Notícias

20 de dezembro de 2013

USP define lista tríplice de chapas de candidatos a reitor e vice-reitor

As chapas formadas pelos Profs. Marco Antonio Zago e Vahan Agopyan, Hélio Nogueira da Cruz e Telma Maria Tenório Zorn e Wanderley Messias da Costa e Suely Vilela, compõem a lista tríplice que será encaminhada ao Governador Geraldo Alckmin para a escolha dos novos reitor e vice-reitor da USP, composição essa que foi resultante da eleição realizada ontem, dia 19 de dezembro.

A chapa dos Profs. Marco Antonio Zago e Vahan Agopyan foi a mais votada, com 1.206 votos, seguida pela chapa dos Profs. Hélio Nogueira da Cruz e Telma Maria Tenório Zorn e da composta por Wanderley Messias da Costa e Suely Vilela, com 498 e 462 votos, respectivamente.

Fizeram parte do colégio eleitoral os membros do Conselho Universitário, dos Conselhos Centrais (Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Cultura e Extensão Universitária) e das Congregações das Unidades e dos Conselhos Deliberativos de Museus e Institutos Especializados, num total de 2.143 eleitores, dos quais 1.826 (85%) compareceram à votação, sendo que cada eleitor só podia votar em até três nomes.

Os votos brancos totalizaram 2.857 e os nulos 177.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

18 de dezembro de 2013

Curso semipresencial de Licenciatura em Ciências Exatas

Foram divulgados os locais de prova da segunda fase do processo seletivo do Curso Semipresencial de Licenciatura em Ciências 2014, oferecido a partir da parceria entre a USP e a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Os endereços nos quais os candidatos deverão fazer o exame podem ser conferidos neste link, bem como informações sobre o conteúdo das provas e recomendações sobre a conduta no dia do exame.

As provas serão realizadas entre 5 e 7 de janeiro de 2014. Os candidatos deverão levar documento original de identidade (RG) ou outro documento oficial com foto. Deverão chegar ao local até às 12h30, com o início da prova previsto para 13 horas. A organização não admitirá atrasos e a duração do exame é de 4 horas.

O objetivo do curso é formar professores de Ciências para atuar na educação básica. São oferecidas 120 vagas em São Paulo e 40 nas cidades de Jaú, Lorena, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santos e São Carlos. A duração é de oito semestres e as aulas presenciais acontecerão aos sábados, no polo em que o aluno estiver matriculado.

Mais informações pelo site http://www.fuvest.br/

Com informações da assessoria de comunicação do campus USP São Carlos

Assessoria de Comunicação

18 de dezembro de 2013

Seleção de bolsistas

O programa de Disseminação e Tecnologia (DT) da Universidade de São Paulo (USP) abriu processo para seleção de bolsistas. Os interessados em participar do processo devem enviar seu currículo para o e-mail disqtec@usp.br ou entregá-lo pessoalmente no prédio da Administração Central da USP.

Agencia_USP_de_Inovacao-_logoO prédio fica localizado na Rua do relógio, 109, Cidade Universitária, Butantã (São Paulo-SP). Os currículos devem ser entregues na sala 96.

Sobre o DT

O programa de Disseminação e Tecnologia, uma iniciativa da Agência USP de Inovação, tem como principal objetivo a democratização do conhecimento gerado no âmbito universitário. Graças a uma parceria com o Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT), a agência USP disponibiliza, sem custos, informações tecnológicas através de respostas e dossiês técnicos.

O programa DT tem como público-alvo principal empreendedores de micro, pequenas e médias empresas, sindicatos, cooperativas e produtores artesanais. A temática das perguntas é livre e estas podem ser atendidas através do endereço eletrônico www.respostatecnica.org.br

Com informações da Agência USP de Inovação

Assessoria de Comunicação

18 de dezembro de 2013

Pesquisadores do IFSC apresentam palestras em escola de verão

Os docentes do IFSC, Profs. Drs. Cleber Renato Mendonça, Vanderlei Salvador Bagnato e Luís Gustavo Marcassa, encontram-se entre o vasto grupo de palestrantes convidados da XIV Escola de Verão Jorge André Swieca de Ótica Quântica e Ótica Não Linear, um evento que decorrerá no Departamento de Física da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco, no Recife (PE), entre os dias 27 de janeiro e 02 de fevereiro do próximo ano.FOTONICA2_049

Além das palestras que constam em sua programação, o evento apresentará, ainda, diversos cursos que serão ministrados por destacados pesquisadores da UNICAMP, UFPE e USP, e ainda por cientistas internacionais oriundos dos EUA, Itália, França e Holanda.

Tradicional atividade acadêmica e científica realizada desde 1987, esta escola de verão, com periodicidade bianual, objetiva fornecer ao seu público alvo – alunos de pós-graduação e jovens cientistas – um maior entendimento sobre a fronteira na área da ótica quântica e não linear.

Por esse motivo, esta escola é considerada um dos mais importantes eventos organizados pela comunidade de ótica do Brasil, fazendo parte integrante do calendário de atividades da SBF – Sociedade Brasileira de Física.

Para consultar a programação completa deste evento, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

17 de dezembro de 2013

USP fica entre as melhores do BRICS

Na última segunda-feira, 16, a QS University Rankings divulgou os nomes das dez melhores universidades do grupo BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, no qual a Universidade de São Paulo (USP) aparece em 8º lugar.

O ranking teve como base a opinião de cerca de 9.800 acadêmicos e empregadores que fazem parte do BRICS e que levaram em consideração, para construir o ranking, reputação acadêmica, reputação de empregadores, desempenho dos estudantes, média de professores com doutorado, publicação de pesquisas, citação em artigos científicos e intercâmbio de estudantes.

Em 2013, A USP também conquistou melhor colocação em um ranking britânico e chinês entre instituições de pesquisa da América Latina e também é a líder entre as universidades brasileiras. Recentemente, a USP também se destacou no ranking das melhores universidades de países emergentes.

Para acessar a lista completa das universidades que figuraram no ranking publicado pela QS University Rankings do grupo dos BRICS, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

 

16 de dezembro de 2013

Pesquisador visitante chileno fala sobre nanotecnologia

Nascido no Chile em 1943, Ricardo Aroca* é pesquisador desde 1964, ano em que se graduou na Universidad de Chile, com sua primeira publicação datada de 1966. Especialista na área de nanotecnologia, Aroca é atualmente docente da University of Windsor, em Ontário, Canadá, onde ingressou em 1985, e professor visitante no IFSC, na área de Espectroscopia Analítica.

