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5 de dezembro de 2011

O bom relacionamento entre física e biologia

Para o biofísico, o mundo microscópico é matéria-prima e, por mais misterioso que pareça, é, além disso, fascinante e esconde segredos que, se desvendados, podem curar graves enfermidades, incluindo o câncer.

Ana_Paula-2A biofísica, como o próprio nome nos induz a pensar- corretamente, inclusive- é a mistura de biologia e física. Mas, antes de discorrer com mais detalhes sobre essa área do conhecimento, é preciso desfazer um equívoco: não se trata de uma profissão, mas um ramo de atuação de físicos ou biólogos.

Mas, nem tudo o que envolve a biologia, na física, é considerado biofísica. Esta, contudo, dependendo de qual profissional lhe direciona o olhar, terá significados diferentes. “Para o biólogo, ela está muito relacionada à fisiologia. É estudar como as coisas funcionam dentro do organismo, seja ele uma planta ou animal. Já o físico utiliza-se de ferramentas e métodos físicos para ‘observar’ e entender a biologia em nível molecular”, explica a docente do Grupo de Biofísica Molecular, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Ana Paula Ulian de Araújo.

A ligação entre física e biologia parece algo improvável aos mais leigos. Mas, além de bem-sucedida, ela já é presente no mundo da ciência há séculos. Absorção óptica, utilizada, por exemplo, para dosagem de proteínas, ou a eletroforese, que separa proteínas em um gel, aplicando uma diferença de potencial, são algumas das técnicas mais simples utilizadas por biofísicos (e bioquímicos) e que exemplificam a união entre física e biologia. “A Biofísica estuda os fenômenos biológicos, não só com uma visão mais física, mas utilizando instrumentos físicos, permitindo observar detalhes que não seriam possíveis de outra maneira”, afirma a docente.

Quando o micro atinge o macro

Ao utilizar sofisticados instrumentos, a maior parte deles trazendo informações em nível molecular, os biofísicos colaboram com a pesquisa básica, que pode florescer em aplicações nos mais variados campos. A biofísica funciona como o alicerce para o desenvolvimento de estudos conhecidos e relacionadas ao cotidiano de todas as pessoas.

Por técnicas biofísicas, é possível estudar-se efeitos de radiação emitidos por aparelhos celulares, produzir camundongos transgênicos e encontrar plantas com potenciais terapêuticos. “É difícil pensar na essência da biofísica como um trabalho mais popular, mas sempre nos utilizamos de suas técnicas para realização de trabalhos relevantes”, conta Ana Paula.

Biofísicos, geralmente, trabalham com pesquisas acadêmicas. Mas, indústrias farmacêuticas e de biotecnologia tem aberto muitas portas para esse nicho de pesquisadores. Quando se pensa no acesso de um medicamento dentro da célula, alguns passos e estudos relacionados à caracterização de proteínas* e a interação de proteínas com lipídeos são essenciais e tais procedimentos são rotina para pesquisadores dessa área.

A universidade no mundo micro

Ana_PaulaAna Paula, que é bióloga, já trabalhou- e ainda trabalha- em pesquisas básicas, tendo a biofísica como base. Atualmente, destaca dois importantes projetos com os quais colabora: o primeiro trata dos estudos de uma proteína (proteína inativadora de ribossomos), produzida em determinadas plantas, que é tóxica em baixíssimas concentrações. “Fizemos um trabalho inicial de caracterização dessa proteína”.

A segunda vertente desses estudos refere-se ao trânsito da proteína dentro da célula. “A proteína, produzida na célula de uma planta, pode ser tóxica à célula de um mamífero- que a tenha ingerido. Como essa toxina entra na célula e, em termos de toxidade, qual será seu destino final? Essas são algumas das perguntas que as pesquisas de Ana Paula buscam responder, sempre com o auxílio da biofísica, é claro. Depois de devidamente estudada e tendo seus “mistérios” desvendados, essa toxidade poderá ser direcionada ao combate de células tumorais, por exemplo. “Com a Nanocore, uma empresa de biotecnologia brasileira, temos trabalhado com a utilização dessa proteína em formulações farmacêuticas para aplicação em certos tipos de câncer superficial, como o de pele”.

Ana_Paula-1O segundo estudo, envolvendo outros docentes do IFSC, Richard Charles Garratt e Ricardo De Marco, é direcionado ao estudo de uma proteína humana, chamada septina. Ela aparece em diversos organismos, desde leveduras até animais, incluindo seres humanos. Sua função é desconhecida, embora se saiba que ela possui um papel na divisão celular. “As septinas já se mostraram presentes no cérebro de pessoas que sofrem da doença de Alzheimer. Nossas pesquisas, que trabalham com essa proteína in vitro, buscam entender, começando pelos seres mais primitivos, o papel das septinas”, explica Ana Paula que, atualmente, tem estudado uma septina encontrada em algas, além das humanas. O entendimento sobre elas- septinas- pode trazer informações interessantes, e que contribuam para o entendimento das doenças com as quais estão relacionadas.

A biofísica na física

No IFSC/USP, especificamente, o corpo docente inter e multidisciplinar trabalha com diversas vertentes. “Temos um grupo muito heterogêneo de professores, como químicos, cientistas moleculares, biólogos, engenheiros e, obviamente, físicos. Todos têm um tema comum de trabalho, o qual envolve proteínas e outras macromoléculas biológicas. Trabalhamos com proteínas de interesse biotecnológico ou como fármacos, fazendo a sua produção, caracterização, estudos estruturais e de aplicação, em geral”, conta.

Essa multidisciplinaridade permite que novas técnicas sejam trazidas e as antigas sejam, continuamente, aprimoradas. E, para aqueles interessados em trabalhar nessa área, não há segredo: a afinidade com a física e a biologia é condição si ne qua non. Afinal, aventurar-se no desconhecido pode ser uma tarefa difícil, mas os resultados, certamente, são compensatórios ou, no mínimo, muito interessantes.

*extrair da proteína da fonte onde é produzida e análise de sua estrutura, para definir características de comportamento, estabilidade etc.

Assessoria de Comunicação

4 de dezembro de 2011

Observatório é batizado com nome do Prof. Dietrich Schiel

Coincidindo com as comemorações do DIA DO ASTRÔNOMO (02 de dezembro), o CDA – Centro de Divulgação da Astronomia, estrutura pertencente ao CDCC – Centro de Divulgação Científica e Cultural, USP – São Carlos, comemorou também a passagem dos seus 25 anos de existência, através de uma programação que decorreu ao longo dos dias 02 e 03 de dezembro, no Campus de São Carlos – USP.

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A efeméride começou por volta das 20 horas do dia 02, com o descerramento da placa que, a partir desse momento, deu o nome do Prof. Dietrich Schiel ao Observatório, uma homenagem ao homem que, com todo seu entusiasmo e paixão, foi o responsável pela construção da mais importante infraestrutura científica construída em São Carlos e região dedicada à Astronomia e que, ao longo de seus vinte e cinco anos de existência, tem atraído largos milhares de visitantes. O restante período noturno foi passado de forma bastante agradável, com a presença de muitos visitantes que não quiseram perder a observação celeste, numa noite que, embora com vento, apresentou um céu completamente limpo, o que facilitou as observações. Por sorte, muitos conseguiram enxergar, por algum tempo, a passagem da Estação Espacial Internacional, brilhante e imponente. Os momentos vividos tornaram-se ainda mais especiais, graças à participação do violonista Luciano Censoni que, em recital ao ar livre, interpretou obras de Andy Mckee, Villa-Lobbos e Carlo Domeniconi.

