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14 de março de 2019

No IFSC/USP: Laura Greene ministra workshop para mulheres cientistas

O dia 14 de março ficou marcado por uma série de eventos realizados no nosso Instituto, entre os quais de destaca o denominado “Workshop para mulheres cientistas”, que ocorreu entre as 14h e as 17h30, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, coordenado pela Profª Laura Greene, cientista-chefe do National High Magnetic Field Laboratory e professora de física na Universidade Estadual da Flórida (EUA)

“A Arte da negociação” foi o primeiro tema abordado, tendo como a constatação de que negociações ocorrem todos os dias no laboratório científico e no local de trabalho e, muitas vezes, envolvem questões que são fundamentais para o sucesso da pesquisa e para o avanço na carreira. Laura Greene deu tópicos importantes sobre os fundamentos da negociação e que são relevantes para uma variedade de contatos individuais e coletivos.Os tópicos incluíram a importância da negociação para avançar nos objetivos de pesquisa e carreira, identificação de negociações, incluindo pacotes de inicialização, espaço, autoria, suprimentos, etc., elementos necessários para uma negociação bem-sucedida, a importância de desenvolver alternativas para um acordo, técnicas para lidar com pessoas e temas difíceis, a importância de ouvir e apreciar diferentes pontos de vista e a identificação de metas de negociação de curto e longo prazo.

“Habilidades de Liderança e Networking para as mulheres” foi o tema seguinte, onde Laura Greene enfatizou o fato de as mulheres cientistas assumirem papéis de liderança todos os dias, na sala de aula, em seu departamento ou instituição, e em suas organizações profissionais. Este workshop foi projetado para dar aos participantes os conceitos básicos de liderança, descrever algumas pesquisas sobre qualidades de liderança que levam ao sucesso e fracasso, fornecer técnicas e estratégias para o avanço na carreira em funções de liderança e auxiliar no desenvolvimento e manutenção de fortes redes de liderança. Os tópicos também incluiram estilos de comunicação eficazes para as mulheres, projetando confiança e credibilidade através da voz, imagem e linguagem corporal.

As áreas de interesse da Profª Laura Greene concentram-se nas áreas da física de matéria condensada experimental, com foco em materiais quânticos, incluindo matéria topológica e supercondutores de alta temperatura. A palestrante atua no Conselho de Diretores da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) e é vice-presidente da União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP). Defensora da diversidade, ela trabalha com equipes que promovem o sucesso de jovens cientistas, especialmente nos países em desenvolvimento. Desempenha funções de consultoria de liderança para o DOE, NSF e a Academia Nacional de Engenharia e Medicina da Ciência (NASEM); recentemente assumiu funções como co-presidente do NASEM Decadal Survey for Materials Research. Greene é membro do NASEM e membro da Academia Americana de Artes e Ciências, do Instituto de Física (UK), da AAAS e da APS. Os reconhecimentos incluem uma bolsa Guggenheim, o Prêmio Lawrence de Pesquisa de Materiais, o Prêmio Maria Goeppert-Mayer. Ela é coautora de mais de 200 publicações e apresentou mais de 550 palestras convidadas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

14 de março de 2019

IFUSP: Seleção de pós-doutorados em Simulações Moleculares em Interfaces

O grupo SAMPA/Nanopetro, do Instituto de Física da USP, em São Paulo (IFUSP) está selecionando, candidatos(as) pró-ativos(as) e motivados(as) para posição de pós-doutorado com bolsa Fapesp sob o tema “nanofluídica computacional e efeitos de confinamento em interfaces sólido-líquido”.

Buscam-se candidatos(as) com experiência prévia em dinâmica molecular e/ou cálculos de primeiros princípios.

O projeto será supervisionado pelo Prof. Caetano R. Miranda (IFUSP) e está vinculado ao Temático Fapesp – “Interfaces em materiais: propriedades eletrônicas, magnéticas, estruturais e de transporte”, que envolve grupos teóricos e experimentais da USP, UFABC, UNESP e CNPEM.

Para obter mais informações sobre a Bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP, clique AQUI.

Interessados(as) devem enviar até dia 12 de abril do corrente ano um CV em formato PDF, uma carta de apresentação e informações de contato para duas referências para o Prof. Caetano R. Miranda, através do email: crmiranda@usp.br  com o assunto (SAMPAJOBS).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de março de 2019

TV USP/CEPOF: Construção de um espectrógrafo de projeção

De que forma é que podemos construir um espectrógrafo de projeção, por forma a se mostrar um espectro para uma grande plateia?

Quem nos mostra isso é o Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes em mais um programa da série “Oficiência”, exibido na TV USP/CEPOF (Canal 10 da Net São Carlos) e também no Youtube.

Confira esta matéria que está intimamente relacionada com o conteúdo programático da Escola de Física Contemporânea, que ocorrerá no IFSC/USP entre os dias 30 de junho e 06 de julho do corrente ano.

Clique na imagem abaixo para assistir a este programa.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de março de 2019

Palestra: Saúde mental e bem estar na Pós-Graduação

Inserida na Semana de Pós-Graduação da USP, realiza-se no dia 14 do corrente mês, entre as 09h00 e as 09h45, no Anfiteatro “Jorge Caron” – Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), a palestra Saúde mental e bem estar na Pós-Graduação, que será apresentada pela psicóloga ao serviço do IFSC/USP, Drª Bárbara Kolstock.

Em sua apresentação, Bárbara Kolstock irá abordar a preservação da saúde mental na Pós-Graduação, a importância dos relacionamentos interpessoais e a qualidade de vida na Universidade e, ainda, uma pequena sessão de relaxamento e respiração.

Esta palestra terá transmissão ao vivo pela IPTV e através da página do Facebook da Biblioteca da EESC (https://www.facebook.com/bibliotecaeescusp/)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de março de 2019

Produção científica do IFSC/USP em fevereiro de 2019

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de  Fevereiro  de 2019, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) no final da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico:

Inorganic Chemistry Frontiers, v. 6, n. 2, p. 376-390, Feb. 2019

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de março de 2019

Pré-Inscrições – Escola de Física Contemporânea – EFC 2019

Uma semana inteira em regime de internato (com hotel e alimentação) e em contato diário (das 07h00/21h00) com cientistas e professores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Aulas expositivas e experimentais, palestras sobre temas atuais de física, visitas monitoradas às oficinas e aos laboratórios de ensino e pesquisas do Instituto – que é considerado um dos maiores centros de pesquisa multidisciplinar da América Latina -, e conhecer indústrias de tecnologia de ponta que nasceram dentro dos laboratórios do IFSC/USP.

Enquanto a maioria dos estudantes do ensino médio aproveita o período para curtir as férias, um vasto lote de alunos talentosos oriundos de todos os estados do país decide mergulhar nos laboratórios do IFSC/USP, decifrar enigmas, lançar e resolver problemáticas, encarar as complexidades propostas pela Ciência. Este é, sucintamente, o desafio lançado aos alunos do ensino médio do país pela Escola de Física Contemporânea (EFC), que desde 2001 é organizada pelo Instituto de Física de São Carlos e que esta ano ocorrerá entre os dias 30 de junho e 06 de julho.

A EFC tem sido para muitos alunos a porta de entrada que deu acesso a uma formação superior de grande qualidade não só em Física, como também em muitas outras áreas do conhecimento, transformando-os em quadros altamente qualificados e transportando-os para áreas profissionais de excelência no Brasil e no resto do mundo. Pela EFC já passaram jovens que hoje são cientistas nas mais variadas áreas do conhecimento e que estão ao serviço de instituições públicas e privadas; engenheiros, biólogos, farmacêuticos, químicos, profissionais nas mais diversas áreas da medicina, profissionais da área financeira, físicos, cientistas de dados, cientistas da área petrolífera, nanomedicina, defesa e aeroespacial, isto só para dar alguns exemplos.