Sua primeira visita ao IFSC remonta a 1997, num momento em que nosso Instituto começava a imprimir uma velocidade gradativa rumo a uma modernização que era desejada por toda a sua comunidade. Passados que são trezes anos desde essa primeira visita, o Prof. Dr. Ricardo Aroca registra o impressionante crescimento que aconteceu no IFSC em tão pouco tempo, realçando a modernização operada nas suas infraestruturas físicas, na existência de equipamentos de última geração e nos apoios que os pesquisadores têm do governo, através das agências de fomento, tudo isso contribuindo para que, nas suas próprias palavras a ciência que se faz no IFSC alcance níveis de destaque para o desenvolvimento do país.

A vinda de Aroca como professor visitante do IFSC aconteceu de forma natural, já que naariel_aroca250 University of Windsor ele teve inúmeros estudantes brasileiros que hoje são professores nas mais renomadas universidades do país e que formam alunos na mesma área científica do pesquisador chileno: é uma espécie de continuidade de sua linha de trabalho – nanotecnologia -, considerada importantíssima no contexto da ciência contemporânea mundial, conforme explica o docente: Podemos catalogar a área da nanotecnologia como a terceira revolução na ciência mundial; primeiro tivemos a macroeletrônica, depois veio a microeletrônica, agora temos a nanotecnologia, que é um conceito com dimensões extraordinariamente pequenas, mas com propriedades físicas muito peculiares e com inúmeras aplicações que já estão alterando a qualidade de vida do ser humano.

Contudo, e como tudo o que acontece, principalmente na área científica, existem sempre dois lados opostos: o lado da descoberta em si e o lado que congrega o que habitualmente chamamos de efeitos secundários que, tal como o lado positivo da pesquisa, é objeto de estudos, análises e experimentos. Exemplificando algumas aplicações relacionadas com a nanotecnologia, podemos referir a evolução que decorre na área de novos materiais, que apresentam agora propriedades únicas, bem como na área da medicina, como, por exemplo, as chamadas nanoestruturas no sangue para detecção de alterações moleculares, algo que era impossível até há pouco tempo atrás: De fato, a revolução nano trouxe uma alteração no tradicional cenário da medicina – a nanomedicina; agora, existe a possibilidade de se detectarem doenças praticamente no início de seu surgimento, através da pesquisa feita em uma única célula. A isso chamamos de atuação preventiva e isso é extraordinário, refere o pesquisador chileno. Por outro lado, segundo nosso entrevistado, também existe um trabalho de pesquisa extremamente importante que está sendo feito por vários grupos de cientistas, para a possibilidade de se utilizar esse conhecimento na designada medicina curativa, usando-se as nanopartículas para destruir células malignas, principalmente aquelas que originam doenças mais graves, como, por exemplo, o câncer. Tudo isso através de nanoestruturas.

aroca250Contudo, atrás do sucesso das novas descobertas sempre estão os efeitos colaterais que também constituem preocupação e trabalho complementar para os cientistas: Sendo nanoestruturas, elas são praticamente impossíveis de serem visionadas e existe o risco de atacarem também, no seu percurso, uma célula benignas e isso é exatamente o que não se pretende. O que queremos é que essas nanoestruturas tenham um alvo específico – determinada célula maligna – e que a ataquem. Portanto, neste caso, o grande desafio da nanotecnologia é dirigir e controlar o caminho das nanoestruturas rumo a esse alvo específico, sem provocar danos colaterais, explica o pesquisador. No campo prático, a utilização de nanoestruturas está já sendo aplicada in vivo, com resultados muito animadores, sendo que num futuro próximo existe inclusive a possibilidade de utilizar essas nanoestruturas em tratamentos localizados – através de via oral ou injetável -, em que elas são dirigidas diretamente à célula doente. Segundo Ricardo Aroca, existem grupos de pesquisa internacionais que já trabalham arduamente nesse sentido. Quanto à missão de Aroca no IFSC, ela é no aspecto analítico, ou seja, o fundamento é a detecção molecular, usando nanoestruturas metálicas.

A ciência v. política

Para Ricardo Aroca, o desenvolvimento da ciência no mundo tem uma vida própria, ou seja, ela tem a sua própria velocidade, sem interferências externas. Contudo, já no que diz respeito às aplicações dessa ciência, elas avançam segundo regras estabelecidas por grupos de pressão, por interesses alheios à própria ciência: Eu acho que as aplicações científicas deveriam avançar segundo uma consciência social, mas isso não acontece, o que é prejudicial para o ser humano. Temos por trás delas grandes interesses econômicos, corporativos e até políticos, o que reduz o benefício da ciência avançar muito mais rápida e eficazmente para quem necessita dela – o homem, sublinha o pesquisador.

No início do período da ditadura militar, no Chile, Ricardo Aroca, então com 29 anos, era diretor do Departamento de Química na Faculdade de Ciências da Universidad de Chile e assistiu, incrédulo, à intervenção militar de sua universidade. Membro da agência de fomento à pesquisa chilena, com um trabalho notável na pesquisa, Aroca foi considerado suspeito de “ações subversivas contra o estado” e, junto com dezenas de pesquisadores daquele estabelecimento de ensino superior e de largas centenas por todo o país, foi simplesmente demitido, tendo-se seguido uma verdadeira perseguição política aos principais cientistas chilenos: Foi um “apagão cultural”, lamenta nosso entrevistado (na foto abaixo, Ricardo Aroca cumprimenta Allende durante um evento científico no Chile).

Perseguido, Aroca decidiu abandonar clandestinamente o seu país e partir rumo ao Canadá1972_Allende_Congreso_de_cientificos300, onde chegou em março de 1974, com uma breve passagem pelas Honduras, onde trabalhou durante quatro meses. Para Aroca, o Chile perde para o Brasil em termos científicos exatamente por ter ficado parado no tempo: O Brasil está muito mais avançado que o Chile na área científica. Enquanto o Brasil recebeu – e recebe – investimentos para a área científica, o Chile sofreu esse “apagão” durante a ditadura militar e tem tido muitas dificuldades para recuperar o que perdeu nesse período. É certo que o Chile vai-se recuperando lentamente, mas você sabe que para destruir algo basta alguns minutos, mas para se reconstruir, demora anos. Espero que a ciência chilena se recupere rapidamente, lamenta Aroca.

Contudo, o pesquisador chileno está disponível para ajudar o país a recuperar sua dinâmica científica, embora esteja fora de cogitação regressar definitivamente, até porque sua vida e sua família estão já estabelecidas no Canadá: Já recebi convites para regressar ao Chile, mas não posso. Claro que quero contribuir para o desenvolvimento da ciência chilena e de alguma forma já estou fazendo isso. Estou recebendo estudantes chilenos, com o intuito de repassar meu conhecimento para que eles avancem na recuperação e modernização do país. É o máximo que posso fazer, conclui Aroca.

O Prof. Dr. Ricardo Aroca permanecerá lecionando um mês no IFSC, voltando em 2014 para igual período de tempo, ajudando a reforçar o intercâmbio de pesquisa entre a University of Windsor e o Instituto de Física de São Carlos.

