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7 de fevereiro de 2019

Chamada de propostas – R$ 15 mi para Programa PIPE (FAPESP)

A FAPESP lançou chamada de propostas para o 2º Ciclo de Análise de 2019 do Programa FAPESP – Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).

Estão reservados até R$ 15 milhões para atendimento às propostas selecionadas. O prazo final para submissão de projetos pelo SAGe termina no dia 29 de abril do corrente ano.

As propostas de financiamento devem conter projetos de pesquisa que possam ser desenvolvidos em duas etapas:

1) demonstração da viabilidade tecnológica de produto ou processo, com duração máxima de nove meses e recursos de até R$ 200 mil;

2) desenvolvimento do produto ou processo inovador, com duração máxima de 24 meses e recursos de até R$ 1 milhão.

Quando os proponentes já tiverem realizado atividades tecnológicas que demonstrem a viabilidade do projeto podem submeter propostas diretamente à Fase 2.

Podem apresentar propostas pesquisadores vinculados a empresas de pequeno porte (com até 250 empregados) com unidade de pesquisa e desenvolvimento no Estado de São Paulo.

Para conferir as normas para submissão de propostas, clique AQUI.

A FAPESP divulgará o resultado enviando a cada proponente os pareceres técnicos dos avaliadores. Os pareceres podem ser úteis para o aperfeiçoamento da proposta, seja ela aprovada ou não. Em caso de não aprovação, o proponente poderá aperfeiçoar a proposta, corrigindo as falhas apontadas, e submeter nova solicitação em edital subsequente.

Para conferir a chamada para o 2º ciclo de 2019, clique AQUI.

Para atender os interessados em participar da chamada, a FAPESP realizará, no dia 27 de março, o evento Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa, em São Paulo.

O evento, realizado em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), o Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) e o Desenvolve SP, tem como objetivo oferecer às empresas que apresentaram ou têm interesse em apresentar projeto ao Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) a oportunidade de resolver dúvidas antes do dia 29 de abril de 2019, fim do prazo para submeter propostas para o 2º Ciclo de Análise de Propostas para o Programa PIPE em 2019.

(Com informações da FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

7 de fevereiro de 2019

11 e 12 de fevereiro: CIBFar (IFSC/USP) presente na “Fapesp Week London”

O Reino Unido tem sido, até o momento, o principal parceiro internacional em pesquisa nos projetos apoiados pela FAPESP, sendo que nos últimos dez anos o órgão apoiou quatrocentos projetos de pesquisa em colaboração com outras agências de fomento, empresas e universidades britânicas.

Para celebrar essa parceria e estimular novas colaborações nas mais diversas áreas do conhecimento, a FAPESP irá realiza nos dias 11 e 12 do corrente mês a FAPESP Week London, no âmbito do Ano Brasil-Reino Unido de Ciência e Inovação.

O simpósio, em Londres, reunirá cientistas de várias instituições do Reino Unido e do Brasil, incluindo o docente e pesquisador de nosso Instituto, e coordenador do CIBFar (CEPID da FAPESP) sediado no IFSC/USP, Prof. Glaucius Oliva.

No primeiro dia, a sessão sobre “Saúde e Envelhecimento” terá Ricardo Araya (King’s College London), Alícia Kowaltowski (Universidade de São Paulo, USP), Mayana Zatz (USP e Centro de Pesquisa do Genoma Humano) e Sovan Sarkar (University of Birmingham).

Em seguida, Patrick Varga-Weisz (University of Essex), Ana Marisa Chudzinski-Tavassi (Instituto Butantan e Centro de Excelência para Descoberta de Alvos Moleculares), Steve Hill (British Heart Foundation), Glaucius Oliva (IFSC/USP e Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos) falarão sobre “Ciências Biológicas e Descoberta de Medicamento”.

Participarão da sessão sobre “Astrofísica” Oliver Buchmueller (Imperial College London), Carlos Guillermo Giménez de Castro (Universidade Presbiteriana Mackenzie), Stefan Söldner-Rembold (University of Manchester) e Ettore Segreto (Universidade Estadual de Campinas, Unicamp).

O segundo dia da FAPESP Week London começará com uma mesa-redonda sobre “Colaboração em pesquisa Indústria-Universidade”, com Wen Hwa Lee (University of Oxford), Sérgio Robles Reis de Queiroz (Unicamp e FAPESP), Isro Gloger (GSK), Helen Ewles (Royal Academy of Engineering), Alexandre Breda (Research Centre for Gas Innovation, RCGI) e Katlin Massirer (Centro de Química Medicinal, CQMED/SGC Unicamp).

A sessão sobre “Novas Energias” terá Nigel Brandon (Imperial College), Julio Meneghini (USP e RCGI), Timothy Bugg (University of Warwick) e Rubens Maciel Filho (Unicamp e Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia, BIOEN).

“Desigualdade, Inclusão Social e Migração” será o tema que contará com apresentações dos pesquisadores Gareth Jones (London School of Economics and Political Science), Eduardo Cesar Leão Marques (USP e Centro de Estudos da Metrópole), Paul Statham (University of Sussex) e Maria Alexandra da Cunha (Fundação Getúlio Vargas).

Em seguida, haverá uma mesa-redonda sobre “Divulgação Científica no Século 21”, com Jan Piotrowski (The Economist), Ben Deighton (SciDev.Net) e Mun-Keat Looi (Mosaic and The Wellcome Trust), mediada por Alexandra Ozorio de Almeida, da revista Pesquisa FAPESP.

A última sessão será sobre “Nexo Água-Alimentos-Energia” e terá os pesquisadores Sacha Mooney (University of Nottingham), Angelo Berchieri Junior (Universidade Estadual Paulista, Unesp), Darren Evans (Newcastle University) e Flavio Vieira Meirelles (USP), com mediação de Tim Willis (Biotechnology and Biological Sciences Research Council, BBSRC).

Sir Mark Walport (executivo-chefe da UK Research and Innovation), Fred Arruda (embaixador do Brasil no Reino Unido), Marco Antonio Zago (presidente da FAPESP), Carlos Henrique de Brito Cruz (diretor científico da FAPESP) e Andrew Allen (diretor de assuntos internacionais da Royal Society) participarão da abertura do evento.

Para obter mais informações sobre o evento, clique AQUI.

(Com informações da FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

7 de fevereiro de 2019

Valtencir Zucolotto é o novo coordenador do Polo do IEA/USP São Carlos

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Valtencir Zulotto, é o novo Coordenador do Polo do Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP) de São Carlos, tendo cessado, a partir do dia 17 do corrente mês, suas funções no cargo de Vice-Coordenador desse mesmo órgão, conforme portaria assinada pelo reitor nessa data. O reitor escolheu Zucolotto a partir de lista tríplice votada pelo Conselho Deliberativo do IEA, na qual constavam também os nomes de Cibele Saliba Rizek, professora titular do IAU, e Carlos Alberto Montanari, professor titular do Instituto de Química de São Carlos (IQSC).

Professor titular e coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC/USP (GNano), Zucolotto manifesta-se honrado e feliz com a indicação de seu nome pelo Conselho do IEA de São Paulo para coordenar o Polo de São Carlos, sublinhando que a missão do IEA, como o próprio nome indica – e como é praxe em qualquer instituto de estudos avançados no mundo –  é congregar cientistas, pesquisadores e pensadores em torno de objetivos concretos que levem ao levantamento de problemas relevantes nas áreas científica, social e cultural da sociedade, equacionando-os e propondo soluções, sendo que o IEA de São Carlos representa esses conceitos dentro de sua área geográfica.

