Decorreu no último dia 05 de junho, cerca das 16h, na Sala Celeste (IFSC-USP), a palestra Aplicações ópticas com materiais eletro-ópticos fotocondutores, ministrada pelo pós-doutorando do IFSC, Jorge Enrique Rueda-Parada, e organizada pelo grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do Instituto de Física de São Carlos, que enfatizou o fato de na década de 60, o físico norte-americano, Arthur Ashkin e seus colaboradores terem observado em cristais de Niobato de Lítio, entre outros materiais ferroelétricos, o que eles chamaram de “dano óptico” da luz. Posteriormente, determinou-se que se tratava de um fenômeno eletro-óptico local causado pela intensidade da luz no interior do cristal, quando essa intensidade tem uma distribuição espacial não homogênea.
A principal vantagem desse fenômeno, conhecido como efeito fotorrefrativo, é a possibilidade de provocar efeitos não lineares com campos de radiação inferiores a 1mW/cm2 – o efeito fotorrefrativo se produz nos cristais eletro-ópticos e fotocondutores. Os interesses por estes materiais são as aplicações que se têm desenvolvido desde aqueles tempos, particularmente, no campo da holografia dinâmica, que permite, por exemplo, amplificar a óptica, conjugar fases, restaurar frentes de ondas, gerar novos harmônicos e encriptar e correlacionar a óptica.
As redes holográficas gravadas em cristais fotorrefrativos são hologramas de volumes, que são gravados, reconstruídos ou borrados com a luz da mesma, ou de diferente comprimento de onda. Por tudo isso, em seu seminário, Jorge mostrou alguns resultados de pesquisas e aplicações, onde usou materiais fotorrefrativos. Tais resultados foram obtidos pelo Grupo de Óptica Moderna da Universidade de Pamplona, Colômbia.
Assessoria de Comunicação