) entre 1989 e 2013, em bilhões de reais de 2013 (atualizados pelo IPC-FIPE 2013) que é um dado fundamental para análises posteriores. Desde 1989 a Universidade recebe do Estado um percentual fixo deste imposto o que lhe permitiu autonomia financeira e condições de planejar seu próprio crescimento. Essa autonomia foi formalizada por meio do Decreto nº 29.598 de 2 de fevereiro de 1989 que, entre outras providências, estabelecia que as liberações mensais dos recursos do Tesouro do Estado para as Universidades Estaduais Paulistas deveria respeitar o percentual global de 8,4% da arrecadação do ICMS, quota parte do Estado no mês de referência. Esse parâmetro teve vigência até o exercício de 1991, sendo que cabia à USP 4,46% dos recursos.

Em 1º de agosto de 1991, foi promulgada a Lei nº 7.465, que dispunha sobre as Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 1992, a qual em seu artigo 19 alterava para 9% da arrecadação do ICMS o valor das liberações mensais dos recursos do Tesouro do Estado para as Universidades Estaduais Paulistas, cabendo à USP a participação de 4,73%. Este percentual vigorou para o período 1992 a 1994.

Com a Lei nº 8.851 de 29/07/1994, que definiu as Diretrizes Orçamentárias para 1995, foi novamente alterado o índice global de participação das Universidades Estaduais de São Paulo na arrecadação do ICMS, passando a ser, no mínimo, 9,57%, recuperando a situação auferida pelas Universidades no ano 1987. Este parâmetro continua em vigor, sendo que desde 1995 a parcela da USP, na arrecadação do ICMS, é de 5,0295%.

Figura – 1

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* Valor da arrecadação do ICMS, quota parte do Estado, utilizada como base para cálculo dos repasses à USP.  Fonte: USP/CODAGE e Secretária da Fazenda do Estado de São Paulo

EVOLUÇÃO DE DESEMPENHO

A Figura 2 mostra a evolução de desempenho da USP por meio dos indicadores selecionados sob a forma da razão entre os números de 2013 e os de 1987.

Figura 2

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Fonte: Anuário Estatístico da USP

No período analisado, 1987 a 2013, merecem destaque alguns parâmetros que emanam da Figura 2 e de informações disponíveis no Anuário Estatístico da USP:

• O número de docentes e servidores Técnico-Administrativo praticamente não aumentou desde 1987.

• A relação entre o total de alunos de Graduação e Pós-Graduação por docente aumentou 82,63% e com relação ao número de servidores técnico-administrativos cresceu 101,20%

• As vagas e o número de cursos de graduação e de pós-graduação praticamente dobraram no período.

• O número de alunos concluintes de cursos de Graduação por docente ativo cresceu 106,67% no período.

• O número de títulos outorgados de Mestre aumentou quase 5 vezes e o de Doutorado cresceu mais de 5 vezes.

• A relação entre o número de títulos de Pós-Graduação outorgados e o número de docentes com doutorado cresceu 162,50%.

• O número de publicações científicas no exterior cresceu mais de 6 vezes.

• O número de trabalhos científicos indexados no Institute of Scientific Information (ISI) aumentou 1.472,99%.

• O acervo das bibliotecas aumentou mais de 6 vezes e a área edificada quase dobrou.

Estes desenvolvimentos ocorreram de forma muito diferenciada ao longo dos últimos 26 anos sendo maiores ou menores durante diferentes gestões reitorais.

No Apêndice são apresentados gráficos que complementam as informações da Figura 2, com a evolução, ano a ano, destes indicadores no período de 1987 a 2013 e que permitem uma análise mais detalhada do desempenho da USP.

No gráfico 1 verifica-se que o número de cursos de Graduação, que era 135 em 1987, teve um crescimento de cerca de 12% em 1988, chegando a 151, decresceu para 126 em 1989, permanecendo estável até 1998, crescendo então até atingir 289 em 2013. No período 1987 a 2013 este índice apresentou um crescimento de 114,07%.

O número de vagas em cursos de Graduação (Gráfico 2) cresceu continuamente de 6.498 em 1987 para 10.982 em 2013, com destaque em 2005 em que cresceu cerca de 12%. No período 1987 a 2013 o incremento total foi de 69%.