Com o Campus USP de São Carlos inteiramente dedicado às engenharias, ciências exatas e arquitetura, o foco da gestão de Valtencir Zucolotto terá duas frentes prioritárias: “A primeira prioridade será a criação de grupos de trabalho que terão a missão de pensar na resolução dos diversos problemas que ainda subsistem no nosso Campus e na nossa cidade, propondo soluções exequíveis. A segunda prioridade será o estabelecimento de convênios e parcerias com empresas, igualmente com foco na resolução de eventuais problemas sociais, ambientais e econômicos, entre outros. Agindo dessa forma, estaremos ainda mais próximos da sociedade”, sublinha Zucolotto.

Programas sabáticos dedicados a pesquisadores e a intensificação de parcerias com as Unidades que constituem o Campus USP de São Carlos – igualmente para auxiliar na resolução de alguns problemas -, constituirão outras linhas de atuação do novo Coordenador do Polo do IEA de São Carlos, que pretende ainda realizar uma reforma física e a criação de acessibilidades na sede do órgão, integrando-a ao Centro Cultural da USP, bem como a modernização dos espaços interiores. “Com tudo isso, nossa intenção é trazer mais gente para dentro do IEA”, finaliza Zucolotto.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de fevereiro de 2019

A paixão de um ex-aluno do IFSC/USP pelas ciências exatas

Álvaro Macedo da Silva

Para o paulista Álvaro Macedo da Silva, de 66 anos, nada é imutável na vida do ser humano. Desde quando começou a trabalhar, busca atuar com aquilo que lhe dá prazer e que o motiva a desempenhar seu trabalho com dedicação. Para ele, o ato de sonhar nunca foi uma opção, mas sim um dever: “Quando não se sonha, a vida se torna vazia e, portanto, perde o sentido”, comenta.

Por volta dos dez anos, já demonstrava interesse por eletricidade: certa vez, inseriu dois fios com arames numa tomada, tendo assistido a um fenômeno que, segundo ele, se assemelhou a fogos de artifício. Foi nessa época, também, que seus pais o matricularam na escola, embora já soubesse ler e escrever graças ao apoio que recebera do irmão. Esse aprendizado, somado com seu interesse pelas ciências exatas, fez com que Álvaro se destacasse entre os melhores alunos das escolas que frequentou na capital paulista.

Parte de sua paixão pelas ciências exatas surgiu através do convívio que teve com o pai, um homem que recebera poucos estudos, mas cuja inteligência era motivo de admiração para o filho: para construir a própria casa, por exemplo, seu pai derrubou as árvores do terreno e se encarregou das instalações elétrica e hidráulica da residência. “A partir de certa idade, ajudei-o em várias atividades. Então, cresci com esse exemplo de fazer as coisas”, comenta nosso entrevistado que, sem recursos financeiros suficientes para se manter numa faculdade particular e decidido a cursar engenharia, realizou a prova da MAPOFEI, vestibular que daria origem à FUVEST. Sua primeira opção era estudar na Escola Politécnica da USP, sendo que sua segunda escolha envolvia a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), onde acabou por ingressar em 1973.

A vinda para São Carlos foi uma experiência forte. Era um jovem que gostava de ficar em casa e a mesada que recebia dos pais era bastante limitada: “Era um aperto. Meu pai não ganhava muito e o dinheiro era bem contado. Às vezes, eu fazia uma refeição por dia porque não gostava de pedir recursos adicionais a ele”. Contudo, o pouco dinheiro não se tornou um entrave para que desenvolvesse a graduação. No quarto ano do curso, iniciou um estágio em tecelagem na extinta Germano Fehr. Depois, desenvolveu outro estágio na Pirelli, onde foi contratado como engenheiro. “Fiquei um dia desempregado, exatamente quando busquei o certificado de conclusão de curso na USP. No dia seguinte, estava trabalhando novamente. A minha turma (EESC/USP) estava toda empregada. Hoje não se consegue emprego fácil”.

Embrapa Instrumentação – Um dos orgulhos da cidade de São Carlos

Após um ano e sete meses de trabalho na Pirelli, Álvaro Silva voltou a São Paulo onde trabalhou na General Motors, realizando cálculos teóricos, deduzindo fórmulas e programando sistemas computacionais. Mas não era esse tipo de tarefa que ele se via executando durante as próximas décadas de sua vida: Álvaro queria algo que o motivasse ainda mais e, quando visitou uma feira tecnológica que se realizou em São Carlos, notou que desejava se envolver intensamente com a área de tecnologia.

Concretizada a sua saída da General Motors, em 1987 regressou à cidade de São Carlos e começou a trabalhar na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Instrumentação), tendo realizado um mestrado na área de instrumentação no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). “A Embrapa era muito flexível e incentivava seus funcionários a fazerem pós-graduação”, explica ele, cujo conhecimento adquirido no IFSC/USP foi fundamental para que desenvolvesse o doutorado no Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada (CRHEA/EESC/USP), no período de 1992 a 1997.

Álvaro recordando os bons momentos no IFSC/USP

Álvaro não fez pós-doutorado porque no final dos anos 1990 já estava envolvido com a área de gestão empresarial na Embrapa. Começou a acreditar fortemente em sua habilidade de liderança depois que passou a receber convites para ocupar determinados cargos na empresa, onde ingressou como responsável pela manutenção de equipamentos, tendo sido chefe-adjunto administrativo e, na sequência, chefe-geral. “Quando estava na Pirelli e na General Motors dizia que jamais trabalharia com gestão empresarial. De repente, virei administrador”, relembra, com humor.

Há cerca de quatro anos, Álvaro Silva deixou de administrar a Unidade em São Carlos para se dedicar à gestão de outro negócio, outra paixão: seu consultório de psicologia. Iniciou o curso de psicologia em 2011, no Centro Universitário Central Paulista (UNICEP) e, em 2012, deu-lhe continuidade na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Foi nesta área que encontrou a melhor maneira de exercer duas das atividades que mais o encantam: aprender, e transmitir conhecimento, de modo a contribuir com a sociedade; o coletivo. “O país investe em nós; nossos pais investem em nós e nós temos que investir em nós mesmos. Esses investimentos têm que retornar à sociedade!”, conclui nosso entrevistado.

 

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de fevereiro de 2019

“Membrane fusion mechanism: how virus and fertilization can be related”

Realizou-se no dia 05 de fevereiro, nas instalações do IFSC/USP, situadas no Campus – 2 da USP São Carlos, um seminário que abordou o tema Membrane fusion mechanism: how virus and fertilization can be related, tendo como palestrante o Dr. Vitor Hugo Balasco Serrão, pesquisador do Departamento de Medicina e Patobiologia da Universidade de Toronto – Canadá.

Vitor Serrão é prata da casa do IFSC/USP: fez seu bacharelado, mestrado e doutorado no nosso Instituto, na área de Física Biomolecular, tendo realizado um estágio na Universidade de Leiden, na Holanda e pós-doutorado na Harvard Medical School, em Boston (EUA),  no Departamento de Neurobiologia.

Ele ingressou no Lee Lab, na Universidade de Toronto (Canadá), em abril de 2018, coordenado pelo docente e pesquisador Prof. Jeffrey E. Lee, especialista em virologia estrutural naquela Universidade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de fevereiro de 2019

No IEE/USP: Workshop “Carbon Capture, Storage and Use and Bioenergy”

Nos dias 25 e 26 do corrente mês ocorrerá o workshop intitulado Carbon Capture, Storage and Use and Bioenergy, que acontecerá no auditório do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), em São Paulo. O evento, que conta com a organização conjunta da Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI), do IEE/USP e do Consulado Geral da Holanda e com o patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), será aberto ao público, no idioma Inglês, não havendo taxa de inscrição.

O objetivo do workshop é, segundo a professora Suani Teixeira Coelho, do IEE/USP – e coordenadora do evento – compartilhar experiências de universidades brasileiras e holandesas quanto a captura, uso e armazenamento de carbono em forma de bioenergia, discutindo-se a necessidade dessas técnicas para reduzir a emissão do gás.

