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30 de janeiro de 2019

Da Engenharia para a Física – Um Físico cria sua própria empresa

Silvio AntonioTonissi Junior, 53 anos, sempre gostou das ciências exatas, área em que sempre teve mais facilidade, tendo conseguido boas notas durante os anos em que estudou na E. E. Coronel Paulino Carlos. Após terminar o Ensino Médio no Colégio Diocesano, Silvio pretendia cursar engenharia química, porém, na época, esse curso só existia na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) onde o vestibular ocorria apenas no meio do ano. Assim, sem muitas expectativas, resolveu prestar prova para fazer engenharia elétrica na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), tendo acabado se identificando com a área.

No ano de 1984, por influência de um amigo – um antigo técnico de nível superior do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) -, Silvio começou sua iniciação científica no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, sob a orientação do Prof. Dr. Jarbas Caiado de Castro Neto. O interesse pelo trabalho desenvolvido no IFSC/USP deu origem ao seu mestrado em Física. Depois que seu amigo largou a vaga de técnico, tendo ingressado como docente, Silvio conseguiu ocupar o lugar vago e começou a trabalhar com lasers, um dos campos em que atua até hoje, prestando serviços, além de trabalhar em sua própria empresa.

Logo após concluir seu mestrado, Tonissi iniciou o doutorado, porém, nessa época, resolveu abrir em São Carlos, em parceria com alguns pesquisadores e ex-funcionários do Instituto, a empresa Eyetec, dedicada a suprir a demanda por equipamentos utilizados por médicos oftalmologistas que, até então, não eram fabricados no Brasil. Quando abriu a empresa ele não sabia se ela renderia bons resultados: “A dificuldade era fazer com que a empresa funcionasse. Na época, em cada dez empresas nascidas, apenas duas sobreviviam. Mas a Eyetec foi crescendo aos poucos e hoje ela congrega aproximadamente 50 funcionários”.

Para Silvio, criar uma empresa é um passo arriscado. “Com certeza, aqueles que pretenderem abrir uma empresa terão que trabalhar bastante, lembrando que nada estará garantido. Você tem que estar sempre trabalhando para não perder para a concorrência”, explica. Os estudantes que almejarem seguir por este caminho, poderão auferir rendimentos superiores a R$ 15.000,00 por mês, de acordo com nosso entrevistado.

Em suma, Tonissi diz que é preciso fazer aquilo que realmente se gosta. Ele, por exemplo, era apaixonado pelas ciências exatas, mas não sabia exatamente em qual área atuar e, aos poucos, através de suas próprias experiências e tentativas, encontrou exatamente o rumo que gostaria de seguir durante seu caminho profissional. “Os alunos devem fazer aquilo que gostam. Eles têm que estar sempre melhorando e, assim que aparecer alguma oportunidade, não podem ter medo de encarar. Eles devem se arriscar e, se não der certo, paciência: é tentar novamente”, finaliza.

Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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