As matrículas em Cursos de Graduação (Gráfico 3) permaneceram estáveis ao redor de 33 mil, no período 1987 a 1998, crescendo mais de 15% em 1999, atingindo 39 mil e ascendeu continuamente até atingir mais de 58 mil em 2013, com um crescimento de 74% no período 1987 a 2013.

O número de alunos que concluíram os cursos de Graduação (Gráfico 4) cresceu de 3.830 em 1987 para 7.452 em 2013, ou seja um incremento de cerca de 95% no período analisado.

A evolução dos indicadores relacionados a Pós-Graduação apresentou também excelente desempenho.

O número de cursos de Mestrado (Gráfico 5) passou de 205 em 1987 para 347 em 2013 com um crescimento de mais de 69%.

No caso dos Cursos de Doutorado (Gráfico 6) o crescimento foi ainda maior, ou seja 94%, passando de 164 cursos em 1987 para 318 em 2013.

Em 1987 o número de alunos de Mestrado (Gráfico 7) era 8.901, atingindo 14.149 em 2013, ou seja um incremento de cerca de 59%.

O corpo discente de Doutorado (Gráfico 8) apresentou uma evolução “explosiva” no período analisado, ou seja, passando de 4.037 alunos em 1987 para 15.398 em 2013, com um crescimento de 281,42%.

Com relação à conclusão dos cursos de Pós-Graduação, ou seja o número de títulos outorgados a “explosão” foi ainda maior.

Em 1987 foram Outorgados 775 títulos de Mestres, e em 2013 esse número atingiu 3.817, o que significa um crescimento de 392,52% no período (Gráfico 9).

Os títulos de Doutor outorgados pela USP (Gráfico 10) passou de 471 em 1987 para 2.428 em 2013, o que corresponde a um incremento de 415,50%.

É importante ressaltar que o marcante crescimento da Pós-Graduação na USP ocorreu também com excelente padrão de qualidade, o que pode ser constatado pelos resultados obtidos nas avaliações periódicas da CAPES. Atualmente a totalidade dos Programas de Pós-Graduação “Stricto Sensu” da USP tem conceitos superiores a 3, o que garante validade nacional para os títulos que outorga, conforme dispõe a Portaria nº 1418/98 do Ministério da Educação e do Desporto. Na última avaliação da CAPES (triênio 2010/2012) 40% dos Programas receberam conceito 6 ou 7 o que significa excelência acadêmica com padrões internacionais e cerca de 94% receberam conceito 4 ou superior.

A produção científica da USP retratada pelo número de trabalhos publicados no Brasil e no Exterior cresceu significativamente.

Em 1987 foram publicados no Brasil 9.865 trabalhos e em 2013 esse número atingiu 15.740, ou seja um acréscimo de quase 60% no período (Gráfico 11).

No caso de trabalhos publicados no exterior (Gráfico 12), a produção passou de 1.530 em 1987 para 9.913 em 2013, correspondendo a um aumento de 547,91%.

O acervo físico das Bibliotecas da USP (Gráfico 13) também apresentou excelente desempenho, sendo que o número de livros cresceu de 1.149.767 em 1987 para 7.690.149 em 2013, ou seja mais de 569%.

O componente de internacionalização da USP, pode ser representado por diversos indicadores, entre eles pelo número de alunos estrangeiros (Gráfico 14) que oscilou ao longo do período, sendo de 2.288 em 1987, caindo para 731 em 1988, e crescendo até atingir 2.328 em 2013.

No período analisado o corpo docente da USP passou de 5.207 em 1987 para 6.008 em 2013, sendo, que a parcela em regime de dedicação integral à docência e a pesquisa passou de 67,21% para 87,08% e a de docentes com título de Doutor ou superior passou de 66,33% para 99,27%.

Em relação aos servidores Técnico-Administrativos (Gráfico 16) o número passou de 15.128 em 1987 para 17.451 em 2013, sendo que 46% tem formação técnica e 24% nível superior.

A expansão da área edificada da Universidade (Gráfico 17) foi de cerca de 76% no período 1987 a 2013, passando de 1.085.148 m² para 1.914.611 m².

CONCLUSÃO

A avaliação da evolução de indicadores de desempenho da USP no período de 1987 a 2013 confirma a expectativa de que as condições de planejar seu crescimento com a autonomia financeira recebida do Estado em 1989, permitiria a Universidade, chegar aos 80 anos com padrões de desenvolvimento e qualidade de nível internacional, o que tem sido verificado também pelos resultados obtidos nos diversos “rankings” internacionais.