Sempre com altas expectativas, os alunos que participaram de anteriores edições da EFC não esconderam seu entusiasmo perante aquilo que a Escola se propunha oferecer. Carlos Henrique da Costa Silva, que em 2018 viajou desde o Mato Grosso do Sul, a EFC constituiu um grande motivo de interesse para seus projetos futuros. Clique na imagem abaixo para acessar as declarações de Carlos Silva.

Da mesma forma, Elisa Capdeville, que viajou do Rio de Janeiro para a EFC-2018, conta como a Escola lhe deu a oportunidade para mergulhar naquilo que ela mais gosta – Física. Clique na imagem abaixo para conferir as declarações da aluna.

Também participante da EFC-2018, Karina Lopes, que veio do Paraná, decidiu se inscrever na Escola como uma forma de decidir qual o rumo profissional que iria tomar. Clique na imagem abaixo para conferir as declarações de Karina.

Raquel Gama, residente em Governador Valadares (MG), descobriu, na 5ª Série, a Olimpíada Brasileira de Matemática e tentou vencer esse obstáculo, mas não conseguiu chegar lá. Tudo parecia complicado demais, inatingível, mesmo. Embora muito nova, refletiu sobre esse “insucesso”, investigou o que tinha feito errado e tentou novamente no ano seguinte: resultado – uma medalha de bronze. E não parou por aí. Já na 7ª Série conquistou nova medalha de bronze na competição e na 8ª Série levou uma de prata para casa. A matemática começou a ser para a jovem uma espécie de companheira de todos os dias, algo que começou a fazer parte integrante de sua vida. Quanto às olimpíadas do conhecimento, essas competições começaram a mostrar a ela um mundo diferente, já que além do prazer em ganhar medalhas, as olimpíadas facultaram à jovem uma relação com muitas pessoas, entre alunos, professores e pesquisadores, além do fascínio e da descoberta proporcionadas de realizar inúmeras viagens por um país (o seu) até aí desconhecido para ela.

E a paixão por participar em olimpíadas, sua luta para ser “algo”, apareceu inexoravelmente no ensino médio, com participações em diversas olimpíadas do conhecimento – Física, Química, Matemática, Astronomia, etc. -, até que, subitamente, a jovem ouviu falar de uma iniciativa que prendeu sua atenção: A Escola de Física Contemporânea (EFC).

Candidatou-se e foi selecionada para a edição de 2014, onde, durante oito dias, em regime de internato, mergulhou a fundo na temática, trabalhou exaustivamente nos laboratórios junto com seus colegas, trocou ideias e sanou suas dúvidas com pesquisadores e docentes da USP:

“Participar da EFC foi muito importante e decisivo na minha vida. Antes de participar eu não tinha certeza do que cursar na graduação, gostava de exatas e por isso achava que devia cursar Matemática. Na EFC me foi introduzido aspectos da Física, além dos que aprendemos no Ensino Médio, e me fez perceber que Física era o que eu realmente gostaria de estudar. Além das palestras e aulas, o que mais gostei foi ir ao laboratório e fazer experimentos de Física Moderna pela primeira vez. Senti-me uma cientista!! E, quando voltei da Escola, decidi me tornar uma de verdade”. Embora sua decisão de fazer Física remontasse ao 3º ano do Ensino Médio, Raquel confessa que a EFC foi decisiva para sua escolha definitiva: “Depois de ter conhecido o IFSC, através da EFC, não hesitei: lancei-me nos braços do Instituto de Física de São Carlos, em 2015, através do vestibular, um instituto de nível internacional com uma infraestrutura fantástica e com docentes e pesquisadores de alto nível”.

Raquel Gama concluiu seu Bacharelado em Física em janeiro do corrente ano e durante seu percurso acadêmico conquistou os seguintes prêmios:

SIFSC – (2017) Prêmio de Mérito Científico “Profa. Dra. Yvonne Primerano Mascarenhas”Projeto de Iniciação Científica;

“Prêmio AUREMN” (2018) Melhor trabalho de Iniciação Ciêntífica.

Como o número de vagas é limitado, os alunos interessados em participar da EFC – 2019 serão submetidos a um processo seletivo. Para concorrer a uma vaga, o aluno interessado deverá realizar sua pré-inscrição a partir do dia 01/03/2019 exclusivamente no site da EFC.

Para realizar sua pré-inscrição, o aluno deverá preencher o Formulário de Pré-Inscrição na EFC e submeter, pelo site, acesse no menu, junto com a cópia atualizada de seu histórico escolar.

Importante: A falta de qualquer informação solicitada ou do Histórico Escolar atualizado poderá acarretar em eliminação do candidato do processo seletivo para a EFC. O mesmo acontecerá caso o formulário específico de pré-inscrição não seja enviado ou seja preenchido por outra pessoa que não o aluno candidato à vaga na EFC.

As pré-inscrições se encerram no dia 14/04/2019 e, então, serão avaliadas pela Comissão Organizadora da EFC. Os alunos selecionados para participar da escola serão informados até o dia 20/05/2019.

Importante: Caso haja desistência por parte dos alunos selecionados na primeira fase da seleção, os alunos mais bem classificados dentre os não convocados poderão ser chamados oportunamente.

Para se inscrever na EFC-2019, ou obter mais informações sobre a Escola, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

11 de março de 2019

“There is plenty of room at the Bottom… But even more in a Fractal”

Cristiane Morais Smith, pesquisadora da Universidade de Utrechet (Holanda), foi a palestrante convidada em mais um seminário do Grupo de Óptica do IFSC/USP, realizado no dia 11 de março nas instalações de nosso Instituto, tendo como tema There is plenty of room at the Bottom… But even more in a Fractal.

Cristiane Smith começou por abordar, em sua apresentação, a ideia original de Feynman em usar um sistema quântico que pode ser controlado e manipulado livremente para simular o comportamento de outro mais complexo, floresceu durante as últimas décadas no campo dos átomos frios, sendo que mais recentemente esse conceito passou a ser desenvolvido na área de nanofotônica e em matéria condensada.

Nesta palestra, Cristiane Smith lançou a discussão em torno de alguns experimentos recentes, nos quais as redes de elétrons 2D foram projetadas em nanoescala. A primeira é a rede Lieb [1], e a segunda é uma gaxeta Sierpinski [2], que tem dimensão D = 1,58. A realização de redes fractais abre o caminho para a eletrônica em dimensões fracionárias.

Por último, a pesquisadora mostrou como controlar o grau de liberdade orbital eletrônico [3] e como realizar estados topológicos da material, usando o mesmo procedimento, observando-se uma excelente concordância entre as previsões teóricas e os resultados experimentais. Esta técnica está provando ser uma estrutura bastante versátil para a engenharia e controle de sistemas eletrônicos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de março de 2019

Pesquisadores do IFUSP e Queen’s University publicam artigo

O artigo The role of quantum coherence in non-equilibrium entropy production”, de autoria dos pesquisadores brasileiros Jader P. Santos (Instituto de Física da USP), Lucas C. Céleri (UFG), Gabriel T. Landi (Instituto de Física da USP) e Mauro Paternostro (Queen’s University Belfast, da Irlanda do Norte), foi publicado neste mês na revista Nature Quantum Information. Esta revista teve fator de impacto de 9.206 em 2017 de acordo com o Journal Citation Reports.

Resumo do artigo:

Irreversibilidade está entre os conceitos mais debatidos da física no último século. As leis fundamentais da natureza, como as leis de Newton ou a equação de Schrödinger, são manifestamente reversíveis. No entanto, os fenômenos que emergem dela podem não ser. Efeitos irreversíveis impactam diretamente a eficiência de máquinas térmicas e outros dispositivos. Quantificá-los é, portanto, essencial não apenas do ponto de vista fundamental, mas também aplicado.