Aberto a todos os interessados, o workshop procura congregar docentes e pesquisadores do IEE/USP e RCGI, equipes de P&D de empresas, como Shell, Petrobras e Comgas, além de integrantes de órgãos governamentais, como a Secretaria de Energia e Mineração.

Quanto à programação do evento, no dia 25, às 8h30, inicia-se a recepção para registro dos participantes, seguida da abertura formal do workshop, às 9h, pelo professor Júlio Meneghini, diretor científico do RCGI, junto a autoridades e representantes do Consulado da Holanda.

Durante o período da manhã ocorre a primeira sessão, intitulada Políticas de redução de emissões de carbono no Brasil e na Holanda, com palestras do Prof. Martin Junginger, representando o Copernicus Institute of Susteinable Development, na Utrecht University; e de Plínio Nastari, da consultoria brasileira Datagro, que discutirão, respectivamente, sobre a necessidade de iniciativas de Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono (BECCS) na Holanda. A segunda sessão contará com palestras do Prof. André P. C. Faaij, da University of Groningen, e de Antonio Stucchi, da Raizen, integrados no tema Perspectivas para BECCS na indústria brasileira e holandesa.

No período vespertino ocorrerá a terceira sessão, com a participação do Prof. Pacelli L. J. Zitha, da Delft University, e do Professor Kazuo Nishimoto, da Poli/USP, e coordenador do programa de Abatimento de Carbono do RCGI, em relação a Experiências de CCS na Holanda e no Brasil. O final da tarde será reservado a discussões sobre temas abordados durante as três sessões do dia.

No dia 26/2, ocorrerão apenas duas sessões, ambas no período da manhã: Tecnologias avançadas de conversão de biomassa, sobre experiências brasileiras e holandesas; e a Percepção pública sobre CCS, que inclui uma apresentação sobre “CCS, energia, inovação e política climática na União Europeia”, feita pelo economista e consultor nas áreas de energia, inovação e mudanças climáticas, Hans Bolscher.

O encerramento do evento será aberto ao público, às 12h30. Os dias 27 e 28 de fevereiro, e 1° de março, serão destinados a discussão de possíveis parcerias e futuras colaborações entre instituições participantes.

Para obter mais informações e/ou se inscrever neste evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de fevereiro de 2019

No IFSC/USP: alunas da FACSET/MG mergulham no conhecimento

Antônio Aquino Junior e as alunas da FACSET

Quatro alunas dos cursos de fisioterapia e odontologia da Faculdade de Sete Lagoas (FACSET-MG) estiveram durante uma semana imersas nos vários projetos e protocolos clínicos e terapêuticos desenvolvidos pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP, devidamente acompanhadas pelo pesquisador do Instituto, Dr. Antonio de Aquino Júnior, graças a um protocolo de intercâmbio entre as duas instituições.

Para as alunas dos cursos de fisioterapia, Késsia Rodrigues Ferreira e Laís Santos de Oliveira, e odontologia, Paula Porto Ferreira e Milena Lenker Lamas, Antônio Aquino, não é apenas a face humana do projeto que tem proporcionado a melhora na qualidade de vida de centenas de pacientes oriundos de todas as partes do Brasil, não só em busca dos tratamentos para dores causadas por fibromialgia e artrose, como, também, para o tratamento de outras doenças, como mucosite, úlceras varicosas, onicomicose e câncer de pele, entre outras, e que desde 2015 são o centro das atenções da Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), setor instalado na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos. Antônio Aquino foi, para as jovens alunas, o orientador e amigo de um programa que propôs uma imersão clínica e acadêmica essencialmente voltada para o acompanhamento dos pacientes atendidos na UTF.

A forma como está elaborada a parceria entre as duas instituições é simples: periodicamente selecionam-se quatro dos melhores alunos da Faculdade de Sete Lagoas para participar do projeto do IFSC/USP, que é essencialmente meritocrático, colocando os estudantes em contato direto e acompanhando as realidades clínicas existentes na UTF. Em simultâneo, os alunos são instruídos a escreverem os correspondentes artigos científicos sobre os dados por eles levantados.

Tratamento de fibromialgia

A semana de imersão que as alunas participaram e que correspondeu ao período de 20 a 26 de janeiro do corrente ano, é a segunda edição de um projeto que tem agradado muito os alunos da FACSET, em especial, pela intensidade das experiências acadêmicas. “Nós nunca tivemos uma experiência tão acadêmica quanto a que observamos aqui. Além disso, construir um artigo do zero, em tão pouco tempo, foi inédito para todas nós e vai contribuir muito para nossa formação”, comentou Milena, aluna do sexto período de odontologia. A colega de curso também não ficou atrás em termos dos comentários positivos: Paula, que cursa o sétimo período, destaca a importância da base técnica proporcionada pelos orientadores do IFSC/USP na construção adequada do texto. “Tivemos a ajuda do Antônio na descrição do artigo, que foi importantíssima. Agora, estamos finalizando a conclusão do mesmo”.

A prática e observação clínica não foram menos importantes para Késsia e Laís, alunas de fisioterapia que observaram de perto o tratamento dos pacientes com artrose e fibromialgia. “Essa questão de poder conversar com os pacientes, saber mais sobre como sentem e vivem a doença, ver que a ação combinada do laser e do ultrassom nessas patologias faz resultados incríveis, foi muito interessante. Mas, para mim, o melhor foi ouvir os pacientes contando sobre a própria doença e como observam os resultados do tratamento”, declara Laís, que está no sexto período de fisioterapia. “Ler o artigo e ver que a técnica funciona “mesmo” é muito legal, mas chegar na clínica e ouvir o paciente contando como a vida dele mudou, chega a ser gratificante, emocionante”, complementa a estudante do sétimo período, Késsia.

A elaboração, pelas estudantes de odontologia e fisioterapia, dos artigos sobre mucosite e artrose, baseou-se no levantamento de dados de pacientes que já foram tratados pela técnica do laser conjugado com ultrassom e como houve o alívio progressivo das dores. “Temos resultados que comprovam a eficácia do tratamento para mucosite no alívio das dores e melhora na qualidade de vida, especialmente, de pacientes oncológicos”, declara Milena, acompanhada por Paula. “[O tratamento] é um grande avanço para a odontologia. Os pacientes de mucosite sofrem de grandes dores que às vezes os impedem de comer e inclusive falar”.

Tratamento de mucosite

As estudantes de fisioterapia, por sua vez, analisaram três grupos de pacientes com artrose e comprovaram que o ultra-laser é a melhor técnica a ser utilizada. “Observamos dados de três grupos que receberam tratamentos diferentes: o primeiro, somente com laser, o segundo somente com ultrassom e o terceiro com o ultra-laser. Os pacientes do terceiro grupo obtiveram o melhor resultado, o que prova que a técnica funciona na melhora da qualidade de vida”, conclui Késsia, que ao lado de Laís acompanhou a regressão das dores de um novo grupo, em fase de tratamento. “Além de analisar os dados do grupo em tratamento, nós tivemos a oportunidade de assessorar também na aplicação”, comemora a última.

Quanto à comercialização do aparelho, as alunas não têm dúvidas: “Temos a esperança de poder receber um aparelho em breve, como fruto da parceria IFSC/USP e FACSET. Seria de grande utilidade para nós, alunos, especialmente quanto ao desenvolvimento de novas pesquisas e projetos através da iniciação científica e, talvez, a aplicação das técnicas em pacientes de Sete Lagoas que sofrem com as patologias estudadas”, comentam.

