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6 de junho de 2014

USP estuda outras formas para seleção de alunos

Em entrevista à Revista VEJA, o Pró-Reitor de Graduação da Universidade de São Paulo, e docente do IFSC, Antonio Carlos Hernandes, afirma que o vestibular da Fuvest deixará de ser a única forma de ingressar na USP já a partir do próximo ano, devendo a Universidade adotar outros mecanismos de seleção de alunos – inclusive o ENEM -, tudo dependendo de um debate que decorrerá nos próximos meses, incluindo um simpósio que avaliará diversas experiências vividas por outras universidades.

Contudo, na opinião pessoal do Pró-Reitor de Graduação, uma das melhores alternativas seria a seleção de jovens estudantes do ensino médio, através das olimpíadas de diversas áreas do conhecimento que ocorrem frequentemente no nosso país.

Nessa entrevista, o Pró-Reitor de Graduação da USP descarta definitivamente a eventualidade da Universidade cobrar mensalidades.

Leia a entrevista completa, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação

5 de junho de 2014

Aplicações ópticas com materiais eletro-ópticos fotocondutores

Decorreu no último dia 05 de junho, cerca das 16h, na Sala Celeste (IFSC-USP), a palestra Aplicações ópticas com materiais eletro-ópticos fotocondutores, ministrada pelo pós-doutorando do IFSC, Jorge Enrique Rueda-Parada, e organizada pelo grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do Instituto de Física de São Carlos, que enfatizou o fato de na década de 60, o físico norte-americano, Arthur Ashkin e seus colaboradores terem observado em cristais de Niobato de Lítio, entre outros materiais ferroelétricos, o que eles chamaram de “dano óptico” da luz. Posteriormente, determinou-se que se tratava de um fenômeno eletro-óptico local causado pela intensidade da luz no interior do cristal, quando essa intensidade tem uma distribuição espacial não homogênea.

A principal vantagem desse fenômeno, conhecido como efeito fotorrefrativo, éJORGE300 a possibilidade de provocar efeitos não lineares com campos de radiação inferiores a 1mW/cm2 – o efeito fotorrefrativo se produz nos cristais eletro-ópticos e fotocondutores. Os interesses por estes materiais são as aplicações que se têm desenvolvido desde aqueles tempos, particularmente, no campo da holografia dinâmica, que permite, por exemplo, amplificar a óptica, conjugar fases, restaurar frentes de ondas, gerar novos harmônicos e encriptar e correlacionar a óptica.

As redes holográficas gravadas em cristais fotorrefrativos são hologramas de volumes, que são gravados, reconstruídos ou borrados com a luz da mesma, ou de diferente comprimento de onda. Por tudo isso, em seu seminário, Jorge mostrou alguns resultados de pesquisas e aplicações, onde usou materiais fotorrefrativos. Tais resultados foram obtidos pelo Grupo de Óptica Moderna da Universidade de Pamplona, Colômbia.

Assessoria de Comunicação

5 de junho de 2014

Collective Motion and Heavy Metal

Em mais uma edição do programa Journal Club, que ocorreu no dia 05 de junho, na Sala F-210 (IFSC-USP), pelas 10h45, o estudante de graduação do Instituto, Vinicius Henrique Aurichio, apresentou o seminário Collective Motion and Heavy Metal, iniciando sua apresentação explanando o conceito de que movimentos coletivos geralmente são motivados por um AURICHIOobjeto em comum, sendo que este varia muito entre contextos sociais. Por exemplo, num mercado lotado formam-se linhas com direções privilegiadas, ou quando alguém foge de um prédio em chamas é comum a saída ficar engarrafada.

Tendo esse aspecto de movimentos coletivos como base, Aurichio falou sobre um contexto social no qual o único objetivo era se mover violentamente. Assim como é mostrado no artigo, Collective Motion of Humans in Mosh and Circle Pits at Heavy Metal*, tal contexto possui dois estados: um chamado “mosh pit, com características de gás, e o outro conhecido como “circle pit”, que envolve grandes correlações espaciais.

No artigo referido pelo palestrante, os autores mostram através do uso de um modelo simples para pessoas e análises quantitativas de centenas de vídeos disponíveis no Youtube, uma transição de fase entre os dois estados.

*Collective Motion of Humans in Mosh and Circle Pits at Heavy Metal concerts, PRL 110, 228701 (2013). DOI: 10.1103/PhysRevLett.110.228701

Assessoria de Comunicação

4 de junho de 2014

Em palestra: Prof. David Pritchard aborda o ensino na graduação

Na tarde do dia 04 de junho, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), decorreu o evento subordinado ao tema Modernização do Ensino na Graduação: o exemplo do MIT, apresentado pelo Prof. Dr. David Pritchard, do Department of Physics, do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Como ensinar a Ciência Básica num contexto com tantas informações globais? Como pitchard275sair do modelo tradicional de ensino? Foi pensando nestas questões que a agência norte-americana, National Science Foundation, examinou o estado recente da educação na graduação e mostrou sugestões importantes para que se possa implementar um ensino de qualidade que esteja em conformidade com os desafios mundiais.

Após uma rápida introdução feita pelo Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, que aproveitou para ressaltar a satisfação do Instituto em receber o Dr. David Pritchard, enfatizando o fato do palestrante trazer discussões nas modificações da forma de ensinar disciplinas de graduação dentro do novo contexto mundial, incluindo MOOC’s e outras modalidades de ensino.

pitchard3Seguidamente, Pritchard e alguns professores da USP, UFSCar e UNICEP, reuniram-se numa mesa redonda onde debateram o atual modelo de ensino dos cursos de graduação.

O Dr. Pritchard fez sua graduação na California of Technology e seu doutorado em Harvard. Seguidamente, o professor ingressou no Departamento de Física do MIT, onde atua até hoje dentro do Grupo de Física Atômica, Molecular e Óptica e do Laboratório de Pesquisa Eletrônica. Além disso, também é membro da National Academy of Sciences e da American Academy of Arts and Sciences.

O Departamento de Física do MIT é um dos mais conceituados institutos de pesquisa e educação na área da Física. Com setenta e cinco professores, duzentos e oitenta cursos e duzentos e quarenta e cinco alunos de graduação, o Massachusetts Institute of Technology já formou, desde 1990, quatro vencedores do Prêmio Nobel, o que reflete a excelente qualidade do ensino ministrado.

Assessoria de Comunicação

4 de junho de 2014

Novas ideias para melhorar a administração pública

No 2º semestre de 2013, a Comissão de Treinamento e Desenvolvimento do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com o Departamento de Engenharia de Produção da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), decidiu ofertar aos funcionários do IFSC/USP o curso de difusão “Fundamentos da Administração”. Apresentando conceitos fundamentais de administração e voltado à resolução de problemas, o curso teve, como principal objetivo, a capacitação dos funcionários para situações práticas, trazendo a oportunidade da aplicação de conceitos administrativos no cotidiano de cada um dos participantes.