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O dia 03 de dezembro foi também muito especial, com a realização, a partir das 11 horas, de um encontro que reuniu grande parte dos cerca de 125 monitores que prestaram serviço no Observatório, ao longo de vinte e cinco anos. Foi o reencontro de velhos amigos e de antigos colegas, com histórias e recordações cruzando todos os espaços internos e externos do Observatório Prof. Dietrich Schiel. Para o Prof. Valter Luiz Libero, docente do IFSC e responsável pelo CDA, além de tudo, o que mais lhe tocou foi a emoção de rever as pessoas que foram as responsáveis pelo crescimento e sucesso do Observatório ao longo de 25 anos ininterruptos de funcionamento. Essas pessoas constituem os pilares de tudo o que foi projetado e construído ao longo destes anos.

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Quanto ao tributo feito ao Prof. Schiel, Valter Libero referiu que foi uma forma singela de agradecermos todo o trabalho que ele desenvolveu no CDCC, bem como na criação do Observatório, que é algo que se encontra enraizado no sistema educacional da cidade de São Carlos: tudo graças a esse maravilhoso homem.

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Como curiosidade, referimos que só no decurso deste ano visitaram o Observatório cerca de 5 mil pessoas, principalmente professores e alunos do ensino básico e médio, não só de São Carlos como de muitas outras cidades, em ambos os períodos – diurno e noturno.

 

Assessoria de Comunicação

2 de dezembro de 2011

Nova colaboradora do IFSC

PatrciaA partir de 2 de dezembro de 2011, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) conta com uma nova colaboradora: Patrícia Giannini Ferreira, admitida em 1º de dezembro, junto à Assistência Técnica Acadêmica (ATAc), no Serviço de Pós-Graduação (SVPGRAD).

O IFSC dá boas-vindas à nova funcionária!

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

2 de dezembro de 2011

Pesquisador da UFRJ fala sobre localização de Anderson da luz em nanomateriais

Na última edição dos Colóquios semanais em 2011, o IFSC recebeu o pesquisador Raimundo Rocha dos Santos, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro –UFRJ. Especialista em Física da Matéria Condensada, o docente comentou os caminhos e resultados de sua pesquisa mais recente que desenvolve em parceria com Dimitri Mogilevtsev, da National Academy of Sciences of Belarus (Rússia), Felipe Pinheiro, da UFRJ, Solange Cavalcanti, da Universidade Federal de Alagoas e Luiz Eduardo de Oliveira, da Unicamp. Para se referir a este projeto, o pesquisador intitulou sua palestra como “Localização de Anderson da luz em metamateriais”.

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Pelas dúvidas que o título poderia causar àqueles que são pouco íntimos com o tema, o pesquisador estruturou sua fala de maneira bastante didática, explicando, por etapas, de que forma surgiram as primeiras idéias desta pesquisa, até os resultados mais significativos.

O que é localização de Anderson?

O físico norte-americano Philip Warren Anderson, nascido em 1923, estudou profundamente as propriedades dos sólidos e os problemas da física da matéria condensada. Quando trabalhava nos Laboratórios Bell Labs, há cerca de 50 anos, Anderson descobriu o conceito de localização – a ideia de que estados expandidos podem ser localizados pela presença da desordem em um sistema.

Em 1977, Anderson ganhou o Nobel da Física por pesquisas sobre a estrutura eletrônica de sistemas magnéticos e desordenados, que permitiram o desenvolvimento de componentes de memória em computadores.

O que são metamateriais?

Metamaterial é um material produzido artificialmente, dotado de propriedades físicas que não são encontradas normalmente na natureza. A palavra metamaterial, assim, designaria materiais que possuiriam propriedades não naturais. Evidentemente, qualquer propriedade que um metamaterial apresente, por mais estranha que possa parecer, é fisicamente possível, caso contrário não seria verificada. Entretanto, esse nome reflete a perplexidade da comunidade científica quando encontrou nos materiais referidos propriedades físicas antes consideradas não possíveis e que normalmente não são encontradas na natureza.

Assim, o estudo de localização de Anderson da luz em meios desordenados parece ter um grande potencial no que diz respeito ao surgimento de novos fenômenos físicos. Neste sentido, o pesquisador apresentou alguns resultados consistentes para a platéia formada de aproximadamente 50 ouvintes, entre docentes e alunos de graduação.

Esta foi a última edição do ano do Colóquio IFSC. Aguarde informações sobre a programação de 2012!

Assessoria de Comunicação

2 de dezembro de 2011

O que eles pensam sobre nós?

Duncan-3Fazendo-se sempre presente a filosofia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) em expandir o conhecimento e a colaboração científica para além dos muros da Universidade e, até mesmo, do país, no último dia 29 de novembro, o Instituto recebeu pesquisadores da University of East Anglia (UEA), localizada no Reino Unido.

O pesquisador britânico, Duncan Craig, acompanhado por Susan Baker, também do Reino Unido, e da cientista brasileira, Tharin Blumenschein –que, atualmente, também leciona na UEA-, com o concreto intuito em firmar parcerias entre a UEA e a Universidade de São Paulo (USP), proferiu uma palestra no auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”.

Em entrevista, ele falou, brevemente, sobre seus planos e pesquisas de interesse com a USP, mais especificamente com o IFSC, e sobre a imagem brasileira no exterior, no que se refere às pesquisas acadêmicas. Confira, abaixo, a entrevista, na íntegra:

Sobre a interação da UEA com a USP, como ela aconteceu?

Sempre mantivemos uma boa relação com muitas pessoas da USP. Recentemente, esse relacionamento aprofundou-se, pois, há um mês e meio, participei de uma conferência para farmacêuticos, aqui no Brasil. Por coincidência, o professor Javier [Ellena], do IFSC, estava nessa mesma conferência e, mesmo trabalhando em diferentes departamentos, nossos trabalhos têm interesses muitos similares. Conversamos muito e nos tornamos amigos.

Paralelamente, nossa Escola de Farmácia [UEA School of Pharmacy], na área de química medicinal, decidiu conhecer melhor estratégias científicas ao redor do mundo e identificou, no Brasil, áreas de interesse, em particular na USP, uma excelente universidade.

Assim, decidimos explorar as possibilidades de relacionamento entre as duas universidades, e áreas individuais de colaboração.

Sobre essa interação, como ela poderá ocorrer?

O que a UEA está buscando é desenvolver um pequeno número de longas e aprofundadas relações. Se isso for adiante, com a USP, discutiremos melhor como será esse relacionamento e as colaborações. No momento, alguns de nossos estudantes viajam para o exterior, durante sua graduação, mas queremos ver mais alunos fazendo isso.

Se perguntarmos aos estudantes britânicos, “Você quer estudar no Brasil por um tempo?”, eles dirão que sim, imediatamente. Então, o intercâmbio entre estudantes, definitivamente, é uma possibilidade.

É muito claro para nós que, se a USP quiser desenvolver relações de troca, há muitos assuntos que temos em comum, e estamos muito entusiasmados com isso.

Quais assuntos, por exemplo?

Duncan-2Farmácia é um deles, mas também física, biofísica, ressonância magnética, eletroquímica, só para citar alguns. Não estamos fazendo trabalhos idênticos aos que são feitos aqui, mas são muito similares. Há coisas muito excitantes que podemos desenvolver juntos.

