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22 de junho de 2018

Pesquisadores estagiários franceses apresentam seminários no IFSC/USP

Justin Marc Abel Fine e Remy Serge Christian Lecordier, jovens pesquisadores franceses do Instituto Universitário Tecnológico de Marselha (França), que desenvolvem seu estágio no Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas (NaCA) do IFSC/USP, realizaram no dia 21 de junho, na Área-2 do Campus USP de São Carlos, um seminário conjunto dividido em dois temas.

O primeiro tema, apresentado por Justin Fine, abordou Nanopartículas de ouro na superfície do filme fino SrTiO3: aplicação como sensor de gás ozônio.

Apesar do fato de sensores de gás terem sido desenvolvidos a partir dos 50 anos do século passado, seu estudo ainda é relevante. De fato, o número de artigos científicos sobre sensores de gás tem aumentado ano após ano, sendo que, entre esses estudos, o ozônio tem sido um dos assuntos com maior destaque, nomeadamente porque pode promover problemas de saúde quando inalado, mesmo em níveis relativamente baixos.

SrTiO3 é um dos materiais de interesse que tem sido extensivamente estudado como sensor de gás, por exemplo sensor de ozônio. No entanto, o SrTiO3, quando exposto ao gás ozônio, não apresenta resposta, mesmo em concentrações consideradas de alto risco para humanos.

O principal objetivo deste estudo, realizado por Justin Fine, é a preparação de filmes finos de SrTiO3, por bombardeamento com magnetron de RF dopado com nanopartículas de ouro, para melhoria da propriedade do sensor.

Por seu turno, Remy Lecordier apresentou e dissertou sobre o segundo tema, intitulado Nanotubos de TiO2 e filme fino de SnO2 aplicados como sensores de gás.

Semicondutores de óxidos formam um grupo de compostos cujas propriedades específicas de superfícies e interfaces são usadas para detecção de gás. O dióxido de estanho SnO2 e o dióxido de titânio TiO2 são bons candidatos para a aplicação de sensores de gás.

Remy propõe, em seu estudo, a preparação de nanotubos de TiO2 a partir de pulverização por RF, seguido de anodização. Por outro lado, os filmes finos de SnO2 foram obtidos por RF Sputtering e SnO2 dopado com Co, que igualmente foram preparados por pulverização de RF e DC.

As propriedades elétricas e estruturais dos materiais foram investigadas pelo pesquisador francês, usando Espectroscopia Raman, Difração de Raios X (XRD) e Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de junho de 2018

“Elaborating correlated states and quantum fluctuations”

O pesquisador Marios Tsatsos foi o palestrante convidado em mais uma edição do Café com Física ocorrida no dia 20 de junho, uma apresentação que foi subordinada ao tema Elaborating correlated states and quantum fluctuations: principles and applications of many-body theories in Bose-Einstein condensates.

Em sua apresentação, Tsatsos apresentou os testes de algumas aplicações particulares em “Bose Gas”e que são fortemente perturbadas e fora de equilíbrio, como gases turbulentos e granulados.

Trabalhos teóricos e experimentais realizados conjuntamente entre o IFSC/USP e a Universidade de Rice (EUA) corroboram a apresentação de Tsatsos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de junho de 2018

Parisita-(La) – Reconhecido novo mineral descoberto na Chapada Diamantina (BA)

Com alguma frequência, as pessoas gostam de utilizar o termo “década perdida” para descrever um período difícil da vida, sendo usual enfatizar a economia ou determinada política de um país. No entanto, é bastante gratificante quando se pode dizer o oposto, sublinhando uma década de conquistas.

A descoberta de um novo mineral no Brasil, designado parisita-(La) (CaLa2(CO3)3F2), foi finalmente reconhecida após decorridos cerca de dez anos desde a aquisição das amostras para estudo. O artigo que valida a descoberta desse novo mineral, um fluorcarbonato encontrado no Brasil e que contém em sua composição os elementos “terras raras” (neste caso lantânio predominantemente), cujas aplicações vão desde a fabricação de componentes dos “smartphones” até o processo de refino de petróleo para a produção de gasolina, foi publicado este ano em uma das revistas científicas mais importantes do mundo – Mineralogical Magazine -, editada pela Cambridge University Press, no Reino Unido, que aborda diversos campos da pesquisa, como, por exemplo, os resultados obtidos nas áreas de cristalografia e mineralogia.

Financiado pela FAPESP, CNPq E FINEP, este trabalho de pesquisa é fruto da colaboração de pesquisadores oriundos de universidades de três países: Brasil (Instituto de Física de São Carlos/USP, Instituto de Geociências/USP, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Estados Unidos (University of Arizona); e Rússia (Russian Academy of Sciences, Moscow State University).

O Dr. Marcelo Barbosa de Andrade, pesquisador do IFSC/USP e simultaneamente Pesquisador Associado da Universidade do Arizona, é um dos membros que integram o citado grupo de pesquisa e salienta que antes de se avaliar o valor econômico de um mineral é importante investigar as rochas onde ele se localiza, sua composição química, estrutura cristalina e, consequentemente, suas propriedades físicas e químicas. Segundo o pesquisador, essas informações são fundamentais na escolha das estratégias de extração e beneficiamento que serão utilizadas pelas empresas do setor de mineração, até porque “(…) é bom não depender exclusivamente das exportações chinesas, que hoje são responsáveis por mais de 90% das exportações mundiais de elementos terras raras”.

A história da descoberta da “parisita” começa em um dos lugares mais bonitos e surpreendentes da Colômbia – Muzo -, a cerca de 100 km de Bogotá, também conhecida por “Terra das Esmeraldas”. Essas pedras preciosas colombianas sempre fascinaram as cortes europeias desde o século XVI, com a chegada dos espanhóis às Américas.

Já no Século XIX, foi exatamente em uma das minas de Muzo que o mineral “parisita”foi encontrado pela primeira vez. Infelizmente, na época, não foi possível caracterizar completamente esse mineral devido às limitações técnicas. O nome “parisita” foi dado em homenagem à J.J. Paris, responsável por uma mina de esmeraldas localizada na região de Muzo, tendo o mineral sido descrito em 1845, pelo professor Bunsen, sob o título “Ueber den Parisit, ein neues Cerfossil”, na revista Annalen der Chemie und Pharmacie. “A espécie mineral encontrada na Colômbia, hoje é oficialmente aceita pela Associação Mineralógica Internacional como sendo parisita-(Ce). Este mineral difere da espécie brasileira por ter Ce como o elemento terra-rara predominante. Somente em 1953, Donnay publicou os primeiros estudos por difração de raios X da estrutura cristalina da “parisita” na revista American Mineralogist. Os cristais são piramidais”.