IFSC_TDMinistrado por dois professores da EESC/USP (Edmundo Escrivão Filho e Mateus Gerolamo) de competência reconhecida na área, o curso, que teve duração de seis meses, foi de grande sucesso entre os 31 participantes do IFSC/USP que, por sua vez, tiveram que apresentar um trabalho de conclusão focado na solução de diferentes problemas administrativos utilizando-se das ferramentas fornecidas durante o curso. “A ideia foi que os funcionários procurassem soluções para resolução de problemas que enfrentam em seu cotidiano de trabalho, o que é muito valioso, além de ter sido uma maneira de exercitar tudo que foi aprendido”, conta o docente do IFSC/USP e Presidente da Comissão de T&D, José Fabian Schneider.

Daí é que nasceu a ideia de realizar o Workshop do T&D, criando-se uma oportunidade para que todos os trabalhos de conclusão sejam apresentados aos funcionários do Instituto, participantes ou não do curso realizado. “Alguns dos processos podem, futuramente, ser implementados na Unidade, sofrendo as devidas adaptações, se for o caso. Alguns trabalhos são semelhantes e dialogam entre si, o que possibilita até mesmo uma aplicação conjunta”, conta Schneider.

Independente disso, ele afirma que o envolvimento dos participantes foi muito importante, e que a iniciativa oferece subsídios para que o funcionário seja um participante ativo no aprimoramento da qualidade da administração em seu local específico de trabalho. “Tudo isso estimula e, sobretudo, valoriza o funcionário. Os conceitos ensinados são simples, mas, às vezes, podem ficar isolados do contexto cotidiano da administração na instituição. O curso ofereceu ferramentas para se aumentar a qualidade da gestão e a integração entre os pares, e nós devemos incentivar sua aplicação”, afirma o docente.

Schneider acredita que essa ação deve ter continuidade. Ou seja, é possível que outros cursos desse tipo sejam oferecidos pela EESC/USP, partindo já para módulos mais avançados, focados em diferentes problemas de gestão. “O mais factível para este ano é tentarmos dar continuidade à nossa parceria com a EESC. No que se refere às iniciativas coletivas de treinamento, ainda ficamos na expectativa, especialmente por nosso momento financeiro”, explica.

O curso “Fundamentos da Administração”, por seu bom resultado, coloca uma questão importante à USP: o aproveitamento de seu próprio contingente para a transmissão e, principalmente, repasse de conhecimento. “Esse curso é uma prova de que a USP pode aproveitar seus próprios saberes para atacar seus próprios problemas. Os ministrantes dos cursos são pessoas competentes e estimuladas”, afirma o docente. “Como nós, na USP, podemos aproveitar nossa capacidade? Com certeza, esse é um dos caminhos”.

Workshop “Resultados do Curso de Fundamentos da Administração”

Data: 6 de junho (sexta-feira)

Hora: 14 horas

Local: anfiteatro “Professor Sérgio Mascarenhas”

Assessoria de Comunicação

4 de junho de 2014

Programa de Mobilidade de Pós-Graduação (AUGM)

Estão abertas até dia 09 de junho as inscrições para o Edital 414/2014, referente ao Programa de Mobilidade de Pós-Graduação – AUGM, para intercâmbio em universidades na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, com atribuição de benefícios relativos a custos acadêmicos (inscrição, mensalidade, etc.), bem como a auxílio-manutenção, que será oferecido pela instituição de destino.

Para mais informações, os interessados deverão acessar o EDITAL.

Em caso de dúvidas, os candidatos deverão entrar em contato com o setor de Mobilidade, pelo Fale Conosco do sistema Mundus – ASSUNTO EDITAIS

Assessoria de Comunicação

3 de junho de 2014

The collagenase and elastase activity of Cathepesin K

Inserido na programação do Grupo de Cristalografia, do Instituto de Física de São Carlos, aconteceu no dia 03 de junho, cerca das 16 horas, na Sala de Seminários do Grupo DIETER_BROMME(Área II do Campus USP – São Carlos), o seminário The collagenase and elastase activity of Cathepesin K, ministrado pelo Dr. Dieter Brömme, pesquisador do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, da University of British Columbia (UBC), Canadá.

A Catepsina K, uma cisteína protease da família papaína que atua nos osteoclastos, fibroblastos e macrófagos, possui um sistema de colagenase e elastase potente e, por isso, desempenha um papel importante na remodelação dos ossos. No entanto, pouco se sabe sobre o mecanismo de degradação das proteínas da matriz extracelular da Catepsina.

Nessa palestra, Dr. Brömme discutiu as recentes descobertas envolvendo o aminoácido, explicou o mecanismo de colágeno e elastina no processo de degradação, e como esse conhecimento pode ser traduzido para a exploração de novos mecanismos inibidores.

A University of British Columbia, classificada entre as 40 melhores universidades do mundo, visa à inovação, sendo que sua perspectiva empreendedora incentiva os alunos, funcionários e professores a desafiar convenções, descobertas e explorações de novas formas de aprendizagem.

Assessoria de Comunicação

3 de junho de 2014

Docente do IFSC-USP lança livro “As linguagens do conhecimento”

chu100“As linguagens do conhecimento” é o título do livro que será lançado oficialmente no próximo dia 06 de junho, a partir das 18h30, no “Espaço 7”, infraestrutura cultural localizada na Rua 7 de Setembro, em São Carlos, uma obra assinada pelo docente e pesquisador do IFSC-USP, Prof. livro100Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

Através de questões como, por exemplo, qual a conexão entre Einstein e os aparelhos de GPS que colocamos em nossos carros e por que ainda não conseguimos falar com computadores, o autor conecta fios aparentemente soltos em diversos ensaios bem tramados que tratam de divulgação científica sobre a importância da educação e do método científico. Descreve, de forma didática, conceitos e aplicações, principalmente relacionados com física, nanotecnologia e computação. “As linguagens do conhecimento” suscitará, certamente, o interesse não só de acadêmicos como também do público em geral.

(A obra estará à venda no local: preço R$ 35,00).

Assessoria de Comunicação

3 de junho de 2014

Docente do IFSC-USP toma posse como novo presidente

O docente e pesquisador do IFSC-USP, Prof. Dr. Adriano Andricopulo, tomou posse SBQ_Posse-250como presidente da SBQ – Sociedade Brasileira de Química, uma cerimônia que ocorreu durante a 37ª Reunião Anual daquela instituição, realizada entre os dias 26 e 29 de maio, em Natal (RN), sucedendo, no cargo, ao Prof. Dr. Vitor Francisco Ferreira.

Além da nova diretoria, foram ainda empossados os integrantes dos novos conselhos consultivo e fiscal da SBQ, cujos mandatos vão até 2016.

O tema central da 37ª Reunião Anual da SBQ foi “O papel da Química no cenário econômico atual: competitividade com responsabilidade”, um evento que reuniu largas centenas de participantes numa programação intensa composta por palestras, minicursos, conferências, workshops, sessões de posteres, lançamentos de livros e encontros temáticos.

Assessoria de Comunicação

3 de junho de 2014

Inscrições para a Escola de Física Contemporânea (EFC 2014)

Escola200O Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) realiza entre os dias 20 e 26 de julho, mais uma edição da Escola de Física Contemporânea (EFC – 2014), atividade de extensão voltada a alunos do ensino médio de todo o Brasil, cujas inscrições encerram no próximo dia 08 de junho, procedendo-se, então, à seleção dos cerca de trinta estudantes que participarão desse evento.

