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28 de maio de 2019

Colóquio do PPGF/UFSCar: “ARAPUCAs para a luz de cintilação”

Realiza-se no próximo dia 30 de maio, pelas 16h30, na Sala de Seminários ”Swieca Nova, mais um colóquio promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos (PPG/UFSCar), com o título: ARAPUCAs para a luz de cintilação, ministrado pela Profa. Dra. Laura Paulucci (UFABC).

A física de neutrinos atravessa um período interessante em que há diferentes experimentos em fase de construção/planejamento que visam responder questões fundamentais, como a sua hierarquia de massa, a violação de CP no setor leptônico e a possível existência de mais sabores de neutrinos, além dos três conhecidos.

Das técnicas de detecção mais recentes destacam-se as câmaras de projeção temporal instaladas em grandes volumes de argônio líquido (LArTPCs).

Neste tipo de sistema, além da coleção da carga produzida na interação das partículas com o líquido nobre, é realizada também a detecção dos fótons provenientes da cintilação, usados primariamente para trigger.

Um novo dispositivo baseado no aprisionamento de fótons, o ARAPUCA, prevê um aumento por um fator 10 da eficiência em relação ao modelo tipicamente considerado para estes experimentos.

Neste colóquio, a palestrante convidada apresentará um panorama da área, a importância da detecção da luz em LArTPCs e o ARAPUCA, descrevendo o trabalho intenso de P&D sendo desenvolvido no Brasil e que levou à incorporação recente deste dispositivo como a base para o sistema de fotodetecção do experimento DUNE (Deep Underground Neutrino Experiment). Os trabalhos encontram-se avançados e em breve serão produzidos os primeiros ARAPUCAs em larga escala para o experimento SBND (Short Baseline Detector).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de maio de 2019

No IFSC/USP: “Crossing Laws in Optical Parametric Oscillators”

No último dia 28 de maio, o Grupo de Óptica do IFSC/USP realizou mais um de seus tradicionais seminários, desta vez com a presença do Prof. Marcelo Martinelli (IFUSP-LMCAL), que apresentou o tema Crossing Laws In Optical Parametric Oscillators.

O palestrante dissertou sobre como as novas arquiteturas baseadas em não linearidade de terceira ordem podem ser usadas para explorar novos aspectos desse sistema, usando átomos como amplificadores, expandindo os limites dos estados, sendo gerados além do limite de Gauss.

Martinelli apresentou, por outro lado, como o mesmo sistema pode levar à geração direta de estados de progressão para possíveis implementações em computação quântica unidirecional.

O Prof. Marcelo Martinelli fez seu doutorado no Instituto de Física da USP (2002), com passagens pelo Laboratoire Kastler-Brossel, na Université Paris-7 (2001, 2010), e pela Universidade de Toronto (2003), trabalhando desde 2004 no Instituto de Física da USP, em Ótica Quântica e Física Atômica aplicadas à Informação Quântica, estudando a geração de estados emaranhados da luz em osciladores paramétricos óticos e átomos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de maio de 2019

I Concurso de Fotografia do USPSC SPIE Student Chapter

Estão abertas até às 23h59 do próximo dia 16 de Junho as inscrições para o “I Concurso de Fotografia do USPSC SPIE Student Chapter”, cujo tema é “Mostrando a sua pesquisa científica em uma foto”, um evento que tem o intuíto de conscientizar o público sobre o “Dia Internacional da Luz” e o papel vital que a luz e as tecnologias relacionadas a ela desempenham em diariamente em nossas vidas”, apresentando imagens artísticas que descrevam a interação da pesquisa demonstrada com a comunidade, imagens criadas com tecnologia leve, como telescópios e microscópios, pessoas interagindo com material de pesquisa, etc.

Os objetivos deste concurso de fotografia são, entre outros, fomentar a produção de imagens com a temática de Ciência, Tecnologia e Inovação e contribuir com a divulgação e popularização da ciência e tecnologia, sendo aberto a pesquisadores de todas as idades, tanto fotógrafos amadores como profissionais. Os participantes são sujeito a todas as leis e regulamentos federais, estaduais e locais aplicáveis.

As fotografias devem estar em formato digital, adequado para exibição pública e impressão em alta resolução. Todas as imagens devem ter 300 dpi ou mais e pelo menos 3.000 pixels no lado mais longo. O tamanho do arquivo deve ser não menor que 5 MB e não superior a 20 MB. TIF e JPEG / JPG são os únicos formatos aceitos. Por favor envie as imagens da mais alta qualidade que atendam a esses requisitos. Imagens que não atendem a esses critérios não serão julgadas.

A fotografia não deve, a critério exclusivo do organizador, conter informações obscenas, ofensivas, discriminatório, odioso, inflamatório, difamatório, sexualmente explícito, ou de outra forma censurável ou conteúdo inapropriado.

O título da foto deve ser completo e preciso, suficiente para indicar as circunstâncias em que o fotografia foi tirada. Disfarçar ou deturpar a origem do conteúdo é motivo para desqualificação. Os juízes analisarão todas as fotos verificando autenticidade e podem desqualificar fotos que sejam de qualquer forma enganosa. Marcas d’água não são aceitáveis.