Para acessar os gráficos, CLIQUE AQUI

*Apresentação do Anuário Estatístico da USP de 1987

a) José Goldemberg foi Reitor da USP no período de 1986 a 1990.

b) Joaquim José de Camargo Engler é Coordenador –Editor do Anuário Estatístico da USP desde 1987


18 de março de 2015

Novo aprimoramento

Um dos principais desafios em física e ciência dos materiais é controlar as propriedades de materiais com grande precisão, o que é perseguido por pesquisadores de todo o mundo, incluindo-se os do Grupo de Polímeros “Bernhard Gross” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sendo que o docente do Grupo, Osvaldo Novais de Oliveira Jr., é entusiasta dessa linha de pesquisa, na qual atua com a colaboração de estudantes e pesquisadores de diversas instituições do Brasil e exterior.

Chu-_lingua_eletrnica-1-350Um dos nortes para estudos nessa área é a busca por sinergia nas propriedades de diferentes materiais. Muito da tecnologia da qual dispomos atualmente nasceu do desenvolvimento de novos materiais ou melhora de materiais existentes. Há várias maneiras de se obter tal desenvolvimento, desde o emprego de modelagem teórica, que permite prever propriedades de materiais, até o planejamento de experimentos com base nas propriedades conhecidas de materiais, explica Osvaldo.

Imagine que certo material tenha uma propriedade A e outro tenha uma propriedade B. Em muitos casos, a junção dos dois materiais resultará na propriedade C, mais interessante para determinadas aplicações. Esse exemplo se aplica às línguas eletrônicas, que se utilizam do tripé inteligência artificial, sensores supersensíveis e capacidade de reconhecimento de moléculas para aplicações industriais e na área médica (clique aqui para saber mais). Numa língua eletrônica, combinamos vários sensores, usados simultaneamente para medir propriedades elétricas de um líquido, sendo que as respostas elétricas são combinadas para se ter uma espécie de ‘impressão digital’ do líquido analisado, elucida o docente.

Os sensores das línguas eletrônicas são obtidos de nanofilmes, organizados em camadas empilhadas. As características desses filmes podem ser modificadas alterando-se o material de cada camada, e combinando-se diferentes materiais no mesmo filme. Para línguas eletrônicas, normalmente empregamos polímeros [macromoléculas como as que compõem um plástico], quitosanas, nanopartículas e outros materiais naturais, em geral na forma de nanoestruturas. Não há, entretanto, uma fórmula para indicar qual é o melhor material para uma aplicação, e isso tem sido buscado com muita pesquisa, conta Osvaldo.

Novo (e promissor) resultado

Um dos trabalhos recentes de Osvaldo e colaboradores vem ao encontro dessa busca por novos materiais com propriedades otimizadas. Trata-se de artigo sobre língua eletrônica publicado na revista Physical Chemistry Chemical Physics (Inglaterra) em outubro do ano passado, produzido em colaboração com pesquisadores da Embrapa Instrumentação (CNPDIA), de São Carlos. No trabalho em questão, otimizou-se a propriedade de condutividade elétrica de um polímero condutor, a polianilina (PANI), combinando-a em nanocompósitos com cloreto de prata (AgCl).

A polianilina é excelente para distinguir dois Chu-_Lingua_eletronica-1_250líquidos cuja acidez tem pouca variação, pois pequenas alterações de acidez geram grandes diferenças nas suas propriedades elétricas. Por outro lado, essa característica traz uma limitação à PANI: ela não é adequada para uso em língua eletrônica que precise analisar líquidos com grande variação de pH.

Tal limitação foi vencida no artigo de Osvaldo e colaboradores, pois a condutividade elétrica dos nanocompósitos de PANI/AgCl não foi afetada pelo pH, mesmo quando se passou de um líquido ácido para um básico. Isso permitiu construir uma língua eletrônica contendo PANI capaz de distinguir sabores ácidos de básicos, explica Osvaldo. A contribuição científica consistiu na descoberta de um processo para controlar as propriedades elétricas da PANI, empregando-se o artifício de produzir nanocompósitos híbridos.