Até agora, já estivemos na Faculdade de Ciências Farmacêuticas [FCF/USP], no Instituto de Física [IFSC/USP] e no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP). Em todos os locais que vamos, pensamos “Nossa! Como as pesquisas daqui são similares à nossa!”.

Na realidade, é muito simples: precisamos encontrar áreas de interesse comum, para trabalharmos e construirmos em cima disso. Queremos construir relacionamentos entre escolas e pesquisas ao redor do mundo.

Em relação ao IFSC, especificamente, o que chamou sua atenção, aqui?

Primeiramente, o contato pessoal com Javier [Elenna], mas, olhando no website e conversando com ele sobre a ideia de um Instituto de Física que é tão dedicado a princípios físicos aplicados, isso me chamou a atenção. Porque a física é uma ciência que trabalha em conjunto com outras ciências, e eu penso que o IFSC colocou isso em prática.

É muito fascinante chegar aqui e ver, essencialmente, laboratórios de química sintética, biofísica, terapia para doenças, e ver que a física está por trás de todas essas coisas.

Nossos laboratórios são focados muito mais em assuntos diretamente relacionados à física. Nada contra, pois precisamos disso. Mas é muito bom ver que esses princípios estão sendo utilizados muito além do comum.

Outra coisa é como funciona a colaboração entre os que trabalham por aqui. Todos respeitam os trabalhos uns dos outros, e se respeitam. Todos parecem trabalhar juntos!

Nós tínhamos o curso de Física na UEA e estamos pensando em trazê-lo de volta. Acho que devemos olhar muito cuidadosamente como a física é feita aqui, como um possível modelo de reintroduzir nosso curso.

Pode citar uma grande diferença entre o Brasil e o Reino Unido?

O clima (risos)! Não sei! Estou mais ligado às similaridades. Penso que as pessoas aqui são muito amigáveis e muito entusiasmadas com a ciência, a mantém em expansão. Acho que as maiores diferenças são culturais.

O que achou da estrutura física do Instituto?

É fabulosa! Eu diria que qualquer universidade teria orgulho de possuir uma estrutura e infraestrutura como essa, sem dúvidas. O IFSC pode competir com qualquer outro lugar que já vi.

Sobre as pesquisas básicas e aplicadas, qual a imagem do Brasil no exterior?

Eu penso que o Brasil é subestimado. As pessoas não se dão conta o quão boa é a ciência no Brasil. Acho que isso mudará rapidamente.

Se conseguirmos trabalhar com a USP será ótimo! Pois assim as pessoas terão uma imagem real mais plena, e isso será muito bom, não só para o Brasil, mas para toda comunidade científica. Vocês têm muito a oferecer!

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Assessoria de Comunicação

2 de dezembro de 2011

Para movimentação em plano de carreira, servidores já podem atualizar currículo

SVPessA partir de 1º de dezembro, está disponível o cadastro do Curriculum Vitae de servidores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) no Marte Web.

Na opção “Meus dados pessoais/ Curriculum Vitae“, será possível que o servidor cadastre sua formação, cursos de capacitação realizados e experiências profissionais adquiridas antes de seu ingresso na USP.

Para orientação sobre o cadastro, basta clicar no link “Ajuda”.

Após realizar o cadastro, será preciso apresentar os originais dos documentos comprobatórios no Serviço de Pessoal do IFSC, para que seja efetuada a validação do cadastro.

Este cadastro será utilizado na análise da movimentação da carreira, prevista para abril de 2012, bem como de base para preparação de planos de treinamento e desenvolvimento e a gestão de carreira.

Informações sobre a movimentação na carreira estão disponíveis no site do DRH/USP.

Assessoria de Comunicação

1 de dezembro de 2011

Miguel Nicolelis fala sobre “Escola para toda a vida”: levando ciência aos mais carenciados

O médico Miguel Nicolelis foi o palestrante convidado na última edição de 2011 do programa CIÊNCIA ÀS 19 HORAS, que decorreu no dia 22 de novembro, pelas 19 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, IFSC-USP. Subordinada ao tema A CIÊNCIA COMO AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL, a palestra de Nicolelis excedeu todas as expectativas, perante um numeroso público que lotou o auditório.

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O mote foi dado através da ideia da criação de um projeto privado com o objetivo de se construírem institutos de pesquisa independentes que possam promover a pesquisa científica básica e aplicada, de nível mundial, em áreas estratégicas consideradas essenciais para o desenvolvimento do Brasil. Mais do que a produção de pesquisa acadêmica, a missão é estabelecer iniciativas educacionais e sociais com o intuito de fortalecer as comunidades mais excluídas.

Foi com base nessa filosofia que Nicolelis avançou na criação do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (INN-ELS), gerido pela AASDAP – Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa, no Estado do Rio Grande do Norte, onde já foram dados importantes passos para um processo local de minimização das desigualdades sociais e econômicas entre diferentes regiões do país, descentralizando a produção e a disseminação do conhecimento e tornando a educação científica qualificada acessível a crianças e jovens do ensino público.

Em atividade desde 2003, a AASDAP integra, atualmente, dois centros de pesquisa em neurociências (Natal e Macaíba – RN), um centro de educação científica, com três unidades (Natal e macaíba – RN e Serrinha – BA), para 1400 crianças e jovens com idades entre os 11 e os 17 anos, oriundas de escolas públicas da região, bem como um centro de saúde inteiramente voltado para os cuidados materno-infantis em Macaíba.

Segundo Nicolelis, o objetivo deste projeto, desde seu início, tem sido levar a ciência para as comunidades instaladas no entorno do Instituto:

Ele foi concebido como uma estrutura que teria uma ação dedicada à transformação social nas comunidades da periferia de Natal e na cidade de Macaíba. Assim, o projeto já nasceu com a ideia de ser criado um programa denominado “Escola para toda a vida”, que começa no atendimento das mães, no período do pré-natal, e que foi desenvolvido no nosso centro de saúde, onde hoje se faz cerca de 12 mil atendimentos por ano em mulheres residentes na periferia; até há bem pouco tempo essas mulheres não tinham qualquer atendimento pré-natal, principalmente o relacionado com alto risco. Foi o início de tudo. Em quatro anos que dura este nosso projeto, conseguimos reduzir a zero a mortalidade materna no pré-natal – que era uma das mais altas da região = 85 mortes por cada 100 mil mulheres – refere Nicolelis.

O resultado foi que, a partir desse processo, as crianças já têm a chance de nascer com um potencial neurobiológico perfeitamente normal, ou seja, elas não perdem a oportunidade de desenvolver o seu sistema nervoso em todas as suas potencialidades. Foi a partir desse momento que o Instituto decidiu construir uma escola, que ficará pronta em meados do ano que vem, com capacidade para cinco mil jovens, e que funcionará em tempo integral, envolvendo desde crianças do berçário até ao final do ensino médio, conforme explicou o palestrante:

Nosso trabalho começou nas escolas públicas da região, onde criamos um programa dedicado a mil crianças e que funcionou no turno oposto ao praticado nas escolas. Ou seja, foi uma aposta na educação científica desenvolvida de forma totalmente prática, onde as crianças aprendem todos os conceitos fundamentais da ciência moderna, fazendo experimentos da mesma forma que nós, pesquisadores, fazemos nos nossos laboratórios de pesquisa. Este projeto começou em 2005 e, atualmente, temos cinco unidades funcionando no Estado do Rio Grande do Norte e uma escola em Serrinha, na Baía. No próximo ano iremos inaugurar o denominado CAMPUS DO CÉREBRO, que constitui a maior ação da AASDAP, numa parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Esse CAMPUS receberá o nosso Instituto, que terá uma área de 13 mil metros quadrados, e uma escola com uma área de quinze mil metros quadrados, e cujo nome será ESCOLA PARA TODA A VIDA. O nosso trabalho inicia-se com o nascimento da criança e todo seu acompanhamento, em tempo integral, até ao final do ensino médio. É o primeiro projeto nacional de escola em tempo integral – pontua Miguel Nicolelis.