Informações requeridas

Nome do autor, endereço de e-mail, título e uma declaração do artista deve acompanhar cada entrada. A afiliação do fotógrafo é opcional. A declaração do artista deve incluir o assunto da imagem, a localização e a data em que a imagem foi tirada, o equipamento usado para capturar a imagem, qualquer ajuste feito na imagem, uma descrição de como é vinculado ao tema do concurso e outros detalhes interessantes sobre a foto.

As inscrições poderão ser prorrogadas sem aviso prévio.  Ao enviar uma foto, cada participante concorda com as regras oficiais e confirma que sua inscrição está em conformidade com todos os requisitos observados nas regras.

Os vencedores serão notificados após um mês do fechamento das inscrições.

Fotografias digitais, títulos de fotos, declarações de artistas e formulários de liberação de fotos (caso necessário) devem ser enviados on-line AQUI.

Para mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de maio de 2019

Brumadinho e os problemas ambientais do Brasil: tragédias e oportunidades

O programa semanal do IFSC/USP Colloquium Diei trouxe, no último dia 24 de maio, o Prof. Dr. José Galizia Tundisi (Diretor do Instituto Internacional de Ecologia/HE atual Secretário de Ciência e Tecnologia de São Carlos), que dissertou sobre o contundente tema  “Brumadinho e os problemas ambientais do Brasil: tragédias e oportunidades”.

O palestrante dissertou, em sua apresentação, sobre a importância de resolver os problemas relacionados com tragédias ambientais, tendo afirmado que para isso é necessário um avanço no diagnóstico, uma quantificação das perdas econômicas, tecnologias avançadas e, principalmente, a capacitação de recursos humanos com visões sistêmicas dos problemas ambientais, econômicos e sociais.

Tundisi elucidou a questão de Brumadinho, salientando que lá se trata apenas de uma das consequências de um grande problema ambiental que se agrava a cada momento no Brasil. A poluição do ar, do solo e das águas é constante e afeta diretamente os ecossistemas, a biodiversidade e a saúde humana. Os lixões a céu aberto, por exemplo, continuam produzindo impactos muito severos em águas superficiais e subterrâneas de todo o país.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de maio de 2019

Vanderlei Bagnato recebe “Prêmio Almirante Álvaro Alberto” (CNPq)

O docente, pesquisador e atual diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, foi agraciado no dia 16 do corrente mês com o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia, na área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias, concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em cerimônia que ocorreu na Escola Naval, no Rio de Janeiro.

A condecoração, instituída em 1981, é uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o CNPq, a Fundação Conrado Wessel e a Marinha do Brasil, constituindo reconhecimento e estímulo a pesquisadores e cientistas brasileiros que venham prestando relevante contribuição à ciência e à tecnologia do país.

Em seu discurso improvisado, Bagnato salientou que estava recebendo o prêmio em nome e homenageando todos quantos contribuem para a ciência do país, tendo agradecido à USP e ao atual reitor, Prof. Vahan Agopyan, classificando-os como corresponsáveis pela atribuição do prêmio. Para o reitor da USP “Uma universidade de pesquisa como a USP, e seus pesquisadores, trabalham para modificar e melhorar a sociedade. A premiação do professor Bagnato representa o reconhecimento às Instituições e aos cientistas que fazem a diferença para o desenvolvimento de nosso país”.

O prêmio é atribuído, anualmente, ao pesquisador que tenha se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica de reconhecido valor para o progresso de sua área. É concedido, em sistema de rodízio, a uma das três grandes áreas do conhecimento: Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes; e Ciências da Vida. O agraciado é contemplado com medalha, diploma, viagem a Antártica e R$ 200 mil.

Participaram da cerimônia, entre outras personalidades, o secretário executivo do MCTIC, Julio Francisco Semeghini Neto, representando o ministro Marcos Pontes; o presidente do CNPq, João Luiz Filgueiras de Azevedo; o comandante da Marinha do Brasil, Ilques Barbosa Júnior; o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich; e o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira.

(Com informações de Adriana Cruz (USP) / CNPq – Fotos de Roberto Hilário – CNPq)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de maio de 2019

Prof. Valter Líbero (IFSC/USP) ministra colóquio na UFSCar

Realiza-se no próximo dia 23 de maio, quinta-feira, às 16h30, na Sala de Seminários ”Swieca Nova”, mais um colóquio promovido pelo Programa  de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos  (PPGF/UFSCar), com o título Observatório Dietrich Schiel: do Cometa Halley aos raios cósmicos, uma história de divulgação científica, ministrado pelo Prof. Dr. Valter Luiz Líbero, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e ex-Diretor do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP), atual coordenador das atividades do Observatório Dietrich Schiel.

O Observatório Dietrich Schiel faz parte do setor de Astronomia do Centro de Divulgação Científica e Cultural, CDCC, da USP. Situa-se na parte sul do Campus da USP e por cerca de 35 anos vem divulgando e ensinando astronomia para a população da região de São Carlos. Particularmente, sua ação entre jovens estudantes é profunda, sendo que as visitas monitoradas já fazem parte do programa de muitos professores de ciências. Sua história e evolução se deram em um dos períodos mais férteis da astronomia moderna, desde a passagem do Cometa Halley até as ondas gravitacionais. Acompanhando sempre de perto a evolução da astronomia, em breve será disponibilizado um visualizador de trajetórias mésons, partículas criadas por raios cósmicos que bombardeiam nossa atmosfera constantemente.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de maio de 2019

No IFSC/USP: Seminário aborda “Oportunidades de Pesquisa na Alemanha”

Cerca de duzentos e oitenta participantes, oriundos das mais diversas universidades e institutos de pesquisa, assistiram no dia 16 do corrente mês ao seminário Oportunidades de Pesquisa na Alemanha, um evento organizado pelo IFSC/USP e que ocorreu no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”. Representantes do Serviço Alemão de Intercâmbio, Sociedade Alemã de Apoio à Pesquisa, Fundação Humboldt e das Universidades de Freie Berlim, Munique e Munster, dialogaram longamente com os participantes, explicando as vantagens e as condições de ingresso nos programas de intercâmbio científico e acadêmico entre Brasil e Alemanha.