Organizada pelos docentes do IFSC-USP, Profs. Fernando F. Paiva, Diogo Oliveira S. Pinto, Alessandro S. Nascimento e Tito José Bonagamba (diretor do Instituto), a escola, com a duração de uma semana ininterrupta de estudos e trabalhos laboratoriais, tem como objetivo atrair os melhores alunos do ensino médio em ciências exatas e, particularmente, na área de Física, fazendo com que esses jovens adquiram maiores conhecimentos do universo da pesquisa e ensino, por meio de um contato direto com os principais grupos de pesquisa do país, disseminando a importância da ciência e da tecnologia na geração de conhecimento e riqueza em prol de nosso país.

Além disso, pretende-se chamar a atenção dos alunos para o empreendedorismo, reforçando as importantes contribuições que o profissional da área da Física pode oferecer quando se envolve com pesquisas associadas ao setor industrial, sejam elas oriundas de dentro ou fora do ambiente acadêmico. Além das aulas teóricas, práticas, com trabalhos nos laboratórios de ensino, e palestras, todas ministradas por docentes do IFSC-USP, a escola contará com visitas monitoradas às oficinas e laboratórios de pesquisa, igualmente supervisionados por pesquisadores do Instituto.

A grande novidade desta edição é que os participantes terão a chance de assistir uma palestra do Dr. Gerardo Adesso*, da School of Mathematical Sciences – The University of Nottingham, Reino Unido que estará na cidade de São Carlos na semana da realização da escola. Esse evento deverá demonstrar o caráter de Internacionalização do Instituto e a forma como isso é feito ativamente através de colaborações científicas com algumas das maiores universidades do exterior.

Outro foco da escola é mostrar o Instituto a uma população que provavelmente irá para a área de exatas e que, em algum momento na carreira acadêmica, mesmo que não se forme no Instituto, possa se lembrar da instituição e, quem sabe, até se tornar um parceiro dela.

A pré-inscrição para a EFC-2014 é isenta de qualquer valor, mas os selecionados deverão pagar a taxa de R$ 350,00 para a realização da matrícula (preço que cobrirá todas as despesas dos alunos com sua permanência em São Carlos, exceto o transporte para a cidade). Durante toda a semana de curso, os trinta participantes serão acompanhados permanentemente por monitores do IFSC, que assegurarão a pontualidade nos programas e ações da escola, o cumprimento das horas de descanso, o transporte entre o Instituto e os hotéis onde os jovens ficarão hospedados e, claro, questões relacionadas com bem-estar e segurança coletiva.

Para realizar a inscrição ou obter mais informações sobre a Escola de Física Contemporânea de 2014, clique AQUI

*Gerardo Adesso obteve seu PhD em 2007 pela University of Salerno, Itália, e em 2009 se tornou integrante da University of Notthingam. Sua especialidade é voltada a correlações quânticas em sistemas compostos, sejam eles na forma de emaranhamento ou demais modelos gerais, bem como ao desenvolvimento da teoria da informação quântica com estados gaussianos de sistemas de variáveis continuas.

Assessoria de Comunicação

3 de junho de 2014

Um pesquisador brasileiro na NASA

Graduado em Física e com mestrado em Óptica, pelo Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), especificamente em 1985 e 1987, o mineiro Ivair Gontijo sempre se sentiu atraído por aquilo que a maior parte das pessoas evita: o desconhecido. Mas, querer ser cientista, querer aprender, experimentar e aplicar nem sempre é tão fácil quanto se pensa, principalmente quando se pretende ir mais além, mais longe no conhecimento.

O jovem Ivair é um desses casos e, devido a diversas circunstâncias da vida, decidiu em 1988 trocar o tão agradável clima brasileiro pelas tonalidades cinza e clima úmido da Escócia, numa tentativa de ir mais além, tendo ingressado na Universidade de Glasgow, onde obteve, em 1992, o doutorado em engenharia elétrica. O caminho estava aberto para aquilo que Ivair Gontijo considerava ser um rumo tranquilo, curiosity300já que era sua intenção desenvolver projetos no setor produtivo, em terras de sua majestade. Assim, trabalhou como pesquisador em lasers de semicondutores, detectores de luz e estudos de materiais, tanto na Universidade de Glasgow quanto na Heriot-Watt University, em Edimburgo, igualmente na Escócia. Já com responsabilidades familiares, Ivair Gontijo sentiu necessidade de se estabelecer num local onde o clima não fosse tão austero e, em 1998, decidiu se mudar para Los Angeles, estado da Califórnia (EUA), onde trabalhou na University of California – Los Angeles (UCLA) por dois anos e meio, desenvolvendo novos materiais e dispositivos com base em cristais fotônicos.

Dialogar com Ivair Gontijo – e principalmente ouvi-lo – é apaixonante, principalmente pela forma simples e humilde como ele consegue contagiar quem o ouve, ao descrever seu trabalho, seus receios e sucessos, com a mesma tranquilidade e simplicidade que mostrou perante cerca de 350 pessoas, quando proferiu a palestra intitulada O pouso do Curiosity em Marte, inserida na edição do programa Ciência às 19 Horas, que ocorreu no dia 26 de maio último, no IFSC-USP

Voltando à história de Ivair Gontijo, uma súbita decisão de mudar de área levou este cientista brasileiro a abandonar seus projetos na UCLA e iniciar uma nova etapa em sua vida, desenvolvendo lentes esféricas para cirurgias de catarata em uma empresa de biotecnologia que possuía fábricas nos Estados Unidos, Suíça e Japão, tendo produzido duas patentes para a citada empresa: no mundo, existe mais de um milhão de pessoas que usam as lentes projetadas por Gontijo: Eu comecei a projetar lentes para cirurgia de catarata numa empresa de biotecnologia. Nessa época, eu tinha enviado meu currículo para doze pessoas na NASA, sempre com alguma esperança, mas nunca recebi qualquer tipo de resposta. Na verdade, eu sempre digo que não sou bom para descobrir quais são as boas oportunidades na vida. Todos os momentos que eu achava que eram as grandes oportunidades, nenhum deles deu certo. Por outro lado, aquelas coisinhas muito pequenininhas, que nem esperava que dessem certo, foram as que de fato abriram meu caminho profissional. Coloquei o meu currículo num site relativo a uma conferência e foi assim que, em 2006, alguém do Jet Propulsion Laboratory (JPL), da NASA, que eu nunca tinha visto na vida, entrou em contato comigo e me chamou para uma entrevista, recorda Ivair.

De repente, o veículo Curiosity estava sob gestão de um cientista brasileiro

Em seu primeiro projeto no Jet Propulsion Laboratory, em Pasadena, Califórnia, a missão foi ajudar a desenvolver um projeto relacionado com lasers de semicondutores; uma semana ivair200depois, descobriram que ele tinha experiência em montagens de circuitos de radiofrequência e foi quando o colocaram a trabalhar no projeto Mars Science Laboratory (MSL), que enviou o jipe Curiosity para Marte: Na verdade, o MSL não tinha ninguém que soubesse trabalhar com radiofrequência, ou que tivesse uma visão ampla para mexer não só com física dos semicondutores dos dispositivos eletrônicos, como também colocar tudo aquilo numa caixa, transformando o conjunto em um dispositivo (transmissor de radar) que pudesse ser integrado com o resto da espaçonave norte-americana. Foi assim que passei a gerenciar um grupo de técnicos só para essa finalidade, comenta Ivair.