Através da primeira turma formada pelo Instituto, que começou em 2007, Nicolelis afirma que o nível de evasão escolar se fixou em 3% (atualmente, no Brasil, a evasão escolar situa-se em 50% no ensino fundamente). Ou seja, todos os alunos abrangidos por esse curso de educação continuam no ensino médio e, pela primeira vez na história local, crianças dessas comunidades começaram a entrar na Universidade Federal do Rio Grande do Norte:

O desempenho acadêmico dessas crianças mudou completamente, sinal que elas começaram a acreditar e a desenvolver seu potencial intelectual, a ponto de se transformarem, neste momento, na elite educacional local. Demonstramos, assim, que o casamento entre neurociência e pedagogia tem um futuro muito promissor – refere o palestrante.

O governo tem estado muito atento a este projeto, dando, paulatinamente, apoio ao desenvolvimento do mesmo, segundo afirma Nicolelis. O Instituto já está mantendo diálogos aprofundados com o MEC sobre a possibilidade de expandir esse projeto por todo o Brasil:

Já apresentei o programa aos Presidentes Lula e Dilma, bem como ao Ministro da Educação, Fernando Haddad – cujo seu ministério é nosso parceiro desde há quatro anos. A ideia é criar um programa chamado ALBERTO SANTOS DUMONT: EDUCAÇÃO CIENTÍFICA, que seja disseminado por todos os institutos federais e de tecnologia do país, com o objetivo final de atingir um milhão de crianças – acrescenta Nicolelis.

Segundo o palestrante, todo esse projeto não é mais do que uma forma de se tentar formar novos cidadãos:

Queremos que essas crianças aprendam a pensar, a valorizar a própria cultura e as suas raízes, mas principalmente para que elas aprendam que é possível agir na sociedade, uma vez que elas mesmas irão usar o método científico aplicado ao seu cotidiano – conclui Miguel Nicolelis.

Assessoria de Comunicação

1 de dezembro de 2011

Observatório Astronômico será batizado em homenagem ao Prof. Dietrich Schiel

No dia 10 de abril de 1986, as instalações iniciais do Setor de Astronomia foram abertas à comunidade. Desde esta data o Observatório tem sofrido modificações de ampliação e de instrumentação.

schielNo dia 2 de dezembro, sexta-feira, o Centro de Divulgação da Astronomia realizará uma solenidade de comemoração do Dia do Astrônomo – dia em homenagem a Dom Pedro II, patrono da Astronomia -, ocasião em que o Observatório será finalmente batizado. Este batizado é uma homenagem que o CDA presta ao Prof. Dr. Dietrich Schiel, o nome que é símbolo dos primeiros esforços de criação do CDA e do CDCC (Centro de Divulgação Científica e Cultural) da USP-São Carlos.

Assim, neste dia, às 21 horas, no Auditório do Observatório do CDCC, será realizada uma palestra intitulada “Os 25 anos do Centro de Divulgação da Astronomia”, a ser ministrada pelo físico Jorge Honel, responsável pelas atividades do Observatório desde 1987.

Ainda, no dia seguinte, dia 3 de dezembro, haverá uma confraternização dos monitores que atuaram no CDA nos últimos 25 anos.

Para maiores informações: (16) 3373-9191

Assessoria de Comunicação

29 de novembro de 2011

Os cuidados com os vários tipos de lixo

Vivendo em um mundo em que o apelo à preservação ambiental e o cuidado com a saúde são as prioridades mais imediatas do homem, nós nos vemos constantemente em contato com campanhas de conscientização e alertas da mídia e de autoridades sobre como lidar com o lixo que produzimos. Reduzir, reutilizar e reciclar – estes verbos parecem ser o lema da modernidade, a maneira mais acessível à população de participar das investidas sustentáveis e conviver com a natureza o mais harmoniosamente possível. Mas, além do lixo doméstico, há outros tipos de lixo que necessitam de cuidados especiais e podem causar danos severos ao meio ambiente e ao ser humano – lixo hospitalar, lixo químico, lixo nuclear. Como eles estão sendo tratados? Devemos nos preocupar?

Lixo1-180x180No Brasil, mais de 115 mil toneladas de detritos são produzidos dentro das residências e descartados diariamente, o que corresponde a 70% de todo o lixo produzido por cidade brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A legislação do Estado de São Paulo apresenta leis específicas para o descarte do lixo, obrigando, por exemplo, condomínios com mais de cinquenta unidades, shoppings, prédios comerciais e indústrias a separar seu lixo e destiná-los a coleta seletiva para posterior reciclagem. Para os lixões e os aterros sanitários só deverão ser levados materiais orgânicos, como restos de comida, e outros materiais não reaproveitáveis, como isopor, papel higiênico e espelhos.

Contudo, segundo dados assombrosos do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (Cepema-USP), do total de lixo produzido nas casas, apenas 2% é destinado à coleta seletiva de fato, devido a fatores como a própria falta de trato dos detritos por parte da população, o descuidado de empresas de limpeza geral locais em sua separação e ocasionalmente a dificuldade de acesso a estes serviços em algumas cidades brasileiras.

Para amenizar este quadro e fazer valer a legislação, além dos cuidados que cabem à prefeitura, como contratação de empresas de limpeza eficazes, os cidadãos podem tomar alguns cuidados que contribuem para a redução da quantidade armazenada em lixões e aterros sanitários que já vêem sua capacidade máxima no limite. Além disso, a coleta seletiva e a reciclagem impulsionam fortemente a geração local de empregos, já que não demandam, em sua maioria, qualquer especialização, e oferecem a oportunidade de uma fonte de renda a milhares de trabalhadores brasileiros, caracterizando também uma atividade empresarial com grande caráter social. Isso sem mencionar, é claro, uma consciência limpa, primeiro sintoma de contribuição efetiva.

Há medidas simples que podem ser adotadas dentro das residências e ter um impacto enorme nestas estatísticas, a começar, logicamente, pela limpeza e separação de papéis, vidros, plásticos e metais. A reciclagem destes materiais facilita o trato do lixo pois o tempo que demoram pra se decompor é assustador – o plástico demora 450 anos, o alúminio demora 200 anos e o vidro, até 1 milhão de anos. Além disso, reciclar materiais causa uma grande economia nos recursos naturais que se utilizaria para fabricá-los outra vez. Novamente, segundo dados da Cepema-USP, uma tonelada de papel reciclado poupa aproximadamente 22 árvores, 75% de energia elétrica e polui o ar 74% menos do que a produção de papel com matéria-prima virgem. A compostagem doméstica também é uma solução, pode ser feita em um tambor simples de plástico e, se aliada a um triturador para moer restos de comida, pode reduzir em 60% o lixo produzido por uma família. O triturador de lixo na pia também é uma boa alternativa, reduzindo a produção do lixo orgânico ao levá-lo a estação de tratamentos de esgoto, sem gastar mais energia do que uma lâmpada 100 watts. A separação do óleo de cozinha e encaminhamento para uma ONG responsável pela coleta em sua cidade, que pode fazer uso do material para produção de biocombustível ou sabão também pode funcionar de uma maneira impressionante, já que se estima que um litro de óleo de cozinha possa contaminar até 20 mil litros de água potável.