Marcelo Barbosa recorda como foi a primeira vez que se deparou com o novo mineral: “Foi através da investigação de uma amostra de mão. Imagine o desafio! Como discernir a região da amostra onde encontrar a espécie mineral? Como analisá-la e preservá-la para estudos posteriores? O pesquisador Luiz A. D. Menezes Filho foi o precursor desse trabalho. Nós nos encontramos na cidade de Tucson, no campus da Universidade do Arizona, e investigamos juntos muitos minerais que ele havia trazido do Brasil desde o primeiro dia. Engenheiro de Minas formado pela Escola Politécnica da USP e homenageado com o nome de um mineral, menezesita, Luiz Menezes era um grande investigador de minerais, fazia doutorado com o Dr. Mario Chaves na UFMG e era co-orientado pelo Dr. Robert Downs, da Universidade do Arizona. Luiz havia se deparado com o lote que continha o novo mineral em 2009, numa das melhores feiras de minerais do Brasil, na cidade de Teófilo Otoni (MG), lote esse oriundo da cidade de Novo Horizonte (BA), em plena área da Chapada Diamantina, onde se pode encontrar o “Cabelo de Vênus” – um quartzo com inclusões douradas em forma de agulhas, que nada mais são do que rutilo. Quando fui analisar as amostras, a composição química já havia sido investigada preliminarmente com microscópio eletrônico de varredura na UFMG e por difração de raios X, por pó, pelo Dr. Daniel Atencio, do IGc-USP. Na Universidade do Arizona realizei outras análises, utilizando Espectroscopia Raman e microssonda eletrônica. Infelizmente, Luiz Menezes falece em 2014, deixando-nos a missão de continuar seu trabalho de caracterização do novo mineral. O Dr. Ricardo Scholz, da UFOP, eu e o Dr. Daniel Atencio, recebemos mais amostras do novo mineral, que se encontravam em poder do irmão e da esposa de Luiz Menezes. Ao final, a amostra-tipo do novo mineral foi registrada e preservada no Museu de Geociências da USP e no Arizona Mineral Museum”, comenta Marcelo.

Na foto ao lado é exibida uma drusa onde se pode observar, além da parisita-La, outros minerais, como, por exemplo, monazita-(La), bastnaesita-(La) e rabdofânio- (La).

A importância das “terras raras”

Marcelo Barbosa sublinha que os elementos “terras raras” são estratégicos para a sociedade do século XXI devido a sua utilização em dispositivos de alta tecnologia, como ímãs permanentes e turbinas eólicas. “Inclusive, eu e o Dr. Daniel Atencio, do Instituto de Geociências, fazemos parte de um projeto Temático designado “SOS RARE” financiado pela FAPESP e pelo Reino Unido sobre o tema.

O grupo das terras raras é formado por 17 elementos químicos que incluem o ítrio, o escândio, o lantânio e o lutécio, entre outros, nunca são encontrados de forma pura na natureza e sim em minerais havendo, por isso, um alto custo para extraí-los”.
A aprovação de um novo mineral requer a elaboração de uma proposta que deve ser submetida a Associação Mineralógica Internacional (IMA) e aprovada por 2/3 dos membros da Comissão de Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação (CNMNC). Descrição da ocorrência, composição química, dados cristalográficos, espectro característico e propriedades físicas são apenas alguns dos itens que são analisados antes de qualquer aprovação e publicação. Daí que o reconhecimento oficial da parisita-(La) seja extremamente importante para o nosso país, atendendo a que o Brasil possui reduzido número de minerais nacionais aprovados, 74, oficialmente pela Associação Mineralógica Internacional e precisa explorar novas fronteiras de ocorrências de minerais terras raras.

Observem-se, abaixo, algumas particularidades das pesquisas executadas no novo mineral.

REE PROCESS – No esquema, é mostrado o caminho desde o minério que contém os elementos terras raras até a sua utilização na fabricação de dispositivos de alta tecnologia. Isto inclui o processo de moagem e a concentração dos elementos terras raras sob a forma de óxidos.

 

O processo de separação de elementos terras dos minerais que os contém é bastante desafiador. Felizmente há pesquisas no Brasil neste sentido. Recentemente, Marcelo Barbosa e outros pesquisadores brasileiros e do Reino Unido visitaram um projeto administrado pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) em Araxá, Minas Gerais.

 

A região do município de Novo Horizonte, Bahia, é famosa hoje pela produção e quartzo rutilado e é onde foi encontrada a parisita-La. Novo Horizonte fica a 157 km de Salvador.

 

Um Mineral do Século XXI

 

DIFRAÇÃO DE RAIOS X – Equipamento de difração de monocristal raios X instalado no Laboratório Multiusuário de Cristalografia Estrutural (LaMuCRes), www.ifsc.usp.br/~emu-xtal/lamucres/, do Instituto de Física de São Carlos/USP.

 

A NEW MINERAL FROM BRAZIL – O espectro característico (fingerprint) da parisita-La é exibido. Há um destaque especial para os modos vibracionais de estiramento simétrico das ligações Carbono-Oxigénio, representados pelas bandas em 1081, 1091 e 1098 cm–1.”

 

BIG DATA POINTS – A previsão da parisita-La também foi feita através de uma abordagem que analisa volumes gigantescos de dados conhecida como “Big Data”. Neste tipo de pesquisa, os padrões reconhecidos no “Big Data” auxiliam a identificar novos depósitos de ouro, nióbio e ocorrências de novos minerais. Este trabalho liderado pelo Carnegie Institution for Science em Whashington enfrenta o desafio de reconhecer padrões ao correlacionar grandes bases de dados que contém informações sobre composições químicas, idades de depósitos, dados cristalográficos, propriedades físicas, geografia e etc.

(Fotos 1 e 6: Créditos de GIA – Gemological Institute of America)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de junho de 2018

Pesquisadora do IFSC/USP busca vida microbiana no planeta Marte

Projeto de pesquisa apresentado na defesa de mestrado no IFSC/USP da pesquisadora Maria Fernanda Cerini*, intitulado Simulações ambientais e caracterização espectroscópica in situ de potenciais bioassinaturas moleculares para aplicação em missões espaciais, incide sobre a possibilidade de se detectar vestígios da existência de vida em Marte – passada ou presente – através de futuras missões espaciais ao planeta vermelho.

Antes de entrarmos diretamente no tema, é conveniente se dissertar um pouco sobre a astrobiologia, área de conhecimento que estuda o fenômeno da vida, com uma preocupação sempre presente dos pesquisadores poderem entender mais sobre a origem, distribuição, evolução e futuro dela. Quando se pensa em vida, existe imediatamente uma associação com a biologia, que considera, em seus estudos, um sistema fechado representado pelo nosso planeta e a vida em todas as suas formas.

Maria Fernanda explica que na astrobiologia os pesquisadores ampliam o cenário e passam a se preocupar com o fenômeno da vida no contexto do Universo, ou seja, no seu ambiente astrofísico, que vai bem além da realidade do nosso planeta. “Os astrobiólogos estudam a origem dos elementos e a formação das moléculas, e investigam os mecanismos e condições que levaram ao surgimento da vida no nosso planeta, considerando diversos fenômenos do Universo, como, por exemplo, raios cósmicos e radiação estelar, bem como cometas e asteroides colidindo com a Terra e enriquecendo-a com novas matérias primas. O meu projeto está mais focado na distribuição da vida no Universo, questionando se houve (ou se ainda há) vida fora de nosso planeta”, pontua a pesquisadora.