E foi sob seu gerenciamento que a equipe construiu o radar que mais tarde iria controlar a descida do jeep Curiosity (com um peso de 900 Kg) em Marte: Se esse equipamento não funcionasse, o resto seria irrelevante, porque tudo isso iria se transformar em um monte de lixo depositado em Marte. Aquilo tinha que descer, custasse o que custasse: a missão do radar foi medir a altura que o Curiosity estava do solo marciano, bem como indicar a velocidade de descida. Sem essas medidas, todo equipamento iria descer de uma forma descontrolada e iria virar um monte de ferro velho na superfície do planeta vermelho, mas no final deu tudo certo, afirma Ivair.

A descida do Curiosity, em Marte, foi acompanhada em rede nacional de televisão, nos Estados Unidos, com muita apreensão, pois todos sabiam que existiam milhares de razões e de problemas para que algo desse errado: afinal, controlacuriositytwin300r remotamente a descida do veículo, num ponto específico do planeta Marte, mesmo contando com o auxílio de dois satélites que já se encontravam na órbita daquele planeta, não era tarefa fácil, embora toda a equipe da NASA estivesse dando o seu melhor. Por outro lado, o que também estava em causa era a credibilidade internacional – e doméstica – de um dos mais importantes vetores do programa espacial norte-americano.

Para Ivair Gontijo, os momentos finais da descida foram dramáticos, já que estava comprovado que toda a física aplicada naquele projeto estava certa, que as ideias e cálculos estavam corretos até ao último pormenor, só que era um projeto de muitos detalhes: um parafuso mal apertado, um fio solto, jogariam todo o projeto para o lixo. Então, se todos os detalhes foram feitos de forma correta, o projeto tinha que dar certo: Eu só acreditei, mesmo, quando vi a primeira foto tirada pelo próprio Curiosity, com a sombra do veículo parado na superfície do planeta: e dava para ver, inclusive, as rodas dele. Durante a descida, parecia um ensaio, parecia que não era de verdade, parecia animação: foi tudo absolutamente perfeito. Não teve nenhum problema durante a descida, comemora Gontijo.

Após esse grande sucesso, a NASA decidiu entregar a Ivair Gontijo outra missão, esta com o intuito de ser concluída daqui a aproximadamente dez anos e numa área completamente diferente da anterior: agora, o desafio do pesquisador brasileiro será gerenciar o projeto de lançamento de uma sonda com destino a Europa – uma das luas do planeta Júpiter – colocando o equipivairaud300amento em uma órbita muito próxima de sua superfície, com a intenção de fazer um estudo mais aprofundado. Júpiter é coberto de gelo e ele se move, se quebra, tem várias rachaduras e sai material lá de baixo. Parece que abaixo do gelo existe um oceano, água líquida, uma espécie de mar global, prevendo-se que exista mais água aí do que em nosso planeta: Na Terra existe água, logo vida. É importante saber se existem essas e outras condições propícias à vida na lua “Europa”, que também é a grande pergunta que fazemos sobre Marte: existem essas condições, a que chamamos de habitabilidade? Pode-se ter formado vida nessa região do Universo?, questiona Ivair.

No dia 26 de maio, o Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) ficou lotado para ouvir este pesquisador.

(Foto 3: Curiosity’s Twin Under Test – NASA Image)

Assessoria de Comunicação

2 de junho de 2014

Delegação do Hospital de Câncer de Barretos visita o IFSC-USP

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) recebeu, no último dia 02 de junho, a visita de delegação constituída por sete integrantes do Hospital de Câncer, de Barretos, com o intuito de fortalecer a colaboração já existente entre o Grupo de Óptica do IFSC e o Hospital de Câncer, inclusive nas técnicas elaboradas pelo Instituto na melhoria dos tratamentos voltados à doença.

Durante a reunião de boas vindas, o vice-diretor do IFSC-USP, Prof. Dr. Osvaldo NovaisBARRETOS1 de Oliveira Junior, ressaltou o prazer em poder receber o grupo de profissionais, tendo feito uma breve apresentação da Instituição, bem como as principais linhas de pesquisa da Unidade, mostrando as características multidisciplinares da mesma.

O Prof. Osvaldo sublinhou o fato de o IFSC sediar alguns centros de pesquisas e institutos nacionais de ciência e tecnologia, tendo destacado, principalmente, o Grupo de Óptica, que serve como base na parceria entre os dois órgãos, assim como a área de Fotônica, Ressonância Magnética, Semicondutores e Biotecnologia Molecular, entre outras. O vice-diretor apresentou, ainda, as principais pesquisas desenvolvidas pelos grupos do Instituto, como, por exemplo, os estudos voltados ao etanol de biomassa, matéria condensada, informação quântica, biologia molecular, bem como à terapia fotodinâmica e eletrônica orgânica.

Quanto à óptica e terapia fotodinâmica, Osvaldo destacou o estudo com uso de laser para o crescimento de células, desenvolvido pela Óptica e Fotônica, além das pesquisas feitas na terapia fotodinâmica para a área odontológica, principalmente no tratamento do câncer bucal – pesquisas que podem criar ainda mais laços nesta parceria. Outros estudos importantes que podem sustentar a relação entre o IFSC-USP e o Hospital são os trabalhos sobre membrana molecular, que envolvem os fármacos, bem como as aplicações de física computacional, relacionadas com a interação entre proteínas e mitocôndrias.

Já o Dr. André Carvalho, Diretor Executivo do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Hospital de Câncer de Barretos, aproveitou o momento para agradecer o tempo que os funcionários do IFSC-USP disponibilizaram para receber a delegação. Há algum tempo temos tentado iniciar essa interação, mas acho que tudo depende de uma maturidade. Vocês chegaram num momento em que nós estávamos mais maduros para fazer essa parceria, afirmou o clínico.

BARRETOS3Logo após a reunião, os representantes do Hospital de Câncer fizeram uma visita aos laboratórios de pesquisa do IFSC-USP, onde tiveram a chance de conhecer, de perto, o trabalho desenvolvido na Unidade.

Em 27 de novembro de 1967, foi instituída a Fundação Pio XII, que no ano seguinte passou a atender pacientes portadores de câncer. Devido à grande demanda de pacientes e ao velho e pequeno hospital não comportar todo o crescimento, o Dr. Paulo Prata, idealizador da Fundação, recebeu a doação de uma área na periferia da cidade e propôs a construção de um novo hospital que pudesse responder às crescentes necessidades.

Inicialmente, esse pequeno hospital contava com apenas quatro médicos que trabalhavam em tempo integral, com dedicação exclusiva, caixa único e tratamento personalizado. No ano de 1989, Henrique Prata, filho do casal de médicos fundadores do hospital, abraçou a ideia do pai e, com a ajuda de fazendeiros da cidade e da região, realizou mais uma parte do projeto: o pavilhão Antenor Duarte Villela, onde funciona o ambulatório do hospital. Hoje, mantido prioritariamente por doações da comunidade, artistas, iniciativa privada e com participação financeira governamental, o Hospital de Câncer de Barretos é considerado o maior e mais avançado hospital oncológico do país.