Sören Artur Metz, representante da Universidade Técnica de Munique – e um dos palestrantes neste seminário -, classificou a iniciativa de extremamente importante, ao mostrar aos participantes o que a Alemanha e o Brasil podem fazer conjuntamente em termos de intercâmbio de pesquisadores e de professores. “O objetivo é estreitar, reforçar os laços que já existem nas áreas científica e acadêmica”, salientou, acrescentando que essa aposta é bem patente, inclusive, através do Centro Alemão de Ciência, localizado na Rua Verbo Divino – 1488 – Térreo, em São Paulo, que trabalha em estreita colaboração com as universidades e agências de fomento à pesquisa alemãs. “Este intercâmbio entre Brasil e Alemanha tem funcionado muito bem desde há longo tempo, mesmo com a ausência do programa “Ciência sem Fronteiras”. Estamos no quinto lugar em termos de atratividade por parte dos pesquisadores brasileiros, além, é claro, dos Estados Unidos, França, Espanha e Portugal”, salienta Sören. Para o representante da Universidade Técnica de Munique, existe uma semelhança grande na ciência que se pratica em ambos os países, apesar de muitos pesquisadores brasileiros consideram que na Alemanha se vão confrontar com um “elefante branco, que é o idioma alemão. “Isso não é verdade, até porque toda a ciência que é feita na Alemanha utiliza o idioma inglês. Esta é uma oportunidade soberana para tirar dúvidas sobre como fazer pesquisa na Alemanha, até porque é um evento presencial e não virtual. É olho no olho”, complementa Sören.

Para a docente e pesquisadora do IFSC/USP, Profª Andrea Stuchi Bernardez, organizadora do evento, o sucesso do mesmo está demonstrado pelo número de participantes – mais de duzentos e oitenta -, atendendo a que o seminário foi concebido apenas para informar, para dar uma oportunidade para os alunos que estão em final dos cursos de graduação e aqueles que estão na Pós-Graduação de terem a oportunidade de fazerem pesquisa na Alemanha e de passarem um período fantástico naquele país. “O que fizemos foi trazer representantes dos principais órgãos de fomento à pesquisa da Alemanha, bem como de algumas das mais importantes universidades, e colocá-los em franco diálogo com os participantes. Desde há longos anos que existe um “casamento perfeito” entre Brasil e Alemanha na área científica, porque sempre existiu – e continua a existir – um interesse mútuo. Por exemplo, a CAPES e a Fundação Humboldt têm um programa comum muito sólido para a concessão de bolsas para Pós-Doutorados e Professores Visitantes, algo que fortalece esta iniciativa que visa fortalecer a cooperação científica bilateral. Por isso, queremos evoluir para melhorar essa relação, para reforçar esse intercâmbio”, finaliza a docente.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de maio de 2019

“Luz à Primeira Vista” comemora “Dia Internacional da Luz”

Luz à Primeira Vista é uma iniciativa de divulgação científica inserida no projeto Pequeno Cidadão, criado em 1996 pela USP de São Carlos, em parceria com uma empresa de prestação de serviços profissionais, atendendo cerca de duas centenas de crianças. Seu objetivo é complementar a formação e a educação de alunos da rede pública da cidade com idades entre 10 e 14 anos por meio de atividades esportivas e culturais, além de dar reforço em áreas como matemática e português.

Na Luz à Primeira Vista, que comemora o Dia Internacional da Luz (16/05), representantes do IFSC – OSA Student Chapter* foram os responsáveis por congregar, no passado dia 14 do corrente mês, nos laboratórios de nossa Unidade, jovens visitantes em torno de experimentos interessantes que mostraram como a luz é usada no dia-a-dia, como funcionam as cores e como funciona um circuito laser. Jessyca Dipold, integrante do IFSC – OSA Student Chapter, explicou que esta iniciativa tem a duração de vinte minutos, já que são muitas as turmas que participam apenas no espaço de três dias que dura o evento.

*Desde sua criação, o IFSC-OSA Student Chapter, tem desenvolvido diversos eventos e atividades para a comunidade acadêmica, tanto para graduação quanto para pós-graduação. Algumas destas atividades também foram planejadas para a comunidade não acadêmica local, incluindo seminários, palestras e cursos relacionados à óptica e fotônica para os estudantes do ensino médio.

O IFSC – Osa Student Chapter pertence ao OSA – The Optical Society uma sociedade internacional que se dedica a congregar e promover a ciência e inovação nas áreas de óptica e fotônica, inclusive levando os conceitos científicos para fora da academia, ou seja, para mais perto do público leigo. Conectados com o OSA, existem os designados Student Chapter, estruturas acadêmicas formadas por estudantes de pós-graduação que se encontram espalhados por centenas de universidades em todo o mundo e que funcionam como apoio às atividades de divulgação dessas áreas do conhecimento.