O primeiro desafio que Maria Fernanda aponta é como procurar essa vida que, se existiu, deixou rastros – as designadas “bioassinaturas”. “Bioassinaturas são marcas ou evidências da presença de vida, passada ou presente, e elas podem se apresentar de diversas formas, como, por exemplo, através de fósseis, isótopos, moléculas, ou até fenômenos”, acrescenta a pesquisadora.

Seu projeto de pesquisa incide sobre a descoberta de evidências moleculares, ou bioassinaturas moleculares, utilizando caracterização espectroscópica das mesmas – na qual a interação da luz com a matéria fornece informações sobre sua natureza. O limite espacial para desencadear as buscas denominadas in situ (= no lugar) – em oposição a buscas remotas (feitas com telescópios e satélites) – se resume aos planetas, cometas e outros corpos celestes que se encontram no nosso sistema solar, pois requerem o envio de sondas até a superfície desses corpos. E a escolha recaiu sobre o planeta Marte. “Optei por Marte porque, além de ser um dos planetas vizinhos da Terra, ele tem o potencial de ter abrigado vida e de preservar seus resquícios. A intenção de minha pesquisa é definir quais biomoléculas poderiam ser sinais de vida, auxiliar na escolha dos equipamentos de uma sonda e do seu local de pouso em Marte, onde será feita uma série de leituras espectroscópicas buscando as bioassinaturas”, elucida Maria Fernanda.

Já ocorreram diversas missões espaciais para exploração da superfície marciana, tanto remotas quanto através de sondas, como por exemplo, a Viking, a Pathfinder e hoje a Curiosity. Tais missões já apontaram a presença de água congelada em sua superfície e evidências de que Marte já foi mais quente e coberto de oceanos de água liquida, pela presença de marcas de erosão, como canais e cânions, e de argilas (formadas por interação de rochas com água).

Câmera de simulação espacial

Tudo isso se conjuga para que, possivelmente, tenha existido vida em Marte, pois acredita-se que essas condições facilitam o surgimento e evolução da vida e a preservação de bioassinaturas. Contudo, a discussão entre pesquisadores sobre a vida extraterrestre não é pacífica, já que alguns deles pensam no assunto fora do entendimento e dos conceitos da vida terrestre, que, como sabemos, é baseada em uma química orgânica (moléculas compostas principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio). “Pode haver vida baseada em silício?” – questiona Maria Fernanda, que imediatamente argumenta, respondendo à própria questão: “Pode ser que sim, mas hoje em dia já temos evidências da existência de moléculas orgânicas espalhadas por todo o lado, inclusive pelo espaço sideral, como comprovam inúmeras observações astronômicas. Temos meteoritos que caíram no nosso planeta e eles continham, por exemplo, aminoácidos”, sublinha a pesquisadora.

Além de pensar em missões espaciais para pouso em Marte, o projeto de Maria Fernanda Cerini compreende ainda outras formas de dar suporte à prospecção de vida extraterrestre, como, por exemplo, realizando experimentos na estratosfera, um ambiente acessível e análogo a Marte por ter baixas temperaturas, pressões e umidade, e alta taxa de radiação. Em uma parceria com o Grupo “Zenith”, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), seu grupo de pesquisa envia sondas a bordo de balões de alta-altitude que permitem testar a resistência da vida e de suas bioassinaturas em ambientes extremos (expondo microrganismos terrestres e biomoléculas a essas condições). Ela participou dos projetos “Garatéa I” e “Garatéa II”, semelhantes ao projeto mais recente, “Garatéa III”, lançado em abril último (VER NOTICIA DO IFSC/USP SOBRE O ASSUNTO).

Além disso, uma grande perspectiva da pesquisadora é lançar seus experimentos no espaço profundo, a bordo dos chamados “CubeSats” – pequenos satélites com forma de cubos de 10 centímetros – para a mesma finalidade.

*Maria Fernanda Cerini tem 26 anos, fez Graduação em Química na UNICAMP, realizou um intercâmbio acadêmico no Reino Unido e fez seu mestrado em Física Biomolecular no IFSC/USP, no âmbito do projeto de pesquisa em Astrobiologia no Laboratório Nacional de Luz Sincrotron (LNLS).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de junho de 2018

Professores do ensino médio aprendem a utilizar o “Arduíno” em Ciências

Organizado pelo IFSC/USP, em parceria com a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, trinta e cinco professores de escolas pertencentes à rede de ensino público de São Carlos participaram nos dias 11 e 12 deste mês de um curso de capacitação sobre a utilização do Arduíno em Ciências, atendendo a que esses docentes são os orientadores dos clubes de ciências das escolas que participarão na Feira de Ciência e Tecnologia, em São Carlos, um evento que está sendo organizado pelo CEPOF/IFSC e Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, e que ocorrerá no próximo mês de outubro.

Através de kits científicos específicos desenvolvidos pelo CEPOF e que serão entregues gratuitamente às escolas de São Carlos, os alunos, supervisionados por seus professores, terão a possibilidade de desenvolver vários tipos de projetos a partir dos conhecimentos aplicados através da plataforma Arduíno e apresentá-los na Feira.

Profª. Silvana Belloti

Com o imprescindível apoio na área da coordenação técnica do evento, por parte do técnico dos Laboratórios de Ensino de Física de nosso Instituto, Antenor Fabbri Petrilli Filho, e de Daniele Santini Jacinto, que coordenou a montagem de toda a infraestrutura computacional, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes, foi o ministrante do curso, tendo destacado o quanto os professores estiveram empenhados, interessados e ansiosos por aprender tudo sobre o Arduíno ao longo das 16 horas que durou a capacitação, que incluiu conceitos teóricos e práticos.

A Diretoria de Ensino da Região de São Carlos fez-se representar por sua Coordenadora, Profª Silvana Belloti, que acompanhou de perto todo o curso.

O Arduíno é uma plataforma computacional de prototipagem eletrônica de hardware livre e que pode ser usado para elaborar qualquer projeto, desde o mais fácil até o mais complexo, podendo, inclusive, ser utilizado para interagir com luzes, motores ou os mais variados objetos eletrônicos.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de junho de 2018

IFUSP convida para o lançamento de seu Acervo Histórico Digital

Realiza-se no próximo dia 20 do corrente mês, no Auditório Adma Jafet – Instituto de Física da USP (IFUSP), o lançamento do Acervo Histórico Digital do IFUSP, idealizado pela Profa. Amélia Império Hamburger, que coordenou atividades intermitentes do Projeto Memória do IFUSP voltadas à organização arquivística, inventário analítico, acondicionamento e divulgação da documentação do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) e do Acervo Mário Schenberg.