Estas são medidas simples, seguras e limpas que, se adotadas em cada residência do país, podem reduzir significativamente o impacto da presença do homem no planeta. Mas e os outros tipos de lixo, produzidos por grandes indústrias, por centros de pesquisa, por centros de saúde? Quem se responsabiliza por eles? Para onde eles vão? Qual é o perigo da toxicidade que eles produzem?

O problema do lixo hospitalar

quadro1_lixohospitalarO lixo hospitalar constitui um dos maiores riscos de detritos produzidos pelo homem na atualidade. Em setembro deste ano, o Estado do Pernambuco ficou alarmado com o caso da importação de mais de 50 toneladas de lixo hospitalar dos Estados Unidos para reutilização em empresas têxteis, e não sem motivo. Representando até 3% dos resíduos urbanos, este tipo de lixo é um enorme perigo à saúde e ao meio ambiente se não tratado corretamente, podendo contaminar o solo, o ar, águas superficiais e profundas, além de causar diversos tipos de acidentes com humanos que porventura tenham contato com estes materiais (o que não é raro, já que frequentemente somos noticiados sobre crianças brincando em aterros com lixo hospitalar ou catadores se alimentando de carne humana depositadas inadequadamente) e também contaminações por microorganismos causadores de doenças. Os elementos produzidos pelo mau descarte destes resíduos, como metais pesados, cianetos, ácidos, óleos e solventes forçam os países desenvolvidos a adotarem medidas extremamente cautelosas e oferecem tratamento especial ao que chamam de resíduos “perigosos”, “patogênicos” e “patológicos”. A maior constante é a recomendação de incineração total de todo o lixo hospitalar. No entanto, essa medida ainda não parece ser a mais adequada, já que, além de calor, a incineração gera dióxido de carbono, óxidos de enxofre e nitrogênio, cinzas voláteis e dioxinas que só podem ser parcialmente controladas através de custosos processos de limpeza dos gases. Para países com poucos recursos, ainda, é uma grande dificuldade equipar seus hospitais com incineradores e a maioria do lixo hospitalar acaba sendo queimado a céu aberto, enquanto o restante é depositado no aterro sanitário juntamente com o lixo residencial comum, um perigo incalculável para a comunidade local.

Outra saída que os países mais desenvolvidos têm adotado contra este perigo é a chamada “auto-clave”, um tipo de esterilização do lixo infectante, mas novamente o custo deste procedimento é elevado demais para países de terceiro mundo que, como alternativa, acabam depositando-o em valas assépticas. Como no caso de descarte para o lixo comum, o espaço para receber todo o material ainda é um problema mesmo em grandes cidades brasileiras.

Toda a preocupação de funcionários, colaboradores e clientes de instituições de saúde, bem como dos trabalhadores que lidam com o lixo, não é desmotivado. Os perigos de infecção estão presentes na realidade de quem vive cotidianamente com estes resídos, e aumentam com a disseminação de doenças como a hepatite, a AIDS e outras contagiosas, constituindo um sério risco epidemológico à população. Mesmo enfrentando este quadro, a política brasileira de descarte de lixo hospitalar ainda se vê em um estágio muito precário, tendo o Conselho Nacional do Meio Ambiente desobrigado a incineração do mesmo em 1991, sem oferecer maiores diretrizes específicas sobre o assunto. Assim, o lixo hospitalar segue como um inimigo à saúde pública e ao meio ambiente, sem maiores atenções tanto da parte da população quanto dos dirigentes nacionais.

O lixo nuclear

Por outro lado, os resíduos provenientes de processos nucleares, ou seja, os chamados materiais radioativos produzidos por usinas nucleares e laboratórios de exames clínicos, tem alarmado a população em uma constante crescente. Em 2011, o acidente da usina nuclear de Chernobyl completou 25 anos, reacendendo as discussões sobre a viabilidade da produção de energia nuclear, ao lado das polêmicas explosões ocorridas no complexo nuclear de Fukushima, no Japão, após o tsunami que devastou o país em abril deste ano. Mas para além dos supostos perigos que a população teme no funcionamento de usinas de produção energética deste tipo, há uma questão também pendente: o que se faz com os resíduos provenientes dos processos nucleares que ocorrem ali?

quadro2_lixonuclearO combustível utilizado para fazer funcionar os reatores nucleares – urânio 235, basicamente, e 3% de urânio 238 (o urânio enriquecido) -, depois de passar pelo processo de fissão, transforma o urânio 238 em uma série de materiais em sua maioria inofensivos, mas alguns deles podem de fato ser perigosos para a vida, como o césio 137, o selênio, a iodina e o plutônio, por exemplo, que constituem o que se chama de rejeito radioativo. Estes são os elementos de longa vida: enquanto os outros materiais decaem rapidamente, estes continuam irradiando por um tempo muito grande. Esta pequena parte do combustível nuclear deve ser armazenada cuidadosamente até que cesse de irradiar. Atualmente, o método para impedir este rejeito de afetar o meio ambiente é inseri-la em uma espécie de piscina com água, de modo que o material fique totalmente encoberto, com um mecanismo de filtragem regular para subtrair os elementos radioativos, que são átomos pesados e, por essa razão, são filtrados com facilidade. “A água é um excelente obstáculo para a radiação, perdendo apenas para o chumbo ou para o concreto em capacidade de blindagem, com a vantagem de resfriar o combustível”, afirma o pesquisador José Eduardo Martinho Hornos, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), especialista em energia nuclear.

Segundo ele, este ambiente é monitorado por tecnologias de alta precisão e por uma cabine supervisionada dentro da própria usina. Como a radiação é basicamente uma luz, o único risco que decorre deste método seria a contaminação do solo ou a evaporação da água. “Estes dois riscos são facilmente detectados com a precisão dos equipamentos utilizados na usina, baseados em lasers de alta precisão, e a estrutura das piscinas é construída de maneira muito especial, com um tipo de concreto reforçado e extremamente resistente às ações do tempo”, afirma Hornos.

Segundo ele, ainda, as usinas nucleares são o único tipo de empreendimento que trabalham com o conceito de descomissionamento, ou seja, a inclusão em seu projeto inicial dos procedimentos a serem adotados quando da desinstalação da mesma. Assim, os rejeitos têm um destino certo antes mesmo de existirem. O que será feito, então, com estes resíduos após o desmonte das usinas?

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No Brasil, e em vários outros países como China e França, será construído um repositório com barreiras de engenharia e geológicas projetadas para um período de aproximadamente 500 anos, o que é ainda um período relativamente curto para a segurança destes materiais. Estes repositórios serão construídos em uma grande profundidade de um local deserto, para que a propagação através da água não seja um risco, e os materiais serão ali depositados após serem revestidos de uma cobertura especial que bloqueie a emissão de radioatividade. A pergunta ainda é: por que então não construir locais resistentes a maiores períodos de tempo, por segurança? Hornos explica que os materiais emissores de radioatividade são elementos nobres, exóticos, que são temidos atualmente, mas podem ter grandes potenciais de aplicaçãões benéficas à socidade se um dia dominados, diferentemente do lixo químico ou hospitalar. “Não sabemos ainda como as propriedades destes materiais podem ser utilizadas, então pode não ser uma boa idéia fazer um grande investimento para esconder elementos preciosos”, estima ele.