No Brasil existem nove Student Chapter e o do IFSC é um dos que tem maior representatividade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

20 de maio de 2019

No IFUSP: Desenvolvimento de novos dispositivos optoeletrônicos

Visão de um filme desordenado de P3HT – Foto: arquivo da pesquisadora Marília J. Caldas.

Uma ampla classe de materiais orgânicos tem atraído a atenção dos pesquisadores da área de física dos materiais nas últimas décadas, o que está ocorrendo muito em função das propriedades fundamentais e das diversas possibilidades de aplicações em dispositivos optoeletrônicos de última geração.

As principais características desses novos materiais, tais como: flexibilidade, facilidade de processamento e leveza, transporte de cargas razoável e propriedades óticas especiais, possibilitam a produção de componentes óticos e eletrônicos de grande envergadura, dobráveis ou elásticos, através de um processo de elaboração com custo relativamente baixo.

Neste caso, a curiosidade nasceu quando se verificou experimentalmente que filmes desordenados de um polímero orgânico (politiofeno P3HT) absorvem luz em uma dada região de energia, enquanto o mesmo composto quando desenhado em nanofios mostra emissão parcialmente polarizada naquela mesma energia. Estudos teóricos com dinâmica molecular clássica já haviam sido iniciados na Tese de Doutoramento de R. Ramos, no IFUSP, tocando apenas as diferentes morfologias ou configurações estruturais possíveis; passando agora na colaboração européia ao estudo quântico das propriedades óticas dos polímeros nessas diferentes configurações, o estudo conjunto experimental/teórico indicou a possibilidade de produção de dispositivos especiais, como amplificadores óticos ou dispositivos fotônicos, baseados em filmes nanoestruturados de politiofeno.

O artigo intitulado Tailoring optical properties and stimulated emission in nanostructured polythiophene foi publicado recentemente na revista Scientífic Reports, do grupo Nature, resultado dessa colaboração entre cientistas brasileiros e do exterior, e ressalta assim como filmes de (P3HT), já muito estudados e com grande potencial para células solares ou dispositivos emissores de luz, podem ser desenhados, configurados para diferentes aplicações. Esse estudo abre uma janela de oportunidade para o desenvolvimento de novos dispositivos optoeletrônicos.

Para consultar o artigo, clique AQUI.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do IFUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de maio de 2019

Em Londres: “Security of Supply of Mineral Resources (SOS Minerals)”

(In: Revista Fapesp)

No último dia 09 do corrente mês, numa manhã especialmente ensolarada em Londres, ocorreu na Royal Society (que já foi presidida por Sir Isaac Newton), um dos eventos mais importantes sobre o futuro do planeta e com a participação de representantes da ciência brasileira.

O Security of Supply of Mineral Resources (SOS Minerals) (https://www.bgs.ac.uk/sosMinerals/home.html) é um dos mais ousados projetos financiados pelo Reino Unido através da Natural Environment Research Counci (NERC), em parceria com a FAPESP. Ao todo, são mais de 20 instituições científicas e mais de 50 empresas que participaram desse esforço científico, cujo um de seus principais objetivos é enfrentar o desafio de garantir o fornecimento de elementos críticos, como os elementos terras raras, para garantir o desenvolvimento da nova indústria com baixa emissão de carbono e a viabilidade do uso em grande escala de turbinas eólicas, placas solares e baterias.

Dr. Marcelo B. de Andrade

O Dr. Marcelo B. de Andrade, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), foi um dos representantes do Brasil no evento. Nesta colaboração, a participação da FAPESP se deu por meio de dois projetos temáticos: SOS rare minerals (https://www.bgs.ac.uk/sosRare/research.html), que explora a caracterização e concentração de novas ocorrências de minerais contendo terras raras de maneira sustentável e o Mineral e-tech, que investiga a exploração mineral em alto mar.

“A importância da caracterização de novos minerais contendo elementos terras raras é estratégica para a independência da indústria do nosso país. Hoje, mais de 90% da produção dos elementos terras raras estão concentrados em um único país, China”, comenta Marcelo Andrade, que durante o evento teve a oportunidade de abordar as principais conquistas alcançadas nesse projeto, em conjunto com Daniel Atencio e Andrezza Azzi, do Instituto de Geociências (IGc-USP), e Frances Wall, da University of Exeter.

Durante a vigência do projeto, Marcelo foi um dos organizadores do Brazilian Symposium on Rare-Earth Elements (http://www.ifsc.usp.br/~emulabram/symposium.html) juntamente com especialistas da  University of Saint Andrews e Universidade de São Paulo, incluindo o IFSC/USP, IGc, Instituto de Química (IQ) e Escola Politécnica. Além disso, foram visitados depósitos minerais em Poços de Caldas e os pertencentes as empresas Companhia Brasileira de Mineração (CBMM) em Araxá e JORCAL em Cajati (SP).

Outro fato que chamou a atenção dos participantes foi a descrição da descoberta de dois novos minerais, realizadas com o apoio dos equipamentos de difração de raios X e espectroscopia Raman instalados no CCEM (https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/ifsc-usp-acolhe-centro-de-caracterizacao-de-especies-minerais/) e do EMULabRAM (http://www.ifsc.usp.br/~emulabram/) do IFSC/USP.