*Ricardo F. Aroca é professor titular do Departamento de Química e Bioquímica da Universidade de Windsor, em Ontário, Canadá, nomeado para o Departamento de Física da mesma universidade, e ministra cursos nas áreas de Espectroscopia Analítica, Química Quântica, Termodinâmica Estatística, Vibracional e de Superfície Melhorada, Espectroscopia Vibracional, Química Analítica e Físico-Química. Ocupou o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Universidade de Windsor, foi Membro do Comitê de Seleção de Bolsas nas áreas de Química Analítica e Físico-Química das Ciências Naturais, e membro do Conselho de Pesquisa do Canadá em Pesquisa de Engenharia.

Em 2001, adquiriu o estatuto de professor universitário, uma honra reservada para alguns professores catedráticos dentro de uma universidade canadense. É autor de mais de 300 artigos científicos publicados em revistas internacionais arbitradas, bem como do primeiro livro dedicado a Superfície Melhorada e Espectroscopia Vibracional, publicado em 2006 por John Wiley & Sons Ltd. Inc. , Chichester , Inglaterra.

Foi homenageado, em 2003, com o Prêmio Gerhard Herzberg, uma honraria que é concedida anualmente pela SSC – Sociedade de Espectroscopia Canadense àquele que é considerado o maior cientista na área de espectrometria.

Aroca foi membro do Conselho da Sociedade Canadense para a Química, onde foi Diretor da Divisão de Analítica e Presidente Awards ( 2000-2004). Em 2005, foi eleito Fellow do Instituto de Química do Canadá, sendo igualmente Correspondente Membro da Academia Chilena de Ciências.

Foi editor- chefe do Jornal Canadense de Ciências Analíticas e Espectroscopia (2004-2009) e desde 1 º de janeiro de 2010 é membro do Conselho Consultivo Editorial do Jornal de Espectroscopia Raman .

Assessoria de Comunicação

13 de dezembro de 2013

Os seminários do Grupo de Óptica

Encerrando o ciclo de balanços dos eventos periódicos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), os Seminários do Grupo de Óptica vêm para fechar com chave de ouro.

CEPOF-_logo_novoTambém tradicionais no Instituto, os Seminários do Grupo de Óptica (GO), subdivididos em “Seminários da Biofotônica” e “Seminários da Física Atômica”, são coordenados pelos docentes, Vanderlei Bagnato e Cristina Kurachi, mas as especialistas em laboratório do GO, Natalia Mayumi Inada e Monica Andrioli Caracanhas, são as responsáveis pela organização dos mesmos e, inclusive, por manter o foco principal do programa: a discussão de ideias e apresentação das pesquisas relacionadas especialmente ao binômio “óptica e saúde”, no primeiro caso, e à física dos átomos no segundo.

Dentre os principais objetivos do programa, três tópicos podem ser destacados: disseminação do conhecimento- tanto para os palestrantes como para os ouvintes-, incentivo a colaborações em pesquisa e divulgação de novas ideias.

Como os outros programas do Instituto, os Seminários do GO são abertos ao público, mas os participantes resumem-se, basicamente, a pesquisadores, tanto docentes e alunos de pós-graduação e pós-doutorado, como também a estudantes de graduação, uma vez que a linguagem é bastante acessível.

Sobre os Seminários da Biofotônica

Em 2013, o programa teve representantes dos mais diversos centros e instituições de pesquisa: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidad do Chile, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Alesco, Universidade Estadual “Júlio de Mesquita” (Unesp), Wavetech, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de, obviamente, representantes do próprio IFSC.

Uma dica importante que Natalia sempre faz questão de dar aos participantes é nunca julgar o seminário pelo título. “Muitas vezes, os alunos não comparecem ao seminário só pelo fato de o título parecer muito estranho a eles, e, em diversos casos, o título não diz nem um quinto do que será realmente discutido”, afirma. “Além disso, a participação nesses seminários abre portas para novas parceiras. Em muitos casos, o palestrante que participa do Seminário, na realidade, também está procurando por pesquisadores com perfil para auxiliá-los numa pesquisa específica”.

Sobre isso, ela cita alguns exemplos de colaborações que se iniciaram nos seminários. Duas delas, mais recentes, foram feitas com o Grupo de Microbiologia e Imunologia da Unesp (Botucatu) e com o Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), quando os docentes dessas instituições estiveram no IFSC para ministrar palestras no programa.

Seminario-materia-1Já no que diz respeito à evolução na participação dos alunos nos seminários, Natalia afirma que, desde 2008, é possível notá-la expressivamente. Ela conta que, antigamente, a maioria dos alunos, principalmente os da pós-graduação, via a participação nos seminários como uma obrigação. No entanto, os esforços de Natália em mostrar a importância e dinâmica dos seminários resultam, hoje, num grande número de participantes que, de acordo com ela, comparecem por livre e espontânea vontade. “Aumentou não somente a quantidade, mas também o comprometimento de todos. Os espectadores já enxergam essa participação como ‘vou aprender algo novo'”, afirma Natalia. “As perguntas e discussões são ótimas! O horário dos seminários, na teoria, é das 13 às 14 horas, mas, muitas vezes, as conversas e discussões se prolongam até às 15 horas”.

Em 2013, das 30 edições realizadas, Natalia elege um destaque: a palestra do pesquisador do Grupo de Ressonância Magnética (RMN) do IFSC, Edson Luiz Gea Vidoto, que falou sobre instrumentação na área de ressonância magnética. Para 2014, já existe uma pré-agenda com participações de pesquisadores da Unifesp e da EESC/USP.

No que diz respeito a novidades para os Seminários da Biofotônica, ela conta que pretende dar continuidade a participações de pesquisadores de outras Instituições, com o objetivo de divulgar as pesquisas de outros locais, trazendo esse conhecimento aos próprios pesquisadores do IFSC. “Procuro sempre valorizar nossos docentes e pesquisadores, tanto do IFSC como do campus, mas, ao mesmo tempo, trazer pesquisadores de diferentes instituições e, inclusive, de outros estados”, conclui.

Sobre os Seminários da Física Atômica

Intercalando-se com os Seminários da Biofotônica, realizados, normalmente, às quartas-feiras, os Seminários da Física Atômica acontecem às terças-feiras, também das 13 às 14 horas. Estes, por sua vez, mantêm os mesmos objetivos e público-alvo dos primeiros, no entanto, o número de participantes é mais seleto, justificado pela própria temática dos seminários e pelo número reduzido de pesquisadores que trabalham com o tema de átomos frios no Brasil.

Para lidar com esse público reduzido, porém eclético, no que diz respeito ao grau de instrução acadêmica (desde alunos de iniciação científica até docentes), Monica conta que os palestrantes procuram trabalhar numa linguagem acessível. Ela diz que os seminários são feitos em língua inglesa, não só por conta do significativo número de integrantes estrangeiros (alunos de doutorado e pós- doutorado) que fazem parte do grupo de óptica atualmente, mas também para que os alunos mais novos já possam “treinar seus ouvidos”. “Já treinamos nossos alunos aqui no Instituto para que, quando participarem de conferências no exterior, estejam mais preparados”, diz.