Recentemente tem havido um grande esforço da comunidade em desenvolver dispositivos termodinâmicos que fazem uso de sistemas quânticos coerentes. Neste caso, propriedades como o princípio da superposição ou o emaranhamento, poderiam ser utilizadas como recursos para aumentar a eficiência destes dispositivos.  Estes recursos, no entanto, são facilmente degradados pelo contato com o ambiente, um processo eminentemente irreversível. A teoria matemática necessária para quantificar a irreversibilidade associada à perda de tais recursos quânticos ainda está incompleta.

Neste trabalho os autores contribuem neste aspecto, desenvolvendo um formalismo que permite separar a contribuição de efeitos clássicos e quânticos para a irreversibilidade de processos termodinâmicos. O trabalho é baseado em ferramentas de sistemas quânticos abertos, combinadas com o formalismo de teorias de recursos em informação quântica.

Em particular, o foco foi em quantificar o grau de irreversibilidade relacionado à perda de coerências quânticas quando um sistema interage com o ambiente. Os autores mostraram que há uma separação clara entre um termo clássico, relacionado com a troca de calor entre o sistema e o ambiente, e um termo genuinamente quântico, relacionado ao processo de decoerência. Além disso, utilizando o formalismo de trajetórias quânticas, os autores mostraram que a irreversibilidade devido à decoerência está ultimamente relacionada com um dos conceitos mais básicos da mecânica quântica: a noção de que estados quânticos não são em geral ortogonais entre si. Esta pesquisa contribui, dessa forma, para um esforço crescente da comunidade em identificar quais efeitos quânticos podem resultar em uma quantum advantage no contexto da termodinâmica.

Para acessar o trabalho, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de março de 2019

Para ex-aluno do IFSC/USP: “Um físico trabalha onde quiser”

Mais do que paixão pela ciência, o que Ivan Marin sempre teve foi curiosidade por aquilo que o rodeava, saber como tudo funcionava, o que podia acontecer quando algo era desmontado e montado novamente, se podia – ou não – derreter coisas, como bolinhas de gude (o que apavorava seus pais) e de que forma podia medir e inferir esses fenômenos que, na época, eram muito interessantes.

Mas, para este menino, hoje com 34 anos e natural de São Paulo, cidade onde desenvolve a sua profissão de cientista de dados/especialista em inovação na empresa Catho, sua curiosidade não era apenas por coisas físicas, mas por lugares também, como, por exemplo, saber como as pessoas viviam em um deserto (“É tudo seco lá! Não chove!”), ou até como seria viver no espaço. O designado “pulo do gato” veio com a ficção científica, quando, certa vez, seus pais o deixaram assistir a alguns filmes, como “Jornada nas Estrelas – O Filme” e “Guerra nas Estrelas”. “O espaço e a astronáutica não pararam mais de me fascinar. E para chegar lá? Ciência!”, afirma Ivan ao recordar o início do seu ensino fundamental, em São Paulo, Capital, com posterior mudança de toda a família para a cidade de Araraquara (SP) onde estudou na escola Diálogo, tendo mudado depois para o Colégio Progresso, até à quarta série, e depois, ainda, para outras duas escolas distintas na rede pública – Léa de Freitas Monteiro e Dorival Alves.

A educação dada pelos pais de Ivan Marin foi pautada pela liberdade do jovem poder seguir sua curiosidade, sempre cercado de livros, enciclopédias e, mais tarde, do imprescindível acesso à Internet. Contudo, houve alguém que o marcou muito nos primeiros anos de seu aprendizado. “Uma professora do fundamental – Sandra – foi muito importante em direcionar essa minha curiosidade para alguns objetivos mais científicos, com foco em experimentos. Ela foi a primeira a me indicar que, para se descobrir alguma coisa, tinha que se experimentar e não acreditar apenas nos livros e em pessoas. Ela também ajudou bastante em me mostrar como o meio ambiente é importante”, ressalta Ivan Marin. Embora aplicado nos seus estudos, o jovem estudante debateu-se com algumas dificuldades. Apesar de ter estudado em escolas particulares e públicas e embora o conteúdo das disciplinas nunca tivesse sido um problema, Ivan lutava, de alguma forma, com dificuldades relacionadas com o foro pessoal, que só depois de muito tempo foi relacionado com dislexia. “Esse estado não interferiu muito no meu desenvolvimento, com exceção de que, na leitura, eu demorava sempre duas vezes mais tempo para entender – eu lia muito rápido para terminar logo, mas não entendia nada! – e ninguém conseguia ler o que eu escrevia, nem eu mesmo. Mas só fui ter esse diagnóstico de dislexia anos depois, já adulto, e aí já era tarde”, pontua nosso entrevistado.

Avançando nas recordações até à data do seu ensino médio, Ivan comenta que esse período foi igual ao de todo o mundo, ou seja, estranho e interessante ao mesmo tempo! “Tive várias experiências legais com ciência, como um laboratório de biologia, instituído pela escola onde fiz o colegial. Eu não precisava ir, não era obrigatório para ninguém, mas a chance de estudar e aprender em um ambiente de laboratório era uma chance que eu não podia perder. Abracei e comecei a ir ao laboratório fora dos horários letivos, incentivado por um de meus professores. Fiz várias experiências lá, tive a chance de ir até o laboratório de anatomia da UNESP de Araraquara, que foi uma visita muito bacana, pois como éramos uma turma bem pequena, nos deixaram ficar bastante tempo e até manipular as peças, com a supervisão de professores da universidade”, recorda Ivan. Outra experiência muito interessante, relatada pelo ex-aluno do IFSC/USP, foi com um professor de História que o incentivou a estudar keynesianismo e welfare state, também fora do período normal, por forma a que entendesse melhor as perguntas que surgiam em sala, tendo-se formado um grupo de estudo muito próximo à imagem tradicional de uma iniciação científica, no terceiro colegial. “Ainda lembro a decepção desse professor quando falei que ia fazer Física… Ele tinha certeza que eu ia fazer História!”, complementa Ivan.

Ivan Marin em um de seus momentos de descontração

Antevendo sua entrada na universidade, a escolha de Ivan pela Física foi uma decisão tomada tendo em vistas vários fatores, sendo que alguns deles só surgiram quando o jovem estava preenchendo a ficha de inscrição da universidade. Sabia que ia fazer pesquisa, sabia que seu sonho era querer ser algo parecido com um cientista… Mas, Física??? Ele gostava (e ainda gosta) de vários assuntos, não somente de Física, como, por exemplo, de computação, tendo, inclusive, desenvolvido alguns pequenos trabalhos no colegial, mas a Física surgiu pela influência de dois eventos: o primeiro, através de um professor no colegial (Adriano), que mostrou ao jovem que, pensar com calma nos problemas de Física ajudaria em quase qualquer outro problema, e como modelar matematicamente as questões ajudaria a entender tudo ao seu redor. O segundo veio na decorrência de uma ideia fixa do jovem, que seu caminho acadêmico seria fazer filosofia. “Fui em uma palestra na UNESP de Araraquara, que abordou o tema “profissões”, em especial a de filosofia. A palestrante (professora) me perguntou qual o motivo pelo qual eu gostaria de fazer filosofia e se eu tinha algumas dúvidas. Depois de explicar que sim, que tinha dúvidas e que tinha cogitado também seguir as áreas de medicina, engenharia da computação e física, principalmente, ela disse: ‘É mais fácil um físico virar filósofo do que um filósofo virar físico’. Aquilo ficou gravado no meu subconsciente e acabei decidindo por Física, mesmo, e a escolha pelo IFSC/USP, em particular, foi porque o campus de São Carlos ficava mais perto da casa dos meus pais, em Araraquara, e porque a física, na UFSCar, não me atraiu muito…”, afirma nosso entrevistado, que fez sua graduação e mestrado em Física Computacional no IFSC/USP.