A FFLC da USP, criada em 1934, foi um ponto de inflexão na história brasileira, tendo se tornado um centro de referência na produção de conhecimentos. A documentação existente contempla tanto o período inicial quanto as décadas seguintes, quando as primeiras gerações de físicos brasileiros formados na USP passaram a ser responsáveis pela condução da instituição. Torna-se assim uma documentação de grande importância, sendo utilizada por pesquisadores em História das Ciências.

Há cerca de um ano, deu-se início ao processo de digitalização desta documentação. No total, foram digitalizados 3.750 documentos, totalizando 8.543 páginas. O projeto, coordenado pelos Profs. Ivã Gurgel (IF) e Edson Satoshi Gomi (EP), contou com importante apoio especializado, no qual se destaca o trabalho da historiadora Walkiria Fucilli Chassot, responsável pela catalogação e coordenação executiva, e da equipe da empresa Mercúrio Digitalizações LTDA, que na pessoa de Roberto Fray desenhou o processo de digitalização.

Todo o trabalho somente foi possível por conta da dedicação intensa de três estudantes de Física e jovens historiadores das ciências que realizaram todo o processo: Artur Correia Alegre, Barbra Miguele de Sá e Carlos Alberto Chaves.

Fica assim o convite para que todas e todos interessados em História da Física do Brasil participem do evento de lançamento do Acervo Histórico Digital do Instituto de Física da USP, cuja programação está organizada da seguinte forma:

14hs – Abertura: Marcos Nogueira Martins (Diretor do IFUSP).

14h15 – A História da Física no Brasil: Perspectivas de Pesquisa: Olival Freire Jr (UFBA) e Antônio Augusto Passos Videira (UERJ).

16hs – O Acervo Histórico do IFUSP e o Projeto de Digitalização: Walkíria Chassot, Roberto Fray e Ivã Gurgel.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do IFUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de junho de 2018

Inscrições abertas: “Prêmio Jovem Cientista – 2018” (CNPq)

Estão abertas até 31 de julho as inscrições para a 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista, evento instituído pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com a Fundação Roberto Marinho e com o patrocínio da Fundação Grupo Boticário e do Banco do Brasil.

Tendo como tema Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social, com o objetivo de revelar talentos, impulsionar a pesquisa no País e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade, este Prêmio é aberto à participação de mestres, doutores, estudantes de ensino superior e ensino médio, sendo que os vencedores irão ganhar bolsas de estudo do CNPq no valor total correspondente a R$ 775 mil.

Para concorrer, os interessados deverão seguir uma das linhas de pesquisa especificadas no regulamento, que deverá ter, preferencialmente, aplicação prática voltada para a solução de problemas concretos sobre o tema.

No caso de mestres, doutores e estudantes de ensino superior, serão aceitos somente trabalhos já concluídos com resultados finais.

Para obter mais informações e/ou se inscrever neste Prêmio, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2018

Prof. Vanderlei Bagnato (IFSC/USP) discursa no Senado Federal

Presidida pelo Senador Hélio José (Pros-DF), a Comissão Senado do Futuro realizou nesta quinta-feira (07/06) dentro da série 2022: o Brasil que queremos, a sexta audiência pública, cuja abordagem foi para o empreendedorismo e as pequenas empresas.

Na circunstância, foram convidados para debater a realidade brasileira no que concerne a empreendedorismo e inovação, os professores Sanderson Barbalho, da Universidade de Brasília (UnB), Vanderlei Bagnato, atual diretor do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), e Tales Andreassi, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avaliaram o momento atual e propuseram alternativas para o setor.

Coube ao Senador Hélio José abrir a audiência, tendo recordado que, com o atual sucateamento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o Brasil leva em média 11 anos para aprovar uma patente. Na área de telecomunicações, uma patente brasileira leva 14 anos para ser concedida. Isso sem falar na burocracia e nos impostos, que prejudicam as iniciativas de empreendedorismo. Nesse sentido, Hélio José colocou a questão de como fazer que as inovações cheguem ao mercado brasileiro e mundial?

O Senado aprovou o PLS 150/2016, que permite empresas abrirem em 2 dias e fecharem em 5 dias. Agora está na Câmara dos Deputados, onde já foi aprovado em uma comissão e aguarda a designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça. Para o Presidente da Comissão, é preciso que os parlamentares entendam a urgência da desburocratização para se apoiar a recuperação da economia, sendo que o empreendedorismo precisa dessa agilidade.

Em sua fala, o Prof. Vanderlei Bagnato enfatizou a importância do empreendedor e o perfil que o mesmo deve ter, sendo que o otimismo é base fundamental. Em sua intervenção, o Diretor do IFSC/USP sublinhou o fato de que em um milhão de ideias que nasce na cabeça de um empreendedor, apenas mil se transformam em prova de princípios, dessas apenas cem se tornam protótipos, sendo que desse reduzido total apenas uma se torna realidade para se transformar em produto.

Para Bagnato, o Brasil precisa ter milhares de pessoas pensando, para que cada uma delas gere uma ideia que chegue ao mercado.

Para assistir à reportagem da TV Senado sobre este tema, clique AQUI.

Para acompanhar um dos momentos mais importantes da apresentação que o Prof. Vanderlei Bagnato fez no Senado Federal, clique na imagem.

(Imagens TV Senado / Youtube)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2018

“Colloquium diei” – IFSC/USP: O Ballet de Íons e Elétrons

Condutores mistos orgânicos são conhecidos pela propriedade de conduzir elétrons e íons com igual eficiência e, portanto, apresentarem aplicações em diversos ramos da eletrônica e bioeletrônica.

Na edição do programa Colloquium diei, organizada pelo nosso Instituto e ocorrida no dia 15 de junho, o Prof. Dr. Gregório Couto Faria, docente e pesquisador do IFSC/USP, abordou os fundamentos de transporte iônico-eletrônico em condutores mistos orgânicos e apresentou suas aplicações em transistores eletroquímicos e em sistemas de memória que mimetizam o funcionamento dos neurônios (dispositivos neuromórficos).

O título da palestra de Gregório Faria foi O Ballet de Íons e Elétrons: fundamentos e aplicações de condutores mistos orgânicos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2018

IFSC/USP abre portas para nova esperança no combate à Malária

Um artigo publicado no Journal of Medicinal Chemistry, da autoria de um grupo de pesquisadores brasileiros, com a participação dos docentes e pesquisadores do IFSC/USP, do Instituto de Química da UNICAMP e da Faculdade de Farmácia da USP, dá a conhecer a descoberta de derivados de produtos naturais marinhos com atividade contra o parasita.

Nesse trabalho que contou com apoio financeiro da FAPESP, CNPq e Instituto Serrapilheira, foi avaliada a atividade inibitória dessas moléculas contra o parasita, tendo-se realizado um estudo focado em melhorar a potência em matar o parasita e, ao mesmo tempo, manter baixa a propriedade tóxica contra células saudáveis.

