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23 de novembro de 2011

Campus II da USP-São Carlos sediará centro de bioenergia e sustentabilidade

 

sustentabilidade

Polo TErRA – Pólo Temático em Energias Renováveis e Meio Ambiente – é a nomenclatura do núcleo de pesquisas em bioenergia que será sediado no campus II da USP-São Carlos, no âmbito do programa Núcleo de Apoio à Pesquisa em Bioenergia e Sustentabilidade (NAPBS), lançado em junho na Esalq, e do Centro Paulista de Pesquisas em Bioenergia, com o objetivo de reunir especialistas de três universidades públicas do Estado de São Paulo (USP, Unesp, Unicamp) engajados em pesquisas relacionadas à geração de energia a partir de biomassa.

Esta integração pretende estimular e articular pesquisas sobre biomassa e tecnologias de transformação em biocombustíveis, além de promover e aplicar o conhecimento gerado. De acordo com o coordenador geral do núcleo, também professor da Esalq, Antônio Roque Dechen, o NAPBS pretende igualmente implantar um programa de pós-graduação interuniversidades em bioenergia e sustentabilidade.

Atualmente, apesar de haver grande dedicação às áreas de biocombustíveis, energias renováveis e meio ambiente nos grupos de pesquisa das universidade públicas estaduais, o conhecimento mútuo da pesquisa realizada nestas áreas é dificultado em grande escala pela dimensão e dispersão geográfica das instituições. Nesta fase inicial da pesquisa estão envolvidos pesquisadores da Esalq, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, do Instituto de Física de São Carlos, do Instituto de Química, do Instituto de Biociências, do Instituto de Ciências Biológicas, da Escola Politécnica, das unidades de Ribeirão Preto e da Escola de Engenharia de Lorena, todas unidades da USP. Estes grupos de pesquisa atuam nas mais diversas áreas relacionadas à bioenergia, que vão desde a agricultura e genética de plantas a impactos socioeconômicos e ambientais. Devido a esta complexidade de tópicos, o trabalho foi estruturado em seis principais eixos, que cobrem todas as etapas da produção de energia renováveis: “Produção de Biomassa”, “Genômica Funcional”, “Transformação da Biomassa em Biocombustíveis”, “Morfologia e Composição de Biomassa”, “Processos Industriais” e “Sustentabilidade”. Esta estruturação permitirá um desenvolvimento coordenado de significativa relevância científica e econômica, além de maior produtividade e transferência de conhecimento para o setor produtivo. “Nós não queremos fazer apenas pesquisa básica”, afirma Igor Polikarpov, docente do IFSC, vice-coordenador do NAPBS e dedicado integralmente às pesquisas relacionadas à degradação de biomassa. “Queremos também fazer pesquisa aplicada, que leve até a sociedade os benefícios daquilo que estamos fazendo”, completa.

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Os custos deste novo prédio serão financiados pelo governo estadual, que investe R$ 20 milhões na infraestrutura, pela FAPESP, que investirá nos projetos de pesquisa, e pela USP, que providenciará os recursos humanos necessários para o trabalho prático. O prédio já tem um projeto pronto, apresentando uma área total que envolve 216 mil metros quadrados, divididos em três blocos. Contará com um teatro principal com capacidade para mil pessoas e dois espaços de 2.700 m² cada, destinados a eventos. Além disso, o centro contará com um estacionamento para 1,3 mil veículos. Este novo centro de convenções é uma forma da USP estreitar os laços locais e regionais, servindo tanto à universidade como à comunidade.

E, segundo Polikarpov, a construção do centro seguirá à risca aquilo que prega: “será um ‘prédio verde'”, afirma. A estrutura do prédio deve estar preparada para aplicar, na prática, os princípios da sustentabilidade, constituindo um prédio ecologicamente correto. “Teremos ventilação natural, captação de água pluvial, janelas basculantes no teto do último andar, para dispensar uso de energia elétrica, vigas de sustentação feitas de madeira, entre outras coisas”. A expectativa é que as obras tenham início em 2012 e sejam finalizadas em dois anos. “Nosso ambiente de trabalho será um reflexo das nossas pesquisas: um ambiente inteiramente renovável”, reflete Polikarpov.

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“O mais importante é que, compartilhando um local de trabalho, equipamentos, e principalmente idéias, podemos ampliar nossa visão e talvez fazer algo diferente, para além daquilo que já estamos fazendo bem”, conclui o pesquisador.

Assessoria de Comunicação

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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