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9 de outubro de 2018

Do IFSC/USP para os EUA: um brasileiro na área de “data science”

O paulistano Marcello Hasegawa sempre gostou bastante de matemática e física. Hoje, com quarenta e dois anos, Marcello conta que a curiosidade sempre o acompanhou, tendo sempre se dedicado a aprender coisas novas. O ensino médio foi totalmente percorrido no sistema de ensino publico, em São Paulo, e, prestes a terminá-lo, sua opção foi cursar física na USP. A partir daquele momento, Marcello decidiu que viria para São Carlos e que cursaria física teórica experimental no IFSC/USP. “Acho que foi a melhor época da minha vida. Não sei o que dizer, porque agora também estou vivendo uma fase muito legal”, revela.

Marcello Hasegawa trabalha na Microsoft (Redmond – EUA). Logo após se formar, ele fez seu mestrado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), onde havia um laboratório de teoria e um grupo experimental, e achou fantástica a ideia de unir a área teórica da física com a prática. Foi dessa forma que Marcello passou a trabalhar com os pesquisadores desse Instituto durante algum tempo. Quando terminou seu mestrado, o ex-estudante do IFSC/USP voltou para São Carlos, considerando a possibilidade de começar um doutorado. Nessa época, descobriu que a Embraer estava iniciando um grande projeto em parceria com o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), voltado ao desenvolvimento de um simulador de dinâmica de fluidos computacional, para ajudar os engenheiros da Embraer a projetar asas de aviões, e foi aí que Marcelo ingressou na equipe do ICMC para fazer parte desse trabalho.

Próximo do final desse projeto, a Microsoft iniciou um processo de seleção no campus da USP, em São Carlos, através de entrevistas com os pesquisadores do ICMC, incluindo o Marcello, com o intuito de contratação de mão de obra altamente especializada. Uma semana depois, o físico recebeu um e-mail com uma oferta de trabalho. “Foi uma festa no laboratório”, recorda nosso entrevistado.

Durante os nove anos em que trabalha na Microsoft, Marcello Hasegawa já atuou como engenheiro de software no grupo do Windows Server e gerente de várias iniciativas no Bing Ads (Bing.com). Atualmente, ele é cientista de dados, atuando no grupo de desenvolvimento do Windows, Windows Phone e do XBOX. Segundo o próprio profissional, as oportunidades para cientistas de dados estão crescendo cada vez mais no mercado. Contudo, ingressar na Microsoft não é tarefa fácil, principalmente por causa da grande concorrência. Todavia ele conta que há mais pessoas que se formaram no Instituto de Física de São Carlos e que estão na Microsoft, ou atuando na área de data science ou desenvolvimento de software em outras empresas. “Eu acho que o treinamento que recebemos no IFSC/USP é bastante adequado. Embora talvez existam algumas lacunas em relação à indústria, o curso é excelente”. Um ponto positivo na formação de um físico, que Marcello destaca, é que esses profissionais não têm medo de resolver problemas, por mais complexos que sejam.

Quanto aos planos futuros, Marcello diz que pretende continuar focado na área de data science e se aperfeiçoar como profissional. “O meu objetivo profissional é crescer fazendo aquilo que gosto de fazer. Acho que essa é uma receita básica para um profissional trazer contribuições sólidas para a empresa”.

Já quanto ao salário que um físico pode receber ao ingressar na Microsoft, ele revela que “A Microsoft oferece salários super competitivos com relação a média salarial para a indústria de software americana”. Marcello preferiu não comentar, mas de acordo com nossa pesquisa, a média de salário para a área é cerca de US$ 6.000,00 por mês (aproximadamente R$ 14.600,00 de acordo com o valor do dólar em Outubro de 2014).

De acordo com Marcello Hasegawa, aqueles que estão na graduação e anseiam em ingressar na indústria, não devem se limitar apenas à graduação, mas, sim, realizar uma pós-graduação. Ainda para o ex-aluno do Instituto de Física de São Carlos, o IFSC/USP oferece um conjunto fantástico de recursos, como docentes, infraestrutura e ferramentas de alta qualidade, as quais os estudantes devem fazer bom proveito.

Por fim, Marcello diz que é importante que os jovens tenham uma visão ampla de tudo o que ocorre no mercado de trabalho e que se dediquem a conhecer claramente a área em que pretendem atuar.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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