Quanto aos medos e apreensões sentidas no ambiente universitário, Ivan confirma que os anos de graduação são pautados por muitas mudanças, principalmente quando chega a hora de escolher o mestrado e o doutorado, que, no caso dele, não foi em Física, mas em engenharia hidráulica. No decurso de seu percurso acadêmico, Ivan trabalhou entre o mestrado e o doutorado, fazendo projetos de tecnologia como consultor, e ainda em supercomputação, tudo isso misturado com diversas questões importantes, como, por exemplo, se ia conseguir entender as disciplinas, se o seu caminho era realmente o de um cientista, se iria ser de fato um físico, ou o que iria fazer depois. Com dois pós-doutorados feitos – um no Brasil e outro no Canadá -, nosso entrevistado conseguiu resistir às ofertas de emprego por forma a continuar na Academia, no sentido de conseguir uma vaga como pesquisador ou professor. “Trabalhei como pesquisador em grupos de pesquisa no IFSC/USP até conseguir o primeiro pós-doutorado e a partir daí fiquei atrás de concursos e provas. Mas, ou não abriam vagas que me aceitassem – bacharel em física e doutor em engenharia, o que nem a engenharia nem a física costumam aceitar, apesar de todo o discurso de “multidisciplinariedade” -, ou simplesmente não haviam vagas. Tive propostas do Canadá, mas preferi não ficar por motivos pessoais, bem como outras para trabalhar nos EUA, mas nenhuma se concretizou, devido a mudanças políticas. Ou seja, depois de muito insistir e insistir nessa área acadêmica precisei escolher minhas prioridades de vida e profissionais, tendo surgido uma oportunidade de colocação no setor privado, que aceitei, e onde estou até hoje. Mas, o mais interessante de tudo isso é que de fato trabalho como cientista na área privada.”

No seu percurso fora da Academia e desde o final de sua graduação, nosso entrevistado concretizou diversos projetos de forma independente e muitas vezes sem remuneração, apenas pelo simples fato de poder aplicar os conhecimentos aprendidos e ganhar experiência. Dessa forma, trabalhou com montagem de clusters de computadores, desenvolveu atividade como programador científico em projetos de equipamentos oftálmicos, consultor em internet, administrador de sistemas em supercomputadores e até escritor para uma consultoria de ciência para jogos. “Sempre estive envolvido em alguma iniciativa para diversificar as atividades. No final, por causa dos contatos e amizades com pessoas da área de Física, surgiu uma oportunidade de trabalho fixo em uma empresa de tecnologia, na qual me mantenho, atualmente”, pontua Ivan.

Por vezes, muitos alunos acabam por se arrepender do caminho que escolhem, o que não foi o caso de Ivan Marin, quando pesou os prós e contras de ir para o setor produtivo, ou seja, trabalhar fora da Academia. Segundo o ex-aluno do IFSC/USP, o ambiente fora da Academia é diferente, muito mais moderno e, dependendo da área, mais tranquilo, já que existem métricas de produtividade e uma cobrança com relação a ela, mas isso não é novidade na Academia, sendo que muitas vezes essas métricas são injustas. Todavia, Ivan afirma que, de forma geral, as relações entre as pessoas são mais formais fora da Academia. “Eu tive sorte, pois fui trabalhar em uma equipe de inovação onde quase todo mundo teve uma forte experiência acadêmica, até porque a média de idades é muito baixa, ou seja, é gente muito nova; então, o ambiente é excelente, descontraído, produtivo, com muitas discussões, tanto técnicas quando de processo”, sublinha Ivan, acrescentando que “processo de trabalho é algo que não se ensina na Academia e é fundamental, até para, por exemplo, se ter algum controle sobre o que se está produzindo”.

Na opinião de nosso entrevistado, a Física mostrou-lhe o caminho de como se tornar um cientista, apesar de muitas vezes ter atrapalhado, ao invés de ajudar. Sólidos conhecimentos de matemática e algumas disciplinas da Física, como estatística, termodinâmica e eletromagnetismo, foram fundamentais, na opinião de Ivan, que enfatiza a área da computação, classificando-a como determinante. “Sou bacharel em Física, com ênfase em computação, diferente do atual curso de física computacional. Saíamos da Universidade com a formação de físico completo, acrescida de metade de um curso de computação voltado a aspectos práticos da área e isso sempre foi um fator fortemente determinante na minha progressão. Saber alinhar computação com pensamento analítico e ferramentas da Física sempre foram um diferencial”, pontua.

Em termos da faixa salarial praticada na sua área de especialização, Ivan comenta que depende muito de onde esse profissional vai ser colocado, qual a sua posição e o que irá fazer. Na opinião do ex-aluno do IFSC/USP, um graduado habilitado com o curso atual de Física praticamente não tem colocação no mercado, a não ser que ele faça, por exemplo, uma ênfase em computação, que saiba programar bem e tenha conceitos sólidos em algumas áreas da Física e da computação, e, mesmo assim, irá concorrer diretamente com outras carreiras, como ciência da computação. “Ele vai precisar estar pronto para demonstrar que tem algo a mais além da Física e além da computação, mostrar que não fica preso a nenhuma das duas. O que mais escutei sempre foi ‘Quem contrata físico?’ Essa pergunta é errada. Não é quem contrata físico, mas onde o físico quer trabalhar, já que ele tem que desbravar a área onde quer trabalhar e se esforçar para conseguir ser competitivo. Não há um limite superior no que ele pode alcançar, sendo que o caminho depende muito da experiência, das oportunidades”, explica Ivan.

Quanto às expectativas no futuro, Ivan Marin afirma que tem muitos planos, alguns deles envolvendo especializações em algumas áreas de pesquisa consideradas ‘úteis’ no mercado, e ampliar a faixa de áreas em que pode trabalhar. “Coloquei como objetivo não seguir mais o ritmo alucinado que se espera de um pós-doc, ou de um professor recém-contratado, que é estar ligado vinte e quatro horas na pesquisa e na universidade. Existem muitas outras coisas boas que devem ser aproveitadas fora desse ciclo e é possível ser altamente competente e ter sucesso sem precisar comprometer a vida”, afirma o ex-aluno. Por último, para os alunos de graduação do Instituto de Física de São Carlos, ou para os candidatos a ingressar na instituição, Ivan deixa alguns conselhos, como, por exemplo, a necessidade de estudarem de forma inteligente. “Saber resolver o Jackson inteiro não é sinal de que você é um bom físico, apenas serve para provar que você sabe resolver o Jackson. Um bom físico é aquele que tem a capacidade de olhar para um problema e ir aprender o que for preciso para resolver esse mesmo problema, seja em outra área da Física, seja em biologia ou história! Não se restrinjam a somente o que é dado. Tenham uma base sólida, claro, mas vão atrás de problemas interessantes”, complementa Ivan.

Para os novos ingressantes, Ivan Marin aconselha calma e coragem, já que os sustos podem ser grandes, mas, com paciência e perseverança, a Física vai fazendo sentido. “Estudem de forma inteligente e a Física se torna algo muito mais fantástico!”, finaliza o ex-aluno do IFSC-USP.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bogamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de março de 2019

Ex-aluno do IFSC/USP em uma das maiores empresas do mundo

Marcos Antonio da Silva (44) sempre estudou em escola pública e conta que desde a infância sempre teve facilidade com os números e uma grande curiosidade sobre como as coisas funcionavam ao seu redor. Esse aspecto contribuiu bastante para que Marcos seguisse o caminho da física, principalmente a partir de uma visita que fez à UNICAMP (Programa Universidade Aberta), ainda durante o ensino médio. Ao conhecer os laboratórios e diversas experiências demonstrativas de física feitas durante o evento naquela universidade, ele teve certeza de que era aquilo que gostaria de fazer pelo resto de sua vida.

Nessa época, aos 14 anos, Marcos já trabalhava: “Para a minha família, trabalhar durante a adolescência era um processo natural de todo o ser humano”. Marcos trabalhava durante o dia em um escritório de engenharia civil e cursava o ensino médio no período noturno. Apesar do trabalho, que ocupava grande parte de seu dia, Marcos não desistiu de tentar ingressar na universidade. Assim que terminou o colegial, Marcos Antonio veio para São Carlos, onde ingressou no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP). “Quando escolhi prestar o vestibular, estava encantado com a UNICAMP, inclusive pelo fato de ter visitado o campus durante o colegial. Mas, nesse período, um professor me aconselhou a prestar a FUVEST para ingressar na USP, mesmo eu estando concentrado na UNICAMP. Fiz a prova da FUVEST bem relaxado, sem nenhuma pressão e, por um erro na correção da minha redação no vestibular da UNICAMP, não passei. Quando saiu o resultado da FUVEST foi uma grande surpresa: eu havia passado no IFSC/USP e iria para São Carlos”.