Para saber mais sobre o Hospital, clique AQUI

Assessoria de Comunicação.

1 de junho de 2014

IFSC-USP acolhe Centro de Caracterização de Espécies Minerais

Uma parceria firmada entre três grupos de pesquisa nacionais e uma universidade norte-americana está resultando no lançamento do denominado Centro de Caracterização de Espécies Minerais (CCEM), que ficará sediado no IFSC-USP, sendo o primeiro do gênero no país.

O projeto resulta de uma colaboração entre o Instituto de Geociências da Universidade de SãoBarite300 Paulo, o Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), o Grupo de Espectroscopia RAMAN do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Departamento de Geociências da University of Arizona (EUA), instituição de pesquisa famosa por ser considerada um dos mais importantes centros de caracterização de espécies minerais do mundo.

Para o Prof. Javier Ellena (IFSC-USP), o grande incentivador e responsável pela colaboração entre os grupos brasileiros com a University of Arizona foi o Dr. Marcelo B. de Andrade, que realizou seu pós-doutorado nessa universidade, sob supervisão do Dr. Robert T. Downs por cerca de dois anos, no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras (CNPq).

O grupo de Mineralogia e Cristalografia do Dr. Downs, na University of Arizona, dedica-se a caracterizar espécies minerais de diversas partes do mundo. Um bom exemplo do trabalho realizado na universidade norte-americana é o novo projeto que os pesquisadores estão desenvolvendo para o sistema de difração do Curiosity, famoso robô da NASA que serve como instrumento às pesquisas realizadas em Marte: A sonda espacial foi enviada para um experimento, tendo-se coletado certas amostras de solo que foram inseridas no equipamento e analisadas por meio de difração de Raios-X. Esse foi o primeiro experimento de difração feito em Marte, com a finalidade de descobrir quais os tipos de minerais existentes naquele planeta, bem como analisar a possibilidade da presença de água, explica Javier, acrescentando que um dos principais trabalhos desenvolvidos pela University of Arizona, em parceria com a Agência Espacial Norte Americana (NASA), é exatamente o desenvolvimento de equipamentos do Curiosity.

javier200Destaque especial pode ser dado aos projetos do difratômetro de Raios-X de pó (Chemin), que está em operação, e de um espectrômetro RAMAN que será inserido no robô Exomars, a ser lançado em 2018 pela Agência Espacial Europeia. Para Javier, a melhor forma de caracterizar o solo é combinando ambas as ferramentas e é exatamente este processo que o grupo de pesquisa norte-americano realiza e que agora será explorado no novo Centro brasileiro.

Os pesquisadores contam que o equipamento de Espectroscopia Raman foi aprovado por meio do Programa Equipamentos Multiusuários (EMU), ligado ao Programa Jovem Pesquisador, da FAPESP. A ideia é que, além de amostras de minerais, o equipamento possa ser utilizado também em outras áreas, como a farmacêutica e a biológica, por exemplo: Conseguimos um equipamento versátil e robusto para que os pesquisadores tenham facilidade em utilizar essa ferramenta em diferentes áreas, afirma Javier.

Segundo o Prof. Alejandro Pedro Ayala, que coordena a equipe do grupo de Espectroscopia RAMAN da UFC, além da área de mineralogia, esse equipamento pode contribuir para outras áreas importantes, como, por exemplo, a farmacêutica e a de ciências dos materiais, entre outras, como explica Marcelo de Andrade: Existem grupos no Brasil que fazem identificação de células cancerosas e caracterização de medicamentos através da Espectroscopia RAMAN. Na área de mineralogia, o equipamento pode auxiliar na identificação dos minerais que compõem a rocha, com uma leitura diferenciada. O equipamento de espectroscopia permite que um pesquisador veja cada composto químico inserido numa rocha, em cores diferentes: Dentro de uma rocha de mineração, existem diversos compostos. Fazendo uma medida ponto-a-ponto com o espectro, é possível observar cada porcentagem dos compostos, que ficam representados por cores diferentes, acrescenta Marcelo. Dessa forma, é possível fazer uma leitura dinâmica da rocha ou de outro objeto analisado pelo equipamento. De acordo com Javier, o intuito principal do inovador Centro é conseguir obter dados das composições químicas, de forma mais profunda: Do ponto de vista estratégico e econômico, este projeto tem uma valia extremamente grande, pois muitas dessas pesquisas são importantes para a elaboração de estratégias de exploração de recursos minerais, sublinha o pesquisador do IFSC-USP.marcelo200

Atualmente, existem aproximadamente cinco mil espécies minerais registradas pela Associação Mineralógica Internacional (IMA). De acordo com estes dados, existem apenas sessenta novas espécies minerais caracterizadas no Brasil. Para Marcelo, esse é um dado preocupante, uma vez que o país possui grande investimento na área de mineração. Dessas sessenta espécies brasileiras, o grupo é responsável pela identificação e caracterização de sete delas, só nos últimos anos. Além disso, outro ponto bastante positivo do trabalho de caracterização é o desenvolvimento de novos materiais que podem resultar no registro de patentes, algo comum nos países mais desenvolvidos: Quando se descobre um novo mineral, você está explorando diferentes estruturas e composições químicas, por isso usamos os Raios-X e a Espectroscopia RAMAN, afirma Marcelo.

Nos últimos cinco anos, foram publicados cerca de trezentos artigos científicos, de acordo com a Web of Science, relacionados à descoberta de novas espécies minerais. Todos os anos são aprovadas de quinze a vinte novas espécies minerais.

O novo Centro de Caracterização será uma referência em termos nacionais. Javier conta que a ideia do projeto é inédita, porque o trabalho abrangerá diversas áreas: Nosso grupo é pioneiro na área de Cristalografia; o Prof. Daniel Atencio, do Departamento de Mineralogia e Geotectônica da USP, é referência em pesquisas minerais e o grupo liderado pelo Prof. Ayala é um dos mais antigos do país que trabalha com a espectroscopia RAMAN. Então, conseguimos juntar esses três laboratórios, com o apoio do grupo de Mineralogia e Cristalografia da Universidade de Arizona. Para os pesquisadores brasileiros, a colaboração entre os três laboratórios com o grupo norte-ayala200americano é fundamental para que possam ter o know-how de como unir esses grupos que atuam em diferentes vertentes de pesquisa.

Para o Prof. Ayala, o Brasil tem uma tradição forte na área de Espectroscopia RAMAN, uma técnica que foi descoberta em 1928, porque, posteriormente, na década de sessenta, o brasileiro Sérgio Porto foi o primeiro a utilizar um laser com o intuito de fazer uma espectroscopia, experimento que revolucionou a área – o grupo do docente Ayala, por exemplo, já trabalha com espectroscopia há trinta anos. Um detalhe muito importante é que quando se utiliza a Espectroscopia RAMAN, não é necessário destruir a amostra pesquisada e isso é extremamente importante quando se trabalha com espécies minerais raras, porque se acontecer a destruição de uma amostra, dificilmente se conseguirá outra.