Seminario-materia-2Além de participações de pesquisadores de universidades estrangeiras (só em 2013, estiveram presentes pesquisadores da Rice University, University of Bath, University of Strathclyd, Vienna Univeristy of Technology e Universitá degli Studi di Milano), docentes e outros pesquisadores brasileiros de fora de São Carlos (IFGW, IFUSP, IFT) também marcaram presença nos Seminários da Física Atômica deste ano (clique aqui para acessar o nome de todos os participantes).

O destaque eleito por Bagnato para 2013 foi o participante da última edição do programa, intitulada Observation of antiferromagnetic correlations in the Hubbard model, e ministrada pelo pesquisador Randall G. Hulet (EUA). “Acho que fechamos muito bem o ano”, comemora Monica.

Em decorrência da 27th International Conference on Low Temperature Physics , que ocorrerá em agosto, pesquisadores participantes deste evento também passarão pelo IFSC para ministrar palestras. Além dessa novidade para 2014, Monica afirma que ampliará a divulgação dos seminários, com o intuito de incluir pesquisadores, inclusive, de outras universidades brasileiras. Ela diz que, com isso, além do aumento do número de participantes nos seminários, será mais uma oportunidade de dar visibilidade às pesquisas relacionadas a átomos frios realizadas no IFSC, uma das poucas instituições de pesquisa mundiais que realiza estudos nessa área.

Assessoria de Comunicação

12 de dezembro de 2013

Metric Space Formulation of Quantum Mechanical Conservation Laws

Na última edição de 2013 da iniciativa Journal Club, ocorreu na manhã do dia 12 de dezembro, no IFSC, a palestra Metric Space Formulation of Quantum Mechanical Conservation Laws, ministrada pela Profa. Irene D’Amico, da University of York, Reino Unido.

Durante sua palestra, a docente demonstrou como as leis de conservação induzem métricas “naturais” apropriadas sobre as quantidades físicas relacionadas, bem como a física relevante é traduzida na análise métrica.

A especialista também exemplificou este conceito observando a relação entre funções deFOTO300 ondas e suas densidades, que, ao considerar seus estados fundamentais, está no centro do padrão da Teoria de Densidade Funcional (Density Functional Theory – DFT, em inglês).

Além disso, a professora apresentou os resultados de seus testes para mostrar como a análise métrica pode ajudar na compreensão de características das aproximações para o potencial de correlação de troca, v_xc, quantidade chave para aplicações em práticas da DFT.

Por fim, a especialista demonstrou o poder deste novo método de análise, aplicando-o no Local Density Approximation,uma das aproximações amplas utilizadas para o v_xc.

Fundada nos princípios da excelência, da igualdade e oportunidade para todos, a University of York abriu no ano de 1963, com apenas 230 estudantes. Em menos de cinquenta anos, tornou-se uma das principais universidades do mundo.

Assessoria de Comunicação

12 de dezembro de 2013

Ciclo de palestras: “Meritocracia e gestão de desempenho”

Encerrando o ciclo de palestras parte do programa de curso on-line oferecido pela Escola Técnica e Gestão da USP, através da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP), no próximo dia 13, sexta-feira, às 14 horas, no anfiteatro do Insituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Prof. Sérgio Mascarenhas”, será exibida a palestra “Administração Pública Brasileira”, de autoria do cientista político, Fernando Luiz Abrucio.

A duração da palestra será de 2 horas e 15 minutos, e os servidores do IFSC que participarem receberão certificado.

Para informações adicionais, basta enviar e-mail para atad@ifsc.usp.br ou secretariaffi3@ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação

12 de dezembro de 2013

USP divulga resultados sobre escolha de reitor e vice-reitor

A USP concluiu na tarde do dia 11 de dezembro, a apuração dos resultados da consulta à comunidade sobre a escolha de reitor e vice-reitor da Universidade, realizada na terça-feira, dia 10.

Participaram da consulta docentes e funcionários da ativa e estudantes de Graduação e de Pós-Graduação regularmente matriculados na Universidade. A consulta foi estratificada segundo as categorias funcionais da Universidade, apurando-se em separado os votos de docentes, funcionários e alunos. Cada eleitor teve direito a um voto, podendo indicar até três chapas.

No total, a eleição teve 13.826 votantes, 14% do total do universo de 100.734 eleitores. A maior participação foi a de docentes (49,5%), seguida pelos funcionários técnico-administrativos (47%). Apenas 3,2% dos alunos participaram da consulta.

A chapa 3, formada pelos professores Marco Antonio Zago e Vahan Agopyan, foi a mais votada entre docentes e alunos. A chapa 4, formada pelos professores Wanderley Messias da Costa e Suely Vilela, foi a que teve mais votos entre os funcionários técnico-administrativos. As duas chapas também foram as que registraram o maior número de votos no cômputo geral, com 6678 e 5504 votos, respectivamente.

Confira, abaixo, os votos recebidos por cada uma das chapas, de acordo com as categorias:

 

                                                                Docentes   Funcionários    Alunos       Total

Chapa 1 – Hélio Nogueira da Cruz e

Telma Maria Tenório Zorn …………………..     897              2868             578         4343

Chapa 2 – José Roberto Cardoso e

José Antonio Franchini Ramires ……………    581              2270             493         3344

Chapa 3 – Marco Antonio Zago e

Vahan Agopyan ……………………………….   1904               3463           1311         6678

Chapa 4 – Wanderley Messias da Costa

e Suely Vilela ………………………………….      694               4143             667         5504

 

O resultado da consulta à comunidade universitária tem caráter indicativo à Assembleia Universitária, a quem cabe a eleição dos dirigentes. A eleição será realizada no próximo dia 19 de dezembro.

Segundo a coordenadora-geral do processo eleitoral e apuratório, Isilia Aparecida Silva, o processo de votação transcorreu de forma tranquila, sem intercorrências, em todas as Unidades de Ensino e Pesquisa. Para ela, a comunidade universitária “levou o processo a sério, com empenho e preocupação em relação à segurança e à lisura. Toda as Unidades se integraram e se engajaram na votação”.

A coordenadora lamentou, entretanto, a baixa adesão entre os estudantes. “A consulta é o início da evolução de uma proposta do Conselho Universitário, que terá continuidade no próximo ano”, afirmou, referindo-se as debates sobre eleições que serão realizados no Conselho Universitário no próximo ano, como uma das mudanças aprovadas na sessão realizada no último dia 1º de outubro.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

12 de dezembro de 2013

Macromolecular Crystallography School 2014

Estão abertas, até dia 10 de fevereiro de 2014, as inscrições para o curso Macromolecular Crystallography School 2014 – From data processing to structure refinement and beyond, um evento que ocorrerá no Instituto de Física de São Carlos entre os dias 8 e 16 de abril.