A implicação imediata e já comentada é permitir que a PANI seja usada em mais aplicações de uma língua eletrônica. Há, também, perspectivas de mais longo prazo para explorar a descoberta do artigo publicado na PCCP. A PANI é hoje um dos polímeros condutores mais usados para potenciais aplicações em processos e produtos. Exemplos são seu uso em recobrimentos para evitar corrosão, supercapacitores, sensores e biossensores, exemplifica o docente. A partir de agora, a condutividade da PANI poderá também ser explorada em casos em que o material é submetido a pHs altos, o que pode ampliar enormemente o leque de aplicações desse polímero, finaliza Osvaldo.

Assessoria de Comunicação

17 de março de 2015

Pesquisador do IFSC/USP recebe homenagem

No decurso da edição de 2015 do encontro anual promovido pela IADR – International Association for Dental Research, em conjunto com a ADR – American Dental Research, evento que ocorreu em Boston – Estados Unidos -, entre os dias 09 e 13 de março e perante cerca de dois mil convidados, o docente e pesquisador do IFSC, Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, foi homenageado com a atribuição do título de Membro Honorário da IADR, uma distinção considerada como a mais alta dentro da citada comunidade científica, que, sublinhe-se, BAGNATO180é uma das mais respeitadas associações de pesquisa do mundo, relacionada com a área odontológica.

Na opinião do pesquisador homenageado, o IFSC/USP tem sido exemplar nas contribuições que tem feito, neste caso concreto através do seu Grupo de Óptica, onde foram desenvolvidas diversas tecnologias, como, por exemplo, a cura das resinas dentais com LED’s e técnicas a laser para tratamento e diagnóstico de doenças, trabalhos que, para Vanderlei Bagnato, significam um trabalho intenso para fazer a odontologia ir além dos dentes.

De fato, o Grupo de Óptica do IFSC/USP tem-se notabilizado pelo desenvolvimento de técnicas modernas e inovadoras, entre as quais podemos salientar o tratamento e diagnóstico precoce do câncer de boca, com a utilização de fluorescência óptica, ou mesmo no tratamento de infecções bucais através de técnicas fotodinâmicas.

(Com colaboração de Kleber Chicrala)

Assessoria de Comunicação

17 de março de 2015

“Mogiana Jazz Band” no Teatro Municipal de São Carlos

No âmbito da iniciativa denominada Concertos USP / Prefeitura de São Carlos – uma parceria estabelecida recentemente entre o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ribeirão Preto mogiana200(FFCLRP-USP) e Prefeitura Municipal de São Carlos -, inicia-se no próximo dia 23 de março mais uma série de concertos com os diversos grupos que integram a prestigiada USP – Filarmônica.

Assim, no dia 23 de março, pelas 20h30, o Teatro Municipal de São Carlos recebe o já conhecido e consagrado Mogiana Jazz Band, um grupo constituído por cerca de vinte e cinco excelentes músicos, entre docentes, alunos e servidores do Departamento de Música da FFCLRP-USP, que apresentará um extraordinário repertório exclusivamente dedicado ao jazz e com um repertório diversificado de obras de compositores nacionais e estrangeiros, sob a batuta do Maestro José Gustavo Julião de Camargo

Os convites (gratuitos) para este espetáculo de jazz estão sendo distribuídos na Assessoria de Comunicação do IFSC-USP, entre os dias 16 e 23 de março, nos horários compreendidos entre as 08 e as 12 horas e as 14 e 17 horas, bem como no Teatro Municipal de São Carlos, nos habituais horários de atendimento ao público.

O repertório desta apresentação está organizada da seguinte forma;

1- Saudades de minha terra/Dois corações – Goiá e Belmonte/ Pedro Salgado com arranjo de Rubinho Antunes;

2- Mafuá do Malungo – Rafael Leme;

3- Mogiana no Samba – Rafael Leme;

4- Amarelo – Silvio Zalambani com arranjo de Massimo Mantovani;

5- Carinhoso – Pixinguinha, com arranjo de José Matsumoto;

6- Um a Zero – Pixinguinha com arranjo de Nailor Proveta;

7- Dindi – Tom Jobin com arranjo de Rob McConnell;

8- Altar Particular – Maria Gadú com arranjo de Manga Moraes;

9 – Coisas do Brasil – Vitor Zafer;

10- Um ano de samba- Tood Murphy;

11- Conversa de Botequim – Noel Rosa Vadico com arranjo de Tood Murphy;

12 – Na Gloria – Raul de Barros com arranjo de José Matsumoto;

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Este espetáculo conta com os importantes apoios do Conselho Gestor do Campus USP de São Carlos, na pessoa de seu presidente, Prof. Dr. Carlos Alberto Ferreira Martins, da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do IFSC/USP, na pessoa de seu presidente, Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, bem como do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão do Campus USP de São Carlos, na pessoa de seu presidente e simultaneamante Pró-Reitor Adjunto de Cultura e Extensão Universitária da USP, Prof. Dr. João Marcos de Almeida Lopes.