Paula Ferreira, Milena Lamas, Laís de Oliveira e Késsia Ferreira

Embora tenha sido curto o período relativo ao intercâmbio, as jovens universitárias destacam o impacto da semana em suas vidas profissionais e pessoais. “Algumas experiências nós carregamos para o resto da vida. Desenvolver um artigo ao final do projeto tira essa ideia de ser um ‘bicho de sete cabeças’: agora sabemos que somos capazes de realizar outros artigos quando necessário. Além disso, ser autora de um artigo com a chancela da USP tem um grande peso na nossa carreira, por ser uma instituição de ensino respeitadíssima”, afirmam Késsia e Paula. Já para Laís e Milena, os resultados vão além: Laís, que nunca teve contato com a prática clínica, aproveitou os momentos de interação com os pacientes para voltar para Sete Lagoas mais experiente, enquanto Milena reforçou que a semana estimulou sua busca constante por conhecimento. Todas elas, na verdade, foram tocadas pela área acadêmica, mas se veem divididas também pela área clínica. “Eu quero tentar conciliar as duas áreas, se possível”, arriscou Milena, seguida, com humor, por Késsia. “É cedo ainda! Vamos esperar para ver”.

(Texto: Carolina Falvo / Estagiária de Jornalismo – Edição e supervisão: Rui Sintra)

(Fotos: IFSC/USP e Wilson Aiello – EPTV)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de fevereiro de 2019

Produção científica no IFSC/USP em janeiro de 2019

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de Janeiro de 2019, clique AQUI, ou acesse o quadro em destaque (em movimento) no final da página principal do IFSC/USP.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Journal of the American Chemical Society, v. 140, n. 49, p. 17141-17152, Dec. 2018 (CLIQUE AQUI).

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

31 de janeiro de 2019

Inscrições para Cursinho Popular da Licenciatura em Ciências Exatas

Estão abertas as inscrições para o Cursinho Popular da Licenciatura em Ciências Exatas – 2019, constituindo uma excelente oportunidade para estudar para o vestibular, de forma gratuita, com os alunos da USP.

Para se inscrever, o interessado deverá enviar, até dia 08 de fevereiro, um email para cursinho@ifsc.usp.br informando seu nome completo, idade, ano de conclusão do Ensino Médio e em qual colégio concluiu o mesmo (particular ou público).

A prova ocorrerá dia 10 de fevereiro, às 13h00, no edifício dos Laboratórios de Ensino (LEF) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

As aulas iniciam-se dia 25 de fevereiro no Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP), em São Carlos, com os seguintes horários:

Segundas-feiras: 14h00/17h50;

De terça a sexta-feira: 13h30/17h50;

Para mais informações, clique AQUI.

Apoios do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de janeiro de 2019

“Show de Talentos” na Semana de Recepção dos Calouros do IFSC/USP

Recepção aos Calouros – 2018

Embora ainda em período de férias para os alunos do Campus USP de São Carlos, esse fato não impediu que os membros do Centro de Estudos de Física de São Carlos (CEFiSC) iniciassem e concluíssem os preparativos para a XXI Semana de Recepção aos Calouros do IFSC/USP. Esse período, que é voltado à apresentação do Campus e do Instituto aos ingressantes, conta com atividades acadêmicas e culturais que objetivam, principalmente, a  integração dos estudantes no meio universitário, abraçando, além das reuniões que ocorrerão com a diretoria, coordenação dos cursos e restante comunidade, um Show de Talentos organizado pelo CEFiSC.

Introduzido pela primeira vez na Semana de Recepção dos Calouros em sua 16ª edição, de 2014, o Show de Talentos prevê a participação tanto de veteranos quanto calouros, que apresentam seus talentos em noite dedicada ao entretenimento. A edição de 2019 conta com a organização cuidadosa e entusiasmada da diretora de eventos do CEFiSC, a graduanda do quinto semestre do Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, Larissa Reis Gomes da Silva, que destaca a importância da participação de ambos – veteranos e calouros – nas apresentações. “Geralmente os veteranos são em maior número porque já sabem como funciona o evento, como eu, por exemplo, que me apresento no show de talentos desde o meu primeiro ano”. Larissa acrescenta ainda o aumento da adesão dos ingressantes ao longo dos anos. “No meu ano, apenas dois calouros se apresentaram e ano passado nós tivemos bem mais participantes que acabaram por participar. Quanto mais a gente faz os calouros entenderem que é importante participar da semana de recepção, porque é o primeiro contato que eles estão tendo, mais eles se sentem à vontade para se envolver”.

Larissa Reis

Ao longo dos anos de realização do evento, o Show de Talentos se mostra necessário não apenas para acolher e divertir, como, na visão particular de Larissa, dar oportunidade ao lado artístico dos futuros cientistas. “Os alunos do IFSC têm um lado artístico muito forte. Gosto até de falar, por opinião própria, que a ciência é uma forma de arte. Além disso, nós, que somos do meio científico, precisamos saber divulgar, falar, expressar em público. É uma coisa importante”, acrescenta, em relação a contribuição das apresentações para o desenvolvimento da carreira dos jovens participantes.

Quanto a adesão dos estudantes, a diretora de eventos brinca com o entusiasmo dos veteranos, que muitas vezes se apresentam mais que uma vez. “Tem muita gente talentosa no IFSC. O pessoal gosta muito de cantar, então se inscrevem para várias performances. A gente até brinca, pois é uma forma de alterar as regras, porque uma pessoa se inscreve com outra para poder cantar um pouco mais”, comenta Larissa, com humor, acrescentando que é necessário diminuir o tempo das performances de um ano para outro. “Antigamente, o tempo máximo de apresentação era 15 minutos, mas ano passado foram tantas as inscrições que nós precisamos diminuir o tempo de cada participante ao longo do show. Para 2019, o tempo máximo de apresentação será de 6 minutos, justamente para comportar todos os inscritos”.

Frente a administração do IFSC-USP, Larissa destaca o apoio do Instituto como determinante para a realização do evento. “Sempre fazemos uma reunião com a diretoria bem antes para ver se está tudo certo quanto ao calendário, procurando conciliar tanto as atividades que nós, alunos, queremos introduzir, quanto os eventos institucionais. Temos muito apoio do IFSC-USP”.

Show de Talentos – 2017

A quinta edição do Show de Talentos seguirá no mesmo estilo dos anos anteriores, com a presença de dois apresentadores interagindo com o público e apresentando os participantes, mas, segundo a graduanda, também não faltam novidades. “Faremos uma exposição de arte, que já acontece na Semana da Física. Queremos incentivar as pessoas que gostam de desenhar, expor o trabalho de quem desenha, ou escreve, por exemplo poesias e/ou prosas – e muitas vezes não querem se identificar – no mural. Fotografias, também. Tem quem goste de fazer fotos e inclusive existe um grupo de fotografia no Campus.  Traremos esses trabalhos para os alunos curtirem e talvez também estimular que façam outros tipos de apresentações”. A ideia é deixar a exposição aberta à visitação do público durante os intervalos entre apresentações do Show de Talentos.

Larissa finaliza reforçando a importância da presença dos alunos no evento para torná-lo uma experiência cada vez melhor. “É um momento para conhecermos mais nossos colegas, conhecer mais o Instituto – que não é só graduação. Nós todos estamos juntos nessa caminhada. Às vezes, você tem o talento de ser muito bom em uma arte marcial, por exemplo, ou saber fazer embaixadinha, contorcionismo… qualquer coisa diferente. É muito bom se apresentar, porque todo mundo mostra seu lado artístico e isso é muito importante”, finaliza Larissa.

O Show de Talentos será realizado dia 19 de fevereiro (terça-feira), às 19h, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas.

As inscrições já estão abertas e são realizadas através de formulário presente na página do CEFiSC (Facebook) (AQUI).