O primeiro mineral é proveniente da Amazônia. A waimirita-Y apresenta grande teor de elementos terras raras e tem grande potencial para ser utilizada como minério na obtenção de ítrio (https://doi.org/10.1180/minmag.2015.079.3.18). A segunda espécie mineral descoberta, parisita-(La), foi encontrada na região da Chapada Diamantina (BA) e contém uma grande proporção de elementos lantânio (La) e cério (Ce) (https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/parisita-la-reconhecido-novo-mineral-descoberto-na-chapada-diamantina-ba/).

Ao final, foram discutidos os trabalhos de pesquisa em andamento, como a investigação da ocorrência de monazita rica em enxofre, na Namíbia, e a caracterização de espécies minerais raras e inéditas da região de Poços de Caldas. Esses estudos são financiados pela FAPESP, RCUK (NERC) e são realizados em colaboração com instituições de grande prestígio, como o Natural History Museum, de Londres, a Camborne School of Mines, University of Exeter, a Universidade de Saint Andrews e a empresa de mineração Mkango Resources.

“A caracterização completa de novas ocorrências exige a utilização de técnicas bastante sofisticadas, como a difração de raios X e a espectroscopia Raman, que são fundamentais para a identificação das propriedades físicas e químicas dos minerais presentes. Sem esse conhecimento, o custo da extração e do beneficiamento dos elementos terras raras se tornaria inviável”, conclui Marcelo Andrade.

O Brasil possui um potencial enorme para a geração de energia limpa e não pode abrir mão de conhecer e explorar suas principais reservas de terras raras, cuja demanda mundial está aumentando. A formação de pessoal qualificado e o trabalho interdisciplinar de profissionais das áreas de física, geologia, química e engenharia, além de empresas e órgãos governamentais, é essencial.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de maio de 2019

Ensaio Fotográfico de Pessoas com Deficiência e a Autoestima

O programa USP Diversidade, vinculado à Pró-reitora de Cultura e Extensão da USP (Universidade de São Paulo) tem como um de seus objetivos criar espaços e formas de trazer para a comunidade universitária dos campus da USP e a sociedade para atividades que falem sobre diversidade de pessoas e pluralidade de ideias.

O grupo fará nas próximas semanas algumas atividades voltadas às pessoas com deficiência, relacionando autoestima e capacitismo. A primeira etapa consiste em dois ensaios fotográficos, um voltado à questão da autoestima e outro sobre atividades cotidianas e/ou nas quais pessoas sem deficiência não imaginem que pessoas com deficiência façam. Esse ensaio é uma parceria com o Grupo FOCA – Grupo de Fotografia do CAASO (Centro Acadêmico Armando Salles de Oliveira).

Como fruto desse ensaio fotográfico, serão apresentadas as fotos em campanha visual pelo campus da USP de São Carlos – cartazes e vídeo – além de divulgação por mídias sociais. Ao final do projeto, em junho, ocorrerá uma mesa redonda aberta ao público geral sobre Autoestima e Capacitismo no Palquinho da USP-São Carlos, Campus 1.

Para participar, basta acessar o QR-Code disponível no cartaz abaixo.

17 de maio de 2019

IFSC/USP promove colóquio com Prof. Ronald Dickman (UFMG)

O IFSC/USP realizou mais um Colloquium Diei, que ocorreu no dia 17 do corrente mês, subordinado ao tema Steady-State Thermodynamics and Phase Coexistence far from Equilibrium, apresentado pelo Prof. Dr. Ronald Dickman (UFMG).

O palestrante começou por sublinhar que a possibilidade de estender a termodinâmica aos estados estacionários de não-equilíbrio (NESS) atraiu interesse durante muitos anos, sendo que a abordagem feita neste colóquio, que envolve sistemas de rede estocásticos com fortes interações de curto alcance, começa com as definições de senso comum de parâmetros intensivos (temperatura e potencial químico), via condições de fluxo zero entre sistemas fracamente acoplados e, em particular, entre um NESS e um reservatório estocástico.

Para ter significado termodinâmico, estes parâmetros devem ser consistentes (isto é, satisfazer a lei zero) e ter valor preditivo. Embora a consistência seja em geral violada por taxas arbitrárias de energia e / ou troca de partículas entre sistemas, ela é válida para taxas que satisfazem uma certa condição.

Dickman enfatizou a verificação feita do valor preditivo (por exemplo, equacionar potenciais químicos para um par de sistemas isolados prediz suas densidades estacionárias quando eles podem trocar partículas) por NESS, espacialmente uniforme no limite de troca fraca. Os parâmetros intensivos não fornecem previsões úteis para o NESS não uniforme. Nesse caso, o princípio de valores de parâmetros iguais no estado estacionário pode ser violado de forma drástica. Esta falha pode ser entendida em termos de violação de uma condição de fatoração [5]. A noção de fases coexistentes bem definidas, com propriedades independentes de como a energia e / ou partículas são trocadas, falha no NESS.

Finalmente, a abordagem do palestrante incidiu sobre as tentativas de construir uma entropia de estado estacionário, via integração termodinâmica dos parâmetros intensivos (bem definidos) para sistemas uniformes, que não produzem uma função de estado fora do equilíbrio. Ao contrário do equilíbrio, esses parâmetros, que satisfazem a lei zero e têm valor preditivo, não são derivados da entropia de Shannon.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

17 de maio de 2019

Vagas para cursos de doutorado e estágios de pós-doutorado

Os institutos Max Planck, na Alemanha, estão com trinta e seis vagas para cursos de doutorado e estágios de pós-doutorado, conforme edital anunciado para a América Latina.