Logo que chegou a São Carlos, Marcos ficou muito satisfeito com o Instituto e com a cidade que o acolheria durante os anos de graduação e pós-graduação. Para ele, a transição para a nova cidade, com pessoas e rotina diferentes, foi um processo recheado de descobertas. O ritmo de estudos era completamente diferente, comparado ao do colégio, porque na Universidade ele ficava 16 horas dentro da sala de aula e outras 40 horas estudando ao longo da semana. Apesar das horas de estudo e dedicação, hoje, Marcos sente-se satisfeito com o resultado de seu esforço durante a vida acadêmica. Ele acredita que fez uma excelente graduação no IFSC/USP, que só lhe trouxe satisfação.

Após concluir sua graduação, Marcos deu início ao seu mestrado com o Prof. Dr. Tito José Bonagamba, na área de ressonância magnética, até porque, anteriormente, já tinha realizado atividades de iniciação científica na mesma área, bem como algumas monitorias no Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), onde recebia algum dinheiro para pagar o aluguel da república onde residia. Em determinado período de sua graduação, Marcos ainda reservava alguns dias para dar aulas em Barra Bonita (SP), cidade onde sua família sempre residira.  Quando ingressou no nosso Instituto, Marcos pretendia seguir a carreira acadêmica. Porém, devido à necessidade financeira durante o mestrado, começou a trabalhar num provedor de internet da cidade, o que veio a despertar o interesse pela indústria de TI. Em 1998, Marcos Antonio mudou-se para uma pequena cidade chamada Santa Rita do Sapucaí (MG), onde morou durante um ano, trabalhando em outra empresa voltada para a área de tecnologia de informação (TI) e telecomunicações.

“Os alunos que optarem pelo mercado de trabalho terão que ter paciência, calma e perseverança, pois irão enfrentar muitos obstáculos e grandes experiências até colherem os resultados”

Em 1999 foi transferido daquela cidade para Campinas (SP) e com essa oportunidade conseguiu finalizar o seu mestrado no IFSC/USP no ano seguinte. Após esse período, Marcos foi contratado pelo Instituto de Pesquisas Eldorado, onde trabalhou no desenvolvimento de software. Devido ao seu excelente desempenho, foi promovido ao cargo de líder de projetos, tendo recebido diversos treinamentos na área de liderança e gestão de projetos, tendo obtido, em 2005, uma certificação internacional – Project Management Professional (PMP). Nesse período, fez uma pós-graduação latu-sensu na PUC Campinas e um MBA em Negócios e Marketing na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

Após oito anos no Instituto Eldorado, o nosso entrevistado foi para o Rio de Janeiro trabalhar na empresa multinacional Accenture. Nela, Marcos gerenciou e participou de grandes projetos, como, por exemplo, da homologação do sistema de portabilidade numérica na telefonia (mudança de operadoras sem a necessidade de trocar o número telefônico). Posteriormente, Marcos foi chamado pela empresa Borland para trabalhar na área de consultoria e serviços de TI. Depois de terminado um projeto de seis meses, Marcos Antonio e um amigo abriram a empresa WCJ IT, voltada para a consultoria e gestão de projetos. Após alguns sucessos obtidos com a empresa, os dois amigos enfrentaram alguns obstáculos que quase levaram ao fechamento da empresa.

Em 2012, a Samsung chamou Marcos para uma entrevista. Nela, um dos gerentes da empresa fez uma pergunta curiosa para o ex-aluno do IFSC/USP: “Ele perguntou no que a física poderia contribuir para a empresa e porque ela deveria contratar um físico”. Surpreso, Marcos explicou que há diversas coisas que o físico enxerga de maneira diferente, fator que destaca os físicos dos outros profissionais. “Nós, físicos, sempre temos um questionamento natural sobre como as coisas funcionam e isso é um diferencial durante a análise de um problema e na proposta de solução”. Assim, Marcos foi contratado pela Samsung como gerente de projetos.

Profissionalmente, Marcos também já integrou diversas empresas, onde atuou no setor produtivo. Durante sua trajetória, naturalmente surgiram diversos obstáculos, entre eles o de ser um físico na indústria de TI, segmento no qual a maior parte dos profissionais em exercício é graduado em cursos de ciências de computação, por exemplo. No entanto, dessa experiência ele tirou a lição de que na física os alunos “aprendem a aprender”, inclusive pelas dificuldades que a disciplina contém e assim os prepara para quase todas as situações. O mercado de TI está bem aquecido no Brasil há um bom tempo e ainda há muito espaço e excelente oportunidade para bons profissionais.

Há aproximadamente doze anos, Marcos trabalha com gestão de projetos e está se dedicando atualmente para obter uma nova certificação internacional em Análise de Negócios. Sua perspectiva para o futuro é crescer na vertente gerencial, porém sem se distanciar muito da área técnica, na qual ele pode contribuir com toda a experiência que adquiriu na Universidade e no mercado de trabalho. Ele acredita que em qualquer área que algum aluno da física desejar atuar, o importante é dedicar-se e seguir em frente. Os caminhos que um aluno pode escolher após a graduação são muito diversos e ricos. Para Marcos, isso é muito importante, já que o Brasil precisa de bons físicos, principalmente, na indústria. “Devido à capacidade de adaptação dos físicos, há uma grande demanda no mercado, mas é preciso, no entanto, que as graduações em física se aproximem mais da indústria”, afirma.

Para nosso ex-aluno, a Universidade deve abrir mais as portas para o mercado e estreitar sua relação com as empresas, incluindo estágios e disciplinas que contribuam para que os estudantes terminem a fase acadêmica e fiquem prontos para encararem tanto os laboratórios de pesquisa e as salas de aulas, quanto o setor produtivo. “Os alunos, durante a graduação, têm a chance de saber se realmente pretendem seguir aquele caminho ou se querem recomeçar noutra área”. Marcos Antonio ainda diz que, com a idade que a maioria dos jovens conclui a graduação, há bastante espaço para eles recomeçarem, além do que não devem ter medo de se arriscarem naquilo que gostam. Para Marcos, os alunos que optarem pelo mercado de trabalho terão que ter paciência, calma e perseverança, pois irão enfrentar muitos obstáculos e grandes experiências até colherem os resultados. Todavia, deverão sempre procurar ingressar nas melhores empresas e tomar cuidado para não se encantarem apenas com os salários, já que muitas vezes a satisfação de trabalhar em uma prestigiada empresa e com projetos interessantes vale bem mais do que uma elevada remuneração.

Marcos conta que durante o tempo que integra a Samsung já teve a oportunidade de trabalhar com pessoas de culturas diversas e de colaborar em projetos desafiadores, além viajar para o exterior diversas vezes (Coreia do Sul com certa frequência) e que essa experiência e satisfação ele não poderia ter tido se não estivesse trabalhando em uma empresa multinacional de grande porte.

A Samsung Electronics, fundada em 1969, é considerada uma das marcas mais valiosas do mundo, segundo a consultoria Interbrand -, e emprega cerca de 280 mil funcionários em oitenta países. Ao todo, cerca de 65 mil profissionais atuam em P&D nessa empresa.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bogamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

8 de março de 2019

Pesquisador do IFSC/USP toma posse como membro afiliado da ABC

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) realiza, no dia 14 de março, em São Paulo, o Simpósio e Diplomação de Novos Membros Afiliados da Regional São Paulo, um evento que acontecerá no Auditório István Jancsó – Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Universidade de São Paulo (USP).