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Inimigo silencioso

Os medos decorrentes dos perigos do lixo que nós mesmos produzimos não são meros frutos da imaginação do ser humano. Na modernidade, aquilo que mais tememos é o inimigo invisível, silencioso, que não podemos ver, não podemos manipular com facilidade. “A relação sensitiva se dá através de um equipamento tecnológico, de um ponteiro, e nós tememos muito aquilo sob o qual não temos um controle natural”, reflete o pesquisador. Mas a defesa contra estas ameaças não é impossível, pelo contrário, pode ser bastante eficaz quando encarada com a gravidade que lhe é devida, com seriedade e profissionalismo. “Os exemplos de tratamento de lixo hospitalar e o lixo nuclear revelam que nós convivemos diariamente com perigos reais em meio àquilo que nos faz sentir seguros, como nosso lar ou o local onde deveriam cuidar de nosso corpo, mas ficamos apavorados com aquilo que temos sob controle, e por isso precisamos rever nossos conceitos e atitudes”, conclui Hornos.

Assessoria de Comunicação

28 de novembro de 2011

IFSC recebe palestrantes internacionais

Na próxima terça-feira, 29 de novembro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) receberá os pesquisadores internacionais, Duncan Craig, Tharin Blumenschein e Susan Baker, para proferir a palestra “Science Research at the University of East Anglia and Potential Areas for Collaboration”.

Segue, abaixo, um breve histórico sobre a Universidade, da qual os professores fazem parte:

A Universidade do Leste da Anglia (em inglês, UEA) é uma das 150 universidades mundiais de destaque, com pontos fortes em ciência aplicada. É localizada, aproximadamente, a 150 quilômetros ao nordeste de Londres e instalada na histórica e bonita cidade de Norwich. Os palestrantes são parceiros chave do Norwich Research Park, compreendendo o John Innes Centre, o Institute of Food Research, Genome Analysis Centre, the Sainsbury Laboratory e o hospital Norfolk and Norwich. A UEA tem todas as suas escolas de ciência trabalhando em conjunto e cada escola compreendendo cientistas com um arranjo de diferentes habilidades. A escola inclui química, farmácia, ciências do ambiente, matemática, ciências da computação e ciências biológicas, com âmbito no ensino de física, engenharia e ciências sociais. Busca-se estender e aprofundar o relacionamento entre os continentes e, por consequência, há grande interesse em explorar possibilidades de colaboração com a Universidade de São Paulo.

Para assistir ao evento, que será em inglês, basta dirigir-se ao auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, às 14h30. A palestra será gratuita e todos estão convidados a participar.

Assessoria de Comunicação

28 de novembro de 2011

Glaucius Oliva (IFSC-USP) e Edgar Zanotto (UFSCAR) eleitos novos membros

 

Os professores Glaucius Oliva (IFSC-USP), na área de Biologia Molecular, Estrutural e Celular, e Edgar Dutra Zanotto (DEM-UFSCar), na área de Ciências da Engenharia, estão entre os sete acadêmicos brasileiros que constituem o grupo de 45 cientistas eleitos para, a partir do próximo ano, ocuparem uma cadeira na TWAS – Academy of Sciences for the Developing World.

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Os nomes dos novos membros da TWAS foram anunciados no decurso da 22ª Reunião Geral da Academia, realizada entre os dias 21 e 23 deste mês, no Centro Internacional Abdus Salam de Física Teórica (ICTP, na sigla em inglês), localizado na cidade de Trieste, Itália.

Restantes pesquisadores brasileiros eleitos para a TWAS:

Carlos Henrique de Brito Cruz – UNICAMP;

Hilário Alencar da Silva – UFAL;

Ohara Augusto – USP;

Sergio Costa Oliveira – UFMG;

Thaisa Storchi-Bergmann – UFRGS;

Para os responsáveis da TWAS, as reuniões gerais da Academia tornaram-se eventos de referência para os interessados nos avanços da ciência no mundo em desenvolvimento, sendo que a edição deste ano mostrou o grande e excelente trabalho de pesquisa que vem sendo desenvolvido nos países em desenvolvimento.

Os novos membros da TWAS tomarão posse em 2012, em cerimônia que decorrerá na República Popular da China.

Assessoria de Comunicação/ABC/TWAS

26 de novembro de 2011

Prof. Vanderlei Bagnato recebe Prêmio Personalidade da Tecnologia 2011

No âmbito do Dia do Engenheiro, que se comemora no próximo dia 11 de dezembro, o SEESP – Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo irá atribuir o PRÊMIO PERSONALIDADE DE TECNOLOGIA 2011 – ÁREA INOVAÇÃO ao Prof. Vanderlei Bagnato, docente e pesquisador do IFSC-USP.

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Enaltecendo os profissionais que mais se destacaram em suas áreas de atuação, o PRÊMIO PERSONALIDADE DE TECNOLOGIA, que é atribuído desde 1987, visa distinguir todos quantos colocam seu saber e dedicação a serviço do avanço científico e tecnológico, do desenvolvimento nacional e do bem-estar da população brasileira.

Além do Prof. Vanderlei Bagnato, o referido prêmio será igualmente entregue às seguintes individualidades:

Aloízio Mercadante Oliva – Área de Valorização Profissional;

Lucas Antonio Moscato – Área de Informática;

Shozo Motoyama – Área de História da Engenharia;

Antonio Mauro Saraiva – Área de Agricultura;

Luiz de Queiroz Orsini – Área de Educação.

 

Assessoria de Comunicação

 

 

25 de novembro de 2011

Grande colisor de Hádrons (LHC) foi tema de discussão

DSC02607O Colloquium Diei desta semana trouxe como tema o polêmico Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo, localizado em Genebra, na Organização Européia para Pesquisa Nuclear (o CERN). O LHC entrou em funcionamento em 2008, em meio a grandes discussões na mídia e na academia sobre suas capacidades e suas ameaças. Devido à grandiosidade de seus objetivos, como o de explicar a origem da massa das partículas elementares e também o de encontrar outras dimensões no espaço, alguns cientistas temiam que o equipamento poderia causar catástrofes de grandes dimensões, como um buraco negro que pudesse “engolir” o planeta Terra, ou a geração de uma espécie de “matéria estranha”.

Deixando estas críticas um pouco de lado, o pesquisador Oscar Eboli, do IFUSP, especialista em Física das Partículas Elementares e, mais especificamente, Física de anéis de colisão, explorou as maiores potencialidades do LHC, detalhando as possibilidades de novas descobertas e seus impactos no mundo científico.

Esta foi a penúltima edição de 2011 do Colloquium Diei. A próxima palestra acontecerá no dia 2 de dezembro, às 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas. O tema será “Localização de Anderson da luz em metamateriais”, apresentado pelo Prof. Raimundo Rocha dos Santos, do Instituto de Física da UERJ.