Neste sentido, a tecnologia de Espectroscopia RAMAN é uma das principais técnicas utilizadas pelos pesquisadores na identificação de quaisquer novas espécies: Temos um potencial enorme; esse projeto da FAPESP – o Jovem Pesquisador – tem uma linha diferente das demais bolsas da Fundação, pois ele prioriza a formação de novos pesquisadores. Assim, quando grupo250propomos um centro, nós também propomos a formação de pessoal, algo que já iniciamos recentemente, comenta Marcelo Andrade.

Exatamente para fomentar a formação de pessoal especializado nessa área, o IFSC-USP promoveu entre os dias 13 e 15 de maio o minicurso intitulado Espectroscopia RAMAN e Estrutura Cristalina, organizado pelos pesquisadores Marcelo B. Andrade e Javier Ellena, que teve a participação do docente Ayala. Nesse evento, que teve bastantes inscrições, foram discutidas as bases teóricas dessa metodologia e apresentados exemplos de aplicação em diversos sistemas, tais como, minerais, cristais iônicos e compostos orgânicos, entre outros.

Assessoria de Comunicação

30 de maio de 2014

Etanol celulósico brasileiro: sonho ou realidade?

Em mais uma edição do Colloquium diei, que decorreu no dia 30 de maio, pelas 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), o Prof. Dr. Igor Polikarpov, integrante do Grupo de Biotecnologia Molecular do Instituto, apresentou a palestra Etanol celulósico brasileiro: sonho ou realidade?.

Etanol celulósico, energias renováveis e tecnologias “verdes” tornaram-se recentemente os principais focos de biociências e biotecnologia em todo o mundo. O Brasil é um dos países líderes no desenvolvimento agrícola e produção de biomassa, que tem várias vantagens na corrida para o desenvolvimento sustentável de biocombustíveis.

No entanto, diversos obstáculos têm que ser superados para estabelecer tecnologias deIGOR300 transformação de biomassa lignocelulósica em biocombustíveis. A hidrólise enzimática é um dos passos mais importantes na desconstrução de biomassa, no caminho para a produção de biocombustíveis de segunda geração, que deve ser otimizado e integrado com as etapas de pré-tratamento e de fermentação para permitir uma transformação eficiente da biomassa em biocombustíveis e produtos químicos.

Entretanto, nessa palestra o docente Polikarpov abordou a situação atual na área e os resultados recentes de estudos de morfologia de biomassas e das estruturas de hidrolases de glicosídeos, que visam aumentar a eficiência na despolimerização de biomassa lignocelulósica e produção de biocombustíveis avançados.

O Prof. Igor, que é Vice-Diretor da Rede USP da Bioenergia, atua com pesquisas nas áreas de Biologia Estrutural e Biofísica Molecular e suas aplicações em Bioenergia, Meio Ambiente e Saúde. Polikarpov possui graduação em Física e doutorado em Ciências Físico-Matemáticas pela Bielorussia, pós-doutorado pela Academia de Ciências da Letônia, Max Planck Gesselschaft e pela Edinburgh University.

O docente, que tem mais de cento e noventa artigos publicados em revistas internacionais – os quais foram citados mais de três mil vezes em outros artigos científicos -, também é membro do Editorial Board da revista Biotechnology Letters, e Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico.

Assessoria de Comunicação

30 de maio de 2014

Pesquisador do MIT ministra palestra no IFSC

Na próxima segunda-feira, 2 de junho, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), por intermédio do Grupo de Óptica (GO), receberá David Pritchard, pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (EUA), para ministrar a palestra “Modernização do ensino de graduação: o exemplo do MIT”.

MIT-logoO evento, que terá início às 15 horas, é direcionado especialmente a alunos e professores da área de ensino. Além da palestra do professor Pritchard, será realizada uma mesa-redonda que contará com a participação de docentes da USP, UFSCar e Unicep. Diversas discussões serão feitas, tentando responder principalmente às seguintes questões: como ensinar ciência básica num contexto com tantas informações globais? Como sair do método tradicional de ensino?

Os interessados em participar do evento, que será gratuito, deverão se inscrever através do e-mail eventosoptica@ifsc.usp.br ou pelo telefone (16) 3373-9810, ramal 201.

Assessoria de Comunicação

29 de maio de 2014

Fluorescence Lifetime Imaging for Clinical Applications

Em mais uma iniciativa do Grupo de Óptica do IFSC-USP, ocorreu no último dia 29 de maio, pelas 12h50, no Anfiteatro Horácio C. Panepucci do nosso Instituto, o seminário Fluorescence Lifetime Imaging for Clinical Applications, apresentado pelo Prof. Dr. Javier A. Jo, do Laboratory for Optical Diagnosis and Imaging (LODI), da Texas A&M University.

Como o próprio título da palestra revela, Javier focou sua apresentação na técnica de microscopia de imagem por fluorescência em longa duração, que pode ser utilizada para caracterizar a composição bioquímica de diversos tecidos. A aplicação dessa tecnologia de imagem óptica serve como uma ferramenta clínica para o diagnóstico de câncer bucal e para o estudo de mecanismos do desenvolvimento da aterosclerose coronária.

JAVIER_JO-300Além disso, o docente forneceu um balanço dos atuais esforços feitos no desenvolvimento da óptica instrumental, bem como dos métodos computacionais utilizados em aplicações clínicas.

Javier A. Jo fez seu bacharelado em engenharia eletrônica pela Pintificia Universidad Catolica del Peru. Em 1998, ele ingressou na University of Southern California, Estados Unidos, e posteriormente obteve seu mestrado na área de sinal e processamento de imagem, e o doutorado em engenharia biomédica. Entre 2002 e 2005, Javier realizou um pós-doutorado em biofotônica no Cedars-Sinai Medical Center, na Califórnia. Atualmente, o Dr. Javier atua nas áreas de análise de sistemas, processamento de sinal e imagem, e instrumentação biomédica, com aplicações em óptica.

O Laboratory for Optical Diagnosis and Imaging foi criado pelo Departamento de Engenharia Biomédica da Texas A&M University, em 2007. Sua missão é desenvolver tecnologias que possam ajudar à compreensão da fisiologia subjacente e biologia em diversas condições patológicas e para traduzir tais tecnologias na área clínica. Além disso, o laboratório também foca desenvolver a espectroscopia óptica e a instrumentação de imagem e sinal, e ferramentas de processamento de imagens para quantificar composições de moléculas, bem como os estados fisiológicos dos tecidos biológicos com resoluções macroscópicas e microscópicas.

Assessoria de Comunicação

28 de maio de 2014

Um possível caminho para carros “verdes”

A busca de maneiras mais eficientes para o funcionamento de veículos automotores tem sido um dos grandes gargalos de pesquisa do século XXI. E, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), um dos estudos relacionado a esse tema, na interface entre a física e química, investiga um novo método capaz de tornar o funcionamento dos motores de tais veículos menos poluentes e mais eficientes.