Anualmente, a ABC elege jovens cientistas de excelência, com menos de 40 anos, para integrarem a Academia por um período de 5 anos. São escolhidos até 5 pesquisadores por regional: Minas Gerais e Centro-Oeste, Nordeste e Espírito Santo, Norte, Rio de Janeiro, São Paulo e Sul. A criação da categoria de membros afiliados tem por objetivo identificar e estimular jovens com grande potencial para a Ciência.

No dia 14, cinco cientistas de São Paulo apresentarão suas pesquisas e receberão os diplomas de membros afiliados da ABC para o período de 2019 a 2023. Representando as ciências físicas, serão prestigiados os pesquisadores Diogo de Oliveira Soares Pinto (IFSC/USP), Gustavo Silva Wiederhecker (Unicamp) e Thiago Pedro Mayer Alegre (Unicamp), das ciências químicas, o cientista Mateus Borba Cardoso (LNNano/CNPEM), e das ciências matemáticas, o pesquisador Tiago Pereira da Silva (USP).

Realizando palestras, participarão do evento os Acadêmicos Naercio Menezes Filho (Insper) e Paulo Saldiva (USP). Estarão presentes também os reitores da USP, Vahan Agopyan, e da Unicamp, Marcelo Knobel, o diretor-geral do CNPEM, Antônio José Roque da Silva, e o Vice-Presidente Regional São Paulo da ABC, Oswaldo Luiz Alves.

A programação conta ainda com uma conferência sobre os desafios para a ciência brasileira, a ser articulada pelo Presidente da ABC, Luiz Davidovich.

Para saber mais sobre o evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de março de 2019

“Numerical quenches of disorder in the Bose-Hubbard model”

Os eventos acadêmicos e científicos promovidos pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP reiniciaram sua periodicidade neste começo de ano letivo, com a apresentação feita no dia 08 de março do segundo seminário do Grupo, apresentado pelo pesquisador Dr. Bruno Ricardi de Abreu (Unicamp), que dissertou sobre o tema Numerical quenches of disorder in the Bose-Hubbard model.

Em sua apresentação, o pesquisador sublinhou o as consequências da adição de desordem às partículas que interagem apresentarem um problema fundamental na física de muitos corpos. Para Bosons, desde o trabalho seminal de Fisher et al. [1], o modelo de Bose-Hubbard recebeu muita atenção e suas propriedades foram exploradas usando abordagens de grupo de renormalização e técnicas numéricas, bem como experimentos. Recentemente, com o auxílio de gases ultra-esfriados em redes ópticas, foi possível abordar características peculiares da chamada fase de Bose-Glass (BG) que intervém nas fases padrão do superfluido (FS) e isolante de Mott (MI) na presença de desordem [2].

No entanto, apesar do grande controle experimental, um procedimento sistemático para a realização de médias desordens ainda não é possível. A natureza estática da desordem faz com que, em teoria, cada realização do potencial de desordem leve a um Hamiltoniano diferente, que poderia, consequentemente, exibir diferentes valores de propriedades físicas do sistema. Por esta razão, uma análise mais detalhada das flutuações sobre este “conjunto de desordens” é de suma importância para interpretar os resultados experimentais e numéricos.

Neste seminário, Bruno de Abreu descreveu um procedimento para investigar as flutuações de sondas para as fases do modelo de Bose-Hubbard na fase super-fluida do sistema, usando métodos quânticos de Monte Carlo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de março de 2019

USP lança “Guia para Iniciação Científica e Tecnológica”

Com o intuito de dar apoio aos graduandos na compreensão do que é e como iniciar uma Iniciação Científica e/ou Iniciação Científica e Tecnológica (IC/ICT),  a Pró-Reitoria de Pesquisa da USP desenvolveu o “Guia para a Iniciação Científica e Tecnológica”.

O Programa de Iniciação Científica e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação é regulamentado pela Resolução CoPq nº 7.236, de 22 de julho de 2016, cuja missão é atender alunos dos cursos de graduação desde 1983, colocando-os em contato com grupos e linhas de pesquisa para proporcionar aprendizagem de técnicas e métodos científicos.

Visando estimular o desenvolvimento pessoal, profissional e o pensamento crítico, o aluno é orientado por um pesquisador experiente e atuante em sua respectiva área do conhecimento, sob as condições criadas pelo confronto direto com os problemas práticos da pesquisa. O estudante pode desenvolver pesquisa com bolsa oferecida pelas agências de fomento, com bolsa de programas da própria USP, ou sem bolsa.

Para obter mais informações sobre este programa, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de março de 2019

Nova lanchonete entra em funcionamento ao serviço da comunidade do IFSC/USP

Encontra-se já em funcionamento o novo setor de lanchonete para o atendimento da  Comunidade do IFSC/USP, espaço esse que se encontra localizado no piso térreo do prédio da Administração (fundos).

No próximo dia 11 do corrente mês (segunda-feira), pelas 09 horas, haverá uma breve inauguração, para a qual estão todos convidados.

Igualmente, a partir do dia 11, a Copa do IFSC/USP cessará o atendimento de pessoas no balcão e o fornecimento de café a setores, com exceção do Gabinete da Diretoria.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de março de 2019

Com entusiasmo: ingressantes do IFSC/USP iniciam o ano letivo

Agora começou! Depois da Semana de Recepção aos Calouros, os novos alunos ingressantes do IFSC/USP começaram sua caminhada naquela que é, talvez, a primeira grande etapa de suas vidas, onde os conhecimentos e as experiências colhidas serão determinantes para suas carreiras profissionais, sejam elas quais forem. Obviamente que a ficha ainda não caiu para a maioria desses jovens. Obviamente que eles ainda não se deram conta da responsabilidade que neste momento cai em seus ombros e que vai marcar suas vidas para sempre, quer na área acadêmica – já que esta vai indicar o norte de suas vidas -, quer no aspecto da formação cidadã, que irá ficar marcada de forma indelével nas suas personalidades, ainda em embrião.

Quase repentinamente deixaram de ser aquele(a)s menino(a)s que, no constante convívio com seus pais e familiares, pareciam que demorariam mais tempo para crescer. Eis que subitamente eles e elas se transformaram em estudantes universitários, deixando o “ninho” para, pela primeira vez, viverem em outra cidade, sozinhos, fazendo novos amigos e encarando o mundo de outra forma: são os primeiros passos como jovens adultos, deixando para trás uma adolescência que passou num piscar de olhos.

Giovana Patriarca

Para alguns, o ambiente da Universidade já não é assim tão assustador, atendendo a que algumas vezes, durante seu ensino médio, tiveram oportunidade de participar em programas simples dedicados à introdução de conceitos de disciplinas que fazem parte das grades curriculares dos cursos. O IFSC/USP foi igualmente motivo de interesse por parte de milhares de alunos que ao longo dos últimos anos decidiram visitar o Instituto e participar naquele que é um dos melhores e mais bem estruturados programas de integração dos alunos do ensino médio à Universidade – “Universitário por Um Dia”, coordenado pelo educador de nosso Instituto, Herbert João Alexandre. Nesse programa, os estudantes são convidados a participar de diversos experimentos e a entender o objetivo de cada um deles.

No dia 22 do corrente mês, liderados pelo aluno do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, João Gabriel Barbosa Silva, os ingressantes do IFSC/USP conheceram a designada “Sala do Conhecimento”, localizada no edifício dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF), o mesmo espaço que é dedicado ao programa “Universitário por Um Dia”. Foi aí que encontramos seis alunos que participaram anteriormente nesse programa.