Veja abaixo quais são os principais eventos programados para a:

Semana de Recepção aos Calouros do IFSC/USP – 2019:

Segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

08h – Abertura conjunta da XXI Semana de Recepção aos Calouros 2019 para todos os ingressantes dos cursos do Campus USP São Carlos, com as presenças do Vice-Reitor da USP, Prof. Antônio Carlos Hernandes e dos Diretores da Escola de Engenharia de São Carlos, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, Instituto de Física de São Carlos, Instituto de Química de São Carlos, Instituto de Arquitetura e Urbanismo e Prefeito do Campus USP São Carlos. (Local: Salão de Eventos do Campus USP São Carlos);

13h30 – Apresentação do Centro de Estudos da Física de São Carlos (CEFISC) e da Secretaria Acadêmica da Licenciatura em Ciências Exatas (SACEX). (Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do IFSC/USP);

14h30 – Apoio Localização de Moradia e informações sobre a cidade aos Ingressantes e Pais. (Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do IFSC/USP);

19h – Entrega dos Prêmios: Bernhard Gross, Prof. Horacio Panepucci e Paulo Freire. (Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do IFSC/USP);

Terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

8h45 – Abertura da XXI Semana de Recepção aos Calouros no IFSC/USP, com uma conversa com o Diretor do IFSC, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato. (Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do IFSC/USP);

9h30 – Encontro com o Presidente da Comissão de Graduação e Coordenador da Comissão de Acompanhamento do Desenvolvimento Acadêmico dos Alunos de Graduação. (Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do IFSC/USP);

10h30 – Bate papo com a Psicóloga Bárbara Kolstok Monteiro sobre Saúde e Bem-estar. (Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do IFSC/USP);

19h – Show de Talentos (Organização e realização pelo CEFISC) (Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas);

Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

8h30 – Encontro com os Coordenadores de Curso: Física (Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do IFSC/USP); Física Computacional (Local: Sala Defesas do IFSC/USP); Ciências Físicas e Biomoleculares (Local: Sala Celeste do IFSC/USP); Licenciatura em Ciências Exatas (Local: Sala 210 do IFSC/USP);

11h – Visita à Biblioteca da Unidade. (Local: Biblioteca do IFSC/USP);

Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

17h – Cachorrada – Confraternização organizada pelas Secretarias Acadêmicas do IFSC/USP (CEFISC e SACEX). (Local: A definir)

Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

8h30 – Show da Física (Organização e realização pelo CEFISC e SACEX). (Local: Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas do IFSC/USP);

(Texto: Carol Falvo – Estagiária de Jornalismo / Edição: Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de janeiro de 2019

Uma avaliação sobre causas e efeitos da artrose e fibromialgia

Desenvolvido pelo Grupo de Óptica do CEPOF-IFSC/USP, o aparelho e método inovadores já utilizados em tratamentos reduzem a quase zero as dores da artrose e fibromialgia, promovendo melhora na qualidade de vida dos pacientes e retorno a atividades que há muito não praticavam. As causas e efeitos das condições ainda podem ser mistérios para a equipe, mas para a biomédica Heloísa Ciol, integrante do projeto, não falta hipóteses para a resolução das questões.

A fibromialgia – síndrome que causa dores musculares intensas e descentralizadas – é uma doença de causa multifatorial a qual o diagnóstico é obtido por exclusão de outras patologias. “A partir do momento que o clínico, ou reumatologista, vê que não há nada que o leve a fechar o diagnóstico de outra patologia – como doenças autoimunes – leva-se para o campo da fibromialgia”, relata Heloísa, pesarosa. A inexistência de tratamento eficaz após o diagnóstico da doença leva o paciente ao consumo de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, sendo que o uso constante dos produtos químicos presentes nos mesmos agride o organismo e pode comprometer o metabolismo, o que preocupa a biomédica. Ainda, o uso de medicamentos psicotrópicos (antidepressivos, ansiolíticos), adicionado ao fator psicológico da síndrome, mais não é do que uma tentativa de controlar o desequilíbrio químico no sistema nervoso central, que geralmente piora sem acompanhamento psicológico. “O cérebro se torna dependente quimicamente (do medicamento), porque você está administrando ele para tentar melhorar o quadro de dor e depressão, levando o cérebro a se adaptar e se acomodar com a situação. Então, sempre se deve trabalhar para tentar levar ao equilíbrio natural”, alerta a biomédica.

Heloísa Ciol

Quanto ao funcionamento e efeitos do equipamento no tratamento, Heloísa explica o que desencadeou a metodologia de se aplicar a combinação de ultrassom e laser nas palmas das mãos dos pacientes com fibromialgia. “Os primeiros estudos em nosso grupo começaram com a fisioterapeuta Juliana Amaral, que resgatou na literatura um trabalho que mostrava existir mais nervos sensoriais próximos a vasos sanguíneos, comprometendo a circulação nas extremidades, contribuindo para os quadros de dor e fadiga”, relata nossa entrevistada. “Trabalhamos com a hipótese de que a ação do ultrassom conjugado com laser, tanto a emissão de luz – que tem ação analgésica e anti-inflamatória -, quanto o laser -, que também tem ação anti-inflamatória devido ao efeito cavitacional nas células -, conseguem chegar no cérebro de alguma forma e modular a interpretação da informação que ele tem da dor”, relaciona a biomédica, enxergando a mão e o cérebro interligados por uma espécie de fio condutor que, inclusive, ameniza quadros de depressão.

Antônio Aquino Júnior

Já em relação à artrose, Heloísa destaca, surpresa, quanto à faixa etária atendida. O estereótipo do desgaste cartilaginoso, sempre relacionado com velhice, cai por terra através do atendimento que a equipe fez a pacientes que, com 40/50 anos, já apresentam desgaste, processos inflamatórios e perda de mobilidade. O Dr. Antônio Aquino Júnior, coordenador do projeto, observa as duas grandes causas para esse fator: o aumento dos índices de sobrepeso e procedimentos cirúrgicos na área do joelho, em pessoas relativamente jovens. “Nós sempre tivemos a ideia que a artrose é uma doença de idosos, por conta do desgaste dos joelhos ao carregar o peso do corpo durante toda a vida, já que o joelho é forçado a suportar uma carga que ele não aguenta, danificando a articulação mais cedo. Já os procedimentos cirúrgicos no joelho, mesmo que mínimos, causam a degeneração da cartilagem, levando ao desenvolvimento da artrose”, observa com preocupação.

O tratamento realizado pela equipe tem demonstrado ótimos resultados na melhora dos pacientes, que normalmente sofrem de grande insegurança. “A doença e as dores dão muita insegurança ao paciente, nomeadamente, medo de cair, porque o caminhar fica comprometido, como arrastar os pés, por exemplo. Com a aplicação da luz e do ultrassom, também foi observada a melhora do paciente, porque além dos efeitos anti-inflamatórios e analgésicos da luz, há também o aumento de circulação no local, junto com o ultrassom, que tem estudos sugerindo que possa estimular a proliferação de algumas células da cartilagem, algo que ainda está em estudo para determinar como se dá essa regeneração”, relata Heloísa.

A biomédica sugere que a ação conjunta dos métodos talvez favoreça tanto a analgesia, como também a mobilidade, por melhorar a circulação e diminuir o processo inflamatório, e comenta, ainda, estudos muito recentes que propõe a breve reposição da cartilagem. “Mas falar de repor cartilagem, no momento, é um pouco pesado”, concordam Heloísa e Antônio. “Nós não temos ainda estudos de imagem que possam contabilizar uma melhora da cartilagem, no entanto, como temos visto em um resultado amplificado da ação conjugada, podemos afirmar somente que o uso da luz associado ao ultrassom fornece um resultado ainda melhor que quando utilizados de forma isolada”, completa Antonio Aquino Júnior.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de janeiro de 2019

Ultracold dipolar gases: fermions, bosons and bubble states

O Prof. Aristeu Lima, docente e pesquisador da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira  (Unilab), foi o palestrante convidado em mais um seminário promovido pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP, no dia 30 de janeiro, abordando o tema Ultracold dipolar gases: fermions, bosons and bubble states.