Esses estudos permitiram a descoberta de novas moléculas com potência aprimorada e baixa toxicidade. O composto mais potente identificado é um inibidor de ação rápida com atividade contra a forma do parasita que se localiza no sangue e fígado do paciente. Além disso, a molécula mostrou um efeito aditivo, quando testada em combinação com o medicamento padrão para o tratamento da malária (ex. artesunato), ou seja, a combinação com o fármaco padrão, aumentou a capacidade de inibição do crescimento do parasita.

Por fim, a molécula foi testada em modelo animal da doença, no qual foi possível verificar que todos os animais sobreviveram após o tratamento e, além disso, a molécula desenvolvida neste estudo foi eficaz em reduzir a infecção nos animais.

Todos esses dados indicam que a molécula derivada de produto natural marinho tem potencial para ser uma nova alternativa para o tratamento da malária.

As próximas fases do estudo incluem o melhoramento de propriedades químicas e biológicas dessa molécula, de modo que ela possa ser segura e eficaz no tratamento do paciente com malária.

A malária é um problema de saúde pública global que apresenta altas taxas de mortalidade, principalmente em países do continente Africano. A doença é causada por um parasita chamado Plasmodium.

Em 2016, a doença matou 445.000 pessoas, número que equivale a 1 morte por minuto, sendo que a grande maioria dessas mortes foram crianças com menos de 5 anos de idade.

No Brasil, em 2016 foram reportados 118 mil novos casos de malária e em 2017 esse número aumentou para 175 mil casos, ou seja, um acréscimo de cerca de 50%.

Neste cenário, novas formas de tratamento são extremamente necessárias.

Esse trabalho foi o resultado de uma parceria entre os pesquisadores do IFSC/USP, Profs. Glaucius Oliva e Rafael Guido, Dra. Anna Caroline C. Aguiar, Me. Guilherme E. de Souza e Me. Mariana Lopes Garcia; do Instituto de Química da UNICAMP, Profs. Carlos Roque D. Correia e José Luiz Costa, Dra. Michele Panciera, e Me. Eric F. S. dos Santos; e da Faculdade de Farmácia da USP, Profa. Celia Regina S. Garcia, Dra. Myna Nakabashi e Me. Maneesh Kumar Singh.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de junho de 2018

Contagem regressiva para o 4º Congresso de Graduação da USP

O 4º Congresso de Graduação da USP acontecerá nos dias 04 e 05 de julho, no Auditório do Centro de Difusão Internacional (CDI), Campus Butantã, São Paulo. No segundo dia desta edição do evento realizam-se workshops e oficinas paralelos com temas relacionados ao ensino de graduação. Tais atividades foram elaboradas para grupos menores de participantes, privilegiando a interação e a troca de informação. Por este motivo as vagas são limitadas.

As atividades oferecidas abordam os seguintes temas:

Dia 05/07 as 9hs
Workshop Práticas de Ensino Extramuros na USP: O papel das atividades extramuros com interação direta entre o aluno de graduação e a comunidade é fundamental para o desenvolvimento de habilidades e atitudes complementares, que não são facilmente adquiridas dentro da sala de aula. Este workshop terá como objetivos apresentar o novo programa da PRG – Aprender na Comunidade; discutir estratégias já consolidadas de aprendizado na comunidade em diferentes unidades da USP; e fomentar a discussão entre professores envolvidos em diferentes atividades de ensino de graduação na comunidade buscando maior integração e interdisciplinaridade.
Coordenação / Mediação – Prof. Dr. Luiz Fernando Ferraz da Silva (FM)
Duração: 1hora

Dia 05/07 as 13:30hs
Workshop Cátedra Olavo Setúbal: Olhares sobre o ensino de graduação a partir da adoção de ações afirmativas pela Universidade: Neste debate a professora Eliana, Titular da Cátedra Olavo Setúbal de Arte, Cultura e Ciência, trará a tona como as ações afirmativas em universidades tem contribuído para uma universidade mais democrática e mais plural, expondo também seus impactos e desafios.
Organizadora e moderadora: Profa. Eliana Sousa Silva
Duração: 2 horas

Oficina 1) Plataforma e-Disciplina: Nesta oficina, de nível introdutório, você irá aprender de uma forma bem prática e direta como explorar todo o potencial desta versátil ferramenta para a modernização das disciplinas presenciais, ou na criação de um ambiente virtual de aprendizagem completo e dinâmicos.
Ministrante: Prof. Sérgio Ricardo Muniz (IFSC)
Duração: 2:30 horas

Oficina 2) Uso da Plataforma e-Aulas para Aula Invertida – Experiência e Produção de Mídia: Esta oficina apresentará o sistema de videoaulas da USP e suas funcionalidades, demonstrando as várias possibilidades de uso desta ferramenta como apoio ao ensino, utilizando as novas metodologias de aprendizagem. A oficina dará também uma visão geral de produção audiovisual.
Ministrante: Profa. Regina Melo Silveira (EP), com participação do Prof. José Roberto Cardoso (EP)
Duração: 2:30 horas

Oficina 3) Jogos Digitais em Ensino Superior – Abordagens de cocriação e apropriação da tecnologia: A aprendizagem baseada em jogos digitais se insere no conjunto das metodologias ativas de ensino e aprendizagem, tendo sido discutida por vários autores nas últimas duas décadas. No ensino superior, existem iniciativas principalmente associadas a jogos de simulação e à programação de jogos como exercício para tópicos de programação de computadores. Nessa oficina, pretende-se discutir esse panorama e também outras possibilidades existentes com a disseminação de ferramentas para a criação e prototipação de jogos digitais. Espera-se com isso ampliar a adoção de jogos para aprendizagem no repertório dos docentes. 50 vagas
Ministrante: Prof. Ricardo Nakamura (EP)
Duração: 3 horas

Oficina 4) O uso da ABP e outras metodologias ativas de aprendizagem no ensino superior: A incorporação de metodologias ativas de aprendizagem como a aprendizagem baseada em problemas e por projetos, o design thinking e a cultura maker, aliada ao uso de tecnologias colaborativas, permitem a reinvenção dos modelos de ensino na graduação. Esta oficina mostrará exemplos de como isso vêm ocorrendo na EACH, e levará os participantes a desenvolverem experiências práticas de uso de tais processos no desenvolvimento de projetos de ensino e aprendizagem.
Ministrante: Prof. Ulisses Araujo (EACH)
Duração: 3 horas

Oficina 5) Aprendizagem ativa Scale-up – Experiência prática em disciplinas de física: Nessa oficina vamos falar mais sobre o método Scale-up, exemplificando-o na prática, através de atividades práticas tipo “mão na massa”, tanto a dinâmica inovadora de aula como exemplos de atividades realizadas em classe. Embora o tema seja física, a oficina é acessível a docentes de qualquer área que tenha interesse no método, que tem sido adaptado para diversas disciplinas das ciências exatas e biológicas, bem como de humanidades.
Ministrante: Profa. Carmen Pimentel Cintra do Prado (IF)
Duração: 2 horas