Elisabeth Barros Arruda

Giovana Patriarca (19) é de São Carlos e participou duas vezes do “Universitário por Um Dia” (2016 e 2017). “Eu estava no 3º ano do Ensino Médio e achei fantástico assistir e participar dos experimentos que foram feitos aqui. Acho que esse programa dá um incentivo para os alunos ingressarem na USP. Foi um dos motivos para eu querer entrar aqui. Eu já participei de outros projetos, como o “Física do Cotidiano”, em que fui escolhida na minha escola. Eu acho que esses projetos são muito legais, porque eles iniciam o pessoal que está na escola – eu que estudei em escola pública, achava que a USP era distante da minha realidade e com esses projetos eu pude ter um contato cada vez maior e desmistificar essa imagem que tinha da Universidade de São Paulo. Agora eu consegui entrar… Aqui estou!”, sublinha Giovana, que quer fazer Licenciatura em Física.

Outra aluna que também participou do “Universitário por Um dia” em 2017 é Elisabeth Barros Arruda (17), natural de Ribeirão Bonito (SP), que naquela época achou que era uma oportunidade interessante, já que seu desejo era cursar Física. “Minha participação nesses programa fez com que me animasse ainda mais para fazer o curso no IFSC/USP, tanto é que estou aqui hoje, não é mesmo?!”. Elizabeth entrou no Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares e seu desejo é ser pesquisadora na Academia, de preferência no IFSC/USP.

A todos os ingressantes, desejamos sucessos absolutos e muita garra!

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação

6 de março de 2019

IFSC/USP: Ampliado o tratamento de úlceras na SCMSC

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em uma iniciativa de seu diretor, Prof. Vanderlei Bagnato, e na sequência da realização de várias parcerias e projetos com empresas e com a FINEP, viabilizou a entrega de dois equipamentos ( recover) de laser de baixa intensidade para tratamento de úlceras em pacientes da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC).

Na sequência dessa doação, pesquisadores do Grupo de Óptica do IFSC/USP (CEPOF) realizaram um treinamento com a equipe de enfermagem da SCMSC, com o objetivo de tornar o uso do laser como intervenção-padrão para o tratamento de úlceras no atendimento daquele estabelecimento de saúde.

Atualmente, o laser é utilizado apenas na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) e a intenção dos pesquisadores é expandir não só esse tratamento para todos os casos de úlceras (incluindo úlceras de pé de diabetes) que surgem na SCMSC, como também de prevenção para o surgimento de escaras e/ou lesões de pressão em pacientes que, após serem atendidos, sejam reencaminhados para suas residências e obrigados a permanecerem longos períodos de tempo deitados.

Fernanda Carbinato realiza treinamento

O treinamento foi realizado pela pesquisadora Drª Fernanda Carbinato e pela enfermeira da UTF, Alessandra Moreira Zanquim.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de março de 2019

Dias 14 e 15 de março: participe no “Ciência por Elas”

O Ciência por Elas tem o objetivo de abrir espaço para que mulheres de grande sucesso em suas carreiras, como cientistas, apresentem suas trajetórias e discutam com a nossa comunidade os principais desafios e lacunas enfrentados pelas mulheres na ciência. Este é um evento gratuito e aberto a todos.

Programação:

Quinta-feira, 14/3 – Auditório Fernão (ICMC):
19 h: Palestra da Profª Sonia Guimarães, primeira mulher negra brasileira a se tornar doutora em Física e primeira mulher negra brasileira a lecionar no ITA, quando a instituição ainda não aceitava mulheres como estudantes.

Sexta-feira, 15/3 – Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP)
9 h: Palestra da Profª Kalinka Castelo Branco, coordenadora do Laboratório de Sistemas Embarcados Críticos e coordenadora do Grupo de Alunas nas Ciências Exatas (GRACE), que tem como objetivo desenvolver atividades na área de tecnologia e ciências exatas voltadas para o público feminino.

10 h: Coffee Break

10:30 h: Palestra da Profª Laura H. Greene, da Universidade do Estado da Flórida e cientista chefe do National High Magnetic Field Laboratory. Ela foi Presidente da American Physical Society em 2017 e atualmente é Vice-presidente da IUPAP (C10).

14 h: Apresentação de Pesquisadoras do IFSC (nomes a confirmar)

15 h: Mesa Redonda com as palestrantes (Profª Sonia, Profª Kalinka e Profª Laura), e a participação de grupos de mulheres do campus.

17 h: Encerramento.

Participe!!!!

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de março de 2019

No IFSC/USP: “Coloquium diei” – O Papel do Cientista na Sociedade

O Papel do cientista na sociedade foi o tema abordado no primeiro colóquio da edição de 2019 do programa Colloquium diei, apresentado no dia 01 de março pelo Prof. Marcelo Takeshi Yamashita, diretor do Instituto de Física Teórica da UNESP.

Em sua apresentação, o Prof. Yamashita abordou o fato de, diariamente, inúmeras notícias atingirem a sociedade com as mais diversas temáticas, desde uma nova cura do câncer, celulares que podem explodir postos de gasolina, até um filtro quântico que cura doenças, ficando a pergunta: como separar o joio do trigo?

Em suas questões, o palestrante enfatizou uma: quais pessoas teriam a obrigação de se dirigir à sociedade para evitar a proliferação de notícias que fazem mau uso das ideias científicas.

Yamashita falou, em seu colóquio, sobre como a comunidade científica pode – e deve – ajudar no letramento científico da sociedade e também influenciar os políticos na adoção de políticas públicas baseadas em fatos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de março de 2019

“Vocês estão entregando seus filhos aos cuidados da USP: vamos cuidar deles”

Familiares e alunos ingressantes de nosso Instituto tiveram a oportunidade de se reunir, no dia 19 do corrente mês, com o diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, que esteve acompanhado pelo presidente da Comissão de Graduação e pela coordenadora do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, Profs. Luis Marcassa e Cibelle Celestino Silva.

Vanderlei Bagnato teve o ensejo de reafirmar o fato de que a família é parte importante no processo de entrada dos jovens alunos na Universidade, principalmente devido ao fato da USP ser o melhor e maior estabelecimento de ensino superior do país e um dos mais prestigiados do mundo, confirmando que o Instituto de Física de São Carlos é a unidade mais produtiva da Universidade de São Paulo, detendo o que de mais moderno existe em ciência. Dirigindo-se diretamente aos alunos, com extrema boa disposição, mas sem dispensar o seu característico “olho no olho”, o diretor do IFSC/USP alertou os jovens ingressantes que a ciência sempre deverá propor soluções, em todas as áreas de conhecimento, para resolver os problemas que afligem a sociedade. A multidisciplinaridade, que é um “status quo” do Instituto, promove o que de melhor existe, inclusive, no designado “primeiro mundo”. “No nosso Instituto, vocês vão trombar a todo o instante com físicos, farmacêuticos, químicos, biólogos, dentistas, médicos, odontologistas e fisioterapeutas, entre muitos outros pesquisadores, porque o IFSC/USP é, de fato, um universo muito grande e nós precisamos dessa multidisciplinaridade para resolver o maior número possível de problemas que aflige a população. Foi com essa visão e com esse espírito que o IFSC/USP criou a Embrapa, que deu início à criação da UFSCar, que ajudou a criar outros institutos de física espalhados pelo país, etc”, comenta Bagnato, sublinhando que a USP, como um todo e o IFSC/USP, em particular, promovem, entre os estudantes, a descoberta das áreas onde cada um se irá encaixar.

Segundo o diretor do Instituto, essa grande amplitude que o IFSC/USP oferece pode, também, promover uma parte menos agradável, que é os alunos por vezes se sentirem perdidos: já antevendo essas situações, os docentes e pesquisadores estão preparados para proteger e orientar os jovens estudantes rumo às suas metas. Falando sobre a Universidade de São Paulo, Vanderlei Bagnato chamou a atenção para o fato de todos quantos desenvolvem sua atividade no IFSC/USP pertencerem a uma grande nação chamada USP. “Essa grande nação tem cerca de 180 mil pessoas trabalhando e não tenham dúvidas que o nosso Instituto é um dos melhores do mundo – sem qualquer exagero. Aqui dentro, não importa qual o contexto político que está sendo discutido no Congresso Nacional, em Brasília, pois isso é apenas um fator momentâneo. Aqui dentro, tudo que estudamos, pesquisamos e inventamos, toda a tecnologia que desenvolvemos tem que ter um contexto permanente em prol da sociedade, da nação. Vocês estão no curso que escolheram, não estão aqui por mero acaso, vocês querem conquistar uma profissão de excelência”, enfatizou Bagnato, tendo sugerido a todos a leitura do livro “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da Academia”, onde são divulgadas as profissões que ex-alunos seguiram após a conclusão de seus cursos “Leiam e velam quantas portas se abriram aos alunos que estudaram aqui!” (Acesse o livro AQUI).