Os prazos para a inscrição de interessados vão de 15 de maio a 15 de julho de 2019, de acordo com a instituição e o curso.

As vagas estão disponíveis em várias unidades dos institutos Max Planck (CONFIRA AQUI)

As oportunidades abrangem áreas como biologia de fluidos, flutuações térmicas na dinâmica de gotas ativas, física gravitacional teórica e cosmologia, imunologia e epigenética, projetos de sequenciamento, ciência da computação, matemática e engenharia elétrica.

Para obter mais informações, clique AQUI.

(Com informações da Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

16 de maio de 2019

Atualização da produção científica do IFSC/USP – Abril 2019

Veja nesta nota a produção científica de nossa Unidade.

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  Abril  de 2019, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) no final da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico:

Journal of Materials Science, v. 54, n. 13, p. 9313-9320, July 2019 (CLIQUE AQUI)
 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de maio de 2019

Membrana celular como matéria prima para construir nanocápsulas

O Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), liderado pelo Prof. Valtencir Zucolotto, em estreita colaboração com o Instituto de Química da UNICAMP, liderado pelo Prof. Wagner Fávaro, acaba de concluir um trabalho em nanomedicina contra ao câncer, utilizando uma membrana celular como matéria prima para a fabricação de nanocápsulas para entrega de terapia em células tumorais. Recordamos que, usualmente, as nanocápsulas são feitas de outros materiais, incluindo polímeros, lipídeos, cerâmicas, etc.

Esta pesquisa, publicada no passado mês de fevereiro pela revista ACS – Applied Bio Materials, relata o trabalho multidisciplinar que foi feito, envolvendo aspectos relacionados com nanotecnologia, biotecnologia e biologia celular.

A nova nanocápsula foi construída com membranas celulares extraídas de cultura celular, prevendo-se, no futuro, que essas células possam ser recolhidas através de biópsias dos próprios pacientes. O trabalho consistiu em separar a membrana dessa célula colhida em cultura, substituindo todo o interior da mesma, onde foi colocado um quimioterápico, um extrato vegetal (betalapaxona), enquanto que no interior da célula se introduziu um nanobastão – ou nanorod de ouro; ou seja, a nanocápsula ficou funcionalizada com duas frentes de ataque. Como a membrana da nanocápsula tem a composição muito parecida com a da célula tumoral, o processo de reconhecimento é melhorado, a princípio, sem qualquer rejeição, pois o organismo tende a não reconhecer a nanocápsula como um corpo estranho. O processo final consiste em irradiar com luz infravermelha a nanocápsula, que, com o calor, libera os fármacos na célula doente, provocando a morte da mesma pela ação do fármaco e pelo aumento da temperatura (foto-hipertermia).

Todas as etapas de síntese e caracterização dessas nanopartículas foram realizadas no IFSC/USP pela Dra Valéria Marangoni, ex-aluna de doutorado no GNano, incluindo os testes in vitro em culturas celulares. A pesquisa passou para a vertente in vivo, na UNICAMP, onde foram induzidos tumores de bexiga em cobaias. Na sequência, o método e a irradiação foram utilizados apenas uma vez, por um par de minutos, tendo-se verificado que nenhum dos tumores cresceu, tendo mesmo alguns regredido.

Até onde se sabe, este é o primeiro trabalho do gênero a ser realizado no nosso país, sendo que o sistema poderá ser utilizado futuramente em qualquer tipo de tumor cancerígeno, através de aplicação intravenosa.

Para ter acesso ao artigo científico deste trabalho, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de maio de 2019

No IFSC/USP: “The optical response of a metal insulator transition”

Numa iniciativa conjunta do Café com Física e dos Seminários do Grupo de Óptica, realizou-se no dia 15 do corrente mês, no nosso Instituto, um Seminário Especial com a participação do Prof. Dr. Ricardo Lobo (CNRS – Sorbonne Université), subordinado ao tema The optical response of a metal insulator transition.

O palestrante demonstrou como a transição de fase entre um metal e um isolante é caracterizada por uma mudança monumental no espectro infravermelho e visível do material. No caso mais simples, a resposta ótica de um isolante é uma superposição de vibrações de rede (fônons) e excitações inter-banda. A passagem a um estado metálico é acompanhada da introdução de cargas livres que vão paulatinamente ocultar a resposta dos fônons com a concomitante aparição de um “pico de Drude”.

Contudo, o palestrante enfatizou que esta descrição, extremamente simplificada, perde sua validade na presença de desordem e de correlações eletron-fônon e eletron-eletron.

Neste seminário, Ricardo Lobo apresentou os modelos básicos para a descrição de espectros ópticos através da transição metal-isolante, tendo discutido a informação quantitativa presente na resposta ótica e como ela nos dá uma informação original sobre as excitações fundamentais em sólidos. Em particular, discutiu a relação entre a resposta ótica e a distribuição energética de cargas em um sólido, com exemplos em condutores e supercondutores não convencionais.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de maio de 2019

Programa do IFSC/USP traça destino de jovem doutor em Física

Muitos motivos podem levar um aluno a optar por estudar Física em sua vida, mas o recém doutor Vinícius Henrique Aurichio foi levado para essa área de conhecimento por acidente, literalmente.