Assessoria de Comunicação

25 de novembro de 2011

Pesquisador fala sobre aplicações de sua pesquisa à construção civil

“A Ciência no Brasil tem obrigação de ser útil”, disse o Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza, professor Emérito da USP e atualmente professor Visitante do IFSC/USP ao iniciar sua fala na mais recente edição do Colóquio IFSC.  O professor Milton é um dos grandes fundadores do Instituto de Física de São Carlos e teve grande influência no processo de consolidação através de papéis administrativos e de alta produção científica, tendo já orientado mais de trinta teses de pós-graduação e sendo ainda hoje consideravelmente ativo e produzindo inovações de grande relevância para o país. A seu ver, o Brasil, enquanto um país ainda pobre e em desenvolvimento, deve ser modificado através da ciência.

gessoProva concreta desta produção voltada às necessidades sociais foi o tema exposto nesta palestra, relacionado às propriedades adesivas da água. “A água é um adesivo poderoso, mesmo desconsiderando a tensão na interface água-substrato”, comentou o pesquisador, que listou alguns materiais em que esta propriedade da água pode ser mais facilmente observada, que são os materiais de natureza hidrofílica: celulose, gesso, nylon, cimentos e, muito possivelmente, materiais biológicos. A aplicação na área biológica é uma continuação de sua pesquisa, já bastante avançada, testada e aplicada com sucesso com os outros tipos de materiais.

miltonfO pesquisador expôs concretamente o exemplo do sulfato de cálcio, o gesso. Muito fácil de se obter e utilizado em grande escala na agropecuária, é um material considerado frágil e de eficiência relativamente baixa para os fins em que é aplicado. Pensando nessa deficiência, Milton conseguiu, junto a seu grupo de pesquisa, atingir altos níveis de resistência para este material. O gesso comum como conhecemos transformou-se em um material praticamente inquebrável e não-poroso. Moldado em forma de blocos, o material está sendo considerado extremamente viável para aplicação na construção civil, proporcionando uma montagem rápida, ótima resistência e durabilidade, além de uma prática pintura. Em São Carlos, Milton já conseguiu erguer um Auditório com essa inovação, e convidou a visitá-lo qualquer um que se interesse pelo assunto.

A discussão da palestra foi, então, de que maneira pode-se modificar um material tão simples e transformá-lo em algo tão resistente? A resposta está, basicamente, nas partículas de água contidas em sua fórmula, que podem ser adesivadas entre si. Milton então explicou, passo a passo, como a pesquisa foi idealizada e finalizada em seu laboratório, demonstrando as potencialidades da água e expondo os benefícios sociais de seu projeto.

Os Colóquios do IFSC são realizados todas as sextas-feiras, às 10h30, no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas. Nas próximas semanas, porém, em virtude do feriado de 7 de setembro e do TUSCA, não haverá palestra. A próxima edição será realizada no dia 23 de setembro, com a presença do pesquisador Adriano Alencar, do Instituto de Física da USP.

Assessoria de Comunicação

24 de novembro de 2011

Pesquisadores do IFSC desenvolvem novos métodos para avaliar toxicidade de nanomateriais

Pesquisadores do IFSC, em colaboração com pesquisadores do IQSC, apresentaram uma nova abordagem para investigar os aspectos de toxicidade de nanopartículas e nanotubos de carbono. O trabalho é inserido na temática de Nanotoxicologia, uma das áreas de pesquisa do Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC, e representa uma preocupação atual, no Brasil e no exterior, cujo entendimento pode beneficiar a fabricação, comercialização e uso dos nanomateriais.

O artigo foi publicado na revista Nanotoxicology.

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Contato: zuco@ifsc.usp.br.

Assessoria de Comunicação

24 de novembro de 2011

Editais para Técnico em Mecânica e Biólogo

O IFSC torna pública a abertura de concursos públicos para o preenchimento de 1 vaga na carreira do Grupo Técnico 1A (Técnico em Mecânica) e 1 vaga na carreira do Grupo Superior 1A (Biólogo)

Quanto à vaga de Técnico em Mecânica, as inscrições deverão ser efetuadas no período de 25/11/2011 a 09/12/2011, exclusivamente, por meio da Internet, sendo necessário o preenchimento e a transmissão da ficha de inscrição, bem como o pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 46,00.

Para se candidatar à vaga de Biólogo, o procedimento é o mesmo, com período de inscriçõs de 25/11/2011 a 21/12/2011 e taxa de inscrição no valor de R$ 86,00.

As inscrições deverão ser realizadas pela Internet até 17:00 horas do último dia de inscrições, através do acesso ao site: http://www.sistemas.usp.br/marteweb, clicando no link: Concursos Públicos.

Veja os editais:

Técnico em Mecânica

Biólogo

Assessoria de Comunicação

24 de novembro de 2011

Realização de provas para Professor Doutor

O IFSC comunica que as provas do concurso de Professor Doutor nas áreas de Óptica não linear; Biofotônica; Átomos frios e Moléculas frias; Materiais óxidos nanoestruturados; Nanofotônica em nanoestruturas: propriedades ópticas de nanoestruturas metálicas e ou semicondutoras; Física Teórica: nas áreas de Sistemas de muitos corpos, Transições de fase, Modelos integráveis e exatamente solúveis, Métodos exatos em teorias de campos, Sólitons, Teoria da Informação Quântica e Spintrônica, terão início no dia 28 de novembro de 2011, com início às 8h, na Sala Celeste deste Instituto.

Assessoria de Comunicação

23 de novembro de 2011

Solenidade de abertura de eventos de Iniciação Científica da USP

Teve início nesta quarta-feira, 23 de novembro, o 19º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP – o SIICUSP- e o XXIII Congresso de Iniciação Científica e Tecnológica em Engenharia -o CICTE -, eventos que realizarão suas atividades no campus da USP-São Carlos até o dia 25 de novembro. A solenidade de abertura aconteceu pela manhã no Anfiteatro Jorge Caron da Escola de Engenharia de São Carlos, com a presença de diversos alunos e dirigentes da USP e das instituições participantes.

Compondo a mesa da abertura estavam o Prof. Marco Antonio Zago (Pró-Reitor de Pesquisa da USP), Geraldo Nunes Martins da Costa (diretor da EESC), Maria Inês Rocha Miritello Santoro (coordenadora do Programa de Iniciação Científica da USP), Reginaldo Teixeira Coelho (Presidente da Comissão de Pesquisa da EESC), Luís Carlos Passarini (diretor do Centro de Tecnologia Educacional para Engenharia), Kathe Newman (representante da Rutgers University, a Universidade do Estado de New Jersey, EUA), Anne Carey (representante da Universidade do Estado de Ohio, EUA) e Elisa Keating (representante da Universidade do Porto).

Assim, os representantes declararam aberta a semana de atividades, dando as boas vindas aos participantes brasileiros e estrangeiros. O professor Reginaldo Teixeira Coelho convidou os estrangeiros a sentirem-se em casa e aproveitar a oportunidade de aprimorar suas carreiras com este evento, revelando que ele mesmo participou da edição do CICTE de 1985. Ele completou dizendo que este encontro é o momento de mostrar que o conhecimento científico é contrário às leis matemáticas: “Quanto mais se divide, mais se multiplica”, afirmou.

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A representante da Rutgers University contou que sua universidade estabelece esta parceria com a USP desde os anos 70, e que seus alunos estão muito ansiosos para trocar informações com jovens pesquisadores brasileiros e aprender sobre a cultura local, enquanto a professora Elisa, de Portugal, afirmou ser uma grande honra estar no Brasil representando a Universidade do Porto. “Esta cooperação com a USP nos oferece um ótimo retorno e nos últimos anos tem sido considerada uma prioridade para nós”, ela disse, completando: “Espero que nossos alunos tenham a inteligência de continuar contatando brasileiros e trocando conhecimentos com todos”.

Maria Inês Santoro, a coordenadora dos eventos, contou que sempre fica emocionada ao falar sobre essas organizações, que considera dois dos programas mais importantes da universidade. Segundo ela, atualmente, após os grandes avanços que o programa viveu, o maior desafio que resta é manter a qualidade a cada edição. “O que não é tão difícil assim”, afirmou, “já que os trabalhos dos alunos tem surgido com muita qualidade, cada vez mais”.