Coordenado pelos docentes Eduardo Horjales (IFSC), Richard Garratt (IFSC), Ronan KeeganMC_facility e Garib Murshudov (CCP4) e, ainda, Alejandro Buschiazzo (Institut Pasteur de Montevideo), esta escola é especialmente dedicada a estudantes de doutorado, pós-doutorado e jovens cientistas, oferecendo uma programação recheada de palestras, resoluções de problemas e tutoriais diretamente relacionados com cristalografia macromolecular, envolvendo o processamento de dados de difração, fase e estrutura de determinação e modelos refinados de validação.

Para este evento serão selecionados vinte alunos com perfil distinto, que serão beneficiados com bolsas integrais de participação.

Os interessados em participar desta escola deverão enviar, até o dia 10 de fevereiro, um e-mail para o endereço mx2014@ifsc.usp.br contendo um pequeno curriculum vitae, uma carta de confirmação do responsável pelo departamento, unidade ou laboratório, bem como o formulário referente ao curso devidamente preenchido, todos estes documentos em formato PDF.

Durante a seleção dos candidatos, terão prioridade os estudantes de doutorado, pós-doutorado e jovens pesquisadores, maximizando a inclusão daqueles que trabalham em diferentes países da América do Sul.

Integram o grupo de palestrantes e tutores, os seguintes docentes: Alejandro Buschiazzo (Uruguai), Kay Diederichs (Germany), Paul Emsley (Reino Unido), Richard Garratt (Brasil), Ronan Keegan (Reino Unido), Eugene Krissinel (Reino Unido), Victor Lamzin (Alemanha), Andrey Lebedev (Reino Unido), Andew Leslie (Reino Unido), Garib Murshudov (Reino Unido), Robert Nicholls (Reino Unido), Navraj Pannu (Holanda), Randy Read (Reino Unido), Andrea Thorn (Reino Unido) e Isabel Uson (Espanha).

Esta escola conta com o apoio de diversos órgãos, com destaque para a FAPESP, CNPq, CAPES e International Union of Crystallography.

Para conferir a programação completa do curso, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

11 de dezembro de 2013

IFSC mantém nota máxima para os cursos de pós-graduação

Na última terça-feira, 10 de dezembro, a Coordenação de Aperfeiçoamento do Ensino Superior (CAPES) divulgou os resultados da avaliação de cursos de pós-graduação strictu sensu (mestrado e doutorado), realizada trienalmente pela instituição.

No total, 3.337 programas de pós-graduação brasileiros foram avaliados, e somente 140 obtiveram nota máxima (7). Entre eles, figuraram os cursos de pós-graduação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que obtêm nota máxima desde que a avaliação da CAPES foi lançada, em 1976.

O processo de avaliação levou em consideração informações sobre os cursos, prestadas entre 2010 e 2012. Além disso, participaram, na primeira etapa da avaliação, consultores de diversas regiões do país.

Para ter o acesso à lista dos programas de pós-graduação com nota superior a 3, clique aqui.

Para saber mais sobre a avaliação da CAPES dos cursos de pós-graduação, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

11 de dezembro de 2013

Conheça o Journal Club

Dentre os eventos periódicos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Journal Club (JC) é, sem dúvidas, o mais tradicional deles. Inaugurado há mais de 20 anos, quando o Instituto ainda era parte do IFQSC (Instituto de Física e Química de São Carlos), o evento ocorre entre fevereiro e novembro, com periodicidade semanal.

LogoDe seu formato original até os dias de hoje, pouco mudou: os palestrantes (em sua maioria, estudantes de pós-graduação ou pós-doutorado) escolhem um artigo científico idealmente fora de sua área atuação e tem uma hora para ministrar uma aula sobre o mesmo, com 15 minutos adicionais para as perguntas dos participantes. “Houve um período no qual o foco do programa foi, levemente, desviado, pois muitos professores visitantes eram convidados a dar essas palestras, e acabavam falando de seus próprios trabalhos”, relembra o docente do IFSC e atual coordenador do Journal Club, Luiz Nunes de Oliveira.

Passados muitos anos, os principais palestrantes do programa voltaram a ser estudantes do Instituto e estagiários de pós-doutoramento, embora a participação de docentes, tanto como ouvintes, tanto como ministrantes das palestras, tenha aumentado significativamente desde que o programa foi lançado. Mas, o objetivo principal continua sendo o mesmo: a expansão do horizonte científico dos estudantes e a discussão e interação com temáticas diversas da física.

Com isso em mente, fica mais fácil entender o porquê de o aprendizado proporcionado pelo JC já começa antes mesmo da palestra: como são incitados a falar de assuntos fora de sua área de atuação, os palestrantes fazem um estudo prévio do assunto sobre o qual irão tratar antes de repassá-lo aos participantes.

Os artigos escolhidos podem tratar de estudos recentes ou antigos. No último caso, de acordo com Luiz, são escolhidos artigos científicos “clássicos” com o intuito de trazê-los ao conhecimento dos novos ingressantes do “mundo da física”.

Já no que diz respeito à escolha dos palestrantes, Luiz afirma que não existe um critério específico para tal escolha. Geralmente, são pesquisadores do próprio Instituto ou aqueles que estejam de passagem pelo IFSC, e que apresentem seus trabalhos de uma maneira dinâmica a inteligível. Para que isso seja viável, ele diz que os artigos científicos no formato de letters (pesquisas resumidas em, no máximo, quatro páginas) são, na grande maioria das vezes, os escolhidos para discussão.

Embora seja o coordenador formal do programa, o docente conta que o sucesso do programa se deve à colaboração de um aluno de pós-graduação para a escolha dos artigos e dos palestrantes que irão compor as edições do programa. Nos últimos dois anos, o doutorando do IFSC, César Uliana, foi o responsável e deu grande vigor ao programa. Ele encerra sua colaboração em dezembro para dar lugar a Fernando Sabino, também estudante de doutorado do Instituto, que desempenhará o mesmo papel.

Sobre a participação dos alunos nas edições do JC como palestrantes, Luiz afirma que estas são, ainda, insuficientes. De acordo com o docente, muitos convites são feitos e muitos deles, também, recusados. “Alguns respondem muito bem, mas ainda não é do jeito que gostaríamos”, conta.

Ele afirma que, pelo menos nos últimos dois anos, desde quando é coordenador, o número de espectadores é grande, tendo-se, inclusive, a participação de estudantes de outros grupos de pesquisa do IFSC e outras Unidades do campus, além de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde o JC também é divulgado.