Paulo_Miranda-_carro_verdeEsse novo método que vem sendo estudado pelo docente do IFSC, Paulo Barbeitas Miranda, numa parceria de pesquisa com a pesquisadora do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP )*, Janaína Fernandes Gomes, utiliza uma célula a combustível (etanol, por exemplo) que gera energia elétrica com a produção de pouco calor. Esta, por sua vez, alimenta um motor elétrico, que usualmente perde pouca energia na forma de calor, tornando o funcionamento do automóvel mais eficiente e, principalmente, limpo.

Sendo esse o objetivo final do estudo (um carro com motor elétrico que consuma menos combustível e funcione de maneira mais limpa), alguns problemas se colocam à frente para concretização de tal projeto: durante a reação de quebra da molécula de etanolpara produção de energia elétrica, que ocorre na superfície de um eletrodo metálico, há muita perda de energia. “Atualmente, o grande desafio é conseguir quebrar completamente a molécula de etanol para que ela alcance eficiência máxima. Porém, essa reação ainda gera muitos subprodutos, tendo-se uma reação parcial e o não aproveitamento de toda energia da molécula”, explica Paulo Miranda.

Também durante a quebra da molécula de etanol na célula a combustível, ocorre outro problema: o chamado “envenenamento do eletrodo”, quando o monóxido de carbono, resultante da reação parcial, fica grudado na superfície do eletrodo, atrapalhando sua eficiência. “São moléculas difíceis de remover e que bloqueiam a reação”, elucida o docente.

O trabalho principal dos pesquisadores do IFSC e IQSC, portanto, foi buscar o entendimento sobre como ocorre o envenenamento do eletrodo, tentando descobrir quais são as outras moléculas “grudadas” na superfície do metal, que são produtos intermediários da reação de oxidação do etanol no eletrodo.

O eletrodo estudado foi o de platina, o mais investigado e promissor (embora muito caro) para a fabricação de células a combustível. No caso do IFSC, os pesquisadores utilizaram a técnica de espectroscopia não-linear de interfaces, na qual são utilizados lasers de alta intensidade para se obter o espectro de vibração das moléculas que estão na superfície. “Na situação experimental temos um filme muito filme com uma solução composta por etanol e eletrólito, e com isso conseguimos estudar as moléculas que estão na superfície do eletrodo”, conta Paulo.

A técnica utilizada no IFSC tem, ainda, um “plus”. Sobre o filme fino, são disparados dois tipos de laser: um infravermelho e outro verde. Tal diferencial oferece a seguinte vantagem: a combinação das duas cores, produzindo luz azul, permite investigar apenas as moléculas que se encontram na superfície. “Nesse caso específico, saber o que se encontra na solução não é de nosso interesse, pois muitos pesquisadores podem fazer isso rotineiramente. A técnica que utilizamos é, entretanto, muito mais sensível ao que ocorre na superfície do eletrodo, deixando de lado o que se encontra na solução”.

Esquema_de_funcionamento_de_uma_clula_combustvelDepois de aplicada a técnica na superfície do eletrodo metálico, os pesquisadores encontraram um espectro complexo, com muitas vibrações em frequências próximas, e visualizaram “impressões digitais” de várias moléculas, o que foi a grande novidade da pesquisa em questão. “A dificuldade é saber a quem pertencem essas ‘impressões digitais’, uma vez que encontramos uma média de 15 frequências diferentes. Tivemos que buscar dados na literatura e fazer comparações com diversos espectros já conhecidos para identificar a quais moléculas elas pudessem pertencer”, explica Paulo.

Após diversas análises e comparações, os pesquisadores chegaram a uma proposta de possíveis candidatos – a certeza só existirá quando forem feitas novas simulações computacionais bem mais complexas. “O ideal, mesmo, seria fazer uma simulação do que ocorre com uma molécula de etanol quando ela chega a uma superfície metálica e se quebra em diversas outras”, comenta Paulo.

Outra surpresa durante o estudo foi a descoberta de que o eletrodo de platina é extremamente ativo para reação de quebra da molécula de etanol, pois, de acordo com Paulo, outras moléculas menores, que resultam dessa reação, podem se juntar novamente para formar moléculas novas. “Isso mostra que o caminho dessa reação é muito mais complicado do que se imaginava. No entanto, ao se utilizar diferentes combustíveis, a reação pode ser diferente, bem como os produtos e a eficiência da reação”, explica Paulo.

Obviamente, os próximos passos da pesquisa caminham em direção à descoberta exata das moléculas que estão “grudadas” na superfície do eletrodo e também como ocorre, exatamente, a reação nessa superfície. O quão forte os fragmentos da quebra da molécula do etanol estão na superfície de platina? Por que eles não desgrudam dela? Por que os produtos que saem não são simplesmente o gás carbônico? O que causa o envenenamento da superfície? Essas são algumas das perguntas que essa pesquisa tentará responder. E quando os pesquisadores conseguirem encontrar tais respostas, a relevância do estudo, inclusive tecnológica, será ainda mais visível, pois, além de abrir novas janelas de estudo, irá angariar importantes ferramentas para viabilizar o sonho de muitos estudiosos e, principalmente, de muitos motoristas.

Para acessar artigos publicados sobre o assunto, clique aqui e/ou aqui.

*Atualmente, Janaína é professora visitante do Departamento de Engenharia Química da UFSCar

Assessoria de Comunicação

27 de maio de 2014

Auditório lotado para ver e ouvir Mogiana Jazz Band

O Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) lotou durante o concerto apresentado pela Mogiana Jazz Band no dia 26 de maio, um evento que esteve inserido na passagem do 20º aniversário do Instituto de Física de São Carlos, comemorado no dia 19 deste mês e cujas festividades decorrerão até maio de 2015.

Sob a responsabilidade do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP) e sob a regência do maestro José Gustavo Julião de Camargo, os cerca de vinte músicos levaram o público a percorrer algumas das principais obras do compositor brasileiro Moacir Santos, entrecortadas com saudosas passagens de temas inesquecíveis da autoria de Pixinguinha. Em alguns momentos, os solos de clarineta (Igor Toledo), contrabaixo (Danilo Paziani), sax alto (Vanderlei Henrique e Rafael Leme) e trombone baixo (Paulo Roberto), provocaram uma espécie de viagem aos sons, ambientes e fragâncias imaginárias dos bares de New Orleans, soberbamente complementados pela bateria de Duda Lazarini e na percussão de Deva Mille.

Coube ao diretor do IFSC-USP, Prof. Tito José Bonagamba, abrir este magnífico espetáculo, dando as boas vindas a todos e anunciando que outras iniciativas musicais irão começar a estar mais presentes no Instituto, independente das comemorações deste 20º aniversário da Unidade, com a gradual realização de espetáculos inseridos no programa denominado “Concertos USP – São Carlos”.

No próximo dia 25 de junho, a partir das 20h30, o IFSC-USP receberá outro grande espetáculo musical. Trata-se de um concerto com a USP-Filarmônica, sob regência dos maestros Rubens Russomanno Ricciardi e José Gustavo Julião de Camargo, onde serão interpretadas obras de Johann Sebastian Bach, Georg Friedrich Händel, Henry Purcell, Lupicínio Rodrigues, José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, Wolfgang Amadeus Mozart e Franz Joseph Haydn.