Antes de passarmos à história de mais um doutor formado no IFSC, destaquemos o trabalho defendido em sua tese de doutorado, subordinado ao tema “Immersed–interface methods in the presence of shock waves” (Métodos de interface imersa na presença de ondas de shock). Um problema típico de engenharia envolvendo fluídos também envolve objetos sólidos interagindo com eles—uma peça de maquinário, ou a asa de um avião, por exemplo. Para estudar estes sistemas em um computador, temos que representar estes objetos que estão imersos de alguma maneira. Um método de interface imersa é uma das maneiras que podemos utilizar para fazer essa representação.

Vinicius ressalta que a grande vantagem de usar esse tipo de método é que ele, em geral, é mais rápido e as simulações que se conseguem fazer são igualmente mais rápidas porque essa malha é simples. E, como consequência, consegue-se fazer desenvolvimentos tecnológicos mais rápidos usando essa ferramenta. Ele afirma que é possível fazer o desenvolvimento mais rápido do projeto e dá um exemplo: “Ao invés de esperar três dias por um resultado, talvez consiga resolver o problema em duas ou três horas. Ou seja, a partir do momento em que você encontra alguma coisa interessante, você ou insiste nesse método com mais poder computacional, ou você vai usar um outro método que te proporcione mais detalhes, mas você já ajuda a filtrar o tipo de simulação que você precisa fazer”.

Aurichio afirma que a grande dificuldade de trabalhar com fluídos inicia-se exatamente na hora de começar a estudar o tema. “Subestimei um pouco o tamanho do problema, sabia que era difícil, mas não imaginava que era tão complexo assim. Em contraponto, o que facilitou meu trabalho foi o fato de sempre ter gostado de programação, o que reforçou minha determinação em fazer doutorado nessa parte de simulação”.

Uma história rica

Quando estava na 5ª série, por volta de seus onze anos de idade, acidentalmente teve seu braço machucado e, certa vez, em seu período de recuperação, sua professora pediu-lhe para buscar um livro na biblioteca e ele pegou justamente um sobre Física, fato que, segundo o jovem doutor, mudaria sua vida para sempre: “Eu descobri, entre outras coisas, como é que se calculava a velocidade dos objetos em movimento e já achei incrível. Lembro-me de ter falado comigo mesmo: nossa é isto aqui! O pessoal fala que é difícil, mas eu vou em frente” afirma Vinicius, divertindo-se ao lembrar o episódio. Foi a partir daí que começou sua grande jornada pelo mundo da Física. Desde  então, o jovem começou a desenvolver cada vez mais interesse nesse campo e buscar mais conhecimentos. Ele afirma que sempre esteve envolvido com atividades na área e que desde seu 2º e 3º colegial alguns professores o incentivaram muito a ingressar na área de Exatas, em especial nas Olimpíadas de Física, nas quais atuou diversas vezes.

Natural de São José dos Campos,  Vinícius Henrique Aurichio afirma que a entrada no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi marcada por sua participação na Escola de Física Contemporânea: Participei, adorei e acabei vindo para cá”, comenta nosso entrevistado. Vinícius exalta que a estrutura oferecida pelo IFSC/USP, tanto no ensino quanto nos laboratórios, tem a mesma qualidade do que as escolas do exterior: “Tive várias conversas com pessoas de outros países e a gente não perde em nada em educação de qualidade, aqui, algo que me deixou muito feliz e plenamente convicto de que a minha escolha tinha sido certa”, enfatiza, acrescentando que o contato com os professores e pesquisadores do Brasil e do exterior foi fundamental para sua formação: “Durante a graduação, passei dois meses na Inglaterra, depois no mestrado fiz outras visitas e já no doutorado tive participação em congresso internacional. Então, estive sempre buscando manter o contato com esses pesquisadores, lá fora, tudo proporcionado pelo IFSC/USP”.

Para Vinicius, a Física é uma forma de traduzir o mundo, de resolver os problemas de todo tipo para um formato matemático que possibilite entender melhor como eles funcionam. É realmente entender quais são os pontos fundamentais de cada um dos problemas e trazer eles para um formato que seja amplamente suscetível de resolução , em geral, um formato matemático, seja com auxílio de computação, ou não, como foi em seu caso.

E ser um Físico é conseguir fazer essa tradução, conseguir encontrar o que é mais importante em determinado problema e decidir a melhor estratégia para resolvê-lo.

A escolha pela Física foi feita justamente por nosso entrevistado ter muita vontade de entender tudo, muita curiosidade em saber como as coisas funcionam. Vinícius afirma que o fato de ele ter essa ferramenta, que é a Física, que proporciona a forma de entender as coisas, foi o que o incentivou cada vez mais a ir por esse caminho.

O jovem doutor relata que em seu mestrado estudou uma área da Física Teórica, mais pura, pois ele gostava bastante dessa parte mais matemática. Mas, chegou um ponto em que sentiu falta de ver a aplicação mais direta dos problemas que estava tentando resolver. Então, ele decidiu ir para a área de simulação computacional e escolheu um problema com aplicação clara, que é a simulação de fluídos: “Eu já tinha dúvidas se queria (ou não) continuar na área acadêmica quando iniciei meu doutorado: assim, fiz questão de escolher um tema bastante aplicável fora do mundo acadêmico, e que me proporcionasse não só todo aprendizado que a Física ia me trazer – essa parte da Física mais avançada – mas também ferramentas de computação, pois tinha plena convicção que elas me abririam mais portas”.