Dirigindo seu olhar para os pais e familiares dos ingressantes do Instituto, o Prof. Vanderlei Bagnato afirmou que os jovens estudantes irão ter que enfrentar alguns problemas durante a graduação, mas que isso fará parte do processo.“Sempre costumo dizer que vocês estão aqui para serem bem sucedidos e que nós temos o dever de ajudá-los a alcançar esse objetivo. Contudo, para serem bem sucedidos vocês terão que aprender a administrar o fracasso, pois ele vai aparecer muitas vezes na sua vida de estudante universitário até você alcançar o sucesso. Henry Ford fracassou dezenas de vezes até lançar o carro com seu nome – o segredo dele foi… Persistência. Todo cientista, todo profissional de excelência saboreou já o fracasso antes de conseguir a notoriedade. A História está repleta de casos como esses e vocês devem tomar atenção a essa particularidade. O certo é que o fracasso é sempre momentâneo e ele não pode – nem deve – determinar o foco de alguém que entrou na Universidade para ser bem sucedido. O destino de vocês é o sucesso – a formatura, a profissão. Só que, no meio dessa viagem, acontecem sempre coisas inesperadas: quando isso acontecer com vocês, segurem com mão bem forte a bússola de suas aspirações e sigam em frente! Vai haver momentos difíceis? Vai, sim!!! Mas encarem isso como uma barreira que terão de ultrapassar e não como algo que vai desviar vocês de seu rumo. Não mudem de rota, nunca optem por essa via!! Se o fizerem, vocês estarão entrando em uma via secundária que os afastará de seus objetivos primários e que mais cedo ou mais tarde irá frustrá-los”, alertou o diretor do IFSC/USP, acrescentando que se um aluno persistir que vai ser bem sucedido, nada nem ninguém poderá retirar isso dele. “Não escutem bobagens! Fiquem focados em sua missão. Vocês escolheram a Universidade certa”.

Quanto aos pais e familiares dos alunos, Vanderlei Bagnato pediu para que não tenham medo e que incentivem os jovens a seguir em frente, mesmo quando surgirem obstáculos. “Seus filhos, irmãos, namorados ou netos, irão pisar pedras pontiagudas em seus caminhos, contudo serão apenas pequenas pedras e não montanhas: mas mesmo que fossem montanhas, estes jovens, com sua ajuda e incentivo, teriam garra para escalá-las. Já o conhecido cientista Bohr dizia ‘O Homem só vale a pena fazer aquilo que efetivamente acha que não pode fazer’. Esse é o caminho! Não façam nada igual ao que já existe. Sejam criativos e inovadores. Certa vez perguntaram ao Henry Ford: ‘Para que vai construir essa máquina, se temos os cavalos mais velozes do mundo?’ Também perguntaram a Steve Jobs para que iria servir, no futuro, aquela caixinha minúscula que ele acabada de inventar”.

Novamente dirigindo-se aos familiares, Bagnato afirmou que é necessário os jovens alunos aprenderem a administrar seu tempo já que irão ter sete disciplinas e cada uma delas terá sete problemas para resolver, diariamente. “Os jovens adultos gastam muito tempo preocupados com o tempo dos outros (exibindo seu celular), esquecendo-se de administrar e gerir seu próprio tempo. Não é fácil, mas eles vão conseguir, vão se organizar, porque eles vão ser os melhores e irão ser contratados pelos melhores”, naquele momento referindo-se ao fato do Canadá e EUA estarem contratando pesquisadores e profissionais especializados nas áreas de exatas. Por último, Bagnato afirmou que a família é a base fundamental para todo o contexto – sendo ela a referência. “Os pais estão entregando seus filhos à USP, para que professores e pesquisadores providenciem uma educação superior de excelência. A família é muito mais forte que uma universidade ou que um conjunto de professores. Por isso, estes jovens precisam do apoio de seus pais e da restante família para que tenham sucesso. Com sua experiência de vida, pai e mãe têm que ajudar seus filhos a superar pequenos problemas e empurrá-los para a excelência”

Idércio Lovato veio de Herculândia – próximo a Marília – (SP) acompanhando seu filho no ingresso ao IFSC/USP. “Tudo isto é novo para todos nós. Está sendo muito bom esta conversa com o diretor e ele conseguiu dar uma visão geral do que os nossos filhos vão encontrar aqui e consequentemente do que nós iremos passar ao longo dos próximos anos. Esta acolhida foi extremamente agradável e estou muito feliz. O diretor mostra ser uma pessoa extremamente capaz e sensível, exatamente porque ele vê o lado humano e transmite esse sentimento, essa palavra de esperança e de tranquilidade. Sabemos que os jovens que chegaram até aqui estudaram muito. Meu filho, por exemplo, queria cursar o ITA, mas optou pelo IFSC e nós sabemos que tanto ele como o resto da família sentem-se inseguros, mas com as palavras do Prof. Bagnato tudo se amenizou… Impressionante! Acho que este Instituto deve continuar com esta óptica de conversar com os alunos e com os pais, porque esta acolhida nos deixou muito felizes de poder participar e de poder regressar a nossas casas descansados, tranquilos. Estou muito feliz.

Marisa do Carmo veio acompanhando seu filho desde a cidade de Concórdia (SC) e diz que embora já tenha tido uma filha que se formou no Rio Grande do Sul, não sendo, portanto, a primeira vez que participa deste tipo de reunião “Aqui está sendo diferente. O diálogo com o diretor está sendo extremamente aberto e abrangente. Estou gostando bastante desta acolhida. Contudo, embora o diretor tenha falado tudo aquilo que um pai ou mãe espera ouvir, o certo é que uma mãe sempre fica insegura e com medo, principalmente por ficar longe do filho e isso é natural e só o tempo vai amenizar. Ainda não conhecemos bem a cidade de São Carlos, não conhecemos ninguém aqui, mas a minha maior preocupação é a distância, mesmo. Meu filho passou na Universidade Federal de Santa Catarina, mas não quis, pois o sonho dele era estudar aqui e seguir a carreira de pesquisador no IFSC/USP e estamos fazendo tudo para deixá-lo bem acomodado, tranquilo, embora nosso coração esteja rebentando de preocupação”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de fevereiro de 2019

Inscrições para mais uma Escola de Ciência Avançada do IFUSP

Organizada pelo Instituto de Física da USP (IFUSP) e apoiada oficialmente pela FAPESP, realiza-se entre os dias 22 de julho e 02 de agosto do corrente ano a São Paulo School of Advanced Science on Atmospheric Aerosols: Properties, Measurements, Modeling, and Effects on Climate and Health, cuja data limite de inscrição termina no dia 24 de março.

O principal objetivo desta escola é fornecer aos jovens cientistas conhecimentos avançados sobre propriedades, medidas, modelagem e efeitos sobre o clima e a saúde dos aerossóis, promovendo, em simultâneo, uma interação com cientistas oriundos de diversas partes do mundo no sentido de desenvolver redes colaborativas.

Esta escola é dedicada a estudantes de pós-graduação e cientistas em início de carreira. A prioridade será dada aos candidatos atualmente matriculados em programas de pós-graduação, bem como a recém-formados e jovens pesquisadores de diferentes formações acadêmicas.

Cerca de 100 participantes, 50 do Brasil e 50 de outros países serão selecionados e um número significativo de bolsas está já disponível.

Para obter mais informações e /ou se inscrever nesta escola, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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