Para 2014, Luiz afirma que o formato do JC será mantido: edições semanais com duração de uma hora e 15 minutos, mais ou menos, e apresentações feitas por docentes, mas, principalmente, estudantes de pós-graduação e estagiários de pós-doutorado. Para se informar sobre as palestras futuras, basta acessar o site do programa.

Assessoria de Comunicação

9 de dezembro de 2013

A história da aluna do IFSC que foi ouro nos EUA

Enquanto para muitas pessoas, o termo “Biologia sintética” é ainda desconhecido, a aluna do 4º ano do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Monique Freitas, já recebe prêmios por sua pesquisa realizada nessa promissora área da Biologia.

iGEMTudo começou em 2011, quando Monique se inscreveu no programa Ciência sem Fronteiras e foi selecionada para, no ano seguinte, ser estudante da Boston University (EUA) pelo período de um ano letivo.

Antes mesmo de embarcar para Boston, Monique já havia ouvido falar da International Genetically Engineered Machine (iGEM), competição internacional de engenharia de sistemas biológicos, que reúne equipes de estudantes de graduação e pós-graduação de diversos países do mundo para apresentar suas pesquisas.

Com o intuito de participar da iGEM e se interar melhor sobre os estudos relacionados à biologia sintética, já em Boston, durante as férias de verão estadunidenses, que duram cerca de três meses (entre junho e agosto), a estudante procurou um laboratório na própria universidade que tivesse pesquisas nessa área. “Entrei em contato com um professor e manifestei meu interesse em participar da competição, e foi quando ele me deu oportunidade de estagiar no laboratório de biologia sintética da Boston University. Isso foi, mais ou menos, em abril”, relembra Monique.

Um mês depois, ela e mais um colega, o estadunidense Shawn Jin, formaram a equipe que participaria da iGEM, para desenvolver o projeto que, no futuro, seria um dos maiores destaques da competição.

A biologia sintética

Sendo considerada uma área recente de estudos, a biologia sintética tem como principal objetivo criar formas de vida artificiais a partir de elementos naturais. Na engenharia genética clássica, o procedimento padrão para criação de organismos que desempenhem novas funções ocorre da seguinte maneira: escolhe-se uma sequência de DNA já existente, por exemplo, a de uma bactéria. Uma parte do DNA da bactéria é retirada e substituída por uma parte de DNA de outro organismo. Nesse caso, a bactéria servirá de intermediária para produzir alguma substância.

A biologia sintética se utiliza dos mesmos procedimentos, mas vai um pouco além. Nesse caso, não serão “misturas” de DNAs de apenas dois organismos, mas partes de DNA de diversos organismos, unidas para originar um completamente novo e capaz de muitas tarefas, como, por exemplo, o desenvolvimento de novos métodos de detecção de antibióticos no leite, métodos alternativos, sustentáveis e mais baratos para o tingimento de jeans e ferramentas biológicas modernas para cura da tuberculose *.

A criação dos estudantes

iGEM-1Durante três meses, Monique e Shawn realizaram uma maratona de estudos para montar a pesquisa que apresentariam no iGEM. “Foi um período de estudos muito intenso e também de muito aprendizado. Durante minha iniciação científica no IFSC, eu havia trabalhado com nanotecnologia, sob a orientação do professor Valtencir Zucolotto, e nos EUA comecei a trabalhar com pesquisas relacionadas à biologia molecular, diferente daquilo que eu já estava mais familiarizada, portanto”, conta a estudante.

A pesquisa dos estudantes teve como foco o desenvolvimento de ferramentas que possibilitem um rápido mapeamento dos três pilares básicos da pesquisa da biologia sintética: a criação de novas e diferentes sequências de DNA para construção de circuitos genéticos, a caracterização dos novos circuitos e, finalmente, a disponibilização das informações para outros pesquisadores da área. “Nosso trabalho mais intenso foi na primeira parte, que possibilitaria a otimização dos trabalhos realizados nessa área”, explica.

Em mais detalhes, o que Monique e Shawn fizeram foi introduzir uma técnica, descrita em um paper alemão , conhecida como Clonagem modular. A técnica tem diversas vantagens quando comparada às usualmente utilizadas, como diminuir expressivamente o tempo para junção das partes de DNA de organismos diferentes.

O reconhecimento

Passados quatro meses após o início de seu estágio no laboratório de biologia sintética, chegou a hora da primeira fase da competição. Nessa fase, as apresentações orais e de pôsteres são feitas por região, e a equipe de Monique apresentou seu projeto na competição regional do Leste dos EUA. “Todos apresentam seus projetos e, posteriormente, são entregues medalhas de acordo com o desempenho de cada equipe, permitindo o avanço para segunda fase da competição, na qual equipes do mundo inteiro participam”, conta Monique.

iGEM-4Foi na primeira fase, portanto, que o projeto de Monique obteve destaque, e a equipe da pesquisadora brasileira foi uma das que conquistou medalha de ouro na competição, deixando para trás equipes formadas por estudantes de instituições como Yale University e Johns Hopkins University. “Nosso intuito em participar da iGEM era muito mais para aprender do que para contribuir com algo, pois os jurados só selecionam trabalhos que consideram de importante visibilidade para toda comunidade. Foi uma grande surpresa, pois nosso time tinha muitas limitações, a começar pelo número de participantes. O time do MIT**, por exemplo, era formado por 20 estudantes”, relembra Monique.

O ineditismo do trabalho de Monique aliado ao fato de a estudante ter criado uma metodologia universal para o mapeamento de trabalhos de biologia sintética foram os principais fatores que levaram à sua vitória na primeira fase do iGEM. “Uma das principais características da competição é a apresentação de projetos com forte aplicação. No entanto, dentro das limitações que tínhamos, e com uma equipe formada por apenas duas pessoas, decidimos não ousar demais em nosso projeto. Por isso ficamos tão surpresos com a repercussão que ele teve”, conta. “Todos os trabalhos são muito bem desenvolvidos e a parte científica não é deixada de lado. Por exemplo, tivemos que deixar documentado na internet o ‘passo a passo’ de todo nosso trabalho e, inclusive, o nosso caderno de laboratório disponibilizado, para que a veracidade dos experimentos pudesse ser constatada “.

Depois de avançar para fase final do iGEM, realizada no MIT, Monique teve a oportunidade de conhecer pesquisas apresentadas por estudantes do mundo inteiro. Embora nessa etapa não tenha sido contemplada com prêmios, como na primeira fase, ela teve a oportunidade de conhecer trabalhos considerados por ela incríveis. “É surpreendente ver tanta gente na graduação ou na pós-graduação desenvolvendo coisas tão impactantes, tudo iniciativas dos próprios alunos, contando com o apoio de outros grupos de pesquisa. Todos se doam e se engajam muito”, conta Monique.