Aurichio revela que já saiu da área acadêmica e que desde há um ano está trabalhando em uma instituição bancária: ele explica como usa a Física nas suas funções. “Essa parte de resolver problemas, de identificar os pontos mais importantes, decidir qual que é a melhor abordagem para determinado problema, usar programação para resolver problemas, é o que faço hoje, então, nesse ponto, deu certo a minha ideia que veio lá de trás ao escolher uma área que fosse me proporcionar isso depois Contudo, não é Física, certo? Então, simplesmente uso o raciocínio e as capacidades que aprendi na Física para fazer esse trabalho”, comenta, deixando uma espécie de mensagem para os alunos mais jovens. “Algo que me ajudou muito em todo curso e mesmo no mestrado e doutorado, foi ter iniciativas próprias. Então, se você acha um tema interessante, seja ele qual for, vai por conta própria, pede ajuda, pede indicação de livros para seus professores. Não espere que vá ter tudo nas aulas. Expanda os horizontes, tanto na área acadêmica, quanto na área produtiva: não se restrinja a um grupo de pesquisa. Faça seus contatos e aproveite tudo que o IFSC/USP te oferecer, pois com isso você irá crescer na carreira e ser feliz na sua profissão”, conclui o jovem.

(Entrevista: Lilian Tarin / Superv. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de maio de 2019

Roberto Menezes Serra (UFABC) apresenta colóquio no PPGF/UFSCar

Realiza-se no próximo dia 16 de do corrente mês, pelas 16h30, na Sala de Seminários ”Swieca Nova”, mais um colóquio inserido no Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos (PPGF/UFSCar), subordinada ao tema Demônios de Maxwell e a inversão da seta termodinâmica do tempo em sistemas quânticos, que será apresentado pelo Prof. Dr. Roberto Menezes Serra (UFABC).

Produção de entropia é um fato ubíquo da natureza; acontece invariavelmente em uma diversidade de circunstancias, impondo limites para aplicações tecnologias, processos biológicos e até mesmo processamento de informação.

Este fenômeno é ainda mais provocativo a nossa intuição sobre irreversibilidade em contextos que envolvem mecânica quântica e estão fora (longe) do equilíbrio termodinâmico. Neste caso a observação de flutuações de energia é fundamental para a descrição de quantidades termodinâmicas.

O desenvolvimento de técnicas de controle coerente associadas a Ciência e Tecnologia da Informação Quântica (ocorridos nas últimas décadas) nos permitem acessar tais flutuações de energia e testar suas consequências no laboratório. Podemos agora criar verdadeiros Demônios de Maxwell, que “desafiam” a segunda lei da termodinâmica, em experimentos reais.

Para além disso, podemos ainda usar características quânticas como correlações não clássicas para inverter o que chamamos de “seta termodinâmica do tempo” (pelo menos em certo intervalo de tempo).

Neste colóquio, o palestrante apresentará experimentos recentes envolvendo sistemas quânticos onde Demônios de Maxwell e máquinas nanoscópicas são testadas. Mostrará como controlar e até mitigar a irreversibilidade e como inverter a seta termodinâmica do tempo em escala quântica. Discutirá as consequências destes experimentos e o surgimento de uma nova área de pesquisa que vem sendo chamada de “Termodinâmica Quântica”.

Por último, Roberto Menezes Serra falará também sobre o impacto destes avanços teóricos e experimentais em aplicações reais e para o entendimento dos limites da emergente tecnologia quântica, que deve revolucionar o processamento de informação (computadores quânticos), comunicação (criptografia quântica) e a metrologia (sensores quânticos) no presente século.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

14 de maio de 2019

USP Inovação: Incentivos fiscais e captação de recursos para inovação

A Agência USP de Inovação, em parceria com o Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP, promove no dia 3 de junho, a partir das 14h30, no Espaço de Eventos do IEA-RP, a conferência subordinada ao tema Incentivos fiscais e captação de recursos para inovação.

No evento, o presidente da Gestiona, Sidirley Fabiani, vai abordar as oportunidades trazidas por leis e programas que permitem concessão de incentivos fiscais a empresas que investem em pesquisa e  desenvolvimento, como a Lei do Bem, a Lei da Informática e o programa Rota 2030.

O palestrante vai discutir ainda a atuação do Sistema Nacional de Inovação, que integra poder público, universidades, institutos de pesquisa e empresas em torno de iniciativas dessa natureza.

Sidirley Fabiani é graduado em engenharia mecânica e administração pela USP e mestrando em empreendedorismo e inovação, também pela USP. Atuou como gestor de projetos e consultor em empresas como Petrobras, Vale, Gerdau, Syngenta, Votorantim e Citibank. Fundou e preside atualmente a Gestiona, uma consultoria especializada nas áreas de gestão da inovação com ênfase em políticas públicas, gestão do conhecimento, gestão financeira e engenharia.

As inscrições para a conferência são gratuitas e podem ser feitas clicando AQUI.

Mais informações: iearp@usp.br ou pelo telefone (16) 3315-0368.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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