O palestrante enfatizou o fato dos sistemas quânticos Ultracold, com interação dipolo-dipolo anisotrópica e de longo alcance, terem recebido uma atenção experimental e teórica crescente desde a realização de um Condensado dipolar Bose-Einstein de átomos de cromo, em 2005, na Universidade de Stuttgart, na Alemanha. Desde então, muitas outras importantes experiências se seguiram, desencadeando pesquisas teóricas adicionais.

Entre os principais resultados experimentais recentes, Aristeu Lima destacou a formação de gotículas quânticas no disprósio bosônico e a deformação da esfera de Fermi no érbio tendo surgido, recentemente, possibilidades experimentais nas quais a curvatura gravitacional pode ser superada e armadilhas puramente esféricas poderão estar disponíveis dentro de pouco tempo.

Nesta palestra, Aristeu Lima promoveu, ainda, uma discussão sobre os recentes avanços experimentais e teóricos em gases dipolares de Bose, gases dipolares de Fermi – para o caso de dipolos arbitrariamente orientados – e a perspectiva de gases dipolares em uma armadilha de bolhas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

30 de janeiro de 2019

Ministério da Saúde e NIH (EUA) apoiam pesquisas biomédicas

O Ministério da Saúde do Brasil e o National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, lançaram uma chamada conjunta para pesquisadores brasileiros que colaboram com cientistas norte-americanos. Os candidatos selecionados receberão apoio financeiro para estudos em várias linhas de pesquisa biomédica.

Serão selecionados de oito a dez projetos, sendo que cada um receberá US$ 175 mil anuais, devendo concluir as pesquisas em até quatro anos. As áreas de pesquisa apoiadas pelo programa incluem alergia, imunologia e doenças infecciosas (incluindo Aids e suas comorbidades), distúrbios neurológicos e acidente vascular cerebral e ciências da saúde ambiental.

O NIH não estabelece critérios de titulação acadêmica para a submissão de propostas, mas avaliará o conhecimento das equipes de pesquisa, potencial impacto dos projetos, abordagem, potencial de inovação e instituições envolvidas.

Para fazer sua inscrição – até dia 08 de março do corrente ano – clique AQUI.

Deverá ser submetida uma proposta única para cada parceria. Os pesquisadores podem encaminhar uma carta de intenção até o dia 8 de fevereiro.

Para mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

30 de janeiro de 2019

Da Engenharia para a Física – Um Físico cria sua própria empresa

Silvio AntonioTonissi Junior, 53 anos, sempre gostou das ciências exatas, área em que sempre teve mais facilidade, tendo conseguido boas notas durante os anos em que estudou na E. E. Coronel Paulino Carlos. Após terminar o Ensino Médio no Colégio Diocesano, Silvio pretendia cursar engenharia química, porém, na época, esse curso só existia na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) onde o vestibular ocorria apenas no meio do ano. Assim, sem muitas expectativas, resolveu prestar prova para fazer engenharia elétrica na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), tendo acabado se identificando com a área.

No ano de 1984, por influência de um amigo – um antigo técnico de nível superior do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) -, Silvio começou sua iniciação científica no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, sob a orientação do Prof. Dr. Jarbas Caiado de Castro Neto. O interesse pelo trabalho desenvolvido no IFSC/USP deu origem ao seu mestrado em Física. Depois que seu amigo largou a vaga de técnico, tendo ingressado como docente, Silvio conseguiu ocupar o lugar vago e começou a trabalhar com lasers, um dos campos em que atua até hoje, prestando serviços, além de trabalhar em sua própria empresa.

Logo após concluir seu mestrado, Tonissi iniciou o doutorado, porém, nessa época, resolveu abrir em São Carlos, em parceria com alguns pesquisadores e ex-funcionários do Instituto, a empresa Eyetec, dedicada a suprir a demanda por equipamentos utilizados por médicos oftalmologistas que, até então, não eram fabricados no Brasil. Quando abriu a empresa ele não sabia se ela renderia bons resultados: “A dificuldade era fazer com que a empresa funcionasse. Na época, em cada dez empresas nascidas, apenas duas sobreviviam. Mas a Eyetec foi crescendo aos poucos e hoje ela congrega aproximadamente 50 funcionários”.

Para Silvio, criar uma empresa é um passo arriscado. “Com certeza, aqueles que pretenderem abrir uma empresa terão que trabalhar bastante, lembrando que nada estará garantido. Você tem que estar sempre trabalhando para não perder para a concorrência”, explica. Os estudantes que almejarem seguir por este caminho, poderão auferir rendimentos superiores a R$ 15.000,00 por mês, de acordo com nosso entrevistado.

Em suma, Tonissi diz que é preciso fazer aquilo que realmente se gosta. Ele, por exemplo, era apaixonado pelas ciências exatas, mas não sabia exatamente em qual área atuar e, aos poucos, através de suas próprias experiências e tentativas, encontrou exatamente o rumo que gostaria de seguir durante seu caminho profissional. “Os alunos devem fazer aquilo que gostam. Eles têm que estar sempre melhorando e, assim que aparecer alguma oportunidade, não podem ter medo de encarar. Eles devem se arriscar e, se não der certo, paciência: é tentar novamente”, finaliza.

Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

29 de janeiro de 2019

Bolsas – Processo Seletivo para Mestrado e Doutorado em Física (UFSCar)

Estão abertas entre os dias 18 de janeiro e 8 de fevereiro do corrente ano as inscrições para o processo seletivo que concede bolsas de Mestrado e Doutorado para o Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O período de inscrição será realizado em duas etapas de submissão de documentos: uma física – através do envio de envelope contendo os documentos pelo correio, ou entrega em mãos na Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Física, das 14h30 às 17h do período estabelecido – e uma digital – para o endereço ppgf@df.ufscar.br com cópia para coord.ppgf@df.ufscar.br e cujo conteúdo da mensagem deverá ser “PROCESSO SELETIVO 1/2019 – Nome do candidato”.

Os documentos obrigatórios para a realização da inscrição incluem:
– Ficha de Inscrição devidamente preenchida – que pode ser retirada na Secretaria do Programa ou baixada na página do Programa (CLIQUE AQUI) (formulários);
– Exame Unificado de Pós-Graduações em Física (EUF) – resultado contendo nota e ano de realização do exame (valido por três anos);
– Curriculum Vitae – preferencialmente em formato Lattes;
– Histórico Escolar completo, contendo, inclusive, eventuais reprovações (Histórico da Graduação para inscrições no Mestrado; Históricos da Graduação e da Pós-Graduação para inscrições no Doutorado).

O Processo Seletivo será realizado no dia 22/02/2019 e os resultados finais serão disponibilizados no endereço eletrônico (AQUI) dia 01/03/2019.

Quanto às bolsas CAPES e CNPq, caso não sejam alteradas as políticas de concessão, serão disponibilizadas 08 bolsas de Mestrado CAPES e 03 bolsas de Mestrado CNPq, e 08 bolsas de Doutorado CAPES e 01 bolsa de Doutorado CNPq, implementadas a partir de Março de 2019 – e algumas entre Abril e Maio de 2019. A atribuição de bolsas ocorrerá de acordo com a classificação dos candidatos selecionados. Além disso, serão reservadas um total de 05 vagas (sem bolsa) para interessados com vínculo empregatícios junto ao SENAI.

Aos interessados em matricularem-se como alunos especiais do PPG-F – com diploma de nível superior ou alunos da graduação que tenham cumprido no mínimo 80% dos créditos do curso – devem entregar a inscrição em ENVELOPE FECHADO diretamente na Secretaria do Programa, no período regular de inscrições (de 18 de janeiro a 8 de fevereiro de 2019).