O papel do IFSC

Monique afirma que a participação no iGEM foi importante por vários motivos e, entre eles, para que ela fosse capaz de entender a relevância de toda aprendizagem adquirida no IFSC e, além disso, ter a chance de receber um feedback de especialistas sobre o trabalho que ela desenvolveu. “Você volta com um novo olhar e com novas ideias para sua pesquisa. A troca de ideias com outras pessoas também é muito importante! Ter contato com novos projetos, ver como surgiram ideias, conhecer pessoas do mundo todo que fazem ciência, tudo isso é maravilhoso”.

Monique também diz que, tanto na competição quanto no período de um ano letivo em que estudou na Boston University, todos os conhecimentos adquiridos previamente no IFSC foram essenciais para que ela tirasse o máximo proveito do intercâmbio. “Muitas vezes, ficamos muito presos às demandas do curso, e nos esquecemos de ver as partes boas, como as habilidades que desenvolvemos e o conhecimento tão abrangente que conseguimos adquirir aqui”, conta. “Chegar lá e ver que você tem base para lidar com os novos desafios é algo muito bom, voltei ainda mais apaixonada pelo curso”.

O futuro

Prestes a concluir sua graduação, Monique, desde agosto, é estagiária da empresa Braskem (Campinas-SP) na área de biologia sintética. Para ela, essa também está sendo uma grande chance de ter o contato com a parte aplicada do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares.

No que se refere aos estudos iGEM-3no exterior, ela conta que já se inscreveu para pós-graduação em algumas universidades estadunidenses, mas afirma que, caso seja aceita em alguma delas, pretende voltar ao Brasil depois de finalizá-la, para trazer ao país os conhecimentos adquiridos. “No Brasil, a área de biologia sintética é ainda muito recente. Então, quero aprender bastante lá para poder trazer tudo para cá, no futuro. Se minha rápida experiência de alguns meses já foi capaz de me ensinar tanto, imagine em quatro anos, que é o período que dura a pós-graduação?”.

Monique faz questão de prestar diversos agradecimentos aos docentes e funcionários do IFSC que a ajudaram durante todo processo de inscrição para o Ciência sem Fronteiras, desde a parte burocrática da documentação até as cartas de recomendação.

Para que outros alunos do Instituto se interem sobre o assunto (tanto sobre o intercâmbio quanto sobre a própria área de biologia sintética), Monique e estudantes de outras Unidades da USP realizarão um encontro no próximo dia 14 de dezembro para compartilhar experiências e conhecimentos sobre esses tópicos principais.

Ela conta que já existe um grupo de alunos no IFSC e da USP, em geral, articulando-se para participar da iGEM de 2014. Para os interessados em saber mais sobre o encontro e sobre a experiência de Monique, ela deixa seu contato: monique.freitas@usp.br

Para assistir à apresentação de Monique para PUB-Boston, clique aqui.

* os trabalhos vencedores na etapa final do iGEM 2012 apresentaram esses projetos

** Massachusetts Institute of Technology (EUA)

Assessoria de Comunicação

6 de dezembro de 2013

XXXVII Encontro Nacional de Física da Matéria Condensada

Entre os dias 12 e 16 de maio, em Costa do Sauípe (BA), será realizado o XXXVII Encontro Nacional de Física da Matéria Condensada.

ENFMC-2013O evento, que acontece sem interrupção desde 1978, ocorrerá, pela primeira vez, no nordeste do Brasil, e reunirá pesquisadores de diversas universidades nacionais e internacionais.

As inscrições para o evento podem ser feitas através do endereço eletrônico http://www.sbfisica.org.br/~enfmc/xxxvii/index.php/inscricao, e aqueles que se inscreverem até o dia 13 de janeiro pagarão as seguintes taxas: R$300,00 para sócio efetivo da SBF* (doutor), R$230,00 para sócio regular da SBF (bacharéis e estudantes de mestrado ou doutorado), R$100,00 para sócios aspirantes da SBF (estudantes de graduação) e R$700,00 para não sócios.

Os resumos de trabalhos também deverão ser enviados até 13 de janeiro.

Para mais informações sobre o evento, basta acessar seu site oficial.

*Sociedade Brasileira de Física

Assessoria de Comunicação

5 de dezembro de 2013

Ciclo de palestras: “Meritocracia e gestão de desempenho”

Dando continuidade ao ciclo de palestras parte do programa de curso on-line oferecido pela Escola Técnica e Gestão da USP, através da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP), no próximo dia 10, terça-feira, às 14 horas, no anfiteatro do Insituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Prof. Sérgio Mascarenhas”, será exibida a palestra “O papel do RH na gestão de pessoas”, de autoria do consultor de gestão empresarial, José Luiz Bichuetti.

A duração da palestra será de 2 horas e 16 minutos, e os servidores do IFSC que participarem receberão certificado.

Para informações adicionais, basta enviar e-mail para atad@ifsc.usp.br ou secretariaffi3@ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação

5 de dezembro de 2013

Simpósio “Nanotecnologia e saúde”

No próximo dia 9 de dezembro, segunda-feira, o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP) de Ribeirão Preto promoverá o simpósio “Nanotecnologia e saúde”, que reunirá docentes de diversos setores da USP e da Fundação “Oswaldo Cruz” (Fiocruz), com o objetivo de apresentar projetos que vêm sendo desenvolvidos nas respectivas instituições e realizar um debate sobre as possibilidades e contribuições que a nanotecnologia oferece à saúde.

O evento tem início previsto para às 9 horas e será realizado no Salão de Eventos do Centro de Informática da USP de Ribeirão Preto. A programação do simpósio pode ser acessada através do link www.iea.rp.usp.br.

O simpósio conta com o apoio do Conselho Estratégico do Parque Tecnológico, da Fundação do Instituto Polo Avançado de Saúde (FIPASE) e do Centro de Nanotecnologia Aplicada à Indústria (CNAI).

Para fazer sua inscrição, clique aqui (não é preciso pagar nenhuma taxa para inscrição ou participação).

Assessoria de Comunicação

5 de dezembro de 2013

Ciência às 19 horas

No primeiro semestre do próximo ano, o Programa Ciência às 19 horas, promovido pelo IFSC e coordenado pelo Prof. Dr. Luiz Agostinho Ferreira, completará uma década de existência, marcando de forma indelével a realização ininterrupta de ciclos de palestras mensais de divulgação científica, dirigidos ao público em geral.cincia300

Tendo como objetivo central aproximar a comunidade ao meio acadêmico, abordando temas científicos com uma linguagem acessível ao público leigo, esta iniciativa, gratuita, já se tornou cotidiana para a larga audiência que tem prestigiado as centenas de apresentações realizadas até o momento e que sempre acontecem em uma terça-feira de cada mês (de Março a Junho e de Agosto a Dezembro), às 19 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC) na Área – 1 do Campus – USP, em São Carlos.