Oficina 6) Ferramentas Google para suporte ao Ensino: A oficina explorará as ferramentas Google disponíveis através do convenio que permite o uso dos recursos que compõem a ferramenta G Suite for Education.
Ministrante: Profa. Giovana Machado Boer (FM)
Duração: 2 horas

Oficina 7) Metodologia baseada Projetos no Ensino Superior: A oficina apresentará a metodologia de projetos para uso em sala de aula, envolvendo metodologias ativas, inovação tecno educativa e gestão de projetos. Serão apresentados Projetos Integradores desenvolvidos com alunos do Ensino Superior de cursos de graduação e pós-graduação e, ao final, os participantes serão convidados a elaborar um projeto disciplinar ou interdisciplinar.
Ministrante: Profa. Ana Cláudia Loureiro (EACH)
Duração: 2:30 horas

Para se inscrever, clique AQUI.

(Com informações da Pró-Reitoria de Graduação da USP / Fotos: Cecília Bastos -USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de junho de 2018

Concurso público para ingresso na carreira docente do IFUSP

Estão abertas até às 23h59min do dia 03 de setembro do corrente ano as inscrições no Concurso Público de Títulos e Provas para provimento de um cargo de Professor Doutor 1, MS-3.1, em RDIDP, cargo nº 1233890, junto ao Departamento de Física Aplicada, na área de “Física de Sistemas Biológicos”, Edital IF-11/18 no Instituto de Física da USP (IFUSP).

Trata-se de uma grande oportunidade destinada a pesquisadores e jovens doutores que trabalham em áreas afins de Física Biológica a ingressarem na carreira docente da USP, num ambiente de pesquisa bastante profícuo.

Os pedidos de inscrição deverão ser feitos (AQUI).

Maiores informações entrar em contato com a secretaria do DFAP: secfap@if.usp.br , ou com a Profa. Rosangela Itri, chefe do Depto Fisica Aplicada – IFUSP: itri@if.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de junho de 2018

Intercâmbio internacional destinado a pesquisadores da USP

A Universidade de São Paulo e o Comité Français d´Evaluation de la Coopération Universitaire avec le Brésil (COFECUB) lançaram recentemente o edital Programa USP-COFECUB, que, por meio de intercâmbio de pesquisadores, tem o objetivo de propiciar a realização de pesquisas conjuntas entre grupos da USP e da França, além de facilitar a troca de informações e dados entre as duas comunidades científicas.

O programa é direcionado à pesquisa em todas as áreas de conhecimento e os projetos deverão permitir a colaboração em um projeto científico conjunto, que possibilite a formação de doutores brasileiros e franceses.

O período de inscrições se encerra no próximo dia 2 de julho.

Para acessar o edital, clique AQUI

Para observar as regras gerais do programa, clique AQUI.

As candidaturas devem ser submetidas apenas por docentes USP e devem ser realizadas eletronicamente pelo Sistema Atena.

Por outro lado, estão abertas até dia 10 de julho as inscrições para candidaturas à chamada para pesquisador da área de Ciências da Vida, no âmbito do convênio tripartite USP/FioCruz/Institut Pasteur.

O selecionado deverá criar um grupo de pesquisa dentro da plataforma científica Pasteur-USP, recentemente criada, e integrante do Centro InovaUSP, localizado na Cidade Universitária, em São Paulo.

Para acessar esta chamada, clique AQUI.

Para mais informações, envie e-mail para G4-SPPU-Application@pasteur.fr

(Créditos foto: Atlantic Lab)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de junho de 2018

Palestra em São Carlos: técnicos e pesquisadores falam de Fibromialgia

Realiza-se no próximo sábado, dia 16 de junho, na Clínica MultFisio – Vila Prado – em dois horários (08h30 às 09h30 e das 10h às 11h), um palestra sobre Fibromialgia – uma doença que tem tendência a surgir após eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para envolver todo o corpo -, com a participação de profissionais da área da saúde e pesquisadores.

A palestra, com duração de 1 hora, vai expor a Fibromialgia como doença, trazendo o que há de mais novo no tratamento, com base em pesquisas e publicações recentes.

Essa palestra contará com as participações do fisioterapeuta Daniel Franco, da nutricionista Giovanna Maffei e de Antonio Aquino, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos IFSC/USP.

Recordamos que os tratamentos da Fibriomialgia ocorrem gratuitamente na Unidade de Terapia Fotodinâmica, na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, sob coordenação e supervisão de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, e, ainda, técnicos que foram devidamente habilitados a tratar a doença com equipamentos e protocolos desenvolvidos pelo CEPOF e Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), de forma gratuita, manifestando-se, assim, uma das particularidades do Instituto na sua ação social em prol da sociedade, neste caso concreto na tentativa de recuperar o bem-estar do paciente acometido por esta doença.

Para inscrição nesta palestra basta entrar em contato com o WhatsApp (16) 99762-7273 e levar um quilo de alimento não perecível.

A Fibromialgia – ou Síndrome da Fibromialgia – é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, a fibromialgia apresenta sintomas de fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais.

Uma característica da pessoa com Fibromialgia é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura pelo examinador, ou por outras pessoas.

(Foto: Fisioterapia.com / Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de junho de 2018

Workshop comemora 10 anos da Rede Nacional de Física de Altas Energias

Encerram-se no dia 30 deste mês as inscrições para o workshop comemorativo dos dez anos da Rede Nacional de Física de Altas Energias – RENAFAE, evento que ocorrerá nos dias 30 e 31 de julho próximo, no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP), e cujo objetivo é apresentar os vários aspectos da física de altas energias – análise de dados, instrumentação, computação e divulgação científica – permitindo se obter um amplo cenário do estado da arte nessas áreas.

Todos que desenvolvem atividades em qualquer uma dessas áreas relacionadas à física de altas energias estão convidados a submeter contribuições. Para cada um desses quatro tipos de atividades foram escolhidos coordenadores (análise de dados – Jun Takahashi, instrumentação – José Seixas, computação -Rogério Iope e divulgação científica -Márcia Begalli), que organizarão sessões paralelas durante o Workshop. No final do encontro, os coordenadores apresentarão, em sessão plenária, os principais resultados mostrados durante as sessões paralelas.

Haverão também apresentações sobre as duas principais infraestruturas no Brasil que podem apoiar a área de física de altas energias: o supercomputador Santos Dumont (“Santos Dumont: uma infraestrutura computacional à serviço do desenvolvimento científico e tecnológico”, proferida pelo Prof. Wagner Vieira Léo) e a infraestrutura para instrumentação existente no LNLS (“Sirius: Desafio da instrumentação científica no Brasil”, ministrada pelo Prof. José Roque da Silva).