A Mogiana Jazz Band – Músicos:

Flauta/ Piccolo – Paula Naime;

Flauta – Rafael Fortaleza e Larissa Teo;

Clarineta – Igor Toledo;

Sax Alto – Vanderlei Henrique e Rafael Leme;

Sax-Tenor – Larissa Rocha e Dayane Peixe;

Sax- Barítono – Ligia Pires;

Trombones – José Matsumoto, Ricardo Pacheco;

Trombone Baixo – Paulo Roberto;

Trompetes – Manga Moraes, Diego Wilxenski, Matheus Nonno;

Piano – Leandro Cunha;

Guitarra – Vitor Zafer;

Contrabaixo – Danilo Paziani;

Bateria – Duda Lazarini;

Percussão – Deva Mille.

Para registro, abaixo publicamos algumas imagens deste bonito concerto da Mogiana Jazz Band.

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Assessoria de Comunicação

26 de maio de 2014

Mogiana Jazz Band no 20º aniversário do IFSC-USP

O IFSC-USP recebeu no dia 26 de maio, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, cerca das 20h30, um fantástico concerto com a Mogiana Jazz Band, o primeiro evento cultural inserido nas comemorações do 20º aniversário do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, efeméride que se prolongará até maio de 2015.jazz-band200

Realizado pelo Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP e sob a regência do maestro José Gustavo Julião de Camargo, o repertório do concerto integrou-se no tema Coisas na Mogiana – Uma homenagem a Moacir Santos, considerado pelos críticos e pesquisadores musicais como um dos principais arranjadores e compositores brasileiros.

Moacir Santos nasceu em 1923, na cidade pernambucana de São José do Belmonte e começou cedo sua história musical, quando passou a fazer parte da banda da cidade Flores do Pajeú, em pleno sertão pernambucano, aos 14 anos, tocando saxofone, clarinete e trompete, entre outros instrumentos.

Moacir foi MOACIR200músico da Polícia Militar da Paraíba, tocou saxofone na JazzBand Rádio Tabajara e em 1948 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou por 18 anos como saxofonista, arranjador e maestro na gafieira Clube Brasil Danças. Na Rádio Nacional, trabalhou entre 1951 e 1967, tendo-se mudado posteriormente para os EUA.

Moacir Santos teve aulas de teoria musical com o compositor brasileiro Guerra Peixe e com o musicólogo e compositor alemão Hans Joachim Koellreutter, de quem se tornou assistente. Com o prestígio alcançado no Brasil, gravou em 1965 o seu primeiro álbum solo, intitulado Coisas.

Participaram neste extraordinário concerto cerca de vinte músicos (flautas, saxofones, clarinetas, trombones, trompetes, piano, percussão, bateria, contrabaixo e guitarras).

Assessoria de Comunicação

26 de maio de 2014

Delegação da Rice University (EUA) visita IFSC-USP

Ela é relativamente pequena em sua infraestrutura física, mas com substanciais recursos disponíveis para docentes e alunos. Possui uma grande variedade de áreas dedicadas ao ensino e pesquisa, voltadas principalmente para a sociedade local e estadual, atendendo uma população majoritariamente de classe média. Este é um breve resumo curricular da Rice University, instituição de ensino e pesquisa localizada em Houston (Texas), nos Estados Unidos, que fez deslocar uma delegação ao IFSC-USP, visita que decorreu ao longo do dia 23 de maio.

RICE_UNIVERSITY-500

Com muitas áreas de pesquisa similares às do nosso Instituto, a Rice University aposta forte no trabalho científico interdisciplinar – química, biologia, física, bioquímica, nanotecnologia, etc. -, mantendo um interesse bastante particular por criar e consolidar relações com outras universidades, principalmente aquelas que se localizam na América do Sul, motivo pelo qual o Brasil sempre esteve no topo de suas preferências, particularmente a Universidade de São Paulo, que tem mostrado ao longo dos anos toda a sua pujança científica em nível internacional.

Mayra Onuchic (administradora do programa de relações com o Brasil), Selichi Matsuda (pró-reitor da área de estudos de graduação e pós-graduação) e José Onuchic (responsável pelo Departamento de Física), foram recebidos pelo Diretor do IFSC-USP, Prof. Tito Bonagamba e pelo Presidente da Comissão de Pós-Graduação, Prof. Dr. Otavio Henrique Thiemann, que estiveram acompanhados pelos professores Luiz Nunes de Oliveira, Guilherme Sipahi, Attílio Cucchieri, Tereza Mendes e Alessandro Nascimento.

Nos diálogos estabelecidos entre os representantes das duas universidades, RICE-300Selichi Matsuda teve oportunidade de prestar mais informações sobre a Rice University, bem como explicar alguns dos projetos que se encontram delineados para o futuro, com ênfase para a constante procura por novos parceiros, especialmente no nosso país, motivo pelo qual aquela instituição mantém um departamento exclusivamente vocacionado para as relações com o Brasil. Segundo palavras de José Onuchic (que é brasileiro, formado em Engenharia e Física Aplicada, na USP), as relações dentro da Rice University são extraordinariamente abertas e sem burocracias, o que facilita a promoção de diálogos científicos dinâmicos entre toda a sua comunidade.

Mayra Onuchic (também brasileira) confirmou que existe a intenção da universidade americana poder firmar um acordo de parceria com a USP, não só entre pesquisadores, mas principalmente entre alunos de graduação e de pós-graduação, ampliando a comunidade estudantil brasileira que já se encontra na Rice University, constituída por cerca de quarenta e cinco estudantes. Para os responsáveis da universidade americana, a intenção não é captar ou “roubar” os melhores estudantes brasileiros, mas intensificar os trabalhos e projetos científicos das duas instituições, inclusive na área da educação, por intermédio de cursos únicos entre as duas universidades e a futura implementação de duplo-diploma, sugestões estas que irão ser analisadas pelos responsáveis do IFSC-USP quanto à sua exequibilidade.

A linha programática da Rice University é pautada por um padrão diferente daquele que está implantado no Brasil, com uma linha educacional intensiva e contínua. Os alunos têm as aulas no período da manhã, enquanto os trabalhos complementares decorrem ao longo de todo o período da tarde, incluindo aulas de inglês, seminários, palestras e encontros, com presença obrigatória. Embora o trabalho seja árduo, os estudantes têm como benefício a existência de residências independentes dentro do campus, alimentação, aulas intensivas de inglês, esportes, etc.. Fora de seus muros, esta universidade americana tem uma ligação muito forte com os principais centros médicos da cidade de Houston, bem como outros sediados em todo o Estado do Texas, através de parcerias científicas e de serviços que são prestados à população, principalmente nas áreas de nanotecnologia e tratamento de câncer.

Em sua estada na nossa cidade, a delegação da Rice University teve ainda oportunidade de visitar os laboratórios do IFSC-USP, localizados nas Áreas 1 e 2 do Campus USP – São Carlos.

(Na foto acima, da esquerda para a direita: professores Otávio Thiemann e Tito Bonagamba, do IFSC-USP, Selichi Matsuda, Mayra Onochic e José Onuchic, da Rice University)

Assessoria de Comunicação

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