Para o idealizador e coordenador do Ciência às 19 Horas, Prof. Luiz Agostinho, o nível da edição deste programa, no decurso de 2013, manteve-se praticamente similar em relação às edições anteriores, tendo em alguns momentos se aproximado da qualidade temática registrada em 2009, ano considerado soberano em relação aos restantes: O ano 2009 talvez tenha sido o melhor, principalmente devido à especificidade de temas que foram apresentados ao público, graças a uma conjunção de fatores, onde destaco não só os temas, mas também a forma como os palestrantes souberam cativar as audiências, refere o docente.

candido200Contudo, 2013 também pode ser considerado um marco em determinadas abordagens que foram apresentadas e que atraíram muitos participantes, como, por exemplo, a palestra intitulada Candido Portinari: Do Cafezal à ONU, com a presença do Prof. João Candido Portinari, um evento que teve uma repercussão muito grande. Outra palestra que marcou o Ciência às 19 Horas foi O papel do venture capital no desenvolvimento tecnológico, apresentada pelo Prof. Fernando Reinach, que foi diferente de todas as outras, já que abordou exemplos de como se pode fazer dinheiro com ciência e tecnologia, além de outras, como O Projeto Mar sem Fim, sob responsabilidade do jornalista João Lara Mesquita, que dissertou sobre a preservação da costa brasileira e do trabalho que os cientistas brasileiros desenvolvem na Antártida, ou ainda a palestra proferida pelo Prof. Vanderlei Bagnato, pesquisador do IFSC, que recordou a comemoração dos Cem anos do átomo de Bohr, uma referência a Niels Bohr, cientista que teve um papel fundamental no lançamento das ideias seminais que geraram uma das mais revolucionárias teorias para explicar a natureza, tendo explicado de que forma aconteceu a evolução da ideia do átomo como elemento básico da constituição da matéria, bem como as consequências destes conceitos para a melhoria de vida.

A comemoração do décimo aniversário do programa Ciência às 19 Horas é publicocienciapara Luiz Agostinho um aprendizado, em todos os sentidos: O público é bastante inteligente e sabe escolher determinadas palestras e por isso é importante os palestrantes saberem comunicar de uma forma fácil, acessível ao público leigo, independente de todos os palestrantes serem especialistas nas suas respectivas temáticas, que é uma característica deste programa. Contudo, embora se faça sempre um esforço para que essa comunicação seja da forma como a idealizamos, nem todos os palestrantes conseguem transmitir de forma fácil os seus conceitos, as suas ideias, refere Agostinho. Já no que diz respeito ao público interno (docentes e alunos do IFSC), o docente considera que a participação foi grande e entusiástica, continuando a ser fundamental os apoios recebidos pela Diretoria do IFSC, da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP, INEO – Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica, CIBFar – Centro de Inovação em Biodiversidade e Fármacos, IEA – Instituto de Estudos Avançados – São Carlos, e CEPOF – Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica, estruturas e orgãos que estão sediados dentro do própio Instituto de Física de São Carlos, ou que de alguma forma estão direta e intimamente relacionados com o Instituto.

A divulgação do programa

Em simultâneo com a tradicional divulgação do programa na mídia, o Ciência às 19 Horas também beneficiou de várias metodologias que levou a que mais público tivesse oportunidade de acompanhar as palestras, o que, por outro lado, comprometeu os índices de público presencial. Referimo-nos à disseminação das referidas palestras através do Canal 20 da NET São Carlos, além do riquíssimo repositório existente no site do programa – www.ciencia19h.ifsc.usp.br -, onde se apresentam e disponibilizam publicamente todos os vídeos referentes ao programa: Incrementamos e aperfeiçoamos a informação relativa ao programa, conseguimos bons parceiros, como foram os casos da DBC-FM, Contribuintes da Cultura e EPTV, e estou quase certo de que o público virtual e televisivo cresceu muito, até porque se torna mais cómodo para os espectadores. Inclusive, tenho tido contatos de várias pessoas da cidade de São Paulo e de outras cidades, pedindo os links de acesso a determinadas palestras, demonstrando exatamente o interesse “à distância”. No entanto, é bom recordar que a mídia acompanhou muito as palestras referentes ao programa e nesse capítulo tivemos uma maior repercussão do que em anos anteriores, pontua Luiz Agostinho.

Tudo indica que, a partir de março de 2014, outras novidades possam surgir em termos de divulgação luiz300do programa, com a eventualidade das palestras poderem ser transmitidas ao vivo pela IPTV da USP, o que irá aumentar exponencialmente a audiência. Para 2014, parte da programação do Ciência às 19 Horas está já acertada. No dia 18 de março, na abertura do programa referente ao ano de 2014, o tema escolhido será o câncer de mama, uma palestra que será apresentada pelo Dr. Diocésio Alves Pinto de Andrade, Oncologista Clínico do InORP – Instituto Oncológico de Ribeirão Preto, e que se espera tenha um grande pelo impacto, principal no que respeita às áreas social e da saúde. Contudo, a programação de maio do próximo ano também promete, como explica Luiz Agostinho: Na edição do mês de maio iremos contar com a presença de um engenheiro brasileiro que pertence à equipe da NASA e que foi responsável pelo pouso do jeep de prospecção no planeta Marte. Além desse trabalho, o referido engenheiro integra a equipe que neste momento desenvolve operações de coleta de amostras no solo do planeta vermelho. Será, sem dúvida, uma palestra extraordinária, já que as imagens que serão mostradas nessa palestra irão mexer, de alguma forma, com o nosso imaginário relativo aos “homenzinhos verdes”, conclui o coordenador do Ciência às 19 Horas.

Assessoria de Comunicação

4 de dezembro de 2013

Optomechanical self-organization in cold atomic gases

Decorreu no dia 3 de dezembro, pelas 14 horas, na Sala Celeste do Instituto de Física de São Carlos, mais um seminário do Grupo de Óptica do Instituto, desta vez apresentado pelo Prof. Dr. Thorsten Ackemann, do Departamento de Física da University of Strathclyde, Escócia.

IMG_1988Em sua palestra – Optomechanical self-organization in cold atomic gases -, o docente discutiu a formação de estruturas optomecânicas da interação entre dispersores dielétricos lineares e um campo de luz através de forças sem a necessidade de ópticas não-lineares, bem como algumas estruturas hexagonais no campo de luz e um padrão de favo de mel complementar em densidade atômica.

Minutos antes de encerrar sua apresentação, Ackemann também analisou a interação entre estruturas optomecânicas e não-linearidades eletrônicas.

A University of Strathclyde foi inaugurada no ano de 1796, quando o Prof. John Anderson, da University of Glasgow, deixou em seu testamento a sua vontade de “criar um lugar de aprendizagem útil”, uma universidade para todos. Seu desejo foi realizado quando a University of Glasgow criou a University of Strathclyde, que hoje é reconhecida como uma importante instituição na área tecnológica.

Assessoria de Comunicação

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