No final de cada dia do Workshop, irão ocorrer discussões entre os participantes e convidados. No primeiro dia, irá ser discutido o relevante papel da física de altas energias na internacionalização da ciência brasileira, com importantes autoridades convidadas da política e da ciência nacional. No segundo dia, ocorrerá uma discussão entre os participantes do Workshop sobre os desafios e o futuro da RENAFAE.

Haverá apoio para os participantes de fora de São Paulo que tiverem dificuldades de financiamento próprio, incluindo hospedagem nos alojamentos da USP.

Clique AQUI para consultar a área de inscrições, solicitação de apoios, submissão de contribuições e programa do evento.

https://indico.cern.ch/event/719214.

A data limite para a solicitação de ajuda financeira é 15 de junho.

(Com informações de José Clóvis – Assessoria de Comunicação do IFUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de junho de 2018

Seminário do Grupo de Óptica aborda “Minimal Environments”

O Prof. Antônio Vidiella Barranco, docente e pesquisador do Instituto de Física Gleb Wataghin (UNICAMP), foi o palestrante convidado em mais um seminário promovido pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP, que ocorreu no dia 12 de junho, subordinado ao tema Minimal Environments.

Tendo como base que, nos últimos anos, se testemunhou desenvolvimentos importantes em relação à manipulação de sistemas quânticos individuais – campos de cavidade, Íons presos, osciladores nanomecânicos, etc., é bastante provável que tais sistemas sejam acoplados a uma variedade de ambientes, não necessariamente grandes, para os quais os métodos tradicionais (por exemplo, baseados em grandes reservatórios) podem não mais ser aplicáveis.

Nesta palestra, Antônio Barranco discutiu a influência de ambientes mínimos nas propriedades dos sistemas quânticos, tendo, baseado em um primeiro modelo, investigado um oscilador quântico similar a um “ambiente pequeno” (oscilador único ruidoso).

A evolução da entropia do sistema, comparada ao caso em que o oscilador é acoplado a um ambiente grande (reservatório térmico), foi igualmente discutida.

Além disso, o palestrante considerou um segundo modelo, que em um sistema bipartido interagindo com um “ambiente pequeno” (sistema ruidoso de dois níveis), tendo discutido a influência de tal ambiente em algumas características típicas não-clássicas do sistema. O papel da temperatura efetiva dos ambientes mínimos também foi um assunto abordado.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de junho de 2018

Quando a excelência do ensino responde à expectativa do indivíduo

Independente da necessidade imperiosa de as escolas públicas dos ensinos fundamental e médio deverem estar devidamente equipadas com o material necessário para que os alunos possam avançar qualitativamente em seus estudos rumo a uma qualificação técnico-profissional, ou superior, que lhes proporcione um futuro promissor, não é menos verdade que é indispensável que um aluno tenha a vontade necessária em ir mais longe e atingir seus objetivos nesse complexo processo, contando sempre com o apoio e incentivo de seus familiares mais próximos. Tendo em consideração todos esses aspectos, não é difícil encontrar jovens que, desde muito cedo, conseguiram traçar suas metas e, com determinação, lograram trilhar, com sucesso, o caminho do conhecimento, abrindo as portas para um futuro que se antevê de sucesso.

Immanuel Kant: este é o nome de uma pequena escola particular localizada na cidade de São José dos Campos (SP), um pequeno estabelecimento de ensino considerado “de bairro” onde Guilherme de Sousa (21) estudou no Ensino Fundamental durante nove anos. Embora desde muito novo tivesse já alguma tendência para “brincar” com números, Guilherme salienta que essa escola era bem diferente das outras, oferecendo um corpo docente muito ativo e apaixonado pela sua missão de ensinar e de se relacionar com os alunos, o que facilitou – e em muito – sua formação inicial e o desenvolvimento do interesse pelas ciências exatas, interesse esse muitas vezes aprofundado com a realização de Feiras de Ciência que ocorriam no final de cada ano letivo.

Guilherme Sousa conta que a transição para o Ensino Médio, na cidade de Lorena (SP), foi como que virar a página de um livro, ou seja, uma continuação lógica de tudo aquilo que aprendeu até aí, com a introdução de diversos conceitos relacionados com Física, algo que o atraiu ainda mais para os estudos. “Fiz todo o Ensino Médio dentro de um colégio técnico que se encontrava inserido dentro das instalações do Campus da USP de Lorena. Aí, consegui concluir um curso técnico de química e simultaneamente o Ensino Médio”, recorda Guilherme, que passava o dia todo dentro da escola, o que, segundo ele, lhe proporcionou inúmeros contatos com professores, sanando muitas de suas dúvidas, em suma, um ambiente que já o induzia a uma vida na universidade “(…) algo que não vejo acontecer nas escolas tradicionais (…)”, reflete o jovem.

Foi nesse ambiente que Guilherme iniciou sua participação nas Olimpíadas de Física. No 1º ano obteve uma medalha de bronze na Olimpíada Paulista de Física, no ano seguinte foi ouro na Olimpíada Brasileira de Física nas Escolas Públicas, e no 3º ano conquistou novo ouro, dessa vez na Olimpíada Brasileira de Física. Mas, qual foi o interesse de Guilherme participar nessas competições? “A Olimpíada obriga a um estudo aplicado, já que ela congrega muita coisa relacionada com diversos fenômenos, teorias e práticas, e isso estimula muito o aprendizado, incita você a descobrir mais”, enfatiza Guilherme, que desde o seu 1º ano no Ensino Médio fez vestibular, como forma de se treinar para o momento certo que acabaria por chegar.

Como o IFSC/USP foi o diferencial na vida escolar de Guilherme Sousa

Em 2013 e em 2014, o jovem estudante participou da Escola de Física Contemporânea (EFC), iniciativa promovida pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e fê-lo tão somente por curiosidade, já que, segundo ele “Era um evento desconhecido, contudo, a edição de 2013 foi uma autêntica surpresa. Adorei tudo o que aconteceu lá, pois me preparou definitivamente para a entrada na universidade, algo que me incentivou a participar nessa Escola novamente no ano seguinte. O contato direto que mantemos com os pesquisadores e, principalmente, com os monitores, que são alunos de pós-graduação do IFSC/USP, foi o grande diferencial, pois a interação é muito grande. Tudo isso é uma carga enorme de conhecimentos transmitida para todos nós e isso enriquece os alunos e abre novos horizontes, desbrava novos caminhos para o futuro”, salienta Guilherme.

A EFC, originalmente chamada de Escola Avançada de Física, é uma atividade de extensão que ocorre anualmente no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/UP), cujo objetivo é possibilitar que alunos talentosos conheçam como é o mundo da pesquisa, entrando em contato com alguns dos principais grupos de pesquisa do país, além de compreender a importância da ciência e da tecnologia na geração de conhecimento e riquezas no país. Além disso, a EFC pretende chamar a atenção do aluno para o empreendedorismo, reforçando as importantes contribuições que o profissional da área da Física pode dar quando se envolve com pesquisas associadas ao setor industrial, sejam elas dentro ou fora do ambiente acadêmico.