Prova disso é que, dos 4655 trabalhos inscritos no SIICUSP, 4464 atingiram qualidade o suficiente para serem aceitos no evento. E o interessante é que a distribuição dos trabalhos entre as diversas áreas do conhecimento está a cada ano mais balanceada, conforme pode-se concluir com os dados: 1466 trabalhos na área de Ciências Biológicas e Saúde, 1196 na área de Ciências Humanas e Humanidades, 1135 na área de Ciências Exatas e 667 na área de Agropecuária. Dentre os inscritos, quase mil alunos são provenientes de outras 300 universidades.

Após a solenidade, os alunos já puderam assistir a uma palestra ministrada pelo Dr. Guilherme de Azevedo Melo, diretor de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, que apresentou o tema “A Iniciação Científica e o CNPq”. Nos próximos dias, durante todo o dia, os alunos se ocuparão com apresentações em forma oral (Salas de aula do bloco D), pôster ou sessões técnicas (no Ginásio de Esportes do Campus).

Tanto o CICTE, congresso pioneiro em Iniciação Científica, como o SIICUSP, já se transformaram, depois de vários anos, em eventos de reconhecimento nacional e também internacional, graças à importante motivação que introduziram para a realização das atividades de iniciação científica e tecnológica.

Assessoria de Comunicação

23 de novembro de 2011

Campus II da USP-São Carlos sediará centro de bioenergia e sustentabilidade

 

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Polo TErRA – Pólo Temático em Energias Renováveis e Meio Ambiente – é a nomenclatura do núcleo de pesquisas em bioenergia que será sediado no campus II da USP-São Carlos, no âmbito do programa Núcleo de Apoio à Pesquisa em Bioenergia e Sustentabilidade (NAPBS), lançado em junho na Esalq, e do Centro Paulista de Pesquisas em Bioenergia, com o objetivo de reunir especialistas de três universidades públicas do Estado de São Paulo (USP, Unesp, Unicamp) engajados em pesquisas relacionadas à geração de energia a partir de biomassa.

Esta integração pretende estimular e articular pesquisas sobre biomassa e tecnologias de transformação em biocombustíveis, além de promover e aplicar o conhecimento gerado. De acordo com o coordenador geral do núcleo, também professor da Esalq, Antônio Roque Dechen, o NAPBS pretende igualmente implantar um programa de pós-graduação interuniversidades em bioenergia e sustentabilidade.

Atualmente, apesar de haver grande dedicação às áreas de biocombustíveis, energias renováveis e meio ambiente nos grupos de pesquisa das universidade públicas estaduais, o conhecimento mútuo da pesquisa realizada nestas áreas é dificultado em grande escala pela dimensão e dispersão geográfica das instituições. Nesta fase inicial da pesquisa estão envolvidos pesquisadores da Esalq, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, do Instituto de Física de São Carlos, do Instituto de Química, do Instituto de Biociências, do Instituto de Ciências Biológicas, da Escola Politécnica, das unidades de Ribeirão Preto e da Escola de Engenharia de Lorena, todas unidades da USP. Estes grupos de pesquisa atuam nas mais diversas áreas relacionadas à bioenergia, que vão desde a agricultura e genética de plantas a impactos socioeconômicos e ambientais. Devido a esta complexidade de tópicos, o trabalho foi estruturado em seis principais eixos, que cobrem todas as etapas da produção de energia renováveis: “Produção de Biomassa”, “Genômica Funcional”, “Transformação da Biomassa em Biocombustíveis”, “Morfologia e Composição de Biomassa”, “Processos Industriais” e “Sustentabilidade”. Esta estruturação permitirá um desenvolvimento coordenado de significativa relevância científica e econômica, além de maior produtividade e transferência de conhecimento para o setor produtivo. “Nós não queremos fazer apenas pesquisa básica”, afirma Igor Polikarpov, docente do IFSC, vice-coordenador do NAPBS e dedicado integralmente às pesquisas relacionadas à degradação de biomassa. “Queremos também fazer pesquisa aplicada, que leve até a sociedade os benefícios daquilo que estamos fazendo”, completa.

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Os custos deste novo prédio serão financiados pelo governo estadual, que investe R$ 20 milhões na infraestrutura, pela FAPESP, que investirá nos projetos de pesquisa, e pela USP, que providenciará os recursos humanos necessários para o trabalho prático. O prédio já tem um projeto pronto, apresentando uma área total que envolve 216 mil metros quadrados, divididos em três blocos. Contará com um teatro principal com capacidade para mil pessoas e dois espaços de 2.700 m² cada, destinados a eventos. Além disso, o centro contará com um estacionamento para 1,3 mil veículos. Este novo centro de convenções é uma forma da USP estreitar os laços locais e regionais, servindo tanto à universidade como à comunidade.

E, segundo Polikarpov, a construção do centro seguirá à risca aquilo que prega: “será um ‘prédio verde'”, afirma. A estrutura do prédio deve estar preparada para aplicar, na prática, os princípios da sustentabilidade, constituindo um prédio ecologicamente correto. “Teremos ventilação natural, captação de água pluvial, janelas basculantes no teto do último andar, para dispensar uso de energia elétrica, vigas de sustentação feitas de madeira, entre outras coisas”. A expectativa é que as obras tenham início em 2012 e sejam finalizadas em dois anos. “Nosso ambiente de trabalho será um reflexo das nossas pesquisas: um ambiente inteiramente renovável”, reflete Polikarpov.

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“O mais importante é que, compartilhando um local de trabalho, equipamentos, e principalmente idéias, podemos ampliar nossa visão e talvez fazer algo diferente, para além daquilo que já estamos fazendo bem”, conclui o pesquisador.

Assessoria de Comunicação

22 de novembro de 2011

Divulgação dos locais de prova da primeira fase

A primeira fase da Fuvest 2012 será realizada neste domingo, dia 27 de novembro.

São 61 locais na Grande São Paulo, 53 no Interior do Estado de São Paulo, totalizando 114 locais. Para a Licenciatura em Ciências – Semipresencial, são 2 locais em São Paulo e 3 no Interior (Piracicaba, Ribeirão Preto e São Carlos).

Estes 5 locais já foram divulgados no site da FUVEST no dia 17.

A prova conterá 90 questões e versará sobre o conjunto das disciplinas do núcleo comum obrigatório do Ensino Médio: Português, História, Geografia, Matemática, Química, Física, Biologia, Inglês e terá algumas questões Interdisciplinares. Todas as questões serão do tipo teste, com cinco alternativas, das quais apenas uma é correta. A duração da prova será de 5 horas. Não haverá tempo adicional para transcrição das respostas para a folha ótica.

É necessário levar, no dia 27, o documento de identidade, caneta esferográfica (azul ou preta), lápis nº 2 e borracha. O candidato não deve levar, no dia da prova, qualquer tipo de equipamento de telecomunicação.

A chegada à escola deverá ocorrer até 12h30. O início da prova ocorre a partir das 13 horas. Não serão admitidos retardatários.

A relação dos locais de prova da primeira fase do FUVEST 2012 está divulgada no site da Fuvest. É necessário o número de inscrição para saber o local de prova. Para a Licenciatura em Ciências – Semipresencial, o candidato deve consultar o site e procurar em “Locais de Prova”desse exame.

Mais informações sobre o vestibular podem ser obtidas em www.fuvest.br.



Assessoria de Comunicação, by Comunicação da Fuvest

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