Os documentos necessários correspondem, a Ficha de Inscrição para alunos especiais (no edital), Curriculum Vitae (preferencialmente em formato Lattes), Histórico Escolar completo, contendo, inclusive, eventuais reprovações (Histórico da Graduação para inscrições no Mestrado; Históricos da Graduação e da Pós-Graduação para inscrições no Doutorado) e ementas das disciplinas cursadas. A publicação dos resultados finais ocorrerá no endereço eletrônico do Programa (ver acima) – dia 01/03/2019.

As aulas serão iniciadas em Março de 2019.

Para mais informações sobre o Processo Seletivo e seu edital, clique AQUI, ou através do site do Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de janeiro de 2019

No IFUSP – I Workshop Tutorial Geant4 em São Paulo (Geant4SP)

O Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP) realiza entre os dias 04 e 08 de fevereiro o I Workshop Tutorial Geant4 em São Paulo (Geant4SP), um evento organizado pelo Centro de Ciências Naturais e Humanidades da Universidade Federal do ABC, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).

O workshop destina-se principalmente a estudantes de pós-graduação nas áreas de Física Nuclear e Partículas e qualquer campo que lida com a detecção de radiação e partículas, como Física Médica ou estudos de materiais.

O Geant4 é um programa que simula a passagem de radiação e partículas através da matéria, sendo amplamente utilizado na física de altas energias, física nuclear e em aceleradores de partículas, bem como em estudos de ciências médicas e espaciais.

O programa consistirá de palestras plenárias CE atividades práticas coordenadas por pesquisadores convidados, dando ao workshop a dinâmica de um Tutorial. Os participantes são convidados a trazer seu próprio laptop, permitindo que eles terminem o Workshop com uma versão funcional do código.

Os tópicos abordados pelo tutorial são:
– Técnicas de Monte Carlo e simulação de Detector;
– Modelagem de aplicativos;
– Interfaces e visualizações gráficas de eventos e rastreamento – Modelagem Física de processos Hadrônicos e Eletromagnéticos – Geração de Eventos;
– Modelagem de detectores: geometria, materiais e campos externos;
– Simulações “multithreading”;
– Ferramentas de análise;

As inscrições estão encerradas e a participação é aberta a todos apenas para as apresentações no Auditório Abrahão de Moraes. A sessão de hands-on com o computador é apenas para os inscritos, devido à limitação de espaço.

Para obter mais informações sobre este evento, clique AQUI.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de janeiro de 2019

A importância da nanotecnologia para a saúde

Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Uma das áreas de destaque no IFSC/USP, a nanotecnologia busca o entendimento e controle da matéria em nanoescala, ou seja, na escala atômica e molecular. Serve, por isso, para o desenvolvimento de materiais e componentes em diversas áreas, como medicina, eletrônica, agricultura, catálise, energias renováveis, entre muitas outras. Um dos princípios básicos da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir de átomos e moléculas, sendo que o objetivo é elaborar estruturas estáveis e melhores do que se estivessem em sua forma macroscópica. Isso porque materiais se comportam de maneira diferente em nanoescala.

A nanotecnologia trabalha com objetos entre 1 e 100 nanômetros. Em 1 metro há 1 bilhão de nanômetros. Para se ter uma ideia, a espessura de uma folha de jornal é de cerca de 100.000 nanômetros, enquanto o DNA humano tem apenas 2,5 nanômetros de diâmetro.

Por meio da nanotecnologia, cientistas têm conseguido desenvolver mais e melhores materiais e componentes. Por sua capacidade de criar materiais mais fortes, finos e duráveis, a nanotecnologia é usada em diversos setores da indústria e da tecnologia, e em estudos da física, química, biologia e medicina. Para a saúde, por exemplo, medicamentos baseados em nanotecnologia já são usados para tratar pacientes com doenças graves, normalmente com nanopartículas que são modificadas para a liberação controlada do remédio, e no alvo correto.

O Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior é um dos cientistas do IFSC/USP que trabalha diretamente com nanotecnologia no Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross”, sendo que uma de suas linhas de pesquisa é dedicada ao desenvolvimento de sensores e biossensores. Em trabalho recente, em colaboração com o Hospital de Câncer de Barretos, seu grupo desenvolveu um biossensor para detectar câncer de pâncreas, em que a metodologia e materiais empregados são frutos da nanotecnologia. Praticamente todos os diagnósticos sofisticados, atualmente, se valem de nanotecnologia: desde exames de sangue, urina, ou métodos com imagens.

Exemplo de uma forma de direcionar bactérias, carregando cargas de drogas quimioterápicas diretamente para um tumor ( Montreal Polytechnique e da McGill University) – (Laboratório de Nanorobótica / Polytechnique Montreal – Canadá)

Para Osvaldo Novais, a nanotecnologia é hoje essencial para a medicina, havendo, inclusive, uma área denominada nanomedicina – também ela em destaque no IFSC/USP, através do GNano – Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia, coordenado pelo cientista Prof. Valtencir Zucolotto, e do Grupo de Óptica, coordenado pelo Prof. Vanderlei Bagnato. “Além de diagnóstico, a nanotecnologia auxilia em muitas terapias, sendo que quase todo remédio de última geração é baseado em nanotecnologia. Ocorre que um dos grandes avanços da medicina tem sido permitir que o princípio ativo de um remédio seja liberado no local e na quantidade necessária. Isso reduz os efeitos colaterais, além de aumentar a eficiência do tratamento. Todos devem ter observado como as sessões de quimioterapia são menos agressivas do que no passado e em quase todos os tipos de tratamento. Isso se deve, em grande parte, à liberação controlada dos remédios. Além disso, algumas doenças incuráveis até há pouco tempo, hoje podem ser curadas. Um exemplo incrível é o câncer de fígado. Alguns tipos já são curáveis a partir de nanotecnologia”, relata o cientista, que reforça como a nanotecnologia tem a ver com a liberação controlada dos remédios. “Acontece que o princípio ativo é encapsulado em nanoestruturas, como se fossem pequenas naves (nanonaves) que circulam pelo corpo humano e só liberam o remédio quando o tumor cancerígeno é encontrado. Sem esse controle preciso seria impossível atingir os resultados que hoje são obtidos”, ressalta Osvaldo Novais.

As novas técnicas de diagnóstico e terapia só podem ser desenvolvidas com o trabalho de profissionais de diversas áreas do conhecimento, constituindo equipes multidisciplinares. Saliente-se, também, que a ciência básica é crucial para o estudo e aplicação de novos nanomateriais e novas tecnologias. Ou seja, para ter uma medicina de alto nível, como a que temos no Brasil, é preciso formar não só médicos excelentes, mas também investir em pesquisa para que se possa desenvolver novos métodos e utilizar outros que inevitavelmente têm que ser importados.

Tudo isso se faz no IFSC/USP, um Instituto de excelência em nível internacional.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de janeiro de 2019

Arquimedes e o anel que o professor ganhou de presente

Em mais uma edição do programa Oficiência, transmitido através do Youtube e da TV USP/CEPOF-IFSC, o pesquisador Prof. Luiz Antonio de Oliveira Nunes fala sobre Arquimedes e o anel que ele ganhou de presente dos profissionais que trabalham na Oficina Mecânica do IFSC/USP.

Mas, o que tem a ver Arquimedes com o anel? Você vai descobrir quando assistir o vídeo.

Entretanto, a preocupação do pesquisador foi grande quando esse pessoal falou que o anel era de ouro… E do “bom”!

Clique na imagem para assistir ao vídeo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de janeiro de 2019

Obra de grande porte: arranca construção do CTAO no Chile

Foi assinado em 19 de dezembro último o compromisso final para a construção do Cherenkov Telescope Array Observatory (CTAO), que ficará instalado muito próximo ao European Southern Observatory (ESO), igualmente localizado no sul naquele país.