A programação inclui aulas expositivas e experimentais, ministradas por professores da USP, abordando tópicos de Física Clássica e Física Moderna, palestras sobre temas atuais de Física, visitas monitoradas às oficinas e aos laboratórios de ensino e pesquisas do IFSC.

Guilherme Sousa (o 7º a contar da esquerda na primeira fila) na Escola de Física Contemporânea de 2014 no IFSC/USP

As atividades, que se estendem pelo período de sete dias, em regime de internato, tem início às 8h e término às 21h. Por ser ministrada por professores e pesquisadores de um dos grandes centros de pesquisa multidisciplinar, a EFC é com certeza uma excelente oportunidade para aqueles que gostam de ciências exatas descobrirem seu verdadeiro talento. O aluno terá a oportunidade de conviver com cientistas de um dos maiores centros de pesquisa multidisciplinar da América Latina, de visitar laboratórios de pesquisa do mais alto nível e de conhecer indústrias de tecnologia de ponta que nasceram dentro dos laboratórios de pesquisa do IFSC. Com o objetivo de se avaliar o rendimento dos alunos, no último dia de atividades, os jovens elaboram um trabalho de conclusão de curso, apresentado na forma de seminário, nos mesmos moldes dos congressos internacionais.

Guilherme Sousa, que está agora no 4º ano, portanto, prestes a finalizar sua Graduação, vê o IFSC/USP como um facilitador de contatos entre pesquisadores e alunos, uma espécie de grande família onde se pode dialogar abertamente sobre o futuro do universitário as oportunidades que são colocadas na sua frente. “O IFSC/USP é um reduto de excelência e por isso mesmo foi minha primeira opção no vestibular, no curso de Física Computacional. E a excelência do Instituto é tanto em termos de infraestrutura, quanto em termos de educação e pesquisa”, sublinha o jovem. No que diz respeito ao seu futuro, Guilherme afirma que tem mantido muito contato com seu orientador – Prof. Dr. Frederico Borges de Brito – e que a ideia mais segura é continuar no IFSC/USP rumo ao Mestrado e Doutorado. “Acho que esse é o caminho lógico, uma trilha que me levará a ser pesquisador aqui no Instituto”, pontua o jovem, que faz questão de deixar uma pequena mensagem aos calouros: “A Faculdade não é fácil, mas se você não se fechar em si mesmo, se não se isolar, se partilhar suas dúvidas, desalentos e preocupações com colegas e professores, tudo irá dar certo no final. Encontre seu caminho o mais rápido que puder para que fique motivado a encontrar seu rumo. Encontre atividades que complementem o seu cotidiano, como arte, música e outras formas de cultura, pois tudo isso, junto, vai tornar sua vida mais fácil, muito mais legal e prazerosa”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de junho de 2018

Para alunos do ensino médio: a descoberta de novos medicamentos

Na penúltima palestra relativa à primeira edição da iniciativa Meu Eu do Futuro, cerca de trinta alunos das escolas do Ensino Médio de São Carlos e região tiveram a oportunidade de acompanhar a palestra subordinada ao tema Na Saúde e na Doença: A Descoberta de Novos Medicamentos, apresentada pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Glaucius Oliva, que é, simultaneamente, o Coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), alocado no nosso Instituto.

Qual a origem e causa das doenças? Como atuam os medicamentos? Como novos medicamentos podem ser descobertos? Como estão as pesquisas nesta área, no Brasil?

Nesta palestra, Glaucius Oliva mostrou, através dos exemplos de medicamentos de uso comum, que a ação dos fármacos baseia-se na interação específica do princípio ativo com um receptor biológico, dependente da complementaridade de forma e das propriedades químicas. O palestrante revisou, também, o estado da arte na descoberta de novos fármacos, que envolve abordagens multidisciplinares, incluindo as áreas médica-biológica, genômica, química, física, computacional, farmacológica e clínica, tendo mostrado alguns de dos trabalhos desenvolvidos por sua equipe na busca por medicamentos para tratar a doença de Chagas e a Zika.

“O intuito foi explicar para estes jovens como funcionam os medicamentos, atendendo a que todos eles são moléculas que têm de interagir com receptores, e como isso tem transformado a vida, a saúde humana. A expectativa de vida há cem anos atrás era menos de 40 anos de idade e hoje é de mais de 80 anos de idade, em termos mundiais, sendo que no Brasil essa expectativa se situa em torno de mais de 75 anos. Em grande parte, isso se deve a medicamentos que são capazes de fazer essa transformação, embora as melhorias em termos dos serviços de saúde, saneamento, etc., tenham também sido importantes para atingir esses níveis de expectativa de vida”, salientou o palestrante momentos antes de sua apresentação.

Como funcionam os medicamentos? Como se descobrem os novos fármacos? Segundo o pesquisador, muitas pessoas acham que quando tomam um remédio ele tem um poder mágico, que assim que entra no organismo mata a doença. Na verdade, segundo Glaucius Oliva, as pessoas têm que entender que o que estão tomando é apenas uma molécula que tem a missão de viajar por uma biofase que tem de achar um receptor e que essa molécula pode achar outras coisas no caminho e provocar efeitos colaterais, etc. “Quero despertar nesses meninos o interesse por essa área de pesquisa que é extremamente interessante, que é você trabalhar na descoberta de novas formas para tratar a saúde das pessoas. E, claro, estamos falando de longevidade, uma luta que faz parte daquilo que move o progresso. A humanidade progride na busca por felicidade, bem estar, saúde e longevidade. Por exemplo, hoje temos doenças que antigamente as pessoas não tinham, porque também morriam antes delas aparecerem, como as doenças neurodegenerativas do tipo Alzheimer, que hoje afetam cerca de 50% da população acima dos 85 anos”, pontua Oliva

Com efeito, antigamente, eram muito raras as pessoas que chegavam aos 85 anos, por isso essas doenças quase nunca apareciam. Ainda dando o exemplo de Alzheimer, Glaucius Oliva sublinhou que atualmente ainda não há nenhum medicamento eficaz para combater a doença, sendo que os medicamentos disponíveis apenas atenuam os sintomas. “De fato, os medicamentos que existem neste momento para essa doença só atenuam os efeitos, não se sabendo ainda o que dispara essa doença, ou seja, qual é o gatilho. Você, fazendo pesquisas nessas áreas, se depara com um trabalho que não acaba nunca, como é o caso das doenças infecciosas. Você acha um remédio para determinado vírus, ele desenvolve resistência e você tem que buscar outro mecanismo para o combater; depois, aparece uma nova resistência e você tem novamente que começar tudo do início. O vírus da febre amarela, por exemplo, que nós tínhamos controlado, já apareceu com um novo outbreak e aí nosso trabalho começa novamente do zero”, conclui Oliva.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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