Assessoria de Comunicação

16 de março de 2015

Printed (Bio)Electronics: Bioinks, Bioactive Films and Printed Devices

Felippe_Pavinatto_250No dia 16 de março, pelas 16h, no Anfiteatro Novo do Instituto de Física de São Carlos, aconteceu mais uma edição do Seminário Especial, onde o Dr. Felippe José Pavinatto (IFSC/USP) apresentou a palestra intitulada Printed (Bio)Electronics: Bioinks, Bioactive Films and Printed Devices.

Em sua apresentação, o pesquisador falou sobre duas pesquisas assinadas por ele. O primeiro projeto envolve a detecção precoce de úlceras através de um dispositivo biomédico, enquanto o segundo trabalho associa componentes eletrônicos à impressão a jato de tinta.

Felippe Pavinatto é graduado em Ciências Exatas com Habilitação em Química pela USP, tendo, também, mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo, e pós-doutorado em Engenharia Elétrica pela Berkley University of California, Estados Unidos. O pesquisador, que atua no Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross” (IFSC/USP), tem vasto interesse em projetos relacionados à fabricação de dispositivos orgânicos eletrônicos e bioeletrônicos por impressão e ao desenvolvimento e caracterização de filmes finos nanoestruturados poliméricos.

Assessoria de Comunicação

16 de março de 2015

“Ciência às 19 Horas” aborda “Divergência, conflito e violência”

O já tradicional programa Ciência às 19 Horas regressa ao nosso Instituto, com a primeira edição de 2015 a ocorrer no próximo dia 17 de março, a partir das 19 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP).

Para abrir a nova temporada do evento, esta primeira edição contará com a presença da Profa. Dra. Eda Terezinha de Oliveira Tassara, docente e pesquisadora do Instituto de Psicologia e do Instituto de Estudos Avançados, da Universidade de São Paulo, que abordará um tema verdadeiramente atual – Divergência, conflito e violência.

Com efeito, vem sendo um consenso, entre cientistas sociais, rotular a atual sociedade brasileira de anômica, dado o isolamento e as dificuldades para uma comunicação direta que se manifesta entre seus cidadãos. Tais atributos exteriorizam-se como disruptores do adequado funcionamento do convívio sócio-comunitário, emergindo sob forma desordenada de conflitos de várias ordens, os quais evoluem, muitas vezes, para confrontos e tensões violentas.

Argumenta-se que, em situações de anomia e alienação, a violência resulta de dificuldades advindas de fluxos desconexos de comunicação, impossibilitando a identificação, pelos grupos sócio-comunitários, da origem lógico-cognitiva, psicológica-afetiva ou ético-política das eventuais divergências.

Assim, passam as mesmas a alimentar conflitos face à heterogeneidade de repertórios pregressos dos indivíduos pela precariedade dos processos de socialização aos quais são submetidos, agravada, em via de mão-dupla, pelas suas inscrições em situações de anomia e alienação.

Um tema importante, a não perder nesta primeira edição de 2015 do programa Ciência às 19 horas.

Assessoria de Comunicação

16 de março de 2015

XXII SNEF discutirá problemas e desafios do ensino da Física

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC), em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o apoio da Sociedade Brasileira de Física (SBF), sediará entre os dias 22 a 27 de janeiro de 2017 o XXII Simpósio Nacional de Ensino de Física (XXII SNEF), cujo tema principal será: Novas tecnologias aplicadas ao ensino de física: Problemas fisica200e desafios. O evento ocorre a cada dois anos, congregando essencialmente alunos e professores dos diversos níveis de ensino, que debatem questões relacionadas ao ensino e aprendizagem da Física, à pesquisa realizada no campo de investigação do ensino de Física e à formação de profissionais que atuarão nesse campo, sejam como docentes ou como pesquisadores.

Para possibilitar o intercâmbio de ideias, os participantes do XXII SNEF poderão apresentar mini-cursos, sessões de comunicações orais e de pôsteres, oficinas, mesas-redondas, palestras, mostras e conferências. Nesta edição, serão discutidos os seguintes temas: Didática da Física: Materiais, Métodos, Estratégias e Avaliação; O Ensino da Física para a Graduação; Formação Inicial e Continuada do Professor em todos os Níveis de Escolaridade; Educação Científica e Formação Profissional; História, Filosofia e Sociologia da Ciência e o Ensino de Física; Tecnologias da Informação e Comunicação no Ensino Teórico e Experimental de Física; Física Moderna e Contemporânea e Atualização Curricular; Interdisciplinaridade e Ensino de Física; Arte, Cultura e Educação Científica; Alfabetização Científica e Tecnológica e Ensino de Física; Divulgação Científica e Comunicação no Ensino de Física; Ensino de Física e Estratégias para Portadores de Necessidades Especiais; Políticas Públicas e Questões Institucionais para o Ensino de Ciência e de Tecnologia.

O Prof. Dr. Marcelo Alves Barros DSCN8216(IFSC/USP) que, a convite da SBF, coordenará o XXII SNEF, diz que a expectativa do evento é atrair aproximadamente dois mil participantes de todo o Brasil, incluindo convidados internacionais. Eu espero que a temática do ensino da Física seja discutida localmente e nacionalmente. A expectativa é positiva, principalmente porque o evento será realizado em São Carlos, uma cidade reconhecida pelas universidades e indústrias que sedia e também por ser um pólo tecnológico.

Segundo o docente, o XXII SNEF deverá focar na inovação curricular e acadêmica, mostrando que os profissionais brasileiros são capazes de atualizar seus currículos e metodologias de ensino, se adaptando às novas tecnologias de comunicação e informação, a fim de ensinar uma Física para cidadãos do século XXI: Um dos vários problemas que posso apontar é a defasagem curricular. A Física ensinada no ensino médio das escolas é uma Física do século XVII, na melhor das hipóteses, do século XVIII. Então, ela é uma Física que tem, no mínimo, 150 ou 200 anos de defasagem em relação às inovações científicas contemporâneas, afirma.

Além disso, Marcelo Barros destaca que no Brasil apenas 25% dos docentes que atuam no ensino de Física, na Educação Básica, são graduados em Física, enquanto que os demais 75% são engenheiros, matemáticos, químicos, biólogos etc. De acordo com o Censo da Educação Superior de 2012, os cursos de Licenciatura em Física possuíam apenas 30,9 mil estudantes matriculados, enquanto cursos como Administração com 833 mil estudantes, Direito com 737,3 mil e Pedagogia com 603 mil. Para tornar este quadro ainda mais alarmante, o número daqueles que entram nos cursos de Licenciatura em Física é superior aos que se formam, considerando também o aumento de vagas. Em 2012, a Física tinha 11,8 mil calouros e 2,6 mil formados, sendo que no país faltam 170 mil docentes na rede pública, nas áreas de Física, Matemática e Química, segundo dados do Ministério da Educação.

Para o Prof. Marcelo Barros, esses desafios são difíceis de serem ultrapassados, mas o ponto-chave na superação desses obstáculos está na formação de professores, a partir do oferecimento de cursos de formação inicial e continuada, para que esses docentes vivenciem novas metodologias e conteúdos curriculares. Hoje, o currículo de Física no Estado de São Paulo já tem como conteúdo programático e obrigatório tópicos de Física Moderna e Contemporânea, tais como: Física de Partículas, Mecânica Quântica e Relatividade, mas, na opinião do docente, esses professores ainda não sabem Barros350como trabalhar tais conteúdos, adequadamente. O SNEF vem ao encontro dessa demanda, porque será estruturado em termos de oficinas, mini-cursos, encontros e palestras, que abordarão essas questões.

Esse formato permitirá que os participantes vivenciem novas tecnologias, metodologias e novos conteúdos, para que possam aplicá-los em sala de aula. O Prof. Marcelo diz que é preciso superar, também, o paradigma de que a Física é uma disciplina que só existe para se passar no vestibular, tendo em vista que essa área tem um papel essencial na formação de cidadãos do século XXI, que vivenciam o avanço tecnológico.

Enquanto a pesquisa científica avançou significativamente, o ensino passou por poucas transformações. De modo geral, as aulas de Física ainda são tradicionais e expositivas, ou seja, o professor é um mero transmissor de informação. O SNEF não tem pretensão de mudar a sala de aula de forma radical e imediata, mas, sim, de contribuir para a melhoria do ensino. Mas, essa tarefa cabe ao professor. Ele quem precisa mudar internamente e essa é uma mudança difícil de acontecer, afirma Marcelo Barros. Ainda para o docente, os estudantes de Licenciatura em Ciências Exatas, por exemplo, têm baixa autoestima devido à falta de prestígio e reconhecimento que a profissão docente sofre em nosso país.

Embora participar da organização de um evento tão abrangente, tal como o SNEF, seja um grande desafio, Marcelo Barros diz que está bastante convencido de que esta edição será realizada com sucesso, uma vez que há todo o apoio do IFSC, da UFSCar e da SBF.

Além do Prof. Marcelo Barros, que coordenará o XXII SNEF, integrarão a comissão organizativa os seguintes professores e educadores: Profª. Ducinei Garcia (UFSCAr), Prof. Nelson Studart (UFSCAr), Prof. Valter Luiz Líbero (IFSC/USP), Prof. Adilson Ap. J. Oliveira (UFSCAr), Profª. Alice Pierson (UFSCAr), Profª. Josimeire Meneses Julio (UFSCAr), Profª. Carolina de Souza (UFSCAr), Prof. Márlon Pessanha (UFSCAr), Prof. Gustavo Rojas (UFSCAr), Prof. Tomas Catunda (IFSC/USP), Prof. Sérgio R. Muniz (IFSC/USP), Profª. Nelma Bossolan (IFSC/USP), Prof. João Renato Muniz (IFSC/USP), Educador Herbert Alexandre João (IFSC/USP), Prof. Mauricio Pietrocola (FEUSP), Profª. Lucia Helena Sasseron (FEUSP), Prof. Nilson Marcos Dias Garcia (UFTPR), Prof. Euclydes Marega Junior (IFSC/USP), Profª. Yvonne Primerano Mascarenhas (IFSC/USP), Prof. José Messias Borges (USP), Prof. Helio Dias (IFUSP), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP) e Profª. Anna Maria Pessoa de Carvalho (FEUSP).

Assessoria de Comunicação

13 de março de 2015

Dark Matter in the Milky Way

Fbio_Iocco_250Na mais recente edição do Colloquium diei, que aconteceu na manhã do dia 13 de março, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP), o pesquisador Fábio Iocco, do Instituto de Física Teórica da UNESP, apresentou a palestra Dark Matter in the Milky Way, onde discutiu sobre a recuperação de informações relacionadas à distribuição de matéria escura na galáxia espiral, também conhecida como Via Láctea.

O docente, recém-contratado pela UNESP, possui doutorado em Física Fundamental e Aplicada pela Università degli Studi di Napoli Federico II, Nápoles, Itália.

A Università degli studi di Napoli Federico II é uma das instituições mais antigas do mundo, tendo sido fundada em 1224. Hoje, congrega os Departamentos de Agricultura; Arquitetura; Biologia; Economia; Farmácia; Física; Direito; Química; Engenharias; Medicina; Neurociência; Saúde Pública; Ciências Políticas; Humanidades; entre outros.

Assessoria de Comunicação

13 de março de 2015

Inscrições abertas – “Prêmio Para Mulheres na Ciência”

Estão abertas até dia 31 de maio do corrente ano as inscrições para o Prêmio Para Mulheres na Ciência, uma parceria entre a UNESCO no Brasil, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a L’Óreal, com o objetivo de reconhecer o trabalho das pesquisadoras na sua contribuição para o avanço do conhecimento e por seus benefícios para a sociedade.

Em nove edições, o citado programa já premiou 61 jovens promissoras cientistas, incentivando suas carreiras com bolsas-auxílio individuais (em reais) equivalentes a US$20 mil.

Os critérios para concorrer a este prêmio são simples, bastando cada interessada ser pesquisadora nas áreas de matemática, química, física, biologia ou saúde, e ter terminado seu doutorado a partir de 2009.

Este ano, serão premiadas sete pesquisadoras.

Para se inscrever neste prêmio, clique AQUI.

Para acessar o regulamento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

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