Um total de três acordos foram assinados para o início da construção: o primeiro entre o governo chileno e o ESO, o segundo entre o ESO e o CTAO, e o terceiro entre a Comissão Nacional de Ciência e Tecnologia do Chile (CONICYT) e CTAO.

O CTAO será o instrumento de próxima geração, baseado em terra, para detecção de raios gama, que são radiações eletromagnéticas de alta energia emitidas por diversas forças do Universo, como buracos negros supermassivos, supernovas e, possivelmente, reminiscências do Big Bang.

Para ter acesso a todo o céu, o Observatório do CTA terá dois locais, com 19 telescópios no hemisfério norte e 99 no hemisfério sul, sendo que estes últimos ficarão instalados a apenas 11 quilômetros a sudeste da localização do Very Large Telescope (VLT), no Observatório Paranal – Chile do ESO, no Deserto do Atacama, e a apenas 16 quilômetros do local de construção do Extremely Large Telescope (ELT) (CONFIRA AQUI). Esta é uma das regiões mais secas e mais isoladas da Terra – mas, em contraponto, um paraíso astronômico. As infraestruturas e instalações existentes, e a longa experiência do ESO liderando projetos astronômicos internacionais no Chile, apoiarão a construção e operação do novo conjunto de telescópios.

Os atuais telescópios de raios gama consistem apenas em um lote de telescópios individuais, enquanto o CTAO – com sua maior área de coleta e maior cobertura de céu – será o maior e mais sensível conjunto de telescópios de raios gama do mundo, com uma precisão sem precedentes e dez vezes mais sensíveis do que os instrumentos existentes.

Embora a atmosfera da Terra evite que os raios gama cheguem à superfície, os espelhos e as câmeras de alta velocidade do CTAO irão capturar os flashes de curta duração da misteriosa radiação azul produzida quando os raios gama interagem com a atmosfera. Ao detectar essa luz, através do CTAO os cientistas serão capazes de rastrear o raio gama de volta à sua fonte cósmica.

O CTAO terá, entre o conjunto de telescópios, um com características especiais, denominado Middle Size Telescope, de matriz brasileira, cujo “braço” de aço, que sustenta a câmera do equipamento foi desenvolvido pela empresa Orbital Engenharia (São José dos Campos) e fabricado pela Construaço (São Carlos), sob coordenação do docente e pesquisador do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada de nosso Instituto, Prof. Dr. Luiz Vitor de Souza Filho, num projeto que contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do próprio IFSC/USP.

O telescópio, que pesa cerca de setenta toneladas é formado por uma torre de sustentação, uma superfície refletora (espelhos) e pelo braço, que pesa quase cinco toneladas e que tem dezesseis metros de comprimento.

Mais de mil e quatrocentos cientistas e engenheiros de trinta e um países, de cinco continentes, estão envolvidos no desenvolvimento científico e técnico do CTAO, sendo, por isso, um orgulho para o nosso país.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de janeiro de 2019

“iGEM” – Competindo e divulgando a ciência Brasileira em Boston (EUA)

O iGEM (Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Engenheiradas) é uma competição que foi criada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em 2004 e que se realiza anualmente em Boston, nos Estados Unidos. Desde sua criação, mais de trinta mil pessoas, entre estudantes e orientadores oriundos de quarenta e cinco países, passaram pelo iGEM, um número que cresce cada vez mais.

Alunos do curso de Biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) criaram um grupo para estudar a Biologia Sintética e participar do iGEM, com o apoio de diversos professores não só dessa Universidade, como, também, da USP, dos campi de São Paulo e de São Carlos, tendo como um dos orientadores do citado grupo o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Otávio Thiemann.

O projeto do grupo incide, essencialmente, na ideia de que a colonização de outros planetas será o caminho mais viável para a sobrevivência, sustentabilidade e avanço da humanidade nos próximos anos e, claro, o planeta Marte apresenta-se, por diversos motivos que já são conhecidos do público, o mais forte candidato para abrigar uma sociedade interplanetária. Alguns empresários, como Elon Musk, CEO da SpaceX, acreditam que se levará de 40 a 100 anos para alcançar uma sociedade autossustentável em Marte, um tempo extremamente curto perto da história da humanidade.

Contudo, ainda existem muitas barreiras que nos distanciam da chegada em Marte, entre elas a questão do transporte (como vamos chegar lá e levar tudo o que precisamos?) e da infraestrutura, que inclui acomodação, transporte no planeta, armazenamento e, principalmente, acesso a água e alimentos.

Além das agências espaciais e empresas do ramo, muitas equipes da competição iGEM também têm se dedicado na resolução desses problemas, como a de Stanford-Brown (CLIQUE AQUI), em 2016, que desenvolveu um balão a base de biopolímeros para transportar materiais até o Planeta Vermelho, ou a equipe DTU-Denmark (CLIQUE AQUI), que avaliou o desenvolvimento de materiais de construção à base de fungos que resistissem às condições hostis de Marte.

O projeto do grupo da UFSCar é diferente de todos que já passaram pela competição. Os alunos e seus orientadores irão focar sua atuação na alimentação dos futuros moradores do Planeta Vermelho, sendo que, para isso, irão desenvolver uma linhagem de leveduras fermentadoras resistentes às condições marcianas para permitir a produção de pão e outros alimentos fermentados na colônia. Além disso, essa tecnologia também poderá ser aplicada em muitos processos já existentes aqui na Terra, assim como diversos produtos que já são utilizados no nosso cotidiano e que são frutos de pesquisas relacionadas com a exploração espacial (CLIQUE AQUI).

Para poder participar da competição e dar vida a este projeto, o grupo da UFSCar está fazendo uma campanha de recolha de fundos para apoiar sua pesquisa e pagar a taxa de inscrição do iGEM – US$5000 dólares -, aproximadamente R$ 20.000. Apoiando essa campanha, você ajuda o grupo não só a pagar essa taxa, como também a desenvolver esse projeto de verdade, para que ele não fique só no papel.

A campanha é flexível, o que significa que o grupo não precisa alcançar a meta para que o projeto seja financiado, mas toda ajuda é bem vinda, já que quanto mais dinheiro for arrecadado, mais partes do projeto se poderão desenvolver, rumo ao produto final.

Para que o projeto saia do papel, todo o grupo terá que realizar uma série de experimentos e estudos para desenvolver a levedura acima citada, trabalhos esses que serão executados nos laboratórios da USP e da UFSCar, sob a supervisão dos professores responsáveis. Além disso, o grupo também terá acesso a câmaras de simulação do ambiente marciano no laboratório, e a um balão estratosférico, através de uma parceria com o grupo de extensão Zenith (CLIQUE AQUI),
onde se avaliará tanto a capacidade de sobrevivência da levedura nessas condições, quanto a sua capacidade de fermentação, garantindo que ela seja capaz de exercer sua função.

Além do custo da inscrição da equipe no iGEM, outras despesas também terão que ser supridas, como, por exemplo, a inscrição individual de cada membro no Giant Jamboree, evento de apresentação dos projetos – US$ 650 (R$ 2600). Com o dinheiro arrecadado, a equipe são-carlense poderá se inscrever e contar com a participação de dois membros para representar o grupo! Os demais gastos estão relacionados com despesas de realização do projeto, como compra de reagentes, montagem de DNA sintético e de envio do balão à estratosfera, além do custo de produção das recompensas e a taxa de 13% do catarse.

Caso a meta seja ultrapassada, o dinheiro excedente poderá ser investido em mais materiais necessários para a realização do projeto ou com despesas de deslocamento e acomodação dos membros em Boston!

Para assistir o vídeo que explica o projeto, clique AQUI.

Para ficar por dentro deste projeto e/ou colaborar, clique AQUI.

NÃO FIQUE INDIFERENTE AOS ESFORÇOS DE NOSSOS JOVENS NO DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA NACIONAL

(Foto abertura: Space.com)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP